gil vicente (1465? – 1536?) f o r m a n d a s : p a t r í c i a p i n t o & p a t r í c i a...
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Gil Vicente (1465? – 1536?)
Formandas: Patrícia Pinto&
Patrícia TeixeiraFormadora: Dr. Célia Sousa
Domínio: Língua Portuguesa Lixa,25 de Setembro de
2009
Gil Vicente, poeta e dramaturgo do sec. XV nasceu incertamente entre os anos 1465/70. Pensa-se que esta figura incontornável da nossa sociedade; segundo genealogista D. António de Lima; seria natural de Guimarães e que terá falecido entre 1536 e o ano de 1540, casado por duas vezes, sendo que do primeiro casamento com Branca Bezerra, teve dois filhos, Gaspar e Belchior Vicente e do segundo casamento com Melícia Rodrigues terá tido três filhos, Paula e Luís Vicente, e também Valeria Borges.
A vida de Gil Vicente confunde se muitas vezes com a de Gil Vicente mas este ourives este também muito conhecido na época e que também se encontraria ao serviço da Rainha D. Leonor sendo este também o criador da também muito famosa Custódia de Belém.
Quem foi Gil Vicente?
Gil Vicente na sua longa carreira escreveu mais de 50 pecas de
teatro, durante o inicio do sec. XVI.
Entre as mais famosas obras do autor encontramos por exemplo:
o Auto da Índia (1509); Auto da Fé (1510); Auto da Barca do
Inferno (1517); Farsa de Inês Pereira (1523); Auto da Feira (1526) e
também o Auto da Lusitânia (1532)
Obras do autor : “mais famosas”
A primeira obra conhecida de Gil Vicente e datada de 1502
e dava se pelo nome de Monólogo do Vaqueiro e foi
apresentado a rainha D. Maria e a sua corte, na sua câmara
na terça feira dia 7 de Junho do mesmo ano, pelo
nascimento do príncipe D. João, futuro rei D. João III.
A obra de Gil Vicente foi escrita para ocasiões especiais,
acontecimentos importantes e acontecimentos religiosos,
era representada para corte sendo representadas quer em
Lisboa quer nas varias residências Reais.
A primeira obra:
O Auto da Barca do Inferno e considerado uma moralidade pois ele tem uma componente didáctica onde cria uma ideia de bem /mal e assim denuncia vícios de todas as camadas sociais, nem escapando sequer o clero utilizando para isso a caricatura das classes tendo como máxima latina “ridendo castigat mores”(a rir se castigam os costumes) para criticar a crescente crise de valores de então. Utilizando para isso o Auto termo denominado de teatro tradicional.
O Auto da Barca do Inferno e composto por varias personagens, sendo que para alem das personagens principais que são o Anjo e o Diabo temos também as personagens secundarias que são o Companheiro, Fidalgo, Pajem, Onzeneiro, Joane (o Parvo), Sapateiro, Frade, Alcoviteira (Brísida), Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e os quatro cavaleiros.
Auto da Barca do Inferno:
Personagens:Fidalgo: um manto e pajem (criado) que transporta uma cadeira de espaldas. Estes elementos simbolizam a opressão dos mais fracos, a tirania e a presunção do Fidalgo.
Parvo: não traz símbolos cénicos, pois tudo o que fez na vida não foi por maldade. Esta personagem representa a inocência e a ingenuidade.
Onzeneiro: balsão. Este elemento simboliza o apego ao dinheiro, a ambição, a ganância e a usura.
Sapateiro: avental e formas de sapateiro. Estes elementos simbolizam a exploração interesseira, da classe burguesa comercial.
Frade: Uma Moça (Florença), uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do Clero, e a dissolução dos seus costumes.
Alcoviteira: Virgo postiços, arcas de feitiços, armários de mentir, jóias de vestir, guarda-roupa, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua actividade de alcoviteira ligada à prostituição.
Judeu: bode. Este elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o símbolo do Judaísmo.
Corregedor e Procurador: processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
Enforcado: não traz elementos cénicos, mas em todas as ilustrações ele carrega a corda com que fora enforcado, que significa a sua vida terrena vil e corruptível.
Quatro Cavaleiros: cruz de Cristo, que simboliza a fé dos cavaleiros pela
religião católica.
Personagens tipo:
É uma personagem que representa as qualidades, defeitos de uma
classe social, profissão.
Quase sempre, entra em palco acompanhada(o) de elementos
cénicos (objectos, pessoas, animais…) que ajudam a caracterizá-la,
conseguindo perceber melhor os defeitos que são criticados. Por
vezes a linguagem também ajuda a identificar a personagem e a sua
classe/profissão.
Esperamos que tenham
gostado do nosso pequeno
trabalho!
FIM!