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VIII Convibra Administração Congresso Virtual Brasileiro de Administração www.convibra.com.br GESTÃO DE QUALIDADE NA MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL EM UMA EMPRESA DE PETRÓLEO Edison de Oliveira Moreira Universidade Federal Fluminense Macaé (RJ) Ailton da Silva Ferreira Universidade Federal Fluminense Macaé (RJ) Denise Cristina de Oliveira Nascimento Universidade Candido Mendes Campos dos Goytacazes (RJ) Mauro Silva Florentino Universidade Federal Fluminense Volta Redonda (RJ) Resumo: A partir dos conceitos de gestão da qualidade total é possível manter um sistema adequado às normas e leis referentes a este ramo industrial que está em constante crescimento e tem uma série de desafios a serem superados devido ao intenso investimento para expandir a matriz energética nacional. Este trabalho é analisar e propor melhorias na normatização pertinente a medição de gás natural no sentido de confrontar sua aplicação nas organizações, apresentando as melhores práticas de gestão de qualidade de forma a garantir a eficiência e a confiabilidade deste processo. A metodologia constitui-se em analisar fluxos de trabalhos como que servem de base para a certificação. Concluí-se que o presente estudo foi capaz não somente de analisar os principais fluxos de um processo de melhorias de gestão da qualidade, bem como, demonstrar um principio de algumas rotinas auferidas a uma certificação da qualidade em uma empresa da bacia de campos que possibilita a detecção da não conformidade e potencias para os processos. Palavras Chaves: Qualidade, Petróleo, Energia. ABSTRACT: From the concepts of management of the total quality it is possible to keep an adequate system to the norms and referring laws to this industrial branch that is in constant growth and has a series of challenges to be surpassed due to the intense investment to expand the national energy matrix. This work is to analyze and to consider improvements in the pertinent normatização the natural gas measurement in the direction to collate its application in the organizations, presenting best the practical ones of management of quality of form to guarantee the efficiency and the trustworthiness of this process. The methodology consists in analyzing flows of works as that they serve of base for the certification. I concluded that the present study it was capable to not only analyze the main flows of a process of improvements of management of the quality, as well as, to demonstrate one I begin of some gained routines to a certification of the quality in a company of the basin De Campos who makes possible the detention of conformity and does not harness for the processes. Keywords: Quality, Oil, Energy.

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VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

GESTÃO DE QUALIDADE NA MEDIÇÃO DE GÁS NATURAL EM UMA EMPRESA

DE PETRÓLEO

Edison de Oliveira Moreira

Universidade Federal Fluminense – Macaé (RJ)

Ailton da Silva Ferreira

Universidade Federal Fluminense – Macaé (RJ)

Denise Cristina de Oliveira Nascimento

Universidade Candido Mendes – Campos dos Goytacazes (RJ)

Mauro Silva Florentino

Universidade Federal Fluminense – Volta Redonda (RJ)

Resumo:

A partir dos conceitos de gestão da qualidade total é possível manter um sistema adequado às

normas e leis referentes a este ramo industrial que está em constante crescimento e tem uma

série de desafios a serem superados devido ao intenso investimento para expandir a matriz

energética nacional. Este trabalho é analisar e propor melhorias na normatização pertinente a

medição de gás natural no sentido de confrontar sua aplicação nas organizações, apresentando

as melhores práticas de gestão de qualidade de forma a garantir a eficiência e a confiabilidade

deste processo. A metodologia constitui-se em analisar fluxos de trabalhos como que servem

de base para a certificação. Concluí-se que o presente estudo foi capaz não somente de

analisar os principais fluxos de um processo de melhorias de gestão da qualidade, bem como,

demonstrar um principio de algumas rotinas auferidas a uma certificação da qualidade em

uma empresa da bacia de campos que possibilita a detecção da não conformidade e potencias

para os processos.

Palavras Chaves: Qualidade, Petróleo, Energia.

ABSTRACT:

From the concepts of management of the total quality it is possible to keep an adequate

system to the norms and referring laws to this industrial branch that is in constant growth and

has a series of challenges to be surpassed due to the intense investment to expand the national

energy matrix. This work is to analyze and to consider improvements in the pertinent

normatização the natural gas measurement in the direction to collate its application in the

organizations, presenting best the practical ones of management of quality of form to

guarantee the efficiency and the trustworthiness of this process. The methodology consists in

analyzing flows of works as that they serve of base for the certification. I concluded that the

present study it was capable to not only analyze the main flows of a process of improvements

of management of the quality, as well as, to demonstrate one I begin of some gained routines

to a certification of the quality in a company of the basin De Campos who makes possible the

detention of conformity and does not harness for the processes.

Keywords: Quality, Oil, Energy.

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1. Introdução

O conceito de qualidade existe desde os primórdios, devido ao desejo do homem de construir

de acordo com suas próprias expectativas. Os artesãos no período na época do Renascimento

procuravam a perfeição em seus produtos, tanto para seus clientes quanto para sua própria

satisfação (LACHE & SHRIVASTAVA, 1994).

Posteriormente já se percebia a necessidade de criação de um departamento exclusivo para a

coordenação da qualidade, com o objetivo de preparar e ajudar a administrar esse programa

nas empresas. A implementação dependia do estabelecimento de padrões, avaliação de

desempenho, agir quando necessário e planejar aprimoramentos. Era primordial dar ênfase a

toda a cadeia de produção, desde o projeto até o mercado, tendo a contribuição de todos os

grupos funcionais para impedir falhas de qualidade, mudando a ênfase da correção para a

prevenção de defeitos (ADAM & FOSTER, 2000).

Na era da qualidade total, o foco principal das empresas passou a ser o cliente, pois o produto

ou serviço a ser concebido deveria existir a partir de seus desejos e interesses. Para isso era

necessário desenvolver a confiabilidade e a capacidade do produto de receber manutenção

satisfatoriamente, abrangendo áreas como o marketing, engenharia, suprimentos, engenharia

de processos, produção, inspeção e testes, expedição, instalação e assistência técnica

(CARVALHO, 2005; YAHYA & GOH, 2000).

O objetivo deste trabalho é analisar e propor melhorias na normatização pertinente a medição

de gás natural no sentido de confrontar sua aplicação nas organizações, apresentando as

melhores práticas de gestão de qualidade de forma a garantir a eficiência e a confiabilidade

deste processo. Nos próximos tópicos serão tecidos um embasamento sobre a gestão da

qualidade pertinente e importante para a analise a ser postulada posteriormente da empresa e

dos resultados finais.

2. Um breve histórico da Gestão da qualidade

Existe um intenso movimento em busca da qualidade, e este processo ainda está longe do fim.

Para as empresas, a qualidade se tornou uma condição de sua preexistência ao longo dos

tempos. Isso ocorreu em três grandes fases: a era da inspeção, era do controle estatístico e a da

qualidade total (CAMPOS, 1992; ZUTSHI & SOHAL 2006).

Nos Estados Unidos e Europa, desde o inicio do século, foram utilizados diversos conceitos

ao longo dos anos, sempre em evolução contínua. Já no Japão, o enfoque foi dado

principalmente no pós 2ª guerra mundial, a partir do momento que o país produzia bens não-

confiáveis e de qualidade inferior. Diversas abordagens foram utilizadas, sendo as principais

realizadas por Crosby, Deming, Feigenbaum, Juran, entre outros (CHAN & WONG, 1996).

No início do século XX a existência de um departamento da qualidade era rara. O objetivo das

empresas era cumprir prazos e garantir lucratividade. A qualidade poderia ser obtida, porém

seria necessário muito trabalho e alto custo. Este século pode ser conhecido como o da

produtividade, mas isso ocorreu de forma interligada à qualidade (CURKOVIC, SROFE,

MELNYK, 1995).

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Considerada o início da era moderna da qualidade, as inspeções introduziram na sociedade

produtiva as primeiras tentativas de controle da qualidade da produção. Cabia ao operário

controlar seu próprio serviço e garantir a qualidade do que produziam. Os inspetores, que

eram os gerentes e supervisores da produção, comparavam os produtos com as especificações

e tentavam diagnosticar se algum deles estava defeituoso antes de ser negociado para o

consumidor (DOUGLAS, COLEMAN, ODDY, 2003 ; TAN, 2000).

O Japão, tentando se recuperar no pós-guerra, organizou uma verdadeira revolução no sistema

produtivo para se tornar competitivo no mercado. Com a estratégia de importar a matéria-

prima para realizar seu processamento criando bens acabados e efetuar sua venda, os

japoneses encontram um obstáculo com relação à fama de produtos de baixa qualidade. Para

ajudar a resolver este problema, eles recorreram a palestras como as realizadas por Deming e

Juran, estudiosos norte americano que implementaram um nova visão de gestão de qualidade

(FRANCESCHINI, GALETTO, CECCONI, 2006).

3. A Historia da normatização e sua importância

As normas contribuem para a solução de problemas repetitivos existentes ou potencias. Têm

como objetivos principais a simplificação, segurança, proteção ao consumidor, eliminação de

barreiras comerciais, comunicação e economia (GRAEL & OLIVEIRA, 2007). São

classificadas como normas técnicas aquelas de características voluntárias e condensadas.

Já as que são de caráter obrigatório através de atos normativos e portarias do governo são

chamadas de regulamentos técnicos. Existem diversos tipos de normas como as de

procedimentos, especificação, padronização, ensaio, classificação, terminologia e simbologia

(GRÜNBAUM, 2007).

Elas estão separadas em quatro níveis conforme abrangência: internacional, que tem como

exemplo a ISO e IEC; regional, MERCOSUL e CONPANT; nacional, ABNT, DIN, ANSI,

AFNOR, JIS; empresa, referente à norma das próprias empresas. A certificação ISO no Brasil

é realizado por Organismos de Certificação Credenciados (OCC), credenciados e

supervisionados pelo INMETRO que também coordena laboratórios, inspetores e auditores

para atividades de certificação (GARVIN, 1992; ZENG, 2005).

A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma entidade não

governamental criada em 1947 com sede em Genebra - Suiça. O seu objetivo é promover, no

mundo, o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas com a intenção de

facilitar o intercâmbio internacional de bens e de serviços e para desenvolver a cooperação

nas esferas intelectual, científica, tecnológica e de atividade econômica (LACHE &

SHRIVASTAVA, 1994).

Segundo Mizuno (1993) a série de normas pode ser encarada como um modelo para a

construção de um sistema de gestão de qualidade, para sistematização de controle que

permitam garantir um nível de cumprimento aceitável de metodologias adequadas, bem como

oferecer garantiras quanto ao respeito pelas especificações e limites legais.Os modelos

normatizadores são (PALADINI,2005) :

ISO 9000, Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário.

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Este modelo estabelece um ponto de partida para o entendimento das normas e define os

termos fundamentais usados na Família ISO 9000.

ISO 9001, Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos.

Este modelo contém requisitos para serem utilizados para atender eficazmente os requisitos de

clientes e regulamentares aplicáveis para gerar e aumentar satisfação do cliente.

ISO 9004, Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho.

Este modelo fornece as diretrizes para a melhoria da performance do sistema de gestão de

qualidade, aumentando eficiência e produtividade e otimizando os custos operacionais.

ISO 19011, Diretrizes sobre auditorias em sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental.

4. A Normatização ISO 9000

A ISO 9000 é uma série de cinco normas internacionais sobre gerenciamento e garantia da

qualidade. Ela é uma exigência dos fornecedores a obtenção de certificação como uma

demonstração de sua qualificação e garantia de melhor atendimento aos requisitos contratuais,

concretizando um melhor relacionamento fornecedor-cliente, através do esforço da empresa

em implementar controles para assegurar qualidade da produção e expedição, reduzindo

desperdício, tempo de parada de máquinas e ineficiência de mão de obra, gerando aumento de

produção e atendimento aos prazos de entrega (RAVI, 2000).

A ISO 9000 destaca-se por ser um guia de boas práticas industriais voltadas para a qualidade,

mas que não garantem seu sucesso ou competitividade, apesar de ajudar na implantação de

sistemas para este fim (RATH,2008).

O departamento de qualidade de identifica problemas e gerenciar a interação dos processos. A

denominação da norma NBR ISO 9001 para tal é abordagem de processos. Vide na figura 01,

a representação do modelo de gestão implementado pela linha (RAUSAND,1992;

REED,2000) .

Figura 01: Modelo geral de Gestão da Qualidade

Fonte: Adaptado Reed, 2000

As entradas e saídas do processo eram tangíveis ou/e intangíveis, por exemplo, equipamentos,

energia, informação, recursos financeiros, etc. Para preencher os requisitos solicitados por um

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processo foram alocados recursos adequados, sendo importantes para a formação do manual

da qualidade (STASHEVSKY & ELIZUR,2000)

Para que o modelo de gestão seja coerente com as políticas existe o manual de qualidade que

é um documento que especifica o sistema de gestão de qualidade de uma organização. O

manual descreve o sistema de gestão de qualidade adotado na organização, servindo como

uma guia para a implementação e manutenção do sistema (SUN,2000).

5. A empresa

A Empresa foi criada em 12 de junho de 1998, de acordo com a legislação que reestruturou o

setor de petróleo no Brasil. Essa sua expertise garante-lhe os títulos de maior armadora da

América Latina e principal empresa de logística e transportes do País, atuando como elemento

estratégico para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

Como estratégia a empresa vem dando prioridade aos investimentos em projetos de expansão

e modernização da sua frota marítima e das instalações de dutos e terminais. Dessa forma, a

empresa se prepara para fazer frente ao desafio do aumento de produção gerado pela

conquista da auto-suficiência. Além de estar atenta às oportunidades criadas pelos novos

caminhos que se abrem no setor energético brasileiro.

A empresa armazena e transporta petróleo e derivados, biocombustíveis e gás natural aos

pontos mais remotos do Brasil. A companhia é considerada também a maior processadora de

gás natural do País, com capacidade de processamento de quase 15 milhões m³/dia e, até

2011, 23 milhões m³/dia. Essas operações gigantescas fazem da Empresa maior empresa de

navegação da América Latina, líder no setor de logística de transporte de combustíveis .São

bilhões de litros de combustíveis que passam anualmente por uma rede de 7.178 mil km de

oleodutos, 6.641 mil km de gasodutos, 20 terminais terrestres, 27 terminais aquaviários e uma

frota de 52 navios-petroleiros.

Devido às vantagens econômicas, ambientais e de segurança, o consumo de gás natural foi

ampliado significativamente nos últimos anos. E crescerá ainda mais. Estima-se que o

aumento médio anual entre 2009 e 2013 será de 6%. A participação do gás natural na matriz

energética nacional deverá atingir 12% até 2012. Naquele ano, a expectativa é de que o

fornecimento do produto chegue a 134 milhões de m³/dia, sendo 114 milhões de m³/dia

movimentados pelos gasodutos da Empresa.

6. Analise do processo de qualidade na Medição do gás natural

Com o objetivo de apresentar uma estrutura do Processo de Medição e Qualidade de Gás

Natural, segue abaixo algumas definições das atividades, ferramentas e responsáveis

relacionados às funcionalidades e atribuições da mesma.

Visando atender aos requisitos do mercado e focada na satisfação dos clientes, a empresa deve

atuar de acordo com uma Política de Gestão da Qualidade observando os seguintes objetivos:

qualidade na entrega dos produtos quanto a prazos, quantidade e especificações; excelência

operacional; melhoria contínua da eficácia dos processos.

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Já as atividades relacionadas ao processo de qualidade do gás natural visam atender as

determinações da resolução ANP Nº 16, de 17 de junho de 2008, que estabelece a

especificação do gás natural, de origem nacional ou importada, a ser comercializado em todo

o território nacional, consoante às disposições contidas no regulamento Técnico ANP nº

2/2008, parte integrante de tal portaria.

Para definir e detalhar a forma de monitoramento e tratamento de falhas no processo de

medição e qualidade de gás natural procura-se manter o foco na confiabilidade dos sistemas,

instrumentos e equipamentos, e na qualidade dos serviços e do atendimento ao cliente.

Durante o transporte de gás é realizado o monitoramento dos volumes medidos, de forma a

identificar falhas de medição a fim de evitar erros na alocação dos serviços de transporte. Os

desvios de calibração também são monitorados para auxiliar a identificação de possíveis

medições inconsistentes.

A detecção das falhas no processo de medição e qualidade do gás natural deve ser realizada

de forma pró-ativa, mas pode ser identificada e informada por outros agentes envolvidos no

processo de transporte do gás.

Para este fim, e realizado um acompanhamento interno com o monitoramento da qualidade do

gás nos pontos de entrega e recebimento dos gasodutos, observando o gás injetado nas

instalações de transporte.

Existe também um acompanhamento externo, com a divulgação de boletins de conformidade

do gás natural movimentado nos sistemas de gasodutos. O sistema de gestão da medição

(SGM) é um desdobramento do SGI (Sistema de Gestão Integrada), previsto na norma ISO

9001:2000. Assim as auditorias realizadas no SGM referente ao segmento gás natural dão-se

com base nos seguintes processos: calibração e de inspeção; de instalações e de gestão.

As auditorias nos processos de calibração e de inspeção ocorrem com o acompanhamento

pelo carregador de todos os serviços de calibração e inspeção dos sistemas de medição e

qualidade realizados.

As auditorias nos processos de instalações e de gestão realizadas anualmente pelo carregador,

nas instalações de campo e no processo de gestão de medição e qualidade do gás natural.

O controle do processo distribui-se através de 9 (nove) itens de controle geram indicadores de

desempenho que visam, em última análise, a otimização do processo a partir do

monitoramento do desempenho dos seguintes sub-processos: performance dos sistemas de

medição; gerenciamento de falhas; especificação do gás; calibração de instrumentos;

manutenção das instalações; certificação de volumes; atendimento ao cliente, conforme

mostra a fig 02.

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TRANSPETRO/DGN/LOG/MED – GESTÃO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO E QUALIDADE DO GÁS NATURALMACROFLUXO DO PROCESSO DE MEDIÇÃO E QUALIDADE

TRANSPETR/DGN/LOG/MED

TR

AN

SP

ET

RO

/DG

N/G

AS

/OP

/MA

LH

AS MQD

AUDITORIA

DE MEDIÇÃO

Aquisição deArquivos de

Audit Trail

dos CVs

Plano de Ação para Desvios

de Calibração

(PADC)

Manutençãodos Sistemas

de Med. & Qual.

Monitoramento e Tratamento

de Falhas nos

Sistemas de Med. & Qual.

Calibraçãoe Inspeção

dos Sistemas

de Med. & Qual.

Gerenciamentoda Calibração

Plano de Ação para Pendências

de Auditoria

(PAPA)

Gerenciamento de Auditorias

Relatórios & LV’s

Cronograma

CLIENTES

TRANSPETRO/DTO/OLEO/OP

/CONTROL/SCADA

BD SCADAAtivo (XIS)

Certificaçãoda Medição para

Informação ao

Carregador

RMMs-MEDDIÁRIOS

RMMs-FATSEMANAIS

Med-Gas-Transp

OasysGasInterface Access

Gerenciamento da Medição

RMMs-FATMENSAIS

TRANSPETRO/DGN/

LOG/CLIENTES

FORNECEDORES

TRANSPETRO/DGN

Gestão Itensde Controle

de M&Q

Programa de Treinamento

Processo M&Q

Gestão do Processo

Execução dos Serviços

do Processo

de Medição e Qualidade

Certificaçãoda Medição para

Faturamento do

Transporte

Web-Medição

Controle Falhasde Med & Qual.

Control. Serv. de Calibração M&Q

Consolidação Resultados de

Calibração

Gerenciamento da Qualidade

Controle Falhasde Med & Qual.

Atendimento ao Cliente / Correio

Eletrônico

PCLCONTROLE

DE GÁS

GE

-LP

GN

/LG

N

MQDSUP./SOL.

& PCL

CONTROLE DE GÁS

INPUTS OUTPUTS

GMS

CFCO

CFCO

CPAC

CQGN

Figura 02: O processo de Gestão da qualidade

Fonte: Própria

A estrutura do processo permite uma visão geral, garantindo que todos os empregados tenham

informações sobre as operações que ocorrem em diversos setores, contribuindo para o

funcionamento global da empresa. Neste caso especifico, existem três setores específicos,

como mostra a figura 03:

Medição e

Qualidade

Controlar

Calibração dos

Sistemas

Monitorar Falhas

de Medição

e Qualidade

Tratar Falhas na

Medição

e Qualidade

Certificação da

Medição

Figura 03: A estrutura do processo de Gestão da qualidade

Fonte: Própria

Para manter a eficiência das medições, o controle das calibrações é essencial, pois além de ser

uma exigência normativa, garantindo a certificação da medição, conforme fig 04.

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Consolidar

Cronograma

Confirmar

Execução daCalibração

Med-Gas

-Transp

Planilha Única deCalibração

(Certificado de

Calibração e Cálculode Incerteza)

ControlarServiços

de Calibração

Cronograma

de Calibraçãodas Malhas

Med-Gas

-Transp

Data de

Execução

Instrumento

Preparar

CronogramaAnual de

Calibração

Malhas

Cronogramade Calibração

Consolidado

CMQ

Analisar Serviço

de Calibração

Controle de

Serviços deCalibração

CMQ

Disponibilizar

Controles

Cronograma

de Calibração

das Malhas

Data deExecução

Instrumento

Controle dasFaixas de

Calibração

Controle de

Serviços deCalibração

Data deExecução

Instrumento

CMQ

Controle de

Resultados

da...

Drive Público

Indicadores deCalibração

CMQ

ExecutarCalibração

Malhas

Apresentaçãodos

Resultados

RBM

(CMQ/Malhas)

Resultados de

Calibração

Controle de

Resultados dasCalibrações

Resultados de

Calibração

Malhas

Planilha Única de

Calibração

(Certificado deCalibração e Cálculo

de Incerteza)

Monitorar Falhas

de Medição

e Qualidade

Legislação

Contrato deServiço de

Transporte

Novembro

Cronograma

Preparado

15 de

Dezembro

Cronograma

Consolidado

CalibraçãoExecutada

Calibrações

Confirmadas

Serviços

Controlados

Controles

Disponibilizados

Necessidade

de Abertura de

RTA

Necessidade

de Troca do

Instrumento

Necessidade

de Revisão

dos Prazos de

Calibração

Serviço de

Calibração

Aprovado

Carregador

Med-Gas-Transp

Med-Gas

-Transp

Figura 04: O processo de Gestão da qualidade

Fonte: Própria

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O controle das calibrações destaca-se pela diversidade de agentes envolvidos, o que envolve a

logística de transporte para os locais da realização dos serviços. Por este motivo é feito um

cronograma anual, para que todas as Malhas possam ter um acompanhamento das calibrações.

O monitoramento das falhas pode ocorrer internamente ou externamente, de forma constante,

sendo desejável que o primeiro caso aconteça antes que o cliente tenha que comunicar algum

tipo de inconsistência na medição, conforme mostra a fig 05.

VerificarSolicitação do

Cliente

ReclamaçãoCliente

(Medição)Encaminhada

MediçõesInconsistentesIdentificadas

ReclamaçãoProcedente

ReclamaçãoNão

Procedente

ResponderReclamação Não

Procedente

Informar oProcedimento de

Correção

RedeCorporativa

DIP

Certificação daMedição

CMQ

DIP

Obter Valores ViaMedição Audit

Trail

CMQ

Comunicar aoCarregador

CMQ

MediçõesInconsistentes

Instrumento

Tipo de Falha

Data

Procedimentode Correção

de Falha

Falhas nãoEncontradas

Monitorar Falhasde Mediçãoe Qualidade

Tratar Falha

Controle deRegistros de

Reclamação deCliente

RegistrarReclamação

ReclamaçãoRegistrada

CMQ

CMQ

CMQ

CMQ

EMAIL

GerenciarQualidade deAtendimento

GerenciarQualidade deAtendimento

FalhaInexistente

Med Audit TrailFaltante ou

Falha

Med Audit TrailObtida

ComunicaçãoEfetuada

ProcedimentoRecebido

Falha Tratada

Carregador

PLT

SGMS

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Figura 05: Monitoramento de Falhas

Fonte: Própria

A comunicação para tratamento da falha é encaminhada por e-mail ou telefone e é registrada.

Caso ela seja procedente, será realizada uma investigação de todo o processo, valores serão

recuperados e resultados de calibrações reavaliados. Confirmando-se a inconsistência nos

valores todos os envolvidos serão devidamente comunicados e serão informados quanto aos

procedimentos para correção, conforme fig 06.

CMQ

ModificarPeríodoFechado

CMQ

AtualizarMedição

ConfirmarCertificação

Alocação

CMQ

Tratar Falhas naMedição

e Qualidade

Monitorar Falhasde Mediçãoe Qualidade

Falha Tratada

MediçãoCorrigida

MediçãoCertificada

Alterada

MediçãoCertificada

MediçõesConsistentes

PLTSGMS

SGMS

Figura 06: Analise e correção

Fonte: Própria

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Após a completa análise dos processos, ocorre a certificação da medição. Caso tenha ocorrido

alguma falha, neta etapa ela será atualizada. A partir deste momento, será feita a alocação

para prestação de contas referente aos valores registrados atualizados.

5. Conclusão

Concluí-se que o presente estudo foi capaz não somente de analisar os principais fluxos de

um processo de melhorias de gestão da qualidade, bem como, demonstrar um principio de

algumas rotinas auferidas a uma certificação da qualidade em uma empresa da bacia de

campos que possibilita a detecção da não conformidade e potencias para os processos, com o

plano de ação eficaz para eliminação da causa raiz dos desvios da empresa e sim de delinear

todos os passos necessários, de forma objetiva, para implementação de sistema de gestão de

qualidade em empresas do mesmo segmento.

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