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GESTÃO DA ÁGUA NA VERTICALIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Ceres Duarte Guedes Cabral de Almeida1, Alane Danielle Pacheco Pereira2,
Brivaldo Gomes de Almeida3
1Professora, Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (CODAI/UFRPE),
[email protected]; 2Graduanda em Agronomia, Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE), [email protected]; 3Professor Adjunto, Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), [email protected]
Resumo: Este trabalho consiste em um trabalho de revisão de literatura que destacou a
importância da gestão da água na agricultura irrigada, a fim de suprir a demanda de
alimentos frente ao crescimento populacional. Os principais temas abordados foram o
impacto da irrigação na agricultura, o uso racional da água via irrigação, a
disponibilidade hídrica e a poluição e assoreamento dos corpos d’água. Sabe-se que a
agricultura irrigada tem grande potencial para contribuir para o desenvolvimento local
sustentável e para produção de alimentos, desde que haja manejo racional de água,
especialmente no semiárido em função da sua escassez aliado à elevada taxa vaporativa.
A seleção do método e sistema de irrigação reflete diretamente no volume de água
gasto, uma vez que cada método apresenta eficiência diferenciada conforme a relação
água aplicada e consumida pela planta. Tal situação tem provocado um desafio aos
profissionais do setor primário para os próximos anos que é conciliar a produção
agrícola com os princípios de responsabilidade social e ambiental. Consequentemente,
pesquisas aplicadas direcionadas às inovações tecnológicas na área de irrigação podem
gerar produtos e processos que otimizem o uso da água.
Palavras-chave: irrigação, agricultura, eficiência de aplicação.
INTRODUÇÃO
A água é um elemento indispensável à vida, e o aumento da demanda desse
recurso retrata a necessidade de planejamento e gestão do mesmo. Tais ações refletem
indiscutivelmente na sobrevivência e qualidade de vida da população mundial, que
concentra cerca de 7 bilhões de pessoas e portanto, requer a otimização da produção de
alimentos. Neste processo de produção a irrigação tem sido fundamental, uma vez que
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atualmente, mais da metade da população mundial depende de alimentos produzidos em
áreas irrigadas (Mantovani et al., 2009).
No semiárido brasileiro, as características climáticas, pedológicas e hidrológicas,
constituem restrições para a utilização regular dos recursos hídricos, notadamente para o
desenvolvimento da agricultura, que em razão do regime irregular de chuvas, depende
da irrigação para o suprimento de água para as culturas (Gheyi et al., 2012). Por outro
lado, a agricultura irrigada demanda grandes volumes de água, devido ao processo
metabólico das plantas em seus principais estágios de desenvolvimento, principalmente
a transpiração, e a ausência da mesma leva ao chamado estresse hídrico afetando
diretamente o crescimento e a produção.
No Brasil, segundo informações da ANA (2012), 72% das águas consumidas são
dedicadas à irrigação, há que se considerar que cerca de 90% retorna ao ciclo
hidrológico desde que o manejo da irrigação seja realizado de forma racional e
sustentável.
Com base nesta realidade, pretende-se, neste trabalho, enfatizar importância da
gestão da água na agricultura irrigada, a fim de suprir a demanda de alimentos frente ao
crescimento populacional.
IMPACTO DA IRRIGAÇÃO NA AGRICULTURA
A irrigação que anteriormente objetivava apenas satisfazer as necessidades
hídricas das plantas é hoje um fator importante no aumento da produção, produtividade,
geração de emprego e renda e na diminuição do êxodo rural, melhorando as condições
de vida dos produtores. Porém, em função do volume de água necessário, é preciso
fazer uso de sistemas de irrigação que possibilitam alta eficiência de uso da água
(Mantovani et al., 2009).
No Brasil estima-se que o potencial para desenvolvimento sustentável da
irrigação é de 29,6 milhões de ha, mas apenas 5,4 milhões de ha encontram-se sob
irrigação (ANA, 2011). Considerando que o setor é responsável por, pelo menos, 1,6
milhão de empregos diretos e 3,2 milhões de empregos indiretos, fica evidenciado o seu
grande potencial de crescimento pela tendência atual do agronegócio. As ampliações
das áreas cultivadas com culturas irrigadas exigem uso intensivo de mão de obra, tanto
na olericultura como em certas modalidades de cultivo em fruticultura (Mantovani et al.,
2009).
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Nas regiões de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, é
possível observar o crescimento e o desenvolvimento econômico e social alcançado
com a especialização da fruticultura irrigada, repercutindo na produtividade, expansão
da oferta de empregos, aumento da renda per capita e na infraestrutura local. Desta
forma, a fruticultura irrigada no semiárido nordestino apresenta vantagens competitivas
em relação às outras áreas produtoras (Nunes, 2004).
Considerando os impactos ambientais que a irrigação pode causar, e, por isso,
estão sujeitos à resolução nº 284/2001 do CONAMA que dispõe sobre o licenciamento
de empreendimentos de irrigação. Essa norma classifica em categorias esses
empreendimentos de acordo com a dimensão efetiva da área irrigada, por propriedade
individual e método de irrigação empregado. (Mantovani et al., 2009).
Tabela 1. Classificação dos projetos de irrigação
Método de irrigação ÁREA IRRIGADA (ha) / CATEGORIA
Até 50 50 - 100 100 - 500 500 - 1000 > 1000 Aspersão A A B C C Localizada A A A B C Superficial A B B C C
A classificação A, B e C define as menores ou maiores exigências no processo
de solicitação. A Categoria A apresenta os empreendimentos mais simples e a Categoria
C os de maiores exigências.
USO RACIONAL DA ÁGUA VIA IRRIGAÇÃO
Tendo em vista o grande volume de água exigido na irrigação (Figura 1), um dos
grandes desafios da agricultura moderna, baseada nos parâmetros de sustentabilidade, é
otimizar o uso desse recurso. O método e o sistema de irrigação a ser utilizado
influencia, sobremaneira, a eficiência na aplicação da água (Mantovani et al., 2009).
Figura 1. Distribuição da água por setor.
Irrigação 72% Animal 11% Urbano 9% Industrial 7% Rural 1%
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O uso eficiente da água contribui para aumentar a sua disponibilidade, reduzindo
os problemas de déficit provocados pelo aumento da demanda social em relação à oferta
ambiental. Existem diversas alternativas ou técnicas de uso que possibilitam a produção
de alimentos com um volume adequado para que se alcance a sustentabilidade na
produção de alimentos. Os equipamentos projetados adequadamente, a oportunidade de
oferta de água aos cultivos e o manejo adequado da água (quando e quanto aplicar) são
medidas associadas ao uso racional da água (Faggion et al., 2009).
A eficiência no uso da água de irrigação integra vários componentes,
considerando-se, entre outros, o método de irrigação e as perdas associadas.
Principalmente, nos sistemas de irrigação por aspersão, a análise das perdas de água
durante sua aplicação refere-se à evaporação direta e ao arrastamento pelo vento da
água aspergida sobre as plantas (deriva). Na irrigação localizada, as perdas por
evaporação e deriva podem ser negligenciadas no gotejamento, porém devem ser
consideradas na microaspersão, exceto em culturas de grande porte (frutíferas). Na
irrigação por superfície, ocorrem perdas por evaporação nos sulcos e faixas, na irrigação
por inundação essas perdas podem atingir valores elevados (Mantovani et al., 2009).
Pequenos aumentos na eficiência produzem incrementos significativos no
volume de água disponível para outros fins, principalmente em situações de competição
pelo uso da água; quanto maior a eficiência, menores os custos de bombeamento,
condução e distribuição da água de irrigação (Paz et al., 2000).
Gheyi et al. (2012) ressaltam que o problema da escassez de água e a
irregularidade das chuvas no Nordeste, principalmente na região semiárida, gera
dependência da irrigação para produção agrícola. Um dos principais desafios para boa
gestão dos recursos hídricos do semiárido é, indiscutivelmente, a melhoria na eficiência
da irrigação.
No semiárido o consumo da água via irrigação é da ordem de 6 a 20 mil m3 por
hectare a cada safra, dependendo de condições climáticas e edáficas. O uso de métodos
mais eficientes de irrigação pode gerar economia de água em até um terço,
considerando-se a eficiência do sistema como um todo. Por exemplo, uma redução de
10% na demanda para irrigação de uma safra em um hectare (considere consumo de
10.000 m3 ha-1 e safra de 130 dias) gera água suficiente para abastecer 50 pessoas com
consumo médio diário de 150L por habitante (Gheyi et al., 2012).
Segundo Coelho (2005), a otimização da eficiência do uso de água de forma a
contribuir para a sustentabilidade dos recursos hídricos pode ser alcançada com base nas
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curvas de respostas físicas da produtividade e da eficiência de uso de água é calculada
pela razão entre a produtividade e evapotranspiração da cultura.
Dada as considerações, é importante enfatizar que as novas tecnologias de
irrigação constituem uma importante estratégia para o uso eficiente da água, pois à
medida que o preço de oferta aumenta, produz-se a necessidade de substituição dos
sistemas tradicionais de irrigação por outros mais modernos, capazes de proporcionar
maior racionalidade no uso da água para esse fim (Paz et al., 2000).
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
A disponibilidade e distribuição da água podem facilitar ou inviabilizar a
produção agrícola, especialmente em regiões onde há ocorrência de escassez de água ou
a distribuição anual de chuvas é irregular. (Faggion et al., 2009).
O conceito de disponibilidade hídrica tem estreita relação com a vazão. Porém,
para se determinar a disponibilidade de água de uma bacia hidrográfica, por exemplo,
faz-se necessário, inicialmente, identificar seus principais reservatórios para avaliar o
potencial de água que se pode explorar sem que os mesmos se degradem (Gheyi et al.,
2012). A tabela 2 apresenta os valores para cada Região Hidrográfica do país.
Tabela 2. Disponibilidade hídrica e vazões médias nas regiões hidrográficas do Brasil Região Hidrográfica Vazão média1 (m3/s) Disponibilidade hídrica (m3/s) Amazônica 132.145 73.748 Tocantins-Araguaia 13.799 5.447 Atlântico Nordeste Ocidental 2.608 320 Parnaíba 767 379 Atlântico Nordeste Oriental 774 91 São Francisco 2.846 1.886 Atlântico Leste 1.484 305 Atlântico Sudeste 3.162 1.109 Atlântico Sul 4.055 647 Paraná 11.414 5.792 Uruguai 4.103 565 Paraguai 2.359 782 Brasil 179.516 91.071 1 A Bacia Amazônica ainda compreende uma área de 2,2 milhões de km2 em território estrangeiro a qual contribui com adicionais 86.321 m3/s em termos de vazão média. A Bacia do rio Uruguai ainda compreende uma área de 37mil km2 em território estrangeiro a qual contribui com adicionais 878 m3/s em termos de vazão média. A Bacia do rio Paraguai ainda compreende uma área de 118mil km2 em território estrangeiro a qual contribui com adicionais 595m3/s em termos de vazão média. Fonte: ANA (2009).
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Os principais reservatórios naturais de água são os rios, os aquíferos e o solo.
Em regiões com pouca disponibilidade hídrica os reservatórios artificiais, como os
açudes, têm papel fundamental na potencialização dos recursos hídricos (Gheyi et al.,
2012). Rebouças et al. (2006) destaca o Brasil no cenário mundial pelo seu potencial
hídrico, representando 53% da produção de água doce do continente sul-americano (334
mil m3/s) e 12% do total mundial (1.488 milhões de m3/s). Entretanto, apesar desse
aparente conforto, existe uma distribuição hídrica desigual no território brasileiro.
A região Nordeste caracteriza-se por reduzidas e irregulares precipitações,
elevada evaporação e pouca disponibilidade de águas, concentrando apenas 3,3% do
recurso hídrico nacional. As reservas hídricas subterrâneas constituem uma alternativa
para abastecimento e produção agrícola irrigada (Paz et al., 2000). O semiárido
brasileiro tem como proeminentes fatores de degradação da disponibilidade hídrica a
poluição e o assoreamento, sendo importante destacar que água poluída, é água
indisponível (Gheyi et al., 2012).
A sustentabilidade dos recursos hídricos, responsável pela segurança alimentar,
requer uma vigilância contínua, compatibilizando informações e procedimentos de
controle da disponibilidade e qualidade desse recurso (Paz et al., 2000).
POLUIÇÃO E ASSOREAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA
O desenvolvimento da região semiárida depende fundamentalmente da
conservação da qualidade e quantidade da água acumulada. Nesse sentido os sedimentos
carreados e depositados nos açudes do semiárido apresentam um grande potencial de
deterioração quantitativo e qualitativo da água ofertada superficialmente. De fato, os
reservatórios do semiárido conseguem regularizar apenas cerca de 40% da vazão
afluente, “perdendo” 60% entre evaporação e extravazamento (Araújo, 2003).
Paz et al. (2000) afirmam que muito do volume perdido torna-se severamente
degradado em sua qualidade, ao arrastar sais, pesticidas e elementos tóxicos do solo,
motivo pelo qual, além da dificuldade de recursos hídricos adicionais, em muitos casos
tem-se o uso não eficiente como causa da redução da disponibilidade e da qualidade.
A produção agrícola está diretamente relacionada com a aplicação de pesticidas
e herbicidas. O seu uso gera, comumente, grandes problemas: estes produtos muitas
vezes são tóxicos, e uma vez aplicados em grande quantidade e em áreas bastante
extensas podem gerar sérios problemas de qualidade das águas superficiais e
subterrâneas (Primel et al., 2005).
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No semiárido brasileiro, é possível observar a ocorrência frequente de
reservatórios eutrofizados, cuja água não se presta para maioria dos usos para os quais
foi destinada (Datsenko et al., 1999). O comprometimento da qualidade da água para
fins de abastecimento doméstico é decorrente de poluição causada por diferentes fontes,
dentre elas efluentes domésticos, deflúvio superficial urbano e agrícola. Os poluentes
resultantes do deflúvio superficial agrícola são constituídos de sedimentos, nutrientes,
agroquímicos e dejetos animais (Merten & Minella, 2002).
A poluição das águas destinadas a irrigação poderá produzir efeitos indesejáveis
na condução de uma cultura comercial, pois é possível a contaminação da população,
através da ingestão dos alimentos que receberam a água contaminada (Mantovani et al.,
2009) Para tanto, se faz necessária a redução do deflúvio superficial, bem como a
redução do uso de agroquímicos (Merten & Minella, 2002).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas informações apresentadas nesta revisão vale destacar:
1-A agricultura irrigada tem grande potencial para contribuir para o desenvolvimento
local sustentável e para produção de alimentos, no entanto, cabe considerar o manejo
racional de água, especialmente no semiárido em função da sua escassez aliado à
elevada taxa evaporativa;
2-A seleção do método e sistema de irrigação reflete diretamente no volume de água
gasto, uma vez que cada método apresenta eficiência diferenciada conforme a relação
água aplicada e consumida pela planta;
3-O grande desafio dos profissionais do setor primário nos próximos anos é conciliar a
produção agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial com os princípios de
responsabilidade social e ambiental;
4-Os efeitos positivos da agricultura irrigada dependem principalmente das inovações
tecnológicas; do saneamento básico e do uso racional de água e energia;
5-A adoção de práticas/técnicas adaptadas à realidade edafoclimática de uma região
conduz ao sucesso da atividade agrícola, inclusive sob condições aparentemente
desfavoráveis.
REFERÊNCIAS
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Brasília, DF, 203p
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