gestÃo de resÍduos sÓlidos em rede de cidades...

18
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM REDE DE CIDADES CONECTADAS POR EMPRESAS PRODUTORAS DE PETRÓLEO E GÁS: MACAÉ E RIO DAS OSTRAS Anibal Alberto Vilcapoma Ignacio (UFF ) [email protected] Bruna Moraes de Lima (UFF ) [email protected] Lea Maria Dantas Sampaio (UFRJ ) [email protected] A indústria de petróleo e gás natural trouxe desenvolvimento para os municípios do Norte Fluminense, mas trouxe também ônus ambiental. Uma das mais preocupantes consequências do acelerado desenvolvimento é o aumento exponencial do volume do lixo de todos os tipos, o que traz um impacto ambiental, agravado pela falta de gestão adequada e orientada por um real dimensionamento do problema, por parte dos gestores municipais. O presente artigo propõe um modelo de dimensionamento de geração de resíduos, nos municípios de Rio das Ostras e Macaé, bem como do aterro sanitário apropriado para recebê-los, em um horizonte de planejamento de 30 anos. Estas informações podem vir a se tornar de vital importância como base para definir políticas de gestão de resíduos sólidos, nestes e em outros municípios produtores de petróleo e gás. XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

Upload: lykhanh

Post on 20-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM

REDE DE CIDADES CONECTADAS POR

EMPRESAS PRODUTORAS DE

PETRÓLEO E GÁS: MACAÉ E RIO DAS

OSTRAS

Anibal Alberto Vilcapoma Ignacio (UFF )

[email protected]

Bruna Moraes de Lima (UFF )

[email protected]

Lea Maria Dantas Sampaio (UFRJ )

[email protected]

A indústria de petróleo e gás natural trouxe desenvolvimento para os

municípios do Norte Fluminense, mas trouxe também ônus ambiental.

Uma das mais preocupantes consequências do acelerado

desenvolvimento é o aumento exponencial do volume do lixo de todos

os tipos, o que traz um impacto ambiental, agravado pela falta de

gestão adequada e orientada por um real dimensionamento do

problema, por parte dos gestores municipais. O presente artigo propõe

um modelo de dimensionamento de geração de resíduos, nos

municípios de Rio das Ostras e Macaé, bem como do aterro sanitário

apropriado para recebê-los, em um horizonte de planejamento de 30

anos. Estas informações podem vir a se tornar de vital importância

como base para definir políticas de gestão de resíduos sólidos, nestes e

em outros municípios produtores de petróleo e gás.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

2

Palavras-chaves: gestão de resíduos sólidos, indústria de petróleo e

gás, modelo de dimensionamento de resíduos sólidos.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

3

1. Introdução

A partir da década de 1970, a indústria de petróleo e gás natural que se instalou nos

municípios do Norte Fluminense tem tido um crescimento bastante acelerado. Os municípios

de Armação dos Búzios, Cabo Frio, Carapebus, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu,

Campos dos Goytacazes, Macaé, Quissamã e Rio das Ostras ainda sofrem com o surto

econômico, seguido de um crescimento descontrolado. Uma das mais preocupantes

consequências do acelerado desenvolvimento é o aumento exponencial do volume do lixo de

todo tipo, impactando ainda mais o meio ambiente da região, inclusive afetando outras

cadeias produtivas. Isto é devido também à expansão imobiliária para atender à grande

população que tem imigrado de todas as regiões do país e do exterior, atraída por novos

empregos, provocando inclusive a favelização da região que ocorre quando grande parcela

desta migração não está capacitada para os empregos oferecidos.

A recente Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS,

2010), traz um grande desafio por suas diretrizes que precisam ser seguidas, desde produtores,

consumidores, até os governos de âmbito municipal, estadual e federal. Essa lei institui a

responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, isto é, fabricantes, importadores,

distribuidores, comerciantes, consumidores, serviços públicos de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos: todos como responsáveis, ao longo do ciclo de vida dos produtos, de sua

origem ao pós-consumo.

Ressalta-se que a PNRS (2010) impõe ainda a eliminação dos lixões, o encaminhamento

apenas dos rejeitos - restos dos resíduos que não podem ser reaproveitados - para serem

descartados nos aterros. Para se chegar a um sistema sustentável, cada município deve

considerar suas características locais e adequar sua gestão dos resíduos a esta realidade.

Presume-se que o aprendizado decorrente da análise da região piloto, formada pelos

municípios de Macaé e Rio das Ostras, pode vir a capacitar as cidades em questão a

estabelecerem relações entre si, dimensionarem o problema, refletirem a respeito dos meios

de se implantar um novo paradigma socioeconômico, através de uma nova política de gestão

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

4

inovadora e integrada, representada pela Economia Circular (SAMPAIO & IGNACIO, 2012).

Com o objetivo de dimensionar aterros sanitários e analisar a atual conjuntura dos municípios

conectados por empresas produtoras de petróleo e gás, o presente artigo expõe a definição, as

principais características e a cadeia dos resíduos sólidos urbanos dos mesmos. Para se cumprir

as metas desejadas, é realizada uma projeção de geração de resíduos sólidos urbanos e,

posteriormente, o dimensionamento dos aterros sanitários.

2. Resíduos sólidos urbanos

Segundo a ABNT NBR 10004 (2004), resíduos sólidos são resíduos nos estados sólido e

semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos

provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e

instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades

tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água ou exijam

para isso, soluções técnicas e/ou economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia

disponível.

Como tal definição proporciona uma ampla abrangência, a mesma norma estabelece uma

classificação para os resíduos sólidos. Baseada na norma, Massukado (2004) descreve suas

classes como: Classe I-Perigosos, Classe II – Não Perigosos (A e B).

Particularmente neste estudo, utiliza-se o termo ‘resíduos sólidos urbanos’ (RSU) para

englobar os resíduos sólidos produzidos por domicílios, estabelecimentos comerciais, de

serviços, administrativos, industriais etc.

2.1. Caracterização dos resíduos sólidos

Os RSU são peculiarmente marcados pela sua composição heterogênea e o conhecimento de

suas características é imprescindível para um correto gerenciamento dos mesmos. Segundo

IBAM (2001), a geração per capita, massa específica, teor de umidade, compressividade e

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

5

composição gravimétrica são características físicas relevantes para se caracterizar o RSU.

A geração per capita relaciona a quantidade de resíduos, gerada diariamente ou anualmente, a

cada habitante de uma determinada região. A quantia de resíduos domiciliares, em especial, é

fortemente influenciada pelo modo de vida da população. Em 2012, a geração de RSU per

capita no Brasil foi de 383,2 kg/hab/ano (ABRELPE, 2012), enquanto que na cidade do Rio

de Janeiro, o mesmo índice foi de 634,3 kg/hab/ano (IPP, 2012). Essa característica é de suma

importância para o dimensionamento de veículos de coleta e das unidades que compõem o

sistema de limpeza urbana.

A massa específica é a razão entre a massa do resíduo e o seu volume ocupado que é,

comumente, expresso em kg/m³. Sua determinação é importante para o dimensionamento dos

equipamentos e das instalações do aterro. Em 2012, a massa específica do lixo na cidade do

Rio de Janeiro, coletada pela Companhia de limpeza urbana (COMLURB) foi de 133,02

kg/m³ (IPP, 2012).

O teor de umidade ou líquido presente nos resíduos é medida em percentuais da massa total

dos mesmos. No gerenciamento dos resíduos, essa característica é importante para o

dimensionamento de incineradores e de usinas de compostagem dos componentes orgânicos,

mas também porque influencia diretamente no cálculo do ‘chorume’ produzido. Na cidade do

Rio de Janeiro, este teor registrado em 2012 foi de 36,57% (IPP, 2012).

‘Compressividade’ é o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa de lixo

pode sofrer quando compactada, influenciando no dimensionamento de veículos coletores e

estações de transferência com compactação. Submetido a uma pressão de 4kg/cm², o volume

do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto (1/4) do seu volume original.

Outra caracterização importante dos resíduos sólidos consiste na composição gravimétrica, a

qual permite melhor análise dos resíduos para maximizar o aproveitamento das frações

recicláveis para comercialização e posterior definição da forma ótima de disposição final dos

mesmos. Condições socioeconômicas, como poder aquisitivo, cultura e desenvolvimento

tecnológico, bem como hábitos e condições climáticas influenciam na composição

gravimétrica dos resíduos sólidos. Assim, cada região tem uma composição particular.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

6

Ademais, a composição pode variar ao longo do tempo, pois essas mesmas condições se

modificam com o tempo.

A elevada geração de resíduos do tipo orgânico, putrescível e agregado fino, aponta a

importância de se definir o tratamento e a disposição adequada final desse tipo (VILHENA,

2002). Entretanto, o manejo de resíduos sólidos não recebe a atenção necessária da população,

tampouco do poder público. Como consequência, tem-se aumento da poluição ambiental e

redução da qualidade de vida com inúmeros casos de contaminação do solo e de águas

subterrâneas.

A prefeitura da cidade de Macaé (RJ) utilizou, durante aproximadamente 15 anos, uma área

de 160,6 m² como lixão municipal, depositando resíduos sólidos urbanos, industriais, de

serviço de saúde e perigosos de classe I. Ao desativar o lixão, a prefeitura retirou em torno de

1,5 m de lixo da superfície. Embora não haja nenhuma comprovação de ações para remediar o

antigo lixão, é de conhecimento público que esta área vem sendo apropriada e ocupada por

populações de baixa renda. Na construção das edificações, sobretudo na etapa de recorte de

solo para a fundação do radier de sustentação de pilares, é possível observar a massa de lixo

disposta no solo, ao longo do tempo. Ainda assim, as famílias utilizam água de poços

escavados e fossas do tipo sumidouro. Não há estatísticas oficiais sobre doenças de veiculação

hídrica, desconforto ambiental ou contaminação do solo e do lençol freático, mas amostras de

água coletadas apresentaram coloração, odor desagradável e sabor salino, além de coliformes

fecais (FERREIRA et al., 2011).

2.2. A cadeia de resíduos sólidos domiciliares: do berço ao túmulo

Logarezzi (apud MASSUKADO, 2004) afirma que o ciclo dos resíduos sólidos tem início

com a geração dos mesmos, seja por consumo de produtos e serviços, por produção, por

comercialização ou por oferta de serviços. Após o descarte, ocorre o acondicionamento e, às

vezes, armazenamento para, sequencialmente, haver coleta, transporte/transferência,

tratamento e destinação final dos resíduos sólidos. Os processos e os fluxos que os

concatenam são descritos na Figura 1.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

7

Figura 1 – Cadeia de resíduos sólidos domiciliares

Fonte: Os autores

O acondicionamento consiste em dispor o material rejeitado em caixas, tambores ou sacos

plásticos, a fim de facilitar o manejo do mesmo. Além de facilitar a realização da coleta, este

processo evita acidentes e proliferação de vetores, minimizando impactos negativos, visual e

olfativo. O armazenamento dos resíduos ocorre quando há necessidade de se guardar os

resíduos, até que o serviço de coleta ocorrer. Esse processo é mais comum nos locais onde a

coleta não é diária.

De acordo com IBAM (2001), coletar o lixo significa recolhê-lo de modo acondicionado, da

fonte geradora, através de um veículo coletor, o qual permite transportar o mesmo a uma

estação de transferência, centro de tratamento ou disposição final. Para que esse processo seja

eficiente, é importante que as etapas anteriores de acondicionamento e armazenamento sejam

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

8

devidamente cumpridas e que a coleta seja regular, com dias e horários determinados. A

coleta pode ser convencional e/ou seletiva. A diferença entre elas está na separação dos

resíduos em diversas frações, que ocorre na seletiva e não na convencional.

A localização dos aterros sanitários, estações de transferência e centros de tratamento fica,

normalmente, longe dos centros da massa que gera tais resíduos. Assim, os resíduos coletados

precisam ser transportados por caminhão baú ou caminhão compactador, até esses pontos.

Quando a distância entre o domicílio e o local de descarga do caminhão é muito longa

(superior a 25 km), pode-se usar estações de transferências que geram maior economia. Essas

estações são locais onde os resíduos são transferidos dos veículos coletores para veículos de

maior capacidade de carga, como carretas ou barcaças.

As usinas ou centrais de triagem e beneficiamento são instalações onde os resíduos recicláveis

são separados, sejam eles provenientes de coleta seletiva ou convencional, e beneficiados,

visando maior ganho com a venda dos mesmos. O processo de beneficiamento dos resíduos

pode envolver lavagem, trituração, peneiramento, prensagem e enfardamento.

Tratamento de resíduos consiste em efetuar procedimentos, a fim de se reduzir a quantidade

ou o potencial poluidor dos mesmos (IBAM, 2001). Os processos de reciclagem,

compostagem, incineração e outros afins são alternativas de tratamento de resíduos. A

definição de quais tipos de tratamento se deve utilizar é uma estratégia que deve considerar as

particularidades de cada município ou região.

A última etapa da cadeia de resíduos sólidos é a destinação final dos mesmos. Como a PNRS

(2010) prevê a eliminação de lixões até 2014, considera-se neste estudo que a destinação final

ocorrerá de maneira adequada, nos aterros sanitários. Massukado (2004) cita as seguintes

vantagens de se utilizar aterro sanitário: controle de proliferação de vetores, possibilidade de

disposição de lodos provenientes de estações de tratamento de água e esgoto, e baixo custo de

operação.

3. Projeção de geração de resíduos sólidos urbanos

Para se definir os cenários futuros é preciso projetar a geração de resíduos sólidos, que por sua

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

9

vez depende do crescimento populacional local. Análises da região definida como amostra

piloto, formada pelos municípios de Macaé e Rio das Ostras, permitem realizar inferências

sobre os demais municípios conectados por Empresas Produtoras de Petróleo e Gás (EPPG),

pois todas estas cidades sofrem os mesmos impactos socioambientais. Assim, para se

determinar o crescimento populacional dos dois municípios, utiliza-se o modelo de Malthus.

De acordo com Sodré (2003), o Modelo de Crescimento Exponencial de Malthus determina

que a taxa de variação da população, em relação ao tempo, é proporcional à população

presente. Isto é:

Onde a taxa é uma constante.

Analisando-se a equação, percebe-se que, para , há crescimento populacional; enquanto

para , há decrescimento populacional. A solução dessa equação é dada por:

Onde é a população inicial em .

A questão é que para , a população cresce e tende ao infinito, e para a população

diminui e tende a zero. No primeiro caso, o modelo utilizado pode não funcionar para

projeções em longo prazo, sendo necessário se utilizar um fator ambiental de limitação. Neste

estudo, utilizou-se a área da unidade territorial como fator limitante.

Para se determinar a taxa de crescimento , no presente trabalho, utilizam-se os dados

populacionais de 1999 a 2010, das cidades de referência.

O modelo é implementado no Microsoft Excel e, para ser executado é preciso linearizar a

equação , o que resulta em:

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

10

Utilizando-se a ferramenta “Regressão” e adotando-se um nível de significância de 5%,

obtém-se um modelo válido para a população de Macaé, o qual tem seus resultados dispostos

na Tabela 1. Percebe-se que o valor de “R-Quadrado” está bem próximo de 1 e o “valor-P”

estão bem próximo de zero e, portanto menor que o nível de significância. Então, pode-se

concluir que a regressão linear é válida e, portanto, a variável t representa a população.

Tabela 1 – Resultados do modelo de regressão RESUMO DOS RESULTADOS

Estatística de regressão

R múltiplo 0,984023011

R-Quadrado 0,968301285

R-quadrado ajustado 0,965419584

Erro padrão 0,030570661

Observações 13

ANOVA

gl SQ MQ F F de significação

Regressão 1 0,314030049 0,314030049 336,0172247 1,35838E-09

Resíduo 11 0,010280219 0,000934565

Total 12 0,324310268

Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0%Superior 95,0%

Interseção 11,70632448 0,0179862 650,8503511 1,41481E-26 11,66673712 11,74591183 11,66673712 11,74591183

Variável X 1 0,041538414 0,002266048 18,33077262 1,35838E-09 0,036550876 0,046525952 0,036550876 0,046525952

Fonte: os autores

O modelo obtido para a equação linearizada é

Logo, o modelo de comportamento da população, ao longo do tempo, é dado por

Aplicando-se o modelo à população macaense, obtém-se a projeção populacional, descrita a

seguir. Considerando-se que a cidade de Macaé possui uma área de 1.216,846 km², as

projeções são aceitáveis. Em 2045, por exemplo, a densidade demográfica projetada seria de

702,48 hab/km². De forma análoga, o mesmo procedimento, considerando a cidade de Rio das

Ostras, obtém:

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

11

Como Rio das Ostras possui uma área de 229,044 km², em 2045 teria uma densidade

demográfica de 18.184,46 hab/km². Obviamente, esse resultado é inviável, uma vez que

supera a de Nilópolis, cidade de maior densidade demográfica do estado do Rio de Janeiro,

com 8.117,62 hab/km², em 2010.

Descontando-se as áreas de proteção ambiental e rural, o território habitável da cidade seria

ainda menor, elevando ainda mais a densidade demográfica. Diante de tal inconsistência,

adota-se a área da cidade como fator limitante do modelo implementado.

Assim como Rio das Ostras serve como moradia para trabalhadores de Macaé, São Gonçalo

(RJ) também possui boa parte de sua população, economicamente ativa, trabalhando em

Niterói e Rio de Janeiro. De acordo com ANDRADE et al. (2010), o elevado custo de vida

das cidades de Niterói e Rio de Janeiro fez com que diversas pessoas buscassem São Gonçalo

como alternativa viável de moradia. A característica de cidade-dormitório de ambas, bem

como a extensão territorial aproximada das mesmas permite se adotar São Gonçalo como

parâmetro para estabelecer o fator limitante do crescimento populacional de Rio das Ostras.

São Gonçalo possui 247,709 km² e, em 2010, apresentava densidade demográfica de 4.035,90

hab/km². Considerando-se esta densidade e o território de Rio das Ostras, a cidade suportaria

aproximadamente um milhão de habitantes. A partir deste valor, o crescimento deve ser

reduzido. Nesse caso, utiliza-se a taxa de crescimento da cidade de São Gonçalo.

Em outras palavras, até a projeção populacional atingir 1 milhão de pessoas, utiliza-se o

resultado do modelo , depois de atingir o valor projetado de

1.035.724, o resultado considerado é .

Graficamente, a influência do fator limitante é mais bem percebida, na Figura 2.

Figura 2 – Projeção amortecida da população de Rio das Ostras

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

12

Fonte: Os autores

Sem o fator limitante, a população cresce exponencialmente e tende ao infinito; com o fator

limitante, a população cresce, comedidamente. Todavia, com o fator limitante o crescimento

sofre uma retração abrupta, fato bastante incomum em projeções populacionais.

Portanto, é preciso aplicar uma metodologia de amortecimento da projeção. Opta-se, então,

por se utilizar a média móvel dos últimos 5 anos para uma projeção mais fiel à realidade de

crescimento populacional (Figura 3).

Figura 3 – Projeção populacional de Rio das Ostras/Macaé

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

20

12

20

13

20

14

20

15

20

16

20

17

20

18

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

20

38

20

39

20

40

20

41

20

42

20

43

20

44

20

45

Po

pu

laçã

o

Ano

Macae

Rio das Ostras

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

13

Fonte: Os autores

Com a projeção populacional se pode determinar a quantidade de resíduos a serem gerados

pelo indicador geração per capita, utilizados os índices de geração, apresentados em IBAM

(2001), como na Figura 4.

Figura 4 - Projeção de geração de resíduos sólidos de Macaé e Rio das Ostras

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Ge

raçã

o a

nu

al (

Kg/

ano

) e

m M

ilhõ

es

Ano

Macaé

Rio das Ostras

Fonte: Os autores

Segundo Silva (2008), o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) do novo aterro sanitário de

Macaé, elaborado em outubro de 2005, apresenta a composição gravimétrica dos resíduos

macaenses (Tabela 2).

Tabela 2 – Composição gravimétrica de Macaé

Fonte: RAS (2005) apud Silva (2008)

Baseando-se na composição gravimétrica supracitada, realiza-se a análise gravimétrica dos

resíduos das cidades-piloto para três horizontes: 2015, 2030 e 2045 (ver Tabela 3).

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

14

Tabela 3 – Geração de resíduos por componentes

Componentes 2015 2030 2045 2015 2030 2045

Papel - Papelão - Tetra pak 16.896.013 38.585.904 76.000.694 7.987.158 57.195.123 103.898.911

Plástico duro - PET - filme 6.654.291 15.196.592 29.931.955 3.145.646 22.525.608 40.919.330

Vidro incolor e colorido 2.670.770 6.099.312 12.013.506 1.262.538 9.040.890 16.423.405

Metal ferroso e não-ferroso 1.442.895 3.295.179 6.490.347 682.092 4.884.379 8.872.814

Matéria orgânica putrescível e agregado fino 26.028.687 59.442.451 117.080.775 12.304.396 88.110.370 160.058.604

Rejeitos* 2.891.448 6.603.281 13.006.147 1.366.858 9.787.913 17.780.423

Total 56.584.103 129.222.719 254.523.424 26.748.687 191.544.283 347.953.488

*Rejeitos: inerte, folhas/flores, madeira, borracha, pano/trapo, couro, osso, coco, vela/parafina, eletro/eletrônico

Geração de resíduos (kg/ano)

Macaé Rio das Ostras

Fonte: Os autores

4. Dimensionamento dos aterros sanitários

De posse das projeções, pode-se fazer os cálculos para o dimensionamento de aterros

sanitários na região-piloto. Quando possível, os dados utilizados baseiam-se em

características do município de Macaé, para ambas as cidades. Do contrário, pode-se adotar

valores propostos pela metodologia do Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos (IBAM, 2001).

Sendo assim, segundo Silva (2008), considera-se uma taxa de compactação final de 0,80 t/m³

para o lixo aterrado. Segundo Bispo (2008), o aterro tem de 26 a 27 m de profundidade, o que

permite se utilizar o valor de 25 m. De acordo com IBAM (2001), pode-se utilizar o valor de

230 kg/m³ para o peso específico do lixo domiciliar, quando não houver dados mais precisos.

Tabela 4 – Dados para dimensionamento de aterro sanitário - Macaé

2020 2025 2030 2035 2040 2045

Número de habitantes 302.601 372.451 458.426 564.246 694.493 854.806

Geração anual de lixo (kg) 73.824.352 97.196.075 129.222.719 165.347.928 204.983.263 254.523.424

Geração de lixo acumulada (kg) 315.343.895 728.320.658 1.274.259.092 1.449.944.252 2.352.444.445 3.471.995.530

Peso específico (kg/m³)

Volume de lixo sem compactação (m³) 1.371.060,41 3.166.611,56 5.540.256,92 6.304.105,44 10.228.019,32 15.095.632,74

Taxa de compactação (kg/m³)

Volume de lixo compactado (m³) 394.179,87 910.400,82 1.592.823,87 1.812.430,32 2.940.555,56 4.339.994,41

Altura do aterro (m)

230

800

25

Fonte: Os autores

Dados para dimensionamento da área necessária para implementação do aterro sanitário estão

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

15

nas Tabelas 4 e 5, referentes à Macaé e Rio das Ostras.

Tabela 5 – Dados para dimensionamento de aterro sanitário - Rio das Ostras

2020 2025 2030 2035 2040 2045

Número de habitantes 223.031 380.906 650.533 995.369 1.094.208 1.150.085

Geração anual de lixo (kg) 26.748.687 50.093.718 100.185.944 191.544.283 298.646.452 330.056.291

Geração de lixo acumulada (kg) 173.093.893 508.275.625 1.183.985.633 1.697.326.549 3.276.932.348 4.962.611.147

Peso específico (kg/m³)

Volume de lixo sem compactação (m³) 752.582,14 2.209.894,02 5.147.763,62 7.379.680,65 14.247.531,95 21.576.570,21

Taxa de compactação (kg/m³)

Volume de lixo compactado (m³) 216.367,37 635.344,53 1.479.982,04 2.121.658,19 4.096.165,44 6.203.263,93

Altura do aterro (m)

230

800

25

Fonte: Os autores

Considerando-se que o aterro implementado começaria a receber resíduos em 2015, calcula-se

a área necessária para os resíduos de cada cidade com diferentes valores de vida útil (Tabela

6).

Tabela 6 – Dimensionamento de aterro sanitário

Macaé Rio das Ostras

5 2020 15.767 8.655

10 2025 36.416 25.414

15 2030 63.713 59.199

20 2035 72.497 84.866

25 2040 117.622 163.847

30 2045 173.600 248.131

Ano equivalente

à vida útilVida útil (anos)

Área (m²)

Fonte: Os autores

Aplicando-se os resultados ao atual aterro sanitário de Macaé, localizado às margens da BR-

101 e medindo 72.000 m² (SILVA, 2008), a vida útil do aterro seria de 20 anos. No que tange

ao aterro sanitário de Rio das Ostras, o atual aterro conta com 75.000 m² de área, o que

proporciona ao aterro uma vida útil inferior a 20 anos (MONITOR DIGITAL, 2010).

Cabe ressaltar que o presente estudo considera apenas os RSU (domiciliares, comerciais, de

serviços e industriais), excluindo os resíduos gerados por serviço de saúde, de construção e

demolição, de terminais de transporte, de poda e capinação, de estações de tratamento de água

e de esgoto. Ao englobar todos esses tipos de resíduos, a quantidade gerada de resíduos seria

ainda maior, aumentando assim a área necessária para atender a vida útil desejada do aterro

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

16

sanitário.

A análise dos resultados obtidos permite concluir que a implementação de políticas que visem

prevenção, redução, reutilização e tratamento dos resíduos pode minimizar a quantidade a ser

depositada no aterro sanitário. Assim, a aplicação dessas políticas possibilitaria uma vida útil

maior para uma mesma área destinada ao aterro ou, delimitada a vida útil desejada, reduziria o

tamanho do terreno necessário para o mesmo.

Segundo notícia do Monitor Digital (2010), Rio das Ostras conta com uma Central de

Tratamento de Resíduos e uma Usina de Reciclagem de Entulhos, em fase final de

construção. Segundo Bispo (2008), o aterro de Macaé possui uma Central de Tratamentos de

Resíduos.

As políticas de tratamento, já adotadas pelas cidades, combinadas com programas de

conscientização da população, que focam na redução e reutilização de resíduos, podem

aumentar a projeção de vida útil dos aterros. Posto isso, constata-se que as demais cidades

conectadas por EPPG também devem adotar essas políticas de minimização de resíduos que,

além de aumentarem a vida útil dos aterros existentes e daqueles a serem implementados,

podem reduzir os gastos municipais nos serviços de coleta.

5. Conclusões

O aumento exponencial da geração de resíduos sólidos é consequência do surto econômico e

do crescimento descontrolado que os municípios conectados por EPPG sofrem. A cadeia

produtiva petrolífera, aquecida pelos grandes campos de óleo descoberto na camada Pré-Sal,

proporcionará às cidades envolvidas um crescimento acelerado, mas também ônus ambiental.

Em virtude do crescimento exponencial populacional e, consequentemente, de geração de

resíduos, o simples descarte adequado dos mesmos não é suficiente para solucionar o

problema. Todas as ações dos órgãos da administração pública, da sociedade, das empresas e

indústrias devem estar comprometidas entre si, com ampla participação e intercooperação das

partes. Isto possibilita a elaboração e implantação de práticas que garantam o

desenvolvimento sustentável do sistema.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

17

A proposta de um modelo de dimensionamento de geração de resíduos, tomando-se Rio das

Ostras e Macaé como cidades-piloto que já adotam políticas e programas de tratamento e

minimização de geração de resíduos, serve para nortear as cidades ligadas por EPPG, na

adoção de tais políticas e programas.

Referências

ABNT NBR 10004. Norma NBR 10004: Resíduos sólidos – classificação. São Paulo, 2004. 71 p.

ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos

Resíduos Sólidos no Brasil. São Paulo, 2012, 116 p.

ANDRADE, T.A.G.; RIBEIRO, J. C. F.; SILVA, E. R.; MATTOS, U. A. O.; NASCIMENTO, E. A. A

integração de políticas públicas na ação contra enchentes em bacias hidrográficas antropizadas: o caso do

município de São Gonçalo, RJ. VI Congresso Nacional de Excelência em Gestão (CNEG), Niterói - RJ, 2010.

CEPERJ. PIB Municipal. Disponível em: <http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/pib/pib.html>. Acesso em: 18 dez.

2013.

FERREIRA, M.I.P.; COSTA, R.N.; ALMEIDA, P.G.A.; CORDEIRO, M.R.; FERREIRA, M.A.V.A.;

MAYERHOFER, U.H. A sociedade do hidrocarboneto: o ônus do aquecimento econômico gerado pela

cadeia produtiva do petróleo e gás em Macaé-RJ. Impactos sociais, ambientais e urbanos das atividades

petrolíferas: o caso de Macaé. Cap. 2-3 - Pag 169, 2011. Disponível em:

http://www.uff.br/macaeimpacto/OFICINAMACAE/pdf/23_MariaInes.pdf. Acessado em: 23/2/2014.

IBAM. Instituto Brasileiro de Administração Municipal – Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos

Sólidos. Rio de Janeiro, 2001, 200p.

IPP – INSTITUTO PEREIRA PASSOS. Composição gravimétrica do lixo - Município do Rio de Janeiro -

1995 – 2012 (fonte: COMLURB-Companhia de limpeza urbana da cidade do Rio de Janeiro). Disponível

no sitio eletrônico ‘Armazém de dados’: < http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/>. Acesso em: 27 fev.

2014.

LOGAREZZI, A. Contribuições conceituais para o gerenciamento de resíduos sólidos e ações de educação

ambiental. São Paulo, 2004.

MASSUKADO, L. M. Sistema de apoio à decisão: avaliação de cenários de gestão integrada de resíduos

sólidos urbanos domiciliares. 272 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) – Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Urbana, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.

MONITOR DIGITAL, 2010. Rio das Ostras possui sistema modelo de aterro sanitário licenciado pelo

INEA. Ver em: http://www.e-reciclagem.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=123:rio-das-

ostras-possui-sistema-modelo-de-aterro-sanitario&catid=37:noticias&Itemid=27. Acessado em 28/03/2014.

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída através da Lei nº 12.305/2010, disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm, acessada em: 19 fev. 2014.

BISPO, Luiz. Aterro Sanitário: obras concluídas. Macaé – RJ, 2008. Autor ligado ao SECOM-Macaé. Artigo

do jornal ‘O Debate’, disponível em: http://www.odebateon.com.br/site/noticia/detalhe/1914/aterro-sanitario-

obras-concluidas- Acessado em: 28/3/2014.

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

18

SAMPAIO, L.M.D., IGNACIO, A.A.V. Revisão sobre Conceitos e Ferramentas da Gestão Logística: a

Experiência da China. Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), Bento Gonçalves – RS,

2012.

SILVA, R. C. Estudo do potencial energético dos resíduos depositados no aterro sanitário de Macaé com o

uso da tecnologia de digestão anaeróbica acelerada. 87 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) –

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos,

Macaé – RJ, 2008.

SODRÉ, U. Equações diferenciais ordinárias. Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia Civil, Notas de

aula, 2003. Disponível em: < http://www.mat.uel.br/matessencial/superior/pdfs/edo.pdf > Acesso em: 23 set.

2013

VILHENA, A. A experiência na reciclagem. Revista Brazilian Bussiness, 2002. Disponível em:

<http://www.amchamrio.com.br>. Acesso em: 23 Fev. 2014.