gestão ambiental e sustentabilidade-uma análise das práticas

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Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-graduação Strito Sensu em Engenharia Ambiental Cintya Mércia Monteiro Penido Amorim Gestão Ambiental e Sustentabilidade - uma análise das práticas ambientais e da aplicação da ISO 14.001: estudo de caso numa empresa do setor Automobilístico Florianópolis, Julho de 2012

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Universidade Federal de Santa Catarina

Programa de Pós-graduação Strito Sensu em Engenharia Ambiental

Cintya Mércia Monteiro Penido Amorim

Gestão Ambiental e Sustentabilidade - uma análise das práticas

ambientais e da aplicação da ISO 14.001: estudo de caso numa empresa

do setor Automobilístico

Florianópolis, Julho de 2012

2

Cintya Mércia Monteiro Penido Amorim

Gestão Ambiental e Sustentabilidade - uma análise das práticas

ambientais e da aplicação da ISO 14.001: estudo de caso numa empresa

do setor Automobilístico

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre profissional

em Engenharia Ambiental com ênfase em Gestão Ambiental, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal

de Santa Catarina – UFSC.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Cesar Machado Ferroli

Florianópolis, 2012

3

AGRADECIMENTOS:

Agradeço primeiramente a Deus, meu pai querido e amigo.

Agradeço também a minha mãe maravilhosa, dedicada e sempre preocupada

comigo.

Agradeço ao professor orientador Paulo Ferroli da UFSC pelas contribuições,

pelas leituras detalhadas, comentários e observações valiosas.

Agradeço também a minha grande amiga Kelly Nunes pela ajuda e pelo apoio

nos momentos mais difíceis.

4

RESUMO

Esta pesquisa de mestrado teve por objeto de estudo analisar as práticas de

gestão ambiental e a aplicação da norma ISO 14001 numa empresa do setor

automobilístico da região metropolitana de Belo Horizonte. Como referencial

teórico, analisamos a evolução das práticas de gestão ambiental e os requisitos

da norma internacional ISO 14001, bem como a importância da

sustentabilidade. Esta pesquisa também apresenta neste estudo de caso de

todas as etapas de implantação do sistema de gestão ambiental com base na

norma ISO 14001.

Palavras-chave: Práticas ambientais; Sustentabilidade; ISO 14001; Setor

automobilístico; Gestão Ambiental.

5

ABSTRACT

This Master thesis was to analyze the object of study environmental management

practices and the application of ISO 14001 in a company in the automotive sector in the

metropolitan region of Belo Horizonte. As a theoretical framework, we analyze the

evolution of environmental management practices and the requirements of international

standard ISO 14001 as well as the importance of sustainability. This research also

presents this case study of all stages of implementation of the environmental

management system based on ISO 14001.

Keyboards: environmental practices; Sustainability; ISO 14001; automobile

sector; Environmental Management.

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Equilíbrio dinâmico da Sustentabilidade ------------------------------------20

Figura 2 - Questões ambientais e o desenvolvimento sustentável----------------21

Figura 3: Tipos genéricos de estratégia ambiental corporativa---------------------26

Figura 4 - Processo de implantação do SGA -------------------------------------------37

Figura 5: Etapas da Implantação do Sistema de Gestão Ambiental--------------38

Figura 6 - Desempenho Ambiental---------------------------------------------------------40

7

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Porcentagem das certificações emitidas no Brasil por setor --------14

Quadro 2. Transição rumo a uma consciência ambiental em operações.-------18

Quadro 3 - Estrutura da norma NBR ISO 14001:2004--------------------------------23

Quadro 4 - As normas NBR-ISO publicadas -------------------------------------------24

Quadro 5: FMEA Ambiental (LAIA)--------------------------------------------------------30

Quadro 6 - Critério de Pontuação da Freqüência/ Probabilidade------------------31

Quadro 7 - Critério de Pontuação para Severidade/ Magnitude:-------------------32

Quadro 8 - Critério de Pontuação para Detecção (D) e/ou Abrangência: -------33

Quadro 9 - Histórico dos certificados ISO 14001 – América do Sul---------------47

Quadro 10 – Quantidade de certificados ISO 14001 ---------------------------------49

Quadro 11 - Histórico dos certificados emitidos por mês e ano--------------------50

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Mapeamento do Processo de Gestão Ambiental----------------------56

Tabela 2: Indicadores de desempenho Ambiental------------------------------------57

9

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Histórico dos certificados ISO 14001 emitidos no mundo por

continente-----------------------------------------------------------------------------------------46

Gráfico 2 - Certificados ISO 14001 concedidas por Estado da Federação

Brasil-----------------------------------------------------------------------------------------------47

Gráfico 3 – Indicador de resíduos recicláveis-------------------------------------------58

Gráfico 4 - Indicador de monitoramento do resultado da auditoria interna ISO

14001----------------------------------------------------------------------------------------------58

Gráfico 5 – Indicador de consumo de água---------------------------------------------59

Gráfico 6 – Indicador de consumo de Energia Elétrica ------------------------------59

Gráfico 7 – Indicador de inspeções ambientais-----------------------------------------60

Gráfico 8 – Indicador de resíduos industrial gerado-----------------------------------60

Gráfico 9 – Indicador de reclamações ambientais-------------------------------------61

Gráfico 10 – Indicador de reclamações ambientais------------------------------------61

Gráfico 12 – Indicador de ETE (estação de tratamento de efluentes)------------62

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SGA – sistema de gestão ambiental

ISO – Internacional Organization for standardization

LAIA – levantamento de aspectos e impactos ambientais

ISO14001 – Requisitos para certificação ambiental

11

SUMÁRIO

1...................................................................................................................... I

ntrodução............................................................................................... 11

1.1 Contextualização e problemática ............................................................... 12

1.2 Objetivos Geral e específicos..................................................................... 13

1.3 Justificativa/ estudo de relevância.............................................................. 14

1.4 Estrutura do Trabalho................................................................................. 18

2...................................................................................................................... R

eferencial Teórico .................................................................................. 19

2.1 Sustentabilidade.....................................................................................19 2.2 A Poluição Ambiental Industrial..............................................................23

2.3 A norma ISSO 14.001............................................................................24

2.4 Avaliações e impactos ambientais.........................................................27

2.5 Sistema de gestão ambiental ISSO 14001 ...........................................37

2.6 Processo de implantação do sistema de gestão ambiental...................39

2.7 Práticas ambientais e ISSO 14001: diferencial competitivo...................45

2.8 Dados estatístico sobre certificação ISO 14001.....................................48

2.9 Definições de certificados conforme INMETRO.....................................52

3...................................................................................................................... M

etodologia .............................................................................................. 53

4. Resultados ................................................................................................... 56

4.1 Aplicação prática..........................................................................................56

5. Conclusões................................................................................................... 85

6. Referências Bibliográficas............................................................................ 87

12

1. INTRODUÇÃO

As indústrias desempenham um papel muito importante na sociedade,

haja vista a necessidade de desenvolvimento do país e geração de empregos,

inclusive na administração e no sistema de gestão ambiental, que nos últimos

anos aumentou significativamente seu percentual de empresas certificadas

pela ISO 14001.

A presente pesquisa acadêmica teve como proposta, demonstrar a

evolução das práticas de gestão ambiental e a relação entre meio ambiente e

certificação ambiental (IS0 14.001), especificamente no setor automobilístico, a

relação dos stakeholders (clientes e fornecedores), a relação das empresas

perante a adesão do certificado e as práticas sustentáveis aplicadas, com o

intuito de detectar os impactos do sistema, os problemas e a causa para tal

investimento.

A empresa pesquisada é fornecedora da FIAT Automóveis e diversas

outras montadoras que exigem a certificação ISO 14001; a mesma possui

aproximadamente 450 funcionários diretos e indiretos e está localizada na

região metropolitana de Belo Horizonte, (MG). A mesma vivenciou o processo

de implantação da norma ISO 14001 e o período previsto ocorreu entre

setembro 2011 a maio 2012.

13

1.1 - Contextualização e problemática:

A exigência da certificação ISO 14001 é crescente mundialmente;

vivenciamos a importância desta certificação no nosso dia-a-dia com as

discussões e debates sobre sustentabilidade nos congressos, seminários e

artigos publicados em todo o país e exterior.

Atualmente a questão ambiental está presente em todos os ramos da

sociedade, a norma ISO 14.001 e suas normas de apoio (dentre elas, ISO

14000 – termos e definições ambientais e ISO 14004 - guia para implantação

da ISO 14001), foram criadas com o objetivo de promover a gestão ambiental,

seguindo a linha de raciocínio que busca o ciclo de melhoria contínua, ou seja,

a incorporação da prática de gestão ambiental é um passo importante na busca

pela qualidade total integrada, considerando um sistema inteligente que faz

integração da gestão da qualidade com a gestão ambiental gerando um

sistema integrado, pois os requisitos das duas normas são compatíveis. Por

esta razão, o presente estudo verificou se as práticas de gestão ambiental e a

aplicação dos requisitos da norma ISO 14.001 foram efetivas e eficazes para o

meio ambiente?

14

1.2 – Objetivos

1.2.1 - Objetivo geral

O principal objetivo desta pesquisa é verificar se as práticas de gestão

ambiental e a aplicação da ISO 14001 geram ações sustentáveis no setor

automobilístico na região metropolitana de Minas Gerais.

1.2.2 - Objetivos específicos:

São objetivos específicos deste trabalho:

� Realizar um estudo dos requisitos da norma ISO 14001 e apresentar sua

aplicabilidade através do modelo de sistema de gestão ambiental

desenvolvido nesta pesquisa;

� Identificar os aspectos gerados através das atividades desenvolvidas

pela empresa;

� Analisar os principais de impactos ambientais gerados na empresa com

base na metodologia FMEA (Análise de Modos e Efeitos de Falha) e

identificar alternativas ambientalmente corretas;

� Elaborar indicadores para avaliar o desempenho ambiental;

� Comparar as práticas de gestão ambiental com o cumprimento aos

requisitos da ISO 14001 através da elaboração de um guia de auditoria

ambiental;

15

� Desenvolver um modelo de programa de gestão ambiental (PGA) com

base na ISO 14001

1.3 - Justificativa:

A importância desta pesquisa de dissertação reside no fato que a ISO

14001 é uma certificação exigida internacionalmente e também que as práticas

ambientais sustentáveis têm grande relevância mundial para o meio ambiente.

. A ISO 14001 é considerada atualmente como um "critério qualificador"

para empresas exportarem para Europa e EUA, um exemplo é a própria

exigência das montadoras de veículos com sua cadeia de fornecedores, a

empresa pesquisada implantou o sistema de gestão ambiental com base na

ISO 14001 por exigência da FIAT Automóveis; através de dados fornecidos

pela própria montadora em palestra ministrada em meados de 2011

informaram que, aproximadamente 65% dos fornecedores da FIAT já são

certificados ISO 14001.

A escolha do setor automobilístico e da região metropolitana de Belo

Horizonte se justifica por ser um setor líder nacional e ter sido um dos pioneiros

na certificação ISO 14001 e consequentemente geração de práticas

ambientais. O quadro 1 indica o percentual de certificações do setor

automotivo, destacando o setor como predominante na certificação ambiental.

16

Quadro 1 - Porcentagem das certificações emitidas no Brasil por setor:

%

Setores

14% Automotivo

9% Petroquímico 8% Químico 8% Prestação de serviço 6% Metalurgia 5% Transportes/hotelaria/turismo/logística/navegação 5% Agroflorestal/papel e celulose/florestal

madeira/reflorestamento/moveleiro 5% Elétrica/eletroeletrônico/eletrônico 4% Hidrelétrica/serviços públicos/saneamento 4% Plásticos/borracha 3% Tecnologia/computação/telecomunicações 3% Alimentício/bebidas 3% Farmacêutico/hospital 3% Siderurgia 2% Construção civil/material de construção 2% Mineração 2% Têxtil/calçados 1% Cosméticos/higiene/limpeza 1% Fábrica de vidros

14% Outros Fonte: Revista Meio Ambiente Industrial (maio/junho de 2006), apud (POMBO, 2008)

A empresa pesquisada está em processo de implantação do Sistema de

Gestão Ambiental (SGA) e a adesão a certificação ISO 14.001 prevista para o

primeiro semestre de 2012; porém precisa cumprir as condicionantes da

Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) que estão em processo moroso,

pois a Licença de Operação (L.O) emitida pela FEAM constam algumas

condicionantes a serem cumpridas pela organização. Este estudo visa analisar

os impactos da implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma

organização do setor automobilístico, fabricante de peças plásticas para carros

automotivos.

17

De acordo com La Rovere (2001, p. 3):

Hoje, as novas concepções de gestão empresarial têm como princípio estabelecer uma política da qualidade, inclusive ambiental, colocando a atividade industrial em foco para a promoção de um real desenvolvimento sustentável.

Seguindo a linha de raciocínio de La Rovere (2001), podemos destacar

os pilares da sustentabilidade: ambiental, o social e o econômico como uma via

de acesso para os empresários que investem em certificações com retorno

garantido, ou seja, a certificação ambiental ISO 14001 beneficia a todos (meio

ambiente, sociedade e o empresário).

Segundo Porter e Van der Linde (apud REYDON, 2001), existem duas

categorias de inovações implementadas pelas empresas; as que utilizam

tecnologias redutoras de custo da poluição e as empresas que utilizam

tecnologia voltada para eliminar as causas da poluição, através do aumento da

produtividade dos recursos.

A adequação aos requisitos legais e à certificação ISO 14.001 parece

demonstrar uma tendência à mudança de postura em relação aos custos

ambientais, antes considerados incompatíveis com a necessidade de

sobrevivência econômica. Como afirma Lecours (1995), essa mudança de

enfoque deve ser entendida como resultado de um processo de progressiva

construção e legitimação sociais, realizado pelos diversos agentes e

instituições que dele participam e fundamentado em realidades históricas,

políticas e econômicas bastante específicas.

Pode-se verificar que uma das mudanças ocorridas está relacionada

com a lei Brasileira de crimes ambientais (Lei 9.605 de fevereiro de 1998), que

colocou em destaque essas questões, pois estabelece a responsabilidade da

18

pessoa jurídica, inclusive penal, chegando à possibilidade de liquidação da

empresa.

Tendo em vista que a questão ambiental estabelece uma preocupação

estratégica para as empresas, cabe questionar: Quanto custa para a empresa

não implantar um sistema de gestão ambiental? É viável financeiramente

implantar um sistema de gestão ambiental.

Os defensores da chamada “competitividade verde” acreditam que a

utilização de tecnologias limpas representa a solução dos problemas

ambientais. Estudos demonstram que, no contexto competitivo atual, as

exigências do mercado e o diferencial empresarial conduzirão as empresas a

incorporar a pauta ambiental como questão de sobrevivência, em um mercado

cada vez mais competitivo. Ressalta-se também a importância da intervenção

do Estado como regulador controlador do sistema e indutor de inovações na

política ambiental das empresas.

Cabe então analisarmos quais as práticas de gestão ambiental

adotadas, e se as mesmas são sustentáveis? Quais os impactos internos e

externos à organização e as perspectivas para implantação do SGA e a adesão

à certificação ISO 14.001 em uma organização do setor automobilístico?

1.4 - Estrutura do trabalho

Esse trabalho é apresentado em quatro capítulos, o capítuo um

apresenta a introdução, com definição dos objetivos, estudo da problemática,

apresentação da justificativa e limitações. No capítulo dois apresenta-se a

revisão bibliográfica, o capítulo três apresenta o estudo de caso prático e o

capítulo quatro apresenta os resultados e conclusões.

19

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - Sustentabilidade:

Para Valle (2000) uma empresa consciente deve dar total atenção aos

possíveis riscos ambientais causados pela organização através de um

estruturado sistema de gestão ambiental. A partir deste princípio se a

organização se basear num levantamento e avaliação de aspectos e impactos

ambientais completo e monitorá-lo e melhorá-lo, constantemente através dos

requisitos da norma ISO 14001, consequentemente se beneficiará com um

sistema de gestão ambiental estável. Conforme se pode comparar no quadro 2

a evolução da consciência ambiental é um passo importante para alcançar o

cenário descrito acima:

Quadro 2. Transição rumo a uma consciência ambiental em operações. Visão Anterior

Visão da ecologia em operações

Domínio sobre a natureza

Harmonia com a natureza

Meio ambiente natural é fonte de recursos

A natureza tem valor intrínseco, não é recurso

Crescimento na produção exige crescimento no consumo de energia e recursos naturais

Mais eficiência no uso de energia e recursos naturais

Recursos são infinitos

Recursos são limitados

Avanço tecnológico soluciona qualquer problema

Tecnologia não tem resposta para todos os problemas

Consumismo: o consumidor é o rei Simplificar as necessidades de consumo: reusar, reciclar e reaproveitar bens

Fonte: Adaptado de Meyer (2000), apud ANTONOV, et al, 2011.

20

De acordo com DIAS (2011, p IX):

Neste início do século, as preocupações com o meio ambiente assumem proporções cada vez maiores, em virtude dos efeitos visíveis de desequilíbrio provocados pelo homem na natureza. As empresas vistas há muito tempo como as principais vilãs do problema, estão de alguma forma conseguindo dar respostas a muitos questionamentos da sociedade.

Através do quadro 2 e a contribuição de DIAS, na citação anterior,

percebemos que as práticas ambientais na indústria se destacam através dos

três R’s (reutilizar, reaproveitar e reciclar) e também o tratar, ou seja,

tratamento da água, de efluentes.

“A gestão dos riscos ambientais em uma empresa moderna, consciente

de seu papel na sociedade e zelosa de sua imagem, é um tema que deve ser

encarado com toda atenção, através de um sistema de gestão ambiental”

(VALLE, 2000, p. 22).

Segundo BROWM, (apud ANDRADE e outros, R; TACHIZAWA, T;

CARVALHO, A, 2002) “uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz suas

necessidades sem diminuir as perspectivas das gerações futuras”.

Com base nos autores anteriormente, podemos perceber que a

sustentabilidade é essencial para o desempenho e crescimento

ambientalmente correto do mundo e os pilares da sustentabilidade

(representados a seguir pela figura 1) devem ser gerenciados pelas empresas

e apoiados também nos requisitos do sistema de gestão ambiental da norma

ISO 14001, que inclui desde a exigência da legislação ambiental, o

monitoramento o sistema através dos indicadores ambientais, as ações de

melhoria contínua dos processos, a prevenção da poluição através do LAIA

21

(Levantamento e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais), a

documentação para padronização, e também, o processo completo da auditoria

interna ambiental do SGA.

Figura 1: Equilíbrio dinâmico da Sustentabilidade

Fonte: Dias, 2011

Com a expressão “desenvolvimento ecologicamente correto”, a partir de

1986 (PAULI, 1996, apud FERROLI, et al, 2011), academia, sociedade,

governos e empresas tem se esforçado no aprimoramento conceitual, gerada

por diversas pesquisas ao longo das quase três décadas desde o conceito

original, a principal é a necessidade da promoção da sustentabilidade como um

todo, alicerçada pelo inter-relacionamento dos fatores econômicos e

ecológicos, considerado na tríade da sustentabilidade conhecida como ESA –

Econômica, Social, Ambiental (LIBRELOTTO, 2009; apud FERROLI, et al,

2011).

Rattner (1994) apud (BOEIRA, 1998) faz uma síntese da situação global,

mostrando como as questões sociais estão relacionadas às ambientais e

econômicas:

SOCIAL

ECONÔMICO AMBIENTAL

Desenvolvimento sustentável

22

A quinta parte mais rica da população mundial, que habita os países industrializados, goza de uma renda 150 vezes maior do que a da quinta mais pobre consome dez vezes mais energia comercial do que os 80% de pessoas pobres dos países em desenvolvimento e é responsável por aproximadamente 70% da emissão mundial de monóxido de carbono e lixo industrial” (RATTNER, 1994) apud (BOEIRA, 1998).

A ecoeficiência na estratégia empresarial é fundamental para alcançar à

produção mais limpa, segundo Xavier, 2005 (apud ALBUQUERQUE, 2009), a

ecoeficiência e a produção mais limpa são utilizadas pelas empresas quando

as mesmas se posicionam de forma proativa e estão diretamente relacionados

ao comprometimento ambiental e o grau de conscientização. Na figura 2 abaixo

apresentamos um evolução que passa do reativo (destruição, tratamento) e

depois a partir da reciclagem passa para uma fase proativa (produção mais

limpa e desenvolvimento sustentável).

Figura 2 - Questões ambientais e o desenvolvimento sustentável:

REATIVO PROATIVO

Destruição

Tratamento

Reciclagem

Produção mais limpa

Desenvolvimento sustentável

23

Fonte: Albuquerque (2009)

“O Desenvolvimento sustentável será alcançado se três critérios

fundamentais forem obedecidos simultaneamente: equidade social, prudência

ecológica e eficiência econômica” apud Dias (2011).

2.2 – A Poluição Ambiental Industrial:

Atualmente temos consequências antigas, devido os resultados com

grande impacto ambiental. Segundo Dias (2011), a destinação dos resíduos

gerados pelo processo produtivo, seja este sólido, líquido ou gasoso é um dos

problemas mais visíveis causados pela industrialização, que afetam não só o

meio ambiente, mas também a saúde da população.

No Brasil, segundo o relatório “O Estado Real das águas no Brasil –

2003/2004” (DIAS, 2011), elaborado pela defensoria das águas de rios, a

contaminação das águas de rios, lagos e lagoas, quintuplicou nos últimos dez

anos. O relatório foi realizado a partir do mapeamento de 35 mil denúncias de

agressão ao meio ambiente e as civis públicas que já receberam sentença

judicial. Segundo o relatório, a principal fonte de contaminação no país é o

despejo de material tóxico proveniente das atividades agroindustriais e

indústrias, estas responsáveis pelo consumo de 90% das águas e que são

devolvidas contaminadas após o uso, a pesquisa apontou 20.000 área

contaminadas no país (DIAS, 2011).

Ainda de acordo com Dias (2011), durante os últimos 200 anos é que se

agravou o problema ambiental na Terra, esta situação é facilmente visível pela

24

evolução do quadro de contaminação do ar, da água e do solo em todo o

mundo e também não podemos esquecer pelo número crescente de desastres

ambientais.

Seguindo a linha de pensamento, a problemática ambiental atualmente

faz parte da pauta obrigatória da maior parte dos encontros mundiais e torna-se

uma preocupação crescente da maioria das empresas que não querem

continuar sendo as vilãs do meio ambiente e a sociedade.

Através destes encontros mundiais sobre o meio ambiente, foram

assinados importantes documentos que direcionam as discussões:

- Agenda 21;

´ - Convênio sobre diversidade biológica (CDB);

- Convênio sobre mudanças climáticas;

- Princípio para gestão sustentável das florestas;

- Declaração do Rio de Janeiro sobre meio ambiente e desenvolvimento.

2.3 – A norma ISO 14.001

Percebe-se que a evolução da gestão da qualidade é um fator relevante

para a inserção do SGA nas empresas, podemos destacar esta questão na

penúltima revisão da norma ISO 9.001:2002, enfatizando a gestão por

processos e sua eficácia e também na revisão da ISO 14001: 2004 que

identifica um quadro comparativo dos requisitos da ISO 9001 com a ISO 14001

constituindo um paralelo para integração dos sistemas.

25

Apresentamos o quadro 3 referente à estrutura da norma internacional

ISO 14001 que ao compararmos com a norma ISO 9001, possuem vários

requisitos com o mesmo objetivo, porém o foco é diferente, a ISO 14001 com

foco ambiental (aspectos e impactos ambientais) e a ISO 9001 com foco em

qualidade de processos, produtos e serviços.

Quadro 3 - Estrutura da norma NBR ISO 14001:2004.

Prefácio Introdução 1. Objetivo 2. Referências normativas 3. Termos e definições 4. Requisitos do sistema de gestão ambiental 4.1. Requisitos gerais 4.2. Política ambiental 4.3. Planejamento 4.4. Implementação e operação 4.5. Verificação 4.6. Análise pela administração Anexo A. Orientações para uso desta norma Anexo B. Correspondência entre a ISO 14001:2004 e ISO 9001:2000 Bibliografia

Fonte: Oliveira, et al, 2010

A norma NBR ISO 14001 é baseada no ciclo PDCA (Plan, Do, Check e

Act). Segundo Matthews (2003, apud OLIVEIRA, 2010), se dá a partir dos

seguintes processos/atividades:

- Planejar: políticas ambientais, impactos ambientais e metas

ambientais;

- Executar: atividades ambientais e documentação ambiental;

- Verificar: auditorias ambientais e avaliação de desempenho ambiental;

- Agir: treinamento ambiental e comunicação ambiental

26

A norma NBR ISO 14001 tem sido o instrumento mais utilizado para desenvolver a gestão ambiental em empresas industriais. No Brasil, sua adoção vem aumentando continuamente nos últimos anos, indicando amadurecimento das questões ambientais empresariais na direção de uma gestão sustentável (OLIVEIRA, et al, 2010. P 8).

ORSATO (2001) afirma que o desenho da série ISO 14.000 foi

influenciado pelo sucesso da série de qualidade (ISO 9.000) e que a melhor

qualidade dos processos aumentaria o desempenho ambiental e competitivo da

empresa.

Apresentamos o quadro 4 uma lista com todas as normas da família ISO

14000

Quadro 4 - As normas NBR-ISO publicadas:

Subcomitê da ABNT/CB-38 Norma NBR-ISO

NBR-ISO 14001:2004. Sistemas de gestão ambiental – requisitos com orientações para uso.

SC 01 – Sistemas de gestão ambiental

NBR-ISO 14004. Sistemas de gestão ambiental – diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. NBR-ISO 14015. Sistemas de gestão ambiental – avaliações ambientais de localidades e organizações.

SC 02 – Auditorias ambientais

NBR-ISO 19011. Diretrizes para auditorias de qualidade e ambiental. NBR-ISO 14021. Auto declarações ambientais (rótulo ambiental tipo II).

SC 03 – Rotulagem ambiental

NBR-ISO 14024. Rótulo ambiental tipo I (de terceira parte).

SC 04 – Avaliação de desempenho ambiental

NBR-ISO 14031. Avaliação do desempenho ambiental – diretrizes. NBR-ISO 14040. Avaliação do ciclo de vida – princípios e estrutura. NBR-ISO 14041. Avaliação do ciclo de vida – definição de escopo e análise do inventário. NBR-ISO 14042. Avaliação do ciclo de vida – avaliação do impacto do ciclo de vida.

SC 05 – Avaliação do ciclo de vida

NBR-ISO 14043. Avaliação do ciclo de vida – interpretação do ciclo de vida.

SC 06 – Termos e definições NBR-ISO 14050 Rev. 1. Termos e definições

27

SC 07 – Aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (ecodesign)

NBR-ISO TR 14062. É um relatório técnico, com o mesmo título do subcomitê.

Fontes: Lemos (2004) e ABNT/CB-38 (2006), apud Pombo, et al, 2008

ORSATO (2001) demonstra os tipos genéricos de estratégia ambiental

corporativa através da matriz mostrada na figura 3:

Figura 3: Tipos genéricos de estratégia ambiental corporativa:

Fonte: Orsato, 2001

2.4 – Avaliações e Impactos Ambientais

Conforme resolução CONAMA 001 de 1986, impacto ambiental é “[...]

qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio

ambiente, causadas por qualquer forma de matéria e energia resultante das

atividades humanas que direta ou indiretamente afetam”

- a saúde, segurança e bem-estar da população;

- as atividades sociais e econômicas;

- a biota;

- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

I - Produtividade de recursos

IV - Liderança do custo Ambiental

II - Além da conformidade Legal

III - Produtos e serviços Eco-

orientados

Custo

Vantagem Competitiva

Diferenciação Processos Produtos e serviços

Foco competitivo

28

- a qualidade dos recursos ambientais.

Segundo Dias (2011), existem diversos tipos de impactos ambientais,

desde menores, que não modificam substancialmente natural, até mesmo

aqueles impactos que não só afetam diretamente a natureza, como também

provocam diretamente problemas para os seres humanos, como exemplo, a

poluição do ar, das águas e também do solo.

As ferramentas da qualidade são utilizadas também para práticas de

mitigação ambiental, uma destas ferramentas é o FMEA (Failure Mode and

Effect Analysis), uma ferramenta preventiva que evita e minimiza as chances

do produto ou processo falharem, conseqüentemente aumentando sua

confiabilidade; para análise ambiental do processo, o FMEA Ambiental é

utilizado para mitigar o risco ambiental e melhorar o monitoramento dos

aspectos ambientais e gerando assim um processo mais sustentável.

Em 1963, aproximadamente, durante a missão Apollo, a agência norte-

americana NASA (National Aeronautics and Space Administration) desenvolveu

um método para identificar, de forma sistemática, falhas potenciais em

sistemas, processos ou serviços, identificar seus efeitos, suas causas e, a

partir disso, definir ações para reduzir ou eliminar o risco associado a essas

falhas. Esse método foi chamado de Análise de Modos e Efeitos de Falha

(FMEA), (PUENTE et al., 2002, apud NOGUEIRA, et al, 2011).

O FMEA é uma ferramenta eficiente e gera grandes benefícios como

economia de materiais utilizados no processo da organização, substituição de

materiais com alternativas ecologicamente corretas (através produtos

reciclados e com menor impacto ambiental), a utilização de alternativas para

29

diminuição dos recursos naturais, por exemplo, reaproveitamento da água da

chuva e, consequentemente, diminuição significativa do impacto ambiental e

custo com água consumida.

O FMEA “[...] é uma técnica sistematizada a qual identifica e classifica os

modos potenciais de falha de um projeto ou processo de manufatura para

priorizar ações de melhoria” (IQA, 2000, apud NOGUEIRA, et al, 2011).

As principais etapas para execução do método FMEA são: definir o

processo ou produto a ser analisado; definir as funções do processo ou

produto; identificar os possíveis modos de falha; identificar os possíveis efeitos

de cada modo de falha para as pessoas que sofrem impacto do processo ou

produto; estimar a severidade dessas falhas; identificar as causas raízes das

possíveis falhas; estimar a probabilidade de ocorrência da falha; identificar o

meio de detecção do modo de falha; estimar a probabilidade da falha e

detecção antecipada; determinar as prioridades; definir planos de ação para

diminuir o risco (HELMAN; ANDERY, 1995; apud NOGUEIRA, et al, 2011).

Conforme a norma ISO 14001, podemos caracterizar que as atividades

de um processo é uma operação ou conjunto funcional de operações

realizadas dentro de uma função do processo operacional que tenha interação

com o meio ambiente, abrange também as atividades de áreas de apoio como

restaurante, ambulatório, controladoria, gestão de pessoas, entre outras.

Segundo a norma internacional ISO 14001: 2004, aspecto ambiental é

um “[...] elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização

que possam interagir com o meio ambiente”, e o impacto ambiental é “[...]

qualquer mudança no meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, total ou

parcialmente, das atividades, produtos ou serviços de uma organização”.

30

Exemplo de Impactos Ambientais:

1. Comprometimento da disponibilidade de recursos naturais;

2. Possibilidade de explosão

3. Contaminação do solo;

4. Possibilidade de incêndio;

5. Possibilidade de incomodo à vizinhança;

6. Contaminação da atmosfera.

Para análise de risco ambiental através da metodologia FMEA, utiliza-se

um levantamento e avaliação dos aspectos (qualquer tipo de resíduos gerados

de suas atividades) e impactos ambientais da organização, identificando por

processos, todos os aspectos gerados, depois os impactos (reais e potenciais)

associados aos aspectos ambientais, as causas raízes, pontuação da

severidade, da frequência e da detecção e, consequentemente, elaborar um

plano com as ações de mitigação. Este tipo de análise é caracterizado como

FMEA Ambiental.

No desenvolvimento de um FMEA Ambiental, devemos selecionar os

processos e suas respectivas atividades relacionadas da empresa; este

levantamento abrange as interfaces das atividades, quando aplicável, com

fornecedores e clientes. São considerados não somente os processos

produtivos, mas também os de apoio, como por exemplo, manutenção,

ferramentaria, Qualidade, Controladoria, Saúde e Segurança, Gestão de

pessoas, Logística, Engenharia de produto e processo, Tecnologia da

Informação, Comercial, Compras, Almoxarifado, dentre outros.

Após a identificação do maior número possível de impactos ambientais,

reais e potenciais, positivos e negativos, associados a cada aspecto

31

identificado, são classificados os impactos significativos e elaboradas as ações

de mitigação ambiental, com novas alternativas de produtos com menor

impacto, implementadas metodologia de reaproveitamento da água,

tratamento de efluentes, educação e conscientização dos envolvidos, entre

outras alternativas sustentáveis. Este levantamento é um processo contínuo,

realizado por uma equipe multidisciplinar, formado por representantes das

áreas constituindo o comitê de SGA ISO 14001.

No que se refere às categorias de impactos, pode-se concluir que as

medidas de produção mais limpa devem estar direcionadas no sentido de

minimizar, principalmente, a potencialidade do aquecimento global e da

toxicidade humana (apud HANSEN; SEO; KULAY, 2010).

A planilha representada no quadro 5 foi desenvolvida para

caracterização dos Aspectos, Impactos associados e riscos ambientais e

também para atender os requisitos da norma ISO 14001 relacionado com o

aspectos ambientais e a medição e monitoramento do sistema de gestão

ambiental de qualquer organização, a organização deve utilizar uma

metodologia, um exemplo é a planilha de FMEA ambiental apresentada no

quadro 6, caracterizando e registrando os aspectos e impactos, os cálculos de

significância e as ações de mitigação na planilha de Levantamento de Aspectos

e Impactos Ambientais (FMEA Ambiental).

32

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l

S F D SxFxD

Filtros de Significância

Avaliação de Significância

Reincidente

?

Avaliação Ecológica

Requisitos Legais e Outros

Requisitos

Severidade Alta

ImpactosCausa

PotencialProcesso

Sit

uaç

ão o

per

acio

nal

Sit

uaç

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sco

AspectosAções de mitigação

Significativo?

Aprovação: Data da aprovação:

Identificação e Caracterização de Aspectos e Impactos

LAIA - Levantamento e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais - ISO 14.001

Área/ Processo: Equipe: Data elaboração: Revisão: Data da revisão:

Quadro 5: FMEA Ambiental (LAIA)

2.3.2 – Critérios de pontuação para FMEA Ambiental:

Probabilidade/ Freqüência do aspecto Ambiental (F):

A freqüência refere-se à quantidade de vezes que ocorre o aspecto, de

acordo com a quadro a seguir, por exemplo, se o aspecto ocorre uma vez por

mês ou menos, a pontuação é 1; se o aspecto ocorre semanalmente, a

pontuação é 3 e se o mesmo ocorre diariamente e/ou continuamente, a

pontuação é 5, ou seja, alta.

Possibilidade de ocorrência futura é a probabilidade de ocorrer

determinado aspecto, normalmente a probabilidade de ocorrência de

determinado aspecto está associada às atividades em que podem ocorrer

situações emergenciais, ou seja, um incêndio, uma explosão, um

derramamento de óleo no solo.

A seguir é apresentado um quadro referente a pontuação de freqüência

e probabilidade dos aspectos na planilha do FMEA Ambiental

33

Quadro 6 - Critério de Pontuação da Freqüência/ Probabilidade:

Severidade do Impacto Ambiental (S):

A severidade refere-se à ordem de grandeza do impacto ambiental

decorrente de um aspecto quando de sua materialização, a pontuação segue o

critério:

Freqüência / Probabilidade

Peso Grau Situação Normal / Anormal

Situação de Risco

1 Baixa O aspecto ocorre uma vez por mês, ou menos

O risco é pouco provável de ocorrer

3 Média O aspecto ocorre semanalmente

O risco é provável que ocorra

5 Alta O aspecto ocorre diariamente e/ou continuamente

O risco é muito provável ou já ocorreu

34

Peso Grau Definição Exemplos

Resíduo perigoso; Ef luent e líquido cont endo mat erial

perigoso; Emissão at mosférica de gás muit o

agressivo ao meio ambient e; Uso de recurso nat ural Compromet iment o na

disponibil idade/ alt o consumo.

Severidade/ Magnitude

1 Baixa

3 Média

5 Alt a

I mpact o/ dano desprezível. Reversível

em curt o prazo

Resíduo sólido não perigoso – inert e;Ef luent e líquido cont endo mat erial

não perigoso inert e;Emissão at mosférica de gás pouco

agressivo ao meio ambient e;Uso de recurso nat ural :

Compromet iment o da disponibi l idade/ Baixo consumo

I mpact o/ dano considerável.Reversível em médio prazo

Resíduo não perigoso não-inert e; Ef luent e l íquido cont endo mat erial

não perigoso não-inert e; Emissão at mosférica de gás agressivo ao meio ambient e;

Uso de Recurso nat ural: Compromet iment o na disponibi l idade/

consumo considerável.

I mpact o/ dano severo.Reversível em longo prazo

Quadro 7 - Critério de Pontuação para Severidade/ Magnitude:

Detecção (D):

A detecção está relacionada diretamente a solução da ocorrência, por

exemplo, se é uma detecção é pontual, a solução é rápida, pois trata-se de um

problema pontual, ou seja atingiu apenas um determinado local). Quando a

detecção é local, a solução é em médio prazo, ou seja, não é possível resolver

no momento, será necessária uma análise para determinar ações corretivas

para o problema ambiental. E quando a detecção é regional, o problema

ultrapassa os limites da empresa, por isso se caracteriza por não ter controle,

35

pois o problema atinge a vizinhança gerando problemas externos envolvendo

as partes interessadas.

Peso Grau Exemplos

1 Pontual Detecção rápida e solução rápida/o impacto atinge somente o posto de trabalho

3 Local Detecção a médio prazo e solução a médio prazo./ O impacto ocorre dentro dos limites da empresa mas além do posto de trabalho.

5 Regional O impacto atinge áreas fora do limite da empresa/ Sem detecção e/ou sem solução. (Sem controle).

Detecção

Quadro 8 - Critério de Pontuação para Detecção (D) e/ou Abrangência:

Avaliação Ambiental/ Avaliação de Significância:

A avaliação ambiental é a multiplicação da freqüência do aspecto pela

severidade do impacto (conseqüência de um determinado aspecto/impacto) e a

detecção, de acordo com a equação 1:

Equação1:

Legenda:

AA: avaliação ambiental

S: severidade

F: frequência

D: detecção

AA: SxFxD

36

O Risco ambiental é a probabilidade de ocorrência de aspectos de

natureza física, química ou biológica, capaz de causar impactos/ danos ao

meio ambiente e as partes interessadas.

O grau de risco (relevância técnica) é estabelecido segundo o critério

abaixo:

- Significativos: são os aspectos com pontuação da avaliação ambiental

(equação 1) de significância igual e superior a 25 e ou que tenha severidade

alta (pontuação 5), estes casos precisam de monitoramento e ações de

mitigação.

- Impactos não significativos: são aqueles com pontuação da avaliação

ambiental (equação 1) é menor que 25 e que não tem severidade alta, são

considerados desprezíveis para efeito de gerenciamento imediato os aspectos

Os aspectos avaliados como significativos são divulgados nas áreas de

processo e administrativas através da planilha de LAIA (FMEA Ambiental)

contendo os aspectos, os impactos e as respectivas ações de mitigação e

gerenciamento aplicadas a cada um dos aspectos.

Essas ações poderão compreender:

- Controle operacional;

- Monitoramento e medição;

- Preparação e atendimento a emergências ambientais;

- Objetivos e Metas Ambientais.

37

O FMEA Ambiental é um monitoramento contínuo, que deve ser atualizado,

sempre que as condições mudarem, em função de:

� Novo processo operacional;

� Nova tecnologia;

� Nova organização do trabalho;

� Novo layout, etc.

2.5 - Sistema de Gestão Ambiental - ISO 14001:

De acordo com a International Standardization for Organization – (ISO):

A ISO 14001:2004 é uma ferramenta de gestão que permita a organização de qualquer tamanho ou tipo de identificar e controlar o impacto ambiental das suas atividades, produtos ou serviços; melhorar continuamente seu desempenho ambiental, bem como implementar uma abordagem sistemática para a definição de objetivos e metas ambientais, para a realização destes e demonstrando que foram os que atingidos. (NBR ISO 14.001:2004, p.24)

A implantação da ISO 14001 é uma estratégia para manter o

funcionamento adequado de um sistema de gestão, segundo La Rovere

(2001), a transformação dos cuidados com o meio ambiente por parte do setor

produtivo vem se processando em três estágios interligados e sucessivos:

- 1º momento: Cumprimento das exigências legais e normativas

- 2º momento: Integração de uma função gerencial e controle da poluição

- 3º momento: Implementação da gestão ambiental com ênfase na prevenção

dos acidentes e da degradação ambiental.

38

A certificação ambiental ou a aplicação de um selo verde poderia ser vista como um atestado de conformidade ambiental do produto, processo, sistema ou serviço, este documento garantiria o cumprimento e observância a todo um conjunto de exigências, instruções, normas técnicas e legislação vigentes, promulgados por autoridades e órgãos ambientais, comissões ou empresas para o tipo de atividade e região. (LA ROVERE, 2001, p. 5)

Um dos requisitos mais importantes da NBR ISO 14001 é o item que

trata da auditoria interna ambiental, esta é uma ferramenta de gestão ambiental

eficaz e necessária para avaliar o sistema de gestão ambiental das empresas,

pois retrata um diagnóstico completo do SGA1.

Segundo La Rovere (2001, p. 3) a auditoria ambiental “[...] foi adotada na

década de 70 principalmente por empresas americanas pressionadas pelo

crescente rigor da legislação daquele país e pela ocorrência de acidentes

ambientais de grandes proporções”.

Atualmente os projetos de engenharia de produtos evoluíram na

concepção dos produtos com características ecológicas visando à

sustentabilidade.

O Sistema de Gestão Ambiental é utilizado para desenvolver e elaborar

sua política ambiental e gerenciar seus aspectos ambientais em seguida, a

Política ambiental de uma organização são as intenções e princípios gerais de

uma organização em relação ao seu desempenho ambiental. Os aspectos

ambientais são os elementos das atividades, produtos e serviços de uma

organização que pode interagir com o meio ambiente. .(NBR ISO 14.001:2004).

Alguns possíveis aspectos gerados são: matérias-primas, embalagens,

consumo de água e energia, ruídos, resíduos sólidos, efluentes líquidos

contaminados, geração de odor, derramamentos, entre outros.

39

A figura 4 representa as etapas da implantação de um sistema de gestão

ambiental com base nos requisitos da ISO 14001:2004:

Figura 4 - Processo de implantação do SGA com todos os itens necessários.

Fonte: Naime, 2004.

2. 6 - Processo de Implantação do Sistema de gestão ambiental:

Para implantar um sistema de gestão ambiental, a empresa tem que

adotar e implementar várias medidas que são exigidas pela Norma ISO 14.001

e pela legislação ambiental.

No fluxograma mostrado na figura 5 abaixo, são apresentadas todas as

etapas que uma empresa deve seguir para implantar um sistema de Gestão

Ambiental e obter a certificação ISO 14.001.

40

Figura 5: Etapas da Implantação do Sistema de Gestão Ambiental

Fonte: Criação da autora com base na Norma ISO 14.001, 2004.

Para o processo de implantação do SGA numa empresa é necessário,

de acordo com a NBR ISO 14.001:2004, que a alta administração defina a

política ambiental da organização e assegure seu comprometimento com

Definir a Política Ambientalda empresa

Levantamento dos aspectosAmbientais

Cumprir as exigências Legais

Definir os objetivos e metasda Gestão Ambiental

Elaborar um programa deGestão Ambiental

Estrutura Organizacional eresponsabilidade

Conscientização etreinamento de todos

envolvidos no Processo deGestão Ambiental

Estabelecer sistema deComunicação entre os funcionáriospara motivá-los no desenvolvimento

do SGA

Documentação do Sistema deGestão Ambiental

Controle de documentos Controle Operacional

Prevenção das situações deemergências

Monitoramento e avaliação doDesempenho Ambiental

Não conformidade, AçõesCorretivas e Preventivas

Registros

Auditoria do Sistema deGestão Ambiental

Análise Crítica do SGA

41

melhoria contínua, à prevenção da poluição, o atendimento à legislação e as

normas ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização.

A organização deve fornecer estrutura para o estabelecimento e revisão

dos objetivos e metas ambientais, seja apropriada à natureza, escala e

impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços e também deve

ser documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os

empregados e esteja disponível para o público. A figura 6 mostra o modelo de

estrutura de medição:

Figura 6 - Desempenho Ambiental

Fonte: Antonov, et al, 2011

Segundo a norma ISO 14001:2004, a empresa deve estabelecer e

manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais de suas

atividades, serviços ou produtos, que possam por ela ser controlados e

determinar aqueles que tenham e possam ter impactos significativos sobre o

42

meio ambiente. Neste momento deve-se elaborar o Levantamento e avaliação

dos Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) que deve ser constantemente

analisado e atualizado.

De acordo com a norma ISO 14001:2004, a empresa deve estabelecer e

manter procedimento para identificar e ter acesso à legislação e outros

requisitos por ela subscritos, aplicáveis aos aspectos ambientais de suas

atividades, produto ou serviços.

A organização deve estabelecer e manter os objetivos e metas

ambientais documentados em cada nível e função pertinentes da organização.

Os objetivos e metas devem ser compatíveis com a política ambiental,

principalmente o comprometimento com a prevenção da poluição.

De acordo com a norma ISO 14001:2004, a organização deve

estabelecer e manter programas para atingir seus objetivos e metas, incluindo

a atribuição de responsabilidade em cada função e nível pertinente da

organização, os meios e os prazos estipulados. As funções, as

responsabilidades e as autoridades devem ser definidas com o intuito de

facilitar a eficácia de gestão ambiental.

Segundo a NBR ISO 14.004, a organização deve fornecer treinamento a

todos os funcionários cujas tarefas possam criar um impacto significativo sobre

o meio ambiente, os conscientizado sobre a importância da conformidade com

a política ambiental, dos impactos ambientais significativos (reais e potenciais),

da preparação e atendimento às emergências e das consequências de

procedimentos operacionais específicos.

A comunicação deve ser formalizada em procedimento com o objetivo

de manter a integração interna em vários níveis e funções da organização: o

43

recebimento, a documentação e a resposta à comunicação pertinente a parte

externa. A organização deve estabelecer também procedimento para controle

de todos os documentos exigidos pela norma, para assegurar que os mesmos

possam ser localizados, analisados, atualizados e revisados quando

necessários e aprovados.

Segundo o Instituto Ethos de Responsabilidade Social1, a empresa para

tratar dos impactos ambientais resultantes de suas atividades precisa cumprir

rigorosamente os requisitos exigidos pela legislação nacional e também

desenvolver programas internos de melhoramento ambiental. A empresa deve

também produzir estudos de impacto ambiental segundo as exigências da

legislação e focar a sua ação preventiva nos processos que oferecem danos

potenciais à saúde e segurança de seus empregados.

Conforme a norma NBR ISO 14.004, “a organização deve considerar as

diferentes operações e atividades que contribuem para seus impactos

ambientais significativos, ao desenvolver ou modificar controles e

procedimentos operacionais”, como a pesquisa e desenvolvimento, projeto e

engenharia, compras, laboratórios, transporte, marketing e propaganda, entre

outros. Deve-se também identificar o potencial para atender a acidentes e

situações de emergência, bem como prevenir e mitigar os impactos ambientais.

O monitoramento e a medição devem ser estabelecidos em

procedimento e periodicamente realizados para medir e monitorar as

características principais de suas operações e atividades. O monitoramento é o

acompanhamento contínuo do processo, tanto gerencial quanto técnico.

1 Associação de empresas interessadas em desenvolver atividades de forma socialmente responsável,

criada em 1998 com a missão de disseminar práticas socialmente responsáveis. Mais informações acesse

o site www.ethos.org.br.

44

As não conformidades são todos os aspectos, valores e situações que

não se encontram de acordo com as leis, normas, procedimentos e

regulamentos, por isso devem ser tratadas e investigadas, adotando medidas

para diminuir quaisquer impactos, aplicando assim, as ações corretivas e

preventivas.

Os registros são evidências objetivas da implementação do sistema de

gestão. A organização deve estabelecer e manter procedimento para

identificação, manutenção e descarte de registros ambientais, inclusive os

registros de treinamento e os resultados de auditorias e análise críticas.

A organização deve programar auditorias periódicas do sistema de gestão ambiental.

A auditoria é um processo de verificação sistemática e documentada que objetiva obter e avaliar evidências para determinar se o sistema de gestão ambiental da organização está conforme aos critérios de auditoria do sistema, estabelecidos pela organização, e para a comunicação dos resultados desse processo de gestão. (Norma ISO 14.002, ano 2004, p. 4)

De acordo com a norma, a alta administração da organização deve

analisar criticamente o sistema de gestão ambiental, para assegurar sua

conveniência, adequação e eficácia contínua, essa análise crítica deve ser

documentada e sua frequência é estabelecida pela organização, deve incluir

também análise de objetivos, metas, desempenho ambiental, constatações das

auditorias do SGA, avaliação da adequação da política ambiental e da

necessidade de alterações devido às mudanças na legislação, entre outras.

2.7 – Práticas Ambientais e ISO 14001: diferencial competitivo

45

É importante destacar que a norma ISO 14.001 exigem muito além da

conformidade legal e adquirir a certificação ISO 14.001 se resume em provar

que a empresa tem um diferencial de seus concorrentes e também gera a

melhoria efetiva para o meio ambiente

Os produtos ecologicamente orientados como diferenciação competitiva

dependem de variáveis relacionadas com a estrutura do setor, as

competências e o posicionamento da empresa no mercado que atua. Segundo

Orsato (2001), a disposição dos consumidores em pagar por atributos

ecológicos dos produtos é o primeiro pré-requisito para a diferenciação de

produtos e serviços, porém o consumidor precisa perceber que existe um

benefício para sua compra.

A estratégia da liderança baseado no custo ambiental torna-se possível

quando a empresa é capaz de reduzir custos e os impactos ambientais

associados com os produtos ou serviços ao mesmo tempo.

As empresas sempre deram prioridade máxima à gestão dos aspectos

econômico-financeiros de suas operações, não por acaso, a contabilidade e o

balanço financeiro são legalmente requeridos como forma de prestação de

contas a um grupo específico de stakeholders: os acionistas.

Contudo, a partir da década de oitenta, inúmeras transformações

ocorridas no âmbito social, político, econômico e tecnológico obrigaram as

organizações a adotar também estratégias e métodos cujo objetivo é monitorar,

medir, avaliar e prestar contas, a outros grupos de stakeholders, das questões

de cunho ambiental: nasceram assim normas, certificações e balanços

ambientais, e os respectivos sistemas gerenciais necessários à sua

implantação (ANDRADE, 2001).

46

No entanto, não é suficiente apenas ter a norma, é preciso desenvolver

relacionamentos ambientalmente adequados com os stakeholders para que a

preservação ambiental resulte em práticas reais e efetivas.

As empresas sempre preocuparam-se mais com a gestão dos aspectos

econômicos e financeiros, isso porque o que move os interesses dos acionistas

são os lucros. A idéia de responsabilidade ambiental está ligada a

sustentabilidade, na qual percebe-se que os problemas ambientais interferem

nos impactos dos negócios e quando isso afeta o lucro destes acionistas, a

questão é repensada e as empresas começam a implantar ações ambientais.

Os impactos que permeiam estas questões possuem uma abrangência

global, pois as certificações e a responsabilidade ambiental são exigidas tanto

no mercado nacional quanto no mercado internacional. Para tanto, é

necessário repensar essas questões e mensurar o resultado das ações das

empresas e consequentemente, garantindo o chamado Desenvolvimento

Sustentável3.

Segundo Reydon et al (2001), as forças do mercado precisaram da

intervenção efetiva do Estado como regulador e incentivador de tais práticas

para internacionalização da questão ambiental empresarial, ou seja, a

população precisa ter o apoio efetivo do Governo.

Percebe-se, no entanto, que o debate sobre competitividade e meio

ambiente tem sido incorretamente enfocado. A regulamentação ambiental

precisa ser formatada para surtir um efeito maior para as empresas.

2 É o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (GUTBERLET, 2002, p.9).

47

Segundo Freeman (1992), as mudanças que teriam um impacto positivo

são de dois tipos; no sistema tecnológico e no paradigma técnico-econômico.

Freeman (1992) aborda o tema de um ponto de vista macroeconômico

partindo da premissa que a continuidade do sistema produtivo só será

assegurada se forem desenvolvidas formas de produção sustentáveis.

A tecnologia da informação e a comunicação possibilitam a utilização de

sistemas de monitoramento e controle de muitos processos industriais quanto

ao consumo de energia e insumos. Ela oferece também qualidade e a redução

e/ou eliminação de resíduos. Além disso, essas tecnologias melhoram o

aproveitamento dos materiais em torno de 50% no caso dos insumos

metálicos.

Percebe-se que as idéias de Poter & Linde (1999, apud ORSATO, 2001)

e Freeman (1992) questionam a necessidade da intervenção efetiva do Estado

no contexto da legislação ambiental para aplicação nas empresas. O mundo

empresarial está se transformando para essa adaptação, mas há um segmento

empresarial que não participaram deste processo. Muitas empresas adotam um

procedimento específico para lidar com a administração do meio ambiente, que

vão desde como se relacionar com as agências ambientais e movimentos

ambientais até como tornar os funcionários responsáveis por quaisquer de

suas ações que tenham impacto ambiental.

Conclui-se que, no contexto competitivo atual, que as exigências do

mercado e o diferencial empresarial conduzirão as empresas a incorporar a

pauta ambiental como questão de sobrevivência em um mercado cada vez

mais competitivo. Ressalta-se também a importância da intervenção dos

Governos – Estado como regulador do sistema e indutor de inovações, além

48

dos grupos sociais capazes de pressionar o capital privado. Tudo isso

demonstra a complexidade da inovação das políticas e práticas empresariais

de proteção ambiental.

2.8 – Dados estatísticos sobre certificação ISO 14.001:

Através de um levantamento estatístico sobre a certificação ISO 14001

pelo INMETRO, percebemos um histórico significativo referente ao número

de certificados emitidos no mundo, agrupados por continentes segundo

dados da Organização Internacional para Padronização (ISO):

Gráfico 1 - Histórico dos certificados ISO 14001 emitidos no mundo por

continente

Fonte: site INMETRO – www.inmetro.gov.br , dados coletados até 31/12/2006

A partir do quadro 9 a seguir, temos o histórico do número de certificados

emitidos na América do Sul, agrupados por países segundo dados da

49

Organização Internacional para Padronização (ISO); percebe-se que o país

em destaque é o Brasil com 2.447 certificados ISO 14001:

Continente: AMÉRICA DO SUL

Países Total de Certificados

Argentina 862 Bolivia 30 Brasil 2447 Chile 375

Colômbia 296 Equador 50 Guiana 2

Paraguai 4 Peru 83

Suriname 1 Uruguai 45

Venezuela 51 Total 4246

Quadro 9 - Histórico dos certificados ISO 14001 – América do Sul Fonte: site INMETRO – www.inmetro.gov.br , dados coletados até 31/12/2006

No gráfico a seguir apresentamos a certificação ISO 14001 por estado,

percebe-se que os estados com maior percentual são respectivamente os

estados: São Paulo (49,4%), Paraná (13,2%) e Santa Catarina (8,9%).

Gráfico 2 - Certificados ISO 14001 concedidas por Estado da Federação - Brasil

50

49,4%

13,2%

8,9%

4,7%

4,3%

4,3%

3,9%1,9%

1,9%1,6% 1,6%

0,8%

0,8%

0,8%

0,4%

0,4%0,4%

0,4%

0,4%

Certificados ISO 14001 SÃO PAULO

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

BAHIA

MINAS GERAIS

RIO DE JANEIRO

AMAZONAS

PERNAMBUCO

CEARÁ

GOIÁS

ALAGOAS

MATO GROSSO DO SUL

RIO GRANDE DO NORTE

ESPÍRITO SANTO

MARANHÃO

MATO GROSSO

PARÁ

TOCANTINS

Fonte: site INMETRO – www.inmetro.gov.br. Relatório emitido em: 23/03/2012

Para completar a análise estatística apresentamos a seguir uma

tabela com a evolução de 2008 a 2012 (até 23-03-2012) com o

número de unidades de negócios que obtiveram certificação,

agrupadas por estado, emitidas dentro do SBAC para empresas

nacionais e estrangeiras.

51

Quadro 2 – Quantidade de certificados ISO 14001 emitidos de 2008 a 2012

Estados 2008 2009 2010 2011 * 2012 Total

ALAGOAS 0 1 0 1 0 2 AMAZONAS 3 1 2 3 0 9

BAHIA 8 2 6 4 0 20 CEARÁ 0 2 1 2 0 5

ESPÍRITO SANTO 1 0 1 0 0 2 GOIÁS 5 3 2 1 0 11

MARANHÃO 0 0 1 0 0 1 MATO GROSSO 1 1 0 0 0 2

MATO GROSSO DO SUL 0 1 1 0 0 2

MINAS GERAIS 6 7 4 3 0 20 PARÁ 0 1 0 0 0 1

PARANÁ 17 24 12 11 3 67 PERNAMBUCO 1 0 2 1 2 6

PIAUÍ 1 0 0 0 0 1 RIO DE JANEIRO 9 3 1 6 0 19 RIO GRANDE DO

NORTE 1 1 0 1 0 3

RIO GRANDE DO SUL 6 4 1 6 0 17 SANTA CATARINA 19 6 5 10 0 40

SÃO PAULO 81 78 48 39 5 251 TOCANTINS 0 0 1 0 0 1

Quadro 10 – Quantidade de certificados ISO 14001 emitidos de 2008 a 2012 Fonte: site INMETRO – www.inmetro.gov.br. *2008 - até a presente data. Relatório emitido em: 23/03/2012

2.9 - Definições de certificados conforme INMETRO:

As definições abaixo foram elaboradas com base nas regras que

definem o banco de dados de empresas Certificadas ISO, fonte de pesquisa

dos relatórios estatísticos, com o objetivo de auxiliar no entendimento da

composição dos números e dos resultados apresentados.

Certificado válido: Certificado que possui a “data de validade” igual ou

superior à data atual.

52

Certificações concedidas: Conjunto de Unidade de Negócios que obtiveram a

certificação, agrupadas por uma determinada classificação.

Certificado cancelado: Certificado que deixou de ser válido por decisão do

organismo responsável pela certificação por apresentar “não conformidade

grave nas auditorias de acompanhamento”, ou pelo não cumprimento de

cláusula contratual;

Certificado suspenso: Certificado que teve sua validade interrompida pelo

organismo responsável pela certificação para se adequar as exigências da

norma ou pelo não cumprimento de cláusula contratual;

Certificado vencido: Certificado que possui a data de validade inferior a data

atual;

Certificados emitidos: Total dos certificados válidos, vencidos, cancelados e

suspensos.

3. METODOLOGIA

53

Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizamos um estudo de caso

numa empresa do setor automobilístico, a mesma possui aproximadamente

450 funcionários, é certificada ISOTS16949 (certificação da gestão da

qualidade); realizamos também uma revisão bibliográfica sobre o tema

estudado.

Para tal análise das questões ambientais foi realizada uma análise

documental e também se baseando em referencial bibliográfico específico, de

modo a oferecer ferramentas que possibilitem a análise criteriosa do estudo de

caso.

A pesquisa apresenta um estudo de documentos do sistema de gestão

ambiental, verificações in loco da fábrica, entrevistas com a coordenação da

área de Meio Ambiente e elaboração de uma guia para realização da auditoria

interna contemplando todos os requisitos da norma ISO 14001:2004 para

avaliação periódica do SGA da empresa.

A pesquisa inscreve-se na esfera do chamado o estudo de caso, que

possibilita uma coleta de dados de natureza quantitativa e qualitativa, com o

intuito de captar a totalidade do objeto pesquisado.

Segundo Young apud (SALOMON, 1994, p25), o estudo de caso é:

. Um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo social de uma unidade, em suas várias relações internas e nas suas fixações culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma família, um profissional, uma instituição social, uma comunidade ou uma nação.

O estudo de caso teve como unidade de análise uma indústria do setor

automobilístico, através da coleta de dados primários e secundários, utilizando

técnicas como avaliações in loco e auditoria ambiental, além disso, foi realizada

54

análise documental de dados da empresa, através de consulta a arquivos,

relatórios e estatísticas setoriais.

O estudo pode ser considerado de natureza descritiva, por se tratar de

uma pesquisa que “[...] têm como objetivo primordial, a descrição das

características de determinada população ou fenômeno, ou então o

estabelecimento de relações entre as variáveis” (BERTUCCI, 1996, p33) e

intervencionista, adquirindo também características de pesquisa participante

(BRUYNE, et al, 1991), dado que a pesquisadora trabalha como consultora da

organização.

Segundo Thiollent (1997), na pesquisa participante existe também um

conjunto de discussões entre pesquisadores e membros da situação e isso

constitui o ponto de partida de uma tomada de consciência, mas nem sempre

há uma ação planejada.

A análise dos dados teve como objetivo confrontar os resultados das

práticas de gestão ambiental implementadas, os requisitos exigidos pela ISO

14001 para implantação de um sistema de gestão ambiental, realizando um

contraponto com os pilares da sustentabilidade (Ambiental, social e econômico)

3.1 Coleta de dados

A coleta de dados referente ao estudo de caso abrange o período de

Setembro 2011 a maio 2012 e foi uma pesquisa participante, pois a

pesquisadora é consultora da empresa que está em processo de implantação

do sistema de gestão ambiental integrado ao sistema de gestão da Qualidade

(ISOTS 16949) que já funciona na empresa.

A pesquisa apresentou um estudo de documentos do sistema de gestão

ambiental, verificações in loco da fábrica, entrevistas com a coordenação e

55

gerência da área de Meio Ambiente e pesquisa amostral de percepção de

conscientização dos funcionários aleatoriamente.

.

4. RESULTADOS

4.1 Aplicação prática:

A experimentação da pesquisa foi desenvolvida numa empresa do setor

automotivo, que possui aproximadamente 450 funcionários, a mesma

participou de todo o processo de implantação da norma ISO 14001, durante a

implementação foram elaborados documentos, revisados documentos

existentes, realizados treinamentos para equipe de implantação do sistema de

gestão ambiental (SGA), realizada auditoria ambiental, simulado de incêndio,

monitoramento dos indicadores, inspeções ambientais, reuniões de

acompanhamento.

Os documentos elaborados são necessários para gestão do sistema

ambiental da empresa e para fornecer o monitoramento do:

- Controle operacional ambiental;

- Auditoria interna ambiental;

- Indicadores de desempenho ambiental;

- PAE – plano de ação emergencial;

- LAIA – levamentamento dos aspectos e impactos ambientais;

- Inspeções ambientais;

- Monitoramentos da ETE (estação de tratamento de efluentes);

- Análise crítica da alta direção referente ao SGA;

56

- Comunicações internas e externas referente às questões ambientais

(demandas, reclamações, entre outras).

No primeiro momento realizamos um diagnóstico para verificar qual o

cenário atual (antes da implantação do SGA ISO 14001) e verificamos que

como a empresa é certificada em gestão da qualidade (ISOTS16949), alguns

documentos a empresa já possui para atender a gestão da qualidade, desta

forma foram revisados incluindo a parte do SGA, os mesmos são:

- Política ambiental.

- Procedimentos de Analise critica;

- Auditoria interna;

- Comunicação

- Mapeamento do processo;

- Procedimento de Controle de Dispositivos de Medição e Monitoramento;

- Procedimento sobre treinamentos;

- Instrução para procedimento operacional da ETE (estação de tratamento de

efluentes).

A segunda etapa foi o mapeamento do processo de gestão ambiental da

empresa:

Tabela 1 - MAPEAMENTO DO PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL

57

Elaborado por: Aprovado por:

Responsável pelo processo:

Fornecedores

Principais entradas Principais atividades do

processo Principais saídas Clientes

Técnico em Gestão Ambiental (TGA)

- Checklist de Inspeção ambiental - Ficha de Inspeção - Análise de Risco

Análise de riscos ambientais

- Checklist de Inspeções e de Análise de Risco preenchidos

- Ações recomendadas

TGA/ Responsável Depto./ Colaborador/ Diretoria/ RD

Coordenação de SGA Auditores Ambientais Equipe de SGA

- Informações de auditados

- Coleta de dados para indicadores - Informações sobre o LAIA

Monitoramento ambiental; inspeções ambientais;

auditoria interna ISO 14001; indicadores de desempenho ambiental; relatórios de não conformidades; atualização dos documentos do SGA; monitoramento de ETE;

simulado de incêndio e PAE; relatório da auditoria interna

ISO 14001; LAIA (levantamento e avaliação de

aspectos e impactos ambientais); conscientização e treinamentos dos funcionários

- Relatório de inspeções

ambientais; - Auditoria interna ISO 14001; - Indicadores de desempenho

ambiental; - relatórios de não

conformidades; - Documentos atualizados; - monitoramento de ETE;

- Simulado de incêndio e PAE; - Relatório da auditoria interna

ISO 14001 - Elaboração e revisão dos LAIAs (levantamento e avaliação dos aspectos e impactos ambientais)

- Produção - Manutenção - Ferramentaria

- Gestão de pessoas

- Diretoria - Suprimentos - Comercial - Controladoria - Qualidade

- DNP - Almoxarifado - Programação e Entrega

- TI

Área de meio ambiente / Colaborador

Avaliação de Conscientização ambiental e comunicação

Conscientização /

Comunicação - Indicador de Comunicação e Conscientização analisado - Plano de ação

- Diretoria e Respons. Depto. - Resp. pelas ações - Colaborador

Fonte: elaborado pela autora com base na norma ISO 14001

Após o mapeamento do processo foram elaborados os indicadores

ambientais para controle e monitoramento do sistema de gestão ambiental da

empresa:

Tabela 2: Indicadores de desempenho Ambiental

58

Indicadores de Eficácia do Processo: Indicadores de Eficiência do Processo

Documentos de referência para o processo:

− Resíduos Recicláveis − Auditoria Interna ISO 14.001 − Não conformidades Ambientais Internas − Reclamações Ambientais − Consumo de água − Consumo de energia elétrica − Inspeções ambientais; − Resíduos industriais gerados

Indicador de Eficiência da ETE (DBO e DQO)

- Política ambiental

- Objetivos e Metas Ambientais

- Procedimento de comunicação

- PAE – plano de ação emergencial

- Procedimentos de controle operacional

- Instrução para procedimento operacional da

ETE (estação de tratamento de efluentes)

- Procedimento de auditoria interna

- Controle de inspeções ambientais

- Procedimento para levantamentos de

aspectos e impactos ambientais (FMEA

ambiental)

- Fluxograma de comunicações de ocorrências

ambientais

Elaborado por: Aprovado por:

Fonte: elaborado pela autora com base na norma ISO 14001

Os indicadores são ferramentas de gestão para acompanhamento dos

resultados do sistema de gestão ambiental da empresa, ou seja, os gestores

monitoram os resultados através do atendimento ou não dos objetivos e metas

definidos para evolução e manutenção do SGA.

A seguir apresentamos os gráficos de monitoramento classificados como

indicadores de desempenho ambiental:

Gráfico 3 – Indicador de resíduos recicláveis

59

Dados jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Qtde resíduos recicláveis

2500 2600 2650 2700 2900 3100

Meta 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600 2600

Legenda: Fórmula:Somatória da quantidade de resíduos recicláveis

Objetivo: Indicar A quantidade de resíduos recicláveis mensalmente

2500 2600 2650 2700 2900 3100

0500

1.0001.5002.0002.5003.0003.5004.0004.5005.0005.5006.0006.5007.000

Indicador de Resíduos RecicláveisQtde resíduos recicláveis Meta

Melhor

O indicador de resíduos recicláveis foi elaboração para

acompanhamento e monitoramento do índice de resíduos que foram

reciclados, conforme demonstrado no gráfico, percebe-se um aumento do

índice de resíduos reciclados.

Gráfico 4 - Indicador de monitoramento do resultado da auditoria interna ISO 14001 O gráfico sobe auditoria interna demonstra o índice da auditoria interna

ambiental comparando com o atendimento aos requisitos da norma ISO 14001,

ou seja, este indicador demonstra o percentual de atendimento a norma ISO

14001. A partir da utilização deste indicador podemos atuar nas correções e

melhorias ambientais identificadas.

60

Dados

% de Itens Conforme

% de Itens Não conformeOportunidade de MelhoriaMeta

Legenda: Fórmula:

INDICADOR DE MONITORAMENTO DO RESULTADO DA AUDITORIA INTERNA ISO 14.001

1a Auditoria Ambiental 2a Auditoria Ambiental

% de itens conforme/ % Itens Não conforme/ Quantidade de Oportunidades de melhoria

Objetivo: Indicar o percentual de atendimento a norma ISO 14001 e as melhorias identificadas

3a Auditoria Ambiental 4a Auditoria Ambiental

80% 90% 95% 100%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Indicador de Auditoria Interna ISO 14.001

% de Itens Conforme Meta

Melhor

Gráfico 5 – Indicador de consumo de água

O indicador a seguir indica o monitoramento do consumo de água total

em m3 pela divisão do total de funcionários da empresa. A empresa pesquisa

considerou no PGA (programa de gestão ambiental) um sistema de

reaproveitamento da água da chuva, esta ação reduzirá significativamente o

consumo de água em aproximadamente 50%.

61

Dados jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Consumo de água mensal

6,3 6 5,7 5,6 5,6 5,4

Meta 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

Legenda: Fórmula:Consumo de água (m3) mensal/ quantidade de funcionários

Objetivo: Indicar o consumo de água mensalmente por funcionário

6,3 6 5,7 5,6 5,6 5,4

0123456789

10

Indicador de Consumo de ÁguaConsumo de água mensal Meta

Melhor

Gráfico 6 – Indicador de consumo Energia Elétrica

O indicador de consumo de energia elétrica demonstra o índice de

energia elétrica pela quantidade total de peças produzidas.

Dados jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Consumo de energia elétrica mensal por peça produzidaMeta

Legenda: Fórmula: Consumo de energia elétrica mensal/ quantidade de peças produzidas mensal

Objetivo: Indicar o consumo de energia elétrica mensal por peça produzida

INDICADOR DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

0123456789

10

Indicador de Consumo de Energia ElétricaConsumo de energia elétrica mensal por peça produzida Meta

Melhor

62

Gráfico 7 – Indicador de inspeções ambientais

Dados out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

Quantidade de Inspeções realizadas pela quantidade programadaMeta 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Legenda: Fórmula: Quantidade de inspeções realizdas/ total de inspeções programadas x 100

Objetivo: Indicar o percentual de inspeções ambientais realizadas mensalmente

INDICADOR DE INSPEÇÕES AMBIENTAIS

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Indicador de Inspeções AmbientaisQuantidade de Inspeções realizadas pela quantidade programada Meta

Melhor

O gráfico sobre inspeções ambientais é considerado mais um

monitoramento do SGA da empresa, este indicador controle o índice de

inspeções realizadas pelo total programado.

Gráfico 8 – Indicador de resíduos industrial gerado

O gráfico sobre resíduos industriais demonstra o índice total de resíduos

gerados mensamente e a partir de monitoramento a empresa controla se este

índice está aumento ou diminuindo em relação ao índice de resíduos

reciclados.

63

Dados out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

Quantidade de resíduos industriais gerados mensalmenteMeta

Legenda: Fórmula:Quantidade de resíduos industriais gerados mensalmente

Objetivo: Indicar a quantidade de resíduos industriais gerados mensalmente

INDICADOR DE RESÍDUOS INDÚSTRIAIS GERADO

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

100,0

Indicador de Resíduos Industriais geradosQuantidade de resíduos industriais gerados mensalmente Meta

Melhor

Gráfico 9 – Indicador de reclamações ambientais

Dados out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

Resultado

Reclamações respondidasTotal de reclamaçõesMeta

Legenda: Fórmula: Quantidade de reclamações ambientais externas respondidas mensal/ total geral de reclamações mensal x 100

Objetivo: Indicar o % reclamações ambientais externas respondidas

INDICADOR DE RECLAMAÇÕES AMBIENTAIS

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

100,0

Indicador de Reclamações Ambientais (externas)Resultado Meta

Melhor

O indicador de reclamações ambientais (gráfico 9) demonstra a situação

da empresa com relação aos stakeholders (clientes, sociedade, fornecedores,

governo, ONG’s, órgãos governamentais, entre outros). A partir de índice a

64

empresa deverá analisar e tratar todas as reclamações ambientais e reportar

para o reclamante a solução e explicações necessárias tomadas. Este é um

dos indicadores de monitoramento contínuo do sistema de gestão ambiental da

empresa.

Gráfico 10 – Indicador de não conformidades ambientais

Dados out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

Qtde de NC's

Meta

Legenda: Fórmula: quantidade de não conformidades ambientais internas

Objetivo: Indicar a quantidade de não conformidades ambientais internas

INDICADOR DE Não conformidade Ambientais Internas

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

100,0

Indicador de Quantidade de Não conformidadesQtde de NC's Meta

Melhor

Assim como o indicador de reclamações ambientais (gráfico 9), o

indicador de não conformidade demonstra a situação interna da empresa com

relação aos problemas ambientais identificados pelos próprios funcionários,

através de inspeções ambientais, auditorias ambientais e controles

programados pela própria empresa. Com a identificação das não

conformidades, a empresa deve utilizar ferramentas de análise de solução de

problema, para investigar a causa raiz do problema, ou causas raízes, definir

com a equipe as ações corretivas necessárias e fazer a abrangência preventiva

65

também, ou seja, identificar possíveis locais com possibilidade de acontecer a

mesma não conformidade e atuar preventivamente.

Gráfico 11 – Indicador de ETE (estação de tratamento de efluentes)

Dados out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

DBO

DQO

Meta para DBO

Meta para DQO

Legenda: Fórmula: índice de DBO e DQO

Objetivo: Indicar o índice de DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNCIO) e DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO)

INDICADOR DA ETE (ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES)

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

100,0

Indicador da Eficiência da Estação de tratamento de EfluentesDQO DBO Meta para DBO Meta para DQO

Melhor

O indicador 11 tem o objetivo de monitorar a eficiência da ETE, ou seja,

controlar os índices de DBO (demanda química de oxigênio) e DQO (demanda

química de oxigênio) e aumentar a eficiência para melhorar a qualidade da

ETE.

Após esta etapa foram elaborados os novos documentos relacionados

diretamente com o atendimento ao sistema de gestão ambiental:

- PAE – plano de ação emergencial;

- Procedimentos de controle operacional

- Objetivos Ambientais;

- Controle de inspeções ambientais;

66

- Cronograma de auditorias ambientais;

- Indicadores de gestão ambiental;

- Procedimento para levantamentos de aspectos e impactos ambientais (FMEA

ambiental);

- Fluxograma de comunicações de ocorrências ambientais;

- Instrução de controle operacional ambiental

- Programa de gestão ambiental

Neste processo de implantação também formamos um comitê de SGA e

uma equipe de brigadistas de incêndio, os mesmos foram treinamentos e

preparados para tal função.

Durante o levantamento de aspectos e impactos ambientais foram

identificados vários impactos ambientais significativos, a pontuação foi

realizada com base nas tabelas 1, 2 e 3. A Seguir apresentamos o LAIA (FMEA

Ambiental) do processo de produção da empresa pesquisada com os principais

impactos ambientais:

Em 1963, aproximadamente, durante a missão Apollo, a agência norte-

americana NASA (National Aeronautics and Space Administration) desenvolveu

um método para identificar, de forma sistemática, falhas potenciais em

sistemas, processos ou serviços, identificar seus efeitos, suas causas e, a

partir disso, definir ações para reduzir ou eliminar o risco associado a essas

falhas. Esse método foi chamado de Análise de Modos e Efeitos de Falha

(FMEA) (PUENTE et al., 2002, apud NOGUEIRA, PERES e CARVALHO,

2011).

67

Sev

erid

ade/

M

agn

itu

de

Fre

ênci

a /

Pro

bab

ilid

ade

Det

ecçã

o

Ava

liaçã

o

Am

bie

nta

l

S F D SxFxD

Produção x Consumo de papel

Grande volume de emissões de

formulários, relatórios, gráficos, análise crítca,

indicador de desempenho,

comunicado interno e externo, ata de reunião,

x 3 5 3 45 N sim

Produção x

Geração de resíduos sólidos contaminados

(peças contaminadas com óleo, luvas, toalhas,

estopas papelão matérias-primas e

saco plástico contaminados com

Atividade normal e necessária do processo

x 5 5 3 75 S sim

Produção xResíduos

proveniente dos EPI's

consumo envolve uma atividade normal e

necessária do processox 3 5 3 45 N sim

Produção xDerramamento de

óleo

Através do desevolvimentos das

atividades da área5 3 1 15 S sim

Produção xConsumo de

energia elétrica

Aparelhos com alto índice de consumo (ar

condicionado, computadores,

impressoras, etc). Possibilidade de

número acessivo de lâmpadas

x 3 5 3 45 N sim

Produção x Consumo de graxa retrabalho na peça 5 3 3 45 S sim

Produção xConsumo de desmoldante

lubrificação da peça/ melhoria visual

x 5 5 1 25 S sim

Produção x Consumo de óleoMáquina (utilização e

manutenção)x 5 5 3 75 S sim

Desmatamento; contaminação do solo

e da águaPoluição visual

Contaminação da água, contaminação

do solo, risco contaminação

biológica

Avaliação Ecológica

Contaminação da água, contaminação

do solo, risco contaminação

biológica

Severidade Alta

?

Poluição do meio ambiente

contaminação do solo e água e impacto na

Poluição do meio ambiente

contaminação do solo e água e impacto na

saúde humana

Desmatamento; contaminação do solo

e da águaPoluição visual

Ações de mitigaçã

o

Significativo?

Comprometimento da disponibilidade de recursos naturais

Reincidente?

FMEA AMBIENTAL - LAIA - Levantamento e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais - ISO 14.001

Área/ Processo: Produção Equipe: Data elaboração: Revisão: Data da revisão:

Poluição do meio ambiente

contaminação do solo

Aprovação: Data da aprovação:

Identificação e Caracterização de Aspectos e Impactos

Processo

Sit

uaç

ão o

per

acio

nal

Sit

uaç

ão d

e ri

sco

Avaliação de Significância

Aspecto Impacto Causa Potencial

68

Sev

erid

ade/

M

agn

itu

de

Fre

ênci

a /

Pro

bab

ilid

ade

Det

ecçã

o

Ava

liaçã

o

Am

bie

nta

l

S F D SxFxD

Produção x Borras oleosas rotina diária das máquinas x 5 3 1 15 S sim

Produção x Consumo de primer melhor fixação da peça x 5 5 1 25 S sim

Produção xConsumo de

marcador industrialidentificar o turno/ tipo de

peça5 5 1 25 S sim

Produção xConsumo de pilhas

e/ou baterias

Não existência de coletor adequado para as pilha e

baterias5 1 1 5 S sim

Produção xConsumo de

cartuchos de tintas e tonner

Grande volume de emissões de formulários, relatórios, gráficos, análise crítca,

indicador de desempenho, comunicado interno e

externo, ata de reunião, emails, etc.

x 5 3 1 15 N sim

Produção xConsumo de

lâmpadasVida útil da lâmpada 5 1 1 5 S sim

Produção

x

Possibilidade de Explosão

possibilidade de explosão 5 3 3 45 S sim

Produção xPossibilidade de

Incêndiopossibilidade de um curto

circuito5 3 3 45 S sim

Contaminação do solo, ar e da água; impacto na saúde e segurança humana, degradação do meio

ambiente; contaminação da fauna e flora

Poluição do meio ambiente contaminação do solo e água e

impacto na saúde humana

Avaliação Ecológica

Severidade Alta

?

Contaminação do solo, ar e da água; impacto na saúde e segurança humana, degradação do meio

ambiente; contaminação da fauna e flora

Poluição do meio ambiente contaminação do solo e água e

impacto na saúde humana

Poluição do meio ambiente contaminação do solo e água e

impacto na saúde humana

Contaminação do meio ambiente e saúde humana por conterem

mercúrio e expelido contaminando o ecossistema e os seres vivos se

jogada no aterro contaminará o solo e logo o lençol freático que

contaminara o homem

Poluição do meio ambiente contaminação do solo e água e

impacto na saúde humana

Poluição do meio ambiente contaminação do solo e água e

impacto na saúde humana

Ações de mitigaçã

o

Significativo?

Reincidente?

FMEA AMBIENTAL - LAIA - Levantamento e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais - ISO 14.001

Área/ Processo: Produção Equipe: Data elaboração: Revisão: Data da revisão: Aprovação: Data da aprovação:

Identificação e Caracterização de Aspectos e Impactos

Processo

Sit

uaç

ão o

per

acio

nal

Sit

uaç

ão d

e ri

sco

Avaliação de Significância

Aspecto Impacto Causa Potencial

Fonte: elaborado pela autora com base na metodologia FMEA

69

Para Pfitscher (2004, p. 87), “a percepção dos aspectos ambientais, que

possam causar impacto ao meio ambiente, depende da tramitação do produto

dentro da empresa, ou seja, identificar o ciclo de vida do produto e verificar sua

interferência” (Apud SOUSA, M. A. B; SANTOS, F. F. dos; LERÍPIO, A de A;

SELIG , P M; BOMFA, C R Z; 2006)

O Sistema de Gestão da Organização é baseado no modelo de

mapeamento por processos e na abordagem ambiental com base na ISO

14001.

Para o atendimento do requisito da norma ISO 14001 – Atendimento e

preparação as emergências, elaboramos o PAE que significa plano de ação

emergencial, o mesmo estabelece e mantém procedimentos para atender a

acidentes e situações de emergências, bem como, prevenir ou mitigar os

impactos ambientais associados reunindo um conjunto de ações e recursos

internos e externos ao local.

Este documento contém as práticas adotadas para análise e revisões

dos procedimentos, em particular após ocorrência de acidentes ou situações de

emergências, além disso, estão identificadas as áreas de risco, os telefones

úteis, relação de hospitais, materiais e equipamentos disponíveis, cronograma

de treinamento, testes e simulações periódicas da brigada de emergência,

programação de simulado indicando os cenários a serem contemplados, dentre

outras informações consideradas importantes para desenvolvimento do Plano.

O PAE é um procedimento que definem ações imediatas e eficazes

visando ao atendimento a ISO 14001 (requisitos do sistema de gestão

ambiental), à preservação de vidas, minimização de impactos ambientais,

prevenção da poluição, proteção às comunidades vizinhas, minimização de

70

perdas patrimoniais, de instalações e melhorias que possam afetar as

atividades das comunidades e da empresa.

Organograma do PAE:

• Sistema de Prevenção e Combate a incêndio; • Equipamentos de Proteção; • Produtos absorventes; • Sinalização de Emergência; • Inspeções Ambientais Periódicas CHEFE DE BRIGADA

LÍDER DE BRIGADA

GRUPOS DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA

LIDER DA EQUIPE DE COMBATE

LIDER DA EQUIPE DE SOCORRISTA

LIDER DA EQUIPE DE ISOLAMENTO

LIDER DA EQUIPE DE APOIO

Fonte: elaborado pela autora com base na norma ISO 14001

A identificação dos aspectos ambientais e avaliação dos impactos

ambientais (LAIA) possibilitaram o conhecimento da potencialidade de

ocorrência de emergências e suas possíveis conseqüências sobre o meio

ambiente, em caso de incidentes e acidentes ambientais.

COORDENAÇÃO E GERENCIAMENTO DO P.A.E.

71

A empresa mantém o grupo de brigadistas formados por empregados

em todos os horários de funcionamento da empresa. A Brigada de Emergência

é constituída da seguinte maneira:

Chefe da Brigada: Responsável pela sua organização e manutenção;

Líder da Brigada e Equipes: Coordena as ações mitigadoras diante da

ocorrência de acidentes.

Equipe de Combate: Executa as ações mitigadoras diante da ocorrência de

acidentes realizando o combate ao foco do incêndio, evitando a propagação do

fogo até sua total extinção. Quando não for possível, devido às dimensões do

sinistro, controla o incêndio até a chegada do Corpo de Bombeiros.

Equipe de Socorristas: Responsável pelo atendimento de urgências aos

eventuais acidentados e encaminhamento externo, se for o caso. Esta equipe

conta com um técnico de enfermagem no horário central e com técnicos de

segurança do trabalho e cipistas treinados para atendimentos de primeiros

socorros nos demais horários.

Equipe de Isolamento/evacuação: Responsável pela desocupação e

isolamento da área de risco ou de toda a fábrica realizando a retirada de

materiais próximos ao local do sinistro, para facilitar as operações da equipe de

combate e impedir a propagação do fogo se for o caso.

Equipe de Apoio: Auxiliar as outras equipes no que diz respeito ao corte de

energia elétricas e mecânicas, abastecimento de água, estabelecimento de

comunicações com o corpo de Bombeiros e demais serviços de emergência,

bem como liberar as vias de acesso agilizando a recepção das viaturas.

O PAE mantém controle de inspeção envolvendo cada ferramenta de

emergência. As inspeções são realizadas para detectar eventuais falhas no

72

sistema, que quando encontradas poderão ser resolvidas de imediato ou

registrando nos relatórios de não conformidade Ambiental.

A responsabilidade pela execução de inspeção é de um profissional da

área de saúde e Segurança e Meio Ambiente ou um brigadista, que deve

registrar os resultados obtidos no impresso em anexo “Controle de Inspeções”.

Após a realização de cada simulado deve ser elaborada uma avaliação

que deve ser intitulada por: Avaliação Geral de Simulado.

A avaliação deve conter no mínimo:

-Local onde foi realizado o simulado (nome da área);

-Horário;

-Data da realização;

-Descrição detalhada da situação proposta para realização do simulado;

-Informações complementares, se necessário e a critério do profissional

responsável;

-Medidas preventivas/ corretivas adotadas;

-Informação se foi ou não emitido Relatório de Não – Conformidade e o

número do mesmo;

-Informação se foi ou não necessário revisão em procedimento;

Recomenda-se elaborar uma programação para os exercícios simulados a

serem realizados, contemplando todos os possíveis cenários e riscos.

(Incêndio, vazamento e explosão) associados a cada área de risco. Isto feito

possibilitará um direcionamento de visão para que sejam realizados testes e

simulações para todas as situações imaginadas.

73

Fluxograma de Comunicação de Ocorrências Ambientais

Início

IDENTIFICAR a emergência / ocorrência

Observador Interno ou Externo

COMUNICAR a emergência/ ocorrência a Coordenadora de SSMA através do

ramal de emergência

Observador Interno ou Externo

IDENTIFICAR E AVALIAR a emergência / ocorrência

Coordenadora de SSMA

COMUNICAR COM RAMAL DE

EMERGÊNCIA

Documentos Referenciados:

COMUNICAR ao Gerente da áreae a equipe de Meio Ambiente

Consultar o Plano de Atendimento à Emergência (PAE)

Coordenadora de SSMA

Realizar os procedimentos conforme

PAE (plano de ação emergencial)

Coordenadora de SSMA e demais envolvidos na ocorrência

- Elaborar relatório de acidente- Encaminhar relatório para os envolvidos analisarem e tomar

devidas ações

Coordenadora de SSMA e gerente da

Não conformidade foi registrada?

SimNão

Elaborar relatório de não conformidade e

registrá-lo

Coordenadora de SSMA e sua equipe

Informar às partes interessadas da

Coordenadora de SSMA

Acompanhar o andamento das ações e eficácia das

mesmas

Coordenadora de SSMA e Gestor da Área

FIM

Fonte: elaborado pela autora com base na norma ISO 14001

4.2– Programa de Gestão Ambiental (PGA):

O programa de gestão ambiental é um documento muito

importante, pois o mesmo considera todos os aspectos ambientais

significativos conforme classificação do LAIA (levantamento e avaliação

de aspectos e impactos ambientais) . A norma ISO 14001 tem como

74

requisito obrigatório que a empresa faça o monitoramento e mitigação

dos aspectos ambientais significativo.

O PGA é um documento “vivo”, o mesmo deve ser atualizado

sempre que necessário e o acompanhamento deve ser contínuo; todos

os gerentes e o comitê do SGA devem estar envolvidos diretamente

com as ações do PGA.

A seguir apresentaremos um modelo prático de PGA para

implantação de um sistema de gestão ambiental confirme norma

internacional ISO 14001.

75

P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R

2

Gerente de Manutenção/ Gerente da Ferramentaria

4Gerente de Eng.ª de Produção

5

Geração de água e óleo

Implantar sistema de separação de água e

óleo

Prevenção da

Poluição e

Melhoria Contínua

Eliminar contaminação com

óleo, graxa e produtos químicos da rede

pluvial/ Melhorar o fluxo de disposição de

Mitigar geração de

papel

aplicação do sotware para mitigar a

impressão de papel - informatizar as solicitações de

compras, solicitação de notas fiscais

(revisão, acompanhamento e

aprovação eletrônica) e outras possibilidade

Reduzir a geração de resíduos/ Diminuir em aprox. 20% impactos ambientais atavés do

consumo de papel

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Implantar sistema de controle permanente (frequência diário) para elimiar

Vazamento do gás acetileno e oxigênio

Prevenção da Poluição e

Efetuar medições para controle e monitoramento de possíveis vazamentos

Item

Elaborado por: Data: Aprovado ao Comitê de Gestão Ambiental

RecursoResponsável

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 2012

Out Nov Dez

Cronograma Físico (Meta)

Jun Jul Ago SetAbr

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Gerente de Manutenção/ Gerente da Ferramentaria

Gerente de Eng.ª de Produção

Eliminar e conter vazamento de óleo de máquinas e equipamentos/ Atender as condicionantes da licença Ambiental

Disponibilizar bacias de contenção de óleo para toda a fábrica (projeto de adequação de lay-out)

Aspecto Ambiental

Política Programa

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Jan Fev

1Vazamento e derramamento de óleo

3Geração de ruído

Atender as condicionantes da licença Ambiental (LO)/ Efetuar medições para controle e monitoramento de ruído

Medir e controlar a geração de ruído através da Avaliação Ambiental de ruÍdos.

Mar

Objetivos/ MetaMai

Elaborado por: Data: Aprovado ao Comitê de Gestão Ambiental

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 2012Cronograma Físico (Meta)

76

6Gerente de RH/ Responsável pelo

7Gerente de RH/ Responsável pelo

8Gerente de RH/ Responsável pelo

9Gerente de RH/ Meio Ambiente

10Gerente de RH/ Meio Ambiente

11Gerente de RH/ Meio Ambiente

12Gerente de RH/ Meio Ambiente

13Gerente de RH/ Meio Ambiente

Consumo de óleo de cozinha

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Desenvolver fornecedor para

coletar o óleo, de preferência os que o

Reduzir a geração de resíduos / Mitigar impactos ao meio

ambiente

Consumo de água

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Reduzir consumo de água em aproximadamente 50%

Implantar sistema de reutilização da água da chuva

Conscientizar e treinar os colaboradores sobre a importância da

Elaborar campanhas de conscientização de consumo racional de alimentos

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Consumo de produtos quiímicos

Eliminar contaminação com

óleo, graxa e produtos químicos da rede

Substituição dos produtos químicos de limpeza por produto

biodegradável Consumo de

gás

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Eliminar e conter vazamento de óleo de

máquinas e equipamentos/

Realizar manutenção preventiva do sistema de gás do refeitorio.

Realizar o teste

Aumentar a reciclagem externa de EPI's

Geração de efluente contaminado

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Melhorar eficiência do sistema de tratamento de efluentes (ETE)

Acompanhamento e monitoramento através da instrução da ETE e

Reduzir a geração de resíduos/ Reduzir em 50% a taxa de destinação de resíduos de EPI's contaminados

Incêndio/ explosão

Atendimento a Requisitos legais e Prevenção da Poluição

Geração de resíduos sólidos (EPI's e uniformes)

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Geração de resíduos sólidos

Prevenção da Poluição e Melhoria Contínua

Atender as condicionantes da licença Ambiental (LO)/ Adequar o Projeto de Combate a Incêndio e Pânico.

Elaboração do PAE (plano de ação emergencial)/ Capacitar equipe de brigadistas/ Contratar empresa especializada em projetos e execução e aprovação junto ao Corpo de Bombeiros e AVCB

77

4.3 – Planejamento e Realização da Auditoria Interna Ambiental ISO

14001:

A norma ISO 14001 também possui um requisito mandatório

referente às auditorias internas ambientais, neste item da norma a

empresa precisa ter um planejamento de auditoria, com período da

auditoria, processos que serão auditados e equipe auditora. Abaixo

apresentamos um modelo de cronograma de auditorias

ambientais:

CRONOGRAMA AUDITORIA INTERNA AMBIENTAL

PERÍODO: 14-05-2012 a 16-05-2012

REFERÊNCIAS: norma ISO 14.001

MA

NH

Ã

1º DIA - 14/05/2012 2º DIA - 15/05/2012 3º DIA - 16-05-2012

Horário Processo Auditor Horário Processo Auditor Horário Processo Auditor

09:00 às 09:30

REUNIÃO DE ABERTURA

Auditores. Alta direção, Gerência

09:00 às 10:00

Recursos Humanosequipe de auditores

ambientais

9:00 as 12:00

Fechamento do check-list, relatório

de auditoria ambiental e

apresentação dos resultados

equipe de auditores

ambientais

9:30 as 11:00Saúde, Segurança e

Meio Ambiente

equipe de auditores

ambientais

10:00 as 11:30

Manutençãoequipe de auditores

ambientais

11:00 as 12:00 e 13:00

as 13:30Áreas externas

equipe de auditores

ambientais

11:30 as 12:00

Logísticaequipe de auditores

ambientais

TA

RD

E

13:30 as 15:30

Produçãoequipe de auditores

ambientais

13:00 as 14:30

Almoxarifadoequipe de auditores

ambientais

14:00 as 15:00

Reunião de fechamento

Auditores. Alta direção,

Gerência

14:30 as 15:00

Comercialequipe de auditores

ambientais

15:30 as 16:30

Restauranteequipe de auditores

ambientais

15:00 as 15:30

Controladoriaequipe de auditores

ambientais

16:30 as 17:00

Suprimentosequipe de auditores

ambientais

15:30 as 16:30

Qualidadeequipe de auditores

ambientais

17:00 as 17:30

Tecnologia da Informação

equipe de auditores

ambientais

16:30 as 17:30

Engenhariaequipe de auditores

ambientais

78

Qualquer organização que deseja se certificar precisa preparar

uma equipe de auditores para realizar as auditorias internas ou pode

contratar um auditor externo.

A auditoria contempla uma avaliação sistemática de todos os

requisitos da norma ISO 14001, ou seja, é uma avaliação detalhada

envolvendo a comparação da prática aplicada pela empresa e o

cumprimento dos requisitos da norma.

Guia para auditoria ISO 14001:

Desenvolvemos uma lista de verificação, ou seja, um guia para

realização de auditorias ambientais com base na norma internacional

ISO 14001.

Esta guia de auditoria referente à verificação sistemática de todos

os requisitos da ISO 14001 para as organizações avaliarem seu sistema

de gestão ambiental periodicamente. Através desta guia de auditoria, os

auditores analisaram as práticas ambientais da empresa com base no

atendimento dos requisitos da norma ISO 14001 e a partir desta análise

poderão evidenciar não conformidades, conformidades, observações, e

sugestões de oportunidade de melhorias.

79

EQUIPE AUDITORA DATA 4.2 - POLÍTICA AMBIENTAL

a) Existe a Política Ambiental na empresa? b) Ela está documentada? Como? c) Como ela é disponibilizada ao público? d) Quais os principais itens da Política Ambiental?

Procurar: - Manual do SGA - Crachás - Quadros - Banner’s - Entrevistas diretas com

funcionários da empresa e terceirizados escolhidos aleatoriamente

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

Central

Data:

Evidências:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.3.1 - ASPECTOS AMBIENTAIS

a) Existe procedimento para identificar e avaliar aspectos ambientais? b) Verificar o nível de significância dos impactos identificados se são coerentes com o procedimento. c) Qual a periodicidade de atualização do LAIA, estão coerentes com o procedimento? d) Verificar se para cada aspecto identificado existe uma legislação aplicável.

Procurar: - LAIA - Entrevistas diretas com

funcionários da empresa e terceirizados (Áreas: Fabril/Apoio/Adm.) escolhidos aleatoriamente

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.3.2 - REQUISITOS LEGAIS E OUTROS

REQUISITOS

a) Qual o processo que a empresa utiliza para ter acesso às legislações aplicáveis a ela? b) Qual o processo e a periodicidade de verificação de atualizações dos requisitos legais? c) Existem outros requisitos considerados pela empresa? Quais são eles?

80

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.3.3 - OBJETIVOS E METAS

a) A empresa mantém e estabelece objetivos e metas ambientais documentados? b) Para elaboração dos objetivos e metas foram considerados requisitos legais e outros requisitos, aspectos ambientais, opções tecnológicas, requisitos financeiros, operacionais, comerciais e partes interessadas? c) Os objetivos e metas estabelecidos estão compatíveis com a Política Ambiental? d) Os objetivos e metas estão inclusos no comprometimento com a prevenção à poluição?

Procurar:

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.3.4 - PROGRAMA DE GESTÃO

AMBIENTAL

a) Existe Programa de Gestão Ambiental documentado para atingir objetivos e metas? b) Existem determinação de responsabilidade, meios e prazos para execução do programa? c) Para projetos relativos a novos empreendimentos, produtos e processos, existe área responsável?

Procurar: Entrevistas aleatórias com Gerentes de Departamentos e Coordenador SGA

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

2º 3º Central

81

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.1 - ESTRUTURA E RESPONSABILIDADE

a) Como evidenciar a nomeação do RA (Representante da Administração)? b) As responsabilidades e os responsáveis estão definidos para cada elemento da norma? c) Qual o meio usado para coleta de informações para análise critica? E quais os pontos consideráveis?

Procurar: - Manual SGA (Coordenador SGA)

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.2 - TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO E

COMPETÊNCIA

a) A empresa identificou as necessidades de treinamento de impacto na Gestão Ambiental? b) O pessoal que executa atividades que podem impactar o Meio Ambiente está treinado nos procedimentos correspondentes as suas funções? c) Verificar os registros de treinamento de brigadistas?

Procurar: - Registros de Treinamento sobre: • Política Ambiental (Integrada) • Aspectos e Impactos Ambientais • Coleta Seletiva • PAE – Plano de Ação Emergencial

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

82

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.3 – COMUNICAÇÃO

A empresa mantém procedimento para: a) Comunicação interna entre os vários níveis da organização? b) Recebimento, documentação e resposta a comunicações pertinentes das partes interessadas externas? c) A empresa considera os processos de comunicação externa sobre seus aspectos ambientais significativos? É registrada sua decisão?

Procurar: Cartilha Ambiental Comunicações Internas e Externas

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.4 – DOCUMENTAÇÃO

a) Como a empresa descreve os principais elementos do Sistema de Gestão e a interação entre eles? b) A documentação do SGA foi estabelecida em que níveis?

- Procurar: - Manual SGA

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.5 - CONTROLE DE DOCUMENTOS

a) Existe procedimento documentado para controle de documentos do SGA? b) Existe lista mestra de documentos para o SGA?

83

Turno

Auditor (s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.6 - CONTROLE OPERACIONAL

a) Existe procedimento para controle operacional de aspectos significativos? b) Os prestadores de serviços de meio ambiente são qualificados? Como? c) A manutenção preventiva inclui equipamentos críticos para o meio ambiente?

Turno

Auditado(s) Registros-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.4.7 - PREPARAÇÃO E ATENDIMENTO DE

EMERGÊNCIA

a) Os brigadistas estão qualificados? b) Existe plano de simulado na empresa? c) Houve simulado?

Procurar: - Registro de Treinamento para Brigadistas - Verificar registro do Simulado de incêndio

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA

DATA

4.5.1 - MONITORAMENTO E MEDIÇÃO a) Quais aspectos significativos são monitorados? b) Os equipamentos de monitoramento dos aspectos levantados são calibrados? Como?

84

c) Os equipamentos de medição usados por terceiros são calibrados? Como? d) Existe procedimento para a avaliação periódica de atendimento à legislação?

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA

DATA

4.5.2 - NÃO CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS

a) A empresa estabelece e mantém procedimentos para definir responsabilidade e autoridade para tratar e investigar as não-conformidades? b) Adota medidas para mitigar quaisquer impactos, e para iniciar e concluir ações corretivas e preventivas? c) Qualquer ação corretiva ou preventiva adotada para eliminar as causas de não-conformidades, reais ou potenciais, é adequada à magnitude dos problemas e proporcional ao impacto ambiental verificado? d) A empresa implementa e registra quaisquer mudanças nos procedimentos documentados, resultados de ações corretivas e preventivas?

Procurar: Relatório de análise de não conformidade de gestão ambiental.

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.5.3 – CONTROLE DE REGISTROS

a) A empresa possui procedimento para Procurar: - Registros de Treinamentos

85

identificação, manutenção e descarte de registros ambientais? b) Consta no procedimento o período de retenção dos registros? c) Existe registro de treinamentos ambientais? d) Existe registro de auditorias e análise crítica?

Ambientais. - Registros de Auditorias e

Análise Crítica

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.5.4 - AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO

AMBIENTAL

a) Os auditores ambientais são qualificados? Como? b) Existe programa de auditoria interna do SGA? c) A auditoria interna é documentada?

- Procurar - Registros de Cursos de

Formação de Auditores Internos Ambientais.

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

ELEMENTO EQUIPE AUDITORA DATA 4.6 - ANÁLISE CRÍTICA DA ALTA

ADMINISTRAÇÃO

a) Qual periodicidade de realização da análise crítica do SGA? b) Quais os itens abordados na reunião de análise? c) A Análise Crítica é documentada? Como?

Procurar: COORDENADOR SGA

Turno

Auditado(s) Registro-

Nome

1º 2º 3º Central

Data:

86

RESUMO DE NÃO CONFORMIDADE E OBSERVAÇÕES:

87

5.0 - Conclusões

Percebe-se que a norma internacional ISO 14001 é uma das formas de

alavancar as práticas de gestão ambiental nas empresas e que as ferramentas

de gestão são fundamentais para a melhoria contínua do meio ambiente; a

aplicação do FMEA Ambiental é um exemplo claro e prático para de

monitoramento ambiental das atividades das empresas.

Conclui-se que, no contexto competitivo atual, que as exigências do

mercado e o diferencial empresarial conduzirão as empresas a incorporar a

pauta ambiental como questão de sobrevivência em um mercado cada vez

mais competitivo, ou seja, a certificação ambiental será uma exigência do

mercado.

Ressalta-se também a importância da intervenção dos Governos –

Estado como regulador do sistema e indutor de inovações, além dos grupos

sociais capazes de pressionar o capital privado. Tudo isso demonstra a

complexidade da inovação das políticas e práticas empresariais de proteção

ambiental, um exemplo disso são os congresso internacionais como aconteceu

na ECO 92 e Rio+20.

Os pilares da sustentabilidade (social, Ambiental e econômico) são

constantemente destacados em congressos, seminários empresarias, cursos,

debates; e isso demonstra uma constante evolução do cenário da gestão

ambiental no Brasil e no mundo.

O estudo de caso desenvolvido possibilitou a elaboração de vários

modelos de gestão e utilização de metodologias para implantar os requisitos da

88

norma ISO 14.001 na empresa; como resultado, a empresa atualmente tem um

domínio dos seus aspectos e impactos ambientais, monitorando-os através do

FMEA e também aplicando inspeções ambientais e auditorias ambientais

periódicas. Além disso, os indicadores ambientais demonstram o atendimento

ou não dos objetivos ambientais definidos pela empresa com base na política

ambiental elaborada.

Com a implantação do SGA, a empresa acompanha todas as melhorias

do sistema de gestão ambiental através do programa de gestão ambiental e a

partir da análise e monitoramento, as ações corretivas e preventivas são

planejadas visando uma evolução do SGA da organização.

Como benefícios gerados com a implantação da norma ISO 14001

podemos citar as melhorias do ambiente de trabalho (mais organizado, seguro

e mais limpo), diminuição dos impactos ambientais gerados através das ações

do PGA, dos LAIAs e das oportunidades de melhorias identificadas em

auditoria e inspeções ambientais e também a conscientização dos funcionários

com práticas sustentáveis e educativas.

89

6. Referências Bibliográficas

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