gestÃo de drenagem urbana no controle de...

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS FACET CURSO ENGENHARIA CIVIL ELLEN THUANY DOS SANTOS MARQUES MARIELA SOUSA GOMES SILVA SIDNEY CÉSAR ACÁCIO GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE ENCHENTES: captação, reservação e armazenamento de águas pluviais BELO HORIZONTE 2015

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Page 1: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

CENTRO UNIVERSITAacuteRIO NEWTON PAIVA

FACULDADE DE CIEcircNCIAS EXATAS E TECNOLOacuteGICAS ndash FACET

CURSO ENGENHARIA CIVIL

ELLEN THUANY DOS SANTOS MARQUES

MARIELA SOUSA GOMES SILVA

SIDNEY CEacuteSAR ACAacuteCIO

GESTAtildeO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE

ENCHENTES captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas

pluviais

BELO HORIZONTE

2015

Ellen Thuany Dos Santos Marques

Mariela Sousa Gomes Silva

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

GESTAtildeO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE

ENCHENTES captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas

pluviais

Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciecircncias Extadas e Tecnoloacutegicas do Centro Universitaacuterio Newton Paiva como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em Engenharia Civil Aacuterea de concentraccedilatildeo Engenharia Civil Orientador Prof Maacutercio Augusto Lima Teodoro Orientadora Metodoloacutegica Prof Vanderleacutea Martins da Rocha

Belo Horizonte

2015

3

A todos aqueles que defendem a ocupaccedilatildeo de forma consciente buscando minimizar os impactos ambientais comprometidos com as geraccedilotildees futuras tendo como principais valores a eacutetica e a disciplina

4

AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado forccedila e sauacutede para superar as dificuldades

Aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram nas horas difiacuteceis de desacircnimo e

cansaccedilo e compreenderam os momentos de nossa ausecircncia

Ao professor orientador Maacutercio Augusto Lima Teodoro pela dedicaccedilatildeo e acreditar no

nosso potencial

Agrave professora Vanderleacutea Martins da Rocha pelo suporte de suas correccedilotildees e incentivo

que tornaram possiacutevel a conclusatildeo do TCC

A todos os mestres do curso de Engenharia Civil da Instituiccedilatildeo Newton Paiva aos

quais sem nominar nossos eternos agradecimentos na conclusatildeo do nosso trabalho

Ao gerente teacutecnico Otaacutevio Goes da Minas Arena e sua equipe pelas informaccedilotildees

teacutecnicas fornecidas

5

ldquoEsta chuva passageira que natildeo passa e este solo aparentemente bem cuidado mas impermeaacutevel Eacute a cidade urbanizada com seus efeitos e defeitos em que a natureza muitas vezes se torna inimigardquo

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 2: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

Ellen Thuany Dos Santos Marques

Mariela Sousa Gomes Silva

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

GESTAtildeO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE

ENCHENTES captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas

pluviais

Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciecircncias Extadas e Tecnoloacutegicas do Centro Universitaacuterio Newton Paiva como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em Engenharia Civil Aacuterea de concentraccedilatildeo Engenharia Civil Orientador Prof Maacutercio Augusto Lima Teodoro Orientadora Metodoloacutegica Prof Vanderleacutea Martins da Rocha

Belo Horizonte

2015

3

A todos aqueles que defendem a ocupaccedilatildeo de forma consciente buscando minimizar os impactos ambientais comprometidos com as geraccedilotildees futuras tendo como principais valores a eacutetica e a disciplina

4

AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado forccedila e sauacutede para superar as dificuldades

Aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram nas horas difiacuteceis de desacircnimo e

cansaccedilo e compreenderam os momentos de nossa ausecircncia

Ao professor orientador Maacutercio Augusto Lima Teodoro pela dedicaccedilatildeo e acreditar no

nosso potencial

Agrave professora Vanderleacutea Martins da Rocha pelo suporte de suas correccedilotildees e incentivo

que tornaram possiacutevel a conclusatildeo do TCC

A todos os mestres do curso de Engenharia Civil da Instituiccedilatildeo Newton Paiva aos

quais sem nominar nossos eternos agradecimentos na conclusatildeo do nosso trabalho

Ao gerente teacutecnico Otaacutevio Goes da Minas Arena e sua equipe pelas informaccedilotildees

teacutecnicas fornecidas

5

ldquoEsta chuva passageira que natildeo passa e este solo aparentemente bem cuidado mas impermeaacutevel Eacute a cidade urbanizada com seus efeitos e defeitos em que a natureza muitas vezes se torna inimigardquo

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

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2010 Satildeo Paulo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

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SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

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httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 3: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

3

A todos aqueles que defendem a ocupaccedilatildeo de forma consciente buscando minimizar os impactos ambientais comprometidos com as geraccedilotildees futuras tendo como principais valores a eacutetica e a disciplina

4

AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado forccedila e sauacutede para superar as dificuldades

Aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram nas horas difiacuteceis de desacircnimo e

cansaccedilo e compreenderam os momentos de nossa ausecircncia

Ao professor orientador Maacutercio Augusto Lima Teodoro pela dedicaccedilatildeo e acreditar no

nosso potencial

Agrave professora Vanderleacutea Martins da Rocha pelo suporte de suas correccedilotildees e incentivo

que tornaram possiacutevel a conclusatildeo do TCC

A todos os mestres do curso de Engenharia Civil da Instituiccedilatildeo Newton Paiva aos

quais sem nominar nossos eternos agradecimentos na conclusatildeo do nosso trabalho

Ao gerente teacutecnico Otaacutevio Goes da Minas Arena e sua equipe pelas informaccedilotildees

teacutecnicas fornecidas

5

ldquoEsta chuva passageira que natildeo passa e este solo aparentemente bem cuidado mas impermeaacutevel Eacute a cidade urbanizada com seus efeitos e defeitos em que a natureza muitas vezes se torna inimigardquo

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 4: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

4

AGRADECIMENTO

A Deus por ter nos dado forccedila e sauacutede para superar as dificuldades

Aos nossos familiares e amigos que nos apoiaram nas horas difiacuteceis de desacircnimo e

cansaccedilo e compreenderam os momentos de nossa ausecircncia

Ao professor orientador Maacutercio Augusto Lima Teodoro pela dedicaccedilatildeo e acreditar no

nosso potencial

Agrave professora Vanderleacutea Martins da Rocha pelo suporte de suas correccedilotildees e incentivo

que tornaram possiacutevel a conclusatildeo do TCC

A todos os mestres do curso de Engenharia Civil da Instituiccedilatildeo Newton Paiva aos

quais sem nominar nossos eternos agradecimentos na conclusatildeo do nosso trabalho

Ao gerente teacutecnico Otaacutevio Goes da Minas Arena e sua equipe pelas informaccedilotildees

teacutecnicas fornecidas

5

ldquoEsta chuva passageira que natildeo passa e este solo aparentemente bem cuidado mas impermeaacutevel Eacute a cidade urbanizada com seus efeitos e defeitos em que a natureza muitas vezes se torna inimigardquo

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

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httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 5: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

5

ldquoEsta chuva passageira que natildeo passa e este solo aparentemente bem cuidado mas impermeaacutevel Eacute a cidade urbanizada com seus efeitos e defeitos em que a natureza muitas vezes se torna inimigardquo

Sidney Ceacutesar Acaacutecio

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 6: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

6

RESUMO Com o crescimento populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades evoluiacuteram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental intensificando-se os impactos causados pela ocupaccedilatildeo antroacutepica em ambientes naturais exemplo destes mudanccedilas no ciclo hidroloacutegico perceptiacuteveis no aumento e severidade de inundaccedilotildees Este trabalho tem como objetivo o estudo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem urbana para o controle de enchentes Seratildeo abordados conteuacutedos de grande relevacircncia tais como diferenccedila dos conceitos das teacutecnicas de drenagem convencionais e natildeo convencionais aspectos impactos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem obras de captaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua pluvial A aplicaccedilatildeo de teacutecnicas de reservaccedilatildeo dos escoamentos ao inveacutes de canalizaccedilatildeo torna-se obrigatoacuterio com leis decretadas que fomentam o uso e ocupaccedilatildeo sustentaacutevel para a populaccedilatildeo A implantaccedilatildeo dos meacutetodos natildeo convencionais demonstra viabilidade teacutecnica e econocircmica no controle das enchentes Palavras-chave Drenagem Urbana Captaccedilatildeo de Aacutegua Armazenamento e Reuso de Aacuteguas Pluviais

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 7: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

7

ABSTRACT

With population growth and hence the intensification of urbanization many cities have evolved without prior urban-environmental planning intensifying the impacts caused by human occupation in natural environments such example changes in the hydrological cycle noticeable on the increase and severity of floods This work aims the study of unconventional techniques in the urban drainage system for flood control Highly relevant content will be addressed such as difference from the conventional concepts and techniques drainage nonconventional aspects effects and basic elements of the drainage system water catchment storage and reuse of rainwater The application of the reservation flow techniques rather than channeling becomes binding with enacted laws that encourage sustainable use and occupation for the population The deployment of unconventional methods demonstrate technical and economic feasibility in flood control Keywords Urban Drainage Water catchment Storage and reuse rainwater

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

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64

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

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httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 8: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

8

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADE ndash Aacuterea de Diretrizes Especiais

AR1 - Arquitetura_Externa

AR2 - Arquitetura_Interna-Estadio

Av - Avenida

COMFORCcedilAS ndash Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

cm ndash Unidade de Medida em Centiacutemetro

COMDEC - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil

CDPCM - Conselho Deliberativo do Patrimocircnio Cultural

COMPUR - Conselho Municipal de Poliacutetica Urbana

CV ndash Sigla de Medida em Inglecircs quer dizer ldquoCavalo Vaporrdquo

Ex - Exemplo

HID ndash Hidraacuteulica

Hman ndash Altura Manomeacutetrica

IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

IHE ndash Institute for Water Education

KSB - Fabricante da Bomba

LPUOS ndash Lei de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo

msup2 - Unidade de Medida em Metro Quadro

msup3 - Unidade Medida em Metro Cubico

mca ndash Metro de Coluna de Aacutegua

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

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SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 9: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

9

msup3h ndash Metro Cuacutebico por hora

NBR ndash Norma Brasileira

P ndash Potecircncia

PBH ndash Prefeitura de Belo Horizonte

PDDBH - Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte

PVC - Policloreto de Vinila

Q ndash Vazatildeo (ou fluxo volumeacutetrico)

SIG - Soluccedilotildees Integrada de Gestatildeo

SUDECAP - Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital

SWITCH ndash Sustainable Water Management Improves Tomorrow Citiesrsquo Health

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

V - Volts

ZA ndash Zona Adensada

ZAP ndash Zona Adensamento Preferencial

ZARs ndash Zonas de Adensamento Restrito

ZCs - Zonas Centrais

ZEs ndash Zona de Grandes Equipamentos

ZEISs ndash Zonas Especiais de Interesse Social

ZPAM ndash Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental

ᶲ - Diacircmetro

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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2010 Satildeo Paulo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 10: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 18

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de

escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio

19

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) 24

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte 25

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura

da Rua Paracatu 26

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas

Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963 26

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo 38

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 40

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) 41

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta 42

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) 43

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 43

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) 44

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes

Franccedila 46

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile 46

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo 47

Figura 17 ndash Lona da cobertura 50

Figura 18 ndash Laje 50

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido 51

Figura 20- Registro de duto de entrada aacutegua do reservatoacuterio 51

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial 51

Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro 51

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva 52

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso 52

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso 52

Figura 27ndash Hidrocircmetro 52

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 11: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

11

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte 27

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte

29

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo 39

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo 41

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

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64

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2010 Satildeo Paulo

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Gerais Belo Horizonte1998

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 12: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

12

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 13

11 Objetivo 14

111 Objetivo geral 14

112 Objetivo especifico 15

12 Justificativa 15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas 17

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem 20

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades 29

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais 36

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos 39

242 Disposiccedilatildeo no local 40

243 Controle de entrada 44

244 Detenccedilatildeo a jusante 45

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto 46

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 49

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS 53

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica 53

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo 54

421 Anaacutelise estudo de casos 55

43 Melhoria do Mineiratildeo 57

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio 60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 63

ANEXO A 67

ANEXO B 68

ANEXO C 69

ANEXO D 70

ANEXO E 71

ANEXO F 72

ANEXO G 73

ANEXO I 75

ANEXO J 78

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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2010 Satildeo Paulo

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

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Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 13: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

A alteraccedilatildeo das caracteriacutesticas naturais do ciclo hidroloacutegico deve-se agrave alteraccedilatildeo da

condiccedilatildeo do ambiente preacute urbanizaccedilatildeo e da ocupaccedilatildeo antroacutepica perto das aacutereas

naturais de inundaccedilotildees (REZENDE 2010)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu

a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da

necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de

alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15)

O municiacutepio de Belo Horizonte possui diversos coacuterregos e ribeirotildees que circundam

suas avenidas ruas e vielas Durante sua urbanizaccedilatildeo natildeo foi levada em

consideraccedilatildeo sua hidrografia ldquoos coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados

segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na

paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuteriosrdquo Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

O aumento das aacutereas urbanizadas e consequentemente impermeabilizadas ocorreu a partir das zonas mais baixas proacuteximas agraves vaacuterzeas dos rios ou agrave beira-mar face da necessaacuteria interaccedilatildeo da populaccedilatildeo com os corpos hiacutedricos utilizados como fonte de alimento e dessedentaccedilatildeo aleacutem de transporte (CANHOLI 2005 p15) Os conceitos ldquoinovadoresrdquo mais adotados para a readequaccedilatildeo ou aumento da eficiecircncia hidraacuteulica dos sistemas de drenagem tecircm por objetivo promover o retardamento dos escoamentos de forma a aumentar os tempos de concentraccedilatildeo e reduzir as vazotildees maacuteximas amortecer os picos e reduzir os volumes de enchentes por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios e conter tanto quanto possiacutevel o run-off no local da precipitaccedilatildeo pela melhoria das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tanques de contenccedilatildeo Isso significa mudanccedila radical na filosofia das soluccedilotildees pois anteriormente implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de picos e cheias para os corpos drsquoaacutegua Atualmente a vertente ldquoconservacionistardquo que busca reter os escoamentos pluviais nas proximidades de suas fontes constitui o paradigma da moderna drenagem urbana (CANHOLI 2005 p 16)

Medidas estruturais satildeo necessaacuterias e mesmo essenciais para soluccedilatildeo de um grande nuacutemero de problemas de inundaccedilotildees urbanas A experiecircncia nacional e internacional mostra entretanto que tais medidas aleacutem de onerosas natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos de drenagem urbana (TUCCI 2014 p805)

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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65

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2010

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de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

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Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 14: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

14

Uma eficaz gestatildeo da drenagem urbana vem se destacando na obtenccedilatildeo de um

desenvolvimento sustentaacutevel das cidades com poliacuteticas de desenvolvimento urbano

no planejamento do uso e ocupaccedilatildeo do solo com o objetivo de reduzir os impactos

causados pela urbanizaccedilatildeo

Os conceitos inovadores promovem o retardamento dos escoamentos de forma a

aumentar os tempos de concentraccedilatildeo por meio da retenccedilatildeo em reservatoacuterios

melhorias das condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo ou ainda em tranques de contenccedilatildeo Eacute uma

mudanccedila substancial na filosofia das soluccedilotildees de enchentes pois anteriormente

implantavam-se obras que acelerassem o escoamento e o afastamento raacutepido de

picos e cheias (CANHOLI 2005)

Este trabalho levantou como problemaacutetica a seguinte questatildeo de que forma o sistema

de captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais contribuem na gestatildeo

de drenagem urbana Pretende-se enfatizar a importacircncia do equacionamento

abrangente dos problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns

conceitos deste sistema Tais assuntos propostos foram embasados por pesquisas

bibliograacuteficas e visita teacutecnica no Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto com o objetivo

de conhecer as teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de aacuteguas

pluviais como forma de minimizar a vazatildeo decorrente das precipitaccedilotildees no sistema

de drenagem urbana

11 Objetivo

111 Objetivo geral

Analisar o funcionamento do sistema de drenagem urbana no controle de problemas

de enchentes com foco na contribuiccedilatildeo de meacutetodos natildeo convencionais no sistema de

drenagem jaacute implantado

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 15: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

15

112 Objetivo especiacutefico

Descrever impactos e aspectos ambientais oriundos das urbanizaccedilotildees

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

Demonstrar a gestatildeo de aacuteguas pluviais conceitos e modelos de

drenagem

Analisar conceitos de obras de detenccedilatildeo captaccedilatildeo e armazenamento

de aacuteguas pluviais

Apresentar a aplicaccedilatildeo de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso

de aacutegua pluvial

Analisar viabilidade de implantaccedilatildeo de teacutecnicas do conceito natildeo

convencional

Verificar o cumprimento dos aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais

12 Justificativa

A urbanizaccedilatildeo gera conforto e comodidade para a populaccedilatildeo mas devido ao crescimento desordenado das cidades a minimizaccedilatildeo de aacutereas permeaacuteveis impacta de forma substancial nos processos de drenagem () por exemplo enchentes desastres e deslizamentos provocados pelo desequiliacutebrio no escoamento das aacuteguas (TUNDISI 2011 p 68)

O acesso ao desenvolvimento e aperfeiccediloamento de teacutecnicas de drenagem urbana

de conceitos natildeo convencionais no Brasil eacute nascente se compararmos a outros

paiacuteses Os problemas de drenagem urbana nas grandes e meacutedias cidades brasileiras

satildeo catastroacuteficos em virtude da frequecircncia e gravidade das inundaccedilotildees e demostram

a necessidade de soluccedilotildees alternativas e com conhecimento refinado dos aspectos

teacutecnicos e financeiros que envolvem para uma boa gestatildeo da drenagem urbana

Os sistemas de drenagem natildeo convencionais embrionaacuterio do conceito tradicional de

drenagem ou agregados a elas para sua adaptaccedilatildeo Segundo Silva (2004) estes

sistemas tendem recurso ldquopara problemas existentes e a possiblidade de um melhor

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Gerais Belo Horizonte1998

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 16: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

16

planejamento em aacutereas futuramente urbanizadas atraveacutes de teacutecnicas na melhoria das

condiccedilotildees de infiltraccedilatildeo de aacutegua dentre outras1rdquo

Eacute uma aacuterea que possui pouco investimento em comparaccedilatildeo aos paiacuteses desenvolvidos

e se mostra promissora para negoacutecios jaacute que eacute um assunto que vem agregando valor

agrave sociedade despertando iniciativas isoladas de moderadores e empresaacuterios tanto

do poder puacuteblico como por exemplo no manejo de aacuteguas pluviais na cidade do

Samba2 (VIOLA 2015)

Cidades brasileiras tem adotado o uso de legislaccedilotildees especiacuteficas sobre retenccedilatildeo da

aacutegua de chuva em reservatoacuterios no controle de enchentes Garantindo oferecer aos

municiacutepios condiccedilotildees favoraacuteveis de conforto e de seguranccedila quando da ocorrecircncia de

eventos chuvosos

Conforme Viola (2015) em outras partes do mundo a captaccedilatildeo de aacutegua pluvial se

torna cada vez mais parte importante do manejo integrado de gestatildeo de recursos

hiacutedricos Paiacuteses como a Alemanha mesmo com opccedilotildees convencionais de

abastecimento optam por usar aacutegua de chuva

Tendo em vista as relevacircncias descritas acima o grupo visualizou tamanha

importacircncia do tema abordado Este trabalho tem o intuito de demonstrar aos leitores

o conceito da implantaccedilatildeo de teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de drenagem

as ferramentas administrativas para o cumprimento das mesmas e a viabilidade de

sua implantaccedilatildeo nos processos de gestatildeo de drenagem urbana no controle de

enchentes

1 httpengenhariaanhembibrtcc-04civil-20pdf 2 httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 17: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

17

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 Impactos ambientais da urbanizaccedilatildeo em aacutereas urbanas

A concentraccedilatildeo demograacutefica desordenada aliada a necessidade de ocupaccedilatildeo urbana

acarreta no descumprimento da legislaccedilatildeo dos municiacutepios fazendo com que as regras

impostas pelo plano diretor para ocupaccedilatildeo do solo sejam ineficazes gerando vaacuterios

problemas de infraestrutura

Segundo Braga (citado por Canholi 2005 p23)

A maioria dos paiacuteses em desenvolvimento incluindo o Brasil experimentou nas uacuteltimas deacutecadas uma expansatildeo urbana com precaacuteria infraestrutura de drenagem advindo os problemas de inundaccedilotildees principalmente da raacutepida expansatildeo da populaccedilatildeo urbana do baixo niacutevel de conscientizaccedilatildeo do problema da inexistecircncia de planos de longo prazo da utilizaccedilatildeo precaacuteria de medidas natildeo estruturais e da manutenccedilatildeo inadequada dos sistemas de controle de cheias

De acordo com Christofoletti (2008 p 421) ldquoa topografia surge como um dos principais

elementos a orientar o processo de ocupaccedilatildeordquo Entretanto com o aumento

populacional e consequentemente a intensificaccedilatildeo da urbanizaccedilatildeo muitas cidades

surgiram sem um preacutevio planejamento urbano-ambiental a se evitar impactos no meio

ambiente local

A impermeabilizaccedilatildeo do solo aparece como um dos impactos ambientais pela

ocupaccedilatildeo humana se daacute atraveacutes da construccedilatildeo de edificaccedilotildees telhados

pavimentaccedilatildeo de ruas e calccediladas Aacutereas natildeo habitadas de regiotildees nativas possuem

um escoamento mais lento com maior parcela de infiltraccedilatildeo de aacutegua e consequente

diminuiccedilatildeo da vazatildeo Para regiotildees urbanizadas ocorre reduccedilatildeo da parcela de

infiltraccedilatildeo forccedilando a aacutegua a se percolar por canais aumentando a vazatildeo e sua

velocidade de escoamento cujo na Figura 1 eacute possiacutevel visualizar este processo

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 18: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

18

Figura 1 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso Fonte httpaengenharianosensinablogspotcombr (ALVES 2013)

Eacute possiacutevel visualizar as alteraccedilotildees no ciclo hidroloacutegico principalmente em dias de forte

chuva onde a aacutegua escoa pelas calhas dos telhados e pista de rolagem de ruas e

avenidas direcionadas por canaletas gerando inundaccedilotildees de regiotildees mais baixas pelo

grande volume de aacutegua em curto espaccedilo de tempo

Segundo Arlindo Fhilippi Jr (2008 pg229)

Um dos problemas urbanos diretamente ligados agrave questatildeo das inundaccedilotildees urbanas envolve a falta de habitaccedilatildeo para parcela significativa da populaccedilatildeo a qual vive num estado de extrema pobreza O problema habitacional tem levado agrave criaccedilatildeo de um nuacutemero muito grande de favelas nas cidades principalmente nas zonas de periferia das cidades As favelas em geral se estabelecem em aacutereas puacuteblicas sujeitas a risco principalmente aacutereas marginais de coacuterregos e rios que natildeo deveriam ser ocupadas uma vez que elas devem ser protegidas para dar vazatildeo agraves cheias

Conforme Figura 2 eacute possiacutevel visualizar o impacto gerado nas grandes cidades pela

ocupaccedilatildeo desordenada de aacutereas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos

o leito menor onde a aacutegua escoa na maioria do tempo e o leito maior que eacute inundado

em meacutedia a cada dois anos Devido agrave violaccedilatildeo do leito maior dos rios surgem as

chamadas inundaccedilotildees ribeirinhas

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 19: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

19

Figura 2- Cenaacuterio de risco associado a enchentes e inundaccedilotildees com alta energia de escoamento envolvendo assentamentos ribeirinhos de padratildeo construtivo precaacuterio Fonte IPT 2010

Com a ocupaccedilatildeo humana de forma desordenada surgem tambeacutem as inundaccedilotildees

localizadas que segundo Philippi (2008) satildeo provocadas por diversos fatores dentre

eles

a) os processos de urbanizaccedilatildeo realizados sem cumprir os preacute-requisitos

estabelecidos pela lei de Uso e Ocupaccedilatildeo do solo acabam acarretando os

sistemas de drenagem pois ao inveacutes da aacutegua da chuva infiltrar no solo ela

escoa em grande volume para os canais de drenagem que natildeo foram

construindo para receber todo esse volume de uma vez soacute

b) o aumento de sedimentos nos canais drenadores devido agrave ocupaccedilatildeo

irregular do solo eacute feito sem controle da erosatildeo causando o assoreamento dos

canais e diminui a capacidade de transporte da aacutegua pelo sistema de

drenagem

c) conforme as leis municipais e o plano diretor existem planejamentos

investimentos e execuccedilotildees das obras para controle das enchentes nas aacutereas

urbanas soacute que apoacutes as execuccedilotildees das obras civis natildeo eacute realizada sua

manutenccedilatildeo

d) a falta de informaccedilatildeo e conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para o problema da

drenagem contribui para o aumento de resiacuteduos soacutelidos lanccedilados em diversas

regiotildees da cidade

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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65

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

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Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 20: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

20

22 Aspectos e elementos baacutesicos do sistema de drenagem

Segundo Porto (et al 2007)

A drenagem urbana durante anos tinha como principal objetivo retirar as aacuteguas pluviais das aacutereas urbanizadas de maneira mais raacutepida possiacutevel com o intuito de evitar transtornos prejuiacutezos e riscos de inundaccedilotildees para isso eram utilizadas 21 medidas estruturais sendo essas medidas onerosas e natildeo representam por si soacute soluccedilatildeo eficaz e sustentaacutevel dos problemas mais complexos da drenagem urbana

Atraveacutes do estudo do ambiente urbano eacute possiacutevel encontrar melhores soluccedilotildees para

o sistema de drenagem no entanto natildeo se descarta o valor de um conhecimento

diligente de um responsaacutevel pela esfera na tomada de decisotildees mas basicamente

envolver aspectos institucionais socioloacutegicos tecnoloacutegicos e legais

A drenagem urbana alcanccedilou novas esferas aleacutem do setor da engenharia tornando se

um problema de cunho gerencial com elementos sociais e poliacuteticos

No plano de canalizaccedilatildeo de um curso daacutegua eacute importante que se decida as espeacutecies

de contornos a ser analisada nos projetos isso atraveacutes da consolidaccedilatildeo de todos os

requisitos baacutesicos e principais restriccedilotildees existentes

Os principais aspectos baacutesicos a serem considerados satildeo

Confluecircncias e Desemboque no Curso Principal Uma vez que para as condiccedilotildees de vazotildees excepcionais podem representar importantes sobrelevaccedilotildees localizadas do niacutevel d aacutegua Por outro lado sua concepccedilatildeo eacute sempre muito condicionada ao espaccedilo disponiacutevel muitas vezes restrito

Pontos Baixos Eacute sempre conveniente efetuar uma identificaccedilatildeo inicial de todos os pontos baixos ao longo das duas margens do curso daacutegua de modo a ser possiacutevel estabelecer os correspondentes perfis longitudinais que deveratildeo orientar o arranjo baacutesico a ser adotado para o projeto do canal ou galeria Nos casos em que seja impraticaacutevel manter a linha daacutegua de projeto do canal abaixo de um ou mais pontos baixos marginais eacute necessaacuterio conceber soluccedilotildees particulares de drenagem dos mesmos que deveratildeo ser tratadas separadamente seja mediante condutos paralelos ao canal principal ateacute um ponto mais baixo a jusante seja mediante conduto descarregando diretamente no canal poreacutem dotado de flap gate na saiacuteda ou em uacuteltimo caso um sistema localizado de drenagem por bombeamento

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 21: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

21

Pontes Nos casos em que as pontes constituem restriccedilotildees ao escoamento eacute conveniente verificar a possibilidade de melhorias tais como adequaccedilatildeo hidrodinacircmica de pilares alteamento de tabuleiro e se possiacutevel revestimento do fundo em concreto e a inclusatildeo de vatildeos adicionais

Travessias

ldquoAs intervenccedilotildees possiacuteveis de serem efetuadas para melhoria das condiccedilotildees de

escoamento satildeo semelhantes ao caso das pontesrdquo

Estrangulamentos Ocorrem num curso daacutegua causados por construccedilotildees muito proacuteximas ao leito do mesmo que implicam em limitaccedilotildees bastante seacuterias para a veiculaccedilatildeo das vazotildees maacuteximas desejaacuteveis Nesses casos mesmo concebendo soluccedilotildees de canal ou galeria com maior eficiecircncia hidraacuteulica as capacidades maacuteximas possiacuteveis podem estar aqueacutem das necessidades reais Em situaccedilotildees com restriccedilotildees dessa natureza a busca de soluccedilotildees pode envolver a possibilidade de um conduto paralelo de reforccedilo Drenagem Lateral Num trecho de curso daacutegua a canalizar eacute tambeacutem de grande importacircncia efetuar uma anaacutelise preacutevia de todo o sistema de drenagem lateral tanto no que se refere agrave microdrenagem como nos pontos de desemboque de condutos de meacutedio e grande porte como por exemplo o caso de galerias Neste sentido eacute necessaacuterio compatibilizar altimetricamente as caracteriacutesticas do canal a projetar com os diferentes condutos afluentes de modo a garantir as condiccedilotildees de escoamento desses condutos

Benfeitorias e Edificaccedilotildees Importantes

ldquoOcorre muitas vezes situadas nas margens de um dado curso daacutegua que embora

natildeo constituam propriamente restriccedilotildees agrave obra de canalizaccedilatildeo podem ter certo peso

no arranjo geral das obras de canalizaccedilatildeordquo

Restriccedilotildees a Jusante Eacute tambeacutem importante ter presente nos projetos de canalizaccedilatildeo eventuais restriccedilotildees agrave jusante do trecho a canalizar que podem limitar as vazotildees que venham a ser veiculadas pelo trecho objeto de estudo Em tais casos a necessidade de criar reservatoacuterios de detenccedilatildeo a montante pode ser uma imposiccedilatildeo a ser considerada no projeto

Os elementos baacutesicos do sistema pluvial segundo Botelho (2008 citado por Farias

2008 p17) satildeo

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 22: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

22

a) sarjetotildees ldquosatildeo ligaccedilotildees entre as vias atraveacutes de soluccedilotildees superficiais (sem

Bocas de Lobo e sem galerias enterradas)rdquo

b) sarjetas ldquosatildeo feitas de concreto simples satildeo utilizadas para fixar as guias e

para formar a base de escoamento da aacuteguardquo

c) guias ldquosatildeo construiacutedas de granito ou concreto simples tambeacutem chamadas

de meio fiordquo

d) bocas de lobo ldquoconsiste no rebaixamento da sarjeta guia de chapeacuteu caixa

de captaccedilatildeo tampa de cobertura e conexatildeo da caixa agrave galeria pluvial pode ser

utilizado em sequecircncia o que consiste em bocas de lobo muacuteltiplasrdquo

e) caixas com grelhas ou ralos ldquosatildeo captaccedilotildees verticais usadas em locais

planos em frente agraves edificaccedilotildees onde haacute acesso aos automoacuteveisrdquo

f) bocas contiacutenuas de captaccedilatildeo ldquosatildeo semelhantes agraves bocas de lobo com custo

de construccedilatildeo maior no entanto possibilitam ligaccedilatildeo direta com o curso

receptor proacuteximordquo

g) canaletas de topo e de peacute de talude ldquoSatildeo construiacutedas para oferecer proteccedilatildeo

de topo e peacute de taludesrdquo

h) galerias de conduccedilatildeo de aacuteguas pluviais ldquoformada pelo conjunto de

tubulaccedilotildees de diacircmetros de 300 mm a 1500 mmrdquo

i) poccedilos de visita ldquopermitem a inspeccedilatildeo e desobstruccedilatildeo das galerias

enterradas satildeo instalados no cruzamento de ruas na mudanccedila de diacircmetro

das tubulaccedilotildees da galeria no iniacutecio das 23 redes e em trechos muito longos

onde natildeo existe forma de inspeccedilatildeordquo

j) rampas e escadarias hidraacuteulicas ldquocanais utilizados para conduccedilatildeo das aacuteguas

de aacutereas mais elevadas para pontos mais baixos com pequena extensatildeordquo

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 23: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

23

k) dispositivos de chegada de aacuteguas pluviais nos coacuterregos ou rios ldquominimizam

a ocorrecircncia de perturbaccedilotildees ou erosotildees no corpo receptorrdquo

l) revestimentos de taludes ldquosatildeo utilizados artifiacutecios para impedir que ocorra

erosatildeo em taludes para tanto satildeo construiacutedas canaletas de topo e de peacute e o

talude eacute revestido com asfalto concreto paver grama ou outro materialrdquo

221 Modelos de drenagem urbana

O sistema de drenagem eacute um ldquoconjunto de medidas tenham por objetivo minimizar os

riscos a que as populaccedilotildees estatildeo sujeitas diminuir os prejuiacutezos causados por

inundaccedilotildees e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmocircnica articulada e

sustentaacutevelrdquo (TUCCI 2014 p 803)

Esses conjuntos satildeo compostos por ldquogaleria poccedilo de visita bocas-de-lobo tubos de

ligaccedilotildees sarjetas sarjetotildees condutos forccedilados estaccedilotildees de bombeamento entre

outrosrdquo (SILVEIRA 2002 p 25)

Procurando apresentar-se o sistema de drenagem urbana o presente artigo destina-

se a discorrer sobre a viabilidade e os benefiacutecios da implantaccedilatildeo dos modelos de

drenagem do municiacutepio de Belo Horizonte

A macrodrenagem do municiacutepio eacute composta pelos ribeirotildees da Onccedila e Arrudas

sendo o sistema de drenagem natural e as nascentes de ambos se situam no

municiacutepio de Contagem Predomina a drenagem por canalizaccedilotildees e retificaccedilotildees dos

cursos drsquoaacuteguas naturais constituiacutedo por ldquouma rede de macrodrenagem de

aproximadamente 113 km de canais natildeo canalizado canalizado (aberto + fechado)

207 km e hidrografia natildeo cadastrada 350 kmrdquo (Plano de Saneamento de Belo

Horizonte 2012 2015 p 61)

A bacia do Ribeiro da Onccedila com aacuterea total de 21163 kmsup2 pode ser dividida em aacutereas

iguais por causa da Lagoa da Pampulha que amortece as enchentes urbanas e reteacutem

os sedimentos A bacia eacute composta por 28 afluentes direitos estando destacado entre

eles o Ribeiratildeo Isidoro

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 24: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

24

O Ribeiratildeo Arrudas possui uma bacia com aacuterea de 20776 kmsup2 sendo formado pelos

riachos Jatobaacute e Barreiro

O Rio das Velhas eacute o responsaacutevel pela drenagem dos afluentes diretos localizado em

Belo Horizonte com extensatildeo 1050 kmsup2 Conforme informaccedilotildees obtidas no Plano de

Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015)

Os cursos drsquoaacutegua de Belo Horizonte desenvolvem no sentido oeste ndash leste em direccedilatildeo ao Rio das Velhas Suas nascentes se encontram nos municiacutepios de Contagem e Belo Horizonte sendo que o Ribeiratildeo Arrudas ainda cruza o municiacutepio de Sabaraacute A proporccedilatildeo de aacutereas ocupadas pelas bacias dos coacuterregos por municiacutepio perfaz uma aacuterea total de 42989 kmsup2

A concepccedilatildeo higienista predominante no final do seacuteculo XIX nos paiacuteses europeus

trouxe motivaccedilatildeo para os governantes quando Belo Horizonte foi construiacuteda pois os

mesmos se preocupavam com os sistemas sanitaacuterios e de abastecimento

Em 1985 foi elaborada pela Comissatildeo Construtora conforme Figura 3 a planta geral

coordenada pelo Engenheiro chefe Aaratildeo Reis foi aprovada analisando a concepccedilatildeo

geomeacutetrica do espaccedilo urbano com ruas cortadas por avenidas na diagonal

quarteirotildees quadrados dimensotildees regulares cortados por largas avenidas arborizadas

e uma avenida em seu periacutemetro

Figura 3 - Comissatildeo Construtora da Nova Capital (1895) Fonte httpwwwduniversocombrfotos-da-antiga-belo-horizonte-de-volta-ao-passado

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 25: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

25

O engenheiro sanitaacuterio Saturnino de Brito encarregado pela implantaccedilatildeo dos serviccedilos

de saneamento indagou-se com falta de um traccedilado sanitaacuterio para ligar o sistema

natural de escoamento das bacias urbana e elaborou um projeto alternativo conforme

mostrado nas Figura 4 (a) e (b) (DRUMMOND 2012)

Figura 4 - Projeto da cidade de Belo Horizonte a) Projeto original b) Projeto criado pelo Eng Saturnino

Fonte Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte

MG Avaliaccedilatildeo Hidraacuteulica E Hidroloacutegica (2012 p17)

Para a construccedilatildeo de Belo Horizonte foi adquirido as mais recentes tecnologias

inglesas e francesas da eacutepoca como as tubulaccedilotildees em ferro fundido e accedilo

ldquomodernosrdquo sistemas de bombeamento de aacutegua movidos a vapor e o sistema tout agrave

lrsquoegout ou unitaacuterio que coletava as aacuteguas pluviais e residuais simultaneamente

seguindo os modelos das cidades britacircnicas e francesas

Devido ao alto iacutendice pluviomeacutetrico registrado no territoacuterio brasileiro a implantaccedilatildeo do

sistema unitaacuterio seria totalmente inviaacutevel segundo Saturnino Brito o ideal seria a

instalaccedilatildeo do sistema separador defendido pelo mesmo Mesmo mediante a estes

argumentos a execuccedilatildeo do sistema unitaacuterio foi instalado em parte da cidade sendo

logo substituiacutedo pelo sistema separador absoluto devido ao mau funcionamento

(DRUMMOND 2012)

Os problemas no sistema de drenagem soacute surgiram na inauguraccedilatildeo da capital mineira

pois os trabalhadores empregados na construccedilatildeo da cidade sem lugar para ficar

formaram ocupaccedilotildees desordenadas aleacutem dos limites da Avenida do Contorno

conforme projeto original sendo agravado conforme relatos obtidos atraveacutes do Plano

de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 58)

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 26: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

26

A concepccedilatildeo urbaniacutestica inicial de Belo Horizonte seguiu a orientaccedilatildeo racionalista do domiacutenio da natureza pelo homem e a planta urbana foi desenhada sem que a hidrografia da regiatildeo fosse considerada como mostra o projeto original Os coacuterregos e ribeirotildees comeccedilaram a ser canalizados segundo o traccedilado das vias de traacutefego relegando-os a um papel secundaacuterio na paisagem urbana como meros receptores de despejos sanitaacuterios

Conforme relatado por Drummond (2012) Belo Horizonte abrange um vasto histoacuterico

de enchentes que se iniciou nos anos de 1908 e 1916 sendo tomadas como iniciativa

a canalizaccedilatildeo do ribeiratildeo Arrudas e a construccedilatildeo de barragens para amortizaccedilatildeo das

cheias

A Figura 6 ilustra obras de cobertura para ampliaccedilotildees das vias e com o intuito de

acabar com o mau odor o risco de doenccedilas e as inundaccedilotildees a Prefeitura de Belo

Horizonte tomou a decisatildeo de implantar a canalizaccedilatildeo fechada nos cursos drsquoaacutegua

conforme na Figura 5

Figura 5 - Obras do Boulevard Arrudas e o fechamento do Ribeiratildeo Arrudas na altura da Rua Paracatu

Figura 6- Obras de cobertura do canal do Acaba Mundo no Cruzamento das Ruas Professor Morais e Tomeacute de Souza em 1963

Fontehttpwwwcurraldelreiblogspotcombr201011qualquer-semelhanca-nao-e-merahtml

A Tabela 1 retrata os quantitativos das extensotildees dos coacuterregos da Macrodrenagem

de Belo Horizonte

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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64

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 27: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

27

Tabela 1 - Quantitativos da Macrodrenagem de Belo Horizonte

Bacia Caracteriacutesticas L (km)

Arrudas Natildeo Canalizado 421

1195 Canalizado( Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada 16300

666

874

15300

49

10

3400

67150

Onccedila e Isidoro Natildeo Canalizado

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Natildeo Canalizado

Velhas

Total

Canalizado (Aberto + Fechado)

Hidrografia Natildeo Cadastrada

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 61)

O sistema de microdrenagem do municiacutepio eacute composto por sarjetas bocas de lobo

caixas de passagens e rede de aacuteguas pluviais sistema separador Em algumas aacutereas

do municiacutepio o sistema natildeo foi implantado sendo o escoamento das aacuteguas pluviais

realizado diretamente pelas ruas ateacute o sistema de macrodrenagem

Em 1996 foram criados o Plano Diretor Urbaniacutestico do municiacutepio e a Lei de

Parcelamento ndeg7165 Ocupaccedilatildeo e Uso do Solo ndeg 7166 Esses instrumentos

indicaram diretrizes para a drenagem urbana e restringiram a impermeabilizaccedilatildeo do

solo normas e condiccedilotildees para parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no

municiacutepio e determinaram em alguns casos a implantaccedilatildeo de caixas de retenccedilatildeo

soluccedilotildees de controle de aacuteguas pluviais na fonte

O inciso XV art 18 da Lei nordm 7165 de 1996 salienta que a pavimentaccedilatildeo das vias

locais mistas e de pedestres estabelecidas na classificaccedilatildeo viaacuteria deve conter

revestimento com a maior capacidade possiacutevel de permeabilizaccedilatildeo devidamente

compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto devendo ser

emitido atestado por profissional habilitado

Segundo a Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 que Institui o Plano Diretor do

Municiacutepio de Belo Horizonte ldquoArt 27 Paraacutegrafo uacutenico ndash O Executivo deveraacute elaborar e

implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) abrangendo

as bacias dos ribeirotildees Arrudas e Onccedila que deveraacute ter uma abordagem integradardquo

Com a criaccedilatildeo do Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte (PDDBH) conforme

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

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2010 Satildeo Paulo

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 28: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

28

exigida pela Lei Nordm 7165 De 27 De Agosto De 1996 Art 27 foram exigidas algumas

diretrizes relativas agrave drenagem urbana

I ndash promover a adoccedilatildeo de alternativas de tratamento de fundos de vale com a miacutenima intervenccedilatildeo no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade esgotamento sanitaacuterio limpeza urbana e resoluccedilatildeo das questotildees de risco geoloacutegico e de inundaccedilotildees II ndash elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem que deveraacute contar com mecanismos de atualizaccedilatildeo contiacutenua e permanente VI ndash inibir accedilotildees que impliquem na expansatildeo de aacutereas impermeaacuteveis VII - implantar tratamento urbaniacutestico e paisagiacutestico nas aacutereas remanescentes de tratamentos de fundos de vale privilegiando as soluccedilotildees de parques VIII - elaborar diagnoacutestico da drenagem urbana no Municiacutepio enfocando os aspectos relacionados agrave prevenccedilatildeo e controle de inundaccedilotildees agraves condiccedilotildees de risco agrave sauacutede ao risco geoloacutegico e agrave expansatildeo do sistema viaacuterio X - implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condiccedilotildees reais de funcionamento do sistema de macrodrenagem XI - buscar alternativa de gestatildeo que viabilize a auto sustentaccedilatildeo econocircmica e financeira do sistema de drenagem urbana

Em 2000 foi viabilizada atraveacutes do Plano Diretor de Drenagem a realizaccedilatildeo do

cadastro das redes e canais de drenagem no Municiacutepio Como as obras de drenagem

foram executadas por diferentes oacutergatildeos e sem projetos e natildeo realizam do as built

dificultaram a atualizaccedilatildeo do cadastro

Tal situaccedilatildeo soacute foi solucionada ldquoatraveacutes da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG (Soluccedilotildees

Integrada de Gestatildeo) - Drenagem criando uma plataforma web e recursos para a

atualizaccedilatildeordquo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 62)

A partir da expansatildeo e atualizaccedilatildeo do SIG-Drenagem foi elaborada

O plano de inspeccedilatildeo de canais revestidos tendo como principal objetivo identificar no municiacutepio de Belo Horizonte os pontostrechos da macrodrenagem cujos canais de concreto apresentam uma aceleraccedilatildeo significativa do processo de desgaste estrutural O reconhecimento destes pontos tornaraacute possiacutevel o estudo da relaccedilatildeo entre as inundaccedilotildees porventura ocorridas em determinado trecho com a situaccedilatildeo da estrutura existente afim de que possam ser propostas intervenccedilotildees de manutenccedilatildeo preventiva e corretiva de curto meacutedio e longo prazo Plano de Saneamento de Belo Horizonte (20122015 p 64)

A partir do Plano Diretor de Drenagem (PDD) foi possiacutevel estabelecer princiacutepios de

planejamento integrado de infraestrutura urbana em aacutereas suscetiacuteveis a enchentes e

o cadastramento de abastecimento de aacutegua Como exemplo o levantamento dos

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

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2010 Satildeo Paulo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 29: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

29

canais revestidos e fechados da Regional Pampulha (anexo E) contendo sua

localizaccedilatildeo extensatildeo levantada em campo mancha de inundaccedilatildeo limite das bacias

limite divisa regional curso drsquoaacutegua em leito natural curso drsquoaacutegua canalizado aberto

curso drsquoaacutegua canalizado fechado curso drsquoaacutegua em seccedilatildeo tubular e curso drsquoaacutegua natildeo

cadastrado

No periacuteodo de 390 dias foram executadas obras de revestimentos dos canais das

regionais do municiacutepio de Belo Horizonte foram investido R$ 90000000 (Anexo D)

matildeo de obra veiacuteculos e equipamentos entre outros serviccedilos

A gravidade dos efeitos das inundaccedilotildees pode ser exemplificada atraveacutes dos dados

relativos agraves ocorrecircncias devido agrave inundaccedilatildeo e alagamento fornecidos pela

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) desde 1995

conforme a Tabela 2

Tabela 2 - Ocorrecircncias de Inundaccedilatildeo e Alagamento no Municiacutepio de Belo Horizonte3

REGIONAL

NUacuteMERO DE OCORREcircNCIAS

1995a

1988

1999a

2000 2009 2010 2011 2012 2013

2014 (ateacute

250314)

BARREIRO 177 22 171 16 19 62 10 12

CENTRO SUL 88 22 19 8 16 16 23 2

LESTE 167 45 19 7 13 72 40 4

NORDESTE 465 180 70 48 37 69 154 22

NOROESTE 158 31 10 14 24 46 14 0

NORTE 248 201 15 21 26 10 59 1

OESTE 292 91 21 44 51 312 43 0

PAMPULHA 252 114 16 29 55 334 149 6

VENDA NOVA 307 390 15 33 35 41 20 36

TOTAL 2154 1096 356 220 276 158 512 83

Fonte Plano Municipal de Saneamento de Belo Horizonte 20122015

23 Aspectos legais de gestatildeo de aacuteguas pluviais nas cidades

Com a expansatildeo das aacutereas urbanas tornou-se inviaacutevel refazer os sistemas de

drenagens devido ao alto investimento a ser realizado

3httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp (PMS 2014)

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 30: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

30

Conforme informaccedilotildees obtidas pela Assembleia Legislativa de Satildeo Paulo em 02 de

Janeiro de 2007 foi aprovada a LEI Nordm 125264 que estabelece normas para a

contenccedilatildeo de enchentes e destinaccedilatildeo de aacuteguas pluviais Essa lei obrigada que todo

lote edificado ou natildeo com superior a 500msup2 execute o sistema de captaccedilatildeo e retenccedilatildeo

das aacuteguas pluviais coletadas por telhados coberturas ou aacutereas descobertas O intuito

eacute diminuir a velocidade do escoamento agraves bacias hidrograacuteficas em aacutereas urbanas com

alto iacutendice de impermeabilizaccedilatildeo do solo e fazer o reuso dessa aacutegua captada para

serviccedilos que natildeo eacute necessaacuterio o uso de aacutegua tratada

No dia 26 de Novembro de 2007 foi publicada nos sistemas de Leis municipais de

Curitiba Paranaacute a lei nordm 10785035 que dispotildee sobre os criteacuterios do uso e conservaccedilatildeo

racional da aacutegua nas edificaccedilotildees e daacute outras providecircncias A lei ndeg 1078503

determina ldquopara o licenciamento de construccedilotildees no Municiacutepio fica obrigatoacuteria que no

projeto de instalaccedilotildees hidraacuteulicas seja prevista a implantaccedilatildeo de mecanismo de

captaccedilatildeo das aacuteguas pluviaisrdquo determina que todo projeto seja ele multifamiliar ou

unifamiliar sendo de responsabilidade do proprietaacuterio para construccedilatildeo do mesmo

Na Cacircmara Municipal de Belo Horizonte por sua vez existe o projeto de Lei ndeg 138114

6que estabelece a poliacutetica municipal de captaccedilatildeo armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo O projeto de Lei ndeg

138114 estabelece

Art 49 A liberaccedilatildeo do alvaraacute para construccedilatildeo e habite-se estatildeo sujeitos a implantaccedilatildeo da captaccedilatildeo o armazenamento e o aproveitamento de aacuteguas pluviais dos novos projetos de construccedilatildeo puacuteblicos e privados destinados aos usos habitacionais industriais comerciais e de serviccedilos inclusive quando se tratar de edificaccedilotildees de interesse social com aacuterea construiacuteda superior a 300msup2

A aprovaccedilatildeo desta Lei exigiraacute que os responsaacuteveis pelas novas edificaccedilotildees sejam

obrigados a fazerem captaccedilatildeo e armazenamento das aacuteguas pluviais aliviando o

acarretamento do sistema de drenagem no pico chuvoso

4 httpwwwalspgovbrrepositoriolegislacaolei2007lei-12526-02012007html 5 httpsleismunicipaiscombraprccuritibadecreto200629293decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22html 6 httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14_-_inicialpdf

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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64

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 31: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

31

Conforme publicado no dia 03 de Fevereiro de 2015 na paacutegina do Diaacuterio Oficial

(Ano XXI - Ediccedilatildeo N 4737) 7os parlamentares se mobilizam pelo uso racional da

aacutegua No dia 09 de Junho de 2015 na paacutegina oficial da Cacircmara Municipal de Belo

Horizonte ldquoa proposta jaacute recebeu pareceres favoraacuteveis nas comissotildees de Legislaccedilatildeo

e Justiccedila e de Meio Ambiente e Poliacutetica Urbana 8e segue para a votaccedilatildeo do Plenaacuterio

em 1ordm turnordquo

Localizada na Regiatildeo Sudeste da Repuacuteblica Federativa do Brasil Belo Horizonte

capital do estado de Minas Gerais com aacuterea aproximadamente 33023 kmsup2 quase

totalmente urbanizada com uma populaccedilatildeo estimada do municiacutepio para o ano de

2015 levantada pelo IBGE equivalente a 2502557 habitantes resultando em uma

densidade demograacutefica de 716700 habkmsup29

A cidade teve uma ocupaccedilatildeo de forma acelerada e desordenada aleacutem dos limites da

regiatildeo planejada (Avenida do Contorno) conforme projeto original e em muitos casos

a malha urbana desenvolveu-se em aacutereas sujeitas a inundaccedilotildees nos vales estreitos

dos cursos de aacutegua e aacutereas instaacuteveis nas encostas Quanto aos aspectos fiacutesicos o

regime pluviomeacutetrico de Belo Horizonte eacute tiacutepico de clima subtropical com precipitaccedilotildees

intensas no veratildeo e inverno seco A precipitaccedilatildeo de Janeiro aacute Junho de 2015 foi na

ordem de 114 mm concentrada conforme informaccedilotildees (anexo C) do INMET (Instituto

Nacional de Meteorologia) sendo os meses Fevereiro e Marccedilo com as maiores

precipitaccedilotildees

O PDD-BH teve o propoacutesito de executar uma nova poliacutetica de gestatildeo voltada para

amenizar accedilotildees de impactos negativos da urbanizaccedilatildeo no escoamento das aacuteguas

pluviais O pleiteio de diretrizes para medidas estruturais mais adequadas ao

funcionamento real do sistema e menos danosas ao meio ambiente e a admissatildeo de

medidas natildeo estruturais com caracteriacutestica corretiva e preventiva a serem introduzidas

ao planejamento urbano

7 httpportal6pbhgovbrdominiciaEdicaodomethod=DetalheArtigoamppk=1136667 8 httpwwwcmbhmggovbrnoticias2015-06proposta-de-captacao-e-reuso-de-agua-pluvial-recebe-parecer-favoravel 9 httpwwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=310620ampsearch=minas-gerais|belo-horizonte

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

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SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

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Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 32: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

32

Tambeacutem buscando fortalecer novas concepccedilotildees em drenagem urbana Belo

Horizonte entre os anos de 2006 e 2010 ingressou como soacutecio do Projeto SWITCH

liderado pelo instituto IHE (UNESCO) 10 tendo como propoacutesito mais importante o

progresso aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e coordenadas voltadas

ao manejo de aacuteguas urbanas Aleacutem de ser favorecer com accedilotildees relacionadas ao

planejamento e a gestatildeo integrada informativa de aacuteguas urbanas Belo horizonte pode

justapor e avaliar os resultados de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana

de aacuteguas pluviais como ldquoas trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de

aacuteguas pluviais e wetlands11rdquo (XIX Simpoacutesio Brasileiro De Recursos Hiacutedricos p 4)

O Projeto SWITCH eacute uma associaccedilatildeo constituiacuteda por 32 instituiccedilotildees de 15 paiacuteses do

qual fazem parte a Prefeitura de Belo Horizonte e a UFMG Comandado pelo instituto

IHE (UNESCO) o projeto foi avaliado por um edital de pesquisa e desenvolvimento

na aacuterea de recursos hiacutedricos urbanos lanccedilado pela Uniatildeo Europeia em 2004 O

principal propoacutesito do SWITCH ldquocorresponde ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e

avaliaccedilatildeo de soluccedilotildees tecnoloacutegicas e gerenciais voltadas ao manejo de aacuteguas

urbanasrdquo (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

As Leis de Parcelamento Uso e Ocupaccedilatildeo do Solo (LPUOS) estabelecem as

instruccedilotildees para execuccedilatildeo do parcelamento do solo propotildee os paracircmetros para as

obras de edificaccedilotildees e localiza os usos e funcionamento de atividades buscando

ordenar a estrutura urbana O territoacuterio do Municiacutepio de Belo Horizonte eacute considerado

aacuterea urbana dividindo-se em Zonas e Zoneamento (Art 4ordm da Lei 716696)

As Zonas ou Zoneamento satildeo diferenciados segundo as possibilidades de

adensamento construtivo e populacional e as demandas de preservaccedilatildeo e proteccedilatildeo

ambiental histoacuterica cultural arqueoloacutegica ou paisagiacutestica (art 5ordm da Lei 716696)

seguem diretrizes especiacuteficas agraves quais podem orientar sobre a possibilidade de

adoccedilatildeo de teacutecnicas

10httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 11httpswwwabrhorgbrsgcv3UserFilesSumarios466b6d12c23aa383252c325bf6beae3f_2415e902d4462cb815385f915ef3ad9dpdf

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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2010 Satildeo Paulo

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 33: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

33

a) ZPAM - Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental Zona de Preservaccedilatildeo Ambiental ndash

Regiotildees destinadas agrave preservaccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo de ecossistemas visando

sendo taxa permeabilidade miacutenima (TP) 95 (Art 7ordm da Lei 716696)

b) ZPs - Zonas de Proteccedilatildeo ndash ldquoRegiotildees sujeitas a criteacuterios urbaniacutesticos de

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso especiais Taxa de Permeabilidade TP miacutenimo

70 ou 30 dependendo da sua ocupaccedilatildeordquo (Art 7ordm inciso I da Lei 716696)

c) ZARs - Zonas de Adensamento Restrito ndash regiotildees em que a ocupaccedilatildeo eacute

desestimulada em razatildeo da ausecircncia ou deficiecircncia de infraestrutura de

abastecimento de aacutegua ou de esgotamento sanitaacuterio de precariedade ou

saturaccedilatildeo da articulaccedilatildeo viaacuteria interna ou externa ou de adversidade das

condiccedilotildees topograacuteficas (Art 8ordm da Lei 716696)

d) ZA - Zona Adensada ndash Regiotildees onde o adensamento deve ser contido por

apresentarem alta densidade demograacutefica e intensa utilizaccedilatildeo da infraestrutura

urbana de que resultam sobretudo problemas de fluidez do traacutefego

principalmente nos corredores viaacuterios (Ex Bairros circundantes agrave Av do

Contorno Cidade Nova Coraccedilatildeo Eucariacutestico) (Art 9ordm da Lei 716696)

e) ZAP - Zona Adensamento Preferencial ndash ldquoRegiotildees passiacuteveis de

adensamento em decorrecircncia de condiccedilotildees favoraacuteveis de infraestrutura e de

topografiardquo (Art 10 da Lei 716696)

f) ZCs - Zonas Centrais ndash ldquoRegiotildees configuradas como centros de polarizaccedilatildeo

regional municipal ou metropolitanardquo (art 11 da Lei 716696)

g) ZEs - Zonas de Grandes Equipamentos ndash ldquoRegiotildees ocupadas ou destinadas

a usos de especial relevacircncia na estrutura urbana como aacutereas destinadas agraves

Estaccedilotildees de BHBusrdquo (Art 13 da Lei 716696 e art 46 da Lei 813700)

i) ZEISs - Zonas Especiais de Interesse Social ndash ldquoRegiotildees edificadas em que

tenham sido ocupadas de forma espontacircnea onde haacute interesse puacuteblico em

34

ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

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Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 34: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

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ordenar a ocupaccedilatildeo por meio de programas habitacionaisrdquo (Art12 da Lei

716696)

A taxa de permeabilidade miacutenima eacute 10 para os demais zoneamentos com terrenos

com aacuterea inferior a 360 msup2 e 20 para terrenos com aacuterea superior a 360 msup2 12Para

os terrenos situados na ADE Pampulha (Aacuterea de Diretrizes Especiais da Bacia

Hidrograacutefica da Pampulha que em funccedilatildeo das diretrizes para preservaccedilatildeo ambiental

da lagoa da Pampulha) a taxa de permeabilidade miacutenima eacute de 30 independente do

zoneamento

A lei permite a impermeabilizaccedilatildeo de ateacute 100 da aacuterea do terreno exceto nos

localizados em ZPAM e ZPs desde que nelas haja aacuterea descoberta equivalente agrave

aacuterea de permeabilidade miacutenima dotada de vegetaccedilatildeo que contribua para o equiliacutebrio

climaacutetico e que seja construiacuteda caixa de captaccedilatildeo e drenagem (30 Lmsup2 de terreno

impermeabilizado que exceda do limite previsto) para o retardo do lanccedilamento das

aacuteguas pluviais provenientes desta aacuterea Ainda segundo este dispositivo legal pode

ser dispensado a taxa prevista neste artigo por meio de parecer teacutecnico atestando que

seja desaconselhaacutevel a permeabilizaccedilatildeo do terreno

A Lei nordm 9959 de 20072010 que institui o Plano Diretor de Belo Horizonte determina

obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais para que as mesmas natildeo

sejam escoadas ao sistema drenagem no periacuteodo chuvoso

Apesar de a legislaccedilatildeo atual revelar uma preocupaccedilatildeo relativa aos impactos das aacutereas

impermeaacuteveis no sistema de drenagem segundo SUDECAP (2001) as exigecircncias

legais natildeo satildeo capazes de restringir a ampliaccedilatildeo da vazatildeo gerada pelas superfiacutecies

impermeaacuteveis A exigecircncia de caixas de retenccedilatildeo restringe-se aos percentuais de

aacuterea para os quais eacute exigida a permeabilidade ou seja a impermeabilizaccedilatildeo permitida

pela lei (aacuterea total do terreno menos a aacuterea permeaacutevel miacutenima) natildeo eacute mitigada

Desde 2006 Belo Horizonte eacute uma das nove aacutereas urbanas que comprova o

funcionamento do projeto atraveacutes de accedilotildees relacionadas os seguintes campos

12httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontentsdoevento=conteudoampidConteudo=79227ampchPlc=79227ampamppIdPlc=ampapp=salanoticias

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Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

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Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

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os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

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- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

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Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

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escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

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simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 35: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

35

Planejamento e gestatildeo integrada e participativa de aacuteguas urbanas gestatildeo de risco de inundaccedilotildees e desenvolvimento de planos de prevenccedilatildeo de risco (zoneamento de aacutereas inundaacuteveis planos de contingecircncia medidas locais de reduccedilatildeo do risco de inundaccedilatildeo) desenvolvimento de indicadores de qualidade e sustentabilidade da gestatildeo de aacuteguas urbanas desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo de desempenho de teacutecnicas natildeo convencionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais modelagem hidroloacutegica para fins de gestatildeo de aacuteguas urbanas constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem para difusatildeo de conhecimento formaccedilatildeo e treinamento de grupos interessados (PBH SUDECAP Projeto SWITCH)

De um lado o projeto tem dedicando-se ao desenvolvimento aplicaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo

de tecnologias pouco conhecidas pela populaccedilatildeo em geral e pouco empregadas pelos

teacutecnicos que atuam em empresas puacuteblicas e privadas Nesse sentido modelos

baseados em trincheiras de infiltraccedilatildeo valas de detenccedilatildeo coletores de aacuteguas pluviais

e wetlands tem sido desenvolvidos pela equipe local do projeto e testados em

diferentes aacutereas de Belo Horizonte Ateacute o presente momento foram instalados os

seguintes experimentos um coletor de aacuteguas pluviais na Escola Municipal Anne

Frank um coletor de aacuteguas pluviais no Jardim Produtivo do Barreiro uma vala de

detenccedilatildeo e uma trincheira de infiltraccedilatildeo no Campus Pampulha da UFMG Aleacutem disso

estatildeo previstas a criaccedilatildeo de uma wetland no Vilarinho e do Centro de Referecircncia das

Aacuteguas que deve reunir no Parque Fazenda Lagoa do Nado todas as tecnologias

desenvolvidas pelo projeto

Conjuntamente agrave instalaccedilatildeo das accedilotildees tem sido executado um intenso trabalho social

voltado agrave propagaccedilatildeo das tecnologias junto agraves comunidades que as recebem sejam

regiotildees bairros escolas ou parques Esse trabalho comunitaacuterio eacute designado dentro

do projeto como Alianccedilas de Aprendizagem tem como propoacutesito mais notaacutevel

encorajar o interesse a envoltura e o amparo da sociedade civil em relaccedilatildeo a questotildees

referentes agrave gestatildeo de aacuteguas urbanas

Destacam-se ainda os cursos voltados aos integrantes das COMFORCcedilAS

(Comissotildees Populares de Fiscalizaccedilatildeo do Orccedilamento Participativo) que tem

dispersado entre todas as regionais da cidade a visatildeo e as tecnologias protegida

pelo Projeto SWITCH Esses cursos oferece uma capacidade multiplicadora

incalculaacutevel ldquouma vez que satildeo oferecidos aos cidadatildeos responsaacuteveis pela

proposiccedilatildeo aprovaccedilatildeo e acompanhamento das obras realizadas dentro do

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 36: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

36

Orccedilamento Participativo um dos principais programas de obras da Prefeitura de Belo

Horizonterdquo (PBH)

Ao estabelecer um contato direto com um grande nuacutemero de lideranccedilas locais

(presidentes de associaccedilotildees de bairro e liacutederes comunitaacuterios por exemplo) o Projeto

SWITCH conquista novos parceiros na luta por uma gestatildeo sustentaacutevel dos recursos

hiacutedricos da cidade

Mesmo com a implantaccedilatildeo de projetos sociais limpeza das sarjetas campina

canalizaccedilatildeo entre outras benfeitorias realizadas na regiatildeo natildeo foi possiacutevel amenizar

o estrago causado no dia 27 de outubro de 2015 na regiatildeo de Venda Nova

O temporal que atingiu Belo Horizonte nesta terccedila-feira (27) causou muitos estragos

Em quase uma hora choveu o equivalente a 40 de toda a chuva esperada para o

mecircs inteiro na cidade Na Avenida Vilarinho vaacuterios carros foram levados pela

correnteza Depois que a aacutegua escoou 30 carros ficaram empilhados Em 40 minutos

choveu 57 miliacutemetros na regiatildeo o equivalente a mais de 40 do esperado para todo

o mecircs de outubro segundo a Defesa Civil (G1 Minas Gerais)

24 Obras de captaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Para o planejamento de drenagem urbana eacute necessaacuterio escolher uma poliacutetica de

atuaccedilatildeo que determine as decisotildees presentes e futuras (CANHOLI 2005)

Satildeo importantes vaacuterias informaccedilotildees para elaboraccedilatildeo de um projeto de drenagem

urbana como dados da bacia hidrograacutefica topografia do terreno dados cartograacuteficos

e criteacuterios gerais do projeto manutenccedilatildeo e operaccedilatildeo do mesmo Os criteacuterios se

modificam de regiatildeo para regiatildeo

O plano de drenagem deve delinear alguns objetivos como manter as regiotildees ribeirinhas ainda natildeo urbanizadas em condiccedilotildees que minimizem as interferecircncias com a capacidade de escoamento e armazenamento do talvegue reduzir gradativamente o risco de inundaccedilotildees a que estatildeo expostas pessoas e propriedades reduzir o niacutevel existente de danos por enchentes assegurar que os projetos de prevenccedilatildeo e correccedilatildeo sejam consistentes com

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

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Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 37: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

37

os objetivos gerais do planejamento urbano minimizar problemas de erosotildees e assoreamentos controlar a poluiccedilatildeo difusa e incentivar a utilizaccedilatildeo alternativa das aacuteguas de chuvas coletadas para uso industrial irrigaccedilatildeo e abastecimento (CANHOLI 2005 p 24)

Os projetos convencionais de drenagem urbana baseados na raacutepida retirada de aacutegua

por canalizaccedilatildeo em aacutereas com alto grau de impermeabilizaccedilatildeo foram praticados por

vaacuterias deacutecadas Em primeiro momento eram considerados tecnicamente corretos

mas perdem a eficiecircncia por natildeo atenderem o crescimento da infraestrutura

necessaacuteria na medida em que a aacuterea urbana cresce O sistema de drenagem atual

propotildee mitigar os impactos das aacuteguas pluviais natildeo infiltradas devido agrave

impermeabilizaccedilatildeo solo atraveacutes do processo de urbanizaccedilatildeo por meio de dispositivos

de aumento da infiltraccedilatildeo e retenccedilatildeo de aacuteguas buscando a regeneraccedilatildeo das

condiccedilotildees hidroloacutegicas preacute-urbanizaccedilatildeo (REZENDE 2010)

As soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana tecircm por objetivo reduzir os

escoamentos atraveacutes de estruturas de controle de aacuteguas pluviais em pequenas

unidades Desta forma o controle eacute realizado na fonte

Para adotar soluccedilotildees atuais de drenagem urbana eacute necessaacuterio o entendimento dos

conceitos de canalizaccedilatildeo e reservaccedilatildeo ilustrados pela Figura 7 Segundo REZENDE

(2010)

a) canalizaccedilatildeo eacute voltada a canalizaccedilatildeo convencional que inclui obras de

canais de concreto com aumento da declividade de fundo e afastamento

raacutepido dos escoamentos como

- projetos de grandes galerias

- cortes de meandros e retificaccedilotildees

- mudanccedila de declividade do leito do curso

- canalizaccedilatildeo

b) reservaccedilatildeo utiliza dispositivos para o aumento do tempo de concentraccedilatildeo e

reduccedilatildeo da vazatildeo de pico e amortecimento da onda cheia como

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

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httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

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CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

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lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 38: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

38

- reduccedilatildeo das vazotildees ndash reservatoacuterios

- reduccedilatildeo dos volumes - teacutecnicas de infiltraccedilatildeo

Figura 7-Ilustraccedilatildeo esquemaacutetica dos conceitos reservaccedilatildeo e canalizaccedilatildeo Fonte CANHOLI (2005 p36)

No Quadro 1 eacute possiacutevel esclarecer o conceito dessas duas teacutecnicas atraveacutes de

componentes principais da estrutura aplicabilidade impactos e

manutenccedilatildeooperaccedilatildeo de ambos

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

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Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 39: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

39

Quadro 1 - Conceito de canalizaccedilatildeo x conceito de reservaccedilatildeo

Caracteriacutestica Canalizaccedilatildeo Reservaccedilatildeo

Funccedilatildeo Remoccedilatildeo raacutepida dos

escoamentos

Contenccedilatildeo temporaacuteria para

subsequente liberaccedilatildeo

Componentes principais Canais abertosgalerias Reservatoacuterios a superfiacutecie

livre

Reservatoacuterios subterracircneos

Retenccedilatildeo superficial

Aplicabilidade Instalaccedilatildeo em aacutereas novas

Construccedilatildeo por fases

Ampliaccedilatildeo de capacidade

pode se tornar difiacutecil (centros

urbanos)

Aacutereas novas (em

implantaccedilatildeo)

Construccedilatildeo por fases

Aacutereas existentes (agrave superfiacutecie

ou subterracircneas)

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Aumenta significativamente

os picos das enchentes em

relaccedilatildeo agrave condiccedilatildeo anterior

Maiores obras nos sistemas

de jusante

Aacutereas novas podem ser

dimensionadas para impacto

zero (Legislaccedilatildeo EUA)

Reabilitaccedilatildeo de sistemas

podem tornar vazotildees a

jusante compatiacuteveis com

capacidade disponiacutevel

Impacto nos trechos de

jusante (qualidade)

Transporta para o corpo

receptor toda carga poluente

afluente

Facilita remoccedilatildeo de material

flutuante por concentraccedilatildeo em

aacutereas de recirculaccedilatildeo dos

reservatoacuterios e dos soacutelidos em

suspensatildeo pelo processo

natural de decantaccedilatildeo

Manutenccedilatildeooperaccedilatildeo Manutenccedilatildeo em geral pouco

frequente (pode ocorrer

excesso de assoreamento e

de lixo)

Manutenccedilatildeo nas galerias eacute

difiacutecil (condiccedilotildees de acesso)

Necessaacuteria limpeza perioacutedica

Necessaacuteria fiscalizaccedilatildeo

Sistemas de bombeamento

requerem

operaccedilatildeomanutenccedilatildeo

Desinfecccedilatildeo eventual de

insetos

Estudos

hidroloacutegicoshidraacuteulicos

Requer definiccedilatildeo dos picos de

enchente

Requer definiccedilatildeo dos

hidrogramas (volumes das

enchentes)

Fonte CANHOLI (2005 p 32)

241 Detenccedilatildeo dos escoamentos

Os dispositivos que favorecem a reservaccedilatildeo dos escoamentos abrangem o conceito

mais significativo de soluccedilotildees natildeo convencionais de drenagem urbana Esta soluccedilatildeo

visa reduzir o pico das enchentes por amortecimento das ondas de cheia (Figura 7)

alcanccedilada pelo armazenamento parcial do volume escoado Pode-se separar em dois

tipos de contenccedilatildeo na fonte e a jusante

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Municiacutepio Belo Horizonte 2010

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 40: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

40

Figura 8 - Princiacutepio de Armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005) Fonte REZENDE(2010 p 41)

Na fonte

Satildeo estruturas pequenas que ficam perto da fonte onde o escoamento eacute gerado Satildeo

compostos em geral por pequenas unidades de reservaccedilatildeo Facilitam a percolaccedilatildeo e

infiltraccedilatildeo restringem aacutegua na rede de drenagem como por exemplo por vaacutelvulas

nos telhados e reservatoacuterios pequenos para armazenamento temporaacuterio

A jusante

Compreendem a obras para controlar defluacutevios provenientes de partes significativas

da bacia Canholi 2005 Satildeo reservatoacuterios de maior porte possibilita a reabilitaccedilatildeo de

sistemas existentes

Os reservatoacuterios satildeo classificados de acordo com o seu posicionamento e funccedilatildeo nos sistemas de drenagem em on-line ou seja na linha principal do sistema ou a ele conectado em seacuterie e off-line quando implantados em paralelo para desvio dos escoamentos (CANHOLI 2005 p 37)

242 Disposiccedilatildeo no local

Com uso crescente nos uacuteltimos anos este tipo de reservaccedilatildeo de aacutegua pluvial tem por

objetivo reduzir os picos das vazotildees que seguem para a rede de drenagem Satildeo obras

e ferramentas que promovem ou melhoram a percolaccedilatildeo e infiltraccedilatildeo da aacutegua

coletada Seu principal objetivo eacute reduzir os picos das vazotildees direcionadas para a

rede de drenagem Eacute possiacutevel promover a recarga de aquiacuteferos e aproveitamento da

aacutegua para usos diversos

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 41: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

41

Segundo Canholi (2005) pesquisas realizadas a partir das conclusotildees do Fifth

European Junior Scientist Workshop on Stormwater Infiltration Klinthom na

Dinamarca em 1992 demonstraram a eficiecircncia na soluccedilatildeo de drenagem urbana por

meacutetodos natildeo convencionais

Foram comparadas as soluccedilotildees de incremento da infiltraccedilatildeo com outros meacutetodos Implantou-se uma aacuterea experimental com diversos dispositivos de infiltraccedilatildeo adiante descritos na bacia do rio Shirako Japatildeo As mediccedilotildees demonstraram que o sistema de infiltraccedilatildeo reduziu os picos de vazatildeo em 60 e o volume total dos defluacutevios em cerca de 50 em comparaccedilatildeo aos sistemas convencionais O custo final desse sistema correspondeu a 33 do custo da soluccedilatildeo por detenccedilatildeo em bacias abertas (CANHOLI 2005 p 39)

Dispositivos de infiltraccedilatildeo

Satildeo dispositivos que incrementam a infiltraccedilatildeo e podem ser classificados conforme

Quadro 2 em dois grupos meacutetodos dispersivos cuja aacutegua superficial infiltra-se no solo

e meacutetodos em poccedilos que haacute recarga do lenccedilol freaacutetico por aacutegua da superfiacutecie

Quadro 2 - Classificaccedilatildeo geral dos dispositivos de infiltraccedilatildeo

Meacutetodos Dispersivos Meacutetodos em poccedilos

Superfiacutecies de infiltraccedilatildeo

Valetas de infiltraccedilatildeo abertas

Lagoas de infiltraccedilatildeo

Bacias de percolaccedilatildeo

Pavimentos porosos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo secos

Poccedilos de infiltraccedilatildeo uacutemidos

Fonte CANHOLI (2005 p 40)

a) superfiacutecies de infiltraccedilatildeo - Existem vaacuterios tipos de acordo com a disposiccedilatildeo

do local Satildeo superfiacutecies cobertas por vegetaccedilatildeo que permitem a percolaccedilatildeo

das aacuteguas superficiais em sua maioria oriundas de aacutereas impermeaacuteveis como

telhados e paacutetios (Figura 9)

Figura 9 - Princiacutepio de armazenamento (adaptado de BAPTISTA et al 2005)

Fonte REZENDE (2010 p41)

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 42: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

42

b) valetas de infiltraccedilatildeo aberta - Dispositivos de drenagem laterais revestidas

com vegetaccedilatildeo que ficam adjacentes a estradas e ruas que promovem o

processo de infiltraccedilatildeo no solo A proteccedilatildeo das valetas com vegetaccedilatildeo

normalmente com grama eacute importante pois contribui para que a camada

permeaacutevel do solo permaneccedila Eventuais limpezas satildeo necessaacuterias para que

a capacidade de infiltraccedilatildeo no solo seja restabelecida devido processo de

colmataccedilatildeo que eacute a decantaccedilatildeo de partiacuteculas finas O seu volume deve ser o

suficiente para natildeo ocorrer alagamentos principalmente apoacutes precipitaccedilatildeo

consideraacutevel pois a capacidade de infiltraccedilatildeo agrave medida que a aacutegua escoa se

atenua Em alguns pontos da valeta podem ser construiacutedos dispositivos de

infiltraccedilatildeo chamados de trincheiras de percolaccedilatildeo que satildeo constituiacutedos de

camadas de areia e brita que auxiliam na infiltraccedilatildeo da aacutegua para o subsolo

Figura 10 - Valeta de infiltraccedilatildeo aberta

Fonte CANHOLI (2005 P42)

c) lagoas de infiltraccedilatildeo - Pequenas bacias de detenccedilatildeo projetadas com niacutevel

drsquoaacutegua permanente e volume de espera que facilitam a infiltraccedilatildeo pela

dilataccedilatildeo do tempo de residecircncia das aacuteguas pluviais (CANHOLI 2005)

d) bacias de percolaccedilatildeo (Figura 11) - Eacute construiacuteda por escavaccedilatildeo de uma valeta

preenchida com brita ou cascalho e a sua superfiacutecie posteriormente eacute

reaterrada A brita ou o cascalho que promovem a reservaccedilatildeo temporaacuteria do

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 43: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

43

escoamento enquanto a percolaccedilatildeo se processa lentamente para as camadas

internas do solo (CANHOLI 2005)

Figura 11 - Bacias de percolaccedilatildeo (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p43)

e) pavimentos porosos (Figuras 12 e 13) - Elemento de retenccedilatildeo na fonte que

contribui na reduccedilatildeo os picos e volume dos defluacutevios Normalmente satildeo

constituiacutedos de concreto ou asfalto convencionais sem as partiacuteculas mais finas

desses compostos Satildeo construiacutedos sobre camadas permeaacuteveis de material

granular (brita) O pavimento poroso pode ser obtido tambeacutem com moacutedulos de

blocos de concretos vazados Estudos realizados na experiecircncia de Harada e

Ichikawa na Universidade de Toacutequio (1994) mostraram que quanto maior

camada de material granular maior a ampliaccedilatildeo nos tempos de concentraccedilatildeo

ou seja maior a reservaccedilatildeo

Figura 12 - Adaptado pavimento poroso Parque Ibirapuera Satildeo Paulo 1996 Fonte CANHOLI (2005 p43)

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 44: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

44

Figura 13 - Pavimentos porosos ndash exemplos e corte tiacutepico (Portland 2002) Fonte CANHOLI (2005 p 44)

f) poccedilos de infiltraccedilatildeo - Quando natildeo haacute aacuterea suficiente ou quando a urbanizaccedilatildeo

existente jaacute estaacute instalada natildeo viabiliza a construccedilatildeo de medidas dispersivas

de aumento de infiltraccedilatildeo a soluccedilatildeo adotada eacute o poccedilo de infiltraccedilatildeo Para uma

operaccedilatildeo eficiente dos poccedilos eacute necessaacuterio que o niacutevel freaacutetico se encontre

suficientemente baixo em relaccedilatildeo agrave superfiacutecie do terreno e que o subsolo

possua camadas arenosas A qualidade da aacutegua drenada eacute outro fator que

pode restringir a implantaccedilatildeo de poccedilos

243 Controle de entrada

Os dispositivos de controle de entrada operam para restringir a entrada dos

escoamentos de aacutegua pluvial no sistema de drenagem promovendo sua reservaccedilatildeo

(CANHOLI 2005) Pode ser temporaacuteria como um retardamento do fluxo ou

permanente para que a aacutegua reservada possa ser utilizada posteriormente

a) controle dos telhados - Sistema de calhas e condutores com capacidade de

armazenamento controlado por vaacutelvulas especiais telhas e estruturas de

cobertura de concreto com capacidade de armazenar aacuteguas pluviais para

posterior reuso A aacutegua coletada pode ser utilizada para lavagem de pisos e

irrigaccedilatildeo e em sistemas de descarga de sanitaacuterios Este tipo de controle seraacute

exemplificado pela obra de modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees

Pinto (Mineiratildeo) na cidade de Belo HorizonteMG que depois de sua

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 45: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

45

modernizaccedilatildeo implantou-se um sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de

aacuteguas pluviais para reuso em suas dependecircncias

b) controle em aacutereas impermeabilizadas - locais com grandes aacutereas

impermeabilizadas geram elevados picos de defluacutevios devido reduccedilatildeo da

capacidade de infiltraccedilatildeo natural do solo Para controle desses picos eacute

recomendaacutevel ampliar aacutereas permeaacuteveis ou implantar dispositivos que

reservem a aacutegua precipitada Para o controle de entrada da vazatildeo nas

captaccedilotildees da rede de drenagem eacute interessante projetar dispositivos que

mantenham um alagamento controlado A lei Municipal de Satildeo Paulo nordm 13276

do ano de 2002 regulamentada pelo decreto nordm 41814 do ano de 2002 obriga

a construccedilatildeo de reservatoacuterios para aacuteguas pluviais de coberturas e pavimentos

de lotes superiores a 500 m2 Esta lei foi um gatilho para implantaccedilatildeo de

sistemas de armazenamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees residenciais

comerciais e industriais com volume proporcional agrave aacuterea impermeabilizada

c) detenccedilatildeo In Situ ndash medida preventiva que controla o aumento do pico de

vazatildeo natural gerado pelas chuvas em aacutereas a serem urbanizadas atraveacutes de

leis restritivas A liberaccedilatildeo de novas aacutereas a serem urbanizadas estaacute

condicionada a requisitos por forccedila de instrumentos legais (CANHOLI 2005)

244 Detenccedilatildeo a jusante

Reservatoacuterios de maior porte que permitem o armazenamento de volumes

significativos da bacia que atraveacutes da reservaccedilatildeo do volume escoado permite o

amortecimento dos picos das enchentes Segundo Rezende (2010) eacute dividido em dois

grupos reservatoacuterio online quando implantados no eixo do sistema de drenagem e

reservatoacuterios offline quando posicionados fora do eixo

De acordo com Rezende (2010) satildeo dispositivos de detenccedilatildeo

a) bacias de retenccedilatildeo (Figura 14) possuem lacircmina de aacutegua permanente que

podem ser integradas ao espaccedilo urbano como lagos

46

Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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2010 Satildeo Paulo

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

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SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

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VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

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Figura 14 - Bacia de retenccedilatildeo na cidade de Lagord regiatildeo de Poitou-Charentes Franccedila Fonte REZENDE(2010 p 23)

b) bacias de detenccedilatildeo (Figura 15) possuem aacutegua pluvial somente quando haacute

precipitaccedilatildeo podendo possuir outros usos quando estatildeo secas como quadras

esportivas e quadras de lazer

Figura 15 - Bacia de detenccedilatildeo em Santiago Chile Fonte REZENDE (2010 p 22)

c) bacias de sedimentaccedilatildeo satildeo bacias projetadas para reter os soacutelidos em

suspensatildeo

25 Modernizaccedilatildeo do Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto

Os anos que antecederam a copa do mundo de futebol de 2014 foram de grande

importacircncia para a mudanccedila de paradigmas nos segmentos de engenharia e

arquitetura devido a implantaccedilatildeo de procedimentos sustentaacuteveis e de sistemas

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tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

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simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

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3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

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sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

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Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

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Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

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os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

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interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

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comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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65

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2010

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de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

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parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 47: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

47

tecnoloacutegicos inovadores caracterizado pelo desempenho e mais autonomia nas

edificaccedilotildees A Copa de 2014 que foi sediada no Brasil teve a finalidade de referenciar

este grande acontecimento como a primeira ldquocopa verderdquo do mundo com a

recomendaccedilatildeo de que todos os estaacutedios estejam certificados no Leed ndash Leadership in

Energy and Environmental Design

Eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para edificaccedilotildees utilizado em 143 paiacuteses e possui o intuito de incentivar a transformaccedilatildeo dos projetos obra e operaccedilatildeo das edificaccedilotildees sempre com foco na sustentabilidade de suas atuaccedilotildees ( httpgbcbrasilorgbrsobre-certificadophp 021115)

O terreno do Estaacutedio de futebol Governador Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo

pertencente ao municiacutepio de Belo Horizonte e na zona ZE (Zonas Especial) conforme

Figura 16

Figura 16 ndash Localizaccedilatildeo e Zoneamento do Mineiratildeo Fonte ndash Projeto 053 2009

No dia 07 de outubro de 2015 foi realizada uma visita teacutecnica ao estaacutedio de futebol

Governador Magalhatildees Pinto com o intuito de conhecer o esquema construtivo

implantado para captaccedilatildeo armazenamento e o reuso de aacuteguas pluviais ou

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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64

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

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Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 48: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

48

simplesmente chuva coletado pela cobertura do mesmo e o reuso utilizado em

descargas de vasos sanitaacuterios mictoacuterios e irrigaccedilatildeo do gramado

Para implantaccedilatildeo do esquema construtivo foram dimensionados reservatoacuterios em

concreto armado aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial tipos e quantidades de materiais

na execuccedilatildeo que seratildeo abordados a partir dos projetos concedidos pela Minas Arena

O objetivo da implantaccedilatildeo do projeto eacute reutilizar mais de 5 milhotildees de aacutegua da chuva

armazenada quantidade suficiente para suprir a demanda das bacias sanitaacuterias

mictoacuterios e irrigaccedilatildeo de gramado durante 3 meses em caso de estiagem Atualmente

a aacutegua de reuso eacute mais utilizada que a aacutegua potaacutevel em dias de jogos

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 49: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

49

3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

Segundo Marconi e Lakatos (2010 p 166) a pesquisa bibliograacutefica abrange

() toda bibliografia tornada puacuteblica em relaccedilatildeo ao tema de estudo desde publicaccedilotildees avulsas boletins jornais revistas livros pesquisas monografias teses material cartograacutefico etc ateacute meios de comunicaccedilatildeo oral raacutedio gravaccedilotildees em fita magneacutetica e audiovisuais filmes e televisatildeo Sua finalidade eacute colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferecircncias seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma quer publicadas quer gravadas

O presente trabalho busca analisar a importacircncia do equacionamento abrangente dos

problemas de drenagem bem como apresentar e discutir alguns conceitos

ldquoinovadoresrdquo como captaccedilatildeo reservaccedilatildeo e armazenamento de aacuteguas pluviais

Conforme Lakatos (2010) a metodologia eacute o estudo dos meacutetodos especialmente dos

meacutetodos das ciecircncias Eacute um processo utilizado para dirigir uma investigaccedilatildeo da

verdade no estudo de uma ciecircncia ou estudo de casos

Para tanto foi associado dissertaccedilotildees artigos cientiacuteficos teses sites especializados

livros e textos teacutecnicos relacionados agrave drenagem urbana criando uma base de dados

sobre as principais teacutecnicas implantadas na captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacuteguas pluviais

Para analisar a aplicabilidade dos conceitos obtidos a partir da pesquisa bibliograacutefica

foi realizada visita teacutecnica no dia 07 de outubro de 2015 no Estaacutedio Governador

Magalhatildees Pinto vulgo Mineiratildeo localizado Avenida Antocircnio Abrahatildeo Caram 1001 -

Satildeo Joseacute (Pampulha) Belo Horizonte ministrada pelo gerente teacutecnico Otaacutevio Oliveira

Goes da empresa Minas Arena a que foi contratado para acompanhar a obra

A Metodologia cientiacutefica aborda as principais regras para uma produccedilatildeo cientiacutefica

fornecendo as teacutecnicas os instrumentos e os objetivos para melhorar desempenho do

trabalho cientiacutefico

Foi realizado ainda um questionaacuterio estruturado direcionado aos seguintes

profissionais puacuteblico graduando em Engenharia (25) e aos professores da instituiccedilatildeo

Newton Paiva (03) Engenheiro (01) e outros (03) com perguntas relacionadas ao

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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64

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

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Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 50: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

50

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

Segundo MARCONI e LAKATOS (20015 p86) questionaacuterio ldquoeacute um instrumento de

coleta de dados constituiacutedo por uma seacuterie ordenada de perguntasrdquo

Na visita teacutecnica o gerente teacutecnico Otaacutevio explicou a funcionalidade de todo processo

para a capacitaccedilatildeo armazenamento e reuso da aacutegua chuva Atraveacutes da cobertura de

lona (Figura 17) em parte do estaacutedio eacute realizado a captaccedilatildeo da aacutegua da chuva o

material utilizado na sua fabricaccedilatildeo eacute o PVC do fabricante Birdair e sua manutenccedilatildeo

eacute feita atraveacutes de um tencionamento anual sendo autolimpante e com durabilidade

de 25 anos A aacutegua captada pela cobertura se dirige para o ponto mais baixo atraveacutes

da laje (Figura 18) ateacute o ralo ldquoabacaxirdquo de ferro fundido

Figura 17 ndash Lona da cobertura Figura 18 ndash Laje

Para evitar que os detritos soacutelidos presentes na cobertura como folhas e objetos

entrem na tubulaccedilatildeo e consequentemente nos reservatoacuterios eacute colocada a primeira

proteccedilatildeo do sistema na conexatildeo entre a laje e a tubulaccedilatildeo podendo ser essa proteccedilatildeo

um ralo hemisfeacuterico conforme Figura 19 Apoacutes a passagem da aacutegua pelo ralo

hemisfeacuterico a mesma eacute direcionada para os registros de duto (Figura 20) de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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64

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65

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2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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66

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 51: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

51

Figura 19 - Ralo de ldquoabacaxirdquo em ferro fundido Figura 20- Registro de duto de entrada

aacutegua do reservatoacuterio

Os reservatoacuterios de aacutegua pluvial tem capacidade de armazenar 5 milhotildees litros

conforme Figura 21 Essa aacutegua eacute reutilizada para molhar o gramado dar descargas

em mictoacuterios e sanitaacuterios Quando estaacute chovendo muito e as bombas (instalada na

lateral do reservatoacuterio) do ladratildeo satildeo acionadas tendo a capacidade dos reservatoacuterios

atingida a aacutegua de chuva excedente eacute descartada por gravidade na rede pluvial (lagoa

da Pampulha) A finalidade da bomba dosadora (Figura 22) eacute para fazer a injeccedilatildeo de

cloro na aacutegua de reuso

Figura 21 - Reservatoacuterios de aacutegua pluvial Figura 22 ndash Bomba dosadora de cloro

O equipamento demonstrado na Figura 23 eacute responsaacutevel pela filtragem da aacutegua de

chuva e o hidrocircmetro ligado ao sistema quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada

A finalidade das bombas (Figura 24) eacute fazer o recalque da aacutegua de reuso tratada para

os reservatoacuterios superiores

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

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GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

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MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

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MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

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httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 52: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

52

Figura 23 ndash Filtro para aacutegua da chuva Figura 24 ndash Filtro para aacutegua da chuva

Estes sistemas (Figura 25) possuem dois reservatoacuterios de aacutegua de reuso tratada que

atraveacutes de trecircs bombas (1 reserva) e duas redes de recalque bombeiam a aacutegua para

o reservatoacuterios superiores Os registros permitem que sejam feitas manobras entre os

reservatoacuterios entre bombas e entre as redes de recalque

Figura 25 ndash Sistemas para reservatoacuterios de aacutegua de reuso

Figura 26 ndash Tubulaccedilatildeo aacutegua de reuso

Figura 27ndash Hidrocircmetro

Este hidrocircmetro (Figura 27) quantifica a aacutegua de chuva reaproveitada Satildeo duas

redes esta eacute a reserva natildeo passa pelo filtro

As tubulaccedilotildees com a aacutegua de reuso satildeo identificadas atraveacutes de etiquetas com Figura

26 no decorrer de toda edificaccedilatildeo

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

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Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 53: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

53

4 ANAacuteLISE DE DADOS E RESULTADOS

Para a escolha das teacutecnicas de drenagem urbana convencionais ou natildeo eacute necessaacuterio

um estudo comparativo das soluccedilotildees possiacuteveis Devem-se mensurar aleacutem dos

investimentos econocircmicos aplicados aspectos ambientais sociais e operacionais

41 Avaliaccedilatildeo econocircmica

Custos

Segundo Canholi (2015) os custos podem ser divididos em 3 parcelas no que tangem

um sistema de drenagem investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo O custo de

investimento compreende no dinheiro aplicado para estudos projetos levantamentos

construccedilatildeo desapropriaccedilotildees indenizaccedilotildees ou seja implantaccedilatildeo da obra Os custos

de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo satildeo despesas de matildeo de obra equipamentos

combustiacuteveis e todo processo de execuccedilatildeo dos reparos limpezas inspeccedilotildees durante

a vida uacutetil do elemento de drenagem Os custos de riscos correspondem aos valores

estimados dos danos relativos a cada periacuteodo de retorno ou pelos custos de

recuperaccedilatildeo de uma aacuterea afetada Para o caacutelculo preliminar utilizam-se tabelas de

custos unitaacuterios de obras e serviccedilos especializados em engenharia ou secretarias

municipais

Benefiacutecios

Eacute a quantificaccedilatildeo do retorno pela implantaccedilatildeo de uma obra de drenagem no que

tangente aos danos evitados a bens e propriedades atrasos de viagens prejuiacutezos no

comeacutercio e serviccedilos entre outros Tambeacutem satildeo quantificados os benefiacutecios ligados agrave

melhoria da sauacutede pela reduccedilatildeo dos iacutendices de mortalidade e doenccedilas Custos e

benefiacutecios satildeo mensurados monetariamente a partir de um valor de mercado dos bens

e serviccedilos relacionados a cada um Quando natildeo possuem esse valor satildeo chamados

de intangiacuteveis (CANHOLI 2015)

Riscos de projeto

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

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Acesso em 30 ago 2015

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Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

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Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

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httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

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Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

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MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

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Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

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httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

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out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

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SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

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TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 54: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

54

Eacute comum os oacutergatildeos gerenciadores utilizarem um niacutevel de garantia a ser adotado nos

projetos O risco de falha tambeacutem chamado de risco de excedecircncia (R) em

porcentagem de uma obra de drenagem dimensionada para uma vazatildeo ou volume

com recorrecircncia igual a TR prevista para operar n anos eacute definido por

42 Anaacutelise Comparativa Tipo Benefiacutecio Custo

Valor monetaacuterio esperado

ldquoAs incertezas associadas aos eventos hidroloacutegicos presentes nos projetos de

drenagem urbana podem ser quantificadas em termos das distribuiccedilotildees de

probabilidades e dos custos associadosrdquo (CANHOLI 2005 p 183)

A quantificaccedilatildeo dessas incertezas pode ser feita com a determinaccedilatildeo de um valor

monetaacuterio esperado da soluccedilatildeo de drenagem ou da avaliaccedilatildeo econocircmica de cada

intervenccedilatildeo quando for adotado em um sistema jaacute implantado O valor esperado de

um projeto eacute o produto da probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto pelos

custos ou pelos danos evitados (benefiacutecios)

onde

119881119872119864119909 - valor monetaacuterio esperado da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo (x)

119875119909 - probabilidade de excedecircncia da vazatildeo de projeto ou de ocorrecircncia do

dano associada a aplicaccedilatildeo da alternativa ou niacutevel de proteccedilatildeo

119881119909 - valor do custo-benefiacutecio eou dos danos evitados da alternativa ou

proteccedilatildeo

Eacute necessaacuterio definir racionalmente os riscos de projeto (tempos de recorrecircncia e

tempos de excedecircncia) comparar soluccedilotildees alternativas e quantificar monetariamente

119877 = 100119909 [1 minus (1 minus1

119879119877)119899]

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

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65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

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Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

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SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

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REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

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Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

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Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 55: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

55

os custos e benefiacutecios esperados para verificar a viabilidade de um projeto de

drenagem Ao longo da vida uacutetil haacute custos de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo que devem ser

incluiacutedos no caacutelculo total dos custos

De acordo com Canholi (2005 p192)

Os valores monetaacuterios esperados para os custos de cada alternativa para cada niacutevel de proteccedilatildeo satildeo comparados com os benefiacutecios esperados calculados tambeacutem para cada frequecircncia A comparaccedilatildeo entre custo e benefiacutecios leva ao ponto oacutetimo da intervenccedilatildeo pretendida

Economicamente os custos natildeo podem superar os benefiacutecios tangiacuteveis As relaccedilotildees

de comparaccedilatildeo entre benefiacutecios e custos podem auxiliar na determinaccedilatildeo do melhor

dimensionamento de um sistema de drenagem urbana e definir a melhor alternativa

de muitas possiacuteveis

421 Anaacutelise estudo de casos

Para exemplificaccedilatildeo do meacutetodo de anaacutelise comparativa tipo benefiacutecio custo foram

levantados trecircs casos em aacutereas criacuteticas na cidade de Satildeo Paulo 13que foram

apresentados neste trabalho de forma sinteacutetica das bacias do Coacuterrego Cabuccedilu de

Baixo Coacuterrego Pacaembu e Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin aacutereas

urbanizadas que eram alvo de frequentes inundaccedilotildees

Devido agrave urbanizaccedilatildeo dessas aacutereas e da canalizaccedilatildeo e retificaccedilatildeo dos coacuterregos

(derivados de metodologias convencionais) os coeficientes de escoamentos

superficiais aumentaram e reduziram-se os tempos de retenccedilatildeo das aacuteguas pluviais

Consequentemente as vazotildees de cheia com o passar do tempo se tornaram mais

elevadas O objetivo destes estudos de casos foi definir o conjunto de obras de

drenagem mais interessantes de cada regiatildeo no ponto de vista financeiro e teacutecnico

Um ponto a ser destacado para estes casos eacute que por soluccedilatildeo convencional aleacutem do

alto investimento provocaria grande transtorno para a populaccedilatildeo devido a

13 Estudos de casos retirados para exemplificaccedilatildeo CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

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- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

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Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

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Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

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SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

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SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

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TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

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2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 56: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

56

interferecircncia das obras de drenagem provocando realocaccedilatildeo de cabos telefocircnicos

cabos eleacutetricos adutoras e a proacutepria rede de coleta de aacuteguas pluviais

Foram realizados estudos hidraacuteulicos hidroloacutegicos de cada regiatildeo para a

caracterizaccedilatildeo das mesmas do ponto de vista teacutecnico do problema que

correspondem basicamente na definiccedilatildeo do volume de defluacutevio a ser considerado no

dimensionamento das estruturas de proteccedilatildeo vazotildees de pico e capacidade de vazatildeo

das canalizaccedilotildees existentes Em ambas as regiotildees confirmou-se que o sistema de

drenagem natildeo estava contribuindo para uma operaccedilatildeo harmoniosa ou seja a

capacidade de vazatildeo eacute inferior agrave necessaacuteria Com base nesses estudos foram

identificados os gargalos de cada regiatildeo a serem tratados

Em todos os estudos de casos foram implantados como soluccedilatildeo reservatoacuterios de

amortecimentos de cheias De acordo com Canholi (2005) a aceleraccedilatildeo dos

escoamentos resultante das canalizaccedilotildees torna-se mais deleteacuteria quanto ao potencial

de provocar inundaccedilotildees do que a proacutepria impermeabilizaccedilatildeo da bacia O retardamento

da onda eacute a reduccedilatildeo da velocidade meacutedia do escoamento aumentando o tempo de

concentraccedilatildeo da bacia consequentemente reduzindo os picos de vazatildeo Pode-se

observar que nos trecircs casos a implantaccedilatildeo de reservatoacuterios um dos dispositivos de

drenagem urbana natildeo convencional no sistema de drenagem ineficiente jaacute existente

representaram soluccedilotildees econocircmica e ambientalmente adequadas

No estudo de caso Coacuterrego Pacaembu a implantaccedilatildeo do reservatoacuterio garantiu sem

muitos transtornos agrave populaccedilatildeo e em prazo relativamente curto a soluccedilatildeo do controle

de cheias desta bacia A economia foi estimada em US$ 27 milhotildees se comparada agrave

soluccedilatildeo proposta anteriormente em tuacutenel (conceito convencional) A reduccedilatildeo das

vazotildees a jusante foi destaque nesta bacia jaacute que propicia economia e viabilidade

teacutecnica no controle de enchentes dos coletores maiores da bacia Se fosse adotada a

soluccedilatildeo tradicional de tuacuteneis as vazotildees a jusante iriam aumentar inviabilizando a

soluccedilatildeo das inundaccedilotildees

Na avaliaccedilatildeo do estudo de caso do Sistema Aacutegua Espraiadadreno do Brooklin foram

apresentadas trecircs alternativas de soluccedilotildees dentre elas uma seria manter o projeto

original de drenagem A soluccedilatildeo adotada obteve cerca de US$ 24 milhotildees em

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

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DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

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hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

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nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

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Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 57: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

57

comparaccedilatildeo ao projeto original (alternativa de meacutetodo convencional) destacando

tambeacutem a reduccedilatildeo nos prazos de execuccedilatildeo da obra e de menores interferecircncias e na

utilizaccedilatildeo da aacuterea para lazer com quadras de esportes e equipamentos utilizados pela

populaccedilatildeo

E por uacuteltimo na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo adotou-se a implantaccedilatildeo de 2

reservatoacuterios e reforccedilo parcial da galeria jaacute existente para adequaccedilatildeo da vazatildeo de

recorrecircncia de 25 anos Apoacutes a implantaccedilatildeo das soluccedilotildees adotadas as inundaccedilotildees

foram praticamente eliminadas O custo da implantaccedilatildeo das soluccedilotildees foi cerca de 66

do valor em comparaccedilatildeo agrave soluccedilatildeo com valor intermediaacuterio dentre trecircs apresentadas

com economia estimada de US$ 20 milhotildees

43 Melhoria do Mineiratildeo

Para implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo e armazenamento de aacutegua pluvial do

Estaacutedio Governador Magalhatildees Pinto foi necessaacuterio ter em matildeos os projetos (anexo

J) de Hidraacuteulica - Locaccedilatildeo de Espaccedilos Teacutecnicos HID-Locaccedilatildeo Espaccedilos Teacutecnicos

Hidraacuteulica - Aacutegua Pluvial HID-Agua Pluvial onde foram executados os

dimensionamentos dos reservatoacuterios e Arquitetura Interna AR2-Arquitetura Interna-

Estaacutedio onde foi efetuado o seguinte levantamento

a) reservatoacuterio 1 construiacutedo em concreto armado aacuterea da base

aproximadamente 24811 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua 360

m e volume aproximadamente 89320 msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de

accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas

pluviais da metade da cobertura contaraacute tambeacutem com septos especiais para

gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de

cloro para assegurar os padrotildees de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de

vertedouro (extravasor)

b) reservatoacuterio 2 destinado a reserva de aacuteguas pluviais para consumo nos

vasos sanitaacuterios e mictoacuterios reservatoacuterio inferior (apoiado) em concreto

armado aacuterea da base aproximadamente 28705 msup2 altura interna 390 m e

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

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httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

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PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

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11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

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PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

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Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

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PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

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sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

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p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

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abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

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de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

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de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

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de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

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Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

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Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

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Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

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Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 58: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

58

altura niacutevel da aacutegua 360 m contendo o volume de aproximadamente 103338

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo 80x80 cm (laje do teto)

c) reservatoacuterio 3 reserva de aacutegua potaacutevel utilizada para combate a incecircndio o

reservatoacuterio eacute inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras com

volume aproximadamente de 85 msup3 cada com dimensotildees internas

aproximadas de largura de 380 m comprimento 600 m altura 390 m e altura

niacutevel da aacutegua 375 m conteacutem tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80

cm (laje do teto)

d) reservatoacuterio 4 reserva de aacutegua potaacutevel fornecido pela COPASA para

consumo humano o mesmo estaacute localizado inferiormente (apoiado) em

concreto armado com duas cacircmaras com volume aproximadamente 150 msup3

cada com dimensotildees internas aproximadas de largura 6 m comprimento 7 m

altura 390 e altura do niacutevel da aacutegua 36 m possui tambeacutem tampatildeo de acesso

em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje do teto)

e) reservatoacuterio 5 reserva de aacuteguas pluviais para consumos em mictoacuterios e

sanitaacuterios ele se encontra na parte inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea

da base igual aproximadamente 34780 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel

da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 125208 msup3 com tampatildeo de

acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

Esse reservatoacuterio que receberaacute as aacuteguas pluviais da metade da cobertura

contaraacute tambeacutem com septos especiais para gradeaccedilatildeo fina (separaccedilatildeo de

soacutelidos) sedimentaccedilatildeo e bomba dosadora de cloro para assegurar os padrotildees

de reuso conforme NBR ndash 13969 aleacutem de vertedouro (extravasor)

f) reservatoacuterio 6 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 41985 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 151146 msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 59: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

59

g) reservatoacuterio 7 sua reserva eacute de aacuteguas pluviais para consumos nos vasos

sanitaacuterios e mictoacuterios inferior (apoiado) em concreto armado aacuterea da base

igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m altura do niacutevel da aacutegua

360 m e volume aproximadamente 100494msup3 com tampatildeo de acesso em

chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto)

h) reservatoacuterio 8 sua reserva eacute de potaacutevel e pluvial para irrigaccedilatildeo do gramado

localizado na parte inferior (apoiado) em concreto armado com duas cacircmaras

com aacuterea da base igual aproximadamente 27915 msup2 altura interna 390 m

altura do niacutevel da aacutegua 360 m e volume aproximadamente 27360msup3 e 27504

msup3 com tampatildeo de acesso em chapa de accedilo de 80x80 cm (na laje teto) Esse

reservatoacuterio conteacutem vaacutelvulas de altitudes nas entradas de aacutegua potaacutevel da

COPASA para se assegurar o abastecimento na falta de aacuteguas pluviais

Aleacutem dos reservatoacuterios o sistema eacute composto eletrobombas equipadas com

dispositivos de interface para automaccedilatildeo e controle contendo as seguintes

descriccedilotildees

a) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

b) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 30msup3h Hman= 35 mca P= 75

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

c) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 60msup3h Hman= 70 mca P= 30

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

d) 02 eletrobombas centrifuga horizontal Q= 40msup3h Hman= 45 mca P= 15

CV -3ᶲ 220380 V da KSB (uma reserva)

e) 02 eletrobomba P= frac14 CV dosadora de cloro (uso simultacircneo)

f) 02 eletrobombas P= frac14 CV dosadora de azul de metileno (uso simultacircneo)

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 60: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

60

g) 02 eletrobombas Q= 30msup3h Hman= 70 mca P= 15 CV -3ᶲ 220380 V

(irrigaccedilatildeo do campo)

A capacidade de armazenamento dos reservatoacuterios satildeo de 5 milhotildees de litros de aacutegua

da pluvial para reuso Essa quantidade garante o abastecimento no periacuteodo de 3

meses O revestimento da cobertura foi executado em policarbonato com uma aacuterea

de aproximadamente 14700 msup2 No cronograma da obra foram determinados 650 dias

apoacutes assinatura do contrato para finalizaccedilatildeo dos acabamentos dentre os serviccedilos

contemplavam as instalaccedilotildees hidro-sanitaacuteria e a cobertura Foram destinados 221

do custo total da obra para realizaccedilatildeo das instalaccedilotildees hidraacuteulicas irrigaccedilatildeo e

drenagens

Segundo o gerente teacutecnico Otaacutevio Goes ldquoao longo do ano o consumo de aacutegua de

chuva eacute mais de 70 do consumo do mensal e a meacutedia no ano corresponde de 50

a 60 devido a escassez no periacuteodo sem chuvardquo Os materiais utilizados na execuccedilatildeo

do sistema encontra-se anexo G

44 Anaacutelise e dados do questionaacuterio

Foi aplicado um questionaacuterio ao puacuteblico graduando em Engenharia e aos professores

da Instituiccedilatildeo Newton Paiva Engenheiro e outros com perguntas relacionadas ao

sistema de drenagem urbana de Belo Horizonte a contribuiccedilatildeo das obras para

captaccedilatildeo armazenamento de aacuteguas pluviais no sistema de drenagem e o

embasamento das disciplinas ministradas no curso de engenharia no sistema de

drenagem

O objetivo do questionaacuterio eacute demonstrar o quatildeo agrave sociedade acadecircmica estaacute

esclarecida agrave parcela da implantaccedilatildeo das teacutecnicas natildeo convencionais no sistema de

drenagem urbana atraveacutes dos resultados conforme anexo I Os resultados apontam

que os entrevistados tem conhecimento sobre o assunto que satildeo necessaacuterias accedilotildees

mais efetivas do poder puacuteblico no controle de enchentes e expressam a deficiecircncia do

aceleramento de poliacuteticas ligadas ao desenvolvimento e aplicaccedilatildeo de novas

tecnologias no sistema de drenagem visando o retorno esperado do dinheiro puacuteblico

aplicado para este fim ou seja eacute necessaacuterio rever e compreender as teacutecnicas

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 61: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

61

aplicadas no sistema de drenagem para soluccedilatildeo de alagamentos constantes A

incorporaccedilatildeo de teacutecnicas de detenccedilatildeo de escoamento eacute uma possibilidade para essa

soluccedilatildeo pois as interferecircncias na populaccedilatildeo devido a sua implantaccedilatildeo satildeo bem

menores do que teacutecnicas convencionais de drenagem Podendo se destacar tambeacutem

a relaccedilatildeo custo benefiacutecio tanto tecnicamente quanto nos recursos aplicados mostra-

se viaacutevel

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 62: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

62

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Neste trabalho de conclusatildeo de curso foram explanadas atraveacutes do conteuacutedo as

teacutecnicas de drenagem urbana convencionais meacutetodo de canalizaccedilatildeo e natildeo

convencional meacutetodo de detenccedilatildeo dos escoamentos Eacute possiacutevel concluir que a

implantaccedilatildeo dessas teacutecnicas eacute de suma importacircncia para o controle de enchentes

por serem obras de baixo impacto para a populaccedilatildeo em razatildeo da sua forma de

incorporaccedilatildeo no sistema de drenagem e mostrarem significativos resultados positivos

nos aspectos teacutecnicos e financeiros que garantem a eficiecircncia nas medidas de

proteccedilatildeo apoacutes a operaccedilatildeo dos dispositivos efetivada Sua implantaccedilatildeo eacute tatildeo

significativa junto ao planejamento urbano que existem leis sendo aprovadas em

diversos estados brasileiros para garantir a eficiecircncia no desenvolvimento do sistema

de drenagem urbana

Foi incorporada ao trabalho uma visita teacutecnica cuja finalidade foi verificar a

aplicabilidade e funcionalidade de sistema de captaccedilatildeo armazenamento e reuso de

aacutegua pluvial Os resultados da implantaccedilatildeo do sistema foram expressivos

comparados ao meacutetodo convencional que aleacutem de garantir um funcionamento estaacutevel

do estabelecimento durante o periacuteodo de estiagem houve uma reduccedilatildeo significativa

quanto ao custo gerado pelo fornecimento de aacutegua pela companhia distribuidora da

regiatildeo

Os resultados do questionaacuterio aplicado aos professores e acadecircmicos de Engenharia

mostraram que os problemas de drenagem urbana satildeo perceptiacuteveis a todos e que

accedilotildees para minimizaccedilatildeo do mau funcionamento deste sistema se fazem necessaacuterias

Eacute de conhecimento tambeacutem que obras de captaccedilatildeo (reuso) reservaccedilatildeo e

armazenamento de aacutegua pluvial contribuem significativamente para o bom

funcionamento da gestatildeo de drenagem urbana

Para futuras pesquisas sobre sistemas de captaccedilatildeo armazenamento e detenccedilatildeo de

aacuteguas pluviais seria interessante realizar um estudo direcionado aos impactos

gerados pelo natildeo cumprimento de leis decretadas abrangendo o uso e ocupaccedilatildeo

antroacutepica

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 63: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

63

REFEREcircNCIAS

BOTELHO M H C Instalaccedilotildees Hidraacuteulicas Prediais 3deg ed 2010 Satildeo Paulo -

Blucher

BOTELHO M H C Aacuteguas de Chuva Engenharia das Aacuteguas Pluviais nas

Cidades 3deg ed 2011 ndash Editora Edgar

CAcircMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - PROJETO DE LEI Ndeg 382014

Estabelece a Poliacutetica Municipal de Captaccedilatildeo Armazenamento e aproveitamento

de aacuteguas pluviais e define normas gerais para sua promoccedilatildeo documentaccedilatildeo

artigo publicado Belo Horizonte 2014 Disponiacutevel em

httpwwwcmbhmggovbrsitesdefaultfilespl_1381-14inicialpdf

Acesso em 30 ago 2015

CANHOLI A P Drenagem Urbana e Controle de Enchentes 2005 Satildeo Paulo ndash Oficina de Textos

CHAMPS JRB PEREZ STC FROacuteES CMV O Planejamento do Sistema de

Drenagem Urbana na Cidade de Belo Horizonte In Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental 21 p Joatildeo Pessoa 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwbvsdepahoorgbvsaidissaneabbrasilix-011pdfgt Acesso em 27 out

2015

COSTA HSM BONTEMPO V KNAUER S Programa Drenurbs uma discussatildeo

sobre a constituiccedilatildeo de alianccedilas de aprendizagem na Poliacutetica de Saneamento de Belo

Horizonte In Encontro Nacional de Estudos Populacionais XVI2008 Caxambu

Disponiacutevel

httpwwwabepnepounicampbrencontro2008docsPDFABEP2008_1146pdf

Acesso em 27 out 2015

PHILIPPI A JR Saneamento Sauacutede e Ambiente 1deg ed 2005 ndash Rio de Janeiro

DRUMOND Pedro de Paula Estudo da influecircncia da reservaccedilatildeo de aacuteguas

pluviais em lotes no municiacutepio de Belo Horizonte MG Avaliaccedilatildeo hidraacuteulica e

hidroloacutegica 184 f Aacuterea de concentraccedilatildeo Saneamento - Escola de Engenharia da

UFMG Belo Horizonte 2012

GRIBBIN John E Hidraacuteulica hidrologia e gestatildeo de aacuteguas pluviais 2deg ed 2009 ndash

Satildeo Paulo

MARCONI MA LAKATOS EM Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7ordf Ed

- Editora Atlas SA 2010 Satildeo Paulo

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 64: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

64

MARCONI MA LAKATOS EM Teacutecnicas de Pesquisa 7ordf Ed - Editora Atlas SA

2010 Satildeo Paulo

MIGUEZ MG VEROacuteL AP SOUSA MM REZENDE OM (2015) ldquoUrban

Floods in LowlandsmdashLevee Systems Unplanned Urban Growth and River

Restoration Alternative A Case Study in Brazilrdquo Sustainability 7 no 8 11068-11097

Disponiacutevel em

httpwwwaquafluxuscombrwp-contentuploads201508sustainability-07-

11068pdf Acesso em 29 set 2015

PARDO Aluiso Canholt Drenagem urbana e controle de enchentes 2deg ed Satildeo

Paulo Oficina de textos 2013

PBH SUDECAP PROJETO SWITCH Gestatildeo Sustentaacutevel das Aacuteguas para a

Melhoria da Qualidade de Vida das Cidades do Futuro Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=sudecapamplang=pt_BRamppg=5581amptax=17761 Acesso em 27

out 2015

PINTO Luiza Helena PINHEIRO Sergio Avelino Orientaccedilotildees baacutesicas para

drenagem urbana

Disponiacutevel em

httpwwwfeambrimagesstoriesarquivosCartilha20Drenagempdf Acesso em

29 set 2015

PICARELLI Sophia Kit de Treinamento SWITCH ndash Estudo de Caso Minas Gerais

Brasil Disponiacutevel em

lthttpwwwswitchtrainingeufileadmintemplateprojectsswitch_trainingfilesModule

sModules_PortugueseCase_studiesEstudo_de_caso_Belo_Horizontepdfgt Acesso

em 27 out 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)a Plano Diretor de

Drenagem [200-] Disponiacutevel em httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcontents

Acesso em 29 set2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE (PMBH)c Programas e Projetos

[200-] Disponiacutevel em

httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxo

nomiaMenuPortalampapp=programaseprojetosamptax=12065amplang=pt_BRamppg=6080amptax

p=0amp3E Acesso em 29 set 2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9845 de 8 de

abril de 2010 Altera a Lei nordm 861603 que conteacutem o Coacutedigo de Posturas do Municiacutepio

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 65: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

65

de Belo Horizonte e daacute outras providecircncia Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte

2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Lei Municipal n 9959 de 20

de julho de 2010 Altera as leis ndeg 716596 - que institui o Plano Diretor do Municiacutepio

de Belo Horizonte - e ndeg 716696 - que estabelece normas e condiccedilotildees para

parcelamento ocupaccedilatildeo e uso do solo urbano no Municiacutepio Diaacuterio Oficial do

Municiacutepio Belo Horizonte 2010

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE ndash Deliberaccedilatildeo Normativa ndeg69

de 30 de agosto de 2010 Estabelece normas para o plantio de aacutervores em

logradouros puacuteblicos em substituiccedilatildeo agrave Deliberaccedilatildeo Normativa nordm 09 de 08 de julho

de 1992 Diaacuterio Oficial do Municiacutepio Belo Horizonte2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SUDECAP - Plano Municipal de

Saneamento de Belo Horizonte 20122015 ndash Volume III Belo Horizonte2015

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO PAULO Diretrizes Baacutesicas Para Projetos De

Drenagem Urbana No Municiacutepio de Satildeo Paulo Disponiacutevel em

httpwwwfauuspbrdocentesdeptecnologiar_toledo3textos07drenagdren-sppdf

Acesso 27 out 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DE POLIacuteTICAS URBANA ndash SMURBE Estudos Urbanos

Belo Horizonte 2008 ndash Transformaccedilotildees recentes na estrutura urbana 516 p

Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SILVA A B CARVALHO E T FANTINEL L M ROMANO A W VIANA CS

Estudos Geoloacutegicos Hidrogeoloacutegicos Geoteacutecnicos E Geoambientais

Integrados No Municiacutepio De Belo Horizonte Projeto estudos teacutecnicos para o

levantamento da carta geoloacutegica do municiacutepio de Belo Horizonte 150 p Relatoacuterio

final FUNDEPUFMG-IGC Belo Horizonte 1995

SMARU SMSU Manual Teacutecnico Aplicado a Edificaccedilotildees Versatildeo 2 558pPrefeitura

Municipal Belo Horizonte 2012

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Caderno de

Encargos 3degEdiccedilatildeo 624 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2008

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Plano De Inspeccedilatildeo

Em Galerias 9 p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2009

SUDECAP ndash Superintendecircncia de Desenvolvimento da Capital Magna Engenharia

Ltda

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 66: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

66

Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte ndash primeira etapa Anaacutelise Integrada

do Sistema de Drenagem v 1 193p Prefeitura Municipal Belo Horizonte 2001

VIOLA Heitor Gestatildeo de aacuteguas pluviais em aacutereas urbanas ndash o estudo de caso da

Cidade do samba Disponiacutevel em

httpwwwppeufrjbrppeproductiontesisheitorvpdf Acesso em 30 de agos2015

RAMOS MHD Drenagem Urbana Aspectos urbaniacutesticos legais e metodoloacutegicos

em Belo Horizonte 91 p Dissertaccedilatildeo de mestrado Universidade Federal de Minas

Gerais Belo Horizonte1998

REZENDE Osvaldo Moura Manejo De Aacuteguas Pluviais ndash Uso De Passagens

Multifuncionais Em Drenagem Urbana Para Controle Das Inundaccedilotildees 104 f

Obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Engenharia Urbana ndash Universidade Federal do

Rio de Janeiro ndash Escola Politeacutecnica Rio de Janeiro 2010

SILVA Luciano Castro da Sistemas de Drenagem Urbana Natildeo Convencionais 59

f Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Morumbi de Satildeo Paulo 2004

SILVEIRA Andreacute Luiz Lopes da Drenagem Urbana ndash Aspectos de Gestatildeo

Gestores Regionais De Recursos Hiacutedricos 70 f Curso ndash Instituto de Pesquisas

Hidraacuteulicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Fundo Setorial de Recursos

Hiacutedricos (CNPq) 2002

SUDECAP e PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) Procedimento para Elaboraccedilatildeo de

Projeto de Ligaccedilatildeo Predial ao Sistema Puacuteblico de Drenagem Pluvial 28 P

TAYLOR e FRANCIS (2015) ndash Research Article - System interactions of stormwater

management using sustainable urban drainage systems and green

Infrastructure Disponiacutevel em

httpwwwtandfonlinecomdoifull1010801573062X20151036083 Acesso em 20

set 2015

TUCCI C E M Hidrologia ciecircncia e aplicaccedilatildeo 4deg ed Porto Alegre UFRGSABRH

2014

TUNDISI J G TUNDISI T M Recursos Hiacutedricos no Seacuteculo XXI 2deg ed 2011 Satildeo

Paulo Oficina de textos

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 67: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

67

ANEXO A

PROPORCcedilAtildeO DE AacuteREAS DAS BACIAS POR MUNICIacutePIO14

Municiacutepio Bacia Aacuterea (kmsup2) () Total (kmsup2) () Percentual ()

Contagem Arrudas 2896

8241

1917 Onccedila 5345

Belo Horizonte Arrudas 16370

33238

7732 Onccedila 10257

Isidoro 5561

Rio das Velhas

1050

Sabaraacute

Arrudas 1510 1510 351

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte (2012 2015 p 60)

14httpportalpbhpbhgovbrpbhecpcomunidadedoevento=portletamppIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortalampapp=politicasurbanasamptax=35461amplang=pt_BRamppg=5562amptaxp=0amp

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 68: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

68

ANEXO B

IDENTIFICACcedilAtildeO DE AacuteREAS SUSCETIacuteVEIS A INUNDACcedilAtildeO ndash REGIONAL PAMPULHA

Fonte Portal PBH - Poliacuteticas Urbanas(2015)

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 69: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

69

ANEXO C

PRECIPITACcedilOtildeES CONCENTRADAS ABRIL DE 2006 Aacute JULHO 2015

Fonte Inmet Abril de 2006 aacute Julho 2015

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 70: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

70

ANEXO D

CRONOGRAMA FIacuteSICO FINANCEIRO

Fonte Portal Sudecap ndash Plano inspeccedilotildees de Canais

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 71: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

71

ANEXO E

CANAIS REVESTIDOS E FECHADOS DE BELO HORIZONTE ndash REGIONAL

PAMPULHA

Fonte Portal Sudecap (2015)

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 72: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

72

ANEXO F

INSPECcedilAtildeO DE CANAIS NA REGIONAL PAMPULHA

Fonte Plano de Saneamento de Belo Horizonte20122015

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 73: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

73

ANEXO G

MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUCcedilAtildeO DO SISTEMA

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 74: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

74

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 75: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

75

ANEXO I

QUESTIONAacuteRIO APLICADO

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 76: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

76

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 77: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

77

78

ANEXO J

PROJETOS

Page 78: GESTÃO DE DRENAGEM URBANA NO CONTROLE DE …br.monografias.com/trabalhos-pdf/gestao-drenagem-urbana-controle... · Ellen Thuany Dos Santos Marques Mariela Sousa Gomes Silva Sidney

78

ANEXO J

PROJETOS