glp em movimento - sindigás · 2019. 4. 10. · consumo de glp no brasil ... * ressaltamos que no...
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GLP EM MOVIMENTO
PANORAMA DO SETOR DE GLP EM MOVIMENTO Março 2019 – 33ª Edição
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2
Resumo Executivo
Este documento foi desenvolvido pelo Sindigás com o objetivo de compilar dados públicos do mercado brasileiro de
GLP.
No fim de 2018, a ANP realizou algumas mudanças nos dados publicados em seu site. Sendo assim, o Sindigás viu
necessidade de adaptar algumas informações do Panorama do Setor de GLP em Movimento onde é possível
encontrar a evolução de consumo do GLP por região, a consolidação da pesquisa de preços realizada pela ANP, os
números do Programa Nacional de Requalificação de Cilindros, entre outros.
Acreditamos que este documento se mantém igualmente interessante e, ao fim da leitura, será possível ter uma visão
geral do setor de GLP no Brasil
Os dados apresentados no documento são referentes à consolidação de dados publicados pela ANP, através de sua página
web: www.anp.org.br
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Sumário
Resumo Executivo ...................................................................................................................................................................... 2
Sumário ....................................................................................................................................................................................... 3
Grandes números do setor de GLP .............................................................................................................................................. 4
Histórico - Mercado Brasileiro de GLP .......................................................................................................................................... 5
Consumo de GLP no Brasil .......................................................................................................................................................... 6
Market Share ............................................................................................................................................................................. 10
Evolução da composição do Preço do P 13 ................................................................................................................................. 11
GLP mais competitivo que GN ................................................................................................................................................... 15
Boletim mensal de acompanhamento da Indústria de GN - MME .............................................................................................. 15
Responsabilidade objetiva sobre cilindros.................................................................................................................................. 16
Sucesso no Programa Nacional de Requalificação ..................................................................................................................... 16
GLP cada vez mais perto do consumidor ................................................................................................................................... 18
Capilaridade do setor de GLP ..................................................................................................................................................... 18
Serviço Excepcional ................................................................................................................................................................... 20
Risco inferior ao da aviação ....................................................................................................................................................... 21
Acidentes com recipientes de 13 kg ........................................................................................................................................... 21
Impostos incidentes no GLP ...................................................................................................................................................... 22
Artigo Helder Queiroz ............................................................................................................................................................... 23
Conclusão .................................................................................................................................................................................. 27
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4
Grandes números do setor de GLP
O Brasil é uma nação movida a GLP, mais conhecido como “gás de cozinha’. Nenhuma outra fonte
energética se equipara a este produto em importância, uso, abrangência territorial e, sobretudo,
confiabilidade. Quase 60 milhões de residências e mais de 150 mil empresas, nos diversos setores da
indústria, comércio e serviços, utilizam o GLP.
100% dos municípios atendidos
98,4% das famílias brasileiras utilizam GLP
34,4 milhões de botijões de até 13 kg vendidos mensalmente
17 botijões de até 13 kg por segundo, entregues porta a porta
7,3 milhões de toneladas comercializadas (botijões e granel)
19 distribuidoras autorizadas na ANP
71,8 mil revendas autorizadas na ANP
31 empresas de requalificação e 5 fabricantes de botijões
380 mil empregos diretos e indiretos
R$ 5,8 bilhões em impostos recolhidos
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5
Histórico - Mercado Brasileiro de GLP
A utilização do GLP no Brasil começou em 1937, quando o imigrante austríaco Ernesto Igel comprou 6 mil
cilindros de gás propano, que serviam de combustível para dirigíveis, e começou a comercializar o produto
para cocção por intermédio da Empreza Brazileira de Gaz a Domicílio. Na época, a maioria da população
utilizava fogões à lenha. Em 1938, o uso do GLP começa a se difundir e cria-se o Conselho Nacional do
Petróleo (CNP), que estabeleceu como de utilidade pública as atividades relacionadas ao abastecimento
nacional de petróleo e seus derivados.
Com o início da produção de GLP pela Petrobras em 1955, houve grande impulso às atividades de
distribuição do produto.
De 1954 a 1990, a política de preços do GLP e de outros energéticos considerados prioritários, fosse por
questões inflacionárias ou por motivações sociais, foi marcada pela intervenção governamental, pautada
no tabelamento e uniformização de preços em todo o Brasil, por meio de subsídios cruzados sobre o
transporte e sobre o próprio produto. Essa política
mostrou-se extremamente eficiente para a
universalização do GLP, favorecendo o consumo do
produto nas zonas mais pobres e remotas do Brasil.
Graças a ela, o GLP chegou a 100% dos municípios
brasileiros e a mais de 95% das famílias.
Hoje em dia o mercado é livre, onde as distribuidoras
atuam de maneira competitiva beneficiando sempre
o consumidor, que tem o poder de escolher com
quem deseja comprar.
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Consumo de GLP no Brasil
Os dados de consumo de GLP no Brasil são segmentados, conforme disponibilização da ANP, em outros
(embalagens acima de 13kg) e p13 (embalagens até 13kg). Estes dados estão disponíveis no site da ANP
através do link: http://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/dados-de-mercado
Primeiramente, observa-se o consumo consolidado de GLP no Brasil nos meses de janeiro e fevereiro de
2019, destacando o quanto cada região representa do consumo total. Cabe observar que a região Sudeste
concentra 43% do consumo de GLP do país, seguida pela Região Nordeste com 25% do consumo nacional.
As regiões foram agrupadas de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em seguida, é possível avaliar o histórico de consumo de GLP no Brasil. Importante notar que nos últimos
anos o consumo de GLP permaneceu praticamente estável.
80
3.4
66
109
.950
68
.84
7
315.
935
245.
169
63.
564
311.
374
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99
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.958
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06
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100.000
200.000
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700.000
800.000
900.000
Brasil Sul Centro-Oeste Sudeste Nordeste Norte
Consumo GLP Regional (jan/fev de2019- tons)
Embalagens até 13Kg Outros
25 %
17 %
9 %
43 %
7 %
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
http://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/dados-de-mercado
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Com o objetivo de entender a sazonalidade do GLP no Brasil, a seguir dados de consumo mensais,
começando com o gráfico de consumo consolidado Brasil e seguido por gráficos com as demandas
regionais, pois em determinadas regiões os efeitos da sazonalidade são mais visíveis.
Importante notar que os gráficos estão em toneladas dividas por mil. Para se chegar ao número original
deve-se multiplicar o valor do gráfico por mil.
1.72
8.2
61
1.8
10.0
13
1.73
7.1
46
1.9
06
.256
1.9
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76
2.0
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2.1
27.7
52
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.415
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23.4
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6.7
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02.
612
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8.6
01
7.4
21.1
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8.3
07
7.39
5.75
7
7.38
8.5
36
7.31
3.79
4
-
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Histórico - Consumo Brasil (tons)
Outros Embalagens até 13Kg TOTAL
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
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8
Os estados que compõem a região Sudeste são: Espirito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os estados que compõem a região Sul são: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
473
415
46
9
46
8
476 4
91
452
436
436 4
52
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397 4
34 435
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436 44
3
437 44
2
40
8
395
179
155 18
0
179
183
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172
169
155
159
151 17
1
167
156 18
7
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165
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167
147
156
155
652
570
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9
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2
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700
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9
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2 62
2
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5
589
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0
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Jan
.19
fev.
19
Consumo Mensal - Brasil (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
192
170 1
93
194
198
204
185
175
179
188
163
161 17
5
175
178 2
06
181 19
5
180
180
180
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158
158
93
80 9
4
93 95 98
89
89
89
81 84
79 89
87
82 9
3
91 10
0
85 93
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75 80 81
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0
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19
Consumo Mensal - Sudeste (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
68
61 6
9
69 70 70
63
63
63
63
58 55
61 61
58
77
65 6
9
61 64
61
60
56 54
44
40 4
7 48
49 50
43 45
44
38 39
38
43
43
39
52 49 54
44 47
43
36 38 38
112
100
117
118
119
120
107
108
107
101
97
93
104
104
97
129
115 12
3
104 11
0
104
96
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19
Consumo Mensal - Sul (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
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9
Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Os estados que compõem a região Centro-Oeste são: Distrito Federa, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul.
Os estados que compõem a região Norte são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e
Tocantins.
137
119 1
33 133
137
144
135
130
126
130
124
116 12
7
128
116
147
134
137
128
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118
20
17 18 18 19 19 18 18 18 17 17 16 18
17 17 19 20 21
17 19
18 16 17
16
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136 1
52
151
156 16
3
153
148
144
147
141
131 1
45
146
134
166
154
158
145
149
145
145
144
134
020406080
100120140160180
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Consumo Mensal - Nordeste (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
40
34
38 39
38 39
36 35 36 37 35 34
37
36
30
47
36 38
36 36 37 37 35 34
16
14 15
15 16
16 15 14 14 14 15 14 15
15 13
17 16 17
15 16
16 15 16
16
56
48
53 54 54 55
51 49 51 5
2
50 48 5
2
52
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51 52 52 52 51 4
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Consumo Mensal - Centro-Oeste (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
37
32
35 33 33 34 33 33 32 34 33
31
34
33 32
35
32 34
31
33 33 34
33
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5 4 5 5 5 5 4 5 4 4 4 4 5 5 4 5 5 5 4 5 4 4 4 4
42
36
39 38 37
39
37 38
36
38 37
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39 38 36
40
37 39
36
38 37 38
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0
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Consumo Mensal - Norte (Tons - 000)
Embalagens até 13Kg Outros TOTAL
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
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10
Market Share
O Market Share* foi elaborado com base nos dados de vendas de GLP em recipientes transportáveis de até
13 kg e em granel/outros tipos, disponibilizados no site da ANP, através do link: http://www.anp.gov.br/distribuicao-
e-revenda/distribuidor/glp/limites-de-aquisicao-e-homologacoes-das-quotas-de-glp
Importante destacar que os gráficos representam a consolidação de vendas dos últimos seis meses
disponibilizados pela ANP e servem para definir os limites de aquisição e homologações das quotas de GLP.
* Ressaltamos que no caso do Market Share de 2018 a ANP passou a adotar o somatório dos semestres: planilha competência agosto/18 (meses de ref. jan/18 a jun/18) e competência fev/19 (meses de ref. jul/18 a dez/18) – “vendas de GLP em recipientes transportáveis de até 13 kg e em granel/outros
tipos”. Acesso: http://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/limites-de-aquisicao-e-homologacoes-das-quotas-de-glp O somatório leva em consideração o “Consumo Aparente” publicado pela ANP:
http://www.anp.gov.br/images/DISTRIBUICAO_E_REVENDA/Distribuidor/GLP/Dados_de_Mercado/Consumo_Aparente.xlsx
0,11% 4,68%0,82%
1,73%
8,57%
19,10%
20,22%
21,50%
23,28%
Mkt Share - Total ( % )
Gaslog Outros Amazongás Fogas Copagaz Nacional Gás Supergasbras Liquigás Ultragaz
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Meses de referência: agosto/18 a janeiro/19), análise Sindigás
0,00% 3,60% 1,01%2,14%
8,50%
21,93%
19,82%
22,83%
20,18%
Mkt Share - Embalagens até 13Kg ( % )
0,39%7,48%
0,33%
0,67%
8,75%
11,71%
21,28%18,04%
31,36%
Mkt Share - Outros (Granel + P20 + P45) (%)
http://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/limites-de-aquisicao-e-homologacoes-das-quotas-de-glphttp://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/limites-de-aquisicao-e-homologacoes-das-quotas-de-glphttp://www.anp.gov.br/distribuicao-e-revenda/distribuidor/glp/limites-de-aquisicao-e-homologacoes-das-quotas-de-glphttp://www.anp.gov.br/images/DISTRIBUICAO_E_REVENDA/Distribuidor/GLP/Dados_de_Mercado/Consumo_Aparente.xlsx
-
11
Evolução da composição do Preço do P 13
Desde 2002, vigora no Brasil o regime de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e
revenda de combustíveis e derivados de petróleo. Isso significa que não há qualquer tipo de tabelamento
nem fixação de valores máximos e mínimos, ou qualquer exigência de autorização oficial prévia para
reajustes.
“A ANP publica mensalmente a evolução dos preços de gás liquefeito de petróleo (GLP) em todos os
estados brasileiros desde novembro de 2001. São apresentados gráficos consolidados com os preços
médios ponderados dos produtores e importadores de GLP, incluindo as parcelas de ICMS e margens
brutas de distribuição e de revenda.
Com essa divulgação, a ANP visa garantir à sociedade o amplo conhecimento dos preços e margens
praticados pelos agentes econômicos em todos os segmentos do mercado de GLP: produção,
distribuição e revenda.
Premissas utilizadas:
• Preços dos produtores: de acordo com informações dos produtores e importadores enviadas
semanalmente à ANP, conforme estabelecido pela Portaria ANP nº 297/2001, incluídos os valores da
Cide e do PIS/COFINS;
• ICMS: calculado com base nas alíquotas estabelecidas pelos governos estaduais, por meio de
Convênio ICMS e Atos Cotepe. A alíquota de ICMS varia por estado, assim como os preços de
referência para o cálculo desse imposto; e
• Margens brutas de distribuição e de revenda: calculadas com base nos resultados das pesquisas
semanais do Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis,
regulamentado pela Portaria ANP nº 202/2000. Os preços de distribuição podem, eventualmente,
contemplar valores relativos a descontos por pagamentos de duplicatas no vencimento e por
cumprimento de metas de vendas.”1
Depois de forte alta no produtor durante os anos de 2017 e 2018, ao contrário do que muitos imaginam, o
preço não foi repassado em sua totalidade para o consumidor final, tendo as distribuidoras e revendas
retraído suas margens para não pesar no bolso do consumidor, pois é de conhecimento de todos a
importância deste energético essencial para a vida do brasileiro.
1 Disponível em: http://www.anp.gov.br/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/precos-ao-consumidor
http://www.anp.gov.br/precos-e-defesa-da-concorrencia/precos/precos-ao-consumidor
-
12
Com base nos relatórios da ANP, foram elaborados os infográficos a seguir com a evolução da composição
de preço do cilindro de 13kg. É fato que houve um aumento de 39,31% no preço do produto na Petrobras,
comparando os anos de 2017 e 2018, mas o preço ao consumidor teve um reajuste de metade deste
percentual, 15,22%. O mesmo ocorre ao comparar fevereiro de 2019 com o mesmo mês, mas em 2018. A
produtora aumentou o preço em R$ 9,58%, enquanto para o consumidor final o repasse foi de 3,46%.
Acompanhamento de preços – Cilindros de 13kg
Link para a evolução do preço desde 2008
A análise a seguir tem por objetivo demonstrar o quanto o preço do GLP representa percentualmente no
salário mínimo.
R$
46
5,0
0
R$
510
,00
R$
54
5,0
0
R$
622
,00
R$
678
,00
R$
724
,00
R$
78
8,0
0
R$
88
0,0
0
R$
937
,00
R$
954
,00
R$
99
8,0
0
R$
23,
98
R$
25,
61
R$
25,
71
R$
26
,20
R$
27,
44
R$
28
,80
R$
32
,19
R$
36
,05
R$
39
,34
R$
45,
33
R$
46
,09
R$ 0,00
R$ 100,00
R$ 200,00
R$ 300,00
R$ 400,00
R$ 500,00
R$ 600,00
R$ 700,00
R$ 800,00
R$ 900,00
R$ 1.000,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Preço Médio P13/45 dias x Salário Mínimo
Salário Mínimo Preço Médio P13 45 dias
R$ 59,01 15,22% R$ 67,99
R$ 31,91
4,58%
R$ 33,37
R$ 10,26 8,80% R$ 11,17
R$ 16,83 39,31% R$ 23,45
R$ 66,80 3,46% R$ 69,11
R$ 31,97 -0,94 % R$ 31,79
R$ 11,55 2,25 % R$ 11,81
R$ 23,28 9,58% R$ 25,51
2017 2018 fev/18 fev/19
5,2%
4% 4,2%
5% 4,7%
4% 4,1% 4,1% 4,2%
4,8% 4,6%
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
Tributos Petrobras Margem Bruta Revenda + Margem Bruta Distribuição + Custos
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
(jan-fev)
http://www.sindigas.org.br/Download/PANORAMA%20DO%20SETOR/evolu%C3%A7%C3%A3o%20do%20pre%C3%A7o%20desde%202008.png
-
13
A Petrobras vem praticando preços superiores aos do mercado internacional para o GLP destinado às
embalagens de 13kg e menores. O produto é comprado no mercado internacional por R$ 20/P13 e vendido
pela estatal a R$ 25,31/P13 e R$25,47/P13 nos portos de Suape e Santos, respectivamente.
A partir destes dados, o Sindigás espera que o MME atue para acabar com a distorção nos preços
diferenciados do GLP praticados no mercado nacional, o que prejudica o consumidor final, especialmente
os de baixa renda. Mais do que possível, baixar o preço do botijão é necessário.
Preço Paridade de Importação (semanal) x Preço médio ponderado dos
produtores/importadores (semanal)
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
-
14
Preço Paridade de Importação (semanal) x Preço de realização produtor
(mensal – até jan/19)
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
-
15
GLP mais competitivo que GN Boletim mensal de acompanhamento da Indústria de GN - MME
O Ministério de Minas e Energia (MME) publica mensalmente em sua página web, um boletim mensal de
acompanhamento da indústria de Gás Natural, onde é possível visualizar comparações de competitividade
entre Gás Natural e GLP em relação aos preços ao consumidor final.
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis/publicacoes/boletim-mensal-
de-acompanhamento-da-industria-de-gas-natural/2018
A seguir pode-se observar alguns gráficos (Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro) disponibilizados no último
boletim. Cabe notar que nos estados publicados pelo MME o GLP é mais vantajoso que o Gás Natural.
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis/publicacoes/boletim-mensal-de-acompanhamento-da-industria-de-gas-natural/2018http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/petroleo-gas-natural-e-combustiveis-renovaveis/publicacoes/boletim-mensal-de-acompanhamento-da-industria-de-gas-natural/2018
-
16
Responsabilidade objetiva sobre cilindros Sucesso no Programa Nacional de Requalificação
Em resumo, o processo de requalificação determina que a cada 15 anos da fabricação e a cada 10 anos
da última requalificação do recipiente transportável de GLP, ele passe por um processo de rigorosa
verificação interna e externa de seu estado. É feito um teste de resistência e de vazamento, que atesta
se o recipiente está adequado para operar por mais 10 anos. Caso não seja aprovado nos testes, o
recipiente será sucateado. Os dados serão apresentados da seguinte maneira: Consolidados por ano,
P13, P20 e P45 e em seguida será apresentado um acompanhamento mensal de cada cilindro conforme
anteriormente mencionado.
1.9
98
.38
2
2.1
34.9
46
3.15
1.12
9
2.5
38.1
93
2.8
11.1
81
2.1
68
.80
4
2.3
66
.54
3
2.2
74.4
41
2.9
59.4
19
3.6
96
.06
3
2.8
13.7
42
154
.56
6
1.9
24
.80
4
1.18
0.8
23
1.19
3.6
62
84
4.1
29
66
1.8
44
794
.752
834
.538
639
.753
500
.431
49
1.2
78
8.7
70.0
47
10.6
32.0
20
10.6
79.3
65
11.5
00
.42
7
11.7
67.
837
11.4
91.
68
3 14.7
60
.54
4
12.9
43.
971
9.7
51.2
08
10.4
90
.155
10.1
06
.90
0
2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8
GRANDES NÚMEROS - REQUALIFICAÇÃO (P13)
COMPRADOS INUTILIZADOS REQUALIFICADOS
28
8.4
32
22
6.6
50
210
.60
7
22
3.2
88
22
9.9
28
20
6.8
60
234
.50
5
238
.94
0
28
5.9
34
255
.98
7
254
.49
3
26
0.3
87
42.092 50.458 44.358 41.622 38.683 44.996 36.586 38.102 31.120 37.631 41.963 41.373
1.0
21.
317
88
4.2
69
777.
09
9
90
2.4
25
82
1.2
12
812
.08
9
679
.02
6
724
.38
1
735.
42
6
66
5.2
81
96
3.0
34
1.10
1.55
1
M A R . 1 8 A B R . 1 8 M A I . 1 8 J U N . 1 8 J U L . 1 8 A G O . 1 8 S E T . 1 8 O U T . 1 8 N O V . 1 8 D E Z . 1 8 J A N . 1 9 F E V . 1 9
ACOMPANHAMENTO MENSAL - REQUALIFICAÇÃO (P13)
Série1 Série2 Série3
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
-
17
20
.956
20
.16
9 4
4.4
42
42
.30
4
41.
92
7
47.
759
42
.66
4
48
.511
12.3
95
14.1
25
14.1
59
5.9
92
10.2
33
6.7
38
10.4
32
12.4
26
8.2
02
6.4
34
9.0
79
5.17
6
3.15
2
2.3
21 2
0.3
11
28
.40
2
42
.88
2
52.7
64
54.4
44
51.6
00
68
.36
9
106
.86
8
108
.90
8
74.4
25
75.0
49
2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8
GRANDES NÚMEROS - REQUALIFICAÇÃO (P20 )
COMPRADOS INUTILIZADOS REQUALIFICADOS3.
160
1.0
82
437
64
7 1.0
95
1.2
45
780
2.6
04
747
1.6
50
64
5
69
8
291 341 155 220 51 85 230 174 144 349 423 119
6.8
20
5.9
68
5.31
6 6
.82
9
6.4
72
7.2
86
6.7
38
7.6
17
5.0
08
4.5
55
4.0
20
5.9
81
M A R . 1 8 A B R . 1 8 M A I . 1 8 J U N . 1 8 J U L . 1 8 A G O . 1 8 S E T . 1 8 O U T . 1 8 N O V . 1 8 D E Z . 1 8 J A N . 1 9 F E V . 1 9
ACOMPANHAMENTO MENSAL - REQUALIFICAÇÃO (P20 )
Série1 Série2 Série3
7.8
20
26
.759
31.2
23
31.2
19
56.4
29
50.8
13
56.4
28
76.6
98
20
.40
2
26
.39
2
29
.273
11.2
94
14.3
13
11.2
02
18.8
73
15.9
14
14.7
76
15.3
20
23.
92
1
14.2
42
8.3
29
5.8
45 60
.419
84
.713
125.
361
119
.66
6
136
.74
1
132
.86
1 22
3.6
76
456
.68
1
411
.19
2
186
.258
148
.24
2
2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8
GRANDES NÚMEROS - REQUA LIFICAÇÃO (P45)
COMPRADOS INUTILIZADOS REQUALIFICADOS
1.4
94
1.8
88
875
1.8
95
3.6
49
4.5
53
2.7
76
3.9
24
2.4
17
4.3
27 3.2
05
2.1
34
287 328
320 651 325 454 539 319
355 517 488 180
16.4
33
12.5
71
11.4
03
12.9
97
11.9
66
13.0
36
9.6
57
11.1
38
11.2
12
7.16
1
8.0
98
9.7
98
M A R . 1 8 A B R . 1 8 M A I . 1 8 J U N . 1 8 J U L . 1 8 A G O . 1 8 S E T . 1 8 O U T . 1 8 N O V . 1 8 D E Z . 1 8 J A N . 1 9 F E V . 1 9
ACOMPANHAMENTO MENSAL REQUALIFICAÇÃO (P45)
COMPRADOS INUTILIZADO REQUALIFICADO
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, analise Sindigás
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
-
18
GLP cada vez mais perto do consumidor Capilaridade do setor de GLP
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui hoje 5.570 municípios,
que estão divididos em 27 estados. Segundo dados da ANP, somente 2% dos munícipios brasileiros não
possuem uma revenda legalmente constituída. Isto se deve devido ao tamanho de alguns municípios,
que muitas vezes não comportam uma revenda autorizada pela ANP e são abastecidos por municípios
vizinhos.
As empresas distribuidoras em parceria com sua rede de revenda vêm trabalhando ao longo dos anos
com o objetivo de aumentar ainda mais a capilaridade do GLP junto à sociedade brasileira, abrindo novas
revendas em municípios ainda não atendidos. A seguir se pode observar a evolução dos municípios sem
revenda, assim como a quantidade de revendas no país.
Importante destacar que grande parte do êxito dos programas de combate à informalidade,
capitaneados pela ANP, se reflete no aumento exponencial de revendas legalizadas. Isto decorre do
processo contínuo de ações por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e
autoridades parceiras da Agência.
633
574
541
49
0
46
9
438
414
378
351
264
240
229
227
230
165
123
122
0
100
200
300
400
500
600
700
Jun
. 12
Se
t. 1
2
De
z. 1
2
Mar
. 13
Jun
. 13
Se
t. 1
3
De
z. 1
3
Fev
. 14
Jun
. 14
Mai
. 15
Jun
. 15
De
z. 1
5
Jul.
16
No
v.16
Mar
. 18
De
z. 1
8
Mar
. 19
Número de Municípios sem revenda
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
-
19
88
0
3.0
80
7.1
59
14.5
25
20.4
94
25.8
86
34.2
80
41.
555
47.
232
52.1
90
56.0
21
60
.21
2
65.
074
68
.421
71.1
15
71.8
14
-
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Número de revendas - Brasil
Total de revendas
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, análise Sindigás
-
20
Serviço Excepcional
O GLP tem alcance mais extensivo que os Correios, a luz elétrica, a água tratada e os serviços de
telecomunicações. Ao longo desses mais de 80 anos, a população brasileira cresceu, criou novas demandas,
aumentou seu grau de exigência em relação a produtos e serviços. O setor de GLP acompanhou essas
mudanças de comportamento do consumidor brasileiro e entendeu, como poucos segmentos da economia,
as necessidades dos seus clientes. A diferença é que fez o essencial: adaptou-se a elas.
A melhor prova de que o setor de GLP atende às expectativas de seus consumidores é o fato de o
combustível não figurar na lista dos 50 principais produtos e serviços que são alvos de queixas dos
consumidores, segundo documento publicado pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor
(PROCON SP), tanto ao referente ao acumulado de 2018 quanto à lista dos últimos sessenta dias.
(http://sistemas.procon.sp.gov.br/rank_estadual/?m=rank_atend)
http://sistemas.procon.sp.gov.br/rank_estadual/?m=rank_atend
-
21
Risco inferior ao da aviação Acidentes com recipientes de 13 kg
Como observado ao longo do documento, o GLP está presente em mais de 95% dos lares brasileiros, com
incrível capilaridade pelo país. Mesmo com toda esta cadeia de valor e uso intensivo, o GLP possui um
baixíssimo índice de acidentes. Com base em dados fornecidos pelas distribuidoras de GLP associadas ao
Sindigás, elaborou-se a tabela a seguir, utilizando-se a metodologia DPMO (defeitos por milhão de
oportunidade (nº de acidentes x 1.000.000 / botijões engarrafados no período)) e o objetivo das
distribuidoras associadas é atingir um desempenho inferior a 3,4 defeitos por milhão de oportunidades.
Nota: Os dados estatísticos sobre os acidentes com botijões de 13kg, divulgados pelo Sindigás, referem-se às informações fornecidas pelas empresas distribuidoras associadas ao Sindigás. Esses dados contemplam exclusivamente os acidentes envolvendo os recipientes de 13kg de GLP, que apresentam laudo conclusivo, cujas distribuidoras foram contatadas ou que tenham tomado conhecimento de outra forma.
O Sindigás acredita na ocorrência de outros acidentes, não informados pelo consumidor às distribuidoras, envolvendo instalações inadequadas e uso inapropriado. O que nos leva a crer que os acidentes por esses motivos representam mais de 90% do total de ocorrências.
Importante destacar que essas informações não guardam qualquer relação direta com as estatísticas dos corpos de bombeiros, que em sua grande maioria divulgam apenas acidentes envolvendo Gases, generalizando Gás Natural e GLP, sem identificar a causa do acidente, na esmagadora maioria dos casos, estes são originados por sobrecarga elétrica (curtos-circuitos). As estatísticas das distribuidoras apontam que os principais motivos dos acidentes com botijões estão diretamente relacionados com falhas nas instalações dos recipientes ou no uso inadequado dos mesmos.
-
22
Impostos incidentes no GLP
O Sindigás desenvolveu uma ferramenta, disponível em seu site, para o consumidor de GLP saber quanto
paga de imposto quando compra o produto. Desde janeiro de 2015, os revendedores de gás são obrigados,
por lei, a informar os valores de tributos nos cupons e notas fiscais.
Conheça a ferramenta: http://www.sindigas.org.br/novosite/?page_id=3030
Conheça um pouco mais a estrutura do ICMS para este produto e saiba que este imposto varia de acordo
com estado, embalagem e até mesmo com a origem do GLP, sendo ele produzido a partir de Petróleo ou a
partir de Gás Natural. http://www.sindigas.org.br/novosite/?page_id=3024
ICMS GLP para embalagens acima de 13 kg ICMS GLP para embalagens até 13 kg
http://www.sindigas.org.br/novosite/?page_id=3030http://www.sindigas.org.br/novosite/?page_id=3024http://www.sindigas.org.br/novosite/?page_id=3030
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Artigo Helder Queiroz
Na onda da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2018, a ANP colocou em debate diversos itens
da agenda regulatória do setor de downstream. Em consequência a estes fatos, foi publicada pela ANP a
Tomada Pública de Contribuições no 07/2018, que afeta diretamente o consumidor de GLP, tanto nos
aspectos de segurança quanto de economicidade, pois propõe uma revisão normativa temerária, com
apresentação de duas propostas com enunciados inconsistentes, quais sejam:
1. Eventual permissão por parte da ANP ao enchimento fracionado de recipientes
transportáveis de GLP por parte dos distribuidores e;
2. Possibilidade de comercialização de GLP em recipientes de outras marcas (OM.)
Consta ainda no Aviso da citada TPC a necessidade de avaliação, dentre outros, sobre:
- Os impactos sobre a requalificação de recipientes de GLP;
- As vantagens esperadas do enchimento fracionado de recipientes transportáveis de
GLP em relação ao cenário atual; e
- As vantagens esperadas da comercialização de GLP em recipientes de outras marcas
em relação ao cenário atual.
Nesse contexto, o economista, professor e ex-diretor da ANP, Helder Queiroz, , preparou um parecer
expondo que a TPC 07/2018 além de não apontar claramente um problema técnico, econômico, regulatório
ou concorrencial na redação do seu objetivo, não há indicação de quais benefícios à sociedade trariam as
hipóteses de enchimento fracionado de botijões e mesmo a comercialização do GLP em outras marcas.
Segundo Queiroz, a chamada da referida TPC se revela uma “solução à busca de um problema”.
Leia a seguir o sumário executivo que o Sindigás preparou para esta edição do “Panorama do Setor de GLP
em Movimento” e, caso tenha interesse, acesse o parecer completo neste link:
www.sindigas.org.br/Download/PANORAMA%20DO%20SETOR/Relatorio%20Helder%20Queiroz%20TP
C%20GLP%20231118.pdf
http://www.sindigas.org.br/Download/PANORAMA%20DO%20SETOR/Relatorio%20Helder%20Queiroz%20TPC%20GLP%20231118.pdfhttp://www.sindigas.org.br/Download/PANORAMA%20DO%20SETOR/Relatorio%20Helder%20Queiroz%20TPC%20GLP%20231118.pdf
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Questões-Chave sobre a Regulação do Mercado de GLP:
uma contribuição sobre a comercialização e o enchimento fracionado de recipientes
A questão da necessidade de capital para investimento inicial está
associada diretamente com as economias de escala. Em
determinados setores, o porte da empresa incumbente é tal que
uma empresa para ser competitiva tem que realizar investimentos
que permitam rivalizar com a empresa já instalada, a partir de uma
escala mínima eficiente.
O mercado de distribuição de GLP, embora concentrado,
apresenta rivalidade entre as firmas líderes e, no plano regional, há
uma diferenciada estrutura de mercado, com graus de
concentração diversos, que variam bastante de um estado a outro.
Empresas de porte menor que o das quatro líderes conseguem
escalas mínimas eficientes para suas operações e participar
ativamente do mercado de GLP em determinadas regiões.
Dentre as principais barreiras à entrada, podemos destacar:
Plantas, Armazenamento e Logística: bases de engarrafamento, tanque, etc.;
Escala de Propriedade de Botijões – regulação não permite compartilhamento de marcas;
Marca: sinônimo de origem, segurança e confiabilidade (distribuidores identificados pela marca e cor de
seus botijões).
Além disso, existem barreiras regulatórias associadas às barreiras estruturais, decorrentes da atuação da
ANP e de suas tarefas de regulação do mercado. Por exemplo: a necessidade de comprovação da
capacidade de armazenagem e manutenção de inventário de GLP, conforme Resolução ANP n° 5/15, que
obriga um estoque médio mínimo semanal, segundo as diferentes regiões e com equivalência aos volumes
comercializados:
Antes mesmo da criação da ANP, o Ministério de Minas e Energia aprovou a Portaria MME nº 334/1996, que
fixou os prazos de destroca e requalificação de botijões de envasilhamento de GLP, e dispõe em seu artigo
3º que “a comercialização de GLP, pelas empresas distribuidoras autorizadas, somente será permitida em
botijões que contenham rótulo com instruções ao consumidor e lacre de inviolabilidade da válvula de fluxo,
ambos com o nome da distribuidora”.
Prof. Helder Queiroz Pinto Junior
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Assim, a marca das distribuidoras gravada em alto relevo em cada botijão comercializado no país fornece
proteção aos consumidores e rastreabilidade com relação a eventuais problemas de qualidade do produto,
além de ser de responsabilidade integral das empresas de distribuição. Tal aspecto pode ser considerado
como um fator de competitividade entre empresas rivais, pois impõe a necessidade permanente de
investimentos na prestação de serviços, garantia da qualidade e conservação dos recipientes.
Nesse contexto, a marca identifica a origem e representa uma garantia de qualidade, segurança e prestação
de serviços. É importante recordar que a capacidade de comercialização depende do número de botijões de
propriedade do distribuidor, pois é sobre essa quantidade que a Petrobrás calcula o fornecimento de
matéria-prima disponibilizada ao distribuidor.
Com efeito, existe uma restrição objetiva na aquisição de botijões de outro distribuidor.
Resolução ANP 49/2016:
“(...) a identificação da marca comercial estampada em alto relevo no corpo dos recipientes transportáveis
de GLP contribui para a operacionalização do processo de requalificação e para a facilidade de fiscalização,
(...) a identificação da marca comercial do distribuidor de GLP no corpo dos recipientes transportáveis de
GLP visa a atender, além de controles de competência da ANP, direitos básicos previstos no Código de
Defesa do Consumidor, assegurando, ainda, a responsabilidade civil do distribuidor de GLP perante o
consumidor, (...).”
Resolução ANP 51/2016:
Art. 16: “os recipientes transportáveis de GLP cheios, que serão vendidos pelo revendedor, devem conter
lacre de inviolabilidade da válvula de fluxo que informe a marca do distribuidor responsável pela
comercialização do produto e rótulo do distribuidor de GLP.
Cabe examinar se a referida TPC contribuirá para o aperfeiçoamento do marco regulatório no mercado de
distribuição de GLP. Para tal, é interessante identificar de que forma um conjunto de medidas regulatórias
preventivas pode, de fato, proporcionar benefícios líquidos ou, ao contrário, engendrar distorções num
determinado mercado.
Dentre as formas de tratar este problema estão as Análises de Impacto Regulatório (AIR). A própria ANP já
recorreu a este instrumento, quando publicou, em 27/2/2015, um extenso estudo intitulado “Requalificação
de Recipientes Transportáveis de Aço para Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)”, no qual, além de tratar do
tema específico da requalificação de botijões, apresenta uma detalhada visão do mercado de GLP. Tal
estudo, conduzido por especialistas de regulação de diferentes áreas da ANP (responsáveis pela defesa da
concorrência, abastecimento e fiscalização), não aponta em nenhum momento problemas concorrenciais
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associados à marca ou a indicação de que o enchimento fracionado de recipientes poderia ampliar a
competição no mercado de distribuição.
O papel da marca no mercado de distribuição de GLP é uma garantia, reconhecida em várias resoluções da
ANP, da rastreabilidade e das condições de segurança operacional.
No mercado de distribuição de GLP, a marca da distribuidora, apesar de ser considerada uma barreira à
entrada, constitui um ponto central de garantia de rastreabilidade e de segurança operacional. As
vantagens competitivas derivadas do uso da marca são oriundas da própria evolução do mercado. E, nessa
perspectiva, as resoluções que disciplinam as atividades do segmento de distribuição atribuem importância
operacional à marca.
A aprovação, pela ANP, das resoluções 49, 50 e 51, em novembro de 2016, atualizando a regulamentação
das atividades de distribuição e revenda de GLP, obedeceram aos ritos do processo decisório da agência
(notas técnicas, propostas de ação, consultas e audiências públicas). Em nenhuma delas, após estudos
detalhados registrados nas notas técnicas, é destacado o problema do enchimento fracionado de
recipientes, nem são apontados eventuais efeitos anticompetitivos derivados da função da marca das
distribuidoras.
Enquanto instrumento regulatório, uma TPC tem que se valer da identificação de um problema concreto. A
TPC 07/2018 não aponta claramente um problema técnico, econômico, regulatório ou concorrencial na
redação do seu objetivo, para o qual a solução seria o enchimento fracionado de botijões e a
comercialização do GLP em outras marcas. A chamada da referida TPC se revela uma “solução à busca de
um problema”.
A ANP peca ao sugerir mudanças profundas nas condições de operação no mercado de distribuição, sem
identificar os custos potenciais para os agentes econômicos, nem avaliar os novos custos de regulação e
fiscalização que uma medida desta natureza poderia suscitar. Menos de dois anos após a revisão das
principais resoluções que regulamentam o mercado de GLP, gera um ambiente de incerteza entre os
agentes econômicos.
Novas resoluções, que porventura venham a ser aprovadas, devem contemplar os custos que serão
incorridos pelos agentes econômicos, bem como os custos de regulação, fiscalização e enforcement de
novos dispositivos regulatórios.
Uma alternativa nesta linha alteraria, de forma profunda, as condições de operação das distribuidoras de
GLP, sem a garantia da preservação dos atributos de segurança e rastreabilidade.
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Conclusão
Todos os dados contidos neste documento foram compilados de fontes oficiais. O Panorama do GLP em
Movimento é um trabalho de compilação de dados e não pretende trazer conclusões sobre o mercado
de GLP no Brasil.
Caso necessitem de informações adicionais, podem contatar o Sindigás através do e-mail
Reforçamos o compromisso do Sindigás com a máxima transparência do setor.
mailto:[email protected]