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Fique atento às mudanças no mercado farmacêutico Revista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás www.crfgo.org.br Ano I - nº 3 - novembro/dezembro de 2008 Garantindo bons prossionais no mercado Aquisição Não confunda beleza com saúde Goiás é pioneiro na criação do Curso de Capacitação para farmacêuticos recém-formados O sonho em ampliar a área do CRF-GO torna-se realidade Após reuniões para discutir sobre uso indiscriminado de anabolizantes, CRF-GO planeja lançar campanha educativa GOIÁSFARMA Revista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás www.crfgo.org.br 2008 Ano I - nº 3 - novembro/dezembro de

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Fique atento às mudançasno mercado farmacêutico

Revista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás www.crfgo.org.br

Ano I - nº 3 - novembro/dezembro de 2008

Garantindo bonspro ssionais no mercado

Aquisição

Não confundabeleza com saúde

Goiás é pioneiro na criaçãodo Curso de Capacitação

para farmacêuticosrecém-formados

O sonho em ampliar a áreado CRF-GO torna-se realidade

Após reuniões para discutir sobre uso indiscriminado de

anabolizantes, CRF-GO planeja lançar campanha educativa

GOIÁSFARMARevista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás www.crfgo.org.br

2008Ano I - nº 3 - novembro/dezembro de

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 3

É com orgulho que encerramos mais um ano com diversas ações e um saldo positivo de atividades. Neste ano, muitas foram as nossas conquistas, e uma delas merece destaque especial: a aquisição de uma outra casa para ampliação da sede.

Realizamos mais de 40 cursos englobando e abrangendo diversos aspectos da atuação farmacêutica. No que diz respeito à quali cação pro ssional, fomos pioneiros na criação do curso de capacitação para recém-formados, levando até eles informações que vão muito além das recebidas nos bancos universitários, tendo realizado este ano 16 cursos os quais contaram com a participação de mais de 200 pro ssionais que acabam de entrar para o mercado. Deles, 97% aprovaram a iniciativa do CRF-GO e o conteúdo abrangido.

Servimos de exemplo e fomos referência nacional para os demais Conselhos Regionais, principalmente no que diz respeito ao programa Conselho Itinerante. Com ele, realizamos mais de mil atendimentos em boa parte das cidades localizadas no interior do Estado. E em uma das nossas visitas, fomos elogiados pelo Conselheiro Federal do Mara-nhão, Ronaldo Pereira Filho, pela nossa lisura e transparência em todas as nossas ações. E nos orgulhamos disso.

Tivemos também a presença da presidente do Conselho Regional do Maranhão, Mary Jane Limeira de Oliveira, e da vice- presidente do Conselho Regional de Pernambuco, Rosalina dos Santos de Menezes, que acompanharam o Conselho Itinerante em algumas cidades para le-var a nossa experiência para ser aplicada em seus Estados.

Ocupamos lugar de destaque com o número de scais atuantes na scalização do exercício da pro ssão no Estado. E ainda na scalização, mostramos que pretendemos continuar no caminho do aprimoramento dos pro ssionais, principalmente na capacitação dos scais do CRF-GO.

Muitas mudanças ocorreram no mercado farmacêutico. Alguns medicamentos foram retirados e outros foram incluídos à lista C1 da Portaria 344/98. Diante disso levamos essas informações aos farma-cêuticos, que precisam estar a par de tudo que ocorre na categoria e no mercado em que atuam.

Em 2009, pretendemos continuar investindo na capacitação dos pro ssionais, pois este é o maior legado que podemos deixar aos cole-gas. Com responsabilidade e compromisso sempre trabalharemos para a valorização de uma categoria imprescindível para a sociedade.

Quero também deixar meus votos de um Natal cheio de paz e mui-ta saúde e um Ano-Novo repleto de realizações e sucesso a todos os farmacêuticos e familiares. E desejamos que em 2009 repitam as ale-grias que perpetuam nosso viver, a m de vencermos as adversidades e superarmos os desa os que surgirão e nos ajudarão a buscar nosso crescimento pro ssional e pessoal. Feliz 2009 a todos.

Uma boa leitura!

Nara Luíza de Oliveira,presidente do CRF-GO

Um ano de conquistas

Editorial

4 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Fundado em 05 de julho de 1961,por Agnelo Arlington Fleury Curado

Rua 1.122, nº. 198 - Setor Marista - CEP 74175-110 - Goiânia Goiás - Brasil - Fone: (62) 3281-4311 - Fax: 3281-1986www.crfgo.org.br - [email protected]

DIRETORIANara Luíza de Oliveira - presidenteWilliam Cardoso Cruvinel - vice-presidenteErnestina Rocha de Souza e Silva - secretária-geralMarlene Ramos Vasconcelos - tesoureira

CONSELHEIROS 2006/2009Nara Luíza de OliveiraMarlene Ramos VasconcelosWilliam Cardoso CruvinelJosé Elizaine BorgesCadri Saleh Ahmad Awad (suplente)

CONSELHEIROS 2007/2010Maria Conceição Morais PereiraRenzo Freire de AlmeidaEdemilson Cardoso da ConceiçãoEdson Negreiros dos SantosSueza Abadia de Souza (suplente)

CONSELHEIROS 2008/2011Mirtes Barros Bezerra de Oliveira GomesErnestina Rocha de Souza e SilvaLorena Baia de Oliveira AlencarEvandro TokarskiWander Cairo Albernaz (suplente)

CONSELHEIROS FEDERAIS 2007/2010Jaldo de Souza SantosRadif Domingos (suplente)

CONSELHO EDITORIALDiretoria do CRF-GO

PRODUÇÃO GRÁFICA E PUBLICITÁRIA

Avenida E, nº. 1.000 - conjunto 1.401/BJardim GoiásCEP 74810-030 - Goiânia - Goiás - Brasil(62) 3241-3899 - 9696-8613 - 9642-3100

EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALJosé Ides Nery de [email protected]

COLABORAÇÃOMarileuza Carneiro Laura Rodrigues Marcus RáimeMarcelus PaulinoMartha CristhinaMárcius CleiberConselho Federal de Farmácia (CFF)

JORNALISTA RESPONSÁVEL Naiara Gonçalves - Mtb-39640/SP

DIAGRAMAÇÃO E DESIGNER GRÁFICOThales Moraes - (62) 8437-7933

FOTÓGRAFOSYosikazu Maeda, Leandro Augusto, sxc.hue Arquivo do CRF-GO

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAEm todo o Estado de Goiás

TIRAGEM8.000 (oito mil) exemplares

IMPORTANTE:Goiásfarma é uma publicação o cial do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás. Os artigos e matérias assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam, necessari-amente, a posição do CRF-GO.

Anuncie aqui: (62) 3241-38999696-8613 / 9642-3100

Contato comercial: Nery ou Neuza

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6 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Curso de Capacitação

Garantindo bonspro ssionaisno mercado

Depois de observar a di cul-dade dos recém-formados ao assumirem a respon-

sabilidade técnica de farmácias e drogarias, a diretoria do CRF-GO, decidiu criar um curso de Capaci-tação que abrangesse as principais legislações vigentes, o código de ética da pro ssão e as principais responsabilidades do farmacêuti-co, tanto do ponto de vista ético como social.

O curso traz também informa-ções importantes como a monta-gem de Procedimento Operacional Padrão (POP), Plano de Geren-ciamento de Resíduos da Saúde (PGRSS) e Sistema Nacional de Gerenciamento de Produto Con-trolado (SNGPC). Além de medi-camentos controlados, é abordado balanços, Portaria 344/98 e outras legislações importantes que regula-mentam o mercado farmacêutico.

Criado e normatizado pela Portaria nº 26 de 2008, inicialmen-te para tirar as principais dúvidas dos recém-formados, tornou-se um sucesso e despertou o interes-se de farmacêuticos já atuantes no mercado que buscam obter um aperfeiçoamento e atualização dos conhecimentos.

O curso é ministrado pela farmacêutica-bioquímica Luciana Calil Samora de Moraes, especia-lista em Farmácia Clínica, MBA em Gestão Avançada do Varejo Farmacêutico, com Docência Su-perior e uma vasta experiência no comércio farmacêutico. “O resul-tado deste programa é bastante satisfatório. Depois do curso, os pro ssionais participantes sem-pre entram em contato para agra-decer ou buscar outras informa-ções”, a rma a professora.

“Já tivemos a participação de 200 farmacêuticos divididos em mais de 16 turmas, optamos por turmas de no máximo 12 pes-soas para facilitar as explicações e sanar as dúvidas”, contabiliza Luciana.

Participa como ministrante do curso o scal do CRF-GO, Gui-lherme Carvalho dos Reis, que fala sobre o Código de Ética da Pro s-são Farmacêutica, da estrutura do CRF-GO e de como tramita os pro-cessos pelos departamentos.

A diretora do CRF-GO, Ernes-tina Rocha de Sousa e Silva, trás dicas e informações sobre a pro s-são. Ela, que é conselheira regional e coordenadora de medicamentos da Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO), ainda trata das dúvidas sobre o SNGPC.

Goiás é pioneiro na criaçãodo Curso de Capacitaçãopara farmacêuticosrecém-formados

Maioria aprova iniciativa

Mais de 200 farmacêuticos já foram capacitados, divididos em 16 cursos

Segundo pesquisa de opinião, realizada no nal de cada curso, 97% acharam excelente a iniciati-va do CRF-GO em oferecer o curso e 86% classi caram o conteúdo como excelente.

Para a recém-formada Ludmi-la Cantieri Carneiro, além de apren-der sobre assuntos do dia-a-dia, há a possibilidade de tirar dúvidas. “Brilhante a idéia desse curso!”, diz entusiasmada. Sua colega de pro ssão, Irisdete Aparecida Lou-renço, compartilha da idéia. “Posso dizer que esse dia de curso contri-buiu para que eu seja uma melhor pro ssional’’. Isabela Camargo su-gere que o curso seja feito sempre,

“pois esclarece e previne a nós recém-formados de possíveis er-ros”. Lívia Niara Sila parabeniza o CRF-GO por estar dando “uma vi-são mais ampla do que realmente é a pro ssão farmacêutica”. “Es-ses cursos são de super importân-cia para que possamos nos reciclar e atualizar”, cita Charlene Oliveira Costa Morcus. A farmacêutica Pa-trícia Corradi Elias a rma que an-tes de conhecer o trabalho, estava completamente insegura, cheia de dúvidas. “Ter conversado com os pro ssionais do Conselho e participado do curso oferecido foi muito importante para esse início pro ssional”, naliza.

Luciana Calil

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Artigo

Medicamentoe orientação

Jaldo de Souza Santos,Presidente do Conselho Federal de Farmácia

Os medicamentos, mesmo os (aparentemente) “inofensivos” analgésicos e colírios, podem de-sencadear diferentes reações adversas - algu-

mas graves -, principalmente efeitos colaterais. Essas reações são inerentes ao medicamento. Mas é possível controlá-las, ou diminuir a níveis baixíssimos a sua inci-dência, se o farmacêutico prestar aos pacientes os seus serviços, entre os quais a orientação sobre o uso coreto das substâncias. O farmacêutico é o pro ssional, técnica, cientí ca e legalmente habilitado para esta prática.

Recentemente, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), órgão do Ministério da Saúde, fez um estudo sobre into-xicações por medicamentos, no Brasil. O resultado é alar-mante. Em 2006, quase 33 mil pessoas foram intoxicadas por uso desses produtos . As causas foram várias, como o uso acidental, erros na administração, efeitos adversos, interações medicamentosas ou entre medicamentos e alimentos, automedicação e uso irracional. Os medica-mentos responsáveis por casos de intoxicação, em mais de 70% das vezes, foram adquiridos com receita médica, em farmácias. Pior: apenas 25% dos que adquiriram os produtos foram orientados.

Os efeitos negativos dos medicamentos, além dos cidadãos, mina, também, a saúde dos sistemas público e privado de saúde. Os hospitais gastam fábulas com esses problemas, inclusive com o retorno de pacientes (muitos precisam ser internados) em decorrência de complica-ções causadas pelo uso de fármacos. Nas emergências, 40% dos pacientes são atendidos em decorrência de problemas causados por essas substâncias.

A situação insustentável não é uma mancha apenas na saúde brasileira. Estatísticas revelam que, nos Esta-dos Unidos, as reações indesejáveis a medicamentos são a quarta causa de morte. Matam mais que a Aids. Em 2007, o Ministério da Saúde, convencido pelo Conselho Federal de Farmácia, deu um passo decisivo neste senti-do: criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Mais: no dia 24 de setembro, o Ministro da Saúde, José

“Essas farmácias e drogariasperderam o sentido de saúde

e assumiram a lógica do mercado.”

Gomes Temporão, anunciou o programa “A informação é o melhor remédio”.

Em muitas farmácias e drogarias particulares, a si-tuação é grave. Várias não mantêm o farmacêutico pre-sente, deixando os balcões livres para a prática da “em-purroterapia”.

Essas farmácias e drogarias perderam o sentido de saúde e assumiram a lógica do mercado. Elas se trans-formaram em mercearias e zeram do medicamento uma mercadoria, quando este, em verdade, é um bem social a serviço da recuperação da saúde das pessoas. O medicamento, quando vendido sem a orientação farma-cêutica, pode restringir-se apenas à condição de produto químico, que cura, ou mata com a mesma intensidade. O que faz a diferença é a orientação que deve ser agregada a ele.

Os estabelecimentos desconectados do sentido de saúde a rmam que faltam farmacêuticos, no mercado, e, por isso, não têm como contratá-los. Isso é uma bale-la. O Brasil tem 120.642 farmacêuticos para 71.885 far-mácias e um menor número de outros estabelecimentos (laboratórios de análises clínicas, indústrias de medica-mentos, de alimentos e de cosméticos, entre outras). E, por ano, é lançada, no mercado brasileiro, cerca de dez mil novos farmacêuticos.

Está claro que não basta o paciente ter o acesso ao medicamento, se ele não acessar, também, a orientação. Ela é o que dá segurança ao usuário do medicamento. As autoridades - eu insisto em me dirigir às municipais - precisam sensibilizar-se para isso. Do contrário, iremos expandir mais ainda as nossas estatísticas sobre os pro-blemas relacionados ao uso dos medicamentos.

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Homenagem

Jaldo de Souza Santos recebe títulode Cidadão Honorário de Brasília

ACâmara Legislativa do Dis-trito Federal realizou sessão solene no dia 29 de outubro,

no auditório do Memorial JK, em Brasília, para conceder o título de Ci-dadão Honorário de Brasília ao pre-sidente do Conselho Federal de Far-mácia (CFF), Jaldo de Souza Santos. O título foi outorgado, graças a um Projeto do deputado distrital Milton Barbosa (PSDB-DF).

A solenidade reuniu parlamen-tares, diretores e funcionários dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, farmacêuticos, acadêmi-cos de Farmácia e familiares de Sou-za Santos. O deputado distrital Mil-ton Barbosa, presidente da sessão solene, iniciou o seu discurso lem-brando do farmacêutico empreen-dedor que, assim que se formou, em 1956, comprou a Farmácia do Povo, em Goiânia, uma das pioneiras da ci-dade, e que se mantém ativa.

O deputado lembrou, ainda, que Dr. Jaldo foi um dos fundadores do Conselho Regional de Farmácia de Goiás e, por três vezes, seu dire-tor. Elegeu-se, pela primeira vez, conselheiro Federal de Farmácia, em 1972 e anos depois, foi eleito pelo Plenário do CFF para exercer o cargo de secretário-geral do órgão. Logo em seguida, foi eleito presi-dente do CFF, cargo que ocupa pelo quinto mandato consecutivo.

No relato feito pelo parlamen-tar cou clara a luta incansável de Souza Santos pela pro ssão. Uma passagem citada pelo deputado foi a visita de Souza Santos ao presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2008. Dr. Jaldo reuniu-se com Lula, no Palácio do Planalto, a quem entregou uma homenagem - a Comenda do Mérito Farmacêu-tico Internacional - mas, também, reivindicou a participação dos far-

macêuticos nos programas de aten-ção básica do SUS (Sistema Único de Saúde). “A resposta ao seu apelo veio, três dias depois, com a publica-ção da Portaria 154, do Ministério da Saúde, criando os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs)”, disse Barbosa.

O irmão mais velho de Dr. Jal-do, João de Souza Santos, falou em nome da família. “Falar do meu ir-mão Jaldo é fácil, porque eu o acom-panho, desde o seu nascimento. Basta dizer que eu fui o encarregado de chamar a parteira, em Araguaia-na, em Mato Grosso. Estava chegan-do, ali, o último fruto do casal Álvaro Theóphilo e Isabel”, lembrou João.

João de Souza Santos lembrou que os princípios familiares sempre nortearam a vida de Jaldo e de todos os irmãos. “Em nossa família, nós sempre nos ajudamos. E foi graças a esse princípio, que Jaldo conseguiu

Luta incansável pelas prerrogativas da categoria e empreendedorismo marcam a trajetória deste farmacêutico

Este título é de todos os farmacêuticos brasileiros”, disse o presidente do CFF

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Integrantes da mesa na entrega do título

comprar a Farmácia do Povo, há 53 anos, com a ajuda de nosso irmão Al-berto”, disse. Daí para frente, acres-centou João, Jaldo incorporou a luta em favor da pro ssão farmacêutica, até chegar à Presidência do CFF.

A presidente do Conselho Re-gional de Farmácia de Goiás (CRF-GO), Nara Luiza de Oliveira, falou em nome do Estado de origem de Dr. Jaldo.

O governador de Goiás, Alci-des Rodrigues não pôde compare-cer à solenidade, mas enviou como seu representante o presidente da Iquego (Indústria Química do Es-tado de Goiás), deputado federal Pedro Canedo. Ele declarou que Goiás tem adquirido notoriedade, em todo o País, por causa da qua-lidade dos serviços oferecidos pelos pro ssionais da saúde, inclusive os farmacêuticos.

Já o presidente do Conselho Re-gional do Distrito Federal, Hélio José de Araújo, ocupou a tribuna do audi-tório, para lembrar a maneira cordial como o presidente do CFF recebe quem o procura.

Representando o Plenário do Conselho Federal de Farmácia, o vice-presidente do órgão, Amil-son Álvares, fez um paralelo entre Souza Santos e Brasília. “A cidade nasceu como Capital Federal, pou-co depois que Dr. Jaldo formava-se em Farmácia, em 1956. O título sa-

cramenta a sua cidadania brasilien-se e abre mais ainda o seu coração para o desejo de continuar moran-do nesta cidade, o que ele já faz, há mais de 12 anos, e de continuar a sua luta destemida pela pro ssão”, disse Amilson Álvares.

O atual diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária), Agnelo Queiroz, disse que “é uma honra para Brasília ter Dr. Jaldo como seu morador”. Ele des-tacou que o presidente do CFF é um interlocutor permanente dos farma-cêuticos junto à Anvisa, desde que a Agência foi criada. “Aliás, aproveito para lembrar que Dr. Jaldo foi um defensor da criação da Anvisa. E, de-pois de criada, ele passou a defender políticas púbicas que garantissem o acesso da população aos medica-mentos e aos serviços farmacêuti-cos”, lembrou Agnelo Queiroz.

Jaldo de Souza Santos fez um discurso em que manifestou toda

a sua emoção pelo recebimento do título e pelas lembranças de sua luta em favor da pro ssão. Ele explicou que, quando assumiu a presidência do CFF, traçou planos e metas. “Te-nho o orgulho de dizer todos os pla-nos foram executados, ou estão em fase de execução”, destacou.

Souza Santos destacou, ainda, que desde a sua visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governo passou a fazer várias manifestações de reconhecimento à importância dos serviços farmacêuticos no SUS. Uma delas é a criação do programa chamado A orientação é o melhor remédio, lançado, em setembro, pelo ministro José Gomes Tempo-rão. O programa tem em seu nú-cleo o farmacêutico. “Muitas coisas orgulham-me na vida. Uma delas é ser farmacêutico. Eu estou emocio-nado, e só posso concluir dizendo que este título é de todos os farma-cêuticos brasileiros”.

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Prefeito Cleomar Gomes, Marlene Ramos, Wesley Magno e Nara Luíza

Artigo

Farmáciado cidadão

Wesley Magno Ferreira,membro do grupo técnico em assistência

farmacêutica do COMEN

A cidade de Morrinhos, localizada há 130 km ao sul da capital do Estado de Goiás, vem desde 2005 experimentando aplicação do conceito de

assistência farmacêutica por meio de diversas frentes de trabalhos desenvolvidos pelo Programa Farmácia do Cidadão.

Em dezembro de 2004, o município passou a con-tar com mais um pro ssional de saúde em seu quadro permanente: o farmacêutico Wesley Magno Ferreira, graduado e especialista em Farmácia Hospitalar e As-sistencial pela Universidade Federal de Goiás e mem-bro do grupo técnico em assistência farmacêutica do Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN) e Se-cretaria Estadual da Saúde.

Ao assumir a farmácia do município, ele encontrou um setor desarticulado dos demais serviços municipais de saúde e desacreditado em sua idéia por toda a co-munidade. Estruturas física e logística inadequadas, au-sência do elemento medicamento e sub-noti cação de prescrições médicas foram alguns dos fatores detecta-dos. Tais circunstâncias passaram a ser o grande desa o de transformação da realidade. “Para isto, organizar lite-ralmente o Programa Farmácia do Cidadão e fazer esse contexto ganhar a denominação de farmácia tornou-se o meu principal objetivo”, diz o farmacêutico.

Inúmeros procedimentos foram elencados de acordo com a situação farmacêutica detectada. Ini-

Do ontem ao hoje na assistência farmacêutica à população morrinhense

cialmente, ele buscou a conscientização do Gestor Público e a divulgação da importância e a relevância na melhoria do serviço farmacêutico prestado junto à população morrinhense. Posteriormente, ele inseriu a farmácia dentro do contexto de Saúde, promovendo a credibilidade junto aos mais diversos pro ssionais: médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas. Por últi-mo, na propagação deste conceito, foi despertada a aceitabilidade e o crédito individual de cada cidadão ao serviço prestado.

O convencimento dos indivíduos que compuse-ram a equipe de trabalho, as parcerias bem sucedidas, o intercâmbio entre o Núcleo de Assistência Farma-cêutica da Secretaria Estadual de Saúde (SES/GO) e o município de Morrinhos, galgado no dinamismo pro- ssional de Wesley Magno Ferreira, zeram com que se alcançasse um salto no número de receitas atendi-das, passando de 4.402 (em 2004) para 50.000 (janei-ro a dezembro de 2008).

Os atendimentos especiais, segundo ele, passa-ram a ser efetivados quanto a pacientes diabéticos tipo I acompanhados e inseridos em protocolos espe-cí cos, promoção de uso racional dos mais diversos medicamentos e educação continuada aos usuários de medicamentos de uso controlado. A ampliação do número de medicamentos ofertados de 36 (em 2004) para 104 (em 2008), controle de estoque rigoroso e ar-mazenagem de medicamentos e correlatos adequados e versatilidade entre as diversas formas farmacêuticas visando a inclusão de todos os membros da comuni-dade no objetivo da cura de suas doenças, passaram a nortear a nova dinâmica da assistência prestada pela Farmácia Cidadão no Município de Morrinhos.

Diante do excelente trabalho realizado, o CRF-GO esteve em Morrinhos, reunido com o prefeito Cleomar Gomes de Freitas, para falar sobre a importância do trabalho do colega e pedindo que ele continue à fren-te da farmácia.

Controle

Vigilância Sanitária aumenta o rigor na comercialização de medicamentos controlados

Para conter o uso indiscrimi-nado de anorexígenos, me-dicamentos utilizados para

inibir o apetite e perder peso e ana-bolizantes utilizados para aumen-tar a massa muscular, a Vigilância Sanitária Estadual tem publicado resoluções com o objetivo de nor-matizar a dispensação de medica-mentos controlados em farmácias e drogarias.

Ernestina Rocha de Sousa e Silva, coordenadora de medica-mentos da Superintedência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO) e Secretária Geral do Conselho Re-gional de Farmácia (CRF-GO), ex-plica que os anabolizantes e os anorexígenos fazem parte dos medicamentos controlados, que só podem ser dispensados me-diante apresentação de prescri-ção médica, em formulário es-pecí co, com todos os campos devidamente preenchidos.

A Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa) por meio da Portaria 344/98-SVS/MS, aprovou o Regulamento Técnico sobre substâncias e me-dicamentos sujeitos a controle especial, RDC 27/07, RDC 58/07 – a qual dispõe sobre o controle e fiscalização de substâncias psi-cotrópicas anorexígenas, e Goiás publicou RE 02/2008-GAB/SES que aumenta as exigências para a dispensação de anabolizantes no âmbito do Estado.

Ernestina explica que a nor-matização, dispõe de um Siste-ma Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SN-GPC), que estabelece a implan-tação do módulo para farmácias e drogarias, permitindo rastrea-bilidade de todas as atividades do estabelecimento relaciona-das com a entrada (compra ou transferência) e a saída (venda/dispensação) de substâncias ou medicamentos sujeitas ao con-

trole especial. O sistema per-

mite acom-panhar a m o v i m e n -tação do m e d i c a -mento des-de a pres-

crição pelo médico até a venda na farmácia ou d r o g a r i a .

Produtos sujeitos a controle especial ganham maior rigidezna scalização, com ênfase nos anorexígenos e anabolizantes

“No ato da compra, o cliente deverá apresentar ao farma-cêutico o documento que o identifique, para o preenchi-mento do campo do compra-dor”, afirma Ernestina.

Segundo ela, as normas vi-gentes e a fiscalização exercida pela autoridade sanitária têm rendido frutos em Goiás. “No episódio ocorrido que resultou em óbitos pelo uso indevido de anabolizantes, não foi registrado nenhum caso de medicamento de uso humano dispensado em farmácias e drogarias”, alerta.

A coordenadora da Vigilân-cia Sanitária salienta que a ven-da de medicamentos sujeitos a controle especial deve atender legislação vigente. “A comercia-lização indevida configura trá-fico de drogas, pela lei federal, extensivo a toda a cadeia (pro-dução, transporte, distribuição e dispensação)”, enfatiza.

Ela ressalta que a respon-sabilidade também é do consu-midor que deve conhecer seus direitos, ter consciência de que o uso irracional de medicamento pode causar danos à saúde, po-dendo levar até mesmo a óbito. E que o consumidor deve exigir atenção farmacêutica no mo-mento da dispensação do medi-camento, atribuição esta priva-tiva do farmacêutico e adquirir medicamentos somente em far-mácias que tenha farmacêutico presente e à sua disposição.

12 | Goiásfarma | nov-dez/2008

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 13

Monitor de glicemia

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 15

Fique atento

Medicamentosretirados do mercado

Farmacêutico precisa estar a par de tudo que acontece no segmento, pois a falta de in-

formação não é atenuante para des-cumprimento da lei

O pro ssional que trabalha na dispensação de medicamento tem que se munir de conhecimen-tos especí cos para dispensar. Ele precisa saber sobre legislação e ter ciência de onde buscar informação o su ciente para manter-se atuali-zado e não ser penalizado por falta de conhecimento uma vez que para trabalhar no ramo, é preciso ter in-formações sobre a legislação que normatiza o segmento.

A Vigilância Sanitária de Goiás, preocupada com o controle de me-dicamentos no Estado, publicou no dia 21 de outubro deste ano no Di-ário O cial do Estado, a Resolução 002/2008-GAB/SES que determina a dispensação de anabolizantes, so-

mente mediante apresentação de noti cação de receita B, a Resolução 003/2008-GAB/SES que regulamen-ta a liberação de seqüência numéri-ca para confecção de talonários de noti cação de receituário B, B2 e retinóides e o fornecimento de talo-nários de receituário A e Resolução 004/2008-GAB/SES regulamentan-do que somente poderão confeccio-nar talonários de receituários para prescrição de medicamentos con-tendo substâncias psicotrópicas, en-torpecentes e outras sujeitas a con-trole especial grá cas devidamente cadastradas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente. Fica a cargo da coordenadora de medicamentos da Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado de Goiás (SVISA-GO), Ernestina Rocha de Sousa e Silva, divulgar e fazer cumprir tais Resoluções no âmbito do Estado. Ela a rma que “em par-

ceria com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), ocorrerá a divulgação da Legis-lação e que o tema será prioridade nas palestras, reuniões, Conselho Itinerante e outros eventos, visando

Informação é um dos itens primordiais da pro ssão

Nos últimos meses aconteceram grandes mudanças no mercado farma-cêutico. Alguns medicamentos foram re-tirados e outros foram incluídos à lista C1 da Portaria 344/98. Temos medicamentos que foram apreendidos e outros que fo-ram suspensos, diante disto a diretoria do CRF-GO, com a intenção de auxiliar nas principais di culdades e preocupada com as dúvidas que poderiam surgir, montou o seguinte texto com as principais mudan-ças ocorridas e as medidas e cuidados que os farmacêuticos precisam tomar.

Importantes mudançasno mercado farmacêutico

Ernestina a rma que tema será prioridade

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o cumprimento da Legislação e a qualidade do aten-dimento prestado ao usuário”.

Conforme explica a superintendente da SVISA, Angela Maria de Miranda Melo Cardoso, os alertas sanitários acontecem como medida de segurança e regulação. “Quando um produto está impróprio para o consumo, apresenta falhas no decorrer do tempo ou reação adversa – caso do Prexige –, é retirado do mercado, mesmo com registro da Anvisa. Casos de defeito no aspecto e teor ocasionados devido a falhas no controle de qualidade e no processo de fabricação também são analisados e caso sejam insatisfatórios são recolhidos”, esclarece, apontando para a impor-tância da noção do pro ssional para as notícias sobre o segmento.

Ela cita que outro tipo de alerta sanitário é so-bre o medicamento clandestino, vendido sem regis-tro – o qual não foi objeto de scalização sobre as boas práticas de fabricação comercializados – prin-cipalmente por ambulantes e sacoleiros. “Esse é o pior tipo de medicamento porque nós não temos o menor controle sobre ele”, alerta. “Medicamentos não devem ser comprados em hipótese alguma pelo consumidor a não ser em farmácias e drogarias sob orientação do farmacêutico”, acrescenta Angela.

O programa de farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Farmácias Noti cadoras, faz justamente um estudo do medica-mento pós-comércio, analisando e noti cando qual-quer tipo de reação adversa causada ao paciente/consumidor. “Nota-se que o maior controle é sobre os medicamentos novos, que às vezes são usados de forma indiscriminada. No entanto, a população pre-cisa ser esclarecida de que o medicamento que cura também pode matar, independente dele ter registro e cumprir com as boas práticas de fabricação. Nós partimos do princípio de que o medicamento deve ser puro, seguro e e caz, mas existem reações ines-peradas, por isso é necessário o monitoramento pós-comercialização”, conclui.

A Resolução RDC nº 79, publicada em 04 de no-vembro de 2008, dispôs sobre a atualização do Anexo 1 – Listas de substâncias sujeitas ao controle especial da Portaria SVS/MS nº 344/1998. Esta incluiu na Lista C1 (Lista das outras substâncias sujeitas ao controle especial) as substâncias e medicamentos que conte-nham os inibidores seletivos da COX-2:

Celecoxibe (Celebra), Etoricoxibe (Arcoxia), Lumiracoxibe (Prexige), Parecoxibe (Bextra IM e IV), Rofecoxibe (Vioxx) e Valdecoxibe (Brextra).

De acordo com a Legislação vigente, medica-mentos e substâncias desta lista devem ser comer-cializados com Receita de Controle Especial em duas vias, com retenção da primeira via com todos os campos devidamente preenchidos.

Devem, ainda, serem escrituradas eletronica-mente por meio do Sistema Nacional de Gerencia-mento de Produtos Controlados (SNGPC).

Estoques “antigos”: Como as notas fiscais de aquisição ou de transferência dos produtos em estoque são de datas anteriores à publicação, torna-se inviável a escrituração (esta deve ser cronológica). Desta forma, orientamos que os estoques ora existentes sejam dispensados mediante recei-ta médica, sem escrituração.

Estoques “novos”: No caso de aquisições por compra ou transferência a partir do dia 05 de novembro de 2008, a dispensação e escrituração devem acontecer da mesma forma que os demais produtos da Lista C1, ou seja, dispen-sação mediante receita de controle especial em duas vias, com retenção da primeira devidamente preenchida e escri-turação eletrônica em ordem cronológica no SNGPC.

Desta forma, os estoques antigos devem ser “esgota-dos” e toda e qualquer aquisição deve ser escriturada e dis-pensada conforme os demais produtos controlados.

Medicamento proibido A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sus-

pendeu em novembro a manipulação da substância Rimona-banto, princípio ativo do medicamento Acomplia, fabricado pela Sano -Aventis (RE 4.087/2008). O princípio ativo tam-bém não pode mais ser importado. A Agência publicou ainda a suspensão formal da importação, distribuição e comerciali-zação do Acomplia e determinou que a empresa faça o reco-lhimento do medicamento em todo o país (RE 4.086/2008).

O que fazer com os estoques dos medicamentos inibidores seletivosda COX-2 (Coxibes) que passama pertencer à lista da portaria 344?

Coxibes – mudanças na legislação

Angela alerta que o medicamento que cura também pode matar

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a comerciali-zação e o uso, em todo o País, dos antiin amatórios Prexige (100mg e 400 mg) e Arcoxia (120 mg). Segundo os especialistas da Agência, os riscos da utilização desses medica-mentos superam seus benefícios.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu em novembro a mani-pulação da substância Rimonabanto, princípio ativo do medicamento Acomplia, fabricado pela Sano -Aventis (RE 4.087/2008). O princípio ativo também não pode mais ser importa-do. A Agência publicou ainda a suspensão formal da importação, distribuição e comerciali-zação do Acomplia e determinou que a empresa faça o recolhimento do medicamento em todo o país (RE 4.086/2008).

A Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização e a distribuição de produtos sem registro e sem autori-zação de funcionamento na Anvisa.(Alerta Sanitário 56/2008). Desta for-ma, de acordo com a Resolução RE nº. 328, de 22 de julho de 1999, que institui o Regulamento Técnico sobre as Boas Práticas de Dispensação de Medicamentos em Farmácias e Dro-garias, o estabelecimento é respon-sável por somente dispensar produ-tos registrados ou declarados isentos de registros pelo órgão competente do Ministério da Saúde e adquiri-los de fornecedores legalmente licen-ciados no País. E ainda, deve manter procedimentos operacionais escritos quanto às condições para aquisição, armazenamento, conservação e dis-pensação de produtos. Para veri ca-ção do registro/noti cação de produ-tos junto à Anvisa pode ser realizada consulta através do endereço eletrô-nico www.anvisa.gov.br .

Conforme preconizado no De-creto nº 79.094/77, artigos 93, 94, 95, 97, e demais exigências sanitárias, as informações mínimas que todos os rótulos de medicamentos devem ter, estão dispostos na Resolução RDC nº333, de 19 de novembro de 2003.

Já a Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005, estabelece os re-quisitos para a rotulagem obrigatória geral para Produtos de Higiene Pes-soal, Cosméticos e Perfumes.

E acrescentar que conforme Códi-go Penal - DECRETO-LEI N. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 - CAPÍTULO III Dos crimes contra a saúde pública:

Art. 273. Falsi car, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a ns terapêuticos ou medicinais: (NR)

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (NR)

§1º Nas mesmas penas incorrem quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsi cado, cor-rompido, adulterado ou alterado. (NR)

§ 1°-A Incluem-se entre os pro-dutos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cos-méticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.

Medicamentos que tiveram seus registros cancelados e que foram retirados do mercado:

Produtossem registro

Medicamento proibido

Prexige – Lumiracoxibe

•Indicação: Dores e tratamento da osteoartrite (um tipo de artrite), da dor aguda e da cólica menstrual primária.•Suspenso: Outubro de 2008•Por quê: O uso do medicamento foi associado a arritmias cardíacas, hipertensão, do-enças hepáticas e hemorragias.

Arcoxia de 120 mg

•Indicação: Reumatismo, gota, artrite, osteoartrite, dor articular, cólica menstrual, em pós-operatórios, dores agudas e crônicas;•Suspenso: Outubro de 2008•Por quê: Segundo o Ministério da Saúde, nesta dosagem o remédio pode levar ao desenvolvimento de problemas hepáticos.

Brextra

•Indicação: Osteoartrite, artrite reumatóide e cólica menstrual.•Suspenso: 2005•Por quê: Os riscos dos remédios incluíam alergias cutâneas graves, além de distúrbios cardiovasculares. No Brasil, seu uso passou a ser restrito aos hospitais.

Vioxx

•Indicação: Dores e in amações em geral.•Suspenso: 2004•Por quê: Pode ter causado mais de 140 mil casos de doenças cardiovasculares só nos Estados Unidos e mais de 56 mil mortes em cinco anos de mercado. O consumo diário do remédio dobrava os riscos de infarto e derrame.

A Anvisa recomenda aos consumidores que estiverem fazendo uso dos medicamentos procurar seus médicos para que possam substituir os produtos sem interromper o tra-tamento. De acordo com nota, o cancelamento do registro desses produtos faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho, na Anvisa, para reavaliar a segurança de uma nova classe de antiin amatórios, os inibidores da enzima ciclooxigenase.

Acomplia – Rimonabanto

•Indicação: Perda de peso especialmente na região abdominal.•Suspensão: Em novembro de 2008•Por quê: As vendas do medicamento foram suspensas pelo próprio fabricante após recomendação expressa da Agência Européia de Medicamentos.•Motivo: Dobra o risco de distúrbios psiquiátricos, especialmente depressão.dios in-cluíam alergias cutâneas graves, além de distúrbios cardiovasculares. No Brasil, seu uso passou a ser restrito aos hospitais.

Estudos demonstraram que pacientes que utilizaram o medicamento tiveram aproximadamente o dobro de risco de desenvolver problemas psiquiátricos, como ansiedade e depressão, comparados àqueles que não utilizaram o produto.

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SNGPC

Palestra sobre SNGPCesclarece farmacêuticos

Depois de acompanhar a quantidade de dúvidas e pedidos constantes de no-

vos cursos sobre o Sistema Nacio-nal de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), o Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), por meio de sua presidente, Nara Luíza de Oliveira, decidiu convidar as farmacêuticas Márcia Gonçalves de Oliveira e Gló-ria Latuf, ambas do departamento de regulamentação de produtos controlados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para virem até Goiânia ministrar palestra cujo objetivo era sanar as dúvidas mais freqüentes sobre o sistema.

No dia 4 de dezembro, a palestra reuniu um grande número de pro s-sionais farmacêuticos no auditório da Federação do Comércio, para escla-recimento do sistema. O evento teve início às 19h e se estendeu até às 23h, devido a quantidade de informações questionadas pelos presentes.

Segundo Glória, o hotsite do Sistema é um veículo importante de informação para pro ssionais farmacêuticos, de vigilância sanitá-ria e desenvolvedores de software. “O hotsite tem diversas informa-

ções úteis, como o item “Pergun-tas Freqüentes”, que já contém 113 perguntas e respostas, manuais que orientam sobre as etapas a serem seguidas para a adesão ao Sistema, além de legislações, informações para desenvolvedores e notícias re-centes”, a rma.

Márcia falou da importância de acessar o hotsite, uma vez que ali es-tão todas as informações sobre Atu-alização de passo a passo para Vigi-lâncias Sanitárias, Mala direta para esclarecimentos de dúvidas, Orien-tação sobre escrituração e receitu-ário de produtos que contenham inibidores da COX2 e Melhorias no

estoque de movimentação.“No hot-site, é possível ainda o farmacêutico consultar e acompanhar se o medi-camento continua com inconsistên-cia ou se o problema já foi resolvido”, esclarece Márcia.

Nara Luiza conta que a agen-da das palestrantes já tinha sido encerrada para o decorrer do ano, mas com sua insistência e pedidos foi possível sensibilizar as pro ssio-nais sobre a necessidade do evento. “Diante da presença maciça de far-macêuticos, não restam dúvidas de que ainda há muitas questões sobre o sistema a serem esclarecidas”, jus-ti ca a presidente.

Dúvidas ainda são freqüentes durante o manuseio do sistema

Palestra reúne um considerável número de pro ssionais

Diretoria agradece presença das palestrantes Nara Luíza abre o evento, com a presença da diretoria

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Ciclo de Palestras

Aperfeiçoando pro ssionais

OConselho Regional de Far-mácia do Estado de Goiás (CRF-GO), focando quali car

pro ssionais nas mais diversas áreas de atuação, realizou no dia 18 de ou-tubro o Ciclo de Palestras. O evento reuniu diversos farmacêuticos e con-tou com a abordagem de oito temas diferentes.

A idéia defendida pelo gerente de projetos e processos da rede de drogarias Santa Marta, Alexandre Mendes de Andrade, foi que para gerir bem uma drogaria, o farma-cêutico precisa entender que sem o produto não se consegue prestar o serviço de assistência farmacêutica. Ele ministrou palestra sobre Con-trole de estoques e falou que o pro-duto a ser comercializado tem que estar disponível, sendo dispensado adequadamente por um pro ssional quali cado. “O farmacêutico tem que despertar para assuntos relacionados a gestão do varejo e da saúde e não focar apenas os aspectos técnicos que a pro ssão preconiza”, a rma Alexandre. Segundo ele, para a em-presa se manter viva, o pro ssional tem que estar cada vez mais envolvi-do com a gestão.

Por essa razão é necessário ter muita atenção em relação aos produtos comercializados, a dispo-nibilidade e a qualidade destes nos pontos de venda, e principalmente, ter empresas con áveis como for-necedoras. “Por meio de uma ges-tão de estoque é possível preservar as margens de lucro garantindo a rentabilidade do negócio. Uma vez comprando mal, faltará ou encalha-rá produtos nas prateleiras, o que implicará em prejuízo”, resume. Na visão dele, o farmacêutico bem informado e capacitado consegue colaborar com a gestão do ponto

Evento promovido pelo CRF-GO reúnefarmacêuticos para debaterem atualidades da pro ssão

de venda, além de equilibrar a ba-lança de estoque versus rentabili-dade e qualidade de atendimento ao consumidor.

Para colocar o farmacêutico in-terado sobre a necessidade da qua-lidade do transporte, a responsável técnica da Faster Brasex, Fabiana Gama, abordou o tema Os desa os da logística para distribuição de medicamentos perecíveis. Segun-do ela, o farmacêutico que trabalha numa transportadora tem que ter a atenção voltada à raiz do problema, que é a sua estrutura. No passado o pro ssional não se atentava a essa qualidade inerente a sensibilidade do medicamento à temperatura, ao armazenamento, ao ambiente limpo e à estrutura ideal. “Hoje este tipo de cuidado é imprescindível para garantia do princípio ativo do produto”, a rma.

Caroline Martins Gianvechio, farmacêutica da Pharma Distri-buidora, assegura que este tipo de evento serve para atualização nos principais segmentos de atuação. “Me formei há cinco anos e nem

sempre tenho tempo de fazer cur-sos. Neste ciclo foi possível me inte-rar de três assuntos diferentes, reci-clando e agregando valor aos meus conhecimentos”, aponta.

E a função do pro ssional não ca restrita apenas a cuidados com medicamentos, o farmacêutico tam-bém tem grande responsabilidade no que diz respeito ao material mé-dico hospitalar. Conforme explica o farmacêutico do Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais, Guilherme Rezende de Souza Pinto, que falou sobre as Tendências no manejo de materiais hospitalares, o pro ssio-nal demarcou seu espaço dentro do hospital, nos últimos anos, deixando de ser apenas um controlador de es-toques para atuar num campo mais amplo. Por se tratar de uma equipe totalmente multidisciplinar, acaba interagindo com outros pro ssionais para utilizar os medicamentos e ma-teriais de forma racional com foco no paciente, porém equilibrando a redução de custos da instituição. “O nosso papel enquanto farmacêutico é assegurar que o produto adquiri-

Público atende as expectativas projetadas pelo CRF-GO

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do atenda as exigências sanitárias, tenha registro e embalagem de boa qualidade”, cita. “E a partir do mo-mento que assumimos a gestão do material comprado, passamos a ter a responsabilidade sobre seleção de fornecedor, marca, garantia da inte-gridade do produto no ponto de vis-ta de recebimento, armazenamento e distribuição. Isso também é um papel importante para assegurar a integridade e esterilidade do mate-rial”, acrescenta.

Para a secretária executiva do Conselho Municipal de Saúde (COSE-MS), Elza Luiz Rodrigues de Souza, a quali cação pro ssional no processo de aquisição e armazenamento de medicamentos é importante, uma vez que o sistema de ensino não forma pro ssional em saúde pública. Para ela, a assistência farmacêutica está in-serida em todos os níveis de comple-xidade. “Acabamos tendo que correr atrás de uma especialização focada à área que atuamos”, revela. A scal do

CRF-GO, Fátima de Lourdes do Couto Araújo, concorda com Elza, e acres-centa: “como s-cal é sempre bom conhecer todas as áreas para poder scalizar bem, ser multiplicador da pro ssão, além de exercer correta-mente e com con- ança aquilo que

me proponho a fazer”.A visão do farmacêutico no

ramo econômico do segmento foi o tema abordado pelo diretor exe-cutivo do ICA – Instituto de Coaching Aplicado, Alexandre Prates. Para ele, a farmácia é uma pro ssão ascen-dente, porém sem visão de liderança. “No curso não é passado o caminho de como liderar pessoas, como con-duzir equipes e a própria carreira”, enumera. “O farmacêutico precisa saber quais os segredos de um líder para que possa colocar isso na pró-pria pro ssão”, completa. A idéia da palestra ministrada por ele foi levar ao pro ssional conhecimento sobre o ser humano, equipes, desenvolvi-mento de pessoas e principalmente o desenvolvimento da própria carreira.

José Eduardo Cavicchia Jorge, da Cavicchia Consultores Associados, tratou do assunto Formação de Pre-ços em Farmácias de Manipulação. Ele expôs que o consumidor é quem determina o preço do produto que irá comprar. Mas manter uma estrutura complexa, com pessoal quali cado, atendendo as exigências estabele-cidas pela Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) tem um cus-to e este custo deve ser identi cado, classi cado e bem tratado para que as empresas tenham certeza de que o preço de venda contemple os cus-tos gerados. E este, segundo ele, é o ponto fraco do segmento. Os preços são formados através de um fator que é aplicado sobre a matéria-prima envolvida na fórmula. “É um número que se no passado foi su ciente para cobrir os custos gerados, hoje em dia é uma grande interrogação. Nós não

sabemos se esse fator vai cobrir os custos gerados para elaboração da manipulação daquela fórmula ou se ele é insu ciente”, diz.

Um planejamento estratégico, com conhecimento preciso dos dados que compõem o preço é o caminho mais palpável. Em síntese, conforme ele explica, o pro ssional precisa ado-tar uma metodologia que pese toda a particularidade da estrutura adminis-trativa da empresa. “Uma metodolo-gia customizada para o segmento tra-tando o setor como deve ser, um setor que produz sob encomenda, porém com tudo isso embarcado numa ferra-menta”, aconselha. Cavicchia a rma que, no País, poucos estabelecimen-tos têm um programa de formação de preços, devido o difícil acesso a índi-ces, indicadores e estatísticas do custo operacional de um laboratório. “Mas noto que está crescendo porque está doendo no bolso do empresário. Empresas com estruturas um pouco mais organizadas já estão pratican-do e tratando o preço de uma forma adequada. Atrás delas vem vindo as outras, numa velocidade baixa ain-da, dada a gravidade da falta dessa metodologia, mas aos poucos estão se mexendo”, justi ca.

Cristina Souza Okuhara, farma-cêutica da Farmogral, farmácia de manipulação situada em Parauape-bas, interior do Pará, concorda com os pontos colocados por Cavicchia e acredita que uma ferramenta capaz de formar preços, a partir dos dados de custo, iria ajudar bastante. Sobre

Nara Luíza, Alexandre Andrade e Comissão Farmácia Hospitalar

Alexandre Prates José Eduardo Cavicchia

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o evento, ela cou sensibilizada com a atuação e preocupação do CRF-GO em capacitar pro ssionais quali -cados para o mercado. “Saí do Pará para aproveitar o que a entidade ofe-rece num outro Estado”, diz.

No caso da oncologia o farma-cêutico precisa conhecer e entender do assunto, estar consciente e in-formado sobre os medicamentos e planejar as medidas que irá adotar. “Neste caso, trabalhamos com pa-cientes críticos, portadores de cân-cer e na verdade não temos tempo para errar, temos que acertar sem-pre”, diz o diretor do OncoPrest e coordenador da farmácia da Clínica AMO, de Salvador, na Bahia, Pablí-cio Nobre Gonçalves.

Ele ministrou palestra sobre a Atuação da equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica e falou sobre os cuidados que o pro ssional deve ter, principalmente com a infor-mação, por conta do pouco tempo de vida do paciente. Ele explica que por meio de uma regulamentação no Brasil, a Anvisa concede três tipos de medicamentos: referência, simi-lar e genérico. Sua atividade entra em ação principalmente quando a instituição pede uma modi cação de produto. “Aí entra o trabalho do farmacêutico de fazer essa busca de quali cação no mercado”, observa. Para ele, nesse processo é funda-mental a atualização, capacitação, reciclagem e educação permanen-te. “Temos que estar capacitados e quali cados para atender de forma adequada esses portadores de cân-

cer, além de termos em mente que apesar de lidar com quimioterapia, câncer, tumores, tratamos na verda-de é de pessoas”, diz, citando que a humanização da equipe é importan-tíssima no tratamento oncológico.

A palestra mais aguardada e que logo ultrapassou o limite de vagas foi sobre Farmácias Noti cadoras, mi-nistrada pelo gerente de farmacovi-gilância da Anvisa, Murilo de Freitas Dias. O programa é uma iniciativa da Anvisa junto com os Conselhos Regio-nais e as vigilâncias sanitárias. A idéia do projeto é fazer com que o farma-cêutico seja o elemento de conexão entre o usuário de medicamento e a vigilância sanitária. Ou seja, diante de uma reclamação ou suspeita de evento adverso relacionado ao me-dicamento ou problema com o pro-duto, o farmacêutico possa coletar o dado e transferir essa informação a vigilância sanitária. “Por outro lado ele também pode auxiliar e fazer re-comendações para o usuário. Neste caso o farmacêutico se transforma num agente de saúde e não é ape-nas um mero comerciante”, especi- ca, apontando que o programa visa trazer a prática pro ssional aliada à necessidade sanitária. “Se conseguir-mos fazer isso de forma adequada no Brasil inteiro, estaremos melhorando não só a segurança e a qualidade dos produtos para a população, mas tam-bém melhorando o processo regula-tório no País”, ressalta.

Na prática o programa requer, primeiramente, um curso de capaci-tação direcionado ao farmacêutico

que o informará sobre como abordar o paciente, como levantar e coletar dados. “A partir desse instante, o pro- ssional tem condição de estar trans-ferindo esses dados de forma padro-nizada para a vigilância por meio do software Notivisa”, menciona.

A Anvisa vem trabalhando com as noti cações das Farmácias Noti- cadoras desde 2005, e Goiás foi o terceiro Estado a aderir ao progra-ma. De acordo com Freitas, a taxa de noti cação ainda é pequena diante do que o farmacêutico pode contri-buir, mas vem crescendo ao longo dos anos. O programa quer envolver tanto as farmácias privadas quanto as públicas, atingindo as unidades básicas de saúde, as farmácias am-bulatoriais e comunitárias.

A diretoria do CRF-GO agra-dece o trabalho, o envolvimento e o apoio das Comissões Educação Continuada, Farmácia Hospitalar, Distribuidoras, Oncologia e He-matologia, Saúde Pública, Mani-pulação e Fitoterapia e Indústria Farmacêutica, pois sem elas este evento não teria acontecido.

Pablício Gonçalves Comissão Distribuidoras

Murilo de Freitas

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Notas

Qualidade e segurança naadministração de medicamento

Promovido pelo NEPAI (Núcleo de Ensino, Pes-quisa e Assistência em Infectologia) da Universidade Federal de Pernambuco/ANVISA – ISMP – Brasil, o evento Brasil Discute Qualidade e Segurança, conta com o apoio do laboratório farmacêutico Astraze-neca. Seu principal objetivo é levar aos profissionais da área da saúde aspectos relevantes relacionados com a qualidade e a segurança na administração de medicamentos.

O assunto já foi discutido em várias capitais, e em Goiânia, o tema foi abordado no dia 9 de agosto, no Castro’s Park Hotel e teve a participação da co-missão de Oncologia/Hematologia do CRF-GO, por meio de seus membros Fábio de Carvalho e Naime Sebastião Dias Júnior.

Perfumista francês ministrapalestra para farmacêuticos goianos

A Comissão de Indústria Cosmética do CRF-GO promoveu no dia 7 de novembro um mini-curso técnico-científico em Fragrâncias, o qual contou com a presença de um dos maiores perfumistas do mundo, o francês Jean Luc Morineau, proprietário da L’atelier Parfums.

Durante as quatro horas de duração, os 52 par-ticipantes das indústrias de cosméticos de Goiás compartilharam dos profundos conhecimentos do palestrante em matéria de fabricação de perfumes, realizado no auditório da Milênio Distribuidora.

No início do curso, a Presidente da Comissão, Juliana Bernardes Leão fez uma introdução apre-sentando o panorama nacional do setor cosmético e demonstrou os números do Estado de Goiás, que já possui 92 indústrias de cosméticos ativas segun-do dados oficiais.

Em seguida, o palestrante Morineau traçou o histórico da perfumaria desde os tempos mais re-motos até os dias atuais. Ele também falou sobre assuntos direcionados aos profissionais que traba-lham nas áreas de Pesquisa & Desenvolvimento, Controle de Qualidade e temas da indústria cos-mética como a Manufatura de Colônias, Eau de Toilette, Perfumes e Body Splash, tirando dúvidas quanto à estabilidade, maceração, resfriamento e filtragem.

Na segunda parte do evento os participantes puderam vivenciar um pouco da prática profis-sional, conhecendo de perto os verdadeiros óleos essenciais de diferentes materiais, dos quais são fabricadas as fragrâncias usadas nas indústrias cosméticas.

Jean Luc Morineau ao centro e Comissão Indústria Cosmética

Posse no COMENO CRF-GO parabeniza e incentiva a conselheira

Maria Conceição Morais Pereira, e seu suplente, Ilton Munhoz, empossados para representarem a entida-de de classe no Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEN). O evento foi realizado no Paço Municipal de Goiânia com a presença do prefeito Iris Rezende.

Naime, Cristiane, Mário, Clarice, Fábio e Sylvia

Ilton Munhoz, Maria Conceição e Iris Rezende

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CRF-GO vai à reunião do COSEMS-GOO Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goi-

ás participou, em agosto, por meio da farmacêutica Sueza de Souza, da Assembléia Ordinária do Conselho dos Se-cretários Municipais de Saúde (COSEMS) com um diálogo voltado à sensibilização dos gestores municipais para o cumprimento das normas sanitárias, do Decreto Federal nº 85.878 de 7/4/81 que, explicita como competência pri-vativa do FARMACÊUTICO à scalização pro ssional sa-nitária e técnica de empresas, estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica, dentre outros. Assim sendo, faz necessária a inclusão de vagas direcionadas a este pro- ssional nos concursos públicos dos municípios.

O CRF-GO pretende, para o próximo ano, reforçar as ações junto aos novos gestores como tentativa de va-lorização e ampliação do mercado de trabalho do farma-cêutico goiano.

Aquisição de outra sede torna-se realidadeO sonho de ampliar a área do Conselho Regio-

nal de Farmácia do Estado de Goiás, com o objetivo de melhorar o atendimento prestado ao profissio-nal farmacêutico se tornou realidade na primeira quinzena de novembro. A atual administração ad-quiriu a residência situada ao lado do atual prédio do CRF-GO após fazer uma minuciosa pesquisa de mercado para apurar a viabilidade econômica da aquisição. O novo espaço está situado numa área nobre da cidade, com uma construção de aproxi-madamente 400 metros quadrados.

Há cinco anos que a diretoria buscava um novo

espaço para ampliação da sede. Mas sempre os re-cursos eram insuficiente, e muitas vezes os locais encontrados não estava a altura da categoria. “Foi com muito esforço, com uma economia de guerra e uma administração exemplar que esta diretoria conseguiu negociar e comprar este novo espaço”, declara Nara Luíza de Oliveira, presidente do CRF-GO. Ela conta que a área foi adquirida com paga-mento à vista e deve estar funcionando em breve, logo após alguns reparos necessários para adapta-ção do espaço. “Esse é mais um resultado da boa gestão que estamos desenvolvendo no Conselho”, afirma a presidente.

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Farmacêuticas goianas apresentam Proje-to na Turquia

As farmacêuticas Sylvia Escher de Oliveira Niel-son e Andrea de Paula Campos, participaram, de 4 a 7 de setembro, da WONCA Europe Conference 2008 (Conferência Mundial de Saúde da Família), em Is-tambul, na Turquia, apresentando o Projeto “Aten-ção Farmacêutica na Estratégia Saúde da Família: uma experiência de Goiânia”.

O Projeto é fruto da parceria da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Secretaria Municipal de Saúde e nasceu com o objetivo de aproximar o farmacêutico da comunida-de, além de mostrar que a atenção farmacêutica é muito mais que a dispensação de medicamentos. “A participação do farmacêutico na Estratégia de Saúde da Família (ESF) garante o acompanhamento farma-coterapêutico, pois este pro ssional é o elo entre o médico e o paciente. O farmacêutico orienta sobre o uso racional de medicamentos e garante, junto com a equipe multipro ssional, as formas de proporcio-nar uma melhor qualidade de vida para o usuário do SUS”, diz Sylvia Escher.

A farmacêutica explica que o trabalho foi inicia-do, em 2007, quando a Divisão de Assistência Far-macêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Goi-ânia e a Faculdade de Farmácia da UFG elaboraram um projeto de pesquisa e de extensão universitária. A partir daí, a equipe multidisciplinar vem colocan-do as idéias em prática. “O propósito é desenvolver e avaliar estratégias de assistência farmacêutica mais eficientes, nos aspectos econômicos, clíni-cos e na qualidade de vida dos usuários do SUS. Os resultados, além dos esperados do ponto de vista técnico, vem proporcionando mais visibilidade ao farmacêutico” conclui.

Da concepção do Projeto participaram as farma-cêuticas Sylvia Escher, Lorena Baía e Andréa de Pau-la Campos; a professora Mércia Pandolfo e o médico Sandro Rogério Batista.

CRF-GO parabeniza farmacêuticoA diretoria do CRF-GO parabeniza o conselheiro

regional Renzo Freire de Almeida por assumir a coor-denação do curso de especialização em Hematologia pela Universidade Federal de Goiás, curso este que terá início no ano de 2009.

Notas

Sílvia Escher e Andrea Campos

Anfarmag divulgaaprovados do TEMMA 2008

A Associação Nacional de Farmacêuticos Magis-trais (Anfarmag) realizou em agosto o 5º Concurso ao Título de Especialista em Manipulação Magistral Alopá-tica (TEMMA), para o ano de 2008.

Criado em 2000, a edição do TEMMA ocorre a cada dois anos. Desde então, 905 farmacêuticos já conquis-taram o título. A preocupação da Anfarmag é com a quali cação plena do farmacêutico magistral alopá-tico, em todas as áreas necessárias ao atendimento pro ssional, exigindo conhecimentos aprofundados de farmacologia, farmacotécnica, controle de qualidade, ética pro ssional e legislação do setor. Acredita-se, que ao conquistar o título, o farmacêutico se valoriza e se diferencia neste segmento, o que é muito importante para a farmácia. Ter especialistas reconhecidos em seu quadro de funcionários é um diferencial técnico-cientí- co para a farmácia magistral.

O CRF-GO parabeniza todos os pro ssionais aprovados:

Alessandro Rezende Santos (MG), Ynara Campos Chambela (MG), Celimar Sinázia Silva (MG), Erika Carva-lho Nolli (MG), Fabiana Pires Vieira (MG), Gabriel da Silva Bastos (MG), Juliana Maria Vieira Mosci (MG), Márcia Al-ves Costa Pereira (MG), Márcia Ap. Silva Rodrigues Ha-ddad (MG), Renata Vieira Ventura (MG), Cláudia Codato Antônio (PR), Cynara de Faria e Silva Santos (SP), Emer-son Ferreira Massucati (SP), Fernanda Olávia Bauab (SP), Jacqueline Lopes (SP), Josélia Livizotto (SP), Kátia Regi-na de Lima (SP), Lincoln Marcelo Lourenço Cardoso (SP), Luis Fernando Lago (SP), Marco Aurélio Lamolha (SP), Fernanda Rodrigues Salazar (SP), Gina Ribeiro da Silva (ES), Mariana de Oliveira Pereira Piassarolli (ES), Maida Alice de Paula Rodrigues Freitas (GO), Nágela dos San-tos Rossi (RJ), Raquel Renno Braga (RJ), Thatyana Lilene Santos Lima (RJ) e Rafael Dutra Valério (PE).

Nara Luiza e Renzo de Almeida

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 25

Curso do Cebrim estimulavínculo entre farmacêutico,prescritor e usuário

A importância da aproximação entre o farmacêutico que trabalha com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua atividade multipro- ssional são focos do curso ministra-do pelo Centro Brasileiro de Informa-ções Sobre Medicamentos (Cebrim), do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Participam deste curso, pro-movido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o Con-selho Federal de Farmácia, 65 farma-cêuticos da Prefeitura de Goiânia.

Por meio da capacitação, os pro- ssionais são orientados sobre a im-portância do acompanhamento do usuário durante o uso de medicamen-tos prescritos pelo médico. As aulas foram ministradas em 13 módulos nas sextas-feiras à noite e nos sába-dos, em período integral. Os conte-údos estudados estão voltados para assistência farmacêutica do setor pú-blico, como o uso racional de medica-mentos, interações medicamentosas e atenção farmacêutica.

Este curso só foi possível graças ao desempenho das Conselheiras Re-gionais Lorena Baía e Mirtez Bezerra.

Dia do farmacêutico serácomemorado com grande estilo

Conhecedor das fórmulas, detentor da sa-bedoria das misturas curativas e sintetizador de substâncias, o farmacêutico é o único pro- ssional capaz de dar o direcionamento corre-to diante do tratamento solicitado por médi-cos, dentistas e demais pro ssionais de saúde habilitados para prescrever.

Em 20 de janeiro de 1916 foi fundada a Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), uma das mais antigas associações pro ssionais em atividade no Brasil. A partir de 1942, esta data histórica passou a ser comemorada como o Dia do Farmacêutico. Para homenagear a todos os farmacêuticos que escrevem a histó-ria da Farmácia em nosso Estado, o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) reali-zará no dia 24 de janeiro de 2009 a tradicional festa do farmacêutico no Cel da OAB.

Os ingressos estarão à venda a partir do dia 5 de janeiro na sede do CRF-GO. “Vamos comemorar, como sempre, com grande estilo”, a rma a presidente do Conselho, Nara Luíza de Oliveira, lembrando que o convite se estende a todos os pro ssionais e seus familiares.

Não deixe de participar. Informações: 3281-4311, ramal 7, com Laura Amorim.

26 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Anabolizantes

Não confunda beleza com saúde

O culto ao corpo e a busca inconseqüente pela beleza gerou este ano em Goiás

sucessivos casos do uso humano de produtos anabolizantes destina-dos a animais. Atraídos pela “febre” do corpo perfeito, jovens e adultos misturavam diferentes substâncias para potencializar os efeitos e ga-nhar músculos com mais rapidez e menos esforço. O acesso ilegal (via contrabando) e pela internet de substâncias que podem causar da-nos à saúde e até levar à morte, tem se tornado cada vez mais fácil.

O resultado disso foi que no iní-cio de julho o pintor de Catalão, Ju-lieber Costa, 26 anos, morreu depois de utilizar produtos para tratamento de bois e cavalo. O rapaz teve infec-ção na região do braço esquerdo, onde o anabolizante foi aplicado e os rins pararam de funcionar. Ele morreu após uma parada cardíaca. No dia 19 de julho, mais um rapaz de Catalão foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) por uso do produto. Roberto Rodrigues Medina, 20 anos, alegou ter comprado as substâncias em um pet shop. Ainda, o travesti Sydnei Guedes de 25 anos morreu na mes-ma semana, depois de injetar um tipo de silicone industrial.

Após reuniões para discutir sobre uso indiscriminadode anabolizantes, CRF-GO planeja lançar campanha educativa

Preocupada com essa situação, a deputada Adriete Elias reuniu os Conselhos dos Professores de Edu-cação Física, Medicina, Farmácia, Medicina Veterinária e Vigilância Sanitária Estadual e Municipal para ouvir as propostas desses órgãos e fazer um projeto de lei que regula-menta a venda e a scalização dos produtos veterinários. Segundo a deputada “o objetivo dessa união entre os Conselhos e o Estado é para que juntos possam fazer uma scalização coerente e educa-cional para segurança da saúde pública”.

Na reunião, a representan-te da Vigilância Sanitária Esta-dual, a gerente de Desenvolvi-mento Técnico em Produtos, Tânia da Silva Vaz, explicou que “o ponto frágil desta ques-tão é a distribuição clandestina do produto, e que os problemas são advindos do uso incorreto e ilegal”. Outro ponto que ela des-tacou como sendo um fator que di culta ainda mais a scalização é a venda pela internet, mas a rmou que “a Polícia Federal e a Anvisa já estão agindo”. Ao comentar sobre a venda de produtos veterinários sem a receita, o médico veterinário que representou o Conselho Re-

gional de Medicina Veterinária de Goi-ás, Paulo Eliam, ad-mitiu que este é um problema antigo e que compete ao CRMV-GO a scali-zação do exercício pro ssional de mé-dicos veterinários e zootecnistas do Estado, sendo que a legislação, em-bora não obrigue a presença em tempo

integral dos responsáveis técnicos nas lojas de produtos agropecuá-rios, determina a necessidade de receita veterinária para a compra de certos produtos. Ele disse tam-bém que “os responsáveis técnicos das lojas, que vendem os produtos sem a receita médica, devem orien-tar os empresários, sob pena de se-rem punidos”.

A preocupação levou as enti-dades de classe e órgãos scaliza-dores a colaborarem na formulação de um novo projeto de lei que pro-ponha alteração e dê nova redação a lei 15.952/2007 que rege a venda de anabolizantes em Goiás, dentre outros projetos de lei, “todos com

Reunião no CRF-GO planeja campanha contra uso indiscriminado de anabolizantes

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 27

intuito de esclarecer a população e inibir o uso indiscriminado de anabolizantes”, ressaltou Ilton Mu-nhoz, que representou o Conselho Regional de Farmácia de Goiás.

Conscientização - Outro aspecto importante de toda a questão envolve a educação e a coesão dos pro ssio-nais envolvidos. Foi um consenso de que só a scalização não é su ciente, é preciso educar e conscientizar a po-pulação. Além do médico veterinário, presente na venda dos produtos ve-terinários, também o educador físico deveria estar presente como RT nas academias, segundo o presidente do Conselho Regional de Educação Físi-ca, Rubens Silva. “A impunidade dos pro ssionais do ramo não é o único estímulo à generalização do uso de anabolizantes”, declarou. O presi-dente do CREF-GO advertiu ainda que as academias deveriam contar

com a presença de um pro ssional habilitado para orientar os alunos de forma responsável e ética. Muitas vezes esse papel é feito por um lei-go que chega a indicar aos alunos as “bombas” que deve usar para alcan-çar massa muscular mais rápido.

Várias outras reuniões foram re-alizadas internamente no CRF-GO, que decidiu trabalhar numa campa-nha educativa, com o tema Anabo-lizantes: não confunda beleza com saúde. O trabalho será composto por cartazes e cartilhas apontando os riscos que o paciente usuário de anabolizantes corre, além de ressal-tar a obrigatoriedade da presença do farmacêutico nas drogarias.

Conseqüências para o corpocom o uso de anabolizantes:

Queda acentuada de cabelos;Aparecimento de espinhas, principalmente no rosto e nas costas;O suor dos “bombados” ca com um odor mais forte, por causa dos hormônios acrescentados;O fígado tem sua função comprometida, pois precisa depurar as toxinas introduzidas no organismo;A hipertro a muscular se estende ao coração. O aumento do músculo cardíaco pode levar à arritmia e potencializa o risco de enfarte;Os produtos anabólicos potencializam o desenvolvimento de al-gum tipo de câncer;Os rins são acionados a trabalhar mais, pois a eliminação das toxi-nas ocorre principalmente pela urina. Ocorre, assim, uma sobre-carga renal;Nos homens pode ocorrer o aumento das mamas, e nas mulheres a redução;Nas mulheres, pode aparecer pêlos no rosto, com formação de barba e bigode;A longo prazo, os homens têm chances de car impotentes, infér-teis e com uma menor libido. A curto prazo, há aumento da libido e ereções prolongadas involuntariamente;Nas mulheres, pode ocorrer uma hipertro a clitoriana, em razão dos hormônios masculinos. O ciclo menstrual ca alterado.

Deputada Adriete Elias se reúne com CRF-GO

28 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Fiscalização

CRF-GO participa doX ENAF, em Brasília

A décima edição do Encon-tro Nacional de Fiscaliza-ção (X ENAF), coordenado

pela Comissão de Fiscalização (COFISC), do Conselho Federal de Farmácia, aconteceu em Bra-sília nos dias 10 e 11 de setembro. Durante o evento, o presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, afirmou que o fiscal deve ser antes de tudo um “orientador”, sinalizando para o contexto do aprimoramento, da capacitação, orientação, padronização de ações, tanto para os profissional farmacêuticos quanto para os fis-cais dos CRF’s.

E esta tem sido a dinâmi-ca das diretrizes adotadas pelo CRF-GO, definidos pela direto-ria atual. A aplicação das fichas de verificação do exercício pro-fissional nos estabelecimen-tos, cursos de capacitação no combate à dengue, interações, SNGPC, PGRSS, Gestão Empre-sarial, Farmácia Notificadora, entre tantos outros já concluí-dos e outros em andamento, são realizações do CRF-GO voltados à capacitação e orientação dos profissionais inscritos.

A fiscalizaçãoA palestra Síntese do Quadro

Atual da Fiscalização nos CRF’s foi apresentada pelo presidente da COFISC, Ronaldo Pereira Fi-lho, do Maranhão, e teve como tema central o aprimoramento das técnicas de fiscalização, ob-jetivando uma padronização em relação à produtividade, quali-dade e segurança entre os Regio-

Metas e propostas sãoapresentadas durante encontro

nais. Ele apresentou dados gerais dos Conselhos, sendo o número de fiscais por Estado o que mais chamou atenção. Segundo ele, são 133 fiscais atuantes na fisca-lização no País e o CRF-GO ocu-pa posição de destaque, ficando entre os primeiros. É um dos Re-gionais que mais investe na fisca-lização profissional.

“Outros dados interessantes que demonstram o tamanho do desafio da profissão farmacêuti-ca são os que mostram a relação de profissionais inscritos, estabe-lecimentos regulares, farmácias e drogarias no Brasil e os cursos de formação em todo o País”, afirma William Crivinel, vice-pre-

O Estado do Acre não possui Curso de Farmácia.

Fonte: Comesino/CFF

NÚMERO DE CURSOS DE FARMÁCIA NO BRASIL

sidente do CRF-GO.Novos profissionais - O pa-

lestrante também abordou a quantidade de profissionais que brevemente buscará espaço no segmento farmacêutico. Para demonstrar esta perspectiva, ele apresentou dados relativos aos cursos de formação de farmacêu-ticos em todo o País, ao todo 306. O CFF estima que serão 38 mil va-gas oferecidas ao ano, sendo que aproximadamente 22 mil serão efetivas (com evasão de 40%). A região Centro-Oeste ocupa a quarta posição em número de cursos oferecidos, sendo Goiás detentor, até o momento, de 13 cursos de farmácia.

William Cruvinel

Dados de setembro/2008

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 29

Diante dos desa os advin-dos dos dados mostrados, o CRF-GO pretende continuar no caminho do aprimoramento dos pro ssionais, principalmente na capacitação dos scais do Regio-nal. Esta importância está evi-denciada nas palavras do vice-presidente do CRF-GO. William Cruvinel: “Com a expansão das áreas de atuação do farmacêu-tico, os CRF’s devem aprimorar as condições estruturais e de pessoal para atender a crescente demanda de serviços adminis-trativos e de scalização, dotan-do o setor de toda a infra-estru-tura necessária e investindo na quali cação de seus scais, para acompanhar o processo evoluti-vo do exercício da pro ssão far-macêutica.”

Fiscalização eletrônica - Espera-se que os CRF’s tenham

Na contrapartida do crescente número de pro ssionais, pelo quadro apresentado no X ENAF, observa-se que o aumento do número de estabelecimento não acompanha no mesmo ritmo o de pro ssionais.

Embora as propostas apresentadas pelos Regionais não tenham sido discutido em assembléia geral durante o encontro deste ano, a COFISC informou que todas as propostas foram aprovadas preliminar-mente pela própria Comissão e seguirão para apreciação do Plenário do Conselho Federal.

O CRF-GO apresentou seis propostas:1. Alterar a Resolução 409 do CFF, instituindo formulário padrão

para Veri cação do Exercício Pro ssional em todos os tipos de estabe-lecimentos;

2. Alterar a Resolução 409 CFF, permitindo a aplicação da Ficha de Veri cação do Exercício Pro ssional (FVEP) na ausência do farmacêu-tico;

3. Alterar a Resolução 409 CFF, instituindo tipo de estabelecimento “Farmácia Hospitalar Pública”, no Relatório de Atividade Fiscal;

4. Publicar Resolução de nindo procedimentos e regras mínimas para registro de Posto de Medicamentos, no CRF;

5. Publicar Resolução de nindo regras e procedimentos para os ca-sos de ausências do Responsável Técnico justi cadas mediante sucessi-vos atestados médicos;

6. Publicar Resolução regulamentando a carga horária do farma-cêutico bioquímico.

Propostas apresentadaspelo CRF-GO no X ENAF

Estabelecimentos

Metas doCRF-GO

muitos desa os pela frente, consi-derando o número crescente de pro- ssionais disponíveis. Neste sentido, o CRF-GO já tomou novas medidas administrativas, principalmente no setor de scalização, para oferecer mais e ciência e qualidade.

Com a Fiscalização Eletrô-nica os scais do CRF-GO usarão da mais recente tecnologia no seu dia-a-dia. Espera-se que em no máximo 100 dias, o Departamen-to de Fiscalização passe a utilizar um sistema totalmente eletrônico composto de Palm Top, impresso-ra e internet, no qual o scal efe-tuará todas as ações inerentes à scalização.

Com isso, o CRF-GO terá ga-nhos signi cativos de economia: tempo, mão-de-obra, papel,

equipamento, telefone; segu-rança nas informações; agilida-de; produtividade; acesso aos dados instantaneamente; mo-dernidade.

Desta forma, o scal poderá registrar on-line, através da In-ternet, a visita efetuada no exato momento, imprimir formulários especí cos como termo de visita, auto de infração, cha de veri -cação do exercício pro ssional, per l de assistência, consultar cadastro do estabelecimento, do farmacêutico, entre tantos outros serviços que estarão dis-poníveis.

Todas as medidas necessá-rias à concretização desta ação já foram tomadas pela diretoria e estão na fase nal.

30 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Conselho Itinerante

Goiás é modelopara outros estados

Oprograma Conselho Iti-nerante, do CRF-GO, nasceu com o objetivo de

levar informações e serviços aos profissionais e empresários far-macêuticos instalados no interior de Goiás. Inspirado no programa Governo Itinerante, o projeto saiu do papel em 2005 e a primei-ra cidade do Estado a receber a equipe de funcionários do CRF-GO foi Iporá, localizada a 234 qui-lômetros da capital.

Na época, o atendimento era limitado a apenas checagem de dados, mas precisou de pou-co tempo para a equipe perceber que era possível oferecer outros serviços, com a aprovação da presidente, Nara Luíza de Olivei-ra, e da diretoria.

“Reunimos com outros de-partamentos e após analisarmos a regularidade do trabalho, cria-mos mecanismos para a ação”, conta a presidente do CRF-GO, Nara Luíza de Oliveira. Segundo ela, nesses quatro anos, o pro-grama já passou pela maioria dos 246 municípios do Estado, ofere-cendo uma vasta listagem de ser-viços que vai desde homologa-ção de responsabilidade técnica, transferências de farmacêuticos, atualização cadastral do profis-sional, emissão de certidão de regularidade, entrega de cartei-ras, denúncias/reclamações, qui-tação de anuidade, até registro de diplomas. “Com isso propor-cionamos ao profissional aten-dido ganho de tempo e dinheiro por evitar seu deslocamento até a capital em buscar atendimen-

Atividades seguem rmes e devem atingir mais demil pro ssionais e estabelecimentos atendidos este ano

to”, acrescenta. Com isso, o Con-selho também ganha, pois deixa de receber os profissionais em busca de serviços, desafogan-do o trabalho realizado na sede. De acordo com os números, por mês, cerca de 70 usuários não precisam se deslocar até a sede. Para se ter uma idéia, só este ano já foram realizados 950 atendi-mentos. E o ano deve fechar com mais de mil.

Paralelo a estes serviços, o farmacêutico ainda conta com cursos, treinamentos e pales-tras ministradas por capacitados profissionais e ainda o programa Vigilância Sanitária Itinerante – com perfil semelhante ao Con-selho Itinerante – o qual aborda assuntos como dispensação de medicamentos controlados e dú-vidas sobre o Sistema Nacional

de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), entre ou-tros serviços.

Este ano, o sucesso do pro-grama se estendeu a rede de In-ternet. Durante uma atuação do Itinerante em Formosa, foi pos-sível transmitir a palestra sobre Atendimentos e gestão em far-mácias e drogarias, ministrada pela farmacêutica Sueza de Sou-za Oliveira, em tempo real a to-dos os profissionais conectados.

O gerente de fiscalização do CRF-GO, Guilherme Reis, afirma que durante a preparação e or-ganização do evento, o Conselho conta com o trabalho de farma-cêuticos e associações represen-tantes da classe das cidades que providenciam local para reali-zação e divulgação da atividade entre a categoria. E toda equipe

Atendimentos são levados aos pro ssionais instalados no interior do Estado

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 31

de funcionários tem funções bem definidas dentro do programa. “Cada um tem seu papel pré-es-tabelecido, pois o trabalho não será possível de ser realizado se não houver comprometimento de todos, desde a presidente ao auxiliar administrativo”, aponta.

De acordo com ele, o pro-grama é uma experiência admi-nistrativa tão positiva que outros Conselhos Regionais procuram pelo CRF-GO para receberem treinamentos e se informarem melhor sobre como funciona o programa, como é o caso dos es-tados do Maranhão e Pernambu-co. Nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, a presidente do CRF-MA, Mary Jane Limeria de Oli-veira e o presidente da Comissão de Fiscalização do CFF, Ronaldo Ferreira Pereira Filho, que tam-bém é conselheiro federal pelo Estado do Maranhão, estiveram no Conselho Itinerante de Cris-talina e Valparaíso, onde falaram que o CRF-GO serve de modelo para todo o País e possui dois nomes de farmacêuticos de refe-rência nacional: Jaldo de Souza, presidente do CFF e Nara Luíza, presidente do conselho goiano. “Apesar de já realizarmos o pro-grama em nosso estado, viemos para aprender mais sobre como funciona o Conselho Itinerante, além de nos aperfeiçoar”, afir-mou Mary Jane.

Dados desde criação: 2005 2006 2007 2008*Itinerantes realizados 18 22 30 31Farmacêuticos participantes 365 633 764 1.033Empresários participantes 280 351 581 606Atendimentos realizados 298 338 828 950(*dados preliminares)

Ronaldo Filho, que acom-panha as atividades da presi-dente Nara Luíza desde 2001, quando ainda era membro da Comissão de Tomadas de Contas do CFF, enfatizou que o CRF-GO é exemplo de idoneidade na prestação de contas. “Goiás apresenta um número elevado de fiscalização, além dos traba-

lhos de orientação farmacêuti-ca, que busca a valorização da profissão”, cita .

No ano de 2008, o Conselho Itinerante trouxe uma ação de cunho social: o Treinamento Con-tra a Dengue capacitou cerca de 1,5 mil farmacêuticos em Goiás. Ministrado pela farmacêutica Lu-ciana Calil, “o treinamento traz informações sobre a prevenção e tratamento da doença, além de mecanismos que auxiliam no diagnóstico”, esclarece.

Nara Luiza ressalta que o primeiro lugar que uma pessoa com mal-estar procura é a far-mácia ou drogaria, devido ao acesso fácil e gratuito. “Por essa razão, nossos farmacêuticos precisam estar preparados para tirar dúvidas e passar orienta-ções”, adverte. Para 2009, o ob-jetivo do Conselho é intensificar ainda mais essas idas do Itine-rante, procurando contemplar cidades que não foram visitadas em 2008.Farmacêuticos ainda contam com palestras e treinamentos

Nara Luíza fala sobre as principais funções do CRF-GO e sua missão

32 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Nossa língua portuguesaNa edição anterior desta revista, deixei nesta co-luna a seguinte questão de português: “Coloque 1 ponto e 2 vírgulas para que a frase a seguir tenha sentido: Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha. Resposta: Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha”.

32 | Goiásfarma | mar-abr/2008

Estes, sim, são heróisA Vila São José Bento Cotto-

lengo iniciou suas atividades há 57 anos com a missão de promover o bem-estar da pessoa de ciente por meio de práticas inclusivas nas áreas social, da saúde, educa-ção e cultura.

Mantém um hospital que é referência em medicina auditiva, física e de reabilitação, e duas uni-dades educacionais. Na foto acima estão alguns dos “heróis” que cui-dam com amor e carinho - dia e noi-te - dos mais de 400 internos, atra-vés de 24 especialidades médicas.

Padrão InstalaçõesComerciais

Fundada em 1995 e sediada no Jardim Petrópolis, em Goiânia-GO, é uma empresa 100% goiana e familiar. Especializou-se no desenvolvimento e na produção de equipamentos para drogarias , supermercados, lojas de con-veniência , lojas de materiais de constru-ção e porta pallets para depósito.

A Padrão possui uma área de aproximadamente 10.000m² e sua di-retoria tem o orgulho de oferecer tra-balho e qualidade de vida para mais de 90 famílias. A fábrica está equipada com um maquinário de última gera-ção. Dispõe de ferramentas próprias

Um bom exemploAs senhoras Marileuza Car-

neiro e Terezinha Veloso desen-volveram uma bela campanha no condomínio onde residem, em Goiânia, que pode ser seguida por muitas outras pessoas de bom co-ração. Bateram de porta em porta solicitando sabonetes e dentifrí-cios para doação à Vila São José Bento Cottolengo, situada em Trindade-GO. “A boa vontade das pessoas foi surpreendente. Hou-ve até quem oferecesse roupas e brinquedos”, a rmaram. A en-trega dos produtos arrecadados realizou-se no último dia 02 de novembro à irmã Maria Soares Pedroza, diretora em exercício da instituição, conforme foto aci-ma. Felizes com o resultado, elas agradecem a todos pela valorosa colaboração.

Vá conhecer essa instituição admirável e surpreenda-se com tudo e com todos. E mais, oti-mismo é o que não falta por lá. O slogan da organização é: “Nem a lua precisa do corpo inteiro para encantar o mundo”.

E se você puder, ajude. Até mesmo um sabonete é muito bem-vindo para amenizar as ne-cessidades diárias. Mais informa-ções: (62) 3506-9000 ou www.cot-tolengo.org.br.

Endereço: Av. Manoel Montei-ro, nº 163 – Bairro Santuário – CEP: 75380-000 - Trindade - Goiás - Brasil.

segmento, o que proporciona melhor aproveitamento dos espaços e da co-municação visual da loja.

Apesar de todo esse empenho na fabricação dos seus produtos, a Padrão está sempre na busca de novas técni-cas e design modernos. É por estes mo-tivos que nesses 15 anos de atividades, conquistou uma clientela fiel em todo o território Nacional e em Angola para onde exporta tecnologia de ponta.

para manutenção do parque industrial o que tem proporcionado um melhor desenvolvimento dos seus produtos com qualidade e resistência.

A limpeza das chapas de aço é processada com tratamento anti-fer-ruginoso e cuidados especiais para a pintura, e esta é feita pelo sistema ele-trostático epóxi, processo que oferece resistência e durabilidade aos produ-tos que têm garantia de fábrica.

Para melhor atendimento aos seus clientes, a empresa instalou um showroom na própria sede, com es-trutura moderna e pro ssionais quali- cados. Os layouts personalizados são projetados por quem entende de cada

nov-dez/2008 | Goiásfarma | 33

José Ides Nery de Oliveiraé coordenador geral desta revistae diretor da N & M Propaganda e EventosE-mail: [email protected]

mar-abr/2008 | Goiásfarma | 33

Daia, 32 anosde sucesso

Quando o ex-presidente Ernesto Gaisel inaugurou o Distrito Agroindus-trial de Anápolis-GO, em 09/11/1976, eu estava lá a serviço da Acia e até colabo-rei com o Cerimonial da Presidência da República. E nestes 32 anos de sua fun-dação, quero enaltecer a feliz iniciativa de lideranças empresariais e políticas daquela época (algumas na foto acima). Estou falando dos pioneiros, daqueles que raramente são lembrados, mas que trabalharam com bravura e obs-tinação para que o Daia prosperasse como um projeto arrojado e de suma importância para a economia goiana.

Poucos sabem, mas o Daia é o único polo industrial implantado numa

Metrologia LegalA importância da Metrologia

Legal para a qualidade de produ-tos e serviços nacionais foi o tema central da palestra proferida pelo presidente do Inmetro Brasil, João Jornada (no centro da foto), na

Nasceu o nosso SalvadorDeus se fez homem em Jesus

Cristo, nasceu da Virgem Maria e renasce na Igreja. É Ele quem traz para todos o amor do Pai celestial. É Ele o Salvador do mundo! Abra seu coração e acolhei-O, para que o seu reino de amor e paz se torne herança comum de todos. E nesta data muito especial, desejo a você e aos seus familiares Feliz Natal e um Ano-Novo repleto de saúde, paz, alegrias e muitas realizações!

sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás.

“Esta foi a primeira vez, em mais de três décadas de ativida-des neste Estado, que um pre-sidente do Inmetro esteve em Goiânia”, afirmou, satisfeito com o desempenho do órgão em sua região, o superintendente Wili-baldo de Souza Júnior (na foto, à direita). O diretor de administra-ção e finanças do Inmetro no Rio de Janeiro, Antônio Carlos (na foto, à esquerda), também presti-giou o evento.

Segundo o presidente Jor-nada, o objetivo é estreitar ainda mais as relações entre o segmen-to industrial, a rede metrológica e o Inmetro. Mais informações no site: www.inmetrogo.gov.br

área privilegiada e dotada de recursos estratégicos que chamamos “Trevo do Brasil” (complexo viario formados pelas rodovias: BR-153, BR-060, BR-414, GO-330 e GO-080; ferrovias Norte-Sul e Cen-tro-Atlântica; e pelo terminal de cargas do Aeroporto JK). Só esta faltando um viaduto na BR-153!

Por estes motivos e graças à competência das 107 indústrias que lá se encontram em pleno funciona-mento, alavancadas pelos incentivos do Programa Fomentar/Produzir, o per l socioeconômico de Anápo-lis e região mudou completamente, pois essas empresas geram mais de 12 mil empregos diretos, renda para

muitas famílias e muitos impostos. E mais, é no Daia que se encontram o único porto seco e o terceiro maior polo farmacêutico do Brasil. Mas, para que ele continue crescendo e atraindo novos ivestido-res, essa performance invejável preci-sa ser muito bem divulgada além das fronteiras do Estado de Goiás.

34 | Goiásfarma | nov-dez/2008

Alimentos

Atuação farmacêutica na áreade Alimentos é tema de debate

OConselho Federal de Far-mácia (CFF), em parceria com o CRF-GO, realizou

nos dias 20 e 21 de outubro, na Uni-versidade Federal de Goiás (UFG), o I Encontro Regional de Professores Farmacêuticos e Especialistas Far-macêuticos na Área de Alimentos – Região Centro-Oeste. “Esclarecer e alertar alunos e professores sobre as possibilidades de atuação na área de Alimentos foi o grande objetivo do Encontro”, a rma Nara Luíza de Oliveira, presidente do CRF-GO.

Muitos estudantes, e até mesmo professores, não conhecem as pos-sibilidades de atuação pro ssional nessa área. “Promover um encontro assim só fortalece a categoria. É a oportunidade de unir conhecimentos em favor do crescimento da pro ssão farmacêutica”, completa.

Para o presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, a importância do Encontro está no debate em favor do crescimento da pro ssão. Para tanto, o CFF levou ao evento a sua Comissão de Alimentos e Nutrição que, em conjunto com a Comissão de Ensino do CRF-GO, professores e pro ssionais discutiram formas de expansão da área de Alimentos den-tro da grade curricular dos cursos de graduação na região Centro-Oeste

e, também, no âmbito pro ssional.“É preciso esclarecer aos alunos

que a Farmácia é muito maior que cada uma das especialidades, como a Farmácia Comunitária, as Análises Clínicas ou a Indústria. Hoje, há mais de setenta áreas de atuação do far-macêutico, entre elas, as de Alimen-tos e Nutrição”, acrescenta Jaldo.

Atualmente, o curso de Farmá-cia da UFG oferece a disciplina de Ali-mentos em 190 horas-aula obrigató-rias e 520 horas-aula optativas. Para a coordenadora do curso, professo-ra Clévia Ferreira Duarte Garrote, o Encontro é de extrema importância para os professores. “São eles os res-ponsáveis por repassar as competên-cias e habilidades da pro ssão”, cita.

O interesse em conhecer mais sobre a área de Alimentos levou Ca-mila Hofmann Santos, professora da Faculdade Anhanguera de Anápolis, a participar do Encontro. “Apesar do tempo ser curto, o momento é in-teressante para que os professores troquem experiências e informações sobre o método de ensino”, diz.

Para Magali Demoner Bermond, Conselheira Federal de Farmácia pelo Espírito Santo e integrante da Comis-

são de Alimentos e Nutrição do CFF, o Encontro tem três principais obje-tivos: fortalecer o ensino da área de Alimentos; discutir a regulamentação da área junto ao Conselho Federal e debater as responsabilidades e pers-pectivas para pro ssionais e educa-dores. “O pro ssional mais completo para atuar na área de Alimentos é o farmacêutico. Além de conhecer bio-logia e química, ele tem toda área farmacológica para dar embasamen-to para o alimento. E o mercado está cada vez mais carente de pro ssional quali cado”, enfatiza.

Durante o Encontro foi possível apresentar como está o ensino de ali-mentos no Brasil, o mapa conceitual, quais as sub áreas que atinge e quais os conteúdos, aspectos dos labora-tórios e diagnóstico da região. Ilza Martha de Souza e Márcia Maria de Souza, diretora e professora do curso de farmácia da Universidade de Cuia-bá (UNIC), do Mato Grosso, participa-ram do Encontro e a rmaram que “a área de Alimentos acaba cando um pouco de lado na atual grade curricu-lar, por essa razão vamos analisar o que pode ser melhor aplicado ao fu-turo farmacêutico”.

Encontro reúne professores e pro ssionais do Centro-Oestepara esclarecer as possibilidades de atuação no segmento

Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos (esquerda) e Comissão de Ensino do CRF-GO

Comissão de Alimentos e Nutrição do CFF