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O que um simples elogio pode causar de impacto no seu planejamento estratégico e financeiro?

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Motivação como estratégia de marketing.

Não é a primeira vez que chego em

uma empresa, cujo propriétario diz que fez

um alto investimento em marca, mudou

toda a linguagem da loja, fez novas embala-

gens, fez altos investimentos promocionais,

mas não atingiu o objetivo esperado.

Pode ter certeza, aí tem um segredo!

Outro dia, passei por um fato curioso. Levei

meu carro para uma das oficinas mais tradi-

cionais da cidade. Creio que seja a oficina

que mais investe em comunicação. É respeit-

ada e , ao longo dos seus 30 anos, ganhou

a confiança da sociedade em geral. Levei

o carro e pedi uma descarbonização, uma

troca de filtro e uma troca de óleo. Aí, veio

minha inocência. Afirmei para o atendente

que eu não poderia ficar na oficina. Pedi o

orçamento, que correspondia ao valor de R$

350,00 pelo serviço completo, e marquei a

hora de pegar o carro pronto. 17h, foi a hora

que acordamos. Fui para o trabalho.

Na hora marcada voltei. Fui comple-

tamente surpreendido! O mecânico des-

montou o motor do carro, alegando mil

e um acertos e concertos, e o orçamento

saltou de R$ 350,00 para R$ 3.200,00.

A primeira coisa que eu perguntei:

- Senhor mecânico, o senhor já viu o com-

ercial dessa oficina na televisão, que afirma

ser uma “oficina de confiança e por um preço

bem enconta”? Se é de confiança nunca,

nunca o senhor poderia fazer qualquer ser-

viço fora do acordado e sem minha prévia

autorização.

O que um simples elogio pode causar de impacto no seu planejamento estratégico e financeiro?

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Eu paguei caro por acreditar em uma

empresa onde o RH caminha longe do mar-

keting.

Hoje, os recursos humanos de qual-

quer instituição precisam começar a perce-

ber o poder estratégico que têm, e pensar

nos funcionários está além de análises de

currículos, sobrepõe a composição de folhas

de pagamentos, definição de férias e distri-

buição de benefícios trabalhistas, como os

vales de alimentação e transporte.

O recursos humanos é um depar-

tamento de definição estratégica da em-

presa, pelo simples fato de que tudo o que

se planeja estrategicamente são as pessoas

que executam, seja os operários do chão de

fábrica seja a linha de frente da empresa seja

as equipes operacionais. Sem pessoas nada

existe, e com pessoas desmotivadas e sem

as informações necessárias, a empresa perde

dinheiro e competência mercadológica.

Concordo com Rodd Wagner e James

K. Harte (Livro: 12 Elementos da Gestão de

Excelência), que dizem que o desempenho

de uma empresa começa pelo ato mais bási-

co: “ir trabalhar”. Hoje, o espírito protudivo e

a vontade de estar na empresa está direta-

mente relacionada com impacto nos resul-

tados estratégicos planejados.

Se as empresas pensarem bem nos

valores que dedicam em demissões, o tem-

po de adaptação de cada funcionário, tem-

po de envolvimento, reconhecimento do

comprometimento, analisariam melhor seus

processos de contratação e iriam além do

currículo para a escolha da formação da sua

equipe.

Eu gosto muito de enfatizar nas em-

presas onde ando que, além dos investi-

mentos promocionais, de propaganda e das

ações de marketing que vamos desempen-

har, qual será o valor destinado para investi-

mentos motivacionais que serão destinados

à equipe envolvida no processo.

David Rock, Jeffrey Schwartz e

Miguel Nicolelis, em uma reportagem para

HSM Management, citada na edição n° 93,

do bimestre julho/agosto de 12, afirmam

que: “A falta de reconhecimento no trabalho

dói tanto quanto uma pancada na cabeça: o

cérebro sente a exclusão e emite um impulso

neural intenso que termina por prejudicá-lo.

Esse entendimento científico, traduzido por

estudos diversos do cérebro, está dando às

empresas uma segunda chance: elas podem

finalmente humanizar-se.”

É estratégico um ambiente produ-

tivo onde a saúde mental seja traduzida de

forma direta e determinante na vida das

pessoas que trabalham e produzem nas em-

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presas.

Esse é um grande segredo de em-

presas como a Cacau Show por exemplo.

Quando se pergunta a Alexandre Tadeu da

Costa qual um dos maiores segredos do

sucesso da Cacau Show, ele afirma: Trate

gente como gente (fonte: livro Uma trufa e

mil lojas depois). Em seu livro, fala de todo

trabalho que ele mesmo, o próprio, desen-

volve para envolver a pessoa no processo da

empresa. Sua aproximação, o ato de recon-

hecer as pessoas da equipe. Alexandre diz

que ele mesmo tira uma hora do seu tempo

semanal para se reunir com as pessoas de

departamentos semanalmente escolhidos.

Sem falar, no envolvimento de toda a equipe

nos resultados diretos da Cacau Show. Ex-

emplo disso é o ritual, como ele mesmo fala,

do despacho da última caixa de uma safra,

exemplo: quando a última caixa dos ovos de

páscoa sai da fábrica para o último franquea-

do, Alexandre reuni toda a equipe diante do

caminhão e faz uma fila gigante onde a caixa

sai da produção e vai de mão em mão até

sua acomodação dentro do caminhão de

entrega. Isso é sinergia, envolvimento dire-

to, sensação de trabalho realizado. Todos ac-

ertaram. É simplesmente algo emocionante!

Esse é o espírito de uma empresa que

sabe que existe para a satisfação de todos,

dos acionistas até a sociedade em geral.

Com isso, a empresa passa a gan-

har a cada dia um caráter bem definido de

time. Onde as diferenças pessoais internas

passam por uma melhor administração das

emoções, e coloca todo a equipe focada nos

maiores desafios que a empresa tem.

Investir em motivação é investir no

minimizar perdas. Um funcionário desmoti-

vado de uma empresa de aço, por exemplo,

por descuido, já que a desmotivação causa

descuido, falta de atenção e falta de com-

prometimento, pode matar ou morrer.

Pense nisso! Investir em marca, faz-

er grandes investimentos em propaganda

e não dedicar valores para o investimento

motivacional da equipe é um tiro no escuro.

Uma equipe motivada retém todas as opor-

tunidades que o mercado oferece e busca,

a cada momento, atingir todas as metas e

objetivos necessários para o melhor desem-

penho da empresa no mercado.

Vamos refletir!

Fábio Mesquita Torres

Publicitário da Grão Novo

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