Gestão Pública Municipal do Saneamento e sua Universalização

PAINEL: SANEAMENTO E A PERSPECTIVA DE FUTUROdieterw@iph.ufrgs.br

16-11-2017

CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE

Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Amós 5.24).”

A REALIDADE É QUE FONTES E RIOS ESTÃO SECANDO E NOSSOS DIREITOS E A JUSTIÇA ESTÃO ESCAPANDO DAS NOSSAS MÃOS.O PODER ECONÔMICO É HEGEMÔNICO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS E CONTA COM OS INTERESSES INDIVIDUAIS DE PESSOAS CUJOS VALORES NÃO SÃO ÉTICOS, MORAIS E POLÍTICAMENTE CORRETOS.

A DEMOCRACIA, DE QUE SE OUVE FALAR, A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, SOMENTE SERÃO PLENASQUANDO PUDERMOS FAZER NOSSAS ESCOLHAS E POSSUIRMOS NOSSOS ESPAÇOS PERMANENTES, SEMSERMOS DESRESPEITADOS OU DIMINUÍDOS, E ONDE NOSSAS OPINIÕES, QUE PODEM SER DIFERENTES,ASSIM COMO NOSSAS ESPERANÇAS, SEJAM DEBATIDAS E COMPREENDIDAS, POIS ESTAS TEM OPROPÓSITO NUM MOMENTO DE CRISE DE IDENTIDADE DA CIVILIZAÇÃO: PROPOR NOVOS CAMINHOS,ONDE HAVERÁ JUSTIÇA, OPORTUNIDADE PARA TODOS E AMOR À VIDA E AO PRÓXIMO.

ESTADO DE EXCEÇÃO X

ESTADO DEMOCRÁTICO DE

DIREITO

OS MUNICÍPIOS E SUA AUTONOMIA NO GERENCIAMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO

• É NO MUNICÍPIO QUE SE GERA A RENDA PARA AS ATIVIDADES ESSENCIAIS COMO O ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

• A PARTIR DA DÉCADA DE 1970 OS MUNICÍPIOS FORAM FORÇADOS A ENTREGAR SEUS SERVIÇOS E A REPASSÁ-LOS ÀS COMPANHIAS DE SANEAMENTO ESTADUAIS (CESB) E A ASSINAR CONTRATOS “LEONINOS” (PLANASA)

• OS MUNICÍPIOS ABRIRAM MÃO DE RECEITAS PRÓPRIAS QUE PASSARAM A SER GERENCIADAS PELAS CESBS• OS MUNICÍPIOS PERDERAM SUA INTELIGÊNCIA EM DEMANDAR, REALIZAR PROJETOS, FISCALIZAR FICANDO NA

DEPENDÊNCIA DA BOA VONTADE DOS GESTORES DAS CESBS• TARIFAS DAS CESBS FICARAM DEFASADAS PARA SALVAGUARDAR INTERESSES ECONÔMICOS, INFLACIONÁRIOS.• RECURSOS FORAM CONTINGENCIADOS OU INSUFICIENTES, LEVANDO AS ESTRUTURAS DE SANEAMENTO AO

SUCATEAMENTO• PARA REERGUER O SANEAMENTO, DIZIAM-NOS QUE SOMENTE POR MEIO DA PARTICIPAÇÃO PRIVADA QUE IRIA

PROMOVER OS INVESTIMENTOS• INVESTIMENTOS PÚBLICOS FORAM DIRECIONADOS PARA INVESTIMENTOS PRIVADOS• LEI Nº 11.445/2007 – DEPOIS DE 3 DÉCADAS PERDIDAS APROVOU-SE DIRETRIZES PARA A POLÍTICA NACIONAL DE

SANEAMENTO BÁSICO. • CESBS E GOVERNOS ESTADUAIS DISCUTIAM NOS TRIBUNAIS OS DIREITOS DA TITULARIDADE NAS REGIÕES

METROPOLITANAS – NOVO GOLPE NA AUTONOMIA E SOBERANIA DOS MUNICÍPIOS

OS MUNICÍPIOS E SUA AUTONOMIA NO GERENCIAMENTO DO SANEAMENTO BÁSICO

• PARA SALVAGUARDAR SEUS INTERESSES CESBS – CORSAN “CONVENCEU” OS MUNICÍPIOS A FIRMAREM CONTRATOS DEPROGRAMA , NOS QUAIS ASSUMIU COMPROMISSOS ALÉM DA SUA CAPACIDADE GERENCIAL E OPERACIONAL.

• PLANOS DE SANEAMENTO MUNICIPAIS QUE NÃO ATENDIAM OS CONTEÚDOS MÍNIMOS INCLUSIVE DA VIABILIDADEECONÔMICO-FINANCEIRA FORAM ENTREGUES AOS MUNICÍPIOS

• MUNICÍPIOS QUE DELIBERAM NOS PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO EM PARTICIPAR DA GESTÃO E OPERAÇÃO DOSSERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO TEM SEUS DIREITOS NEGADOS PELA CORSAN. (PEQUENOS E “DEFICITÁRIOS” EGRANDES.

• A CORSAN SÓ TEM UM LADO PARA FAZER SANEAMENTO BÁSICO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E MUNICÍPIOSNÃO TEM SIDO OUVIDOS.

• NA MEDIDA PROVISÓRIA DO SANEAMENTO EM ELABORAÇÃO NA CASA CIVIL DO GOVERNO FEDERAL, OS MUNICÍPIOSNOVAMENTE PERDERÃO AUTONOMIA E SOBERANIA PARA DELIBERAR ASSUNTOS DE INTERESSE LOCAL (CONSTITUIÇÃOFEDERAL).

• A CORSAN CORRE SÉRIOS RISCOS, POIS A MEDIDA PROVISÓRIA, PREVÊ CONCORRÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DIRETA NOMODELO DA GESTÃO ASSOCIADA POR CONTRATO DE PROGRAMA, NA QUAL OS MUNICÍPIOS DEVERÃO PUBLICAR EMEDITAL SE EMPRESAS PRIVADAS TEM INTERESSE EM PRESTAR SERVIÇOS NAQUELE MUNICÍPIO.

• TODOS OS CAMINHOS PROGRAMADOS PELO GOVERNO FEDERAL, EXIGEM DOS GOVERNOS ESTADUAIS PARA PACTUARSUAS DÍVIDAS, A ENTREGA DE SERVIÇOS AO SETOR PRIVADO, OU A VENDA DE PATRIMÔNIO ???? PÚBLICO.

• NORMAS, LEIS, ATITUDES, AÇÕES LEVAM AO APRISIONAMENTO DOS MUNICÍPIOS INTERESSADOS EM PROMOVER SEUSSERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE FORMA INTEGRADA, UNIVERSAL E VIÁVEL FINANCEIRAMENTE.

A POPULAÇÃO CARENTE, RURAL, MULHERES, CRIANÇAS, SEMÁGUA SEGURA, SEM ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS DESANEAMENTO PAGAM MAIS CARO PELA ÁGUA, PELA FALTA DEHIGIENE, PELA DOENÇA, PELO DIREITO DE SER CIDADÃO POISMUITAS VEZES SOFREM COM A DISCRIMINALIZAÇÃO.

HÁ DINHEIRO SUFICIENTE PARA FINANCIAR INVESTIMENTOS EMELHORIAS EM SANEAMENTO BÁSICO ?SE TEM DINHEIRO PARA FINANCIAR POLÍTICOS, PORQUE NÃOHAVERIA RECURSOS FINANCEIROS PARA SANEAMENTO?

SE HOUVER PRIORIDADE COM O SOCIAL, AMBIENTAL, COM ASDEMANDAS DA SOCIEDADE E MENOS DO MERCADOESPECULATIVO DE CAPITAIS, SIM. SE NÃO HOUVER CORRUPÇÃO,SIM. SE HOUVER CONTROLE SOCIAL E FISCALIZAÇÃO, SIM. SEENTENDERMOS QUE É PRECISO DISPENDER PREVENTIVAMENTE 5REAIS POR HABITANTE AO MÊS EM SANEAMENTO,SEGURAMENTE QUE SIM. SE ATUARMOS EM UMA PARCERIAPÚBLICO-PÚBLICA, NA QUAL OS PODERES EXECUTIVO,LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO, E A POPULAÇÃO ATUAM PELO BEMESTAR DA POPULAÇÃO E DO AMBIENTE, SIM....E SE PENSO EM GOVERNANTES QUE TEM COMPROMISSOS COMA AGENDA DO SETOR PRIVADO, NÃO!

A DESCONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DESANEAMENTO BÁSICO POR MEIO DA REVISÃO AÇODADADO MARCO LEGAL, CONTANDO COM A PARTICIPAÇÃODOS SEGMENTOS POLÍTICOS HEGEMÔNICOS LIGADOS AOSETOR PRIVADO E EXCLUINDO A PARTICIPAÇÃO SOCIAL, ÉUMA REALIDADE

• VETO AO PLC 199 (1995)• LEI Nº 11.445 (2007) – POLÍTICA NACIONAL

SANEAMENTO BÁSICO• LEI Nº13.334 (2016) – CRIA PROGRAMA DE PARCERIAS

DE INVESTIMENTOS – PPI• PEC Nº 65 (2012) – PROPÕE FLEXIBILIZAÇÃO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL• LEI Nº 13.429 (2017) – LEI DAS TERCEIRIZAÇÕES• MP DO SANEAMENTO

ÁGUA CARA É AQUELA QUE NÃO SE TEM.INVESTIR 1 REAL EM SANEAMENTO ECONOMIZA 4 REAIS

NA SAÚDE

ACONTECEU EM 2000 -2001 ...

E DE NOVO NO ANO 2017 ... CEDAE ... BRASÍLIA...

DUCHA DE ÁGUA FRIA –VENDA DE PATRIMÔNIO DOSMUNICÍPIOS PARA OUTRASFINALIDADES ?

PAGAMENTO DE SALÁRIO ,PAGAMENTO DE DIVIDENDOSAO ACIONISTA MAJORITÁRIO,ÀS CUSTAS DOS CIDADÃOSQUE PAGAM PELOS SERVIÇOSPRESTADOS.

PENSAR NOS INTERESSES DOS MERCADOS EM PRODUZIRLUCRO, LUCRO, GOVERNOS EM IMPOSTAR A SOCIEDADE,PAGAR DIVIDENDOS AOS ACIONISTAS.

NÃO DEIXEM MORRER NOSSOS RIOS DE ESPERANÇAS, ONDEO BIGUÁ NÃO TEM MAIS PEIXE E AGUAPÉ NÃO DÁ MAISFLOR. ÁGUA É FONTE DE VIDA, É TRANSPARENTE E UMDIREITO UNIVERSAL, COMO O É O SANEAMENTO BÁSICO,NÃO MERCADORIA.

MATRIZ DE RETORNO DE IMPOSTOS

MUNICÍPIOS

MODELO GERENCIAL

PLANOS MUNICIPAIS

QUANDO O MUNICÍPIO ASSUMIR A GESTÃO DOSSERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO ENÃO DELEGÁ-LO A UMA EMPRESA PRIVADA OUNÃO CONTRATAR UMA ESTATAL A EXEMPLO DASCESBS, ELE TERÁ PLENAS CONDIÇÕES DECOMPETIR E GERIR COM AUTONOMIA ESOBERANIA SUAS POLÍTICAS PÚBLICAS EM BUSCADA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DESANEAMENTO BÁSICO.

COMO RESULTADO, AS TARIFAS SERÃO MAISBAIXAS, OS RECURSOS FINANCEIROSARRECADADOS FICARÃO NO ÂMBITO MUNICIPALE ESTES NÃO SERÃO REPASSADOS PARA OGOVERNO ESTADUAL, OS CUSTOS SERÃO MAISBAIXOS.

PENSO EM UM MUNICÍPIO EM SUA GENTE, NAS ÁREASURBANAS E RURAIS, NO CENTRO E NAS PERIFERIAS, NASCLASSES DE RENDAS ABASTADAS E BAIXA RENDA, NOSPROBLEMAS URBANÍSTICOS, NA DEPENDÊNCIA DE RECURSOSPÚBLICOS ESTADUAIS E FEDERAIS (INEXISTENTES), NOSSERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO, DE SAÚDE, NA FALTA DECUIDADOS BÁSICOS DE MANUTENÇÃO (BURACOS,OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DO SISTEMA DEDRENAGEM).....

SEJAMOS COMO A ÁGUA, VIRTUOSOS. NA PLANÍCIEESPRAIAMOS, ENCONTRANDO UMA ROCHA, CIRCUNDAMOS-NA E NUM COPO GANHAMOS FORMA.

DW 12

NÃO HÁ COMO FALAR DE SANEAMENTO BÁSICO SEM FALAR DE ÁGUA, DE ECONOMIA E DO MEIO AMBIENTE, SEM CONHECERMOS SUA

HISTÓRIA, SEM FALAR DOS PAISES E DOS SEUS GOVERNANTES, SEM FALAR DAS CIDADES E DE SUA GENTE, DA VIDA, DOS RECURSOS

HÍDRICOS, DA HABITAÇÃO, DA POBREZA, DE COMO PENSAMOS, DE COMO AGIMOS, SE SOMOS EDUCADOS, SE SOMOS EGOISTAS OU

SOLIDÁRIOS, SE TEMOS AMOR PARA DAR, E COMPROMISSOS COM A GERAÇÃO FUTURA.

CONVERSANDO COM NOSSO EU INTERIOR, DESPERTANDO NOSSO SABER.

PENSO NA FRAGMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS , NALEGISLAÇÃO ENGESSADA QUE GARROTEIA GOVERNANTES COMPROPÓSITOS IMPLÍCITOS E INVISÍVEIS.

CONSTITUIR UMA MESA DE CONVERSAÇÃO, COOPERAÇÃO.SISTEMAS LOCAIS DE PRODUÇÃO, ABRIR PORTAS PARA APARTICIPAÇÃO , PARA A TOMADA DE DECISÃO , EDUCAÇÃO DEVALORES, DOMINAR A TÉCNICA (NÃO SER DEPENDENTE).

POIS QUEM MUDA SUA RUA, MUDA SUA CIDADE, SEU ESTADOE PAÍS.

A EDUCAÇÃO É UM CAMINHO PARA O

APRENDIZADO. É FAZENDO QUE SE APRENDE.

PARA UNIVERSALIZAR OS SERVIÇOS DESANEAMENTO BÁSICO É PRECISODISTRIBUIR RENDA.

QUANDO SE FALA DE ÁGUA, ESTAMOS FALANDO EM COMPARTILHAR, EMFAZER COOPERAÇÃO POR UMA GESTÃO PÚBLICA DE QUALIDADE. SE ESTÁFALANDO EM VALORIZAR TODAS AS PESSOAS COM AS QUAIS TEMOSCONTATO. CADA UM TEM ALGO DIFERENTE A ENSINAR, POIS NÃO HÁ SABERMAIOR OU MENOR, MAS SIM, SABERES DIFERENTES (P.Freire)

SOBERANIA, AUTONOMIA, QUALIDADE DE VIDA,PROGRESSO, EDUCAÇÃO, SAÚDE NÃO TEM PREÇO E PORISSO É PRECISO DEMOCRATIZAR A INFORMAÇÃO E ACAPACIDADE DA GOVERNANÇA LOCAL EM NOSSOSMUNICÍPIOS, COM A IMPRESCINDÍVEL PARTICIPAÇÃO DAPOPULAÇÃO EM SEU CONTROLE.

DIREITOS COMO O SANEAMENTO BÁSICO NÃO SE PODEMVENDER E É IMPERIOSA A MUDANÇA NO MODELO DEGESTÃO TORNANDO-0 SUSTENTÁVEL, DEMOCRÁTICO,DISTRIBUTIVO E PARTICIPATIVO. DIREITOS AO ACESSO AÁGUA SEGURA E SANEAMENTO BÁSICO SÃO GARANTIDOSPOR POLÍTICAS PÚBLICAS E NÃO SÃO COMPROMISSOS DOSETOR PRIVADO.

DW 16

O OUTRO LADO DA ÁGUA E DO SANEAMENTO: UMA ESCOLHA A FAZER• ÁGUA É VIDA OU MERCADORIA

• ÁGUA É TRANSPARENTE OU APRESENTA COR

• ÁGUA É POTÁVEL OU CONTAMINADA

• ÁGUA PRODUZ ALIMENTO, A FALTA DE ÁGUA A MORTE

• ÁGUA É SAÚDE OU DOENÇA

• ÁGUA SE CUIDA OU SE POLUI

• ÁGUA SE DISTRIBUI COMO UM DIREITO, OU SE TRANSFORMA EM UMA MOEDA DE NEGÓCIOS

• A GESTÃO DA ÁGUA OU ESTÁ EM MÃOS PÚBLICAS (POPULAÇÃO, PARTICIPAÇÃO) EM UM MODELO DE COOPERAÇÃO (MUNICÍPIO) OU NA FORMA DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS ONDE O PÚBLICO É REFEM E O PRIVADO ATUA PELA LÓGICA DE MERCADO.

O CONHECIMENTO E A EDUCAÇÃO SÃO CAMINHOS PARA O APRENDIZADO.

É FAZENDO QUE SE APRENDE.

QUANDO SE FALA DE ÁGUA, FALA-SE DE SAÚDE, EMCOMPARTILHAR, EM FAZER COOPERAÇÃO, EM PLANEJAR EFAZER GESTÃO. SE ESTÁ FALANDO EM VALORIZAR TODASAS PESSOAS COM AS QUAIS TEMOS CONTATO. CADA UMATEM ALGO DIFERENTE PARA ENSINAR.

“SOMOS ÁGUA, QUANDO A DEFENDEMOS, DEFENDEMOS A VIDA.” Eduardo Galeano

CUIDAR DA ÁGUA, SE BEBERMOS UMA ÁGUA, DEVEMOS OLHAR PARA A SUA FONTE E SEGUIR SEU CAMINHO.

QUANDO EXISTE COOPERAÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS, MUNICÍPIOS PEQUENOS OU GRANDES PODEM BUSCAR AUTOSUFICIÊNCIA PARA GESTIONAR E OPERAR SEUS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO. OS INTERESSES COLETIVOS DEVEM SE SOBREPOR AOS INTERESSES PARTIDÁRIOS, INDIVIDUAIS OU CORPORATIVOS.

DADOS CONSTANTES NO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO:

TOTAL DE INVESTIMENTOS 2005 – 2014 (10 ANOS): R$ 113 MILHÕES/ANOTOTAL DE INVESTIMENTOS ESTIMADOS NO PERÍODO 2016 – 2035: r$ 1.772.765.710,00 (ESGOTO + R$ 926.522.543,00 (ABASTECIMENTO DE ÁGUA)

TOTAL DE INVESTIMENTOS PREVISTOS NO PMSB:R$ 2,7 BILHÕES (20 ANOS), O QUE EQUIVALE A R$ 135 MILHÕES/ANO.OBSERVA-SE QUE EM UMA CONCESSÃO PRIVADA OS PRAZOS NORMALMENTE SERIAM DE 35 ANOS, A EXEMPLO DA PPP DA CORSAN, O QUE SIGNIFICARIA R$ 77 MILHÕES/ANO.

ABORDA PREVISÃO DE INVESTIMENTOS, NÃO ABORDA ESTIMATIVA DE RECEITAS:

Tarifa média de água R4 4,09/m3Tarifa média de esgoto R$ 3,76/m3 (linear)Índice de suficiência de caixa 133,49 %Consumo médio de água por economia 238,59 L/Hab.diaÍndice de tratamento de água 100 %Índice de coleta de esgoto 61,13 %Índice de tratamento de esgoto 84,57 %Índice de esgoto tratado referido à água consumida 51,70%

Receita operacional (direta+ indireta) R$ 663.460.768,95Receita de Água R$ 439.984.417,31Receita de esgoto R$ 185.777.450,07Pagamento do serviço da dívida R$ 40.0044.681,51Investimentos realizados R$ 50.148.034,61Economias totais ativas com água 675.700 economiasVolume faturado das econ ativas com água 107.881.650 m3/anoEconomias atendidas com esgoto separador + misto 610.824 economias (90%)Volume de esgoto faturado 58.797.800 m3/anoEconomias contempladas com tarifa social 52.441 economiasÍndice de perdas de água 20 %

DADOS SNIS (REFERÊNCIA ANO 2015):

PREVISÃO SIMPLIFICADA DE RECEITA: (utilizandodados atuais, projetado como valor presente, ouseja, durante os 20 anos, o volume faturado deágua é multiplicado por 0,8 (coeficiente de retorno)e pelo percentual de atendimento adotado em85%). (PADRÃO UNIVERSALIZAÇÃO SEGUNDO ACORSAN).

Previsão volume de esgoto faturado 10 anos (2025):107.881.650 m3/ano x 0,8 x 0,85 = 73.359.522 m3esgoto/ano

Previsão de receita em 2025 de esgoto: R$275.831.802,00/ano, ou seja em 10 anos, seriampela diferença do que se arrecada hoje, como quese prevê arrecadar a partir de 2025,aproximadamente R$ 1.bilhão de reais.

IMPOSTO SOBRE IMPOSTONo caso de POA efetivar uma PPP no DMAE, esta deverá pagar seus impostos sobre a arrecadação e lucro líquidoda atividade.A premissa de impostos para o modelo econômico-financeiro da PPP considera a tributação de acordo com oregime de tributação Real, que adota os parâmetros abaixo:Impostos indiretos: alíquota de 9,25% de PIS/COFINS sobre a receita bruta, e geração de crédito de 80% sobre oscustos operacionais e da amortização do CAPEX (Investimentos);Impostos diretos: alíquota de Imposto de Renda (IR) de 15% sobre o Lucro Bruto antes do Imposto de Renda eadicional de 10% sobre o valor que ultrapassar R$ 240 mil/ano, e alíquota de 9% de CSLL.FGTS, INSS, Imposto de Renda.Estes custos significam que a Concessionária terá que operar com custos 40 % maiores (segundo estudocomparativo realizado no DMAE na década de 1990). Além disso, sobre os custos dos valores a serem pagos aconcessionária incidirão a TIR (10%) e os juros bancários para os empréstimos que esta deverá buscar parasustentar os investimentos a serem demandados (12% a.a.).A partir destas considerações pergunta-se o que o Município vai ganhar coma PPP do DMAE? Irá perder receitaque hoje cobra no sistema de esgoto misto e repassa para a drenagem pluvial. Ou vai vender os ativos do DMAEpara fazer caixa? A custa dos usuários que sequer tem direito de opinar e direito ao acesso à informação? Vaipassar um cheque em branco?

Ranking saneamento – Trata Brasil, 2017

DW 23dw 23

Se não houver frutos,Valeu a beleza das flores;

Se não houver flores,Valeu a sombra das folhas,

Se não houver folhas,Valeu a intenção da semente.

HENFIL

dieterw@iph.ufrgs.brOBRIGADO