gigante de corrente elétricas. do eletrocardiograma … · • o ritmo cardíaco é regular quando...

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05/08/2011 05/08/2011 1 Ã Á Ã Á INTERPRETAÇÃO BÁSICA INTERPRETAÇÃO BÁSICA DO DO ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIOGRAMA O eletrocardiograma (ECG) é o registro das forças O eletrocardiograma (ECG) é o registro das forças elétricas produzidas pelo coração. O corpo age como um condutor elétricas produzidas pelo coração. O corpo age como um condutor gigante de corrente elétricas. gigante de corrente elétricas. A despolarização dos átrios produz a onda P, e a dos A despolarização dos átrios produz a onda P, e a dos ventrículos o complexo QRS, a repolarização dos ventrículos é ventrículos o complexo QRS, a repolarização dos ventrículos é representada pela onda T. O significado da Onda U é incerto, representada pela onda T. O significado da Onda U é incerto, podendo ser resultante da repolarização do sistema de Purkinje podendo ser resultante da repolarização do sistema de Purkinje ELETROCARDIOGRAMA ELETROCARDIOGRAMA

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à Áà ÁINTERPRETAÇÃO BÁSICA INTERPRETAÇÃO BÁSICA DO DO

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA

O eletrocardiograma (ECG) é o registro das forças O eletrocardiograma (ECG) é o registro das forças

elétricas produzidas pelo coração. O corpo age como um condutor elétricas produzidas pelo coração. O corpo age como um condutor p p ç p gp p ç p g

gigante de corrente elétricas.gigante de corrente elétricas.

A despolarização dos átrios produz a onda P, e a dos A despolarização dos átrios produz a onda P, e a dos

ventrículos o complexo QRS, a repolarização dos ventrículos é ventrículos o complexo QRS, a repolarização dos ventrículos é

representada pela onda T. O significado da Onda U é incerto, representada pela onda T. O significado da Onda U é incerto,

podendo ser resultante da repolarização do sistema de Purkinjepodendo ser resultante da repolarização do sistema de Purkinje

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA

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Derivações do ECG Derivações do ECG

Entendam as derivações do ECG como pontos de vista Entendam as derivações do ECG como pontos de vista

diferentes. Chamadiferentes. Chama--se derivação à linha que une dois eletrodos; na se derivação à linha que une dois eletrodos; na

prática, uma derivação corresponde ao registro obtido por um prática, uma derivação corresponde ao registro obtido por um

eletrodo posicionado em qualquer ponto do corpo.eletrodo posicionado em qualquer ponto do corpo.

Normalmente os eletrodos são colocados na superfície do Normalmente os eletrodos são colocados na superfície do

tórax e dos membros, no entanto, existem situações onde se usam tórax e dos membros, no entanto, existem situações onde se usam

eletrodos no interior do esôfago (derivação esofágica), no interior eletrodos no interior do esôfago (derivação esofágica), no interior

do coração (derivação endocárdica) ou na superfície do coração do coração (derivação endocárdica) ou na superfície do coração

(derivação epicárdica). (derivação epicárdica).

O eletrocardiograma constituiO eletrocardiograma constitui--se basicamente em doze se basicamente em doze

Registro do ECG Registro do ECG

derivações de registro, seis do plano elétrico frontal: as derivações de registro, seis do plano elétrico frontal: as

derivações periféricas D1, D2, D3 (bipolares ou standards), aVR, derivações periféricas D1, D2, D3 (bipolares ou standards), aVR,

aVL e aVF (unipolares), e seis do plano elétrico horizontal: as aVL e aVF (unipolares), e seis do plano elétrico horizontal: as

derivações precordiais V1 a V6 (unipolares).derivações precordiais V1 a V6 (unipolares).

Plano Frontal e Plano Horizontal Plano Frontal e Plano Horizontal •• ParaPara oo registroregistro dodo ECGECG padrãopadrão usamosusamos 1212 derivaçõesderivações

•• 66 derivaçõesderivações cobremcobrem oo planoplano frontalfrontal ouou verticalvertical (aVR,(aVR, aVL,aVL,

aVF,aVF, DI,DI, DIIDII ee DIII)DIII)

•• 66 cobremcobrem oo planoplano horizontalhorizontal ouou precordialprecordial (V(V11 aa VV66),), numanuma

tentativatentativa dede registrarregistrar aa atividadeatividade elétricaelétrica cardíacacardíaca porpor váriosvários

ângulosângulos diferentesdiferentes EventualmenteEventualmente sãosão utilizadasutilizadas derivaçõesderivaçõesângulosângulos diferentesdiferentes.. Eventualmente,Eventualmente, sãosão utilizadasutilizadas derivaçõesderivações

precordiaisprecordiais adicionaisadicionais parapara umauma melhormelhor visualizaçãovisualização dada paredeparede

posteriorposterior dodo coraçãocoração (V(V77 ee VV88)) ee dodo ventrículoventrículo direitodireito (V(V33RR ee

VV44R)R)..

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AA-- DIDI

BB-- DIIDII

CC-- DIIDII

DD-- MCLMCL

Existe uma correlação entre a região ventricular esquerda Existe uma correlação entre a região ventricular esquerda

t d d d i õt d d d i õ

Localização topográfica Localização topográfica

estudada e as derivações:estudada e as derivações:

•• Região lateral alta: D1Região lateral alta: D1--aVL,aVL,

•• Região inferior: D2Região inferior: D2--D3D3--aVF,aVF,

•• Região anterior extensa: V1 a V6, D1Região anterior extensa: V1 a V6, D1--aVL,aVL,

•• Região ânteroRegião ântero--septal: V1 a V4,septal: V1 a V4,

•• Região ânteroRegião ântero--lateral: V4 a V6, D1lateral: V4 a V6, D1-- aVL.aVL.

Derivação Posicionamento do (s) eletrodo (s)DI MSD e MSEDII MSD e MIEDIII MSE e MIEaVR MSDaVL MSEaVF MIEV1 4º EIC com a borda esternal direitaV2 4º EIC com a borda esternal esquerdaV3 5º EICE, entre V2 e V4 (V3R: 5º EICD)

5º EICE na linha hemiclavicular esquerdaV4 5 EICE na linha hemiclavicular esquerda (V4R: 5º EICD/LHCD)

V5 5º EICE na linha axilar anteriorV6 5º EICE na linha axilar médiaV7 5º EICE na linha axilar posteriorV8 5º EICE na linha hemiclavicular posterior

O papel de registro do ECG tem o desenho de pequenos O papel de registro do ECG tem o desenho de pequenos

quadrados de 1mm de lado. A abscissa marca o intervalo de quadrados de 1mm de lado. A abscissa marca o intervalo de

tempo, onde cada 1mm corresponde a 40ms, considerandotempo, onde cada 1mm corresponde a 40ms, considerando--se a se a

Calibração do aparelho Calibração do aparelho

p pp p

velocidade padrão de 25mm/s; a ordenada marca a voltagem, em velocidade padrão de 25mm/s; a ordenada marca a voltagem, em

que 1mm corresponde a 0,1mV. No aparelho devidamente que 1mm corresponde a 0,1mV. No aparelho devidamente

ajustado, a calibração corresponde a 10mm ou 1mV.ajustado, a calibração corresponde a 10mm ou 1mV.

Calibração do aparelho: cada 1mm corresponde a 40ms na horizontal e a Calibração do aparelho: cada 1mm corresponde a 40ms na horizontal e a 0,1mV na vertical0,1mV na vertical

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A calibração é padronizada para 1 mV = 10 A calibração é padronizada para 1 mV = 10

mm (Calibração N). A velocidade do papel mm (Calibração N). A velocidade do papel

também é padrão: 25 mm/s. Com esta também é padrão: 25 mm/s. Com esta

padronização, a menor unidade de área padronização, a menor unidade de área

(menor quadrado) vale 1mm de lado vertical e (menor quadrado) vale 1mm de lado vertical e

0,04s de lado horizontal 0,04s de lado horizontal

Propedêutica do ECGPropedêutica do ECGA sistematização na interpretação do eletrocardiograma, A sistematização na interpretação do eletrocardiograma, cuja finalidade é facilitar o diagnóstico, deve seguir as cuja finalidade é facilitar o diagnóstico, deve seguir as seguintes etapas.seguintes etapas.

1. Freqüência cardíaca (FC)1. Freqüência cardíaca (FC)2. Ritmo cardíaco (RIT)2. Ritmo cardíaco (RIT)3. Onda P (OP)3. Onda P (OP)4. Segmento PR (sPR)4. Segmento PR (sPR)5. Intervalo PR (iPR)5. Intervalo PR (iPR)6 C l QRS6 C l QRS6. Complexo QRS6. Complexo QRS7. Ponto J e segmento ST (sST)7. Ponto J e segmento ST (sST)8. Onda T (OT)8. Onda T (OT)9. Intervalo QT (iQT)9. Intervalo QT (iQT)10. Onda U (OU).10. Onda U (OU).

Freqüência cardíaca (FC)Freqüência cardíaca (FC)

REGRA DOS 300REGRA DOS 300: para obter a freqüência através da regra dos 300, : para obter a freqüência através da regra dos 300,

basta dividir 300 pelo número de 05 quadrados MENORES, que basta dividir 300 pelo número de 05 quadrados MENORES, que

perfazem 0,20s.perfazem 0,20s.perfazem 0,20s. perfazem 0,20s.

REGRA DOS 1500REGRA DOS 1500: para obter a freqüência através da regra dos 1500, : para obter a freqüência através da regra dos 1500,

basta dividir 1500 pelo número de quadrados MENORES (unidade basta dividir 1500 pelo número de quadrados MENORES (unidade

menor).menor).

Regra dos 300Regra dos 300

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Bradicardia Bradicardia –– FC= 40bpmFC= 40bpm

Taquicardia Taquicardia –– FC= 160bpmFC= 160bpm

Ritmo cardíaco (RIT)Ritmo cardíaco (RIT)

•• Avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, mais Avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, mais

facilmente aferidos entre as espículas dos QRS facilmente aferidos entre as espículas dos QRS –– os intervalos Ros intervalos R--R. R.

•• O ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constantesO ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constantes•• O ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constantes O ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constantes

e irregular quando os intervalos são diferentes ou inconstantes. Pequenas e irregular quando os intervalos são diferentes ou inconstantes. Pequenas

variações podem estar presentes normalmentevariações podem estar presentes normalmente

•• Na criança geralmente é fisiológica, estando relacionada ao ciclo Na criança geralmente é fisiológica, estando relacionada ao ciclo

respiratório (arritmia fásica), sendo que a FC aumenta na inspiração erespiratório (arritmia fásica), sendo que a FC aumenta na inspiração erespiratório (arritmia fásica), sendo que a FC aumenta na inspiração e respiratório (arritmia fásica), sendo que a FC aumenta na inspiração e

diminui na expiração.diminui na expiração.

•• No idoso, está mais relacionada à disfunção do nódulo sinusal (nãoNo idoso, está mais relacionada à disfunção do nódulo sinusal (não--fásica)fásica)

Arritmia sinusalArritmia sinusal

Taquicardia sinusalTaquicardia sinusal Bradicardia sinusalBradicardia sinusal

Onda P (OP)Onda P (OP)

•• A primeira onda do ECG normal.A primeira onda do ECG normal.

•• DeveDeve--se identificar a onda P em todos os ciclos cardíacos, se identificar a onda P em todos os ciclos cardíacos,

observando a sua morfologia: onda arredondada, simétrica, deobservando a sua morfologia: onda arredondada, simétrica, deobservando a sua morfologia: onda arredondada, simétrica, de observando a sua morfologia: onda arredondada, simétrica, de

pequena amplitude pequena amplitude -- menor que 2,5mm e duração menor que menor que 2,5mm e duração menor que

110ms.110ms.

•• O ritmo normal do coração O ritmo normal do coração -- ritmo sinusal, se traduz pela ritmo sinusal, se traduz pela

presença da onda P positiva nas derivações D1, D2, aVF, V2 a V6 presença da onda P positiva nas derivações D1, D2, aVF, V2 a V6

e negativa em aVR.e negativa em aVR.

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Segmento PR (sPR)Segmento PR (sPR)•• Segmento de linha que conecta a onda P ao QRS. Deve estar ao nível Segmento de linha que conecta a onda P ao QRS. Deve estar ao nível da linha de base do traçado.da linha de base do traçado.

Intervalo PR (iPR)Intervalo PR (iPR)•• Intervalo de tempo medido entre o início da OP e o início do QRS. Intervalo de tempo medido entre o início da OP e o início do QRS. V i d 120 200 t dV i d 120 200 t d t t D t d t li itt t D t d t li itVaria de 120ms a 200ms, mantendoVaria de 120ms a 200ms, mantendo--se constante. Dentro deste limite o se constante. Dentro deste limite o iPR será maior na bradicardia e menor na taquicardia. IPR maior que iPR será maior na bradicardia e menor na taquicardia. IPR maior que 210ms (e constante) caracteriza o BAV do 1o grau, e menor que 120ms a 210ms (e constante) caracteriza o BAV do 1o grau, e menor que 120ms a síndrome de présíndrome de pré--excitação ventricular. excitação ventricular.

Complexo QRS (OP)Complexo QRS (OP)

•• A segunda onda do ECG normal.A segunda onda do ECG normal.•• DeveDeve--se identificar o complexo QRS em todos os ciclos se identificar o complexo QRS em todos os ciclos cardíacos, observando a sua morfologia: deflexão espiculada, cardíacos, observando a sua morfologia: deflexão espiculada, g pg pestreita, com duração entre 60ms e 100ms e amplitude variada.estreita, com duração entre 60ms e 100ms e amplitude variada.

Ponto J e segmento ST (sST)Ponto J e segmento ST (sST)•• Ponto J é o ponto de junção entre o final do QRS e o início do segmento Ponto J é o ponto de junção entre o final do QRS e o início do segmento

ST e situaST e situa--se ao nível da linha de basese ao nível da linha de base

•• Segmento ST é o segmento de linha que une QRS à onda T e Segmento ST é o segmento de linha que une QRS à onda T e

corresponde à fase inicial da repolarização ventricular. A sua morfologia corresponde à fase inicial da repolarização ventricular. A sua morfologia

não é em linha reta, mas algo curvo, côncavo para cimanão é em linha reta, mas algo curvo, côncavo para cima

•• Deve estar também ao nível da linha de base do traçado, linha isoelétricaDeve estar também ao nível da linha de base do traçado, linha isoelétrica

••Observar cuidadosamente os desnivelamentos do sST, sejam por Observar cuidadosamente os desnivelamentos do sST, sejam por

supradesnivelamento com aspecto convexo para cima ou supradesnivelamento com aspecto convexo para cima ou

infradesnivelamento com aspecto côncavo para cima, pois sugerem lesão infradesnivelamento com aspecto côncavo para cima, pois sugerem lesão

miocárdicamiocárdica

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Onda T (OT)Onda T (OT)•• A terceira onda do ECG normal.A terceira onda do ECG normal.

•• Corresponde à repolarização ventricular em sua quase totalidade. Corresponde à repolarização ventricular em sua quase totalidade.

•• Onda algo arredondada e assimétrica, com a fase ascendente mais lenta Onda algo arredondada e assimétrica, com a fase ascendente mais lenta

e a descendente mais rápida.e a descendente mais rápida.

•• Amplitude variável, menor que o QRS. Polaridade positiva em D1Amplitude variável, menor que o QRS. Polaridade positiva em D1--D2D2--

aVFaVF--V2 a V6 e negativa em aVR.V2 a V6 e negativa em aVR.

Intervalo QT (iQT)Intervalo QT (iQT)•• Intervalo de tempo medido entre o início do QRS ao final da OT.Intervalo de tempo medido entre o início do QRS ao final da OT.

•• Corresponde à sístole elétrica total ventricular. Intervalo QT varia Corresponde à sístole elétrica total ventricular. Intervalo QT varia

inversamente em relação à freqüência cardíaca, sendo menor na FC inversamente em relação à freqüência cardíaca, sendo menor na FC

mais rápida e maior na FC mais lenta. mais rápida e maior na FC mais lenta.

Onda U (OU)Onda U (OU)•• Ocasionalmente pode ser identificada a onda U, quarta onda do Ocasionalmente pode ser identificada a onda U, quarta onda do ECG, vindo logo após a onda T: onda arredondada, de curta ECG, vindo logo após a onda T: onda arredondada, de curta duração de pequena amplitude e de mesma polaridade da onda Tduração de pequena amplitude e de mesma polaridade da onda Tduração, de pequena amplitude e de mesma polaridade da onda T duração, de pequena amplitude e de mesma polaridade da onda T precedente.precedente.•• Onda U de duração e amplitude aumentadas é observada na Onda U de duração e amplitude aumentadas é observada na hipopotassemia e negativa na isquemia miocárdica.hipopotassemia e negativa na isquemia miocárdica.

ECG normalECG normalFC=70bpm; RIT: regular; OP sinusal (ritmo sinusal); iPR=160ms; sPR= nivelado FC=70bpm; RIT: regular; OP sinusal (ritmo sinusal); iPR=160ms; sPR= nivelado na linha de base; QRS= de morfologia normal, sST= nivelado na linha de base; na linha de base; QRS= de morfologia normal, sST= nivelado na linha de base; OT= morfologia e polaridade normais; iQT=360ms.OT= morfologia e polaridade normais; iQT=360ms.

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Interpretação de arritmiasInterpretação de arritmias

•• Toda interpretação de ritmo deve ser correlacionada com os sinais Toda interpretação de ritmo deve ser correlacionada com os sinais

clínicos do paciente clínicos do paciente –– “Trate o paciente, não o monitor” .“Trate o paciente, não o monitor” .

Método baseado em 3 perguntas:Método baseado em 3 perguntas:

11°° pergunta: O complexo QRS tem aparência normal?pergunta: O complexo QRS tem aparência normal?

22°° pergunta: Existe onda P?pergunta: Existe onda P?

33°° pergunta: Qual a relação entre as ondas P e os complexos QRSpergunta: Qual a relação entre as ondas P e os complexos QRS

O complexo QRS tem aparência normal?O complexo QRS tem aparência normal?

Fibrilação Ventricular (FV)Fibrilação Ventricular (FV)

Não há complexos QRS de aparência normaisNão há complexos QRS de aparência normais

Freqüência: muito rápida e desorganizadaFreqüência: muito rápida e desorganizada

Ritmo: irregular, ondas elétricas variam em tamanho Ritmo: irregular, ondas elétricas variam em tamanho g ,g ,

e formae forma

Tratamento: desfibrilação elétricaTratamento: desfibrilação elétrica

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Taquicardia ventricular sem pulso (TV/SP)

NãoNão existeexiste QRSQRS dede aparênciaaparência normalnormal

FreqüênciaFreqüência:: maiormaior dodo queque 100100 bpmbpm nãonão superiorsuperior aa 220220 bpmbpm

RitmoRitmo:: regularregular masmas podepode serser irregularirregular QRSQRS alargadoalargado

TratamentoTratamento:: desfibrilaçãodesfibrilação elétricaelétrica

AssistoliaAssistolia

Ausência completa de atividade elétrica ventricularAusência completa de atividade elétrica ventricular

Tratamento: adrenalina, atropina Tratamento: adrenalina, atropina , p, p

Extra sístole ventricular (ESV)Extra sístole ventricular (ESV)

•• Despolarização que surge em qualquer um dos ventrículos antes Despolarização que surge em qualquer um dos ventrículos antes do próximo batimento sinusal.do próximo batimento sinusal.

•• QRS de aparência anormal, normalmente alargado QRS de aparência anormal, normalmente alargado

ExtraExtra--sístoles ventricularessístoles ventriculares

ESV multifocais ESV multifocais

Bigeminismo ventricular Bigeminismo ventricular

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Existe onda P?Existe onda P?

Fibrilação atrial (FA)Fibrilação atrial (FA)•• Pode resultar de múltiplas áreas de reentradas dentro dos átrios ou de Pode resultar de múltiplas áreas de reentradas dentro dos átrios ou de múltiplos focos ectópicos.múltiplos focos ectópicos.

•• Freqüência: alta de 160 180 bpmFreqüência: alta de 160 180 bpm

•• Ritmo: ritmo ventricular irregular Ritmo: ritmo ventricular irregular

•• Ondas P: não ondas POndas P: não ondas P

Flutter atrial Flutter atrial •• Ondas P ocorrem rapidamente com aparência serrilhada.Ondas P ocorrem rapidamente com aparência serrilhada.

•• Despolarização atrial ocorre debaixo para cima.Despolarização atrial ocorre debaixo para cima.

••Freqüência: de 220 a 350, normalmente de 300Freqüência: de 220 a 350, normalmente de 300

•• Ritmo: ritmo atrial regular Ritmo: ritmo atrial regular

Qual a relação entre as ondas P e Qual a relação entre as ondas P e os complexos QRS?os complexos QRS?

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Bloqueio atrioventricular (BAV)Bloqueio atrioventricular (BAV)

•• Retardo ou interrupção da condução entre o átrio e o ventrículoRetardo ou interrupção da condução entre o átrio e o ventrículo

•• Classificação:Classificação:

•• Bloqueios parciais:Bloqueios parciais:

BAV de 1BAV de 1°° graugrau

BAV de 2BAV de 2°° grau: tipo I e tipo IIgrau: tipo I e tipo II

•• Bloqueio totalBloqueio total

BAV t t l l tBAV t t l l tBAV total ou completoBAV total ou completo

Bloqueio atrioventricular 1Bloqueio atrioventricular 1°° graugrau•• Retardo do impulso dos átrios para os ventrículosRetardo do impulso dos átrios para os ventrículos

•• QRS tem aparência normalQRS tem aparência normal

•• Freqüência: baixaFreqüência: baixa

•• Onda P: Cada ond P é seguida de um QRSOnda P: Cada ond P é seguida de um QRS

•• Intervalo PR: > que 0,20s, geralmente permanece constanteIntervalo PR: > que 0,20s, geralmente permanece constante

•• Tratamento: desnecessário quando assintomático Tratamento: desnecessário quando assintomático

iPR > 0,20siPR > 0,20s

Bloqueio atrioventricular 2Bloqueio atrioventricular 2°° grau tipo Igrau tipo I•• Ocorre no nodo AV, devido ao aumento do tônus parassimpático Ocorre no nodo AV, devido ao aumento do tônus parassimpático ou ao efeito de drogas ou ao efeito de drogas

•• QRS e aparência normalQRS e aparência normal

êê•• Freqüência: baixaFreqüência: baixa

•• Ritmo: ritmo ventricular irregularRitmo: ritmo ventricular irregular

•• iPR: aumento progressivo do intervalo até q a onda P seja iPR: aumento progressivo do intervalo até q a onda P seja bloqueadabloqueada

Ausência do QRSAusência do QRS

Bloqueio atrioventricular 2Bloqueio atrioventricular 2°° grau tipo IIgrau tipo II

•• Ocorre abaixo do no nodo AV, tanto no feixe de His como nos seus Ocorre abaixo do no nodo AV, tanto no feixe de His como nos seus ramosramos

•• QRS: normal se bloqueio no feixe de His, alargado se bloqeio nos QRS: normal se bloqueio no feixe de His, alargado se bloqeio nos ramosramos

•• Ritmo: atrial é regular e o ventricular é irregular o regularRitmo: atrial é regular e o ventricular é irregular o regular

•• Ondas P: normais seguidsa de um QRS Ondas P: normais seguidsa de um QRS

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Bloqueio atrioventricular 3Bloqueio atrioventricular 3°° ou total (BAVT)ou total (BAVT)

•• Ausência completa de condução entre os átrios e os ventrículosAusência completa de condução entre os átrios e os ventrículos