gestao de producao

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UNIDADE 1 - SEMINÁRIO V WEB-AULA 1 HR Estratégico Unidade I: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE RH NAS ORGANIZAÇÕES Gestão estratégica de Recursos Humanos 1 “Olá pessoal, é com muita satisfação que iniciaremos nossa conversa sobre um tema que atualmente está fazendo parte do dia a dia de inúmeras empresas a “Estratégia de RH nas Organizações”. Sabemos que a cada dia, mais e mais empresas utilizam recursos disponíveis no mercado para melhorar seus processos produtivos na busca de melhores resultados. Com a área de Recursos Humanos não é diferente. Cada vez mais empresas necessitam de profissionais qualificados, pró-ativos e que possuam uma característica primordial para os dias de hoje, que tenham capacidade de avaliar o processo como um todo (começo, meio e fim) dentro de uma visão sistêmica. Visão do todo Uma empresa com profissionais com esse perfil, faz parte do sonho de muitos empresários que almejam crescer no seu ramo de negócio. Muitos deles possuem um discurso muito eloqüente, mais ou menos assim:

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Gestão de Produção: Empreendedorismo, Administração Estratégica, Sistema de Informação - UNOPAR

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Page 1: Gestao de producao

UNIDADE 1 - SEMINÁRIO V

WEB-AULA 1

HR Estratégico

Unidade I: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE RH NAS ORGANIZAÇÕES

Gestão estratégica de Recursos Humanos1

“Olá pessoal, é com muita satisfação que iniciaremos nossa conversa sobre um tema que

atualmente está fazendo parte do dia a dia de inúmeras empresas a “Estratégia de RH nas

Organizações”.

Sabemos que a cada dia, mais e mais empresas utilizam recursos disponíveis no mercado para

melhorar seus processos produtivos na busca de melhores resultados. Com a área de Recursos

Humanos não é diferente. Cada vez mais empresas necessitam de profissionais qualificados, pró-

ativos e que possuam uma característica primordial para os dias de hoje, que tenham capacidade de

avaliar o processo como um todo (começo, meio e fim) dentro de uma visão sistêmica.

Visão do todo

 

Uma empresa com profissionais com esse perfil, faz parte do sonho de muitos empresários que

almejam crescer no seu ramo de negócio. Muitos deles possuem um discurso muito eloqüente, mais

ou menos assim:

Daria para encher páginas e páginas de frases como estas.

Page 2: Gestao de producao

Bem, se o que falamos é uma realidade, posso fazer uma pergunta?

"Na primeira situação de dificuldade financeira da empresa, qual é a primeira área que sofre os cortes?

Então vamos botar o pé no chão e andar mais próximo da realidade? Quando falamos das

características dos profissionais, isso é real, mas cabe aos gerentes de Recursos Humanos

oferecerem metodologias de avaliação de melhoria nos processos não só relacionados

exclusivamente a gestão de RH, mas para todos os processos da empresa incluindo

desenvolvimento, produção, execução, faturamento, engenharia, suprimentos, cobrança, transporte,

atendimento, vendas, etc. etc. etc.

 

Segundo César Souza  em Talento & competitividade “Torna-se necessário e urgente reinventar a

área de RH. Os profissionais dessa área só conseguirão ser co-autores das estratégias corporativas

quando tiverem domínio dos diferentes negócios da empresa, visão estratégica, mente

empreendedora e clara percepção das competências essenciais que fazem essa empresa ter lucro

ou prejuízo.”

Para atender a essa demanda, profissionais de Recursos Humanos devem desenvolver

competências necessárias para colocar em prática ações inovadoras com ênfase em resultados em

conformidade com estabelecido no plano estratégico empresarial.  

Para melhorar nosso entendimento acerca do assunto, sugira a leitura da matéria no link abaixo:

http://www.personasystem.com/artigo.php?codArtigo=6

Gostaram do texto? Realmente os desafios são enormes, e a área de Recursos Humanos é a

responsável por proporcionar toda essa mudança na empresa.

Olha a frase de Jack e Suzy Welch, autores do best-seller internacional Paixão por Vencer.

“O verdadeiro RH aparece nos resultados da empresa”

 Bom! E porque tudo isso está acontecendo e de forma tão rápida?

- Com o agravamento da crise financeira mundial, aquela dúvida que persistia em algumas cabeças

de que a globalização não era algo tão real como se apresentava “caiu por terra”. Da mesma forma

que a empresas se beneficiaram com a globalização, em contrapartida sofrem pressões externas e

Page 3: Gestao de producao

ficam cada vez mais expostas necessitando de uma gestão mais coesa, capaz de mantê-las no

mercado.

Grandes e pequenas companhias reconhecem a necessidade de fazer negócio numa escala cada

vez maior, e em nível internacional. Para se tornarem competitivas, elas devem assegurar que

projetam, desenvolvem, produzem, instalam, prestam serviços, não utilizam mão de obra infantil,

não agridem o meio ambiente entre outros requisitos estabelecidos e reconhecidos

internacionalmente. A norma ISO (International Organization for Standardization) divide-se em

comitês técnicos que se reúnem periodicamente para analisar e adequar às normas vigentes, da

mesma forma propor outras quando necessário. Quando uma empresa possui uma certificação

como esta, é porque cumpre as normas estabelecidas e é constantemente auditada por um

organismo certificador que recomenda ou não sua certificação.

Para mais informações a respeito da ISO 9001 acesso o site:

http://www.lrqa.com.br/certificacao/qualidade/iso9000_2000.asp

O vídeo que estou sugerindo a vocês é bem simples e já foi publicado em praticamente todas as

emissoras de televisão, portanto não é novidade, mas o não atendimento a essa norma (meio

ambiente) fez com que muitas empresas desaparecessem do mercado e outras mais sérias e

comprometidas, simplesmente assumissem seu lugar.

http://br.youtube.com/watch?v=8FL2phXalpY&feature=related

Bom! Vocês devem estar perguntando o que tudo isso tem a ver com RH, simplesmente TUDO.

Sem empresa, sem emprego.

Gostaria de encerrar nossa primeira Web Aula dizendo que:

“Uma empresa sem estratégia é como estar

em alto mar sem bússola”

Da mesma forma

“Uma empresa sem um sistema de gestão

implementado e rodando é como não

conhecer a si próprio”

Page 4: Gestao de producao

RH ESTRATÉGICO

Unidade I: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE RH NAS ORGANIZAÇÕES

Consultoria com foco em RH

Sumário: Nesta aula iremos entender a importância da consultoria nas organizações.

Em nossa segunda Web Aula, conheceremos a importância da consultoria para busca de agilidade dos processos a partir

da quebra de paradigma fundamental para que as mudanças ocorram dentro da empresa. Vamos entender porque as

empresas a consideram essencial tornar-se mais competitiva no mercado.

O que leva as organizações a procurarem um serviço de consultoria?

Normalmente a maioria só busca auxílio de uma consultoria, quando está prestes a enfrentar uma

crise, que muito provável que já esteja dentro dela.

Isso ocorre por diversos motivos. Segundo Schein (1972), o executivo só contrata um serviço de

consultoria porque não foi capaz de solucionar o problema sozinho. Ao contratar uma consultoria,

assume sua incapacidade de lidar com o problema e delega essa responsabilidade a um profissional

qualificado para tirá-lo do “olho do furacão”.

 “O que vem a ser uma Consultoria?”

Segundo Caplan (1970. p.19) consultoria é:

“um processo de interação entre dois profissionais: o consultor,

que é um especialista, e o consultando, que solicita o auxílio do

consultor em relação a um problema de trabalho do momento,

com o qual ele enfrenta algumas dificuldades e o qual ele

entende que pertença a outras áreas específicas do

conhecimento.

Já o Instituto Brasileiro de Consultoria Organizacional (2007) afirma que se trata de um processo de

união entre um agente externo ou interno e seu cliente. Nesta união, o agente é encarregado de

auxiliar o cliente que, por sua vez, tem a obrigação de dar a opinião final.

Baseado nisso, a consultoria organizacional, apesar de não ter envolvimento com a mudança,

assume caráter diferenciado em função da natureza do problema que se pretende resolver, pois

estimula o cliente a promover discussões e fazerem análise e sentirem o quanto as mudanças

sugeridas serão necessárias.

Page 5: Gestao de producao

Para melhorar nosso entendimento acerca do assunto, sugira a leitura da matéria no link abaixo:

http://www.ibco.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21:por-que-consultoria-

&catid=3:consultoria&Itemid=658

Consultoria e Intervenção

Toda consultoria tem como base a ação de Intervenção. Segundo Blake e Mouton (1978) reforçam a

importância da intervenção, definindo como um processo no sentido de alguém fazer algo para outra

pessoa, com objetivo quebrar um ciclo-desordenado.

Vendo por esse ângulo, a intervenção é um processo que abrange todas as fases de uma

consultoria e assume um caráter particularizado da implementação da mudança, relacionado mais

especificamente ao tipo de problema apresentado.

Atividades terceirizadas

Há momentos em que o foco nos negócios fica tão prejudicado que vale a pena contratar uma

empresa para fornecer serviços tanto de consultoria com para realização de atividades rotineiras que

eram desenvolvidas apenas pelo setor de Recursos Humanos.

Atualmente as empresas terceirizadas tornam-se parceiras estratégicas, auxiliando a organização a

alcançar seus objetivos, pois possuem competência necessária para atuar desde uma grande

consultoria até mesmo para a realização de atividades pontuais e rotineiras como folha de

pagamentos, administrar benefícios, controle de jornada de trabalho e entre outros.

http://www.el-kouba.com.br/

São atividades fundamentais e necessárias dentro da organização, mas se avaliarmos com mais

propriedade, a empresa não investe para melhoria desses processos e mantê-los se torna oneroso.

Isso se dá porque os administradores não enxergam como atividade fim, simplesmente “não faz

parte do negócio da empresa”.

Nesse contexto, os profissionais de RH terão mais tempo para desenvolver conhecimento,

competência e comprometimento na gestão avançada de pessoas alinhadas com os objetivos

estratégicos na pessoa de um consultor interno.

Page 6: Gestao de producao

Por que Contratar um Consultoria

O que leva uma organização a buscar uma contratação de uma consultoria externa é porque não

possui profissionais qualificados e com expertise necessária para conduzir a consultoria. Pode até

possuir consultores internos, mas dependendo da abrangência e do grau de complexidade exigidas

a contratação trará mais credibilidade ao processo, pois sendo consultores externos não possuem

vícios e são totalmente independentes, características exclusivas dessa consultoria.

Para a organização usufruir ao máximo dos benefícios da consultoria, deve-se considerar os pontos

elencados e devidamente alinhados com as competências profissionais dos consultores de forma

diferenciada relacionadas ao Conhecimento, Habilidades e Atitude. Fatores cruciais na escolha de

uma empresa prestadora de serviços de consultoria.

 

http://www.google.com.br/imgres?q=parceria+empresarial&hl=pt-BR&gbv=2&tbm=isch&tbnid=C0-

kcvN5VC8JaM:&imgrefurl=http://alicomsti.blogspot.com/2010/04/o-crescimento-de-grupos-

empresariais.html&docid=0IKo4hqPmWr6hM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_W4wzgALmURE/

S9sZZXAggBI/AAAAAAAAAEY/WVKV3SnZZGg/s1600/Empresa_Parceria.jpg&w=414&h=275&ei=-

hOzTtCnHYn2gAeFtOC_BA&zoom=1&iact=rc&dur=366&sig=117761271019773383232&page=1&tb

nh=139&tbnw=181&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=114&ty=88&biw=1366&bih=643

Antes de contratar uma consultoria, esses pontos devem ser exaustivamente avaliados e

comprovados através de históricos de prestação de serviços realizados e a qualificação dos

integrantes da equipe consultora.

Algumas empresas possuem características bem distintas, umas especializadas em processos e outras em intervenção

ou abas. Mas antes da contratação é importe ter em mente:

ESTOU CONTRATANDO UMA

CONSULTORIA PARA ME APOIAR NUMA

INTERVENÇÃO OU NA CRIAÇÃO DE UM

NOVO PROCESSO?

Vimos que a Consultoria representa um grande avanço nas relações cotidianas das organizações,

principalmente diante dos desafios e tendências crescentes de se reestruturarem constantemente

seus processos diante da demando de mercado.

Page 7: Gestao de producao

A consultoria pode ser muito mais que uma simples prestação de serviços diferenciada, ela pode vir

a tornar-se um recurso eficaz com ênfase em Recursos Humanos para o desenvolvimento de

pessoas, na ótica das novas relações de trabalho, contribuindo para o aprimoramento das relações

entre capital e trabalho.

PARA REFLEXÃO

Se a organização pretende identificar e desenhar os processos, destruir a burocracia e fazer

com que seu pessoal saia da famosa “zona de conforto”  uma sugestão...

“REINVENTE SUA EMPRESA”

 Espero que tenham gostado dos temas abordados nessa unidade. Bom estudo

UNIDADE 2 - POLÍTICAS E PRÁTICAS DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

 

 

“Olá pessoal! Já sabemos que a gestão estratégica de pessoas é um grande desafio para as

organizações que desejam manter sua competitividade. O entendimento sobre as políticas e práticas

da área de recursos humanos poderá nos ajudar a compreender então como são as suas aplicações

no dia a dia das organizações. Vamos lá?

Não deixem de acessar os links, vídeos e de ler as reportagens.

Já sabemos que a administração de recursos humanos teve início com os departamentos pessoais

nas fábricas da época da Revolução Industrial, e que evoluiu para o conceito de gestão de pessoas

em função de pressões sofridas pelas organizações, e das mudanças que ocorrem no ambiente em

que elas competem.

O aumento da concorrência, a globalização e as novas tecnologias forçaram as

organizações a reverem seus modelos de administrar e principalmente seus modelos de administrar

seus funcionários. As pessoas ganharam destaque quando se percebeu que elas é que movem as

organizações, e que o comprometimento dos funcionários é essencial para que a organização atinja

seus objetivos.

O ser humano teve seu papel valorizado e deixou de ser considerado um custo quando as empresas

enxergaram que são as pessoas as grandes responsáveis pela ação que as leva ao resultado.

Page 8: Gestao de producao

Com isto o desafio passou a ser a administração das pessoas alinhada a estratégia global do negócio. As práticas de

recursos humanos se direcionaram para envolver, desenvolver e reconhecer os funcionários e não mais controlá-los e

puni-los.

Mesma que hoje estas afirmações nos pareçam

óbvias é importante conhecermos a história da

área de recursos humanos e sua evolução, para

percebermos como demoramos em entender a

importância das pessoas para a competitividade

das organizações.

POLÍTICAS E PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS SÃO O DESDOBRAMENTO DA

ESTRATÉGIA DEFINIDA. SÃO AS FORMAS DE COLOCÁ-LA EM AÇÃO!!!

Faz parte da estratégia de gestão de pessoas gerir talentos e conseguir o comprometimento do

corpo de funcionários, e para as organizações transformarem isto em realidade, elas traduzem estes

objetivos estratégicos em políticas e práticas (BIANCHI, 2008).

Decisões Estratégicas são mais amplas, determinam a direção geral de um empreendimento, suas

viabilidades e as mudanças que possam ocorrer nos ambientes.

Várias pesquisas tentam identificar como a gestão de pessoas deve ser conduzida na prática.

Embora cada uma delas traga uma receita, em todas existe o consenso de que, para a receita dar

certo, as práticas escolhidas devem ser coerentes com a estratégia de gestão de pessoas, que por

sua vez, deve estar alinhada a estratégia global da empresa.

Para melhor compreender como as estratégias de gestão de pessoas são traduzidas em políticas e

práticas, Bianchi (2008) as dividiu em três categorias ou grupos. A autora estudou sobre o assunto e

concluiu que é possível classificar as práticas relacionadas à gestão de pessoas dentro de um

destes três grupos

- Práticas de envolvimento dos funcionários

- Práticas de desenvolvimento dos funcionários

- Práticas de reconhecimento dos funcionários

Explicando melhor sobre ao que se refere cada grupo e quais práticas de gestão de pessoas se

enquadram em cada um deles, Bianchi (2008) fez as seguintes observações:

Para ENVOLVER os funcionários é preciso que a organização invista em:

Comunicação . Para que todos saibam aonde a organização quer chegar e como ela quer chegar. Isto nos lembra da missão e visão de uma empresa não lembra?

Page 9: Gestao de producao

Descentralização das decisões , ou seja, dar aos funcionários a oportunidade de participar dos processos de decisão, ou até mais, permitir que eles decidam qual a melhor solução para um problema e situação.

Trabalho em Equipe. O trabalho em equipe coloca todos os funcionários no mesmo patamar, não tem chefe nem subordinado, todos têm que superar as diferenças e se concentrar nas necessidades da empresa.

ACESSEM O LINK A SEGUIR E LEIAM A

REPORTAGEM SOBRE ENVOLVIMENTO E

COMPROMETIMENTO: FERRAMENTAS

IMPRESCINDÍVEIS DE GESTÃO

http://www.administradores.com.br/

informe-se/artigos/envolvimento-e-

comprometimento-duas-ferramentas-

humanas-imprescindiveis/21923/

Antes de darmos continuidade ao assunto “políticas e práticas da gestão estratégica de pessoas”

observem a charge a seguir, que ilustra uma discussão clássica sobre a diferença entre

envolvimento e comprometimento.

 

DESENVOLVER os funcionários na prática é preciso:

Treinamento contínuo  para que as habilidades pouco desenvolvidas ou inexistentes sejam adquiridas ou aprimoradas pelos funcionários.

Promoção   para dar-lhes a oportunidade de crescerem com um novo desafio, um novo cargo ou função dentro da empresa.

E para que os funcionários mantenham suas condutas de comprometimento é

preciso RECONHECER   suas atuações. Dividir os lucros da empresa com os funcionários, de acordo

com o desempenho é uma das práticas bastante utilizadas entre as empresas atualmente.

Quando o salário é pago a todo funcionário independente do seu comprometimento, não provoca

muitos estímulos e motivação, por isto muitas empresas têm adotado a PLR - participação nos

Page 10: Gestao de producao

lucros e resultados - como forma de reconhecimento aos que realmente se comprometeram e

contribuíram para o resultado positivo.

Podemos então concluir que a estratégia que busca o comprometimento, se traduzida em práticas

que conseguem o melhor desempenho dos profissionais da empresa, também alcança bons

resultados no aumento da produtividade, na redução de custos e no aprendizado individual e

organizacional.

E não podemos nos esquecer que uma organização que prioriza a estratégia de comprometimento

das pessoas, é uma organização que as consideram parceiras, pois nelas investem para conseguir

os melhores resultados.

Assunto interessante não é?

Quando percebemos a ligação direta que cada uma das ações definidas para a área de gestão de

pessoas fica claro então como a estratégia definida pela organização poderá ser colocada em

prática.

Uma vez que as organizações competem e lucram através das ações das pessoas é preciso ter a

dedicação e o cuidado de planejar o que seja melhor para ambos. Concordam?!

Chegamos ao fim da unidade I desta web aula. Quero que pensem se a empresa onde atuam (como

funcionários, administradores, proprietários ou gerentes) está tendo esta visão.

ATENÇÃO! A falta de uma visão estratégica sobre a gestão de pessoas pode ser a causa do

desempenho insatisfatório.

WEB-AULA 2

AUDITORIA EM RECURSOS HUMANOS

Quem já foi auditado na empresa onde trabalha? Como foi esse processo? Como você se sentiu e

que consequências isso teve para seu trabalho e para a empresa como um todo?

A maioria das pessoas que trabalham em empresas de médio e grande porte já passou por algum

processo de auditoria e sabem o que ele significa. Para os que ainda não conhecem muito bem o

tema gostaria de apresentar algumas definições importantes:     

Page 11: Gestao de producao

AUDITORIA EM RECURSOS HUMANOS: análise de políticas e práticas de pessoal de uma organização, e  avaliação de seu funcionamento atual, seguida de sugestões para melhoria (Gil, 1996).

IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA: grande principalmente quando tendência moderna é de transformar cada frente em um gestor de RH na Gestão Contemporânea (Gil, 1996).

FINALIDADE:  mostrar como cada programa está funcionando, localizar as práticas e condições que devem melhorar a qualidade dos programas e serviços oferecidos pela Gestão de Pessoas, ou ainda indicar à organização quais práticas não compensam pelo alto custo e baixa eficácia (Gil, 1996.

Sigam para a biblioteca digital e leiam principalmente o capitulo 04 do livro Auditoria em Recursos Humanos, do professor Rinaldo José Barbosa Lima. Tirem todas as suas dúvidas. É só acessar o link da biblioteca na página da Unopar e pesquisar por título ou pelo autor. Certamente terão acesso a informação necessária para se tornarem entendidos do assunto.

Quando se fala em AUDITORIA a palavra monitorar é preferível à palavra controlar, pois se refere

ao acompanhamento e orientação dos comportamentos desejáveis.

O ideal é entender que as verificações feitas pelo processo de auditoria não são baseadas em

desconfiança a respeito das pessoas e com o único intuito de controle de suas atividades, mas sim

como verificações que vão garantir o alinhamento entre todos os subsistemas da área de recursos

humanos com a estratégia global do negócio.

Depois de todos os esforços realizados para recrutamento, seleção, integração, aplicação,

recompensas e remuneração, treinamento e desenvolvimento, é preciso acompanhar se está tudo

sendo aplicado de forma adequada.

É importante que entendam que o objetivo é acompanhar os funcionários de perto para garantir seu

melhor desempenho, entendendo o que gera sua satisfação, buscando uma remuneração

adequada, consequentemente motivação, desenvolvimento individual e desenvolvimento

organizacional.

Page 12: Gestao de producao

Parecer conversa mole de gerente de RH, mas não é. As empresas que de fato se conscientizaram

sobre a importância da satisfação e a motivação dos seus funcionários, para seu próprio

desempenho, enxergam desta forma os processos de auditoria em recursos humanos.

Além disto, após a conclusão do processo, a empresa também consegue manter um banco de

dados capaz de fornecer as informações necessárias para as análises quantitativas e qualitativas da

força de trabalho disponível na organização.

Não é preciso temer as consequências de uma auditoria se a empresa onde você atua é séria e

responsável, e se você também realiza seu trabalho com responsabilidade e seriedade.

Pensando na Auditoria de um modo mais amplo e não somente na área de recursos humanos, posso dizer a vocês que é

uma carreira promissora em nosso país. Se pensarmos nos concursos públicos e nas empresas especializadas em

auditoria é possível um leque de opções de carreira que tem boa remuneração e uma demanda de vagas ainda não

saturada.

Fica a dica sobre a carreira de auditor em suas diversas áreas de

atuação, e inclusive na área de recursos humanos.

E para conhecerem um pouco mais sobre as possibilidades de

atuação como auditores, no âmbito público, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=fMxPZ23mJ3o&feature=fvsr          

 

Boa sorte a todos!!!

Page 13: Gestao de producao

UNIDADE 1 - DIREITO EMPRESARIAL E TRABALHISTAObjetivo da Disciplina

1. Conhecer os conceitos básicos do Direito Empresarial a serem aplicadas no exercício de sua profissão;

2. Interpretar normas do Direito para desenvolvimento nas atividades profissionais;

3. Reconhecer a importância do Direito para sua formação profissional e cultural;

4. Compreender a importância do Direito Empresarial em seu meio e estabelecer uma visão prática destas normas;

5. Adquirir uma visão prática das normas de Direito Empresarial para que no futuro, quando vir a precisar, saber dar os primeiros passos na solução de problemas referentes a sua área.

6. Conhecer a legislação que envolve o universo empresarial da forma mais abrangente  possível.

Unidade I

Posição e finalidade da disciplina. Noções preliminares do estudo do Direito. Conceito de Direito. Classificação do Direito - público e privado, positivo e natural, nacional e internacional, moral e direito. Divisão clássica do Direito - Direito Público e Direito Privado. Os Ramos Público e Privado do Direito. A Lei. Vigência da Lei. Início e fim da sua obrigatoriedade. A Hierarquia das Leis. O processo Legislativo.

Unidade II

Ordem Constitucional Brasileira. Forma de Governo. Sistema de Governo. Regime Político. Forma de Estado. Estado Democrático de Direito. A República Federativa do Brasil. Tripartição do Poder - Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Análise do Art. 5º da Constituição Federal - Direitos e Garantias Fundamentais.  Direito Civil - noções gerais. A pessoa natural e capacidade civil. Atos jurídicos. Os Bens. Os contratos, noções gerais - suas classificações e espécies. Tópicos gerais do casamento e sua dissolução.  Noções gerais sobre sucessão - herança e testamento.

Unidade III

Direito do Consumidor. Conceitos básicos. Direitos básicos do Consumidor. Fornecedores e Consumidor Final. Vício e Fato do Produto ou Serviço. Contratos. Sanções. Publicidade, Práticas Abusivas e Proteção Contratual no Código de Defesa do Consumidor. Direito do Trabalho. Conceito. Empregado e empregador. Direitos Básicos. Convenção Coletiva de Trabalho. Dissídio Coletivo de Trabalho. Tipos especiais de empregado. Diferença entre empregado e outros trabalhadores. Remuneração e jornada de trabalho. Contrato de Trabalho - por tempo determinado e indeterminado. Rescisão do contrato de trabalho.

Unidade IV

Page 14: Gestao de producao

Direito Empresarial (Comercial). Pessoa Jurídica. Atos de Comércio. Empresário Individual. Sociedades Empresariais e seus vários tipos, nomes e responsabilidades. Títulos de Crédito - nota promissória, cheque, duplicatas. Contratos mercantis nonimados e inonimados.  Noções gerais sobre falência e Duplicata. Legislação da Micro e Pequena Empresa. SuperSimples.

Unidade V

Sistema tributário Nacional. Normas Gerais do direito tributário. Tributos. Tributação da micro e pequena empresa

Noções jurídicas importantes sobre a Lei, o Estado e os Direitos Fundamentais!1

Olá pessoal.

Para entendermos a ciência jurídica é muito importante que conheçamos o nosso instrumento de

trabalho, qual seja a lei.

Na nossa primeira teleaula, falamos sobre a formação do Estado, a escolha do regime democrático

após muitas lutas e revoluções em nosso país, sobre a existência de garantias aos cidadãos entre

outras coisas. Tudo isto, garantido e exposto em normas jurídicas das mais variadas, em grau de

importância. Contudo, como são feitas as leis? Vamos dar uma olhada em um vídeo produzido pela

Câmara dos Deputados, no link: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/processolegislativo/

layouts_processolegislativo_apresentaVideo

Por este vídeo, podemos verificar que as leis têm todo um caminho antes de entrarem em vigência e

tornarem-se obrigatórias. Este caminho é chamado processo legislativo, e tem início por iniciativa do

Presidente da República, de um parlamentar ou de presidentes dos tribunais superiores. Há ainda a

possibilidade de projetos de leis de iniciativa popular.

Ou seja, no sistema brasileiro, todos nós, quando motivados por algum fato ou assunto relevante

que requeiram regulamentação específica, podemos (e devemos) participar da formação de uma lei,

pois no Brasil é o povo que detém o poder para conduzir o país. Em regra, fazemos isto por meio de

representantes eleitos, mas há hipóteses como esta em que podemos atuar diretamente. Este é o

sentido da Democracia.

É claro que neste processo, haverá a participação posterior dos nossos representantes, lendo,

revisando as normas, submetendo ao Presidente da República que pode aprovar ou vetar (rejeitar),

devolvendo o projeto ao Congresso Nacional. Temos ainda o Supremo Tribunal Federal verificando

posteriormente a constitucionalidade de referida norma, ou seja, se ela atende aos interesses da

nossa Lei Maior, a Constituição Federal.

Toda esta interação decorre justamente do que chamamos de tripartição de poderes ou funções.

Vejam, que o Estado é regido por órgãos que atuam em conjunto, exercendo o poder que nós, o

povo, lhes outorgamos, ou como diz a Constituição Federal:

Page 15: Gestao de producao

"Art. 1º, § único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente, nos termos desta Constituição"

Contudo, para evitar que haja um representante soberano, que tome decisões contrárias as leis que

representam o anseio da população, ou que com sua inércia deixe de regulamentar assuntos

importantes, estabeleceu-se o chamado regime de "freios e contrapesos" proposto inicialmente pelo

Barão de Montesquieu, repartindo as competências entre os chamados poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário. Vamos conhecer um pouquinho mais sobre esta tripartição no texto a seguir:

MONTESQUIEU E A TEORIA DA TRIPARTIÇÃO DE PODERES.

http://filosofia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=75

Estes são a obra "O Espírito das Leis" e seu autor "Barão de Montesquieu". Esta obra foi um divisor

de água para muitas Democracias no mundo todo.

É bem verdade que nem sempre tivemos esta divisão tão atuante no Brasil. Isto porque já passamos

por várias espécies de governos, que vão desde a Monarquia, passando por ditaduras e chegando a

tão sonhada Democracia.

Não é à toa que a Constituição de 1988, foi denominada Constituição Cidadã. Ela buscou atender

aos anseios da sociedade, e para isto foi elaborada democraticamente, pelos representantes do

povo. Vale a pena lembrarmos da sua promulgação: Discurso de promulgação da

CF/88https://www.youtube.com/watch?v=WFoObTqpzjI&feature=related

Como se vê por este discurso, um dos itens mais importantes, especialmente em face do que

historicamente aconteceu aos brasileiros durante o período de ditadura, com total supressão de

direitos, torturas, censuras e outras atrocidades, foi a consagração dos chamados direitos

fundamentais.

São definidos como direitos fundamentais aqueles direitos inerentes à condição humana, os quais

são geralmente geradores de outros direitos. No âmbito nacional, são chamados Direitos

Fundamentais. Internacionalmente, são denominados Direitos Humanos. Ambos se ligam a questão

da dignidade da pessoa humana, à liberdade e a igualdade. 

Eles não dependem de aceitação, não se podem renunciar. Asseguram a busca de todos nós a

felicidade e à paz e para isto, impedem arbitrariedades, discriminações, protegem as minorias, o

direito de ir e vir, de se manifestar, asseguram à busca a justiça, o direito de exercer atividade

laborativa e lucrativa, e ainda o direito de participar da democracia, seja pelo voto, seja elegendo-se

representante popular.

Embora espalhados por toda a Constituição Federal, a maior parte deles encontram-se

concentrados no título II, e em especial no art. 5º. Vamos ele:

Page 16: Gestao de producao

TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano

material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos

cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e

militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou

política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a

cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,

independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o

direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do

morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,

por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das

comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a

lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações

profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando

necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos

termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,

independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada

Page 17: Gestao de producao

para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,

sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para

representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública,

ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos

previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade

particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não

será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo

a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas

obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz

humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que

participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização,

bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a

outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e

econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em

benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal

do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou

de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,

ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de

Page 18: Gestao de producao

poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de

situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,

nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,

o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,

por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,

contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a

decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles

executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a

idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

Page 19: Gestao de producao

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos

durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado

antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas

afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são

assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses

previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo

legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o

interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de

autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente

militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao

juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe

assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório

policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,

com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e

inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer

violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por

"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for

autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

Page 20: Gestao de producao

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em

funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne

inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à

nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de

registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou

administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao

patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio

ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de

custas judiciais e do ônus da sucumbência;

 LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência

de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do

tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos

necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do

processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do

regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em

cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos

membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº

45, de 2004)

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha

manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

É importante ressaltar que estes direitos e garantias são destinados a todos os brasileiros, sejam

natos, sejam naturalizados, e inclusive aos estrangeiros que estejam residindo no Brasil. Se apenas

de passagem, poderão também se beneficiar dos tratados internacionais.

Page 21: Gestao de producao

Estes direitos não surgiram todos ao mesmo tempo, mas decorrem da evolução do homem, seja

quanto a sua existência quanto também a sua compreensão sobre a vida. Isto porque não basta

mais a proteção à vida, mas sim, à vida digna, com recursos mínimos, com trabalho, com moradia,

com saúde e educação. Vejamos o que Loacir Gschwendtner nos traz em seu texto Direitos

fundamentais:http://jus.com.br/revista/texto/2075/direitos-fundamentais

É claro que ainda existem questões discutidas à luz destas determinações: é assim a respeito do

aborto, da eutanásia, do sigilo bancário e fiscal em face do interesse público, da propriedade privada

em face da reforma agrária, do direito dos homossexuais em adotar crianças ou serem dependentes

financeiros um do outro.

São questões que demandam tempo, reflexões e diálogo entre todos os entes da sociedade.

Estamos num Estado Democrático e por isto é importante a opinião de todos. Nem sempre isto é

imediato, leva tempo para chegar-se a solução mais adequada, que pacifique os problemas

existentes.

Mas a partir do momento que conhecemos todo o Estado, sua estrutura, e que identificamos a

existência de leis que nos protegem e garantem, como agentes PARTICIPANTES desta

democracia, passamos a nos dedicar a melhoria e efetivação de melhores condições para toda a

nossa população. 

Bom, por enquanto esta é nossa primeira conversa. Espero que tenha servido como

complementação e que continuemos em contato, seja via Forum, seja por meio das mensagens,

para que as dúvidas possam ser sanadas. 

Até a próxima!

A pessoa natural e a capacidade civil. Os atos e negócios jurídicos. Os bens e o casamento

Olá novamente!

Hoje nós iremos conversar sobre alguns conceitos importantes, relativos não mais ao Estado, mas

sim ao ser humano que atua no mundo jurídico, dentro deste Estado, que é a pessoa natural.

A pessoa natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres. O código civil

estabelece em seu artigo 1º que para ser pessoa basta existir, ou seja, nascer com vida, ainda que

na seqüência a pessoa venha a falecer. Uma única respiração, um único segundo de vida é

suficiente para torná-la dotada de personalidade, e a partir de então, poder figurar em uma relação

jurídica, podendo contrair direitos e obrigações.

Esta questão é muito importante, pois ainda que menor de idade, e ainda que venha a falecer, ela já

se tornou herdeira, cidadã, e mudou toda a questão relativa à família (no que se refere aos deveres

dos pais) dentre outros.

Page 22: Gestao de producao

Contudo, nem sempre basta ser dotado de personalidade jurídica para poder atuar livremente. Em

alguns casos a lei impõe limitações, seja em decorrência da idade, do discernimento mental

reduzido, dizendo que estas pessoas, para poderem realizar atos, negócios, contratos, etc. Precisam

de um auxílio de terceiros, pois, sozinhas podem ser vítimas de abusos, malícia, dentre outros.

É a figura do Estado protegendo seus jurisdicionados e muitas vezes impondo limitações para a

segurança dos mesmos. Assim, a lei criou paralelamente a personalidade, que todos temos, um

outro conceito, o de capacidade.

Diz-se que a capacidade é a medida da personalidade. Pode ser de direito, inerente a todo o ser

humano, e de fato, que significa a capacidade de exercer por si só os atos da vida civil. A

capacidade será plena quando reunir a capacidade de direito e de fato. Quando apenas estiver

presente a capacidade de direito estaremos diante da incapacidade que poderá ser absoluta ou

relativa.

Poderá ser absoluta, acarretando a total proibição ao exercício de atos da vida civil requerendo

deste modo a representação, sob pena de nulidade. Neste caso o incapaz não participa do ato, que

é praticado por seu representante. Segundo o Código Civil temos que:

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a

prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Verificamos que as causas que impedem são 

a) a menoridade, tendo sido eleita a idade de 16 anos pelo legislador, por se considerar a

maturidade do indivíduo (e em outros países poderá ser diferente, a exemplo da Argentina que

considera como de 14 anos)

b) discernimento mental - as que forem consideradas permanentes ou duradouras e que

efetivamente reduzam o discernimento, não se admitindo os chamados intervalos lúcidos, pois que

haveria insegurança no que se refere aos atos praticados. Assim declarado incapaz todos os atos

serão nulos, mesmo que praticados nestes momentos, pois que se considera permanente e

contínuo.

Poderá ainda ser incapacidade relativa, que permite ao incapaz a prática de determinados atos,

desde que assistido sob pena de anulabilidade. A assistência é dispensável, como no caso de ser

testemunha, ser eleitor, celebrar contrato de trabalho, exercer cargos públicos mediante concurso.

Nos demais casos, como contratos, casamento, etc o assistente acompanha o relativamente capaz,

pois que este possui certo discernimento requerendo, apenas, orientação. Segundo o Código Civil:

Page 23: Gestao de producao

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o

discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.

Da mesma forma que na incapacidade absoluta, o legislador aqui se preocupa com a validade da

manifestação de vontade proferida por estes sujeitos que, por questão de deficiência, saúde, vício,

podem ser sugestionados ou induzidos pela má-fé alheia. Assim, busca o legislador sempre a

proteção do considerado incapaz.

Merece destaque a questão do pródigo, que tem sua capacidade reduzida apenas no que se refere

ao seu patrimônio. Isto porque a prodigalidade é a incapacidade de reter os bens, de modo que há a

dilapidação do patrimônio chegando-se a miséria. A proteção aqui não visa apenas a pessoa do

pródigo, mas também a de sua família, que poderá interdita-lo exclusivamente no que se refere aos

atos capazes de acarretar a redução do seu patrimônio.

Outro ponto relevante é a questão dos deficientes físicos. Isto porque estes não são incapazes.

Somente a perdem se não puderem mais comunicar sua vontade, por qualquer razão. Assim, surdos

e cegos quando recebem a educação e habilitação específica, aprendendo a linguagem própria que

possibilite manifestar suas vontades e discordâncias, são considerados plenamente capazes.

A incapacidade pela menoridade, ainda, poderá ser suprida pela emancipação do menor que tenha

mais de 16 anos. Poderá ser concedida nos termos do art. 5º do CC:

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática

de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,

independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor

tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que,

em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Verifica-se portanto, que existem atos e situações que se reconhece que a maturidade do menor é

suficiente para todos os atos, posto que ele teve condições de estabelecer uma família, passar em

concurso público e exercer a função, concluir curso superior etc.

Page 24: Gestao de producao

Questionável seria apenas a hipótese da concessão pelos pais, ou seja, pelo ato de vontade. De

fato, inúmeros são os casos que o jovem já apresenta condições de assumir as responsabilidades

de seus atos, inclusive de natureza patrimonial. Contudo, pode haver caso em que os pais assim

pretendam com objetivos ilícitos como, por exemplo, tentar se exonerar da responsabilidade

alimentar. Nestes casos, excepcionalmente será possível declarar a nulidade do ato de

emancipação. Nos demais casos, será irrevogável.

A principal conseqüência da capacidade plena é justamente a possibilidade de realizar atos e

negócios jurídicos.

Tanto os atos quanto os negócios jurídicos são realizações que decorrem da vontade humana, e que

visam a realização de efeitos jurídicos. A diferença essencial é que o ato jurídico tem os efeitos

previstos pela lei enquanto os negócios jurídicos tem efeitos previstos pelas próprias partes.

Assim, a emancipação é um ato jurídico, pois mesmo que decorra da vontade dos pais, estes não

poderão aumentar ou reduzir os efeitos, por exemplo, determinando que seu filho será considerado

maior só para o fim profissional, sendo que para casar continuará precisando de seu consentimento.

Já os negócios jurídicos, a exemplo dos contratos, geram efeitos que poderão ser modulados pelas

partes, desde que respeitados os limites impostos pela lei. Neste sentido, Caio Mario da Silva

Pereira conceitua o contrato como Acordo de vontade com a finalidade de produzir efeitos jurídicos"

O contrato, como qualquer negócio jurídico, deve ter os seguintes requisitos segundo o Código Civil:

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Assim, podemos dizer no que se refere a capacidade do agente, que serão necessárias 2 ou mais

pessoas, a maioridade, o discernimento pleno, e o consentimento manifestado livremente.

Quanto ao objeto, ou seja, o que será contratado, não poderá ser contrário à lei, moral, bons

costumes e normas de ordem pública. Por esta razão a contratação de juros superiores ao limite da

lei caracteriza usura, pois mesmo que haja a manifestação de vontade, tal prática é vedada pela lei.

Outro ponto interessante, é que deve ser realizável. Não se pode contratar alguma coisa que hoje

não exista, por exemplo uma viagem para os Estados Unidos em 1 hora, ainda que no futuro, ante

ao desenvolvimento dos meios de transporte, isto possa vir a ocorrer....quem diria no início do

século passado que hoje nós chegaríamos lá com 12 horas de viagem????

Deve ser determinado ou determinável em seu gênero, espécie e quantidade, ou seja, eu tenho que

conseguir identificar o objeto da contratação.

Page 25: Gestao de producao

Finalmente tem que ter capacidade de valoração em dinheiro. Não se considera possível a

contratação de um grão de arroz. Mesmo que tenha o valor de 1 centavo, deve ser passível de ser

mensurado, até para fins de indenização, apuração do descumprimento ou descumprimento, etc.

No que se refere a forma, ao contrário do que se pode pensar, a regra é que não haja forma, ou

seja, que não haja documento escrito, autenticações ou reconhecimento de firmas.

A rescisão do contrato de trabalho e o direito coletivo do trabalho1

Olá caros alunos

Na nossa aula nós abordamos alguns importantes aspectos do Direito trabalho para o dia-a-dia tanto

do trabalhador quanto do empregador.

Neste momento nós vamos conversar um pouco sobre um momento muito delicado na relação

empregatícia, que é justamente o término do vínculo ocasionado pelo empregado ou pelo

empregador.

Primeiramente temos que diferenciar algumas hipóteses distintas, quais sejam:

Resilição - quando não há justa causa

Resolução - quando há justa causa do empregador ou empregado

Quando inexiste justa causa, as questões tendem a não se tornarem excessivamente complexas

para findar-se o contrato de trabalho. Neste caso há que ocorrer o pagamento de todas as verbas

pendentes, dar baixa na Carteira de trabalho do empregado, entrega das guias de seguro

desemprego e FGTS entre outros. Pode ocorrer do corte de funcionários, reorganização da

empresa, perda de necessidade ou utilidade da função, término da empresa por falência ou outra

causa, dentre outros.

Contudo, existem hipóteses em que há uma justa causa a ensejar o término da relação de emprego

e nesta circunstância o motivo tende a ser grave. Vejamos primeiro as hipóteses de justa causa pelo

empregado:

Primeiramente, nem todo ato é passível de ensejar uma demissão. Tanto assim é que a própria lei

criou outros meios de sancionar o funcionário tais como: Advertência (não prevista em lei);

suspensão de até 30 dias; ou então a dispensa por justa causa.

Cabe aqui considerar que deve haver causalidade e proporcionalidade. Não existe necessidade de 3

advertências, basta que haja grandiosidade na falta cometida para se dispensar. Da mesma forma,

não é por um atraso, ainda que reiterado de 2 minutos que um funcionário pode ser mandado

embora por justa causa.

 

Page 26: Gestao de producao

Também há que se considerar o imediatismo da sanção, ou seja, deve-se aplicar a justa causa tão

logo ocorra o conhecimento do ato faltoso sob pena de se configurar perdão tácito.

Todas as hipóteses de justa causa requerem previsão da lei não se podendo punir 2 vezes um

mesmo ato. Assim, se já houve advertência ou suspensão não cabe justa causa. Falemos então das

hipóteses mais comuns de justa causa:

a) Improbidade: é a desonestidade, atentado contra o patrimônio do empregador, colegas de

trabalho ou terceiros.

b) Má - conduta: Incontinência, ou seja, abusos e desvios sexuais.

c) Ato de concorrência dentro do ambiente de trabalho: mesmo que não haja concorrência ou

prejudicial ao trabalho. Ex: Venda de produtos de beleza, comida.

d) Condenação Criminal: sem suspensão da execução da pena: da contrária não já impossibilidade

de prestação de serviço.

e) Desídia: falta injustificada, atraso, baixa produção, etc. Aqui será necessária a ocorrência de

advertências.

f) Embriaguez Habitual ou em Serviço: Mesmo fora do local de trabalho e aparentemente sem

prejuízo no trabalho é caso de justa causa. Requer habitualidade. Se em serviço, basta uma vez. Há

quem sustente que por ser doença é discriminatório e, portanto deveria ocorrer a suspensão do

contrato de trabalho. Aqui se enquadra também o uso de drogas.

g) Violação do Segredo da Empresa: informação que se tornada pública possa causar prejuízos á

empresa. Fórmula Química, lista de clientes, etc. (mesmo que não haja o prejuízo)

h) Indisciplina ou insubordinação: Ambas querem dizer descumprimento de ordem. Se for ordem

geral foi indisciplina (ex: regulamento interno). Se a ordem for pessoal é caso de insubordinação.

i) Abandono de emprego - Ausência injustificada por 30 dias (elemento objetivo) mais animus

abandonandi (subjetivo). Demonstração do animus com notificação por carta com AR ou telegrama.

j) Ato lesivo no serviço da boa fama ou ofensas físicas - contra qualquer pessoa (superior, cliente,

colega de trabalho)

k) Se a lesão ou ofensa for contra superior hierárquico salva em legitima defesa. Aqui não se

restringe ao local de trabalho.

l) Prática constante em jogo de azar: doutrina que entende que é o que depende da sorte, objetivo

lucro fácil.

Existem casos, contudo, que quem dá justa causa para o término da relação contratual de trabalho é

o empregador. Neste caso, o empregado acaba por demitir-se por não ter mais condições de

continuar o vínculo estabelecido por culpa do empregador. É o que se chama de rescisão ou

despedida indireta. São hipóteses comuns:

A) Exigências superiores as suas forças físicas e intelectuais, proibidas por lei ou alheios ao

contrato.

B) Rigor excessivo sobre o empregado enseja dano moral.

C) Perigo de mal considerável (não o inerente a profissão) ou risco desnecessário.

Page 27: Gestao de producao

D) Não cumprir o empregador das obrigações do contrato incluindo ao 'contrato' também as

obrigações legais. E o caso da 'mora salarial contumaz (atraso reiterado por mais de 3 meses)

E) Prática do ato lesivo a honra da boa fama do empregado ou da sua família.

F) Ofensa física salvo em caso de legitima defesa.

G) Redução do trabalho de forma a alterar seu salário prejudicialmente

Outro tema muito importante diz respeito a uma parte específica do direito do Trabalho chamada

Direito Coletivo do Trabalho, que trata justamente das relações firmadas entre as categorias de

trabalhadores em face de seus empregadores.

Para ficar mais fácil, vamos verificar alguns conceitos importantes como o de Acordo Coletivo,

Convenção Coletiva, Dissídio coletivo, Assembléia entre outros no link a

seguirhttp://www.guiatrabalhista.com.br/guia/acordocoletivo.htm

Assim, vemos que tanto o trabalhador pode realizar um acordo individual de trabalho, como também

pode ser beneficiado por um acordo coletivo a que se denominará convenção coletiva de trabalho,

que beneficia todos os trabalhadores daquela classe.

Existem, portanto, diversas espécies de negociações feitas por categorias. Estas são representadas

por Sindicatos: profissional (empregados), ou econômicos (empresa).

A partir da Constituição Federal de 1988 houve ampla liberdade sindical (qualquer um pode fundar

um sindicato) com as seguintes caracteríticas:

1. Independe de autorização do Estado ressalvado o registro no órgão competente. Poder público

não pode interferir.

2. Apenas um sindicato boa base territorial de categoria profissional ou econômica defendida pelos

seus trabalhadores ou empregadores, não inferior a um Município (principio da unidade sindical.)

obs.: Outros lugares no mundo é pluralidade sindical (vários sindicatos num município). Isto impede

que o Brasil assine convenções da OIT - Organização Internacional do Trabalho.

3. Atribuição da defesa dos atos e interesses coletivos ou individuais inclusive questões judiciais e

administrativas.

4. Desconto da contribuição independente da contribuição prevista em lei.

5. Liberdade de filiação. Pertencer ou participar da categoria é diferente de filiar-se ou associar-se.

6. Aposentado filiado poderá ser votado e votar.

7. Estabilidade dos diretores salvo em caso de justa causa.

ssim, há uma proteção mais ampla dos trabalhadores que foge da possibilidade de pressão

individualizada, posto que é o sindicato quem negocia, não havendo como o trabalhador,

individualmente, ser responsabilizado pelos pleitos ou pelas reivindicações.

 

Page 28: Gestao de producao

Bom, aqui encerramos nossa conversa sobre direito do trabalho. Espero que tenha elucidado os

pontos mais relevantes e fico esperando as questões de vcs!

 Até a próxima!

Noções gerais sobre a sucessão, herança e testamento. O sistema tributário nacional e a

regulamentação dos tributos no Brasil.

Olá novamente!

Hoje nós iremos conversar sobre dois assuntos que não abordamos anteriormente nas tele-aulas,

mas que é de suma importância no nosso dia-a-dia, quais sejam, a questão do direito das sucessões

e do direito tributário.

Dentro do Direito Civil, existe um ramo específico que abrange as normas que disciplinam a

transmissão do patrimônio ativo e passivo de uma pessoa que falece aos seus sucessores. Este

ramo é o direito das sucessões.

Ele é tratado no Código Civil dos arts. 1784 ao 2027 e abrange o direito dos filhos, o testamento, os

legados e ainda o procedimento de inventário para o recebimento de tais valores.

A intenção do legislador foi a de manter, dentro de uma mesma família, todo o patrimônio do

falecido, posto que seria um dever familiar o auxílio às gerações seguintes, sendo considerada um

verdadeiro auxílio.

Psicologicamente também pode se dizer que a pessoa que morre fica imortalizada a medida em que

seus herdeiros recebem o fruto do trabalho do falecido, a casa, o veículo, as jóias, as obras de arte,

enfim, tudo aquilo que lembra e que tributa como realização daquele que se foi.

Em muitos outros países não é assim. Entende-se que o vínculo sanguíneo ou familiar não é

suficiente para atribuir ao filho, pai, cônjuge o patrimônio, razão pela qual se dá ampla liberdade às

pessoas para deixar por testamento seu patrimônio a outras pessoas fora do círculo familiar.

No Brasil, diferentemente, a regra é a perpetuação das propriedades na mesma linha de sucessão,

sendo certo ainda que esta transmissão de bens é imediata, no exato momento do falecimento do de

cujus. Vejamos o que estabelece a Lei Civil:

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e

testamentários.

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.

Page 29: Gestao de producao

Assim, pode-se notar que do que seria objeto da herança, só 50% pode ser objeto de testamento.

Assim, se sou casada sob o regime de comunhão parcial de bens, quando do meu falecimento,

daquilo que é patrimônio do casal, metade fica com o viúvo ou viúva meeiro.

50% viúvo ou viúva              50% do morto

Então, do que era de fato do morto, só a metade é que poderá ser objeto de testamento, sendo que

a outra metade, obrigatoriamente, deve ficar com os herdeiros considerados necessários, ou seja:

 

50% do viúvo/viúva               25% passa aos herdeiros

    

25% é disponível para testar

 

Por aí se vê que existem duas formas de sucessão, a chamada legítima (prevista na lei e, portanto,

obrigatória) e a chamada testamentária que é a resultante da vontade do testador e desta forma,

facultativa.

Outro conceito importante diz respeito ao que se herda. Isto porque a lei prevê a possibilidade de se

receber universalmente, ou seja, um pouco de tudo, ou um percentual de tudo (chamado cota), e

este herdeiro é denominado pela lei de herdeiro a título universal, ou quando se recebe um

determinado bem (chamado legado), o que é muito comum nos testamentos, e daí estamos diante

de um legatário que é que sucede a título singular.

Apesar da lei prever que no momento do falecimento, imediatamente, se transmitem os bens, até

que haja o procedimento judicial ou em cartório (possível quando não houver herdeiros menores,

nem incapazes), todos os bens ficam no domínio de todos os herdeiros posto que permanece a

indivisibilidade. Vejamos o que diz o Código Civil:

Page 30: Gestao de producao

Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.

Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança,

será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.

Ao contrário do que se possa imaginar, a herança não compreende apenas a parte boa ou lucrativa.

Ela é uma universalidade de direitos do falecido e engloba também suas dívidas e obrigações.

Contudo, a lei protege os sucessores quanto ao limite de responsabilidade por estas dívidas, pois

estabelece que os herdeiros responderão pelas obrigações do falecido até o limite que receberam

em herança, ou seja:

Se o patrimônio = R$ 100.000,00     MAS     as dívidas = R$ 200.000,00

PREJUÍZO DOS CREDORES!!!!

Isto porque não se pode impor aos herdeiros que sacrifiquem seus patrimônios pessoais pelas

dívidas o sucessor que já tenha falecido.

Mas fica a dúvida: quem são os herdeiros por força de lei? Assim estabelece o Código Civil:

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o

falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,

parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado

bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Ou seja, primeiramente são os filhos (netos) e cônjuge, depois os pais (avós) também junto com o

cônjuge. Aqui se pressupõe que haja filho (s) e cônjuge ou na ausência de filhos, pais ou avós e

cônjuge. Se não houver nem filhos nem pais, o cônjuge recebe sozinho. E só então os irmãos se

tornam herdeiros.

E quanto ao testamento, como fica? Vejamos um pouco o que diz o jurista Zeno Veloso no

linkhttp://www.soleis.adv.br/artigotestamento.htm

Page 31: Gestao de producao

As formas mais comuns do testamento, são:

a) o Testamento Público, que é aquele que é escrito ou datilografado pelo cartorário no seu livro de

notas; 

b) o Testamento Cerrado, que é escrito e assinado pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e

por aquele assinado, será válido se aprovado pelo tabelião. 

c) o Testamento Particular, que é escrito pelo próprio punho ou mediante processo mecânico - se

escrito de próprio punho, são lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos três

testemunhas, que o devem subscrever. Se elaborado por processo mecânico, não pode conter

rasuras ou espaços em branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de o ter lido na

presença de pelo menos três testemunhas, que o subscreverão. Se Morto o testador, publicar-se-á

em juízo o testamento, com citação dos herdeiros legítimos. 

Bom, agora que já sabemos um pouco mais sobre a questão da herança, vamos falar um pouco

sobre outro tema importantíssimo que é a questão dos impostos.

No Brasil a gente sempre houve falar que a carga tributária é excessiva. E de fato, é mesmo. Temos

uma infinidade de impostos e além destes, outros tributos como taxas, preços públicos e

contribuições de melhoria, que chegam a reter nada mais nada menos que 5 meses de salário do

trabalhador.

Toda a questão relativa a estes valores é regulamentada por um conjunto de normas denominado

Direito Tributário. Além das normas que regulamentam, há também princípios e os próprios tributos

que em conjunto formam o que se denomina Sistema Tributário.

Este tributo é o nome genérico que se dá a forma de arrecadação imposta pelo Estado, a partir da

cobrança de um valor que incide sobre um determinado fato a que se chama fato gerador do tributo.

Este pode ser a propriedade de um veículo ou imóvel, pode ser a utilização de um serviço público.

Falemos sobre as espécies de tributos existentes no Brasil.

a) Impostos

Primeiramente, temos os impostos, que são a espécie mais conhecida de tributos. O que o

caracteriza é que tem como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal

específica relativa ao contribuinte, ou seja, imposto é o tributo que não está vinculado a uma

contraprestação direta a quem o está pagando.

A arrecadação advinda dos impostos não são destinadas a custear obras ou serviços em prol

daquele contribuinte especificamente, mas sim para serem utilizadas para custear as despesas

gerais do Estado, da coletividade, visando promover o bem comum.

Por esta razão todos as esferas de governam têm impostos próprios. Vejamos alguns deles:

Page 32: Gestao de producao

A. 1) impostos da competência da União: imposto sobre a importação de produtos estrangeiros;

imposto sobre a exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados; imposto sobre

a propriedade territorial rural; imposto sobre produtos industrializados; imposto sobre a renda e

proventos de qualquer natureza; imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e relativas a

títulos e valores mobiliários.

A. 2) impostos da competência dos Estados e Distrito Federal: imposto sobre a transmissão causa

mortis e doação de quaisquer bens ou direitos; imposto sobre operações relativas a circulação de

mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comunicação; imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

A. 3) impostos da competência dos Municípios: imposto sobre a propriedade predial e territorial

urbana; imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,

por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como a

cessão de direitos a sua aquisição; imposto sobre serviços de qualquer natureza.

b) Taxa Diferentemente a taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício do poder de polícia

ou a utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte

ou posto a sua disposição, ou seja, paga-se a taxa exatamente por um serviço público utilizado. É

por isto que se fala em taxa de esgoto, pois se tem uma contraprestação específica e individual. 

Pode ser cobrada pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

c) Contribuição de melhoria

Também cobrado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas

atribuições, tem como objetivo fazer face ao custo de obra pública de que decorra valorização

imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor

que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Ou seja, aqui se paga pelo acréscimo patrimonial

havido em bem particular.

d) Contribuições Especiais

Estão previstas nos artigos 149 e 149-A da Constituição Federal e são tributos cobrados para

custeio de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de intervenção no domínio econômico e de

interesse de categorias econômicas ou profissionais.

e) Empréstimo Compulsório

Finalmente, este é um tributo que apenas pode ser instituído pela União, através de lei

complementar, nos casos de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência, que exijam

recursos extraordinários. Pressupõe-se a urgência e o relevante interesse nacional.

É importante ressaltar que uma vez que a tributação é ato dos entes públicos, o particular para não

ser surpreendido, é protegido por uma série de princípios tais como:

Page 33: Gestao de producao

a) legalidade: O texto do referido art. 150, I da CF estabelece que "é vedado à União, aos Estados,

ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". Assim, a

lei limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes.

b) Princípio da anterioridade mínima (nonagesimal): Proíbe que os impostos sejam majorados sem

que a lei que o faça seja publicada com uma antecedência mínima de 90 dias.

c) Princípio do não-confisco: proibe o Estado de usar os tributos para confiscar os bens ou o

patrimônio de particulares.

d) Princípio da liberdade de tráfego: proibe a limitação do tráfego interestadual ou intermunicipal de

pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.

e) Princípio da não cumulatividade: proíbe que dois impostos tenham o mesmo fato gerador

f) Princípio da seletividade: Em função da importância e necessidade de um produto se tem a

diminuição da carga tributária, e aos que tem menos importância aumenta-se a carga tributária. É

por esta razão que cigarros e bebidas tem alta tributação, enquanto alimentos essenciais tem baixa

tributação.

Apesar destas garantias não é raro que os particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas sintam-se

verdadeiramente lesados pelo governo quando do pagamento do IPVA, do IR ou outros impostos. É

por isto que se debate e tanto se espera a reforma tributária. Vejamos o vídeo a seguir sobre a

reforma tributária:

Pelo visto, a discussão ainda vai longe.

Muito bem. Agora só resta tirarmos as dúvidas e comentarmos as aulas. Fico no aguardo da

participação de vocês!

Até mais!

WA - PGER - SEM 5 - UNIDADE 1 - PLANO DE NEGÓCIOS E EMPREENDEDORISMO

UNIDADE 1

Introdução Perfil do Empreendedor

Processo Empreendedor

UNIDADE 2

FDiferenças e semelhanças entre o Empreendedor e o Administrador Intrapreneurship

UNIDADE 3

Page 34: Gestao de producao

Processo de Planejamento Decisão de Investir

Vantagem Competitiva

Tendências

UNIDADE 4

Sucesso e Fracasso no Empreendedorismo Estudos de Caso

Elaboração de Projetos

Plano de Negócios

Título: O que é empreendedorismo¹

Você pode até estar pensando...

 

Será que sou mesmo um empreendedor? Sou tão comprometido assim?, Não gosto de arriscar muito e, principalmente, sou uma pessoa sem "grana". Como poderei iniciar um negocio meu? Estou quebrado!

Bem, você pode se sentir assim, mas se você possuir criatividade, dedicação, empenho, você pode

chegar lá. Sobre a questão dos recursos financeiros, hoje, existem vários órgãos de fomento que

podem auxiliá-lo no inicio. O que eles querem é uma boa ideia e a possibilidade desta gerar algum

valor financeiro.

Desta forma, vamos iniciar a nossa aula estudando primeiro:

O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, especialmente nos últimos

anos, sendo intensificado no final da década de 1990. Vários fatores explicam este repentino

interesse pelo assunto, principalmente nos EUA, país onde o capitalismo tem sua principal

caracterização.

O termo empreendedor, do termo francês entrepreneur, significa aquele que assume riscos e inicia

algo novo.

Empreendedorismo, então, podemos afirmar que é o processo de iniciar um empreendimento,

organizar os recursos e assumir as recompensas e riscos associados.

O primeiro uso do termo "empreendedorismo" foi registrado por Richard Cantillon, em 1775, para

explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um preço e vendê-lo em um regime de

Page 35: Gestao de producao

incerteza. Em 1803, Jean Baptiste Say complementou, definindo que quem abre seu próprio negócio

é um empreendedor.

Sendo assim, o empreendedor é aquele que reconhece a viabilidade de uma ideia para um produto

ou serviço e leva-a adiante. Um bom exemplo disto pode ser notado no vídeo

"EMPREENDEDORISMO", abaixo:

Ser empreendedor significa encontrar e montar os recursos necessários para assumir o

empreendimento, assumindo riscos financeiros e legais da propriedade e colhendo as recompensas,

ou seja, os lucros do negócio.

Os empreendedores bem sucedidos têm motivações diferentes e medem as recompensas de várias

formas:

Idealistas - Recompensados pela oportunidade de trabalharem em algo novo e criativo; Otimizadores - Têm satisfação pessoal por serem donos de uma empresa;

Trabalhadores aplicados - Prosperam com o desafio de construir um negócio maior e mais rentável;

Malabaristas - Possuem muita energia e adoram lidar com todos os detalhes de seu próprio negocio;

Sustentadores - Aproveitam a oportunidade de conciliar o trabalho com a vida pessoal.

Por muito tempo, a maioria das pessoas empregadas revelou, secretamente, para amigos próximos,

a sua intenção de largar seu emprego e tentar a vida sozinha, ou com poucos sócios. Porém, estes

sonhos até recentemente eram oprimidos. Com o aumento do desemprego causado por várias

crises econômicas e pela globalização das economias, os tempos mudaram.

As empresas estão reduzindo os postos de trabalho, levando estas pessoas a considerar outras

opções.

De acordo com a figura abaixo, o relatório da GEM (Global Entreprenuership Monitor), de 2007,

mostra o painel de evolução dos empreendedores entre 2001 a 2007, no qual podemos fazer uma

comparação interessante com relação aos nossos vizinhos da América do Sul, que participaram da

pesquisa.

Page 36: Gestao de producao

O Brasil é o penúltimo colocado, ficando à frente, apenas, do Uruguai, que apresentou uma taxa de

12,21. Note que a Venezuela, a Colômbia e o Peru apresentaram taxas elevadas: 20,16; 22,72 e

25,89, respectivamente, sendo, em média, duas vezes maior que a taxa brasileira. Os fatores que

contribuem para explicar taxas tão elevadas estão na menor complexidade da economia desses

países, o que pode estimular uma maior atividade empreendedora por necessidade, em razão da

escassez de postos formais de trabalho.

Comparando o desempenho empreendedor brasileiro em relação aos empreendedores internacionais, outro

grupo que não pode ser negligenciado é o BRIC. Esses países têm apresentado elevado crescimento econômico

no período histórico recente, com ressalva ao desempenho brasileiro. Esses países apresentam semelhanças com

o Brasil, pois se assemelham pelas proporções territoriais e por representarem grandes mercados potenciais.

Porém, ao se observar o mesmo grupo em relação ao desempenho empreendedor, o Brasil apresenta a segunda

maior TEA (Taxa de Atividade Empreendedora) entre os integrantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) na

pesquisa GEM 2007. Note que economia chinesa é a mais dinâmica da atualidade. Considere que a cada 16

chineses em um grupo de 100, realizando alguma atividade empreendedora, representarão, no final, algo em

torno de 200 milhões de empreendedores, isto é, quase a totalidade da atual população brasileira.

O empreendedorismo hoje

Page 37: Gestao de producao

Existem vários motivos para as pequenas empresas serem uma parte tão dinâmica na economia

atualmente, dentre os quais se destacam:

Mudanças Econômicas

A demanda por serviços está em expansão. É um terreno fértil para vocês, empreendedores, pois a

economia é dinâmica, proporcionando assim, ótimas oportunidades de negócios, principalmente

para pequenos negócios, com menos de 100 funcionários. A desregulamentação da economia

realizada pelo governo removeu as barreiras para multas atividades, que antes eram

"monopolizadas" até mesmo pelo próprio governo. Por exemplo, a distribuição de combustíveis.

Globalização 

Hoje, mesmo as grandes organizações não conseguem mais dominar "nicho" de mercado, pois ele

está globalizado e em constante mudança, exigindo, agora, destas empresas, uma postura

empreendedora, fazendo com que as mesmas achem formas de fazer as coisas mais rápidas,

melhor e mais baratas.

As empresas estão cortando custos, através da terceirização do trabalho, para empresas menores

ou para freelancers. Estão se desfazendo de operações que são custosas a elas. 

A globalização, aliada com o aumento na competição, está forçando as empresas a serem mais

flexíveis, oferecendo respostas mais rápidas às necessidades dos consumidores, coisa que as

grandes corporações têm dificuldade em ofertar.

Aprenda um pouco, acessando a reportagem no site:

http://portalexame.abril.com.br/revista/pme/edicoes/0013/m0158948.html

Tecnologia

O avanço da tecnologia com a consequente queda no preço dos computadores e seus periféricos,

geraram indústrias totalmente novas, dinâmicas e pujantes, bem como novos métodos de produção

de bens e serviços, agora de maneira mais eficaz. Diferentemente dos avanços tecnológicos no

passado, os atuais estão ao alcance de todas as empresas, independentemente de seu tamanho.

Page 38: Gestao de producao

O crescimento da internet criou grandes oportunidades para os empreendedores, pois, a cada

empresa ponto.com que não deu certo, existem inúmeras pequenas empresas que estão utilizando

o comércio eletrônico para vender seus produtos e serviços, ou para melhorar a comunicação e o

atendimento ao cliente.

Quando falamos em tecnologia, não podemos ficar apenas focados na área da computação, mas

sim, nas demais áreas, tal como a biotecnologia, na qual notamos grande avanço na pesquisa do

genoma humano. Dessa forma, surgem oportunidades para que se criem empresas que trabalham

nesta área. Podemos citar, como exemplos, a área de telecomunicações, com o avanço da telefonia,

a indústria automobilística, eletromecânica, dentre outras.

Novas oportunidades e novos nichos de mercado

Os empreendedores estão tirando proveito da oportunidade de atender as necessidades de

mudanças do mercado. Através da constante busca e análise das informações, proporciona, a eles,

a chance de identificar algumas tendências que poderão se tornar oportunidades de negócios, como

por exemplo, a reportagem no link:

http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0046/noticias/destino-certo

Título: Quem são os empreendedores?

Apresentação do professor

Dando continuidade ao nosso aprendizado, nesta segunda webaula iremos

conhecer algumas características dos empreendedores, alguns mitos sobre eles e as diferenças

entre o empreendedor e o administrador. Abordaremos também conceitos e características sobre

empreendedorismo corporativo (intraempreendedorismo) e finalizaremos a unidade com o processo

empreendedor.

Page 39: Gestao de producao

Vamos iniciar com o seguinte questionamento:

Qualquer indivíduo, em algum ponto de sua vida, será um empreendedor. Os empreendedores

começam com uma visão, ou com um sonho que às vezes parece inconcebível. Geralmente são

pessoas descontentes com o emprego que têm e veem a oportunidade de reunir recursos para

iniciar um novo empreendimento.

O empreendedor, isto é, você, é uma pessoa que trabalha arduamente, é prático, conhecedor do

mercado onde atua, além de ter coragem para buscar seu ideal, seu sonho.

Algumas pessoas pressupõem alguns mitos relacionados aos empreendedores, dizendo:

Os empreendedores são natos, vem com o DNA pronto e nasceram para o sucesso.

Os empreendedores são "jogadores" e arriscam muito.

Os empreendedores não sabem trabalhar em equipe e são muito individualistas.

Bem, na realidade não é bem assim, pois ninguém nasce sabendo, o aprendizado vem com a nossa

capacidade de acumular experiências, informações em toda nossa vida, tanto pessoal como

profissional.

Com relação a afirmação aos empreendedores serem jogadores, na verdade são ótimos

planejadores, pois todos os passos executados por eles são planejados e desta forma sempre

assumem riscos calculados, evitando os desnecessários e quando veem que o risco é muito grande,

compartilham com outros.

E no que diz respeito à individualidade dos empreendedores é totalmente ao contrário, pois eles são

ótimos formadores de equipe, e sabem que necessitam deste relacionamento com colegas,

parceiros, fornecedores e clientes para que seu negócio tenha sucesso.

Page 40: Gestao de producao

Falamos até agora no empreendedor, mas quem é o intraempreendedor? Esta pessoa pode ser

você também, pois é aquele que dentro de uma organização assume o papel de promover a

inovação de qualquer tipo de serviço, em qualquer momento e lugar.

É um colaborador da organização, que inova, identifica e cria novas oportunidades de negócio, montando e

coordenando a execução das atividades.

 

O QUE É MELHOR SER: EMPREENDEDOR OU INTRAEMPREENDEDOR?

Ser intraempreendedor ao invés de empreendedor é optar por:

Segurança no que diz respeito aos riscos que enfrentarão, pois caso algo de errado não perderão

tudo e terão que começar do zero, visto que estão com o emprego garantido.

Recursos com relação à captação de recursos, pois se suas idéias estiverem alinhadas com os

objetivos da organização, a probabilidade de conseguir estes recursos é bem maior do que se

estivesse num ambiente externo.

Valor agregado, ou seja, o seu poder de contribuição é bem maior que os outros funcionários da

organização, pois poderá concretizar mais rapidamente suas idéias.

O intraempreendedor existe e sempre existirá em qualquer organização, independentemente da

cultura organizacional favorecer ou não seu surgimento, você pode identificá-los pela simples

observação das realizações organizacionais, principalmente pela contribuição dada por eles à

empresa.

Page 41: Gestao de producao

Quando o intraempreendedor inicia um projeto, ele gerencia-o

como se fosse seu próprio projeto, fazendo isso com o mínimo de interferência de seus

supervisores. Ele põe em uso toda sua criatividade, poder de realização, seu networking (rede de

relacionamentos) e sua liderança para transformar seus projetos em empreendimentos de sucesso.

No quadro 1 abaixo mostra a comparação entre as diferenças do empreendedor,

intraempreendedores e gerentes tradicional (administrador).

De acordo com o quadro pode-se notar que o intraempreendedor aproxima-se muito ao

empreendedor tradicional do que a um gerente, pois o empreendedor tem mais propensão a

enfrentar desafios, assumir riscos, dentre outras habilidades, coisa que um gerente tradicional não

possui. Por outro lado o gerente demonstra ser mais enérgico, controlador e confiante, procurando

ambientes mais controláveis enquanto o empreendedor ousa mais.

Page 42: Gestao de producao

Quadro 1: Diferença entre empreendedores, intraempreendedores e gerentes

Fonte: Hashimoto, Marcos (2006 p.24)

Ciclo de Vida das Organizações

Toda empresa passa, obrigatoriamente, por algumas etapas em seu desenvolvimento e cada

economia apresenta algumas características que indicam a expectativa de vida que uma

organização pode ter. Inevitavelmente todas as organizações passam pelas seguintes fases:

Page 43: Gestao de producao

Nascimento Infância

Maturidade 

Velhice

O tempo que cada empresa leva para passar de uma etapa para outra depende muito da natureza

do negócio de cada uma. Fazendo uma analogia aos seres humanos podemos entender que no seu

nascimento uma empresa surge com uma estrutura bastante enxuta, poucos recursos e muito

dependente das pessoas, clientes, fornecedores, máquinas e equipamentos, capital ou parceiros.

Como crianças, são bem frágeis e se não forem bem cuidados com atenção podem morrer, é o que

ocorre com boa parte dos novos empreendimentos nos primeiros anos.

Quando a empresa entra na fase da infância, ocorre um processo de rápido crescimento e

desenvolvimento, com grandes mudanças. Agora a organização começa a achar um espaço no

mercado e vê que o conhecimento é de fundamental importância e que aprender sempre é

necessário. Como nas pessoas ela passa também pela adolescência, aquela fase de criar sua

própria identidade achando que em certos momentos já é "adulto" suficiente e reduzindo assim sua

dependência externa, profissionalizando-se e preparando para a maturidade.

Na maturidade a empresa começa a diminuir seu ritmo de crescimento, consolidando sua posição e

estratégia no mercado, de certa forma acomodando-se. Muitas vezes torna-se avessa às mudanças

e inovações, uma vez que os fluxos operacionais e processos estão estáveis, dando certa

tranqüilidade e conforto ao ambiente. Porem é nesta fase que a mesma tem que tomar um cuidado

maior, para que esta letargia não a domine, pois caso isso aconteça poderá levá-la a um colapso

que poderá causar sua morte, visto que a concorrência é ativa e dinâmica.

Quando chega a velhice, seu processo de crescimento não só para como começa a encolher, perdendo posições de

mercado, reduzindo seu tamanho com a consequente redução no faturamento. Os concorrentes avançam tomando

parte de seus clientes, avanço este causado por falhas não observadas, devido à falta de motivação e disposição para

reverter tal situação. A energia e o dinamismo que se perdeu na maturidade não são recuperados neste momento e

então acontece o inevitável: a morte, geralmente por meio de uma fusão ou incorporação que marca o início de um

novo empreendimento.

Processo Empreendedor

A decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente do acaso, mas essa decisão

surge devido a fatores externos, sociais e ambientais, e à aptidões pessoais ou a um somatório de

tudo isso. O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores possibilita

o inicio de um novo empreendimento.

Ao falarmos de inovação, a semente deste processo empreendedor, a relacionamos basicamente

inovação tecnológica, pois ela tem sido o diferencial no desenvolvimento econômico a nível mundial.

Page 44: Gestao de producao

O talento empreendedor é um resultado da percepção, direção, dedicação e de muito trabalho, pois

onde há talento há dedicação, oportunidade de crescer, de diversificar e de desenvolver novos

negócios. Sem talento as idéias se assemelham a uma semente no deserto, ou seja, não vinga, pois

não há água para que cresça.

Com base nestas premissas, é possível definir as seguintes fases em um processo empreendedor:

1. Identificar e avaliar a oportunidade2. Desenvolver o plano de negócios

3. Determinar e captar os recursos necessários

4. Gerenciar a empresa criada

5. Colher as recompensas

 Alguém tem uma IDÉIA de como encontrar uma boa OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO?

É, parece ser fácil ter idéias que possam dar certo, se fosse tão fácil assim, todos seriam donos de

seu próprio negócio. Na verdade sempre ouvimos jovens empreendedores dizendo "a minha idéia é

única, o que faço ninguém ainda faz, não tenho concorrentes, mais não posso falar do que se

trata...." este é o primeiro erro deste empreendedor, pois idéias únicas são raríssimas, produtos

únicos não existem, e concorrência sempre irá existir.

Não quero aqui desanimar vocês, futuros empreendedores, porém peço que dosem sua ansiedade,

conversem com pessoas mais experientes para verificar se sua idéia é passível de ser

implementada e considere o timing da idéia, ou seja o momento que ela foi gerada, pois se foi

gerada há algum tempo, pode ter certeza que alguém já deve ter tido a mesma idéia que você e

certamente já desenvolveu algo.

Muitas pessoas queixam de falta de criatividade e que acham difícil ter idéias, pois não têm muito

tempo para pensar, já que trabalham muito e acabam aceitando esse fato como algo normal.

Empreendedores, usem a informação que vocês têm como base de IDEIAIS. Estar bem informado é

dever de cada um. Hoje a informação está a seu alcance em diversas formas e em diferentes

veículos e comunicação, seja rádio, televisão, internet, livros, revistas, outras pessoas, fornecedores,

etc...

Só não se informa QUEM NÃO QUER! O que é difícil é selecionar dentre tudo isso o que realmente

importa. Geralmente damos atenção àquilo que gostamos, excluindo ou não percebendo

oportunidades, por exemplo, em seções de jornais que não lemos, em site da internet que não

navegamos, em programas de televisão que não assistimos. Isso é natural. O empreendedor é

curioso, investigador e criativo.

Page 45: Gestao de producao

Agora sabemos como ter idéias.

PRONTO ACABOU!!!!.

Que nada agora temos que usar nossa criatividade para pegar esta idéia e fazer dela algo útil, que

as pessoas queiram usar.

Pronto agora acabou? É só montar o negócio? Ainda não, falta ainda verificar se sua IDEIA tem o

potencial de gerar lucro financeiro, se caso ela tenha você poderá iniciar a construção de seu

PLANO DE NEGÓCIOS...

Unidade 1 – Plano de Negócios

Apresentação do professor

Seja Bem-vindo a nossa aula web 1, da Unidade 2 !!!

Caro aluno, nessa Web-aula abordaremos assuntos relacionado ao tema "Plano de Negócio", no

qual iremos explorar as suas características e funcionalidades. Indicarei algumas sugestões de

leitura para que possamos explorar mais a fundo o tema tratado.

Ante de iniciramos nossa aula, escolhi um vídeo que fala de planejamento:

Este vídeo apresenta a falta que um menino sente de um irmão, de alguém para brincar. Brincar

sozinho não tem muita graça, não é mesmo? O garoto, então, com os recursos e ideias possíveis

em sua idade, planeja a concepção de seu irmãozinho. E tem sucesso! Neste caso, aqui, ele

detectou um problema, traçou um objetivo, um plano para alcançar esse objetivo e os meios e

recursos para chegar até lá, mesmo sem dar a devida nomenclatura a tudo isso. Podemos chamar

esse conjunto de ações de planejamento?

É fundamental você ter em mente que, para um bom aprendizado, alguns cuidados devem ser

tomados:

Procure sempre um ambiente agradável para realizar seus estudos;  Evite lugares barulhentos, o silêncio ajuda a concentração;

Caso tenha dúvida acerca de algum termo, ou de algum conteúdo, não hesite em solicitar ajuda.

Em nossa web-aula, iremos falar acerca da importância de planejar.

Analise a conversa a seguir, entre o gato e a Alice (trecho de "Alice no país das maravilhas") e

reflita: você concorda com a resposta do gato?

Page 46: Gestao de producao

Tenho que dizer que ele está correto. Sabe por quê?

Se não sabemos para onde queremos ir, qualquer coisa que façamos ira servir, qualquer caminho chegaríamos ao nosso destino final.

O planejamento de negócios é uma forma de pensar sobre o futuro de nossa empresa.

Isto para que consigamos conquistar o objetivo desejado e evitar futuros erros, incertezas e riscos.

Se pararmos para pensar, vamos verificar que, diariamente, planejamos algo e que, muita vezes,

não percebemos.

Page 47: Gestao de producao

Vejamos alguns exemplos:

Durante todo o ano, muitos de nós planejamos nossas férias. Assim, vamos fazer uma pausa e você

irá pensar acerca de algumas questões:

Como foi a sensação de conquistar algo que você estabeleceu como objetivo em algum momento de sua vida? 

O que você teve que fazer para obter esta conquista?

Houve obstáculos?

Como eles foram superados?

Quantas vezes em sua vida você planejou? Uma viagem? O casamento? Um filho? A faculdade? Uma paquera? A compra de uma casa, um apartamento, um carro? Existem critérios para o planejamento? Como ele ocorre? Quantas perguntas, não é mesmo? Mas pense... pense...

Neste momento, imagino que sua cabeça deve estar cheia de pesamentos acerca deste objetivo que

você realizou. E, com certeza, você elencou várias atividades ou ações que teve que fazer para

atingir seu objetivo.

Com as organizações, isto não é diferente. As organizações também necessitam estabelecer

objetivos para conquistar e, para isto, elas devem planejar. É através da realização do planejamento

e de uma excelente excução que as organizações vão obtendo suas conquistas.

O planejamento existe para que possamos organizar nossas ideias.

O que é um Plano de Negócio?

É estudo de viabilidade de seu Empreendimento, ou seja, analisa-se se será viável, ou não, nosso

Empreendimento. É o documento qual descreve o que você planeja fazer, qual o rumo a seguir. É

um estudo que devemos realizar com a máxima cautela, pois afinal, esse plano irá ajudar você na

realização das melhores tarefas essenciais para sua empresa, na qual poderá ajudar, como por

exemplo: na busca de um novo sócio, fazer um empréstimo bancário, atrair investidores potenciais.

"O plano de negócios é uma ferramenta de gestão usada para descrever seu negócio. Um

importante documento, através do qual você consegue planejar e tomar decisões "a respeito do

Page 48: Gestao de producao

futuro de sua empresa, tendo como base o seu passado, sua situação atual em relação ao mercado,

aos clientes e à concorrência. Um poderoso guia que norteará todas as ações de sua empresa"

(DORNELAS, 2006)."

O plano de negócio irá nos ajudar a seguir o melhor caminho, para nos preparar para tomar as

devidas decisões, quando nos defrontamos com problemas potenciais, como por exemplo, na

estrutura organizacional; e quando sua empresa requer um financiamento de capital de giro.

Atenção: Muitos acreditam que somente deve realizar um plano de negócios quem

está abrindo um novo empreendimento. Cabe, aqui, então, esclarecer que o plano de

negócios pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, independentemente do seu

porte e do seu segmento. E não somente para a criação de um novo negócio.

Assim, uma empresa que já esteja estabelecida, e que pretenda ampliar seus

negócios, pode fazer uso deste instrumento para buscar novos sócios, fazer um

empréstimo, atrair novos investidores potenciais, como também na construção de

uma boa imagem junto aos funcionários, fornecedores, clientes e Comunidade.

Neste momento, imagino que sua cabeça deve estar cheia de pesamentos acerca deste objetivo que

você realizou. E, com certeza, você elencou várias atividades ou ações que teve que fazer para

atingir seu objetivo.

Com as organizações, isto não é diferente. As organizações também necessitam estabelecer

objetivos para conquistar e, para isto, elas devem planejar. É através da realização do planejamento

e de uma excelente excução que as organizações vão obtendo suas conquistas.

O planejamento existe para que possamos organizar nossas ideias.

PARA DISCUTIR:

Agora, gostaria que você fosse ao FÓRUM DE DISCUSSÃO, se apresentasse e me

respondesse por que escolheu o curso de Processos Gerenciais? Quais as

motivações que o trouxeram até o último módulo? E, principalmente, quais são as

suas pretensões profissionais e acadêmicas após a formatura?

A Estrutura do plano de negócios

Propriamente dito, podemos afirmar que não existe uma estrutura sólida e específica para

desenvolver um plano de negócio, pois uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que

fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. Mas, qualquer plano de negócio deve constar

Page 49: Gestao de producao

uma sequência lógica, que permita qualquer leitor do plano compreender como a empresa é

organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e

sua situação financeira.

Estratégia de um Plano de Negócio

Vamos partir para sua elaboração?

http://www.efetividade.net/2007/10/10/modelo-de-plano-de-negocios-como-fazer-o-seu-com-

efetividade/

Existem muitos conceitos de Planos de Negócios, cada um em seu próprio contexto. Vamos

considerar que o Plano de Negócios é um documento que agrega e sistematiza informação prática e

atualizada para a concretização de um projeto ou para a previsão e solução de seus problemas.

Um bom plano de negócios mistura informações sobre os processos do negócio em si

(características, partes envolvidas, oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos), previsões e

projeções financeiras, análise do negócio, do mercado, fornecedores, concorrentes, parceiros,

previsão do fluxo de caixa, necessidades de capital... Em resumo: dados, dados, dados! Você

precisa obtê-los de forma atualizada e suficientemente precisa, caso contrário, o seu plano de

negócios pouco valerá. E é sobre isso que trataremos a seguir.

Lembre-se de que se trata de um documento vivo, E que uma de suas principais finalidades é

convencer (a equipe, os investidores, o banco, os fornecedores, ou até mesmo os clientes

potenciais) de que o seu negócio é viável e pode ser vantajoso a eles.

Portanto, ao criar o seu plano de negócios, coloque o foco nestes importantes leitores, e lembre-se

de incluir, de forma simples e fácil de encontrar, as respostas às principais dúvidas deles. Se você

não sabe quais são, eis algumas sugestões:

o Sobre o negócio: o que é o negócio (em uma frase!), quais produtos e serviços serão oferecidos, quais as razões que levam a crer que será atingido o sucesso, quais são as oportunidades já existentes ou que serão criadas que você percebe e pretende explorar. 

Administração: quem administrará o seu negócio? Que experiência e formação essas pessoas têm? Que qualificações buscam para a equipe? Qual será a força me Mão-de-obra? Quais seus processos e remuneração? Onde eles trabalharão? Qual será a estrutura organizacional? Qual a missão e a visão?

Page 50: Gestao de producao

http://crddigital.com/s/product_info.php?

products_id=425&osCsid=d3401441374abb446218863f819bb285

o Quanto ao mercado: quem e quantos são os clientes potenciais, onde eles estão, alguns exemplos específicos, como você os atrairá, por que eles escolheram você e não o concorrente, quem são seus parceiros e fornecedores, quem são os concorrentes, quais os fatores do sucesso atual destes concorrentes, qual o seu diferencial competitivo, qual o seu nicho, qual a sua delimitação geográfica, como você vai promover e divulgar seu negócio, como vai distribuir seu produto (logística).

Economia e finanças: fontes do capital, projeção de faturamento, investimentos e despesas para os 2 primeiros anos, projeção de fluxo de caixa mensal para o primeiro ano, volume de negócios necessário para alcançar o ponto de equilíbrio ou o resultado operacional positivo e em quanto tempo você espera alcançá-lo, quais as condições para começar a vender e faturar, valor do capital imobilizado em instalações e equipamentos, fontes financeiras potenciais e garantias de empréstimo.

O projeto deve ser objeto de um estudo de rentabilidade, no sentido de verificar se as receitas,

líquidas de despesas associadas ao projeto de investimento, compensam ou não o montante

inicialmente gasto.

Para facilitar a construção desse estudo, foi criado o modelo financeiro aqui incluído, capaz não só

de produzir os mapas necessários, mas ainda permitir a realização de simulações.

Deste modo, o empreendedor poderá assumir, a cada momento, os pressupostos que entender por

convenientes e imediatamente analisar os seus efeitos na viabilidade do seu projeto.

o Atuais necessidades de fundos - especificar o total necessário para iniciar o projeto e mantê-lo durante 12 meses de operação. Descrever o percentual deste total onde será utilizado capital próprio e o percentual que deverá ser financiado. Relacione suas fontes financeiras potenciais;

o Política de uso dos fundos - indique como será utilizado o dinheiro do empréstimo ou dos investidores. Nessa etapa, discrimine todos os gastos do seu projeto;

Page 51: Gestao de producao

Projeções Financeiras - elabore uma projeção financeira das receitas dos próximos 12 meses e cruze com os custos do projeto para conseguir o saldo final de um ano. Lembre-se de que só serão explicitadas nessa etapa as receitas, custos e despesas que estão diretamente relacionadas ao seu projeto.

http://www.spartansite.com.br/curso/sebraemg_planonegocios.htm

Uma grande dificuldade enfrentada é em consequência da natureza dos planos de negócio. Tratam

as ideias ainda não realizadas e, assim, não podem se basear em históricos ou em estatísticas

próprias para realizar sua previsão. O grande desafio é conseguir obter dados de organizações

semelhantes, ou extrapolar a partir de outros dados, de maneira consistente, objetiva e,

principalmente, convincente.

De toda atenção que for necessária ao Resumo Executivo. Ele é uma das últimas partes a

concluir, mas deve estar bem no início do documento. Muitas pessoas lerão apenas o resumo e

avaliarão por ele se o seu negócio vale ou não a busca de maiores detalhes. Conquiste o leitor em

cada linha do seu resumo! Fale, nele, sobre os objetivos, as razões de sucesso, e apresente os

números principais, sem exagerar na densidade das informações.

Page 52: Gestao de producao

Chegamos ao fim de nossa ultima unidade, espero ter contribuído com suas expectativas

relacionadas ao tema Plano de Negócio.

Para saber mais sobre Plano de Negócio, Acesse o link, abaixo:

http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/

$File/NT000361B2.pdf

Agora, sabemos que realizamos um plano de negócios em nossas vidas quase que diariamente,

pois já levantamos da nossa cama, muitas vezes, pensando e planejando o que faremos durante o

nosso dia de trabalho, dia de lazer. Mas não paramos por aqui, pois necessitamos nos manter

informado e colocar no papel nossa criatividade, ideia e fazer dela algo útil em nossa empresa ou

em nosso futuro empreendimento.

Pronto, agora acabou. É só montar o negocio? Ainda não, falta, ainda, verificar que esta sua IDEIA

tem o potencial de gerar lucro financeiro. Se caso ela tenha, você poderá iniciar a construção de seu

PLANO DE NEGÓCIOS...

Referências:

LOBATO, David Menezes (Coord.). Estratégia de empresas. Rio de Janeiro: FGV, 2003

CHIAVENATO, I. Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron, 1995. 

LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. William. Administração de pequenas empresas: ênfase na gerência empresarial. São Paulo: Makron Books, 2004. 868p.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em Negócios. - 3.ed. - Rio de Janeiro, 2008.232p.

PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

Indicação para leitura:

CHIAVENATO, I. Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron, 1995.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 2003. 378p. 

PEREIRA, Heitor J.; SANTOS, Silvio Aparecido. Criando seu próprio negócio: como desenvolver o potencial empreendedor. Brasília: Sebrae, 1995. 

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreeendedor. São Paulo: Cultura, 1999.

MINTZBERG, H.; QUINN, B. O processo da estratégia. 3.ed. Porto alegre: Bookman, 2003.

Page 53: Gestao de producao

WA - PGER - SEM 05 - UNIDADE 01 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

UNIDADE 1 – Administração Estratégica: Fundamentos e Desenvolvimento

• Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico• Análise Ambiental e Planejamento EstratégicoUNIDADE 2 – Sistemas de Informação: Da Sistematização à Gestão

• Técnica, Tecnologia e Sistemas de Informação• Distintos Sistemas e Gestão da Informação

Em nossa primeira unidade de estudos apresentarei a vocês e, juntos, trabalharemos os aspectos

fundamentais inerentes à estratégia empresarial, sob uma perspectiva da gestão que se guia pela

Page 54: Gestao de producao

formalização do pensamento estratégico, assim como pelo caminho percorrido até que uma tenha

uma Administração Estratégica profissional.

Na segunda unidade de estudos, o professor Luís Cláudio Perini apresentará e trabalhará com

vocês os aspectos relacionados à gestão das informações e à sistematização dos processos

gerenciais que guiarão as empresas no desenvolvimento de competências, inteligência de gestão e

no uso adequado de ferramentas e sistemas que possam auxiliar as empresas a alcançar uma visão

estratégica competitiva.

Muitos de vocês devem perguntar-se acerca da importância da estratégia na vida das empresas,

assim como existe um natural interesse e quiçá uma curiosidade acerca de como trabalhar a

estratégia de maneira alinhada com a gestão das informações.

Pode-se assumir que, no ambiente competitivo em que as empresas encontram-se hoje, não há

mais espaço para amadorismo, menos ainda podem-se desprezar as informações que estão neste

mesmo ambiente, pois estas se apresentam como marcos para a melhor gestão de uma empresa.

As empresas que desenvolvem seus processos de gestão de maneira adequada conseguem

apresentar aos consumidores diferenciais competitivos, os quais não apenas aumentam a

capacidade empresarial de reação aos concorrentes e às variáveis ambientais, como também

proporcionam vantagens competitivas que podem se tornar sustentáveis.

Em nossa disciplina estes aspectos serão trabalhados tanto conceitualmente quanto por meio de

exemplos que possam ilustrar não apenas essa importância a você, futuro profissional, como

também se espera ser aberto na mente de vocês as condições competitivas que se guiam pela

gestão da informação a partir de sistemas que auxiliem a cada um no desenvolvimento do

pensamento estratégico.

Que vocês aproveitem estas unidades de estudos, naveguem pelos links sugeridos para

aprofundarem os conhecimentos, assim como observem que os conteúdos não se esgotam nesse

material. Também é importante que vocês apliquem-se em cada uma das web aulas, pois é a partir

delas que poderão realizar as avaliações virtuais.

Um forte abraço e bons estudos!

Prof. Ivan Ferreira de Campos

Unidade 1 – Administração Estratégica: Fundamentos e Desenvolvimento

WEB AULA 1

Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico

Page 55: Gestao de producao

Temos no ambiente mercadológico a pressa por crescimento e desenvolvimento econômico, esta

pressa torna necessário o uso de soluções para os diferentes dilemas enfrentados pelas empresas

em favor de uma melhor condição competitiva, a qual lhes garanta o atingimento de seus objetivos

de maneira rápida e cada vez maior. Deve-se ter em mente que, infelizmente, o mercado não tem

espaço para todas as empresas e negócios, sendo que muitas empresas nascem fadadas à falência

e muitas outras nunca serão um sucesso.

Isso acontece pelo fato de o mercado realizar uma seleção natural baseada na competitividade das

empresas, em que aquela que responder melhor às variáveis do mercado será a que melhor poderá

sustentar-se.

Este mercado encontra-se permeado por variáveis que tornam impossível que todas as empresas

tenham uma condição de desenvolvimento e crescimento econômico, que sejam o reflexo do

atingimento dos objetivos a que se propuseram.

Assim sendo, devemos considerar que muita coisa nos trouxe a este lugar comum, um processo

evolutivo que tange a evolução da sociedade moderna em que antes se produzia para viver, e agora

vive para produzir em função de uma lógica de vida baseada na produção, venda de excedentes e

acumulação de capital, o sistema social de consumo.

Interessante que tenhamos em mente que é justamente nesse campo competitivo do consumo que

está o espaço da estratégia, meio pelo qual as empresas podem desenvolver suas ações de forma a

maximizar sua condição de sobrevivência e obviamente, seus resultados. No quadro abaixo,

vejamos alguns marcos históricos contextuais que devem ser considerados no processo de evolução

da estratégia:

Quadro 1 – Marcos Evolutivos da Estratégia.

Marcos Contextuais Explicação

Surgimento da Produção Competitiva Com o surgimento da indústria moderna, a

produção deixou de servir à subsistência

para servir aos anseios de acumulação de

capital e desenvolvimento econômico.

Advento a Produção em Massa Com as linhas de produção em massa, as

indústrias precisavam de soluções que

garantissem que seus produtos seriam

adquiridos por um maior número e pessoas.

Globalização Com a globalização surgiu o acirramento

Page 56: Gestao de producao

competitivo, em que as empresas não

estavam mais restringidas geograficamente,

bem como a informação e as tecnologias

passaram a pressionar as empresas na

busca por diferenciais e por respostas ao

movimento dos concorrentes.

Fonte: Do Autor (2013).

Complementando:

Abaixo segue o link de um livro bastante interessante que apresenta os fundamentos

do pensamento estratégico, demonstrando claramente os marcos evolutivos que nos

trouxeram até aqui.

http://www.ceap.br/artigos/ART27082009164925.pdf

Por uma melhor condição de sobrevivência no mercado, é imprescindível às empresas que estas

não apenas conheçam a estratégia, mas a saibam utilizar a seu favor o que nos é imposto como

uma prática diária, em que cada decisão tomada tenha como base um processo analítico e

planificado que sejam proporcionais aos objetivos estabelecidos pela empresa que pretende

perpetuar-se no mercado.

Devemos lembrar que a estratégia surgiu na antiguidade e em linha simples, tinha por interesse

tornar a vitória dos grupos de pessoas alinhados sob uma perspectiva militar, algo viável com base

nas necessidades de sobrevivência e expansão dos territórios.

Isso deve ser associado à vida das empresas hoje, que têm por objetivo também a sobrevivência

e“lutam” por maiores condições de resultados econômicos em busca de objetivos cada vez mais

complexos. Essa perspectiva tinha como gatilho anterior as disputas no campo da guerra, mas

podemos assumir que nosso mercado é uma guerra moderna.

Se antes os grupos primitivos organizados buscavam objetivos como a alimentação, a segurança e a procriação, hoje as

empresas buscam consumidores, resultados econômicos, participação no mercado e, consequentemente, o lucro.

Vídeo Complementar:

Para contextualização, assistam ao vídeo abaixo que apresenta uma perspectiva

acerca do mercado competitivo em face das necessidades de consumo e da entrada

Page 57: Gestao de producao

de novas empresas neste cenário de guerra.

<https://www.youtube.com/watch?v=FqpClt-bb5g>.

Evolução do Pensamento Estratégico

De acordo com Porter (1989), o consumo é a chave da existência das empresas, e a estratégia pela

qual este consumo é estimulado, é o que movimenta as empresas da sociedade moderna.

Considerando que o pensamento estratégico muda na medida em que as empresas mudam seu

estilo de gestão, temos a necessidade de analisar o sistema de consumo e as variáveis que formam

o ambiente em que a estratégia torna-se vital para as empresas.

Quando o pensamento moderno das empresas iniciou-se, as empresas não trabalhavam suas ações

de maneira organizada, sendo que, a partir do surgimento da Abordagem Científica da

Administração e dos estudos de tempo se movimentos de Taylor, e depois com a inserção da

perspectiva gerencial com Fayol, houve uma gradativa mudança, que percebeu ser necessária a

incorporação de norteadores que guiassem as ações empresariais, além da definição de metas e

objetivos que pudessem ser executados a longo prazo.

Chandler (1962), autor clássico da área estratégica colocava que, na perspectiva de sistematização

do processo produtivo e da maximização das vendas pelas empresas, uma empresa que não seja

orientada por ações embasadas por informações ou projeções acaba distanciando-se de seus

objetivos principais e trabalhando nas adjacências da estratégia competitiva.

Figura 1: Xadrez Gigante.

Fonte: Dornicke (2012).

Page 58: Gestao de producao

Esse contexto nos leva a pensar que cada movimento dado por uma empresa, necessariamente deve ser como os

movimentos de um grande tabuleiro de xadrez. As decisões devem ser tomadas com base em uma perfeita

harmonização entre a ação e as variáveis que interferem no desenvolvimento empresarial.

Vídeo Complementar:

Abaixo segue um link com um vídeo que apresenta exatamente aspectos que tangem

a estratégia competitiva e os movimentos estratégicos que remetem a um tabuleiro

de xadrez.

http://www.fecap.br/adm_online/art34/joao.htm

Lobato (2003) nos coloca que o pensamento estratégico evoluiu da mesma forma como o

pensamento administrativo e suas escolas, passando pelas estruturas das organizações. Nesse

sentido, não é difícil imaginarmos que, se as estruturas básicas das organizações foram

contempladas pelas abordagens da administração clássica, no caso do pensamento estratégico

conforme Tavares (2005), as estruturas iniciais da tomada de decisões estariam alicerçadas em

aspectos produtivos e quantitativos.

Por esse caminho devemos pontuar quais seriam então as fases do pensamento estratégico para

depois imaginarmos as linhas inerentes a este pensamento que, assim como na administração, teve

suas escolas os principais expoentes teóricos e uma forma diferente de ver as organizações de

acordo com a abordagem ou foco que era trabalhado. Porter (1989) coloca que um dos principais

motivos pelos quais a estratégia moderna desenvolveu abordagens distintas deu-se pela natureza

dos problemas inerentes à tomada de decisões nas organizações. Assim, as fases que marcam a

evolução do pensamento estratégico são:

1 – Fase do Planejamento Financeiro: Com foco no saneamento financeiro e no desenvolvimento de

uma gestão financeira baseada em indicadores de resultados produtivos e de ampliação de

participação no mercado.

2 – Fase do Planejamento de Longo prazo: Com foco na incorporação de informações prévias do

ambiente, em especial analisando que as empresas não seriam sistemas fechados e sofreriam

interferências de concorrentes e também de consumidores, assim desenhavam-se projeções de

longo prazo para as ações estratégicas.

3 – Fase do Planejamento Estratégico: Com foco no desenvolvimento de ações de longo prazo

baseadas em informações do ambiente, melhorias produtivas e de qualidade na gestão e com

perspectiva inicial de alinhamento entre objetivos e ações.

Page 59: Gestao de producao

4 – Fase da Administração Estratégica: Com foco na operacionalização do planejamento, uma vez

que períodos longos de idealização da ação as tornavam obsoletas e exigiam uma maior dinâmica

de atuação dos gestores na análise do ambiente.

5 – Fase da Gestão Estratégica: Período contemporâneo em que as empresas passaram a perceber

que as variáveis do ambiente, o comportamento do consumidor e a gestão da informação deveriam

ser integrados em sistemas de inteligência e gestão, o que profissionalizaria a estratégia e alinharia

as ações nas diferentes áreas em face dos objetivos.

Deve-se ter em mente que esse processo transcorreu em um período de aproximadamente cinco décadas, entre os

anos 1950 e 1990, tomando como base o modelo norte-americano de gestão e evolução da Administração e da

Estratégia.

Complementando:

Por falar em estratégia baseada no modelo norte americano, abaixo segue o link de

um artigo que vocês devem acessar e fazer a leitura para aprofundamento de

conteúdo em que são abordados aspectos da indústria automobilística no Brasil,

tendo como base o modelo industrial norte-americano.

http://www.fecap.br/adm_online/art34/joao.htm

Essas fases da estratégia não refletem, por exemplo, a realidade da evolução do processo

estratégico em diferentes países, nem podem ser tomadas como realidade para todos os tipos de

empresa.

Considerando que temos empresas que atuam em segmentos ultra competitivos e outras que

trabalham com produtos em segmentos homogêneos e sem muito espaço para diferenciação, temos

que existem e existirão empresas com metas e objetivos estratégicos que variarão desde reduzir os

gastos de produção e ampliar sua capacidade produtiva, até aquelas que buscarão trabalhar linhas

de produtos com inúmeros pontos diferenciais.

Sintetizando conforme Mintzberg e Quinn (2003), teremos empresas que buscarão resultados de

maneiras distintas e ao mesmo tempo parecidas, que terão ou não sucesso conforme a abordagem

estratégica adotada.

Nesse contexto, podemos assumir que a estratégia empresarial, composta por uma série de

atividades que levam as empresas ao status de uma gestão voltada à administração estratégica,

reúne as funções de cada área da empresa e, em termos claros, ao mesmo tempo, enfrentando

cada qual os dilemas e buscando atingir seus objetivos, a saber, a área de marketing, a produção, a

logística, a gestão de pessoas e a área financeira.

Page 60: Gestao de producao

Este processo de estabelecimento de funções estratégicas em cada área de atuação organizacional

interna é o que chamamos de “estrategização”, termo que deriva do strategizing que, para

Whittington (2004), refere-se ao ato ou ação de estrategizar, disseminar a estratégia ao longo da

cadeia produtiva, conceitual e decisória das organizações.

Dias (2006) aponta que a estratégia disseminada entre os níveis da organização exige a existência

de um estrategista nas empresas, sendo que não basta ao ator estrategista das empresas pensar a

estratégia, é necessário que este a dissemine e leve-a a ação, do contrário, a empresa precisará

também de atores capazes de realizar a estratégia e poderá a empresa até ter boas ideais em

mente, no entanto, estas ficariam guardadas na “geladeira”, ou em “estantes” como “livros velhos

sem uso”.

Espera-se que essa primeira web aula tenha possibilitado uma visão adequada dos processos

relacionados até o momento.

Até nossa próxima web aula.

Abraços. Prof. Ivan Ferreira de Campos.

WEB AULA 2

Análise Ambiental e Planejamento Estratégico

Que bom que estamos aqui, tivemos um grande avanço, pois com certeza você conseguiu entender

os princípios básicos da Administração Estratégica, ou seja, a aplicação e importância da estratégia

nas empresas. Daqui para frente iremos focar o processo de identificação das condições ambientais

que interferem no desenvolvimento das ações e na tomada de decisões dentro das organizações.

O objetivo desta web-aula é, portanto, ligar as informações que se encontram no ambiente

competitivo com a gestão, de forma que ao gestor torne-se facilitado o processo de identificação das

condições que interferem no dia a dia organizacional, nos resultados da empresa e em como está

deverá atuar em meio às mudanças constantes que acontecem.

Para começarmos, neste ponto faço um questionamento que serve para pensarmos como gestores

que precisarão decidir e elaborar um planejamento que possibilite o atingimento de resultados

estratégicos: como você observa e analisa o ambiente em que sua empresa atua; e de que

forma você considera as informações para tomar suas decisões?

Fiz estas perguntas para evidenciar que um grande número de empresas não toma decisões

pautadas por informações que se encontram presentes no ambiente, o que causa um impacto

negativo no processo de desenvolvimento das ações empresariais, pois, sem considerar o ambiente

configurado pelo cenário competitivo e suas variáveis, torna-se difícil decidir de maneira acertada e

garantir os resultados.

Page 61: Gestao de producao

Kotler (2000) nos coloca que, se o mercado é concorrido e se os concorrentes estão em constante

evolução, qualquer empresa que ofereça produtos ou serviços deve, necessariamente, mudar suas

estratégias continuamente, de forma a acompanhar a evolução do mercado.

Porter (1989) prossegue e corrobora essa afirmação ao apontar que somente com a consideração

das informações presentes no ambiente é viável tomar decisões, de maneira que sua empresa seja

competitiva e alcance condições diferenciadas, esperadas pelos consumidores e que remetam à

maximização dos resultados econômicos.

Competências Desenvolvidas Para o Planejamento Estratégico

A coleta de informações no ambiente mercadológico surgiu a partir da necessidade que as

empresas identificaram no momento de planejar as ações com um curso de tempo maior e, ao

mesmo tempo, que pudesse alinhar os objetivos com o desenvolvimento das ações. Campos (2012)

coloca que a estrutura do planejamento estratégico apresenta, intrinsecamente, uma percepção de

que os recursos e os objetivos deveriam relacionar-se para que qualquer resultado pudesse ser

atingido. O autor prossegue apontando que, quando a empresa observa que apenas com

informações primárias e internas não é possível desenvolver o planejamento estratégico, torna-se

possível o desenvolvimento das competências de análise do ambiente.

Lobato (2003), afirma que esse processo foi gradativo e caminhou de acordo com as mudanças no

ambiente mercadológico, principalmente entre os anos de 1970 e 1980, onde a maioria das grandes

empresas percebeu que o ambiente externo organizacional poderia ser favorável ou contrário às

ações de uma empresa, pelo fato de serem ou não consideradas as variáveis impactantes do

mercado.

Campos (2012) argumenta que esse movimento é contemporâneo, mas foi possível apenas pelo processo de mudanças

nas características gerenciais das empresas, em que a percepção de que o mundo era dinâmico também passou a fazer

parte da vida destas.

Complementando:

Mais um importante link que tem foco específico no Planejamento Estratégico, sendo

de suma importância que vocês façam sua leitura para aprofundarem o conhecimento

acerca deste tópico.

http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasgarzel/12.pdf

COMPETÊNCIAS ESTRATÉGICAS E ANÁLISE DO AMBIENTE

Lobato (2003) define que, quando o processo de análise das informações do ambiente é iniciado,

algumas competências passam a ser desenvolvidas nas empresas, tais como:

Page 62: Gestao de producao

1 – A Análise Ambiental: Competência relacionada à busca e gestão das informações externas que

interferem na vida e decisões da empresa;

2 – A Análise Interna de Recursos: Competência que permite considerar os recursos existentes na

empresa e sua alocação em favor da ação estratégica;

3 – A Análise de Potencialidades: Competência que permite o desenvolvimento dos pontos fortes

da empresa, em que se observa a necessidade de que a empresa possa focar no processo

estratégico que melhor lhe proporcione resultados;

4 – A Análise de Limitações: Competência que coloca a empresa ciente de seus pontos fracos, e

em que ela adquire a percepção de questões que devem ser desenvolvidas;

5 – A Análise de Viabilidade de Objetivos: Competências que derivam das demais, e em que o

gestor passa a considerar que um objetivo é viável apenas se a estratégia for ligada diretamente às

condições favoráveis que o ambiente interno e externo permite.

Considerando que a análise ambiental é o motor desse processo, deve-se elencar quais seriam as

variáveis consideradas chave para a melhor tomada de decisões:

a) Mudanças no mercado;

b) Novos concorrentes ou mudanças de atitude dos concorrentes existentes;

c) Cenário político;

d) Cenário econômico;

e) Inovação e tecnologia;

f) Meio ambiente e sociedade;

g) Legislação;

h) Comportamento dos consumidores.

Complementando:

No link que segue apresento a vocês um artigo clássico do Prof. Vasconcellos em

que são abordados os aspectos ambientais e como estes impactam o planejamento

estratégico, leitura mais que recomendada.

http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75901979000200010.pdf

Page 63: Gestao de producao

FOCO E COMPETÊNCIAS

A identificação de competências centrais passa necessariamente por alguns aspectos, sendo estes

a existência de uma unidade estratégica, a existência de um foco estratégico, a existência de uma

rede de informações estratégicas, a existência de uma unidade de comando estratégico, a existência

de habilidades, e, por fim, a existência de uma sensibilidade ou percepção acerca das mudanças no

ambiente. Mintzberg (2002) coloca que sem a identificação das competências, não é possível à

empresa desenvolver uma estratégia central. Tomando parte no que nos coloca Ansoff (1990), a

identificação das condições centrais da estratégia é como a identificação e o desenvolvimento das

habilidades gerenciais da gestão. Vamos detalhar melhor estes aspectos que nos guiam nesta

percepção:

Quadro 1 – Aspectos Centrais da Estratégia.

ASPECTOS EXPLICAÇÃO FINALIDADE

Unidade Estratégica Sua existência torna

possível o pensamento

direcionado em favor de

uma estratégia central.

Serve para que toda a

empresa observe em que

condições consegue

exercer melhor seu papel

estratégico.

Foco Estratégico A partir do pensamento

direcionado, permite que a

empresa perceba e dê

ênfase em suas melhores

condições.

Guia a empresa ao

desenvolvimento da melhor

condição estratégica.

Rede de Informações

Estratégicas

Permite que a empresa

tenha condições de

perceber e analisar as

diferentes mudanças no

mercado e as novas

configurações de

concorrentes.

Serve ao interesse de

contribuir para atualizações

constantes da estratégia.

Unidade de Comando

Estratégico

Existe para que

subordinados dos

diferentes níveis

compreendam que não

devem questionar, mas

Mantém dentre os

diferentes níveis da

hierarquia a coesão entre

objetivos e ações

estratégicas.

Page 64: Gestao de producao

sim executar as diretrizes

estratégicas.

Habilidades Permite identificar as

habilidades que servirão

às competências centrais

da empresa.

Sem estas, nenhuma

empresa pode desenvolver

suas competências e uma

direção estratégica.

Sensibilidade ou

Percepção Estratégica

Aliada às demais

instâncias, permite que a

empresa saiba quando é

hora de mudar sua

estratégia.

Serve ao intento do

monitoramento, em que

discute-se quando é hora

de mudar ou mesmo

desenvolver outras

competências.

Fonte: Do autor (2013).

Nesse contexto Ansoff (1990) coloca a análise do ambiente como ponto de partida para o

planejamento estratégico das empresas, uma vez que, por meio de uma inteligência de mercado

embasada no maior número de informações, as empresas passariam a identificar como desenvolver

suas ações sob a égide das forças do ambiente estratégico.

Sobre as forças ambientais, Michael Porter observou, na década de 1980, que as variáveis do

ambiente estratégico configurariam aquilo que o mesmo chamou de “forças ambientais”, que mais

tarde ao serem assumidas pelos teóricos e também pelos gestores de grandes organizações ganhou

o nome de “Forças de Porter”.

Estas forças apresentam ao empresário um ambiente mercadológico hostil em razão do caráter

competitivo das empresas, em que por diferentes condições ambientais, haveria a necessidade de

mudar a estratégia constantemente. Devemos assumir que isso não apenas tornou-se a tônica do

mercado, como também é algo válido até o presente dia.

As forças que compõem o “Modelo de Porter” são:

1 – A rivalidade entre os concorrentes;

2 – A ameaça de novos entrantes;

3 – A ameaça de produtos substitutos;

4 – O poder de negociação dos fornecedores;

Page 65: Gestao de producao

5 – O poder de barganha dos clientes.

Para facilitar o entendimento de vocês acerca de tais forças, abaixo apresento um quadro que as

apresenta e demonstra como estas podem interferir na tomada de decisões das empresas.

Quadro 2 – Forças de Porter.

FORÇAS DE PORTER DEFINIÇÃO

Rivalidade entre Concorrentes Como o mercado possui diferentes

empresas em um mesmo segmento, os

concorrentes podem tomar decisões que

forcem mudanças na estratégia.

Ameaça de Novos Entrantes Em um segmento do mercado, a entrada

de um novo concorrente pode acirrar a

concorrência, bem como mudar a lógica

de consumo e forçar mudanças na

estratégia definida.

Ameaça de Produtos Substitutos Novos produtos, ou produtos similares

que possam substituir a necessidade de

consumo no mercado podem forçar

mudanças na estratégia da empresa.

Poder de Negociação dos Fornecedores Dentro de um segmento, uma empresa

pode depender de um dado fornecedor e

ficar em suas mãos em caso de escassez

de insumos, ou mudanças nas políticas de

preço e distribuição, sendo forçada a

rever sua estratégia.

Poder de Barganha dos Clientes Os clientes podem exercer pressões por

preços, vantagens ou mesmo barganhas

em razão de uma dependência

eventualmente estabelecida, em que a

empresa não possa dar-se ao luxo de

perdê-los, sendo que nesses casos a

estratégia deve ser revista.

Fonte: Do autor (2013).

Page 66: Gestao de producao

A partir destas forças e munidas das informações ambientais, as empresas passaram a estabelecer

modelos estratégicos baseados na gestão de informações. Esse momento histórico coincide com a

mudança de perspectiva das empresas em que estas passaram a adotar sistemas de informação,

bancos de dados de informações e sistemas integrados de gestão.

Já no tocante ao processo de evolução do pensamento interno estratégico, esse passa,

indubitavelmente, pela análise interna, a qual incorporará ao pensamento estratégico e a visão

sistêmica externa, as condições que movem a estratégia internamente. Donaldson (1999), em

alusão às contingências pelas quais uma empresa passa, no qual existe um cenário de incertezas,

mudanças e transições, afirma ser imprescindível que a estratégia seja revisitada continuamente.

Essa análise contínua exige que as condições microambientais sejam constantemente atualizadas, e

mesmo sendo estas um tanto quanto controláveis, podem provocar uma série de entraves à gestão

no que concerne à tomada de decisões. Abaixo apresento um quadro que explica de forma mais

detalhada tais variáveis e como estas são percebidas dentro da visão estratégica da empresa:

Quadro 3 – Variáveis Microambientais.

VARIÁVEIS AMBIENTAIS

INTERNAS

CONTEXTUALIZAÇÃO ESTRATÉGICA

PRODUÇÃO AS CONDIÇÕES INTERNAS DE PRODUÇÃO

ENCONTRAM-SE RELACIONADAS À

CAPACIDADE QUE A EMPRESA TEM DE

CUMPRIR AS METAS DE PRODUÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS, BEM

COMO SE ESTE SETOR ACOMPANHA AS

MUDANÇAS DO AMBIENTE EXTERNO.

FINANÇAS AS CONDIÇÕES INTERNAS RELACIONADAS

ÀS FINANÇAS PERMEIAM A CAPACIDADE DE

INVESTIMENTOS DA EMPRESA, DE

PAGAMENTOS E SE A EMPRESA TEM

CONDIÇÕES DE MUDAR SUA ABORDAGEM

EM RELAÇÃO ÀS VARIÁVEIS EXTERNAS.

MARKETING AS CONDIÇÕES INTERNAS

DE MARKETING RELACIONAM-SE AOS

PRODUTOS E SERVIÇOS, À CAPACIDADE DE

INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE, E ÀS

VARIÁVEIS EXTERNAS DO MERCADO E

Page 67: Gestao de producao

INERENTES AO COMPORTAMENTO DOS

CONSUMIDORES.

PESSOAS AS CONDIÇÕES INTERNAS RELACIONADAS

ÀS PESSOAS ENVOLVEM OS

RELACIONAMENTOS, COMPORTAMENTO

ORGANIZACIONAL, CONDIÇÕES DE

GERENCIAMENTO DE CONFLITOS E À

CAPACIDADE DE GESTÃO DA EMPRESA.

Fonte: Do Autor (2013).

Feito tudo isso, chegamos finalmente ao planejamento estratégico, em que adotando o modelo de

Bateman e Snell (1998), observamos como a gerência de informações internas e externas deve ser

considerada para determinarmos as condições do ambiente e as adequadas decisões que deverão

ser tomadas.

Para entendermos como isso será realizado nas empresas, apresento a vocês um último quadro, o

qual trata dos níveis de ação, a definição de cada uma destas e, por fim, os objetivos a elas

inerentes:

Quadro 4 – Etapas do Planejamento Estratégico.

ETAPA DEFINIÇÃO CONTEXTO - OBJETIVO

1 – Análise Ambiental Nessa etapa, as variáveis do

ambiente já foram

consideradas pelos tomadores

de decisões, sendo que o

impacto destas na definição

dos objetivos e ações foi

mensurado.

O contexto é de início da

ação estratégica, e o

objetivo é de delinear como

esta será aplicada,

considerando as

particularidades

necessárias para a

implementação.

2 – Estabelecimento

de Metas e Planos de

Ação

Nessa etapa os tomadores de

decisões estabelecem o

caminho até os objetivos por

meio das metas, que seriam

cortes temporais ou de

realização no processo de

O contexto é de definição

de marcos temporais, ou

de resultados no curso da

estratégia, sendo o objetivo

delinear o caminho por

meio de itens realizáveis

Page 68: Gestao de producao

realização da estratégia. do planejamento no curso

da ação.

3 – Avaliação das

Metas e Planos de

Ação

Nessa etapa os tomadores de

decisões avaliarão as metas e

os planos de ação dentro de

um contexto de prévio à

execução.

O contexto dessa etapa é o

de nivelamento, em que o

objetivo é descartar as

metas ou planos de ação

que não sejam viáveis, ou

dificilmente realizáveis.

4 – Seleção das Metas

e Planos de Ação

Nessa etapa os tomadores de

decisões farão a escolha das

metas e planos de ação,

primando por aquelas que

avaliaram ser viáveis.

O contexto é de execução,

em que o objetivo é

implementar os planos de

ação para o atingimento

das metas.

5 - Implantação Nessa etapa, de maneira

objetiva, o planejamento

estratégico é realizado.

O contexto de implantação

do planejamento

estratégico prevê que as

metas definidas em função

dos objetivos serão

realizadas dentro de um

cronograma e observando

que o resultado esperado

seja o desenvolvimento

dos planos de ação em

coesão com o que foi

estabelecido.

6 – Monitoramento e

Controle

Nessa etapa, a empresa deve

estabelecer marcos temporais

e indicadores qualitativos e

quantitativos que possam dar

condições de avaliação do

planejamento na prática.

O contexto dessa etapa é

de observação, em que a

empresa tem por objetivo

identificar se existe algum

desvio na realização do

planejamento, nos planos

de ação previamente

estabelecidos e nos

resultados de realização

das metas, que possam

exigir mudanças.

Page 69: Gestao de producao

Fonte: Do Autor (2013).

Com estes conteúdos, espera-se que tenha sido possível a todos um entendimento acerca destes

processos que guiam a empresa à Administração Estratégica. Na próxima unidade, o professor Luís

Cláudio Perini abordará como as empresas devem relacionar do ponto de vista da gestão, o

processo que envolve a sistematização das informações por meio de tecnologias e sistemas que

proporcionarão às empresas a condição de desenvolver suas estratégias no campo prático da

gestão.

Aproveitem e tenham todos bons estudos!

Abraços!

Prof. Ivan Ferreira de Campos.

ANSOFF, H. Igor. A nova estratégia empresarial. Tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. São

Paulo. Atlas. 1990.

BATEMAN, Thomas; SNELL, Scot A. Administração Management: Construindo Vantagem

Competitiva. Atlas. 1998.

CAMPOS, Ivan. Ferreira de. Desafios da gestão universitária estratégica em ies privadas. Revista

Científica Sensus: Administração, v. 2, p. 20-37, 2012. Disponível em:. Acesso em: 8 maio 2013.

CHANDLER, Jr. Alfred D. Strategy and structure: chapters in the history of the industrial enterprise.

Cambridge. Mai The Mit Press, 1962.

DIAS, Sérgio Roberto (coord.). Marketing: estratégia e valor. São Paulo: Saraiva, 2006.

DORNICKE. Tabuleiro de xadrez gigante. Estação Ciência, São Paulo, Brasil. Wikimedia

Commons, 4 abr. 2012. Disponível em:. Acesso em: set. 2013.

DONALDSON, Lex. Teoria da Contingência Estrutural. In. CLEGG, S.; R.; HARDY, C.; NORD,

W.R.Handbook de estudos organizacionais. São Paulo : ATLAS, 1999. p. 104-131. v. 1.

KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2000.

LOBATO, David Menezes (Coord.). Estratégia de empresas. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Page 70: Gestao de producao

MINTZBERG, H. Strategy: critical perspectives on business and management. Englewood Cliffs:

Prentice Hall, 2002.

MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3. ed. Porto Alegre.

Bookman. 2003.

PORTER, Michael E. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

PORTER, Michael E. Competição: estratégias competitivas essenciais. 5. ed. Rio de Janeiro.

Campus. 1999.

TAVARES, Mauro Calixta. Gestão estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

WHITTINGTON, R. Estratégia após o modernismo: recuperando a prática. RAE, v. 44, n. 4, out./dez.

2004. Disponível em:. Acesso em: 08 maio 2013.

Unidade 2 – CONCEITOS BÁSICOS

Introdução e Evolução do Pensamento Estratégico

Apresentação do professor

Seja bem-vindo à nossa primeira web aula da Unidade II!!!

Eu sou o professor Perini, estarei junto com vocês no desenvolvimento da disciplina

de Administração e Sistemas de Informação.

Assim como você, eu também escolhi a área de Administração, sou Bacharel em Administração com

ênfase em Análise de Sistemas Administrativos e também Tecnólogo em Processamento de Dados. 

Assim, logo que me formei em Tecnologia em Processamento de Dados já iniciei as atividades

acadêmicas, fazendo o curso de Administração de Empresas, e após concluir o curso de

Administração, iniciei as minhas atividades como docente, onde estou até hoje. Porém, nesta

atividade senti a necessidade de aprofundar meus conhecimentos, desta forma, fiz uma primeira

especialização de Administração em Engenharia de Software e, não satisfeito, cursei outra

especialização em Ciências da Computação, pois atuava com mais frequência na área de

tecnologia. E por atuar mais nesta área, entrei e conclui o mestrado em Ciência da Computação.

Sou uma pessoa que busca sempre novos desafios, desta maneira, estou planejando para um futuro

bem próximo um Doutorado, sendo este na área de Administração.

Como atividade profissional, ocupo o cargo de professor em vários cursos de graduação e de pós-

graduação, e utilizo na prática os conceitos aprendidos nos cursos que realizei, bem como a

experiência acumulada com o passar dos anos.

Page 71: Gestao de producao

Creio que o segredo da realização pessoal e do sucesso profissional é acreditarmos naquilo que

estamos fazendo, independente da atividade ou cargo que ocupamos, tem que haver envolvimento,

dedicação, e isto somente é possível quando somos apaixonados pelo que fazemos, isso nos torna

perfeitos batalhadores.

Desta forma, vamos iniciar nossos estudos. 

TÉCNICA vs TECNOLOGIA

A técnica e a tecnologia sempre tiveram um papel muito importante na evolução do homem e da

sociedade, onde podemos dizer que a Técnica é “criar uma forma de manipular, um conhecimento

que possa gerar inovações com o objetivo de facilitar um determinado trabalho”. Com as relações

sociais e troca de experiências entre pessoas e organizações, ocorre a evolução das técnicas, o

qual seria um acúmulo de conhecimento acerca das formas de trabalho.

Diante disso, chega-se à conclusão de que a Técnica “é uma ação ou conjunto de procedimentos e

de objetos que constituem uma atividade, não incluindo estudo das razões de funcionamento desta

ação. Sendo assim um conhecimento empírico, nascido, mantido e reproduzido na própria ação, ou

seja, o conhecimento da técnica é o resultado das nossas experiências” (ZAWISLAK, 1994).

Como exemplos de técnicas podemos destacar exemplos do mais arcaicos, como, por exemplo, as

técnicas de plantio, de caça (utilizando arco e flecha, entre outras).

Por sua vez, podemos dizer que a Tecnologia é a técnica evoluída, ou seja, é fruto de ideias

surgidas no passado e que, ao longo dos anos, foram criadas, atualizadas e aprimoradas,

principalmente a partir final do século passado, marcando o início da Revolução da Informação.

Aprofunde o conhecimento: assista aos vídeos abaixo:

<https://www.youtube.com/watch?v=Qx1scW-bbqk>.

<https://www.youtube.com/watch?v=FJfuRptpPd4>.

Desta forma, vários autores veem a tecnologia como uma ciência aplicada, ou seja, é a

sistematização da técnica onde devemos refletir sobre a ideologia que a orienta, o valor agregado e

os impactos negativos que serão gerados.

Em uma organização, notamos as tecnologias em uso, quando analisamos o próprio trabalho das

pessoas e o que elas estão utilizando para fazer este trabalho. São três as áreas primárias:

tecnologia do produto, tecnologia de processos e tecnologia de informação.

Page 72: Gestao de producao

As diversas formas de aplicação da tecnologia transformam todas as atividades existentes, o que a

faz uma perfeita ferramenta para o desenvolvimento de vários seguimentos, tais como a educação,

comunicações, medicina, administração, etc.

Ainda se levarmos em conta o efeito da globalização que introduziu dois novos motivos de

preocupação para as empresas; superação de distâncias e ampliação de mercados. Esta

interdependência existente faz com que haja uma desconfiança contínua na empresa em relação ao

mercado onde ela está, fazendo com que ela tenha a necessidade de obter muito mais informações

deste mercado antes de tomar qualquer decisão.

Surgiu então a telemática, que incorpora todas as ferramentas computacionais, juntamente com as

tecnologias de telecomunicações, possibilitando o desenvolvimento de novas aplicações

empresariais para dar auxilio a você, administrador de empresas. Surgindo então um novo

profissional que possa administrar corretamente todo este fluxo de informações da empresa, o qual

é denominado de CIO(Chief Information Officer), isto é, diretor executivo de informações. (Veja

também aqui).

Fixando conteúdo, leia também:

<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/tecnica-e-tecnologia-como-o-

homem-construiu-o-conhecimento.htm>.

<http://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev01-03.pdf>.

<http://www.liinc.ufrj.br/pt/attachments/055_saritalivro.pdf>.

<http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/geografia/globalizacao.htm>.

Sobre globalização, assista também:

<https://www.youtube.com/watch?v=DVj2p1HFEn4>.

e <https://www.youtube.com/watch?v=0qEU0lR4qc8>.

Introdução a Sistemas de Informação

Quando você ouve falar em sistemas, geralmente enxerga sistemas computadorizados que

automatizam as tarefas diárias, porém, o conceito de sistema pode ser definido como “o conjunto de

elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem entre si formando um

todo complexo” (BATISTA, 2006, p.13).

Ao analisarmos uma empresa, podemos então ver claramente a aplicação do conceito de sistema.

Desta forma, a empresa em si é o TODO e seus setores (áreas) são os subsistemas.

Page 73: Gestao de producao

O sistema de informação é um subsistema da organização definido como sendo qualquer sistema

que possua dados ou informações que possam ser utilizadas pela organização, gerando com isso a

base de conhecimento organizacional.

Sistema de informação é o processo no qual é possível interagir todos os elementos que compõem o sistema e,

no caso de uma organização, todos seus departamentos.

Aprofunde o conhecimento:

A implementação da tecnologia da informação e sua associação com os perfis organizacionais;

O que é conhecimento? Sintetizando epistemologia, metodologia e teoria de sistemas em – uma  nova proposição;

Sistemas de Informação;

Manual da Tecnologia da Informação;

Administração de Sistemas de Informação ;

<http://www.revistatemalivre.com/sistema.html>.

Tipos de Sistemas de Informação

Os sistemas de informação podem ser classificados de várias formas, seja por operações, como sistemas de

informações gerenciais, ou de acordo com o tipo de informação processada. Outras categorias de sistemas de

informação podem suportar aplicativos operacionais e gerenciais tais como:

Tipo de Sistema de

Informação

Descrição

Sistema de informação

operacional (SIO)

Consiste em sistemas que tratam das operações rotineiras da

organização. Sua função básica é manipular os dados básicos da

organização e armazená-los, de modo a ficarem disponíveis para o

nível tático da organização.

Sistema de informação

gerencial (SIG)

Nesse tipo de sistema de informação, transformam-se dados

provenientes dos sistemas de informação operacional da organização,

agrupando-os para facilitar a tomada de decisão pelo corpo gerencial.

Sistema de informação

estratégica (SIE)

Transforma dados provenientes dos sistemas de informações

gerenciais, agrupando-os, para facilitar a tomada de decisão pelo

corpo diretivo da organização.

Page 74: Gestao de producao

Sistemas de automação

de escritórios (SAE)

Seu objetivo é aumentar a produtividade pessoal dos trabalhadores

que manipulam informações de escritórios.

Sistemas de Trabalhadores do Conhecimento (STC)

Promovem a criação de novos conhecimentos e asseguram que estes

e capacidades técnicas sejam adequados à organização. Geralmente

são executados por profissionais reconhecidos (médicos,

engenheiros, administradores, arquitetos, cientistas etc.) que, através

de seus conhecimentos, realizam projetos em determinada área de

conhecimento.

Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)

Possuem interatividade com as ações do usuário, oferecendo dados e

modelos para solução de problemas empresariais e tocam na tomada

de decisões. Usam informação interna dos SIO e do SIG, os SAD

frequentemente trazem informações de fontes externas.

Sistemas de suporte

executivo (SSE)

São sistemas que dão suporte ao desenvolvimento do planejamento

estratégico da organização, auxiliando na definição dos objetivos

organizacionais. Geralmente destinados ao nível gerencial do alto

escalão da organização. São diferenciados dos outros tipos de

sistemas de informação, pois focalizam a alta administração.

Normalmente, trabalham com tecnologia de ponta no que diz respeito

a gráficos integrados, ferramentas de avaliação de cenários, tabelas

dinâmicas e de referência cruzada.

Sistemas de Informação Estratégica (SIE)

Manipulam dados provenientes dos sistemas de informações

gerenciais e operacionais, agrupando-os para facilitar a tomada de

decisão pelo corpo diretivo da organização. Visam auxiliar o processo

de tomada de decisão da cúpula estratégica, isto é, de pessoas com

responsabilidade global pela organização.

Sistemas

Especialistas (SE)

Sistemas ligados aos campos da Inteligência Artificial (IA) que utiliza o

computador para assistir, ou mesmo substituir os tomadores de

decisão. Compõe-se de softwares e pretende adquirir conhecimentos

em domínios limitados, com intuito de obter conhecimento e

experiência dos seres humanos (especialistas) para aplicá-los na

solução de problemas.

 

Page 75: Gestao de producao

 

Para aprofundar seus conhecimentos leia:

<http://www.coladaweb.com/administracao/sistema-de-informacao-gerencial>.

Componentes da Tecnologia de Informação

De acordo com Turban, Rainer e Potter (2005, p. 40), tecnologia de informação é definida “[...] como

uma coleção de recursos de informação de uma organização, com seus usuários e a gerência que

os supervisiona; inclui a infra-estrutura de TI e todos os outros sistemas de informação em uma

organização”.

Batista (2006, p. 59) define tecnologia de informação “como todo e qualquer dispositivo que tenha a

capacidade de tratar dados e/ou informações tanto de forma sistêmica como esporádica,

independentemente da maneira como é aplicada”.

Também podemos definir Tecnologia de Informação como sendo o conjunto

de hardware (equipamentos e acessórios), software (programas e utilitários), banco de dados

(gerenciadores de banco de dados) e redes e telecomunicações.

Aprofundando conhecimento sobre as Tecnologias de Informação acesse o link:

Tecnologias de Informação (criar link para o arquivo pdf em anexo).

 

Pessoal, é interessante que assistam aos vídeos abaixo para fixar os conhecimentos

a respeito das tecnologias de informação possíveis de serem utilizadas nas

organizações.Resumo da história do computador:

<https://www.youtube.com/watch?v=d41Ucf3nb1c>.

História do Computador:

<https://www.youtube.com/watch?v=Dgx-7H9QOsw>.

Hardware e Software:

<https://www.youtube.com/watch?v=0KoOSYQO2hk>.

O que é hardware:

Page 76: Gestao de producao

<https://www.youtube.com/watch?v=ynmbRkRsyyI>.

Conceito, Origem e Topologia de Redes de Computadores:

<https://www.youtube.com/watch?v=ztlcl-kPrX0&hd=1>.

Tipos de Redes de Computadores:

<https://www.youtube.com/watch?v=QdsMkd2kDVU&hd=1>.

Tipos de Computadores:

<https://www.youtube.com/watch?v=ASHC1bhe2KM>.

Conceitos de Software:

<https://www.youtube.com/watch?v=kP6LXcS08_c&list=PLpfcp7Q5cun3Oy-

11XWp_XR56yQh4YaQS>.

<https://www.youtube.com/watch?v=ZDtcpr482fQ>.

<https://www.youtube.com/watch?v=Mpm6aQD9Pwc>.

 

Aplicação das Tecnologias Web nas Empresas

Olá pessoal, vamos estudar agora como as tecnologias de informação podem ser aplicadas nas

organizações e como a internet mudou o conceito de negócios nas empresas.

Internet

A internet é, de fato, uma rede internacional. Contando com usuários nos 5 (cinco) continentes.

Diferentemente de uma rede corporativa onde a infraestrutura é centralizada, a internet não é nada

mais que um punhado de redes conectadas com este mesmo objetivo e que usam um mesmo

padrão de comunicação.

A internet transmite dados de um computador hospedeiro (de origem) a outro. Se os dois estiverem

conectados à mesma rede, a transmissão é direta, caso não esteja, haverá a necessidade de enviar

uma mensagem a outro computador conectado à sua rede para que ele possa encaminhá-la ao

receptor. A mensagem pode passar por um roteador antes de alcançar um computador capaz de

encaminhar sua mensagem. As várias redes que compõem a internet funcionam da mesma forma,

Page 77: Gestao de producao

enviam e recebem pedaços de dados (chamados pacotes), onde cada um carrega o endereço de

seu emissor e de seu receptor.

O protocolo mais conhecido para a passagem destes pacotes é o protocolo de controle de

transporte (TCP) e é usada em conjunto com o protocolo de internet (IP), onde foi criado o

protocolo TCP/IP.

Para aprofundar seu conhecimento, sobre protocolo TCP/IP assista aos vídeos:

<https://www.youtube.com/watch?v=vkwbHRpq09U>.

<https://www.youtube.com/watch?v=Q4qoFgyQWFY>.

veja também:

IPv4, IPv6, URL, HTTP, WWW, BACKBONE, SERVIÇOS DA INTERNET

Para acessar um computador é necessário, além do protocolo TCP/IP, o nome de domínio e, para

isso, devem ser seguidas regras bem definidas, onde deve possuir duas partes separadas por

pontos, sendo que a parte a esquerda identifica a rede ou provedor hospedeiro, e a parte a direita

indica a filiação do domínio (ex.: empresa.com, universidade.edu, etc.).

A Internet e a World Wide Web (WWW) não são a mesma coisa. A internet é um mecanismo de

transporte e a WWW é uma aplicação que usa este mecanismo para conectar mais facilmente as

centenas de milhares de redes inseridas na internet.

Um site na internet é como uma revista, contém uma “capa”, a qual chamamos de home page, que

é composta por textos, gráficos e títulos. Todos os textos destacados (grifados) são hipertextos. Já

hipermídia liga os dados permitindo que as pessoas acessem os dados da maneira que quiserem

sem uma ordem pré-estabelecida.

Também temos os mecanismos de busca, ou seja, uma ferramenta que envia uma palavra-chave a

diversos mecanismos de busca convencionais, exibindo ao usuário o resultado da busca. Dentre os

mecanismos que mais usamos estão o google.com, youtube.com.br, yahoo.com, cooliris.com, entre

outros.

 

Assista também:

Serviços de Internet

Page 78: Gestao de producao

<https://www.youtube.com/watch?v=dQWiD4xXDrM>.

A História da Internet

<https://www.youtube.com/watch?v=aJNfiHw2uI4>.

Intranet

É uma rede empresarial interna que é construída usando como padrão os produtos e protocolos

utilizados pela Internet e pela WWW. Nela todos os funcionários podem usar os seus recursos,

compartilhando informações, documentos, vídeos, imagens e tudo que for necessário para o

desempenho de sua função.

A estrutura da intranet é similar a internet, pois cada máquina interligada na rede possui um

endereço de IP, o qual identifica o local onde o computador está instalado, podendo estar ou não

fisicamente no mesmo setor.

A grande vantagem do uso da intranet deve-se ao fato de boa parte das pessoas já estarem

familiarizadas com o ambiente da internet, requerendo com isso menos treinamento para que ela

possa ser operacionalizada.

A intranet é uma alternativa barata e poderosa de comunicação interna, ela pode eliminar a

necessidade de documentos impressos, possibilita também o acesso dos funcionários a documentos

que anteriormente eram de difícil acesso. Por exemplo, documentos dispostos em filiais distantes

que, se fosse necessário usar, seria preciso solicitar uma cópia dele. Com a intranet, o acesso ficou

instantâneo, com isso reduzindo a distância.

Outra vantagem da intranet é que ela apresenta as informações de maneira uniforme em todo e

qualquer computador, com isso integrando computadores com diferentes de tipos de classificações,

processadores e sistemas operacionais, pois todos acessam a mesma fonte de informações.

A INTRANET é uma rede interna, ou Web interna, é uma arquitetura de rede própria projetada para

atender às necessidades internas de informação da empresa, usando os conceitos e ferramentas da

Web tais como navegação fácil e efetiva, ferramentas de busca ou de colaboração e comunicação.

Como podemos ver a seguir, as intranets podem ser uteis em uma variedade de funções

empresariais, tais como:

Business Intelligence (Inteligência em negócios). Serviços Públicos.

Informação corporativa.

Page 79: Gestao de producao

Atendimento ao cliente.

As intranets podem ter algumas das seguintes funcionalidades:

Acesso a banco de dados baseados na Web para facilitar sua utilização; Ferramentas de busca, sistemas de indexação e diretórios que auxiliam buscas baseadas em

palavras-chave;

Ferramentas de comunicação interativa, como bate-papo, suporte de áudio e videoconferência;

Distribuição de documentos e fluxo de trabalho, incluindo download e roteamento de documentos;

Groupware com e-mail aperfeiçoado, painéis de notícias, compartilhamento de telas e outras ferramentas de suporte em grupo.

De acordo com gráfico 1,  Turban e King (2004, p. 238) uma pesquisa  com cerca de mil gerentes

relata as informações frequentes incluídas nas intranets.

As intranets oferecem alguns benefícios para quem as usa, tais como:

Busca por documentos e acesso a eles; Informação personalizada;

Melhor compartilhamento do conhecimento;

Processo individual de decisão;

Distribuição de software;

Gerenciamento de documentos;

Gerenciamento de projetos;

Treinamento;

Processo de transações aperfeiçoado;

Entrega de informações sem papel;

Os funcionários controlam suas próprias informações.

Gráfico 1 – Informações nas Intranets.

Page 80: Gestao de producao

 

Fonte: Autor.

Quando as intranets são combinadas com uma conexão externa para criar uma extranet, e as

mesmas apresentam algumas vantagens, tais como:

Comércio eletrônico; Atendimento ao cliente;

Aperfeiçoamento dos processos de negócios e da tomada de decisão em grupo

Organizações virtuais;

Melhoria dos processos administrativos.

 

Veja também os seguintes endereços:

<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/243/intranet_-_conceito_e_objetivos>.

<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/286/intranet_-_delegando_responsabilidades>.

<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/285/intranet_-_projeto>.

Assista também:

<https://www.youtube.com/watch?v=gyiZ6ALXSM8&hd=1>.

Extranet

É a forma onde algumas empresas estão permitindo que pessoas e outras organizações externas

tenham acesso limitado a sua intranets internas.

Hoje é comum o acesso que você faz ao banco onde possui uma conta bancária, pois, com o uso da

internet, temos o acesso à homepage do banco e, com uma senha que é fornecida pelo banco, você

Page 81: Gestao de producao

tem acesso limitado à sua conta corrente, dentro da intranet do banco e com esse acesso você pode

consultar o saldo de sua conta, realizar pagamentos, efetuar transferências, etc.

As extranets são úteis para conectar organizações com fornecedores, clientes, parceiros de

negócios, sendo uma ferramenta essencial para o gerenciamento de cadeias de suprimentos,

projeto e desenvolvimento de produto, comércio e negócio eletrônico, etc...

Veja também os seguintes endereços:

<http://extranet.bobs.com.br/login.asp>.

<http://sistemasweb.agricultura.gov.br/>.

<http://extranetparker.com.br/home2/>.

Acesse também o link:

Tecnologia de Informação como vantagem competitiva, disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n1/v1n1a05.pdf>.

Comércio e Negócio Eletrônico

O comportamento inovador da Internet está trazendo para o mercado novos padrões, tanto de

funcionamento, como de métodos comerciais. É claro que a produtividade proposta por este novo

método é muito poderoso para ser simplesmente ignorado.

Uma destas poderosas ferramentas inovadoras da internet é o negócio eletrônico, que usa da

tecnologia da informação, como computadores e telecomunicações para automatizar a compra e

venda de produtos, bens e serviços entre empresa-consumidor e empresa-empresa.

O negócio eletrônico compreende não somente o comércio, mas também qualquer tipo de prestação

de serviços, troca de dados/informações, disponibilização de informação.

Kalakota (apud BOGHI; SHITSUKA, 2002, p. 171), “conceitua comércio eletrônico como usar

tecnologias de informação e comunicação para conduzir atividades de negócios com consumidores,

com outras empresas e internamente na organização”.

Na verdade, o comércio eletrônico nada mais é que comprar e vender produtos e serviços usando

como meio para isso a Internet.

A agilidade que se estabeleceu com esta nova atividade faz com que boa parte das empresas

pensem em usar esta modalidade de negócios, porém, para tal, deve-se planejar muito para não

correr riscos.

Page 82: Gestao de producao

As informações mais procuradas pelos usuários em sites comerciais são, na ordem: características

de produtos, catálogos de produtos, notícias, lista de preços, portfólio e locais de venda.

Já o retorno proporcionado para as organizações com relação ao investimento no comércio

eletrônico elas definem primeiramente como sendo a divulgação da empresa e, logo após o

crescimento da organização, a maior interação com os consumidores, a agilidade nas negociações,

a divulgação dos novos produtos, as necessidades dos consumidores.

Muitas organizações ainda não investem nesta, pois acham que: faltam sistemas seguros na Web;

têm dificuldades em atingir as camadas de renda mais baixas (eles acham que as classes de menor

renda não tem acesso a web); muitos consumidores tem dificuldades em tirar dúvidas na web; o

custo com telecomunicações estão ainda muito caros; faltam profissionais especializados; exige um

maior investimento em mídia segmentada e por fim que os pagamentos não podem ser a vista,

exigindo depósitos bancários ou cartão de crédito.

A estrutura de um comércio eletrônico exige um alto investimento em tecnologia, deve-se criar uma

estrutura na qual o consumidor possa efetuar um pagamento seguro, ter segurança na transmissão

dos dados pessoais, etc.

Um grande problema que as empresas eletrônicas possuem é o serviço de logística, muitos

terceirizam este processo, outros fazem por conta própria, porém poucos fazem o uso deste serviço

com um bom planejamento, tendo como consequência muitos prejuízos com trabalhos refeitos e

clientes insatisfeitos.

Existem hoje diversos modelos de comércio eletrônico, o qual destaco os principais utilizados pelas empresas: B2B, B2C,

B2B2C, C2B, C2C, m-Commerce, B2E, c-Commerce, G2C, G2E, E2E.

Para fixar o seu conhecimento assista aos vídeos :

Comércio Eletrônico

<https://www.youtube.com/watch?v=TrDQIUxWMH4>.

Expectativa é de 25% de aumento no faturamento do comércio eletrônico

<https://www.youtube.com/watch?v=XXV53keajcI>.

E-commerce, comércio eletrônico, loja virtual no Brasil

<https://www.youtube.com/watch?v=Nz72uJGdtVQ>.

Page 83: Gestao de producao

O comércio móvel também chamado m-commerce e m-business é qualquer e-commerce executado

em um ambiente sem fio, especialmente pela Web. O m-commerce não é meramente uma variação

dos serviços da internet já existentes, mas, sim uma extensão do e-business.

Os dispositivos móveis criam uma oportunidade de prestar novos serviços a clientes preexistentes a

atrair outros tantos. No quadro 1, podemos ver alguns termos comuns do m-commerce.

Quadro 1 – Termos comuns do m-commerce.

Termo Descrição

1G Primeira geração da tecnologia sem fio. Era analógica (1979 – 1992).

2GSegunda geração da tecnologia digital sem fio. Baseia-se em tecnologia

digital de rádio e aceita principalmente texto.

2.5G

É uma tecnologia provisória baseada em GRPS (General Packet Radio

Service) e EDGE (Enhanced Data Rates for Global Evaluation) e pode

acomodar elementos gráficos.

3GTerceira geração da tecnologia digital sem fio, suporta Rich Media como

clipes de áudio, iniciou-se em 2001 no Japão.

4GQuarta geração da tecnologia digital sem fio, proporcionará exibição mais

rápida de multimídia.

GPS

Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System) é um

sistema de rastreamento via satélite que possibilita a localização de

qualquer dispositivo munido de GPS.

PDA Personal Digital Assistant – PDA é um pequeno computador portátil.

SMSServiço de Mensagens Curtas (Short Mensage Service) existe desde 1991

e permite a troca de mensagens curtas de texto entre telefones celulares.

EMS

Serviço de Mensagens Melhorado (Enchanced Messaging Service) é uma

extensão do SMS que possui a capacidade para simples animações,

pequenas figuras e músicas curtas.

MMS

Serviço de Mensagens Multimídia (Multimedia Messaging Service) é a

próxima geração da mensagem sem fio, que transmitirá mídia rica (Rich

Media).

WAPProtocolo de Aplicação sem Fio (Wireless Application Protocol) é a

tecnologia que proporciona navegação na Web em dispositivos sem fio.

Page 84: Gestao de producao

SMARTPHONES

Telefones Inteligentes são celulares habilitados para Internet e capazes de

suportar aplicações móveis. Incluem processadores WAP para acesso à

Internet.

Fonte: Adaptado Turban e King (2004, p. 269).

O m-commerce tem duas características principais que diferenciam de outra maneira o e-commerce:

Mobilidade

Baseia-se no fato de que os usuários levam consigo um telefone celular ou outro dispositivo móvel

para todos os lugares que vão. A mobilidade implica na portabilidade e, por conseguinte, o usuário

pode realizar um contato em tempo real com qualquer sistema.

Alcance amplo

Com o m-commerce, as pessoas podem ser alcançadas a qualquer momento, porém, o usuário

poderá bloquear horários e mensagens que não deseje.

Page 85: Gestao de producao

As características acima rompem a barreira geográfica e de tempo, criando atributos de valor

agregado advindos destes atributos, além de impulsionarem o desenvolvimento comercial do m-

commerce, estão relacionados abaixo:

Ubiquidade à refere-se ao atributo de estar disponível a qualquer lugar e a qualquer hora; Conveniência à diz respeito a operar em um ambiente sem fio e muito conveniente para os

usuários, basta os mesmos terem um telefone inteligente.

Personalização de produtos à é limitada em dispositivos móveis, porém, devido à necessidade de realizar transações eletronicamente aliada à disponibilidade da informação personalizada, conduzirão esse conceito a novos níveis que levarão o dispositivo móvel em um fermenta de comércio eletrônico.

Conectividade instantânea à a personalização possibilita adequar as informações a consumidores individuais.

Localização de produtos e serviços à saber onde o usuário esta fisicamente em certo momento é crucial para oferecer serviços relevantes.

Além dos atributos de valor agregado já descritos acima, o m-commerce é impulsionado pelos

seguintes fatores:

Ampla disponibilidade de dispositivos; A não necessidade de um computador pessoal (desktop);

A cultura do equipamento de mão;

Empurro do fornecedor;

Declínio de preços;

Mais largura de banda;

A explosão do comércio eletrônico em geral.

 

Aprofundando o conhecimento, leia também:

<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n6/

gestao_negociosecomeletronico.pdf>.

<http://www.scielo.br/pdf/rac/v3n1/v3n1a05.pdf>.

<http://www.scielo.br/pdf/rae/v40n4/v40n4a09.pdf>.

Desperdício em Sistemas de Informação

Em tempos de recessão econômica e dificuldades, todo e qualquer custo que possa ser evitado

pode ser um fator de sucesso nas organizações. Então, como administrador, como você é diante

Page 86: Gestao de producao

deste fato? A seguir comentarei algumas causas de desperdício e, ao final, gostaria que você

fizesse uma reflexão e visse seus pontos fortes e fracos.

Causas de Desperdício

1. Indiferença dos executivos: acham o assunto muito técnico e específico, deixando então a cargo de especialistas em TI, porém este técnico não tem necessariamente uma visão do negócio em questão.

2. Inexistência de critérios de investimento: na TI, muitas das atividades não se pode medir em termos financeiros, mas sim em retornos oriundos do uso da TI nos sistemas de informação das organizações.

3. Modismo: todo mundo está usando e nos não queremos ficar para trás, ou seja, não há um planejamento adequado para verificar a real necessidade deste investimento.

4. Megalomania: soluções simples e rápidas são trocadas por outras mais avançadas e complexas.

5. Despreparo: o executivo que assumiu o cargo na área de TI não conhece o assunto, isso ocorre geralmente em cargos por indicação política.

6. Consultoria: decisão de deixar tudo nas mãos de uma empresa de consultoria que possui a receita do custo do projeto, não ficará motivada em encontrar uma solução mais econômica.

7. Futzing (desperdício): refere-se ao tempo gasto com atividades não produtivas.

8. Mudanças no ambiente: Não está devidamente preparado para mudanças ambientais.

Afinal, quem lucra com todo esse desperdício? Geralmente os maiores beneficiados são os

fabricantes de hardware e software (que só mostram as vantagens de seus produtos, cabendo a

você descobrir a outra face), os setores encarregados pela TI da empresa, que ganham poder

político, e, por fim, as firmas de  consultoria, cujo faturamento é proporcional ao custo do projeto, e

também a partir de comissões que estas firmas conseguem com os fornecedores

de hardware e software.

Como evitar o desperdício?

Esta é uma pergunta que nos deparamos. Infelizmente não há uma receita de bolo, use o seu bom

senso aliado à sua visão empresarial, juntamente com o conhecimento das tendências da TI, assim

você estará dando um largo passo para uma decisão mais sensata e acertada.

Em caso de estar em uma situação que necessite sua tomada de decisão, pense:

Na dúvida, deixe como está; Não seja o primeiro a utilizar um produto novo;

Converse antes com quem já passou por isso (se possível);

Não ouça somente a conversa dos vendedores, pois o interesse deles é vender e o seu pode ser diferente.

SISTEMAS EMPRESARIAIS

Page 87: Gestao de producao

Os sistemas empresariais dão suporte a todos os departamentos de uma empresa, pois o sucesso

de muitas organizações, seja ela pública ou privada, depende da sua capacidade de administrar o

fluxo de entrada, circulação e saída de materiais, informações e dinheiro da organização.

Eles se diferenciam dos sistemas funcionais, pois envolvem a empresa como um todo e não apenas

um único setor.

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO (ERP-Enterprise Resource Planning)

Laudon e Laudon (2010) dizem que o ERP vem para resolver grandes desafios empresariais por

meio da integração dos processos de negócio em um único sistema integrado de informação, onde

propõe mudanças na estrutura da organização, no processo de gerenciamento, na plataforma de

tecnologia e na própria capacidade de negócios.

O ERP (Planejamento dos Recursos Empresariais), também chamado de Sistemas Integrados de

Gestão, pode ser definido como arquitetura de software que facilita o fluxo de informação entre todas

as funções de uma empresa, como manufatura, logística, finanças e recursos humanos.

Promove agilidade na obtenção de informações e facilita a administração sob todos os ângulos,

maneiras, enfoques e objetivos diferentes de cada empresa: fabricação, logística, finanças e

recursos humanos.

É dividido em módulos – cada módulo é criado para receber e processar informações de uma área,

funcionando independente dos outros módulos. Pode-se instalar um módulo do programa de cada

vez ou implantar todos os módulos de uma vez – estratégia “Big Bang”.

Para analisar-se a necessidade de implantação de um ERP na empresa, devem-se verificar as

seguintes situações:

A empresa não tem a informação de que precisa na hora certa. Há dificuldade de conseguir uma informação sobre qualquer processo da empresa para tomar

uma decisão, como, por exemplo, quando é solicitado um dado sobre qualquer área da empresa e ele demora para chegar até o solicitante e, quando chega, já está desatualizado.

Há falta de comunicação entre os departamentos. Por exemplo: o departamento de vendas prometeu para amanhã um produto que não está disponível no estoque, ou o setor de compras encomendou mais papel do que o necessário. A empresa sempre deve estar atenta para a precariedade de comunicação entre as áreas.

Quando o ramo de negócio da empresa é manufatura e comércio – empresas que têm produção própria e que trabalham com vendas são candidatas naturais à implantação de um ERP, porque sua estrutura envolve vários processos: compra de matéria-prima, controle de estoque, encomendas, pedidos de clientes, entrega de produtos. Todos precisam funcionar como uma orquestra afinada para que o negócio seja o mais eficiente possível.

O tamanho da empresa também conta. Em pequenas e médias empresas, esses processos não são tão complexos. Mas, à medida que o número de funcionários cresce, a produção

Page 88: Gestao de producao

aumenta e os pedidos não param de chegar, o risco de perder o controle sobre o fluxo de informações também é maior.

Desta forma, o ERP permite que a empresa conquiste diferenciais competitivos, por ser uma solução

(composta de vários módulos integrados), que relaciona todas as necessidades de uma empresa, às

visões de processo que suportam seu negócio e promovem maior integração entre as funções de

diversas áreas.

Segundo Turban, Rainer e Potter (2005 p. 303) “[...] o principal objetivo do ERP é integrar todos os

departamentos e fluxos de informações funcionais de uma empresa em um único sistema

computadorizado que possa atender todas as necessidades da empresa”.

Os principais benefícios da implementação do ERP são:

Eliminação dos sistemas legados custosos e inflexíveis. Aperfeiçoamento dos processos de trabalho.

Elevação no acesso aos dados para a tomada de decisões.

Atualização da infraestrutura de tecnologia.

Ainda de acordo com Stair e Reynolds (2011, p. 352), eles apontam as seguintes dificuldades:

Despesas e tempo de implementação; Dificuldades na implementação de mudanças;

Dificuldades na integração com outros sistemas;

Riscos de adotar apenas um fornecedor.

 

Para fixar conhecimento sobre o assunto, leia:

<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=81260>.

<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?

select_action=&co_obra=119348>.

<http://www.coladaweb.com/administracao/erp>.

<http://www.coladaweb.com/administracao/crm>.

Customer Relationship Management (CRM)

O termo CRM é relativamente novo para o universo da Tecnologia da Informação e Comunicação.

Surgiu em parceria com o marketing de relacionamento e outras tecnologias de relacionamento que

possibilitavam o trabalho em grupo de forma interativa, integrada e ativa.

Page 89: Gestao de producao

O CRM se refere ao estabelecimento de relações com clientes de forma individual (identificação) e a

utilização de informações específicas dos clientes para tratar clientes diferentes diferentemente

(diferenciação). O relacionamento que existe entre o cliente e a empresa (interação) torna-se

mutuamente benéfico, à medida que os clientes fornecem informação em troca de produtos e/ou

serviços personalizados às suas necessidades (personalização).

As informações compartilhadas com o CRM podem fornecer melhores opções na hora de uma

tomada de decisão, de maneira certa, na hora certa, transformando e disseminando o conhecimento

para toda a empresa. Por isso, o CRM deve ser integrado a todas as ações da empresa, com todos

com que ela trabalha e com os quais ela transaciona, criando uma visão holística de relacionamento

com o cliente.

Deve-se ter em mente que o CRM não é um produto ou serviço, mas sim uma estratégia de

negócios para gerenciar de forma efetiva e integrada o relacionamento com o cliente. Para sua

implementação é necessário contar com pessoal qualificado, processos bem definidos,

transformação do comportamento de seus colaboradores e tecnologia de ponta.

O CRM mostra ser um diferencial competitivo quando bem aplicado e se estiver de acordo com a

cultura organizacional da empresa. Sendo assim, é necessária a ajuda das pessoas, pois sem elas

não existe relacionamento, bem como não há possibilidade de se compartilhar o conhecimento.

Portanto, o CRM só dará resultados positivos se a cultura organizacional estiver focada no

relacionamento com os clientes. Além disso, se as pessoas que participam dessa organização

estiverem habilitadas para compartilhar seu conhecimento tácito, transformando-o em explícito e

disseminando-o por toda ela.

O profissional precisa saber como lidar com os clientes e como utilizar a tecnologia. Além disso, sem

um processo estruturado e disciplinado, qualquer empresa está fadada a não alcançar o seu

objetivo. Outro fator importante é a transformação do comportamento necessário e essencial dentro

da empresa, para fazer com que cada contato com o cliente converta-se num novo negócio.

Embora muitas áreas não participem diretamente da iniciativa de CRM, o projeto, mais cedo ou mais

tarde, atinge todas as pessoas da organização. É fundamental que todos os atingidos a iniciativa,

direta ou indiretamente, tenham completo entendimento do processo e das transformações

organizacionais, analisando-se o impacto em cada área.

INTELIGENCIA EMPRESARIAL (BI - Business Intelligence)

Possuir informações corretas, no momento e no formato adequado, é o ideal para apoiar o processo

decisório em qualquer empresa. Porém, à medida que os sistemas de informação passaram a se

popularizar e se tornaram mais baratos e acessíveis, as empresas passaram a lidar com um volume

de dados e informações cada vez maiores, dificultando a sua utilização para o processo gerencial.

Page 90: Gestao de producao

O desafio, hoje, para as organizações é transformar essas quantidades, quase que infinitas de

dados e informações em algo útil e relevante. O primeiro passo é organizar, classificar e armazenar

esses dados e informações, de forma a poder recuperá-los no momento oportuno. O segundo passo

é o de disponibilizar, por meio de soluções adequadas, essas informações para melhor capacitar a

empresa no processo de tomada de decisão.

Ao encontro dessas necessidades está o sistema ERP, que tem grande amplitude para coletar,

organizar e armazenar vastas quantidades de dados e informações, embora não disponibilize essas

informações da maneira mais adequada para o processo decisório gerencial e estratégico. Para isso

existe o Business Intelligence, que, se bem utilizado, ajuda administradores e gerentes a manusear,

interagir e tirar proveito desses volumes de dados e informações, de maneira a criar conhecimento

sobre determinados assuntos. Ainda apoiando o processo decisório, criando, assim, vantagens

competitivas.

O Business Intelligence deve estar alinhado aos negócios da empresa e cada aplicação

desenvolvida deve ter como finalidade melhorar a performance da empresa e dos negócios, ou seja,

deve ter um propósito. Caso contrário, não deixará de ser apenas um experimento tecnológico, sem

uma utilidade prática, podendo ser abandonado logo em seguida.

As empresas coletam informações com o objetivo de avaliar o ambiente de negócios. Geralmente,

elas iniciam coletando informações internas à organização e, posteriormente, completam essas

informações com informações externas, tais como pesquisas de marketing, industriais e de mercado,

além de análises competitivas. Dessa forma, as organizações acumulam conhecimento e geram

inteligência, o que permite a criação de vantagens competitivas.

Barbieri (2001, p. 34) afirma, “[...] de forma mais ampla o B.I. pode ser entendido como a utilização

de variadas fontes de informação para se definir estratégias de competitividade nos negócios da

empresa”.

A partir da década de 1990, o conceito do BI começou a ficar mais interessante para as empresas,

principalmente quando começou a ser espalhado como uma evolução do EIS (Executive Information

Systems), cujo objetivo principal seria permitir o fornecimento de informações a partir de uma base

de dados e com uma interface intuitiva, mostrando relatórios, gráficos e dados de maneira simples,

mas que desse suporte à extração de informação de diferentes maneiras para a tomada de decisão.

Além disso, Turban, Rainer e Potter (2005, p. 86), afirmam que “a descoberta de informação e conhecimento difere do

apoio a decisão em seu objetivo principal: descoberta. Quando a descoberta for feita, os resultados poderão ser usados

para o apoio a decisão”.

Aprofundando o conhecimento, leia também:

Page 91: Gestao de producao

http://www.coladaweb.com/administracao/business-intelligence-conjunto-de-

softwares-que-ajudam-em-decisoes-estrategicas

Para fixar conhecimento, assista:

BI Introdução ao Business Intelligence + ERP Plune – YouTube.

BI O que é Business Intelligence – YouTube.

BI Agrupamento de Colunas – YouTube.

BI Calendários – YouTube.

BI Como salvar Modelos de Relatórios – YouTube.

BI Geração de Gráficos – YouTube.

BI Ordenamento de exibição dos registros e colunas – YouTube.

BI Personalizando as Colunas exibidas – YouTube.

BI Utilizando filtros nas consultas – YouTube.

BI Utilizando Funções de Exibição – YouTube.