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Revista trimestral do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5 a Região Ano 7 - Edição n o 32 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010 Orçamento Conheça as propostas para 2011 CIF CREFITO-5 promove dois cursos Hora Livre A TO cantora lírica Ginástica laboral PL quer regulamentar a prática e torná-la obrigatória: mais espaço de inserção profissional

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Revista trimestral do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5a RegiãoAno 7 - Edição no 32 - Outubro / Novembro / Dezembro de 2010

OrçamentoConheça as propostas para 2011

CIFCREFITO-5 promove dois cursos

Hora LivreA TO cantora lírica

Ginástica laboralPL quer regulamentar a prática e torná-la obrigatória: mais espaço de inserção profissional

DiretoriaPresidenteDr. Alexandre Doval da CostaVice-PresidenteDr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)Diretora-SecretáriaDra. Lenise HetzelDiretora-TesoureiraDra. Luciana Gaelzer Wertheimer

Conselheiros EfetivosDr. Alexandre Doval da CostaDr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho)Dra. Lenise HetzelDra. Luciana Gaelzer WertheimerDra. Marisa Petrucci GiganteDr. Mauro Antonio FelixDr. Sandro da Silva GroismanDra. Sonia Aparecida Manacero Dra. Tânia Cristina Malezen Fleig

Conselheiros SuplentesDra. Carolina Santos da SilvaDr. Daversom Bordin CanterleDr. Henrique da Costa HuveDr. Jeferson Ubiratan Mattos VieiraDr. Marcos Lisboa NevesDra. Mirtha da Rosa ZenkerDra. Priscila Mallmann BordignonDra. Rosemeri SuzinDr. Otávio Augusto Duarte

Assessoria de Comunicação e Jornalistas ResponsáveisFlávia Lima Moreira - MTB 12914Manuela Martini Colla - MTB 12449Projeto gráfico: Mundi PropagandaImpressão: Gráfica TrindadeA revista do CREFITO-5 é o órgão oficial de di-vulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5ª Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Pe-trópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RSE-mail: [email protected]: www.crefito5.org.brPeriodicidade: TrimestralTiragem: 11.000 exemplaresAs matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização. As fotos, quan-do não creditadas, são de autoria de Flávia Lima Moreira ou Manuela Martini Colla.

ColegiadoGestão 2010-2014

Revista trimestral do Conselho Regional de Fisitoerapia e Terapia Ocupacional do 5a Região

Ano 7 - Edição no 32 - Outubro / Novembro / Dezmebro de 2010

OrçamentoConheça as propostas para 2011

CIFCREFITO-5 promove dois cursos

Hora LivreEntre livros e o mar

Ginástica laboral

PL quer regulamentar a

prática e torná-la obrigatória:

mais espaço de inserção para

os fisioterapeutas

Nesta edição

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VoluntariadoPilates: diálogo abertoPolítica no dia a diaHistória das ProfissõesHora LivreDica de Pauta: CIFNotíciasJurídico: 30 horasFiscalizaçãoAgenda

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Foto

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ock

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EDITORIAL

Chegamos ao final de mais um ano. E este 2010, que se encerra agora, foi marcado por eleições e por mudanças. A democracia que nos fez escolher representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, é a mesma que fez fisioterapeutas e terapeutas ocu-pacionais escolherem uma nova Gestão para estar à frente do CREFITO-5. São quase seis meses vivendo o desafio diário de comandar uma Autarquia.

Fomos contando os inúmeros desafios nas quatro edições da nossa revista e continuamos contando aqui, mas de cara nova. Mudanças, quando bem ali-cerçadas, são sempre bem-vindas e nossa expectativa é, além de mudar o perfil editorial da revista – apro-ximando-a de cada um de nossos leitores – mudar e modernizar sua roupagem. Na edição passada vocês perceberam a diferença nos textos. A partir dessa edição, reformulamos tudo.

Como não poderia deixar de ser, falamos sobre a política e como ela pode interferir no seu exercício profissional. Vencemos a etapa dos pleitos, mas ini-ciamos de imediato uma fiscalização que deve se for-te e constante. Quem elegemos? Como estão atuan-do? Quais serão suas posturas? É preciso estar alerta, pois as conquistas das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional passam, necessariamente, pela ação política de nossos governantes e parlamentares.

Mas nem tudo é política... há, mais uma vez, ricas histórias sobre horas de lazer. Nesta edição contamos a aventura de uma profissional que se arrisca pelo mundo da música lírica.

Não poderíamos deixar de falar sobre o Pilates, que continua sendo pauta de nossas ações. Desta vez, fo-

mos experimentar o método para podermos contar a experiência com olhos de usuário. Muito esforço, um pouco de dor nos braços e nas pernas e, certa-mente, uma nova paixão. Orientado por fisiotera-peutas capacitados e reconhecidos, o Pilates é um grande benefício.

Outro tema importante que abordamos é o curso de CIF, que o CREFITO-5 promoveu em novembro: um presente aos profissionais pela passagem do seu dia (13/10). O tema ganha cada vez mais importân-cia e o Conselho, reconhecendo isso, decidiu trazer para o Rio Grande do Sul uma das maiores especia-listas de todo o país. O resultado não poderia ser melhor: vagas esgotadas e um gosto de quero mais... Mas, fiquem tranquilos, há novidades chegando!

Mais um destaque da revista é o encerramento da série que resgatou a história de 25 anos do CREFI-TO-5. A partir de agora é com cada um de vocês, que escreve diariamente essa história. Mande pra gente suas ações e participações. Faça a diferença!

Por fim, desejamos a todos uma excelente leitura e, em nome de todos os Conselheiros, funcionários, colaboradores e assessores do CREFITO-5, deseja-mos que 2011 seja um ano repleto de momentos a serem comemorados. Continuaremos lado a lado, diariamente, com o Conselho de portas abertas ao diálogo, pois entendemos que uma profissão, para ser fortalecida, deve ser construída por milhares de mãos e vozes. Esse é nosso desejo a cada um de vo-cês: um Natal muito feliz e renovador, e um ano novo de desafios vencidos e vitórias compartilhadas.

Comissão Editorial

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Nova revistaOlá, gostaria de enaltecer a nova forma de editorial da revista da qual está mui-to melhor em relação às edições anteriores. Antes a revista era pragmática e muito pouco elucidativa. Lia algumas matérias que ou-tras e agora ela está empolgante e rica, fornecendo detalhes e informações a mais. Nesta última edição n°31 a revista deu um salto de qualidade tremendo e isto é muito importante já que este é um meio mui-to importante de comunicação e informação com os Fisioterapeutas e Terapeutas. Assim como muitas pessoas ‘ainda’ não acessam muito emails ou tem di-ficuldades de entrar em contato com o próprio Con-

selho Regional, esta nova edição está dando gosto de ler pela for-ma como foi editada, e da forma que foi escrita, parabéns a nova gestão que pelo jeito começou mudando e a revista é um gran-de passo, além de outros que ainda podemos dar e devemos continuar para colocar a Fisio-terapia no lugar que merece: de grande importância.

Dr. Lucas BertoldoCREFITO-5 – 119.905-F

Nova revista IIGostaria de parabenizar a edição da revista do Con-selho de julho/agosto/setembro, que traz informa-ções importantes e relevantes sobre a atuação do fi-sioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Está muito diferente das edições anteriores!

Dr. Márcio StrassburgerCREFITO-5 – 37442-F

Relato de ExperiênciasGostei muito da última re-vista do CREFITO-5. A re-portagem: “Intercâmbio de Conhecimento e Prática” realmente é muito boa. Eu gostaria de ter o e-mail do

Dr. Vinícius Montiel de Castro para poder trocar al-gumas ideias, pois eu também trabalho com idosos.

Dr. Luciano José ChavesCREFITO-5 – 63178

IntercâmbioGostaria de informações sobre validação de diploma em Quebec, Canadá. Pretendo imigrar pra lá e tra-balhar como fisioterapeuta.

Dra. Leticia Defaveri do PradoCREFITO-5 – 71965-F

Prezada Letícia:Essa informação a senhora deverá verificar diretamente com o Consulado Canadense. Atenciosamente,Secretaria GeralCREFITO-5

Curso sobre CIFDesejo cumprimentar a Diretoria do CREFITO-5 pelo oferecimento, aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, do Curso sobre CIF: um tema atualíssi-mo, de interesse das categorias profissionais. Destaco a excelência da palestrante, Dra. Heloisa Di Nubila, que, além do domínio do assunto, desenvolveu uma ótima interação com os participantes. Dra. Nair PaimCREFITO-5 – 17.853-F

OPINIãO

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OPINIãO

Curso sobre CIF IIParabéns ao CREFITO-5 pela iniciativa e pela escolha da palestrante. Parabéns à Diretoria e à Assessoria de Comunicação pela organização, que estava impecá-vel. Mais atividades de atualização podem ser reali-zadas. Sugiro que os profissionais que se inscreveram e não foram não possam ter preferência na inscrição em outras atividades, ficando seu nome em uma lista “reserva”, de forma a dar lugar e preferência para aqueles que se inscrevem e realmente comparecem, pois há colegas que gostariam de ir e não foram, enquanto alguns se inscreveram e nem apareceram. Aqueles que se inscrevem e realmente vão devem ter preferência.

Dra. Rosana Soibelmann GlockCREFITO-5 – 5665-F

Curso sobre CIF IIIA CIF é uma classificação bastante recente, por isso vejo o curso promovido pelo CREFITO-5 como uma oportunidade de aperfeiçoamento e incentivo aos fi-sioterapeutas e aos terapeutas ocupacionais para que se interessem por este tema, tão importante e aplicá-vel ao nosso trabalho. O tema é complexo, por isso a capacitação foi ótima – a palestrante soube explicar e elencar exemplos de forma a proporcionar para os

alunos uma maior capacidade de avaliação na hora de atender um paciente.

Dra. Bruna BaggioCREFITO-5 – 5477-LTT/F

Curso sobre CIF IVO curso sobre a CIF acrescentou muito para a nos-sa formação porque propôs uma evolução dos con-ceitos com que já trabalhávamos, como a CID. O conteúdo tem aplicabilidade em nosso dia a dia pro-fissional e é totalmente necessário – especialmente para nos acostumarmos a lidar com terminologias e padrões simétricos. Isso é essencial para que os pro-fissionais da saúde se comuniquem melhor entre si e trabalhem juntos de forma cada vez melhor.

Dr. Rodolfo TelesCREFITO-5 – 5483-LTT/F

Sua opiniãoSe você quiser participar dessa seção, escreva para [email protected]. Sua opinião é muito importante para nós, pois acreditamos na construção coletiva.

CREFITO-5, a vida é o que nos move.

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VOLUNTARIADO

Responsabilidade social. Esta é uma ideia que vem ga-nhando cada vez mais força no decorrer dos últimos anos. Destaca-se nesse âmbito o engajamento das pes-soas que vem aumentando na mesma proporção em que elas reconhecem sua importância e seu poder de transformação. Algumas entidades e órgãos ajudam e potencializam essas transformações. Outras, já se transformaram em referência do Terceiro Setor. É o caso da organização não-governamental (ONG) Par-ceiros Voluntários.

A Parceiros Voluntários tem uma missão pioneira desde sua criação: estimular, captar, capacitar e enca-minhar voluntários às organizações sociais. A história que começou tímida, hoje tem grandes conquistas e grandes desafios. No ano de 1997, Maria Elena Pe-reira Johannpeter criou a ONG Parceiros Voluntários. Seu objetivo: desenvolver a cultura do trabalho vo-luntário organizado no Rio Grande do Sul. Em pouco mais de 13 anos, a ONG se transformou em uma das maiores e mais profissionais organizações não-gover-namentais do Brasil. Atualmente, são mais de 300 mil voluntários engajados em uma rede formada por 79 cidades gaúchas. Maria Elena é Presidente-Executiva da Parceiros Voluntários.

A ONG fomenta empresas a criarem seus Comi-tês Internos de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), e promove cursos de capacitação gerencial e de desenvolvimento de lideranças para organizações do Terceiro Setor. A Parceiros Voluntários foi convi-dada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para desenvolver, testar e sistematizar o projeto intitulado Desenvolvimento de Princípios de Prestação de Contas e Transparência em Organizações da Socie-dade Civil, que será disseminado pelo banco a outros estados e países a partir de 2011. Outra iniciativa é a metodologia “Gestão para a Sustentabilidade, Empre-

endedorismo e Redes Colaborativas”, apli-cada em organizações sociais de vários es-tados brasileiros por meio de cooperação técnico-financeira do SEBRAE. A ONG promove, ainda, cur-sos de capacitação gerencial e desenvolvimento de lideranças para organi-zações do Terceiro Setor. Por todos esses 13 anos de trabalho, de resultados e de sonhos compartilhados, a Parceiros Voluntários consolida-se como uma das principais ONGs do país.

O CREFITO-5 passa a fazer parte desta história e você pode ajudar a escrever novos capítulos. Juntos, CRE-FITO-5 e Parceiros Voluntários propõem um desafio pessoal para quem participa de seus projetos: envol-ver-se na história de vida de quem está recebendo a sua ajuda, e o inverso também. Acompanhe no site do CREFITO-5 as vagas e faça a sua parte. Mas lembre-se, trabalho voluntário é diferente de responsabilidade técnica. Fique atento e não deixe de ajudar.

CREFITO-5 – Qual o perfil que um profissional precisa ter para que colabore de forma signifi-cativa para o bom funcionamento de qualquer ONG?Maria Elena – Depende da área em que a ONG quer atuar e do foco dos seus projetos. Se for atender crian-ças, por exemplo, precisa de psicólogos, pedagogos, nutricionistas; se for idosos, um geriatra, psicólogo... O foco desta organização é o que vai definir quais suas prioridades. O importante é saber como captar recursos com as empresas, buscar parcerias com pro-fissionais autônomos, universidades, sempre de olho

O exercício da cidadania

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VOLUNTARIADO

na missão e visão da ONG. Puxando um pouco a bra-sa para o meu assado, acredito que o primordial para qualquer ONG é uma boa gestão. É preciso ter boas parcerias com administradores e contadores – a Par-ceiros, inclusive, acabou de fechar uma parceria com os Conselhos Regionais de Administração e Contabili-dade do Rio Grande do Sul para estimular seus mem-bros filiados a participarem de nossos cursos. Acredito que, hoje, é uma necessidade básica para as ONGs ter um bom sistema de gestão e de prestação de contas, já que muitas vezes os resultados de nosso trabalho são mais qualitativos do que quantitativos. É preciso saber mostrar isso da melhor forma para as empresas apoiadoras. A Parceiros conduz a pessoa a que ela se disponibi-lize à comunidade - e não esta-mos usando a palavra doação - por intermédio daquilo que ela sabe fazer, daquilo que ela goste realmente de fazer e que tenha emoção. Então, são três requi-sitos: tempo, conhecimento e emoção. Esse conhecimento pode ser a profissão ou um ho-bby. Com isso, temos emoção com resultados. Vou um pouco além, é idealismo com profissio-nalismo.

Para a senhora, qual a dife-rença entre assistencialismo e voluntariado?Até algum tempo atrás, o voluntariado era visto como um assistencialismo, como um voluntarismo: eu vou quando quero, faço como quero, se eu quero. Ou seja, sem comprometimento. Hoje, nós vimos que para transformar uma realidade é preciso comprometimen-to, responsabilidade e conhecimento. Isso significa eu estar no exercício de cidadania, passei de boazinha ao exercício da cidadania - com direitos e deveres. Todos temos o compromisso com a nossa comunidade de re-passarmos, de dividirmos o conhecimento.

Quais os principais desafios da Parceiros em 1997 e quais são os principais desafios de hoje?Para organizar a Parceiros Voluntários, nosso grande desafio era que a comunidade entendesse a nossa pro-

posta, porque todo brasileiro tem uma cultura forte do paternalismo. ‘Isso não é comigo, é com eles.’ Eles quem? Governo, pais, etc. Mas quando é meu com-promisso? E a proposta da Parceiros era “Você sabe, você pode, você faz”. Então, nosso grande desafio em 1997 foi apresentar essa proposta à comunida-de e todos nos vermos com responsabilidade. O que chamamos de RSI, ou seja, Responsabilidade Social Individual, que vem antes da RSE (Responsabilidade Social da Empresa), e antes da RSG (Responsabilidade Social do Governo), porque é da soma dos Eus que dá os Nós. E tudo começa nesse pequeno núcleo cha-mado Eu. Hoje, o desafio é que todos os segmentos

se apercebam dentro desta pro-posta, e que todos nós somos indivíduos, somos cidadãos dentro desta lógica.

Como acontece o processo para ser um voluntários e fazer parte da ONG?Nós temos uma metodologia. Tudo começa com uma RC, ou seja, uma Reunião de Cons-cientização. Esse é o primeiro contato de quem quer volunta-riar. Ou vem aqui na Parceiros, ou vamos à organização, na entidade. Aqueles que gostam da proposta passam a uma se-gunda etapa: a reunião de en-caminhamento. Apresentamos

todas as solicitações das organizações que atendemos. Em alguns casos, por exemplo, apresentamos todas as demandas aos parceiros. A partir daí, as pessoas escolhem. Mas, como disse anteriormente, nós preci-samos otimizar o trabalho e adequar conhecimento e emoção. O primeiro passo, a RC, é muito importan-te porque tratamos dos conceitos de voluntariado, da responsabilidade, do respeito, do comprometimento. Uma vez que tu tenhas despertado expectativas, teu compromisso é atender a elas. Precisamos sair do item desejo e passar ao item necessidade. O voluntariado é isso, eu deixo de atender a um desejo meu e passo a atender à necessidade do outro.

Acesse o site www.parceirosvoluntarios.org.br.

“Até algum tempo atrás, o voluntariado era visto como um

assistencialismo, como um volun-tarismo: eu vou quando quero,

faço como quero, se eu quero.”

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PILATES

Nos últimos tempos, muito vem se falando sobre Pi-lates. Na última edição da revista do CREFITO-5 nós abordamos o tema mas, desta vez, mudamos o foco. Por quê? Porque para falarmos sobre um assunto, é preciso conhecê-lo. Em resumo, fomos à prática! Em parte, porque nossa equipe tinha uma jornalista lesio-nada e outra em condições de fazer a aula. E lá fomos nós...

A aula de Pilates, para quem a realiza ou para quem apenas acompanha é essencialmente respiração e cons-ciência corporal. Na nossa experiência, aprendemos que exercício é conhecimento; que é preciso paciência, relaxamento, educação corporal, coordenação (essa em boa dose!), pelve neutra e, claro, respiração. Essas palavras-chave foram repetidas inúmeras vezes durante quase uma hora. E faz todo o sentido.

Enquanto a jornalista Manuela fazia os exercícios, eu (Flávia) fiquei sentada em uma bola e, pela primeira vez, consegui ficar 45 minutos com a coluna certinha, postura impecável. Enquanto a fisioterapeuta dizia “mãos e braços crescem, pescoço cresce”, eu ia, tam-bém, me espichando. E, se a aula exige concentração de todos os envolvidos, me senti parte disso e fiquei atenta aos detalhes, aos limites, às falas e sensações.

A fisioterapeuta falava e o corpo respondia. O vocabu-lário técnico cedia espaço à linguagem coloquial. Des-sa forma, afinal, qualquer um entende as posições, os exercícios e as orientações. Para quem acompanhava, como eu, a aula, tudo é muito simples. A confiança que a instrutora passava realmente transpunha qualquer barreira. A impressão era de que eu estava fazendo a aula junto. Talvez por isso a postura ereta e as dúvidas sendo esclarecidas durante a prática. (Enquanto uma jornalista respira, a outra pergunta!)

Mas e os aparelhos e as molas? Eu estava curiosa, afi-nal, alguns profissionais fazem do Pilates musculação. Certo ou errado não cabe a nós dizer. A questão é: conhecimento e orientação são fundamentais. O toque e a consciência são essenciais. E isso se encontra prati-cando Pilates com um fisioterapeuta, cuja formação é adequada. É preciso sentir-se seguro e confiante para realizar os exercícios no solo ou nos aparelhos. E, para transmitir isso ao aluno é preciso conhecimento.

Ao final da experiência, após curiosidades sanadas e uma vontade enorme de ser mais uma adepta do mé-todo, uma analogia da fisioterapeuta: a adaptação do ser humano, da qual tanto nos orgulhamos, começa pelo corpo; o corpo compensa e responde a todos os nossos atos. Por isso, cuide da sua postura, procure um

Pilates:prática e diálogo aberto

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PILATES

profissional especializado e vá à prática. Basta ter mais de sete anos e muita vontade.

Palavra de quem praticouPor Manuela - Eu nunca havia feito uma aula Pilates – na verdade, eu não pratico nenhum exercício físico. Ao chegar no estúdio de Pilates, não sabia o que esperar. Antes de qualquer coisa, a fisioterapeuta me explicou quais eram os objetivos da prática de pilates e como ele poderia ajudar na melhora da minha qualidade de vida. Deitada no chão, aprendi a respirar da maneira correta para fazer os exercícios. Enquanto isso, a fisio-terapeuta observava as minhas costelas se movendo na respiração e perguntou: “Tivestes asma na infância?” Ponto para ela! Iniciei uma série de alongamentos leves e ela repetia as posturas ao meu lado, me orientando. Em seguida, ela já estava suspeitando de dois problemas possivelmente posturais que eu não sabia que podia ter: um desvio problema postural e uma possível lordose. Consegui manter a pelve neutra e me senti vitoriosa. Em seguida, a aula de reeducação corporal seguiu nos aparelhos. A fisioterapeuta “pegou leve” com a jorna-lista sedentária aqui e não senti dor alguma na barriga, braços ou pernas enquanto realizava a série nos apa-relhos. No dia seguinte, eu estava pronta para outra aula, me sentindo leve. Com a aula, aprendi que pra-ticar Pilates requer disciplina para ajustar a respiração, concentração para alinhá-la com meus movimentos e, acima de tudo, a orientação cuidadosa da profissional que estava sempre ao meu lado.

DiálogoPor reconhecer a importância do tema, o CREFITO-5 abriu suas portas para um grupo de profissionais que vem debatendo a questão do Pilates no Rio Grande do Sul. Para a fisioterapeuta Alessandra Tegoni (nossa ins-trutora da aula prática), a ação do Conselho “é muito positiva. É o apoio e suporte que nós, fisioterapeutas, precisamos”.

Para a fisioterapeuta Roberta Becker, “Precisava que alguém tomasse essa

iniciativa. Já havia sido feita uma outra tentativa de for-mar um grupo, porém incluía outros profissionais (não só fisioterapeutas) e não deu certo. Com esse grupo, temos a possibilidade de discutir as questões sobre o Pilates a fim de melhorar a qualidade dos serviços pres-tados a população, uma vez que existem muitas pessoas desqualificadas e pouco preparadas para aplicar este método que é tão complexo. Espero que este grupo consiga realmente se firmar e que sirva de exemplo para outras áreas de atuação”, diz.

O grupo, segundo a fisioterapeuta Lilliane Hagemann, tem como objetivo “Iniciar um exercício de troca dire-ta dos profissionais das diferentes áreas de atuação com o CREFITO, visando a um melhor entendimento por parte do mesmo e possibilitando que o Conselho possa vir a defender seus profissionais com maior conheci-mento e fundamentação”, explica.

E é assim, de portas aber-tas à prática e ao diálogo que a Gestão 2010-2014 realiza e embasa suas ações.

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POLÍTICA

Findos os processos eleitorais, muitos devem acredi-tar que seu dever está cumprido. Você já parou para pensar que esse dever de cidadão nunca termina? Escolhemos, há poucos meses, Presidente da Repú-blica, Governador, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais. Pode acontecer de que nem todos os candidatos escolhidos por vocês tenham sido eleitos. Pode acontecer, ainda, de eles não assu-mirem seus cargos pois receberam convites para ocu-parem outros cargos políticos. Isso não diminui nossa responsabilidade de fiscalização e acompanhamento.E está no Poder Legislativo um dos principais focos da sua atenção. É na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa que muitos projetos de lei têm origem. É nestas casas que se decide o rumo de muitas questões ligadas à saúde e, portanto, ao exercício profissional de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Na Assembleia Legislativa, por exemplo, está em tra-mitação o PL do Deputado Ciro Simoni que visa à inclusão do atendimento ambulatorial de fisioterapia no IPE. O processo é longo, o texto ainda precisa passar por diversas Comissões (para avaliar sua apli-

cabilidade, legitimidade e impacto na sociedade). O caminho, no entanto, está traçado e cabe aos profis-sionais acompanharem a tramitação do PL.

Na última edição da revista, publicamos alguns dos principais PLs em andamento na Câmara. A seguir, vamos abordar um em especial, o PL 6083/09, do Deputado Luiz Couto (PT-BA), que institui a obriga-toriedade de realização de ginástica laboral no âmbi-to dos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. Atualmente, PL encontra-se sujeito à apreciação conclusiva nas Comissões, mais especificamente na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Confira o que diz o PL:

Art. 1º Fica instituída a obrigatoriedade de realização de ginástica laboral em todos os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta.

§ 1º A ginástica laboral deverá ser executada por todos os servidores que exerçam atividades que en-volvam qualquer tipo de esforço físico repetitivo.

§ 2º Os exercícios de alongamento, específicos para

em pauta no CongressoGinástica laboral

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POLÍTICA

cada tipo de atividade, deverão ser executados por um período mínimo de dez minutos, no máximo a cada quatro horas de trabalho.

§ 3º As pausas para realização da ginástica laboral serão contadas como tempo efetivamente trabalhado, vedada a prorrogação não remunerada da jornada de trabalho sob esse pretexto.

§ 4º As sessões de ginástica laboral deverão ser oferecidas no local de trabalho e orientadas por profissional habilitado, contratado pelo órgão ou entidade para esse fim.

Há alguns anos a visão da saúde, como vocês sabem, vem mudando. Prevenção virou sinônimo de boa saúde e de boa gestão. Interdisciplinaridade, equipes mul-tiprofissionais, integralidade... essas são palavras-chave para quem atua na área. Além disso, é preciso levar em consideração a evolução tecnológica e que atinge em cheio os trabalhadores: as novas ferramentas de trabalho devem ser estudadas e seu impcato deve ser avaliado e minimizado.

Por isso, o deputado Luiz Couto justifica que, diante de uma situação de constante utilização de máquinas e equipamentos em atividades laborais e em função dos problemas acarretados por essa prática, a melhor alternativa é praticamente uma unanimidade entre os profissionais de saúde: a prevenção. Por essa razão é que optamos por apresentar o presente projeto de lei, que obriga os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a oferecer, a cada quatro horas de trabalho, no máximo, uma pausa de dez minutos para a execução de exercícios de alongamento orientados por profissional contratado para esse fim. Cabe, neste momento, a análise de quem é (quem são) o(s) profissional(is) capaz(es) para a realização e aplicação desta lei.

Segundo o Dr. Alexandre Doval, presidente do CREFITO-5, “Esse PL é de ex-trema importância na saúde do trabalhador. A cinesioterapia laboral faz parte da especialidade da Fisioterapia do trabalho, especialidade esta reconhecida pelo COFFITO. Importante lembrarmos a Resolução 265 COFFITO que descreve as possibilidades terapêuticas ocupacionais na mesma área”, explica, destacando ain-da a importância do reconhecimento do Ministério do Trabalho nessa ação. Ainda segundo Dr. Doval, seria interessante haver um outro PL com maior abrangência, ou seja, a todos os trabalhadores, não apenas aos da esfera pública.

O presidente destacou, ainda, a grande expectativa de aprovação do PL. “Por diver-sas questões é importante acompanharmos as tramitações na Câmara e no Senado. Esse PL, da deputada reeleita Gorete Pereira, traz uma boa perspectiva, e devemos sempre estar atentos ao que diz respeito às nossas profissões”, complementa.

Prevenção

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HISTÓRIA DAS PROFISSÕES

Nesta edição da revista do CREFITO-5 chegamos ao último capítulo da nossa série que recapitula um pouco da história destes 25 anos do Conselho. Já relembramos algumas histórias dos Colegiados que ocuparam o CREFITO-5 até 2002. Agora, partimos deste ano, quando ocorreu uma eleição em março e assumiu a nova Diretoria, composta pela Dra. Maria

Teresa Dresch da Silveira – Presidente, Dr. Arnaldo Luiz Seixas Valentim – Vice-Presidente, Dra. Nair Paim – Diretora-Secretária e Dra. Lenise Hetzel – Diretora-Tesoureira. Em 2004, a Dra. Paula Fióri assumiu o cargo de Diretora-Tesoureira.

A Dra. Maria Teresa relembra que, desde o início da gestão, uma de suas maiores metas era o des-membramento do CREFITO-5, que na época abran-

gia também Santa Catarina. A luta valeu a pena: em maio de 2003, a Resolução COFFITO nº 251 de-finiu que o CREFITO-5 passaria a atender apenas os profissionais que residem no Rio Grande do Sul. Assim, foi criado o CREFITO-10, com circunscrição no estado de Santa Catarina. Ela também destaca que um dos objetivos daquela gestão era intensificar

o relacionamento do Conselho com as instituições formadoras, Por isso, em março de 2004, foi criada a Comissão de Ensino e a Comissão de Estudantes, para que esta demanda fosse atendida. Esta gestão também priorizou a inserção dos pro-fissionais nas políticas públicas de saúde batalhando pela criação de cargos públicos e incentivando os gestores a promoverem concursos para fisioterapeu-

CREFITO-5 2002-2010:

atitude e integração

Seccional de Santa Maria

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HISTÓRIA DAS PROFISSÕES

tas e terapeutas ocupacionais. Foi lançada na Assem-bleia Legislativa do RS a cartilha que apresentava aos gestores a atuação dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Sistema Único de Saúde.“Isso acon-teceu ao mesmo tempo em que fizemos uma reforma administrativa no CREFITO-5, contratando agentes fiscais e demais servidores do Conselho, através de concurso público – os fiscais foram fundamentais no estreitamento dos laços do Conselho com os gesto-res municipais, reunindo-se com eles a cada cidade fiscalizada e explicando a importância da criação de cargos para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na saúde pública”, afirma. Em 2005, o CREFITO-5 começou a promover di-versas ações voltadas à sociedade, como os Debates CREFITO-5: Vida e Saúde com Qualidade. “Foi uma forma de criar ações com foco na responsabili-dade social do Conselho junto à sociedade e também na melhoria da qualidade de vida da população”, es-clarece a Dra. Maria Teresa. Outro objetivo, e desta vez através do Ciclo de Debates, era a interiorização do CREFITO-5 e, consequentemente, a aproxima-ção com os profissionais que não residem em Porto Alegre, já que o evento percorreu diversas cidades. Em março de 2006, uma nova eleição aconteceu, e, pela primeira vez na história do CREFITO-5, com três chapas concorrendo. A chapa vencedora foi a

composta pela Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira – Presidente, Dr. Jadir Camargo Lemos – Vice-Presi-dente, Dra. Vera Maciel – Diretora-Secretária e Dra. Nair Paim – Diretora-Tesoureira. Em 2007, assume como Diretor-Tesoureiro o Dr. Gérson Chéqui. O foco era na fiscalização que, segundo a Dra. Maria Teresa, “é a espinha dorsal de qualquer Conselho Profissional – tanto que atingimos nossa maior meta, que era ter todas as cidades do RS fiscalizadas”, diz. Outro objetivo da gestão foi atingido quando, em agosto de 2007, foi inaugurada a 1ª Seccional do CREFITO-5 na cidade de Santa Maria, buscando descentralizar as ações do Conselho e também uma aproximação com os profissionais do interior. Dois anos depois, seria a vez de inaugurar a 2ª Seccional do CREFITO5/RS, na cidade de Caxias do Sul.

Nessa gestão, ainda, fortaleceram-se os laços com as instituições de Ensino Superior, tanto no aspecto docente, como no discente. Vários encontros foram promovidos com esse intuito.

A então Presidente destaca a importância do primei-ro encontro de atualização científica promovido pelo CREFITO-5, o Atualizar, que aconteceu em outu-bro de 2007 oportunizando a atualização de novas tecnologias e a troca de experiências profissionais. Ainda no Atualizar, foram lançadas mais duas publi-

cações do CREFITO-5: as Coletâneas de Relatos de Experiências na Saúde Pública do RS de Fisioterapia e de Terapia Ocu-pacional, com depoimentos de profis-sionais que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

E, olhando em retrospecto, o que ficou? “Tudo valeu a pena! Conseguimos cum-prir nossas metas por sermos um grupo muito unido. Me sinto realizada por ter feito parte deste grupo que ajudou a divulgar e engrandecer as profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional”, conclui Dra. Maria Teresa. Seccional de Caxias do Sul

Onde tudo começou...

“Venho de uma família de origem portuguesa pelo lado materno (meu avô ouvia, saudoso, seus fados). Já meu pai tem antepassados escravos e era apaixonado por mú-sica clássica. Até hoje te-mos na casa de minha mãe seu violino. Nunca tive a oportunidade de ouvi-lo, pois desde que minha avó faleceu (e isso foi muito tempo antes de meu nasci-mento), nunca mais tocou o instrumento...”

É assim que Ana Lúcia começa a falar da origem da sua incursão na música. Apesar de não poder ouvir a avó paterna e seu violino, a música já estava em sua vida e não demoraria muito para ela ser contagiada. Ana Lúcia foi fisgada por diferentes estilos musicais. Ela cita óperas como um dos principais exemplos.

Outra lembrança da cantora e terapeuta ocupacional é de sua mãe. “Além de vê-la sempre cantando pela casa, desde pequena a presença do órgão nos cultos dominicais marcaram minhas primeiras experiências da dimensão emocional e o impacto da música no cotidiano das pessoas”, conta.

Os incentivos não eram poucos. Além da herança genética, do gosto compartilhado, dos instrumentos sempre presentes, os pais de Ana Lúcia incentiva-vam, ainda, sua criatividade. Uma infância escrita e

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Música:

Música e terapia, em muitos casos, caminham juntas. Para além das técnicas terapêuticas e conhecimentos científicos, a música, podemos afirmar, faz parte da vida de todos nós. Alguém imagina uma vida sem trilha sonora? Seja qual gênero for, popular ou erudi-ta, clássica ou de massa, a música nos conta histórias e ajuda a escrever muitas de nossas histórias. Mas, como quase tudo... a música, durante muito tempo, era coisa para homens.

E a mulher que ousasse investir em música? Reputa-ção acabada, descrédito e uma lista enorme de ad-jetivos nada enaltecedores. Ao contrário, a história das mulheres na música começou como sinônimo de enfrentamento aos bons costumes. Dependendo da época, é claro, tudo isso se modificava, mas foi um começou delicado.

Trazendo um pouco dessa história para o Brasil, é impossível falarmos sobre o tema sem lembrarmos de Chiquinha Gonzaga. Muitos a criticaram, outros tantos exaltaram sua coragem. Certo mesmo é que ela rompeu paradigmas e tornou-se uma referência para música no Brasil e fora do país, também. Chi-quinha abriu caminhos, rompeu preconceitos, fez história. E não são poucas as mulheres que seguem por este caminho e fazem da música sua profissão. Outras, porém, não fazem da música sua profissão, mas, sim, uma escolha de vida. É assim que come-çamos a contar a história da terapeuta ocupacional Ana Lúcia Soares, uma apaixonada por música que, em suas horas livre, dedica-se a uma das mais ricas manifestações artísticas.

a arte como escolha

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contada com muitas cores e lápis. E toda a energia da infância, mesclada ao imaginário, ficou registrada em uma parede, no fundo casa onde morava Ana Lúcia. Lá, naquele espaço, ela tinha permissão para riscar, imaginar, brincar, descobrir tudo o que sua imagina-ção pudesse alcançar. Carvão como instrumento, a parede virou um cenário, um mundo à parte.

Seguindo ainda nas lembranças dos tempos de crian-ça, Ana Lúcia conta que, aos oito anos, já alfabeti-zada, foi chamada pelos pais. “Me chamaram para uma ‘conversa séria’: sugeriram que eu escolhesse um instrumento para estudar. Imediatamente escolhi o piano”, lembra. Em pouco tempo aquele que se tornaria um dos presentes de aniversário mais espe-ciais chegou. A lembrança, aqui, inclui o cheiro de madeira, o feltro e os metais próprios do instrumen-to “imenso para uma menina que começava ganhar sua autonomia”.

E Ana Lúcia teve como primeira professora de piano uma Chiquinha! Em Sorocaba (SP), a menina de oito anos ia, aos poucos, descobrindo o talento e fortale-cendo a paixão. “Dos primeiros estudos fui orientada a buscar ampliar meus conhecimentos, pois identi-ficavam em mim algum talento. Fui, então, estudar então em Tatuí”, relembra.

Uma nova fase

Lá se foi a menina... O destino era o Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí, um centro de excelência no ensino da música. Lá,

segundo Ana Lúcia, a experiência foi maravilhosa. “Ter professores como Nilson Lombardi, Eudóxia de Barros, Ana Maria Teixeira, Dirce Beltrami Teixei-ra, Cidinha Carrasqueira era incrível. Além disso, o estudo de instrumento, a prática de conjunto, a teo-ria musical... tudo era maravilhoso”, diz. Ainda nas lembranças, ressurgem a intensa atividade musical, o encantamento com as possibilidades, os concursos vencidos...

Com um início assim, bem que Ana Lúcia poderia ter seguido a carreira artística, não? Até poderia, mas “houve um momento que sim. Sentia que não seria o suficiente para mim... Sentia que a música era uma forma de colocar minhas emoções, comunicar meus sonhos, sentimentos, de conhecer a mim mesma, de produzir emoções nas pessoas...”. Tudo isso era par-te de uma história pessoal. Ana Lúcia queria sentir isso tudo, sim. “Mas era só meu... para meu delei-te”, lembra, contando que isso tudo era, também, um pouco solitário.

Sinais do futuro

Se a música não se concretizou como escolha pro-fissional, a Terapia Ocupacional ganhou espaço. “A Terapia Ocupacional já se manifestava em mim. Eu tinha o interesse no trabalho com pessoas com defi-ciência”, afirma. Ana Lúcia graduou-se na cidade de Piracicaba. Mas não pense que ela abandonou a mú-sica. O Coral Universitário da UNIMEP ganhou mais

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uma dedicada e talentosa artista. “Já tinha concluído o curso de piano na cidade de Sorocaba no Conser-vatório Musical João Baptista Julião, onde conheci a flautista e soprano Ingeborg Gerta Kanitz, que criou o conjunto de música de câmara Studio Kanitz. Esse conjunto teve intensa atividade centrada em música barroca, com o qual contribuí como pianista e cra-vista”.

Os anos foram passando e Porto Alegre foi a nova moradia de Ana Lúcia. Em 1985 a terapeuta ocu-pacional chegou no Rio Grande do Sul. Até pouco antes de sua partida para o Sul, a terapeuta esteve ligada ao Studio Kanitz. “Em Porto Alegre, já traba-lhando no IPA, sempre procurei reservar um espaço para o estudo de piano. Chegou um momento, po-rém, que em função das atividades de trabalho, a música foi ficando apenas nos momentos dedicados a ouvir CDs, assistir a apresentações, concertos...”. A falta que a música faz, no entanto, falou mais alto, afinal, uma vida feita à base de música não pode ser tão drasticamente redirecionada. “A falta de estar efetivamente no meio fez com que eu procurasse uma saída para minha faceta musical. Em 2003, en-tão, comecei a participar do Coral da PUCRS”.

A Rotina

Sobre o seu cotidiano, Ana Lúcia conta que o Co-ral reune-se semanalmente. Ela, porém, participa de

dois encontros. “Temos um ensaio de naipe - no meu caso contralto -, às terças-feiras à noite e todos os sábados das 14 às 18h com todos os integrantes do coral”, conta

Sobre as fotos que ilustram a reportagem (arquivo pessoal), a terapeuta ocupacional conta que que referem-se à ópera Aída, composta por Giuseppe Verdi. “Foi uma experiência muito gratificante, ti-vemos quatro récitas. Como preparação para esse espetáculo, além dos ensaios vocais, tivemos vários ensaios para determinação das cenas, com a direção cênica de Victória Milanez. A interação com os de-mais membros do Coral é muito positiva, criamos muitas amizades no grupo”, diz.

E, para terminar, não poderíamos deixar de perguntar à Ana Lúcia o que a música significa para ela. “Opor-tunidade de exercitar minha sensibilidade, criatividade, disciplina, participação no grupo e, principalmente, minha saúde mental. É o momento de sair da roti-na, encontrar com pessoas com as quais tenho muito prazer em conviver e o desafio sempre com o novo, superar minhas limitações, aprendizado”, finaliza.

Mas o Coral - cujo preparador vocal é Pedro Spohr - não é só terapia ocupacional. Temos, ainda, uma fisioterapeuta, Mariele Bechenckamp. É a música e a terapia aliadas, sempre em busca de qualidade de vida, conhecimento e lazer.

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Informações

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DICA DE PAUTA

Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde é tema de curso em Porto Alegre e em Caxias do Sul

Um dos assuntos que mais está sendo debatido no Brasil e no exterior é a Classificação Internacio-nal de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF. O CREFITO-5, atento às demandas e reconhecendo a impor-tância e a pertinência do tema, presenteou os pro-fissionais com dois cur-sos: um em Porto Alegre e um em Caxias do Sul. A ação é uma promoção

referente ao Dia do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional.

Os cursos aconteceram nos dias 13 e 14 de novem-bro em Porto Alegre e em Caxias do Sul. A minis-trante convidada é uma das maiores especialistas no tema do nosso país, a Dra. Heloisa Brunow Ventura Di Nubila, da Faculdade de Saúde Pública da USP, que trouxe uma abordagem interdisciplinar da CIF. A fisioterapeuta Dra. Rita Bersch, que trabalha na área neurofuncional, participou do curso em Porto Alegre e achou a escolha do tema muito pertinente, já que a CIF está sendo muito discutida. “Precisa-mos estar capacitados para colocar estes conceitos na prática, já que eles ampliam a visão que a forma-ção nos dá, levando-nos para o mundo real que é a vida de um paciente”, explica.

O curso iniciou com um breve histórico da CIF, uma classificação aprovada pela Organização Mun-dial de Saúde em 2001 para ser usada junto com a Classificação Internacional de Doenças (CID), que

existe desde 1946 e já passou por diversas revisões. Numa linha do tempo, a Dra. Heloisa contextuali-zou historicamente a criação e desenvolvimento da CID e da CIF e explicou a importância da primei-ra – que, segundo ela, não deve ser descartada. “A CID complementa nosso trabalho e serve como base para o cálculo de estatísticas importantes, como a taxa de mortalidade; são duas classificações diferentes que se complementam, não se anulam”, esclarece.

O Dr. José Eloy de Jesus, fisioterapeuta que traba-lha na área neurofuncional e participou do curso em Caxias do Sul, ressaltou que ele trouxe uma aborda-gem multidisciplinar que engloba conceitos impor-tantes como a bioética. “Ficamos muito atrelados à CID, que é uma classificação que destaca apenas a doença, desconsiderando a evolução do pacien-te. Agora, vou poder usar os conceitos da CIF e realizar meu trabalho com muito mais segurança”, afirma.

A palestrante explicou, também, os objetivos da CIF e seus fundamentos: forne-cer uma base científica para consequências de estados de saúde, estabelecer uma lin-guagem comum para melhorar as comunicações, permitir a comparação de dados levantados em diferen-tes países, disciplinas de cuidados de saúde, serviços e tem-pos, além de fornecer um

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DICA DE PAUTA

esquema de codificação sistemático para sistemas de informação em saúde. Neste modelo da CIF, o olhar sobre o paciente passa a ser global, e não apenas biomédico. São observados o ambiente em que o paciente vive, quais facilitadores ou dificul-tadores existem à sua volta, sua atitude em relação ao problema de saúde que enfrenta e muitos ou-tros fatores considerados subjetivos. Isso encantou a terapeuta ocupacional Vera Barcellos, que veio de

Santa Maria participar do curso em Porto Alegre. “Trabalho como docente e também em clínica e sei que a CIF me ajudará nos dois âmbitos: passarei os conceitos para meus alunos e terei uma excelente base para classificar os casos complexos de meus pacientes”, relatou.

A Dra. Heloisa apresentou uma checklist da CIF para os participantes e distribuiu a publicação da OMS para as pessoas familiarizarem-se com os te-mas e códigos. Ela trouxe, ainda, exemplos práticos que ajudaram a esclarecer os conceitos que, até en-tão, eram um mistério para a maioria dos alunos. “A CIF engloba fatores ambientais e pessoais que envolvem alguém que está com algum problema de saúde, sempre com base na função e estrutura cor-poral, nas atividades (ou limitação delas) e na par-ticipação (ou falta dela) do indivíduo”, explica ela.

Item a item, a Dra. Heloisa explicou as definições dos componentes que formam a CIF e tirou as dú-vidas dos alunos. Num segundo momento, ela en-trou no mérito da codificação. Com base em casos clínicos, ela esclareceu cada um dos níveis da CIF e explicou como fazer a classificação, incentivando os alunos a aplicarem-na no seu dia a dia.

O saldo final dos dois dias de curso foi mais do que

positivo. “As duas plateias estavam repletas de pro-fissionais da saúde muito qualificados e interessados em entrar no mundo fascinante da CIF. Sinto que estava pregando para convertidos e gostaria muito de saber que eles usarão o que aprenderam em suas áreas de atuação e disseminassem estes conceitos”, concluiu a palestrante.

Opinião

O curso foi avaliado como ótimo por 90% dos par-ticipantes. Os outros 10% avaliaram como bom. Como sugestão, os profissionais indicaram a reali-zação de novos cursos com o mesmo perfil. A atu-alização em temas relevantes, segundo a avaliação, ainda é muito importante e poder realizar a troca de experiência é fundamental para o desenvolvimento de todos.

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NOTÍCIAS

O CREFITO-5 é uma autarquia federal e tem o dever de ser uma instituição transparente em sua administração. Isso inclui, claro, a sua prestação de contas e a previsão orçamentária elaborada com base na receita a ser arrecadada e estimando em que ela será gasta. Por isso, publicamos aqui a previsão or-çamentária do CREFITO-5 para 2011, já repassada e aprovada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Este é um ato de planejamento das atividades financeiras do Conselho para o próxi-mo ano e, também, um ato de caráter jurídico, cria-dor de direitos e de obrigações para o CREFITO-5.

Confira no gráfico abaixo os dados e uma breve ex-plicação sobre os itens de arrecadação e despesas calculados pela Assessoria Contábil e pela Diretora-Tesoureira do CREFITO-5.

Sobre a Previsão Orçamentária 2011 de Receita a ser arrecadada:

A receita de contribuições nada mais é do que uma estimativa das anuidades a serem pagas pelos profissionais inscritos no CREFITO-5. A receita pa-trimonial é resultado das aplicações financeiras do Conselho. Já a receita de serviços é feita com base num cálculo da média de novos fisioterapeutas e te-rapeutas ocupacionais que se formam todos os anos (uma média de 1.200) e que, portanto, terão de se registrar no CREFITO-5 para trabalhar. A asses-sora contábil Maria Cleonice Flor Luzia explica que este cálculo é feito com base na média de fisiotera-peutas e de terapeutas ocupacionais formados nos últimos cinco anos, com atenção redobrada para cursos recém-abertos.

Ainda falando sobre a previsão de receita, as outras receitas correntes descritas no gráfico ao lado são as multas sobre anuidades, atividades profissio-nais irregulares notificadas pelo Departamento de Fiscalização do Conselho e, também, não-participação no pleito eleito-ral de 2010 sem justificativa. A receita corrente é, ainda, composta pela Dívida Ativa da União (profissionais ou institui-ções inadimplentes inscritos no CREFITO-5).

CREFITO-5 apresenta planejamento financeiro para 2011

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NOTÍCIAS

Sobre a Previsão Orçamentária 2011 de Despesas a serem feitas:

O primeiro item da lista, as despesas com pessoal, cor-responde aos salários e vantagens para os funcionários do CREFITO-5. As despesas com diárias e auxílio-representação são destinadas aos Conselheiros – as diárias são pagas quando eles participam de algo fora de Porto Alegre em nome do Conselho; e o auxílio-representação quando a atividade é em Porto Alegre.

O terceiro item do gráfico são as obrigações patro-nais, que consistem no pagamento de INSS, Fundo de Garantia e PIS. Em seguida, vem o material de consumo dos escritórios do Conselho em Porto Ale-gre, Caxias do Sul e Santa Maria. Em seguida, apa-rece a remuneração de serviços pessoais – são os pagamentos feitos para profissionais autônomos que prestam qualquer tipo de serviço para o CREFITO-5

– um palestrante, por exemplo.

O sexto item, genericamente descrito como “outras despesas e encargos”, inclui uma vasta gama de coisas: despesas básicas dos três escritórios do CREFI-TO-5: luz, telefone, condomí-nio, seguros, reparo e adapta-ção de bens móveis e imóveis, despesas bancárias, impostos e taxas, despesas com eventos (locação de equipamento, por exemplo), com custas judiciais (para fazer com que a Dívida Ativa seja paga), custos de lo-comoção do Departamento de Fiscalização, entre muitos ou-

tros itens.

A cota devida ao COFFITO é fixa: 20% da receita arrecadada por todos os CREFITOs é destinado ao Conselho Federal. Este repasse, inclusive, é feito automaticamente no momento em que o profis-sional paga a sua anuidade. O último item da pre-visão orçamentária para 2001 são as despesas de capital, que correspondem aos investimentos do Conselho.

A Gestão 2010-2014 do CREFITO-5 está à dispo-sição caso você tenha dúvidas ou queira saber mais sobre a previsão orçamentária. Fale conosco através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3333.6586. Lembre-se: O CREFITO-5 é feito por todos e trabalha para fortalecer as profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional. Portanto, não hesite em entrar em contato.

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NOTICIAS

Aconteceu em Santiago do Chile, de 18 a 21 de agosto, o XIII Congresso da Confederação Latino Americana de Fisioterapia e Kinesiologia – CLAFK, com o apoio da World Confederation for Physical Therapy – WCPT e a participação de todos os paí-ses integrantes (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Co-lômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). No evento, foi eleita a nova diretoria da entidade para a gestão 2010-2014.

Eleita por unanimidade e composta por colegas bra-sileiros, a nova diretoria do Comitê Executivo da CLAFK ficou assim definida: Presidente, Dr. Regi-naldo Antolin Bonatti (SP); Vice-Presidente, Dra. Sônia Aparecida Manacero (RS); Secretária, Dra. Fernanda Guimarães Torres (SC); e Tesoureira, Dra. Denise Flávio de Carvalho Botelho Lima (RJ); além do Vogal, Dr. Rogério Queiroz (SP).

Esta vitória resgata e insere o Brasil, definitivamente, no painel internacional da Fisioterapia. Assim, pa-rabenizamos aos novos membros do Comitê Execu-tivo da CLAFK, desejando que esta conquista seja o incentivo para um trabalho repleto de realizações e sucesso para a fisioterapia, culminado no objetivo mais importante que é a defesa, reconhecimento e valorização dos profissionais.

Conselheira do CREFITO-5 é vice-presidente da CLAFK

Nova Diretoria empossada da CLAFK, com a Dra. Sônia Manacero à esquerda

No dia 6 de outubro, a Conselheira do CRE-

FITO-5, Dra. Rosemeri Suzin, participou de

uma reunião no Conselho Municipal das Pes-

soas com Deficiência (CMPcD) de Caxias do

Sul. Na ocasião, foi solicitado um assento ao

CREFITO-5 no Conselho. Para defender a so-

licitação, Dra. Rosemeri falou da importância

da representatividade do CREFITO-5 para o

respectivo Conselho, diante das suas delibe-

rações.

O resultado foi positivo: Os Conselheiros pre-

sentes deliberaram favoravelmente a inserção

do CREFITO-5. Segundo a Conselheira, o

próximo passo para a efetivação do que foi

acordado é a alteração da Lei Municipal de

criação nº 5.222/2002, que trata da inclu-

são das entidades no CMPcD.

A Dra. Rosemeri participou, ainda, de outra

importante reunião, desta vez no Conselho

Municipal de Saúde de Caxias do Sul. “No

dia 14 eu solicitei ao CMS a inserção de re-

presentação do CREFITO-5. Já foi entregue

ao CMS um ofício assinado pelo presidente

do nosso Regional, Dr. Alexandre Doval, que

solicita essa inserção”, relata a Conselheira. O

CMS, da mesma forma que o CMPcD, está

discutindo com seus Conselheiros a alteração

da sua lei de criação e inserção de outras en-

tidades de interesse.

CREFITO-5 deve integrar o CMPcD de Caxias do Sul

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NOTÍCIAS

No dia 6 de outubro, aconteceu, na sede do CRE-FITO-5, uma reunião entre terapeutas ocupacionais para a apresentação de material sobre o Sistema Úni-co de Assistência Social (SUAS) e o movimento para a inserção das terapeutas ocupacionais.

Entre os encaminhamentos da reunião estão um novo chamamento para os terapeutas ocupacionais que estejam ligados aos Serviços de Assistência So-cial – sejam estes governamentais ou não. Estiveram presentes no encontro as seguintes terapeutas ocupa-cionais: a Diretora-Secretária do CREFITO-5, Dra. Lenise Hetzel; a Diretora-Tesoureira, Dra. Luciana Wertheimer, as Conselheiras Dra. Mirtha Zenker e Dra. Priscila Bordignon, a Dra. Vanessa Pinto (repre-sentante da UNIFRA), a Dra. Elissandra Siqueira da Silva (representante da UNISINOS), a Dra. Aline Bonesso Kayser (representante da Fundação de As-sistência Social e Cidadania - Fasc), além da Dra. Ana Lúcia Soares e a Dra. Silvia Ros (ambas representan-tes do Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista). Nos dias 16 e 17 de dezembro de 2010 acontece-rá em, Belo Horizonte, o Encontro Nacional, onde serão discutidos os encaminhamentos dos Encontros Municipais e Estaduais sobre o SUAS.

Terapeutas ocupacionais reúnem-se para articular o Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

Grupo de terapeutas ocupacionais gaúchas luta pela inclusão da profissão no SUAS

A Câmara Federal analisa o projeto de lei 7.200/10, de autoria do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que altera o § 1º do art. 42 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. A proposta dispõe sobre a ampliação da participação dos profissionais de saúde na perícia da Previdência Social.

A proposta retira a exclusividade do médico para reali-zar perícias para aposentadoria por invalidez e permite uma avaliação multidisciplinar, com a participação de profissionais como fisioterapeutas, terapeutas ocupa-cionais, psicólogos e assistentes sociais da Previdência.

Com isso, o relatório final de avaliação da capacida-de de trabalho vai demonstrar uma realidade mais completa, transparente e justa. O projeto também foi assinado pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e pelos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Pepe Vargas (PT-RS) e Roberto Santiago (PV-SP). A Comissão de Assuntos Parlamentares do Coffito acompanha o andamento do projeto. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pe-las comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos De-putados.

PL inclui profissionais em perícia para concessão de aposentadoria por invalidez

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NOTÍCIAS

A Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) está lançando seu curso de graduação em Terapia Ocupacional, autorizado recentemente pelo MEC e que já terá seu primeiro vestibular no final deste ano. O curso será noturno e conta com vaga para 50 pessoas por se-mestre – 100 vagas anuais, portanto. Caso forme-se a primeira turma de Terapia Ocupacional, esta será a quinta instituição que formará estes profissionais no Estado. Agora, temos os cursos do Centro uni-versitário Metodista (IPA), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Francisca-na (UNIFRA) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O curso oferecerá ao aluno o aprendizado de traba-lhar com técnicas orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas com dificuldades específicas em diferentes aspectos do desenvolvimento humano

(físicos, sensoriais, psicológicos, mentais e/ou so-ciais). “Esta é uma proposta que vem fortalecer a profissão no RS. Acredito que, com a abertura deste curso, vai haver uma tendência ao surgimento de no-vos campos de trabalho na medida em que a cons-ciência sobre a profissão aumenta nesta região, que antes não era contemplada com nenhum curso de graduação na área”, disse a Dra. Carolina Santos da Silva, conselheira do CREFITO-5 que está auxiliando na construção deste curso. O coordenador interino é o Dr. Luiz Fernando Alvarenga.

As inscrições online podem ser feitas até 9/12 pelo site www.fsg.br e as presenciais, até 13/12, na FSG. As provas acontecerão no dia 14/12, às 18h30min, na FSG. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (54) 2101. 6000 ou do site www.fsg.br.

Faculdade da Serra Gaúcha abre curso de Terapia Ocupacional

No dia 1º de outubro, a Comissão de Educação do CREFITO-5 promoveu um encontro entre os coor-denadores de Curso de Graduação de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional do RS em Porto Alegre. Além da coordenadora da Comissão, Dra. Tania Cristina Malezan Fleig, estiveram presentes os Con-selheiros Dr. Mauro Antonio Félix e Dra. Carolina Santos da Silva, além do Presidente do CREFITO-5, Dr. Alexandre Doval. A reunião contou com par-ticipação dos coordenadores de Curso das Institui-ções de Ensino Superior (IES), entre elas: UNIFRA, UFSM, Ulbra Santa Maria, Ulbra Torres, UNISC, PUCRS, FSG, UCS, Unijuí, Feevale e UCPel.

A Comissão de Educação apresentou seus objetivos e sua representatividade em todo o Estado. Dois temas

foram destaque na reunião: o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que tem o obje-tivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências; e, também, a Clas-sificação Internacional de Funcionalidade (CIF). “O interessante do encontro foi a grande participação dos colegas, interessados nos temas e na contribuição que o CREFITO-5 pode oferecer regionalmente para esclarecer a todos sobre estes dois temas”, disse a coordenadora da Comissão de Ensino e Educação. Ao final da reunião, a Dra. Marion Creutzberg, da PUCRS, ministrou uma palestra sobre o Enade.

O próximo encontro ficou marcado para 25 de mar-ço de 2011.

CREFITO-5 promove reunião com Coordenadores de Curso do Estado

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NOTÍCIAS

No dia 19 de outubro, às 18h15min, o vereador de Canoas César Augusto Ribas Moreira (PRB) promoveu uma homenagem aos fisioterapeutas no espaço do Grande Expediente da Câmara Municipal de Vere-adores daquela cidade. A cerimônia foi em homenagem ao dia 13 de outubro, quando se comemora a regulamentação das profis-sões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupa-cional. Nessa data, no ano de 1969, foi as-sinado o Decreto-Lei nº 938, que trouxe a regulamentação das profissões, colaborando muito para o reconhecimento e valorização destas atividades.

A Sessão foi uma homenagem da Câmara de Vereadores de Canoas aos mais de 10 mil profissionais gaúchos – o Presidente do Conselho, Dr. Alexandre Doval esteve representando o CREFI-TO-5. Esta foi a primeira vez que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais foram homenageados no Grande Expediente da Câ-mara de Canoas. Para pres-tigiar, estiveram presentes cerca de quinze profissio-nais de Canoas. A cada um deles, o vereador César Augusto Ribas Moreira en-tregou um certificado em agradecimento ao valoroso trabalho por eles desenvol-vido em prol da comunida-de de Canoas.

Os fisioterapeutas que es-tiveram e foram são os se-guintes: Dr. Doutor Jivago Peres Di Napoli, Gestor de Reabilitação da Associação Canoense de Defi-

cientes Físicos (ACADEF), Dr. Leonardo Jorge Ko-valewi, Dr. Belizário Rodrigues Neto, Dra. Gabriela Vier, Dra. Joselaine da Rosa, Dra. Kátia Dias, Dra. Priscila Daltoe, Dr. Rogério Piazzato, Dra. Simone

Lewandoski Borsoe, Dra. Taís Pom-permaier, Dra. Tanise Kreibich, Dra. Teresinha Regina Tavares, Dr. Viní-cius Ortiz e Dra. Virgínia Minella e a estudante de fisioterapia, Greice Ribeiro Wagner.

“Importantes homenagens como esta são momentos que demonstram o quão grandiosos são os fisioterapeu-tas e terapeutas ocupacionais, e fato de sermos lembrados nesta data é im-portante porque promove os profis-sionais perante a sociedade e aproxi-ma mais a categoria. Como Conselho Profissional, nosso principal objetivo é fortalecer as duas profissões e, também, garantir o direito de cada cidadão brasileiro de ter acesso a um

tratamento digno”, disse o Dr. Doval.

Presidente do CREFITO-5 participa de homenagem aos fisioterapeutas

Da esquerda para direita: vereador César Augusto, Dr. Alexandre Doval e vereador Fiorotti

“Como Conselho Profissional, nosso principal objetivo é fortalecer as duas profissões e, também, garantir o direito de cada cidadão brasileiro de ter acesso a um tratamento digno”

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NOTÍCIAS

Terapeutas ocupacionais reuniram-se na seccional de Santa Maria para discutir a inserção no mercado de trabalho

Reunir terapeutas ocupacionais e potencia-lizar a seccional de Santa Maria, bem como o CREFITO-5 como um todo. Este foi o objetivo de uma reunião que aconteceu no dia 10 de setembro, na seccional do CREFITO-5 em Santa Maria. Quem re-presentou o Conselho foi o vice-presidente do CREFITO-5, Dr. Betinho Fernandes, a diretora-tesoureira, Dra. Luciana Werthei-mer e a conselheira Dra. Carolina Santos da Silva.

Num primeiro momento, aconteceu uma reunião com os coordenadores de Curso de Fisioterapia (Dra. Alecsandra Pinheiro Vendrusculo) e de Terapia Ocupacional (Dra. Daniela Tonús) da UNIFRA e com os co-ordenadores de Curso de Fisioterapia (Dra. Maria Elaine Trevisan) e Terapia Ocupacional (Dr. Jadir Camargo Lemos) da UFSM. “Nas atividades cita-das, pode-se destacar como foco a aproximação da Gestão do CREFITO-5 com as IES e reforçar a im-portância do ENADE 2010 para as profissões”, dis-se a Dra. Carolina. Ainda segundo ela, houve uma reunião com as terapeutas ocupacionais de Santa

Maria, em que se contou com público entusiasmado com a nova gestão do CREFITO-5, dando ênfase ao trabalho “corpo a corpo” e acessível. O grupo de terapeutas ocupacionais elegeu como priorida-de a inserção deste profissional da rede de Saúde Pública de Santa Maria tendo em vista que só tem trabalho através das IES e do mercado privado. A APAE, os CAPS e os Hospitais não têm este cargo no momento.

Terapeutas Ocupacionais reúnem-se na Seccional de Santa Maria

Em audiência Pública realizada no dia 2 de setem-bro, os Conselhos Profissionais e Representantes de Hospitais e Sindicatos, Associações, Dirigentes de Sub-Sessões Estadual da OAB reuniram-se para de-bater a crise na saúde. Participaram do encontro o presidente do CREFITO-5, Dr. Alexandre Doval, o presidente da OAB/RS Dr. Claudio Lamachia, Dr. Ricardo Breier – Direitos Humanos OAB, Dr. Edu-ardo Elsade Sec. Saúde Estado, Dra. Maria Helena Dorneles – OAB, Dr. Rodrigo Pugina – Direitos Hu-

manos da OAB, Dr. Franceado Conti – Ministério Publico Estadual , Dr. Carlos Casarteli – Sec. Munici-pal de Saúde de POA. O tema do encontro foi “Saú-de: o maior direito do cidadão posto na Constituição Federal do Brasil”.

No evento, foi feita uma apresentação sobre o Hospi-tal de Clínicas de Porto Alegre e do Grupo Hospitalar Conceição. Foram propostas representatividade do grupo reunido junto ao Ministério Público Estadual

Audiência debate a crise na saúde

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NOTÍCIAS

e Federal, além de ter sido sugerida a criação de uma Comissão Mista e Permanente da Saúde. Levantou-se que os recursos financeiros destinados à saúde pelos Estados são insuficientes e ficam sempre abaixo dos 12%. No Rio Grande do Sul, os investimentos re-presentam menos de 3,3% dos recursos. Nosso Es-tado ficou em último no lugar no ranking nacional

dos investimentos em saúde. Como consequências da superlotação, foram apontados a perda da qualidade do atendimento, o desgaste da equipe, os processos médicos e os riscos das epidemias. Como conclusão, o grupo entendeu que são necessárias e urgentes mais emergências, mais hospitais, mais postos de saúde e uma Política de Saúde mais efetiva.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional aprovou, em Reunião Plenária, normativas que regulamentam o uso pelo fisiote-rapeuta das Práticas Integrativas e Complemen-tares em Saúde. A Resolução autoriza a prática pelo fisioterapeuta dos atos complementares ao exercício profissional nos termos da resolução e da portaria MS número 971/2006, das se-guintes práticas: fitoterapia; práticas corporais, manuais e meditativas; terapia floral; magneto-terapia; fisioterapia antroposófica; termalismo/crenoterapia/balneoterapia e hipnose.

O fisioterapeuta também poderá executar todos os atos complementares que estiverem relacio-nados à saúde do ser humano e que vierem a ser regulamentados pelo Ministério da Saúde por meio de portaria específica, sendo esta norma-tiva aberta, como também o é a Política Nacio-

nal de Práticas Integrativas e Complementares. O fisioterapeuta deverá comprovar perante o COFFITO a certificação de conhecimento das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos desta resolução o fisiote-rapeuta que apresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas Integrativas de Saúde. Os títulos a que alude este artigo deverão ter origem em Instituições de Ensino Superior, ins-tituições especialmente credenciadas pelo MEC e/ou Entidades Nacionais da Fisioterapia intima-mente relacionadas às práticas autorizadas pela resolução. Os cursos concedentes dos títulos de que trata a resolução deverão conter uma car-ga horária mínima, que será determinada pelo COFFITO, assim que consultar as entidades as-sociativas da fisioterapia de âmbito nacional que estejam intimamente relacionadas às práticas au-torizadas pela regulamentação.

Coffito aprova Resolução sobre Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

Entre os dias 27 e 28 de agosto aconteceu, em São Paulo (SP), o I Simpósio Internacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional. Discutiu-se: pesquisa na clínica, instrumentos de avaliação, bioética, pesquisa qualitativa e quantitativa, além da apresentação de aspectos da fundamentação e perspectivas teóricas

da profissão no Brasil. O Simpósio teve palestrantes brasileiras e uma palestrante do Instituto Karolinska de Estocolmo, Suécia, a terapeuta ocupacional Dra. Ingrid Söderback. O CREFITO-5 foi representado pela diretora-tesoureira Dra. Luciana Wertheimer e pela conselheira Dra. Mirtha Zenker.

I Simpósio Internacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional

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JURÍDICO

Sabe-se que, pela legislação vigente, o terapeuta ocu-pacional e o fisioterapeuta devem trabalhar, no máxi-mo, 30 horas por semana em locais públicos. Muitas vezes, porém, isso não é respeitado e os profissionais cumprem regimes com cargas horárias maiores. Um exemplo: nos editais dos concursos públicos, para ambas as profissões, a carga horária deve ser publi-cada de acordo com a legislação vigente, ou seja, 30 horas.

Mas o que de fato está por trás da determinação des-ta carga horária específica de 30 horas? Por que não são as 40 horas a que a maioria dos trabalhadores está submetido?

Segundo a terapeuta ocupacional e conselheira do CREFITO-5, Dra. Priscila Bordignon, “Por atuarem na área da saúde, sabe-se que estes agentes estão ex-postos a situações delicadas, de risco de morte, entre outros. Eles realizam muitos atendimentos diários e, por estarem sujeitos a uma carga acentuada de es-tresse, as 30 horas são o ideal”.

Mas ideal para quem, você deve estar se perguntan-do? Para a sociedade, afinal, é a população a chave motriz da atuação destes profissionais. É preciso ga-rantir um atendimento qualificado e em condições sempre. Ou seja, submeter terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas - como já acontece com outros

profissionais da área da saúde - a uma carga horária excessiva pode significar colocar em risco a vida e a saúde do usuário. Além disso, é fundamental garantir a saúde física e mental daqueles que são responsáveis por cuidarem da saúde dos outros.

“A carga horária máxima de 30 horas semanais pos-sibilita ao profissional, além de cuidados essenciais com a sua saúde e condição física e mental, tempo para a realização de cursos de atualização, por exem-plo. Outra possibilidade é a atuação em outras áreas, permitindo ampliação do conhecimento e interdisci-plinaridade”, defende a Dra. Priscila.

Cumpra-se

O COFFITO encaminhou, em 5 de julho deste ano, um ofício ao Ministro da Previdência Social em fun-ção do edital de concurso público que visava à con-tratação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para trabalharem em um regime de 40 horas.

O ofício do COFFITO, solicitou a publicação de um ato formal por parte do Ministério, para que fosse cumprida a carga horária prevista em lei, sem haver prejuízo do recebimento de proventos.

Se é lei, precisa ser cumprida por todos.

um cuidado com a sociedade30 horas:

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FISCALIZAÇãO

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É fato: os cursos de graduação de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional estão formando cada vez mais profissionais – só no Rio Grande do Sul, são cer-ca de 1.200 novos que ingressam no mercado de trabalho anualmente. Isso prova o reconhecimento que as duas profissões conseguiram e também repre-senta um ganho para a sociedade. Todavia, nunca o mercado esteve tão competitivo. Por isso, o interes-se dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais por publicidade também aumentou muito – este é o maior índice de dúvidas recebidas pelo Departa-mento de Fiscalização do CREFITO-5. Segundo as agentes fiscais do DEFIS, também é grande o índice de notificações de publicidade irregular: para se ter uma ideia, desde o dia 1º de janeiro até 17 de no-vembro, foram 76 notificações efetuadas por nosso Departamento de Fiscalização.

Sempre de olho nas tendências, os profissionais pes-

quisam, inovam e buscam alternativas para anunciar seus serviços visando destacar-se. A publicidade e a propaganda, neste caso, são ferramentas de extrema importância e devem estar de acordo com duas reso-luções do COFFITO que tratam deste tema: a Reso-lução nº 08/78 fala sobre publicidade de consultó-rio e a Resolução nº 37/84 trata sobre anúncios de pessoa jurídica. Confira algumas das perguntas mais frequentes recebidas pelos agentes fiscais do Depar-tamento de Fiscalização e tire suas dúvidas através do email [email protected]

Como faço a publicidade do consultório?

Quando você for fazer um anúncio de seu consultó-rio, o texto deve ser simples: nome completo, cate-goria e número de inscrição do profissional no CRE-FITO, endereço e telefone, e especialidade exercida, quando for o caso. As especialidades reconhecidas

A construção ética da sua imagem

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FISCALIZAÇãO

pelo COFFITO para fisioterapeuta são: acupuntura, fisioterapia dermato-funcional, fisioterapia esportiva, fisioterapia do trabalho, fFisioterapia neuro-f, fisiote-rapia onco-fFuncional, fisioterapia Rrespiratória, fi-sioterapia traumato-ortopédica, fisioterapia urogine-co-funcional, osteopatia e quiropraxia e fisioterapia em saúde coletiva. Para terapeuta ocupacional, as es-pecialidades do COFFITO são: saúde mental, saúde funcional, saúde coletiva, saúde da família, contextos sociais e contextos hospitalares.

Qual a forma correta de anunciar os serviços prestados pela minha empresa registrada no CREFITO-5?

Neste caso específico de publicidade, é permitido à Pessoa Jurídica o uso de nome fantasia e símbolo da profissão em sua peça publicitária. Neste anúncio, é obrigatório incluir o número de registro da empresa no CREFITO-5. Caso o anúncio contenha também o nome do profissional, é imprescindível o número de inscrição dele no CREFITO-5.

Sou um profissional autônomo. Qual a forma correta de fazer anúncios sobre minha presta-ção de serviços?

Os anúncios de profissionais autônomos que aten-dem seus pacientes nos seus domicílios devem conter seu nome completo, número de inscrição no CREFI-TO-5, suas áreas de atuação e tipo de atendimento que prestam, além de seus contatos. Em publicidade como esta é permitido o uso do símbolo da profissão ou outra imagem relacionada à profissão. Está vetado o uso de nome fantasia.

Em que casos o fisioterapeuta e/ou terapeuta

ocupacional podem anunciar-se como especia-listas?

Somente depois de reconhecida a especialidade pelo COFFITO e registrada em livro próprio, o CREFI-TO-5 fará as anotações no livro de inscrição do pro-fissional e o lançamento na carteira de identidade profissional. Somente depois disso os profissionais es-tão autorizados a anunciarem-se como especialistas.

Vou me estabelecer em um local para realizar atendimento exclusivo em Pilates. Necessito realizar algum registro junto ao CREFITO?

Sim. Como o Pilates é considerado um método cine-sioterapêutico, mesmo sendo um local de atendimen-to exclusivo, como o “estúdio”, o profissional deverá realizar junto ao CREFITO-5 registro de consultório ou empresa. Tendo em vista que o Pilates não é uma “profissão”, o profissional que desejar trabalhar com tal recurso deverá estar registrado no seu Conselho Profissional. Caso o profissional pretenda atuar como pessoa física, o seu registro deverá ser de consultório. Caso ele atue como pessoa jurídica (inscrição CNPJ), deverá registrar empresa no CREFITO. Lembramos que o consultório não paga anuidade.

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AGENDA

Fisioterapia Dermatofuncional Data: De 10 a 21 de janeiro de 2011

Local: Vida Centro de Estudos e Qualidade

de Vida – Porto Alegre, RS

II Curso de Bandagem Terapêutica Aplicada à Neurologia Data: De 21 a 23 de janeiro de 2011

Local: CENEFFI – Porto Alegre, RS

XIX Curso Neuroevolutivo Bobath Data: De 04 a 29 de julho de 2011

Local: CENEFFI – Porto Alegre, RS

II Congresso Gaúcho Multidisciplinar do Hospital São Sebastião Mártir Data: De 08 a 09 de abril de 2011

Local: Sociedade Olímpica Venâncio Aires

(SOVA), em Venâncio Aires, RS

XII Congresso Brasileiro e IX Congresso Latino-Americano de Terapia OcupacionalData: De 11 a 14 de outubro de 2011

Local: Centro de Convenções Frei Caneca –

São Paulo, SP

Dica de leitura: “Diagnóstico em Acupuntura”O Conselheiro do CREFITO-5, Dr. Marcos Lisboa

Neves, é um fisioterapeuta com especialização em

acupuntura com mais de dez anos de experiência na

área e acabou de lançar seu novo livro, “Diagnósti-

co em Acupuntura: Uma avaliação passo a passo”.

O lançamento aconteceu em outubro, pela editora

Merithus – ele já havia lançado anteriormente “Ma-

nual Prático de Auriculoterapia”. O livro é uma fer-

ramenta de uso prático que permite ao profissional

conduzir uma avaliação de forma clara e objetiva.

Com enfoque nos oito princípios, o livro traz infor-

mações necessárias para compreender sintomas e

identificar sinais, bem como correlacioná-los para um

diagnóstico mais eficaz. Passo a passo, de forma didá-

tica, o autor enfoca todas as etapas de uma avaliação

em acupuntura, além de

trazer dicas importantes

em relação às síndro-

mes, exame do pulso,

língua e combinação

de pontos. “Saber con-

duzir uma avaliação

é essencial para se fazer um bom

diagnóstico, por isso é necessário colocar em prática

todos os fundamentos da Medicina Tradicional Chi-

nesa. Isso requer conhecimento de fisiologia e fisio-

patologia energética, por isso analiso todo o processo

investigativo de uma avaliação, levando em conta as

principais dificuldades que os profissionais têm em

coletar e interpretar dados”, diz o Dr. Marcos.

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