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Gil Vicente

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Page 1: Gil Vicente. Drama provém do grego drâma (= acção) dramático, dramaturgo Drama = actio, onis (= acção, movimento e desenvolvimento contínuo actor, oris

Gil Vicente

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• Drama provém do grego “drâma” (= acção)

dramático, dramaturgo

• Drama = actio, onis (= acção, movimento e desenvolvimento contínuo

• actor, oris (actor cénico) actus, us (acto ou auto/aito – Gil Vicente) agere fabulam, agere partes (representar

uma peça; desempenhar um papel)

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O texto dramático, criado pelo dramaturgo, tem como finalidade última ser representado, passando, então, a texto teatral.

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ACÇÃO – desenrolar dos acontecimentos, através do diálogo e da movimentação das personagens.

  Exposição – apresentação das personagens e

dos antece- dentes da

acção. Interna Conflito – sucessão dos acontecimentos que

constituem a acção teatral. Estrutura Desfecho – desenlace da acção. Da Acção Acto – grande divisão do texto dramático, que

decorre num mesmo espaço. Externa Cena – divisão do acto determinada pela entrada

ou saída de personagens

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PERSONAGENS – Agentes da acção.

Principal ou protagonista: desempenha o papel principal de maior importância.

Secundária: desempenha papéis de menor relevo.

Figurante: não desempenha qualquer papel específico, embora a sua presença física seja importante para a compreensão da acção.

Caracterização: directa (quando é feita através das falas ou dos actos da própria personagem ou de outras personagens) e indirecta (quando é deduzida pelo espectador a partir de acções ou falas das personagens).

Concepção: planas ou tipos (são personagens com uma dimensão colectiva, sintetizando as qualidades e os defeitos de classes, profissões ou grupos sociais definidos, pelo que o seu comportamento é previsível) e modeladas ou caracteres (são personagens dinâmicas, complexas, dotadas de densidade psicológica, pelo que evoluem ao longo da acção).

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ESPAÇO – Local onde decorre a acção. No texto teatral, corresponde ao espaço de representação.

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Discurso dramático – texto principal constituído pelas «  falas » das personagens, que podem apresentar-se sob a forma de diálogo, mnólogo ou aparte.

  Indicações cénicas (ou didascálias) –

texto secundário constituído pelas informações do autor sobre os gestos, a entoação e a movimentação das personagens, o cenário, o guarda-roupa, a luz e o som, etc.

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Durante a Idade Média existiu um teatro religioso, nascido, em parte pelo menos, das representações litúrgicas do Natal e da Páscoa. Géneros principais no século XV:Mistério - vasta encenação da vida de Cristo e de parte do Velho Testamento.Moralidade – punha em cena alegorias, abstracções personificadas como os vícios e virtudes, ou tipo psicológicos.Milagre – que apresentava situações dramáticas das vidas de Santos ou em que estes ou a Virgem tinham intervindo miraculosamente.Farsa – género particularmente popular, normalmente de intenção satírica.

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Sottie – género de farsa, cujos protagonistas eram “parvos” simbólicos de tipos e instituições sociais.

Sermões burlescos – representações mais breves, monólogos recitados por actores ou jograis mascarados com vestes sacerdotais.

Momos e entremezes – pantomimas alegóricas muito espectaculares, representadas na corte em ocasiões festivas como casamentos. O último entremez de que há notícia antes de Gil Vicente realizou-se no reinado de D. João II, aquando do casamento de seu filho o Príncipe D. Afonso que viria a falecer de desastre a cavalo. Há notícia de que o próprio Rei participou nessa representação.

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Gil Vicente 1465 (?) – Nasce Gil Vicente sendo rei D.

Afonso V 1502 – Escreve o Monólogo do Vaqueiro 1519 – Nasce a sua filha Paula Vicente 1520 – Nasce o seu filho Luís Vicente 1536 (?) – Morte Gil Vicente 1562 – Luís Vicente faz uma compilação

das suas obras

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1ª PEÇA:

Auto da Visitação (1502) ou Monólogo do Vaqueiro, representada aquando do nascimento do príncipe D. João que viria a ser D. João III, filho de D. Manuel.

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OUTRAS PEÇAS DE GIL VICENTE:

A moralidade – peças de edificação religiosa como o “Auto da Alma”, os Autos das Barcas (Glória, Inferno e Purgatório), “Breve Sumário da História de Deus” e os “Mistérios da Virgem”, também chamado “Auto da Mofina Mendes”.

A écloga ou Auto Pastoril (monólogos ou diálogos de pastores) – “Auto Pastoril Português”, “Auto Pastoril da Serra da Estrela.

A comédia narrativa (histórias de aventuras inspiradas no romance de cavalaria) – como a “Comédia da Rubena”, o “Auto de Dom Duardos”, a “Comédia do viúvo”, “Amadis de Gaula”, “Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra”.

A Farsa – que tem por vezes uma intriga desenvolvida aproximando-se da comédia clássica, com o “Auto da Índia”, a “Farsa de Inês Pereira”, o “Velho da Horta”, e outras vezes se reduz a um simples quadro, ou a uma série de quadros soltos, como o “Diálogo dos Judeus sobre a Ressurreição”, a farsa que precede o “Auto da Lusitânia”, “Quem tem farelos”, “O Clérigo da Beira”, “Farsa dos Almocreves”, “O Juiz da Beira”.

A Fantasia alegórica – que é uma salada de variedades, com números de farsa, de canto, etc. lembrando as nossas actuais revistas: “Auto da Lusitânia”, “Romagem de Agravados”, “Frágua do Amor”, “Nau de Amores”.

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1. Os Mistérios procuravam pôr em cena a vida de Jesus (segundo o Velho e o Novo Testamento).

2. As moralidades eram peças mais longas que os Mistérios, representando situações das vidas dos santos.

3. As Farsas e os Milagres eram peças que cobriam a mesma temática e cujos objectivos eram equivalentes.

4. O rei D. João II representou um papel no Momo do Cavaleiro do Cisne.

5. Gil Vicente é um precursor de Henrique da Moa, autor de pequenas farsas.

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6. O Auto da Visitação e o Monólogo do Vaqueiro são a mesma peça.

7. No século XVI, nem todas as esposas dos reis de Portugal eram Castelhanas.

8. A figura do Parvo vicentino radica no parvo carnavalesco em voga por toda a Europa.

9. O português rústico designava-se, naquela época, saiaguês.

10. É muito provável que Gil Vicente desconhecesse o teatro feito fora do país, designadamente francês e inglês.