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GESTÃO, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E PRODUTIVIDADE
“Mais Mel” é um programa, um conjunto de metodologias, com um conjunto de técnicas
de gestão e transferência de tecnologias de produção, por meio de consultorias que permitirão a
profissionalização do setor, o que proporcionará maior desenvolvimento da apicultura.
OBJETIVO GERAL: Profissionalizar apicultores, orientar na implantação de um sistema de gestão
eficiente, promover a transferência de tecnologias inovadoras, adaptando a realidade local e
regional, monitorar os impactos de manejo de alta produtividade, buscando o aperfeiçoamento
dos apicultores, o que permitirá um aumento de produtividade e produção, com consequente
melhoria da renda do apicultor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Orientar para a melhoria da gestão do negócio e permitir maior eficiência e eficácia,
produzir mais com menor custo.
2. Transferir técnicas inovadoras e eficientes que permitam aumentar a produtividade com
a implementação de técnicas adequadas, podendo chegar a mais de 100 kg / colmeia / ano em
apiários fixos. Se migratório a produção pode chegar a 200 kg/ colmeia /ano.
3. Orientar e acompanhar a execução de técnicas inovadoras e eficientes que permitam
reduzir o índice de colmeias ociosas, a exemplo de até 85% no semiárido, para o máximo de 5%,
nos apicultores que aplicarem as técnicas.
4. Transferir técnicas inovadora e eficientes que permitam multiplicar as melhores
genéticas. Selecionar as abelhas mais produtivas e adaptadas ao local, por meio de levantamento
de dados das colmeias e orientar na implantação de produção de rainhas.
5. Orientar a implantação de técnicas para conviver com os ciclos de seca/chuvas, de
acordo com o bioma, relevo e clima.
JUSTIFICATIVAS:
Atualmente a apicultura é uma das áreas mais focalizada do agronegócio no país, devido ao
fato deste setor ter colocado o país, em posição de destaque no cenário internacional como
exportador de mel e com grandes perspectivas de se tornar um dos mais importantes produtores
mundiais, inclusive em produto orgânico. Graças as abelhas africanizadas a produção de mel
brasileiro vem aumentando a cada ano de maneira surpreendente.
Sem abelhas não há produção de alimentos e sementes, assim, investir na apicultura gera
benefícios para todas as demais cadeias produtivas, as abelhas fazem a polinização nos vegetais, o
que garante maior fecundação das flores e diversidade genética, aumentando a quantidade e a
qualidade de sementes e frutos.
A apicultura se torna fator primordial nos sistemas agrossilvipastoris, no agronegócio de
forma geral e principalmente na agricultura familiar.
Nos últimos anos o Brasil vem se destacando como crescente produtor e exportador de
mel. No entanto, os apicultores ainda desenvolvem a atividade de forma não profissional.
Nesse sentido, os apicultores realizam apenas uma subutilização do potencial das abelhas
africanizadas, e de maneira geral, não realizam o manejo adequado das colmeias, devido ao
desconhecimento das técnicas, a falta do manejo periódico para acompanhar a necessidade das
abelhas, acarreta a diminuição da população de operárias, enfraquecendo a colmeia e provocando
sérios prejuízos na produção de mel e outros produtos da colmeia.
A implementação de técnicas modernas de manejo das abelhas africanizadas, adaptadas às
condições climáticas locais, torna-se de vital importância como forma de diminuir a
heterogeneidade das produções das colmeias e melhorar a produtividade média por colônia o que
é considerada muito baixa no Brasil, possibilitando reduzir os custos e aumentar a renda dos
apicultores.
De acordo com dados levantados pela Confederação Brasileira de Apicultores, estima-se
que no Brasil existam 300.000 apicultores.
Segundo a Análise de Ambiente do Setor – Realizada pela Rede Ápis do SEBRAE Nacional,
considerando as suas Fraquezas (Weakness), destacamos alguns itens e trechos conforme
abaixo:
Gestão: De um modo geral, não há uma gestão profissional,... a gestão é feita pelos
próprios apicultores, que têm poucas habilidades desenvolvidas para gestão.
Base produtiva: A base produtiva brasileira ainda tem muito de amadora, …
Nível de Escolaridade: O nível de escolaridade dos produtores rurais é baixo, e atrapalha
no aprendizado e absorção de novas tecnologias e metodologias de produção.
Produtividade: A falta de capacitação e assistência técnica leva a uma grande deficiência de
produção, levando a baixos índices de produtividade. O Brasil tem excelente potencial produtivo,
…,mas tem trabalhado com patamares baixos de produtividade média, em torno de 14
kg/colmeia/ano, países vizinhos como a Argentina produzem 32 kg/colmeia/ano. Trabalhos
realizados pelo Sebrae, já tem elevado a produtividade para 50 kg/colmeia ano, e há relatos de até
80 kg/colmeia ano em apiários fixos, patamares comparáveis à China, que atualmente é o maior
produtor mundial com 50 -100 kg/colmeia/ano.
Com o conhecimento do setor, das dificuldades dos apicultores, analisando os números e
fatos, usando a experiência de apicultor, de instrutor e consultor em apicultura, foi idealizado o
“Mais Mel”. Após 18 meses de preparação e conversas com técnicos, funcionários do SEBRAE que
trabalham nos projetos de apicultura e técnicos das metodologias similares.
MÉTODOS:
O “Mais Mel” tem diversas ferramentas, as consultorias e as transferências de tecnologias
de produção no campo são algumas delas, estas acontecem na localidade do apicultor, no apiário,
que se torna uma sala de aula. A programação inclui orientações teóricas e consultorias práticas,
aos produtores, nas propriedades selecionadas.
A partir da estruturação do apiário com base nas orientações, o apiário passa a ser uma
unidade demonstrativa.
O “Mais Mel” será aplicado com base nos manuais e materiais impressos, mas devido as
dificuldades já citadas da maior parte dos apicultores, serão usados métodos inovadores,
modernos e importantes para o ensino aprendizagem, como videoaulas para transferência das
técnicas de manejo, que também serão demonstradas na prática, no apiário, pelos consultores
coordenadores e consultores técnicos treinados, desta forma, pretende-se romper as barreiras e
dificuldades de profissionalização do setor.
Os Consultores do “Mais Mel” utilizarão um sistema computadorizado de coleta,
armazenamento e processamento de dados.
Com o “Programa Mais Mel”, inovou-se nas ferramentas do trabalho, com o uso da
tecnologia da informação e comunicação – TIC.
O sistema de TIC recebe os dados do aplicativo, o que permite a gestão dos dados, criação
dos relatórios gerenciais e de manejo produtivo nos apiários, possibilitando ampla gestão das
informações.
As ferramentas das consultorias e acompanhamentos “Mais Mel”, foram desenvolvidas
totalmente sob a coordenação da S R Consultoria na pessoa do sócio Jean Samel Rocha, sendo:
1. Aplicativo para celular de coleta de dados dos apicultores, apiários e colmeias, que
permitirá entre outras opções a transferência de dados para o computador e o
georreferenciamento de todos os apiários;
2. Sistema de TI para desktop ou notebook que receberá os dados do aplicativo, o que
permitirá a gestão dos dados, criação dos relatórios gerenciais e de manejo produtivo,
possibilitando ampla gestão das informações;
3. Videoaulas baseadas nas cartilhas, com a finalidade de tornar efetiva a transferência das
tecnologias de produção, considerando que a maior parte dos apicultores têm baixa
escolaridade.
4. Site web e ferramentas on-line para a divulgação, gestão, monitoramento e
acompanhamento da aplicação do “Programa Mais Mel”.
Como não existe um pacote tecnológico a ser aplicado em todos os apiários ou a todos os
apicultores, e sim, uma discussão ampla entre todos os envolvidos sobre quais devem ser as
técnicas mais apropriadas a implementar em cada situação, assim se baseará em consultorias e
acompanhamentos de campo, atendendo as dificuldades e necessidades do momento de cada um
dos apicultores.
Na apicultura, cada clima, altitude, bioma, ou variação por menor que seja na vegetação,
precipitação, relevo e época do ano, existe a necessidade de adequação no manejo a ser realizado.
Utilizando um apiário como “local de prática”, onde várias técnicas serão sugeridas e
discutidas por todos os envolvidos (consultores/instrutores credenciados, técnicos e apicultores) e
adequadas à realidade de cada apicultor, e por fim, implementadas. Busca-se, desta maneira,
conduzir o trabalho com foco no sistema de produção como um todo.
O ingresso do apiário selecionado pelo técnico no município para ser o “local de prática”
somente acontecerá quando ambos, apicultor e técnico, estão de acordo com a natureza
participativa do trabalho e de seus direitos e deveres para com o mesmo. Esse apiário passa a ser
denominado “Unidade Demonstrativa” (UD). Além dos objetivos de ser utilizada a UD, precisará
gerar renda para a família do apicultor, também servirá como exemplo para os apicultores daquele
município e da região, que porventura queiram visitá-la ou acompanhar o desenvolvimento da
mesma.
Para que seja construído um elo forte de ligação entre o Consultor técnico e o apicultor, e
destes com os consultores, as ações mais importantes no início do trabalho são as visitas a outras
Uds, ou ainda os vídeos com depoimentos dos apicultores. Lá, ambos poderão constatar a
veracidade das informações passadas, as dificuldades encontradas pelos produtores e técnicos no
começo da jornada, os problemas enfrentados, as soluções adotadas e os resultados obtidos, em
propriedades que tenham perfis semelhantes às propriedades dos que as visitam. Essa atividade
fortalece a confiança no trabalho e reacende a vontade de querer executá-lo.
Dentre os compromissos firmados, o consultor técnico credenciado pelo “Mais Mel”,
deverá visitar a UD na frequência mínima de uma vez ao mês, para o acompanhamento das
atividades combinadas entre todos os envolvidos e auxílio na coleta de dados a ser efetuada pelo
apicultor em conjunto com o consultor técnico. O consultor supervisor, credenciado pelo “Mais
Mel”, terá a obrigação de retornar pelo menos 4 vezes ao ano àquela UD, por um período de 3
anos, que é a duração mínima ideal do trabalho.
Ao longo desse período os produtores começarão a sentir segurança na aplicação das
técnicas e aplica as mesmas em seu apiário. Passando a distinguir onde as técnicas devem ser
aplicadas, onde elas podem ser aplicadas, onde elas precisam sofrer adaptações para serem
aplicadas em razão da situação particular de cada um, e onde elas não devem ser aplicadas. É um
processo contínuo e dinâmico de aprendizagem, não se encerrando após o terceiro ano, pois, o
vínculo de trabalho e de amizade gerado entre todos os envolvidos é a ferramenta mais poderosa
para enfrentar dificuldades futuras.
Os produtores passarão a ter acesso e a adotar técnicas que lhes permitirão recuperar a
autoestima e a dignidade, e a cultivar a esperança e a confiança no futuro. Por menor que seja o
apiário, por mais problemático que seja o clima e por mais difícil que seja a situação financeira,
mesmo assim essas famílias têm o direito de sonhar, e o que é mais importante, de realizar esses
sonhos.
Na execução do “PROGRAMA” serão utilizados 2 tipos de profissionais, consultores técnicos
de nível médio, consultores e instrutores de nível superior, todos recebem treinamentos.
O “Programa Mais Mel” foi concebido em 3 níveis tecnológicos, sendo: básico,
intermediário e avançado.
Tudo inicia com um seminário de apresentação da metodologia e mobilização dos parceiros
e lideranças dos apicultores que ocorrerá regionalmente. Após os agendamentos nas comunidades
produtivas ocorrerá os seminários de apresentação da metodologia e mobilização nas
comunidades/associações/cooperativas, para grupos de produtores, quando são feitas as adesões
e definições dos grupos de trabalhos.
No nível básico: 7 Capacitações Tecnológicas de 12 horas cada, com treinamentos teóricas
e práticos.
No nível Intermediário e avançado: Cinco oficinas tecnológicas no nível intermediário, de 4
horas cada, sendo 2 horas teóricas e 2 de práticas no apiário “Unidade Demonstrativa” (UD) e
outras 5 com o mesmo perfil no avançado. Cada uma delas com temas diferentes, conforme tabela
com descrição a seguir.
Uma clínica tecnológica semestral, sendo 4 horas para preparação e 4 com a presença dos
apicultores, conforme tabela com descrição a seguir.
As Oficinas e as Clínicas farão parte de uma programação semestral nos módulos
Intermediário e Avançado, sendo 1 Clínica por semestre e 5 Oficinas, uma atividade por mês.
Conjuntamente com as Oficinas e Clínica, ocorrerá um Aperfeiçoamento Tecnológico com
consultorias orientativas de atendimentos individuais no campo, estas mensais de 2 horas, para
cada um dos participantes das Oficinas e Clínica.
Na prática, na execução, pode-se inserir toda a programação dentro de uma proposta só,
no caso “Aperfeiçoamento Tecnológico”, prevendo a realização das Oficinas, Clínica e o
Aperfeiçoamento em si, as consultorias individuais de atendimento.
Será pré-requisito para participar das Oficinas, Clínica e Aperfeiçoamento, no nível
Intermediário e avançado, ter participado das Capacitações Tecnológicas (ou capacitações
similares) de Apicultura Básica e Manejo de Colmeias, bem como ter no mínimo um apiário com
colmeias habitadas ou já planejado. Para participar do módulo Avançado terá que ter passado pelo
Intermediário.
Dentre as atividades e técnicas utilizadas, podem ser agrupadas e citadas as seguintes:
1. Seminário de apresentação;
2. Apresentação das técnicas para os apicultores;
3. Adesão de novos apicultores, técnicos e associações;
4. Visita técnica as unidades de demostração, apiários onde já tem as técnicas implantadas;
5. Diagnóstico inicial, coleta de dados necessários, numerar as colmeias e apiários,
georreferenciar os apiários;
6. Definir um plano de gestão e manejo;
7. Revisão nas colmeias e levantamento de dados individuais nas colmeias;
8. Substituição da cera velha por nova, reforma da colmeia, se necessário;
9. Avaliação da postura da rainha;
10. Selecionar as colmeias mais produtivas para utilizar como referência e possivelmente
utilizar o material genético;
11. Preparação e fornecimento de alimentação energética e proteica aos enxames, na entre
safra e nos momentos necessários;
12. Substituição de rainhas (eliminação das velhas ou geneticamente deficientes e introdução
das novas);
13. Divisão ou multiplicação de enxames;
14. Controlar a enxameação eficientemente;
15. Manejo correto de melgueiras e de todo o apiário;
16. Colheita eficiente e formas de aumento da produtividade;
17. Estudar a localização dos apiários segundo os dados do georreferenciamento, cruzando as
localizações com fotos de satélite;
18. Anotações de dados (uso de técnicas simplificadas de levantamento de dados e sua
aplicação para aumento da produção);
19. Diagnóstico da possibilidade de diversificação da produção (produção de própolis e pólen).
Com a finalidade de facilitar o melhor entendimento das formas e das técnicas a serem
transferidas abaixo maiores detalhes.
10 Oficinas Tecnológicas de 4 horas, sendo 2 horas teóricas e 2 práticas, sendo 5 primeiras
do módulo Intermediário e as demais no Avançado.
Programação de cada uma delas conforme abaixo:
OFICINATECNOLÓGICA
TÍTULO CONTEÚDO RECURSOS
1 Introdução aApicultura, anatureza e as
abelhas
Ser apicultor, biologia da abelha e suas castas.Anatomia, morfologia e comunicação das
abelhas. Conhecer os produtos das abelhas.
Caderno do participante eVideoaula - Introdução a
apicultura
2 Materiais apícolase segurança no
trabalho
Conhecer os materiais e equipamentos, acolmeia padrão, cavaletes e assessórios para as
colmeias. Preparação das colmeias e dosquadros, substituição do arame e colocação de
cera alveolada. Manutenção do EPI e EPC.
Caderno do participante eVideoaula - Materiais eequipamentos apícolas
3 Escolha do local,preparação do
apiário emanutenção das
colmeias
Escolha e preparação do local, Instalação emanutenção dos apiários e das colmeias.
Caderno do participante eVideoaula - Preparação emanutenção dos apiários,manutenção das colmeias
4 Manejo I Requisitos para um bom manejo. Revisõesperiódicas. Introdução ao Manejo de alta
produtividade.
Caderno do participante eVideoaula - Manejo de alta
produtividade.
5 Manejo II Alimentação Artificial adequada Caderno do participante eVideoaula - Alimentaçãoadequada de enxames.
6 Manejo III Troca de cera do ninho. Derretimento da cera eaproveitamento. Alveolagem da cera.
Caderno do participante eVideoaula - Troca da cera do
ninho.7 Manejo IV Avaliação da postura da rainha. Substituição de
rainhas.Caderno do participante e
Videoaula - Controle daprodução e substituição de
rainhas.8 Manejo V Controle de produção e enxameação. Divisão e
multiplicação de enxames.Viabilidade da aplicação do manejo adequado.
Caderno do participante eVideoaula - Divisão ou
multiplicação de enxames.9 Manejo VI Controle da enxameação. Colmeia órfã, enxame
zanganeiro, reforço de enxames, união deenxames, saque ou pilhagem. Transporte de
colmeias.
Caderno do participante eVideoaula - Controle da
enxameação.
10 Inimigos e Doenças Conhecer os inimigos e doenças das abelhas.Como colher material para análise. Contagem de
varroa e controle genético das doenças.
Caderno do participante eVideoaula - Inimigos e
doenças.
1 Clínica Tecnológica semestral, sendo 4 horas para preparação e 4 horas para a realização,
conforme abaixo:
CLÍNICATECNOLÓGICA
TÍTULO CONTEÚDO RECURSOS
1 Avaliação tecnológicadas técnicas de manejo
de colmeias para osemestre. Desafios e
soluções.
Técnicas de manejo de colmeias para operíodo, desafios climáticos e suas
influências na produtividade. Adequaçõesregionais das técnicas. Avaliação do manejo
realizado pelo apicultor.
Apresentação de fotos eexemplos, uso de Data show e
apresentação multimídia.Debate e avaliação semestral
das atividades realizadas.
PRINCÍPIOS DO “MAIS MEL”
GESTÃO: Baseada no ciclo PDCA, “Plan”, planejar; “Do”, fazer ou agir; “Check”, checar ou
verificar; e “Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma corretiva. Planejamento da produção e
dos manejos a serem executados, a intervenção é constante em forma de consultoria, atender a
necessidade, agindo de forma corretiva na hora certa.
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO: Baseada no Tripé da zootecnia sendo: Manejo adequado,
nutrição/alimentação adequada e melhoria genética;
INOVAÇÃO: Adaptar o manejo a necessidade da região e do apicultor, inovando sempre,
reduzindo custos e melhorando o desempenho;
PRODUTIVIDADE: Todas as ações na GESTÃO, na TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO E
INOVAÇÃO, tem foco na produtividade, gerir melhor, inovar, resolver problemas e produzir mais
com menos, aumentando a renda dos apicultores.
Estes quatro princípios “Mais Mel”, em conjunção, teremos um quinto, que podemos
chamar de sustentabilidade da atividade. Onde sustentabilidade tem seu tripé totalmente
atendido nos aspectos Econômicos, Sociais e Ambientais, perfeitamente satisfeitos na apicultura e
principalmente com a implementação do “Mais Mel”.
BASES DO MAIS MEL
Trabalhar somente por adesão, somente com apicultores que aceitam e acreditam que vai
dar certo, estes farão tudo para funcionar;
Participação econômica do produtor, cada produtor deve pagar pelo menos um mínimo das
despesas de atendimento técnico, isso gera maior comprometimento;
FASES
Fase inicial
Durante os dias iniciais, os consultores realizarão seminários em diversas associações, e
treinarão os consultores técnicos;
Os apicultores serão mobilizados por meio de parcerias, normalmente com associações,
prefeituras, técnicos da ATER, etc;
Realização de seminário de apresentação, do resumo das técnicas e práticas já realizadas
em outros apiários da região, ou em outras regiões;
Seleção e cadastramento dos interessados a implantarem o “Mais Mel”;
O apicultor deve participar das despesas de acompanhamento técnico e transferência de
tecnologia, normalmente com a contrapartida de 20% do montante total;
Todas as despesas e materiais de implantação das técnicas nos apiários ficam por conta do
apicultor, no caso de falta de recursos para implantação, o apicultor pode buscar o crédito e o
SEBRAE pode auxiliar na construção do projeto de financiamento, em parceria com as instituições
financeiras de crédito;
Definição dos grupos de trabalho, podendo variar entre 8 a 12 apicultores, 1 consultor
técnico para acompanhamento de um conjunto de grupos, 1 consultor coordenador para 10
consultores técnico e 1 consultor supervisor para todo estado ou região, com vários
coordenadores, além de 1 consultor gerenciador para diversos estados ou regiões, estes trabalhos
profissionais são complementares não havendo sobreposição de atividades e funções.
Fase de implementação
Missão de visita a um apiário que já realiza as técnicas e debate com o proprietário; Inicio
das atividades de visitas aos apiários pelo técnico, diagnóstico dos apiários e das colmeias;
Definição de cronograma de atividades a ser feita pelo consultor técnico e produtor, com
supervisão do consultor coordenador; Produtor inicia as visitas a cada 14 dias no apiário, para
realizar as técnicas preconizadas;
Fase de acompanhamento
Mensalmente o Consultor técnico reúnem os apicultores nas Uds, quando recebem a visita
do consultor coordenador e visitam apiários dos apicultores, a cada 3 meses, o consultor
supervisor reunirá com cada um dos grupos para levantar o andamento das atividades e visitará as
Uds e apiários por amostragem, conjuntamente com o consultor técnico e os produtores, no caso,
o consultor supervisor terá visitas todos os meses em rodízio com os grupos; No inicio das
atividades o consultor gerenciador fará os seminários e no máximo a cada 6 meses ou quando
necessário visitará algumas Uds e realizará o seminário regional de avaliação com os técnicos,
apicultores e demais consultores.
A implementação das técnicas nos apiários e acompanhamento deverá ocorrer por 3 anos,
já que algumas atividades só poderão ser realizadas em épocas específicas dos ciclos seca/chuvas,
após este tempo poderá continuar o acompanhamento, permitindo um melhoramento continuo.
Observações:
1. Todas as despesas e materiais de implantação das técnicas nos apiários ficam por conta do
apicultor, no caso de falta de recursos para implantação, o apicultor pode buscar o crédito e
o "Mais Mel" pode auxiliar na construção do projeto de financiamento, em parceria com as
instituições financeiras de crédito e ATER;
2. As contratações dos serviços e as entregas de relatórios serão conforme exigências do
contratante.
3. As videoaulas, cartilhas, sistema de informática e demais materiais, foram produzidos
totalmente por empresas contratadas pela SR e serão utilizados como ferramentas dos
serviços a serem prestados. Não são produtos das consultorias.