gestão ambiental e responsabilidade social unidade ii

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Gestão ambiental e responsabilidade social

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Gestão ambiental Recursos Naturais

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Page 1: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

Gestatildeo ambiental e responsabilidade social

Recursos naturais IIMaterial Teoacuterico

Responsaacutevel pelo ConteuacutedoProfa Ms Carla Caprara Parizi

Revisatildeo TextualProfa Dra Patriacutecia Leite

5

bullIntroduccedilatildeo

bullAvaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

middot Nesta unidade da disciplina de Gestatildeo Ambiental e Responsabilidade Social abordaremos o tema ldquoRecursos Naturais IIrdquo

middot Leia a ldquoOrientaccedilatildeo de Estudosrdquo para melhor compreender a rotina de estudos os trabalhos praacuteticos e as avaliaccedilotildees a serem realizadas ao longo do semestre

Recursos naturais II

Atenccedilatildeo

Para um bom aproveitamento do curso leia o material teoacuterico atentamente antes de realizar

as atividades Eacute importante tambeacutem respeitar os prazos estabelecidos no cronograma

bullMedidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

bullConclusatildeo

6

Unidade Recursos naturais II

Contextualizaccedilatildeo

Nesta segunda unidade abordaremos o tema Recursos Naturais I

O material foi organizado em

1 - Aviso ndash Eacute o primeiro contato com o aluno

2 - Mapa Mental Representaccedilatildeo Visual da Organizaccedilatildeo da disciplina contemplando os conteuacutedos e suas relaccedilotildees

3 - Contextualizaccedilatildeo e Problematizaccedilatildeo - Texto Introdutoacuterio lembrando a importacircncia dos conteuacutedos abordados

4 - Material teoacuterico contemplando Recursos Naturais I

5 - Apresentaccedilatildeo narrada no formato ldquoadobe presenterrdquo que sintetiza o conteuacutedo teoacuterico

6 - Atividade de Sistematizaccedilatildeo Atividade avaliativa do tipo teste de muacuteltipla escolha baseada nos conteuacutedos estudados no ldquoMaterial teoacutericordquo no livro sugerido e leituras complementares com autocorreccedilatildeo pelo Blackboard

7 - Atividade de Aprofundamento Atividade Avaliativa ndash

Unidades I III ndash Atividade de Aprofundamento Foacuterum de discussatildeo

Unidades II IV e V Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo

8 - Material complementar sobre o tema

9 - Referecircncias bibliograacuteficas

Como meacutetodo de estudo vocecirc deveraacute realizar as atividades de leitura na sequecircncia as atividades de fixaccedilatildeo dos conteuacutedos (Atividade de Sistematizaccedilatildeo) e as atividades de interaccedilatildeo (Foacuterum Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo)

Utilize os foacuteruns de discussatildeo e a lista de e-mails para sanar as duacutevidas

A Terra jaacute tem estocado todos os recursos para a manutenccedilatildeo e o desenvolvimento de seus habitantes (salvo alguns recursos que se renovam) e em alguns casos eles podem natildeo ser suficientes ou inadequados para uso

Elementos tais como o crescimento acelerado da populaccedilatildeo o grau de poluiccedilatildeo gerado os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados nos levam a crer que este estoque acabaraacute

Portanto algumas accedilotildees satildeo inevitaacuteveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver esse problema eacute preciso conhecer os recursos naturais seus problemas e suas limitaccedilotildees para melhor gerenciaacute-los

7

1 Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

Introduccedilatildeo

Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental Diagnoacutestico Ambiental Recuperaccedilatildeo Ambiental Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo bem como Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

Eacute um instrumento de poliacutetica ambiental em que se faz um exame sistemaacutetico dos impactos ambientais de uma accedilatildeo proposta (projeto programa plano ou poliacutetica) e de suas alternativas formado por um conjunto de procedimentos cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e principalmente aos responsaacuteveis pela tomada de decisatildeo O conjunto de procedimentos deve garantir adoccedilatildeo de medidas de proteccedilatildeo ao meio ambiente em situaccedilatildeo especiacutefica como o caso de implantaccedilatildeo de um projeto (MOREIRA 1992 APUD SAacuteNCHEZ 2008)

Grosso modo podemos dizer que avaliaccedilatildeo de impacto ambiental eacute a visatildeo antecipada de possiacuteveis consequecircncias de accedilotildees presentes ou propostas

Segundo Saacutenchez (2008) apesar da AIA ter um caraacuteter preacutevio de avaliaccedilatildeo para tomada de decisatildeo pode-se encontrar referecircncias de avaliaccedilotildees de impactos de accedilotildees ou eventos passados neste caso a preocupaccedilatildeo passa a ser com os danos jaacute causados

11 Diagnoacutestico Ambiental

Na avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental quer seja para futuras accedilotildees quer seja de accedilotildees passadas eacute necessaacuterio conhecer a situaccedilatildeo atual do ambiente

Segundo Saacutenchez (2008) denomina-se Diagnoacutestico Ambiental ldquoa descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais existentes em determinada aacuterea no momento presenterdquo

O grau de profundidade e abrangecircncia do diagnoacutestico ambiental depende dos objetivos do estudo

12 Recuperaccedilatildeo Ambiental

Um ambiente mesmo afetado por accedilotildees humanas pode ser recuperado desde que sejam propostas e aplicadas accedilotildees voltadas com esse objetivo Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado

8

Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 2: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

Recursos naturais IIMaterial Teoacuterico

Responsaacutevel pelo ConteuacutedoProfa Ms Carla Caprara Parizi

Revisatildeo TextualProfa Dra Patriacutecia Leite

5

bullIntroduccedilatildeo

bullAvaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

middot Nesta unidade da disciplina de Gestatildeo Ambiental e Responsabilidade Social abordaremos o tema ldquoRecursos Naturais IIrdquo

middot Leia a ldquoOrientaccedilatildeo de Estudosrdquo para melhor compreender a rotina de estudos os trabalhos praacuteticos e as avaliaccedilotildees a serem realizadas ao longo do semestre

Recursos naturais II

Atenccedilatildeo

Para um bom aproveitamento do curso leia o material teoacuterico atentamente antes de realizar

as atividades Eacute importante tambeacutem respeitar os prazos estabelecidos no cronograma

bullMedidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

bullConclusatildeo

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Unidade Recursos naturais II

Contextualizaccedilatildeo

Nesta segunda unidade abordaremos o tema Recursos Naturais I

O material foi organizado em

1 - Aviso ndash Eacute o primeiro contato com o aluno

2 - Mapa Mental Representaccedilatildeo Visual da Organizaccedilatildeo da disciplina contemplando os conteuacutedos e suas relaccedilotildees

3 - Contextualizaccedilatildeo e Problematizaccedilatildeo - Texto Introdutoacuterio lembrando a importacircncia dos conteuacutedos abordados

4 - Material teoacuterico contemplando Recursos Naturais I

5 - Apresentaccedilatildeo narrada no formato ldquoadobe presenterrdquo que sintetiza o conteuacutedo teoacuterico

6 - Atividade de Sistematizaccedilatildeo Atividade avaliativa do tipo teste de muacuteltipla escolha baseada nos conteuacutedos estudados no ldquoMaterial teoacutericordquo no livro sugerido e leituras complementares com autocorreccedilatildeo pelo Blackboard

7 - Atividade de Aprofundamento Atividade Avaliativa ndash

Unidades I III ndash Atividade de Aprofundamento Foacuterum de discussatildeo

Unidades II IV e V Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo

8 - Material complementar sobre o tema

9 - Referecircncias bibliograacuteficas

Como meacutetodo de estudo vocecirc deveraacute realizar as atividades de leitura na sequecircncia as atividades de fixaccedilatildeo dos conteuacutedos (Atividade de Sistematizaccedilatildeo) e as atividades de interaccedilatildeo (Foacuterum Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo)

Utilize os foacuteruns de discussatildeo e a lista de e-mails para sanar as duacutevidas

A Terra jaacute tem estocado todos os recursos para a manutenccedilatildeo e o desenvolvimento de seus habitantes (salvo alguns recursos que se renovam) e em alguns casos eles podem natildeo ser suficientes ou inadequados para uso

Elementos tais como o crescimento acelerado da populaccedilatildeo o grau de poluiccedilatildeo gerado os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados nos levam a crer que este estoque acabaraacute

Portanto algumas accedilotildees satildeo inevitaacuteveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver esse problema eacute preciso conhecer os recursos naturais seus problemas e suas limitaccedilotildees para melhor gerenciaacute-los

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1 Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

Introduccedilatildeo

Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental Diagnoacutestico Ambiental Recuperaccedilatildeo Ambiental Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo bem como Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

Eacute um instrumento de poliacutetica ambiental em que se faz um exame sistemaacutetico dos impactos ambientais de uma accedilatildeo proposta (projeto programa plano ou poliacutetica) e de suas alternativas formado por um conjunto de procedimentos cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e principalmente aos responsaacuteveis pela tomada de decisatildeo O conjunto de procedimentos deve garantir adoccedilatildeo de medidas de proteccedilatildeo ao meio ambiente em situaccedilatildeo especiacutefica como o caso de implantaccedilatildeo de um projeto (MOREIRA 1992 APUD SAacuteNCHEZ 2008)

Grosso modo podemos dizer que avaliaccedilatildeo de impacto ambiental eacute a visatildeo antecipada de possiacuteveis consequecircncias de accedilotildees presentes ou propostas

Segundo Saacutenchez (2008) apesar da AIA ter um caraacuteter preacutevio de avaliaccedilatildeo para tomada de decisatildeo pode-se encontrar referecircncias de avaliaccedilotildees de impactos de accedilotildees ou eventos passados neste caso a preocupaccedilatildeo passa a ser com os danos jaacute causados

11 Diagnoacutestico Ambiental

Na avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental quer seja para futuras accedilotildees quer seja de accedilotildees passadas eacute necessaacuterio conhecer a situaccedilatildeo atual do ambiente

Segundo Saacutenchez (2008) denomina-se Diagnoacutestico Ambiental ldquoa descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais existentes em determinada aacuterea no momento presenterdquo

O grau de profundidade e abrangecircncia do diagnoacutestico ambiental depende dos objetivos do estudo

12 Recuperaccedilatildeo Ambiental

Um ambiente mesmo afetado por accedilotildees humanas pode ser recuperado desde que sejam propostas e aplicadas accedilotildees voltadas com esse objetivo Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado

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Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 3: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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bullIntroduccedilatildeo

bullAvaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

middot Nesta unidade da disciplina de Gestatildeo Ambiental e Responsabilidade Social abordaremos o tema ldquoRecursos Naturais IIrdquo

middot Leia a ldquoOrientaccedilatildeo de Estudosrdquo para melhor compreender a rotina de estudos os trabalhos praacuteticos e as avaliaccedilotildees a serem realizadas ao longo do semestre

Recursos naturais II

Atenccedilatildeo

Para um bom aproveitamento do curso leia o material teoacuterico atentamente antes de realizar

as atividades Eacute importante tambeacutem respeitar os prazos estabelecidos no cronograma

bullMedidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

bullConclusatildeo

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Unidade Recursos naturais II

Contextualizaccedilatildeo

Nesta segunda unidade abordaremos o tema Recursos Naturais I

O material foi organizado em

1 - Aviso ndash Eacute o primeiro contato com o aluno

2 - Mapa Mental Representaccedilatildeo Visual da Organizaccedilatildeo da disciplina contemplando os conteuacutedos e suas relaccedilotildees

3 - Contextualizaccedilatildeo e Problematizaccedilatildeo - Texto Introdutoacuterio lembrando a importacircncia dos conteuacutedos abordados

4 - Material teoacuterico contemplando Recursos Naturais I

5 - Apresentaccedilatildeo narrada no formato ldquoadobe presenterrdquo que sintetiza o conteuacutedo teoacuterico

6 - Atividade de Sistematizaccedilatildeo Atividade avaliativa do tipo teste de muacuteltipla escolha baseada nos conteuacutedos estudados no ldquoMaterial teoacutericordquo no livro sugerido e leituras complementares com autocorreccedilatildeo pelo Blackboard

7 - Atividade de Aprofundamento Atividade Avaliativa ndash

Unidades I III ndash Atividade de Aprofundamento Foacuterum de discussatildeo

Unidades II IV e V Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo

8 - Material complementar sobre o tema

9 - Referecircncias bibliograacuteficas

Como meacutetodo de estudo vocecirc deveraacute realizar as atividades de leitura na sequecircncia as atividades de fixaccedilatildeo dos conteuacutedos (Atividade de Sistematizaccedilatildeo) e as atividades de interaccedilatildeo (Foacuterum Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo)

Utilize os foacuteruns de discussatildeo e a lista de e-mails para sanar as duacutevidas

A Terra jaacute tem estocado todos os recursos para a manutenccedilatildeo e o desenvolvimento de seus habitantes (salvo alguns recursos que se renovam) e em alguns casos eles podem natildeo ser suficientes ou inadequados para uso

Elementos tais como o crescimento acelerado da populaccedilatildeo o grau de poluiccedilatildeo gerado os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados nos levam a crer que este estoque acabaraacute

Portanto algumas accedilotildees satildeo inevitaacuteveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver esse problema eacute preciso conhecer os recursos naturais seus problemas e suas limitaccedilotildees para melhor gerenciaacute-los

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1 Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

Introduccedilatildeo

Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental Diagnoacutestico Ambiental Recuperaccedilatildeo Ambiental Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo bem como Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

Eacute um instrumento de poliacutetica ambiental em que se faz um exame sistemaacutetico dos impactos ambientais de uma accedilatildeo proposta (projeto programa plano ou poliacutetica) e de suas alternativas formado por um conjunto de procedimentos cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e principalmente aos responsaacuteveis pela tomada de decisatildeo O conjunto de procedimentos deve garantir adoccedilatildeo de medidas de proteccedilatildeo ao meio ambiente em situaccedilatildeo especiacutefica como o caso de implantaccedilatildeo de um projeto (MOREIRA 1992 APUD SAacuteNCHEZ 2008)

Grosso modo podemos dizer que avaliaccedilatildeo de impacto ambiental eacute a visatildeo antecipada de possiacuteveis consequecircncias de accedilotildees presentes ou propostas

Segundo Saacutenchez (2008) apesar da AIA ter um caraacuteter preacutevio de avaliaccedilatildeo para tomada de decisatildeo pode-se encontrar referecircncias de avaliaccedilotildees de impactos de accedilotildees ou eventos passados neste caso a preocupaccedilatildeo passa a ser com os danos jaacute causados

11 Diagnoacutestico Ambiental

Na avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental quer seja para futuras accedilotildees quer seja de accedilotildees passadas eacute necessaacuterio conhecer a situaccedilatildeo atual do ambiente

Segundo Saacutenchez (2008) denomina-se Diagnoacutestico Ambiental ldquoa descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais existentes em determinada aacuterea no momento presenterdquo

O grau de profundidade e abrangecircncia do diagnoacutestico ambiental depende dos objetivos do estudo

12 Recuperaccedilatildeo Ambiental

Um ambiente mesmo afetado por accedilotildees humanas pode ser recuperado desde que sejam propostas e aplicadas accedilotildees voltadas com esse objetivo Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado

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Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 4: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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Unidade Recursos naturais II

Contextualizaccedilatildeo

Nesta segunda unidade abordaremos o tema Recursos Naturais I

O material foi organizado em

1 - Aviso ndash Eacute o primeiro contato com o aluno

2 - Mapa Mental Representaccedilatildeo Visual da Organizaccedilatildeo da disciplina contemplando os conteuacutedos e suas relaccedilotildees

3 - Contextualizaccedilatildeo e Problematizaccedilatildeo - Texto Introdutoacuterio lembrando a importacircncia dos conteuacutedos abordados

4 - Material teoacuterico contemplando Recursos Naturais I

5 - Apresentaccedilatildeo narrada no formato ldquoadobe presenterrdquo que sintetiza o conteuacutedo teoacuterico

6 - Atividade de Sistematizaccedilatildeo Atividade avaliativa do tipo teste de muacuteltipla escolha baseada nos conteuacutedos estudados no ldquoMaterial teoacutericordquo no livro sugerido e leituras complementares com autocorreccedilatildeo pelo Blackboard

7 - Atividade de Aprofundamento Atividade Avaliativa ndash

Unidades I III ndash Atividade de Aprofundamento Foacuterum de discussatildeo

Unidades II IV e V Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo

8 - Material complementar sobre o tema

9 - Referecircncias bibliograacuteficas

Como meacutetodo de estudo vocecirc deveraacute realizar as atividades de leitura na sequecircncia as atividades de fixaccedilatildeo dos conteuacutedos (Atividade de Sistematizaccedilatildeo) e as atividades de interaccedilatildeo (Foacuterum Reflexiva ou Aplicaccedilatildeo)

Utilize os foacuteruns de discussatildeo e a lista de e-mails para sanar as duacutevidas

A Terra jaacute tem estocado todos os recursos para a manutenccedilatildeo e o desenvolvimento de seus habitantes (salvo alguns recursos que se renovam) e em alguns casos eles podem natildeo ser suficientes ou inadequados para uso

Elementos tais como o crescimento acelerado da populaccedilatildeo o grau de poluiccedilatildeo gerado os desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez mais sofisticados nos levam a crer que este estoque acabaraacute

Portanto algumas accedilotildees satildeo inevitaacuteveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver esse problema eacute preciso conhecer os recursos naturais seus problemas e suas limitaccedilotildees para melhor gerenciaacute-los

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1 Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

Introduccedilatildeo

Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental Diagnoacutestico Ambiental Recuperaccedilatildeo Ambiental Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo bem como Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

Eacute um instrumento de poliacutetica ambiental em que se faz um exame sistemaacutetico dos impactos ambientais de uma accedilatildeo proposta (projeto programa plano ou poliacutetica) e de suas alternativas formado por um conjunto de procedimentos cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e principalmente aos responsaacuteveis pela tomada de decisatildeo O conjunto de procedimentos deve garantir adoccedilatildeo de medidas de proteccedilatildeo ao meio ambiente em situaccedilatildeo especiacutefica como o caso de implantaccedilatildeo de um projeto (MOREIRA 1992 APUD SAacuteNCHEZ 2008)

Grosso modo podemos dizer que avaliaccedilatildeo de impacto ambiental eacute a visatildeo antecipada de possiacuteveis consequecircncias de accedilotildees presentes ou propostas

Segundo Saacutenchez (2008) apesar da AIA ter um caraacuteter preacutevio de avaliaccedilatildeo para tomada de decisatildeo pode-se encontrar referecircncias de avaliaccedilotildees de impactos de accedilotildees ou eventos passados neste caso a preocupaccedilatildeo passa a ser com os danos jaacute causados

11 Diagnoacutestico Ambiental

Na avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental quer seja para futuras accedilotildees quer seja de accedilotildees passadas eacute necessaacuterio conhecer a situaccedilatildeo atual do ambiente

Segundo Saacutenchez (2008) denomina-se Diagnoacutestico Ambiental ldquoa descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais existentes em determinada aacuterea no momento presenterdquo

O grau de profundidade e abrangecircncia do diagnoacutestico ambiental depende dos objetivos do estudo

12 Recuperaccedilatildeo Ambiental

Um ambiente mesmo afetado por accedilotildees humanas pode ser recuperado desde que sejam propostas e aplicadas accedilotildees voltadas com esse objetivo Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado

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Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 5: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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1 Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental (AIA)

Introduccedilatildeo

Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental Diagnoacutestico Ambiental Recuperaccedilatildeo Ambiental Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo bem como Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

Eacute um instrumento de poliacutetica ambiental em que se faz um exame sistemaacutetico dos impactos ambientais de uma accedilatildeo proposta (projeto programa plano ou poliacutetica) e de suas alternativas formado por um conjunto de procedimentos cujos resultados devem ser apresentados de forma adequada a quem interessar e principalmente aos responsaacuteveis pela tomada de decisatildeo O conjunto de procedimentos deve garantir adoccedilatildeo de medidas de proteccedilatildeo ao meio ambiente em situaccedilatildeo especiacutefica como o caso de implantaccedilatildeo de um projeto (MOREIRA 1992 APUD SAacuteNCHEZ 2008)

Grosso modo podemos dizer que avaliaccedilatildeo de impacto ambiental eacute a visatildeo antecipada de possiacuteveis consequecircncias de accedilotildees presentes ou propostas

Segundo Saacutenchez (2008) apesar da AIA ter um caraacuteter preacutevio de avaliaccedilatildeo para tomada de decisatildeo pode-se encontrar referecircncias de avaliaccedilotildees de impactos de accedilotildees ou eventos passados neste caso a preocupaccedilatildeo passa a ser com os danos jaacute causados

11 Diagnoacutestico Ambiental

Na avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental quer seja para futuras accedilotildees quer seja de accedilotildees passadas eacute necessaacuterio conhecer a situaccedilatildeo atual do ambiente

Segundo Saacutenchez (2008) denomina-se Diagnoacutestico Ambiental ldquoa descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais existentes em determinada aacuterea no momento presenterdquo

O grau de profundidade e abrangecircncia do diagnoacutestico ambiental depende dos objetivos do estudo

12 Recuperaccedilatildeo Ambiental

Um ambiente mesmo afetado por accedilotildees humanas pode ser recuperado desde que sejam propostas e aplicadas accedilotildees voltadas com esse objetivo Isto significa que um ambiente degradado pode ser recuperado

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Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 6: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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Unidade Recursos naturais II

Saacutenchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo A recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas requer uma intervenccedilatildeo planejada cujo objetivo eacute tornar a aacuterea produtiva novamente e sustentaacutevel

Dentre as variantes da recuperaccedilatildeo ambiental estatildeo segundo Saacutenchez (2008)

a) Restauraccedilatildeo ndash ldquoRetorno de uma aacuterea degradada agraves condiccedilotildees existentes antes da degradaccedilatildeordquo ou ateacute melhor desde que o ambiente jaacute esteja alterado

b) Reabilitaccedilatildeo ndash Eacute o tipo de recuperaccedilatildeo mais frequente neste caso as accedilotildees de recuperaccedilatildeo satildeo voltadas a habilitar a aacuterea novamente para uma nova forma de utilizaccedilatildeo ainda que bem diferente da anterior Em seu artigo 3o o Decreto Federal no 9763289 para o plano de recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas por extraccedilatildeo mineral define que ldquoA recuperaccedilatildeo deveraacute ter por objetivo o retorno do siacutetio degradado a uma forma de utilizaccedilatildeo de acordo com um plano preacute-estabelecido para uso do solo visando agrave obtenccedilatildeo de uma estabilidade do meio ambienterdquo (SAacuteNCHEZ 2008)

c) Remediaccedilatildeo ndash eacute um tipo de recuperaccedilatildeo ambiental poreacutem de casos em que a aacuterea degradada estaacute contaminada

Em ambientes urbanos os termos de recuperaccedilatildeo utilizados satildeo Requalificaccedilatildeo e Revitalizaccedilatildeo

13 Atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo

As principais atividades e Medidas para Preservaccedilatildeo do Solo satildeo

a) Ponto de equiliacutebrio ecoloacutegico entre a produtividade agriacutecola e industrial e a ocupaccedilatildeo urbana

bullNovasaacutereasdepreservaccedilatildeo

bullAumentodeJardinsBotacircnicosedereservas(noscentrosurbanos)

bullBancosGeneacuteticos(recomposiccedilatildeodasaacutereasdegradadas)

bullReflorestamentodemataciliar(margensdosrios)

bullProgramadeEducaccedilatildeoAmbiental

bullInstrumentosparaprevenccedilatildeoecontroledapoluiccedilatildeoecontaminaccedilatildeodosolo

Como para ambientes terrestres o termo mais usado eacute ldquorecuperaccedilatildeo de aacutereas degradadasrdquo e sendo a erosatildeo um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental iremos abrir um pouco mais de ldquoespaccedilordquo para o tema

2 Medidas destinadas ao controle de aacutereas degradadas

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

20

Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 7: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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21 Prevenccedilatildeo e Controle da Erosatildeo

Medidas Preventivas satildeo sempre preferenciais agraves medidas corretivas primeiramente porque satildeo muito mais eficazes para conter e ou evitar a degradaccedilatildeo ambiental e segundo porquesatildeoeconomicamentemaisviaacuteveisJaacuteasmedidasCorretivassatildeomaisonerosasedeimplantaccedilatildeo mais difiacutecil (BRAGA 2005)

A erosatildeo eacute um dos principais fenocircmenos tratados no planejamento ambiental tal fenocircmeno ocorre naturalmente sendo difiacutecil de ser controlado e facilmente acelerado por accedilotildees do homem (SANTOS 2004)

Essa aceleraccedilatildeo ocorre principalmente com o desmatamento ou remoccedilatildeo da cobertura vegetal original com o manejo improacuteprio de solos produtivos com a exploraccedilatildeo inadequada de terras proacuteximas aos cursos d` aacutegua ocupaccedilatildeo das terras por usos inadequados uso de aacutereas com elevado potencial natural de erosatildeo e principalmente com a falta de planejamento de ocupaccedilatildeo ( SANTOS 2004)

No processo de erosatildeo perde-se a porccedilatildeo mais feacutertil do solo e consequentemente sua qualidade multifuncional (SANTOS 2004)

Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoccedilatildeo do solo o plantio de vegetaccedilatildeo e a correccedilatildeo da drenagem que originou a remoccedilatildeo das camadas satildeo medidas corretivas para este processo (BRAGA 2005)

Nos casos em que o processo erosivo eacute mais criacutetico como a formaccedilatildeo de voccediloroca ou boccediloroca que satildeo grandes buracos de erosatildeo causados pela chuva e intempeacuteries e que ocorre onde a vegetaccedilatildeo eacute escassa de modo geral as intervenccedilotildees corretivas satildeo obras de engenharia hidraacuteulica de engenharia de solos e de engenharia agronocircmica (BRAGA 2005)

As Medidas Preventivas em solo rural correspondem agrave utilizaccedilatildeo de praacuteticas que permitem a exploraccedilatildeo agriacutecola do solo sem tornaacute-lo significativamente pobre (BRAGA 2005)

As praacuteticas mais utilizadas satildeo o preparo do solo em curvas de niacutevel desta forma evita-se que as aacuteguas das chuvas corram livremente ocasionando o fenocircmeno da erosatildeo conforme figura 21 O terraceamento tambeacutem eacute uma teacutecnica agriacutecola e geograacutefica de conservaccedilatildeo do solo com o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosatildeo

Figura 21 ndash Plantaccedilatildeo com curvas de niacutevel ndash Ponta Grossa - PR

Fonte Natureza Brasileira

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

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Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

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Unidade Recursos naturais II

Satildeo usadas ainda segundo Braga (2005) estruturas para desvio que terminem em poccedilos para infiltraccedilatildeo das aacuteguas controle das voccedilorocas preservaccedilatildeo da vegetaccedilatildeo nativa em grandes aclives e aacutereas proacuteximas aos cursos drsquoaacutegua

22 ndash Controle da Poluiccedilatildeo do solo rural

A populaccedilatildeo cresce a taxas elevadas e para assegurar a produccedilatildeo agriacutecola pois afinal eacute preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo o emprego de fertilizantes sinteacuteticos e defensivos parece inevitaacutevel apesar dos riscos envolvidos

A utilizaccedilatildeo de fertilizantes sinteacuteticos podem causar impactos imediatos em aacutereas agriacutecolas jaacute os defensivos de modo geral manifestam-se apoacutes longo anos

Se no momento natildeo podemos ou natildeo temos uma soluccedilatildeo para resolver o problema da utilizaccedilatildeo de fertilizantes e defensivos e portanto temos que conviver com eles nada mais sensato do que utilizaacute-los na medida certa cortando os desperdiacutecios que geram resiacuteduos poluidores Optando tambeacutem por defensivos mais seguros e utilizando-se de teacutecnicas de aplicaccedilatildeo que tambeacutem reduzam os desperdiacutecios que geram acuacutemulo e propagaccedilatildeo para a cadeia alimentar (BRAGA 2005)

23 - Controle da Poluiccedilatildeo do solo urbano

Resiacuteduos soacutelidos podem advir de residecircncias comeacutercios etc e satildeo mais conhecidos como ldquolixordquo ou ainda classificados em resiacuteduos mais perigosos advindos de processos industriais e de atividades meacutedico-hospitalares (BRAGA 2005)

Em funccedilatildeo do aspecto praacutetico e teacutecnicas de tratamento e disposiccedilatildeo a norma Brasileira NBR 10004 considera trecircs classes de resiacuteduos satildeo elas

bull ResiacuteduosClasseIouPerigosospodemapresentarriscosasauacutedepuacuteblicaouefeitosadversosao meio ambiente (toxidade inflamabilidade corrosividade reatividade radioatividade e patogenicidade)

bull ResiacuteduosClasse III ou Inertes natildeo se solubilizam na aacutegua (concentraccedilatildeo superior aospadrotildees de potabilidade)

bull ResiacuteduosClasseIIounatildeoInertesnatildeoseenquadramemnenhumadasclassesanteriores

Essa divisatildeo pode e deve ser usada para acondicionamento manuseio coleta e transporte dos resiacuteduos pela populaccedilatildeo

As dificuldades dessa implantaccedilatildeo de reconhecimento dos resiacuteduos segundo essas trecircs classes provecircm do tempo recursos financeiros administrativos e educacionais necessaacuterios para viabilizar esse sistema aleacutem disso da mudanccedila de haacutebitos e costumes (BRAGA 2005)

Em aacutereas urbanas o Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel em aacutereas rurais existem algumas alternativas como adubaccedilatildeo do solo ou alimentaccedilatildeo de animais para alguns tipos de resiacuteduos domeacutesticos

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

12

Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

13

E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

14

Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

15

25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

16

Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

18

Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

19

Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

20

Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 9: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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231 - Sistema de disposiccedilatildeo e tratamento do lixo

O Sistema de Disposiccedilatildeo e Tratamento do Lixo eacute indispensaacutevel e se incumbe da limpeza da coleta disposiccedilatildeo e tratamento do lixo com o objetivo de extinccedilatildeo dos riscos agrave sauacutede puacuteblica e reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo dos impactos sobre o ambiente provocados pelo lixo

Principais atividades do sistema (BRAGA 2005)

a) Varriccedilatildeo de vias praccedilas e demais logradouros puacuteblicos

b) Coleta domiciliar do comeacutercio e da induacutestria sempre que possiacutevel seletiva

c) Transporte ateacute centros de transbordo ou de triagem ou ateacute locais de disposiccedilatildeo e tratamento

d) Disposiccedilatildeo e ou tratamento do lixo

Segundo Braga (2005) a disposiccedilatildeo e o tratamento do lixo podem ser feitos de vaacuterias maneiras a forma inadequada eacute a de lanccedilar e amontoar em algum terreno dando origem aos ldquolixotildeesrdquo sem medidas de proteccedilatildeo ao ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Esta eacute uma praacutetica que incentiva a cataccedilatildeo propiciando aleacutem dos problemas sociais ambientes altamente poluiacutedos aleacutem do proacuteprio solo pode poluir as aacuteguas e a atmosfera Outras formas satildeo os aterros sanitaacuterios ou energeacuteticos a compostagem e a incineraccedilatildeo

Aterro Sanitaacuterio conforme mostra a figura 23 eacute um processo que permite o confinamento seguro dos resiacuteduos relativamente agrave poluiccedilatildeo ambiental e agrave sauacutede puacuteblica

No aterro os resiacuteduos satildeo lanccedilados sobre o terreno e recobertos com solo do local onde satildeo utilizadas maacutequinas para terraplenagem que consequentemente acabam compactando o lixo e reduzindo significativamente o seu volume

No material aterrado a biodegradaccedilatildeo aeroacutebia eacute interrompida pela falta de oxigecircnio dando espaccedilo para biodegradaccedilatildeo anaeroacutebia com liberaccedilatildeo de gaacutes e de liacutequido escuro chamado de chorume que pode se infiltrar no solo e contaminar o lenccedilol freaacutetico caso natildeo haja uma camada que impermeabilize o solo O gaacutes eacute chamado de metano e deve ser drenado

Segundo Braga (2005) o aterro sanitaacuterio energeacutetico eacute uma evoluccedilatildeo do aterro sanitaacuterio onde o chorume drenado eacute reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produccedilatildeo de gaacutes O gaacutes drenado pode ser usado como combustiacutevel A desvantagem da utilizaccedilatildeo de aterros eacute que exige aacutereas extensas para sua instalaccedilatildeo

Figura 23 ndash Aterro Sanitaacuterio em vaacuterias fases

Fonte IPT ndash Instituto de pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

12

Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

13

E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

14

Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

15

25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

18

Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

19

Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

20

Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 10: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

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Unidade Recursos naturais II

Outra forma de dispor e tratar o ldquolixordquo eacute a compostagem que eacute um processo bioloacutegico de decomposiccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica de origem animal ou vegetal A figura 24 mostra uma Usina de compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Vantagens da compostagem segundo o IPT (2000)

a) Reduccedilatildeo de cerca de 50 do lixo destinado ao aterro

b) Economia de aterro

c) Aproveitamento agriacutecola de mateacuteria orgacircnica

d) Reciclagem de nutrientes para o solo

e) Processo ambientalmente seguro

f) Eliminaccedilatildeo de patoacutegenos

g) Economia de tratamento de efluentes

Geralmente ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo onde primeiramente satildeo separados os materiais que podem ser reciclados e depois feita a compostagem com mateacuteria orgacircnica

O processo de compostagem ocorre pela decomposiccedilatildeo de mateacuteria orgacircnica em condiccedilotildees aeroacutebias de maneira controlada de forma a obter um material estabilizado livre de reaccedilotildees de putrefaccedilatildeo

Figura 24 ndash Usina de Compostagem de lixo para cidades ateacute 60 mil habitantes

Fonte IPT- Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas (2000)

Quanto agrave incineraccedilatildeo ela eacute feita em usinas proacuteprias onde o lixo eacute reduzido a cinzas e gases As emissotildees gasosas podem ser lanccediladas na atmosfera sem maiores problemas desde que se utilize equipamentos de combate agrave poluiccedilatildeo A figura 25 mostra um incinerador de lixo

As principais vantagens da incineraccedilatildeo segundo Braga (2005) satildeo a minimizaccedilatildeo de aacutereas para aterro e para as instalaccedilotildees e ainda a possibilidade de sua utilizaccedilatildeo para alguns tipos de resiacuteduos perigosos como os hospitalares

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E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

14

Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

15

25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

16

Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

18

Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

19

Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

20

Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

Page 11: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Unidade II

13

E como desvantagem os altos custos de investimento operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo e pessoal qualificado para operaccedilatildeo (BRAGA 2005)

Figura 25 - Incinerador de lixo

Fonte Cetesb (1990 apud IPT 2000)

A escolha da alternativa mais viaacutevel de levar em conta os custos as caracteriacutesticas socioeconocircmicas da regiatildeo e principalmente o custo ambiental Para grandes populaccedilotildees geralmente satildeo adotados mais de um tipo de soluccedilatildeo

24 ndash Resiacuteduos Perigosos

Resiacuteduos Perigosos satildeo resiacuteduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente Exemplos de fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos satildeo dados no quadro 24

Quadro 24 - Fontes geradoras com seus respectivos resiacuteduos perigosos

Setor Fonte Resiacuteduos Perigosos

Serviccedilos

Comeacutercio e Agricultura

bullVeiacuteculos

bullAeroportos

bullLavagemaseco

bullTransformadores

bullHospitais

bullFazendasparquesmunicipais

bullResiacuteduosOleosos

bullOacuteleosfluidos

bullSolventeshalogenados

bullBifenilaspolicloradas

bullResiacuteduosPatogecircnicos

bullResiacuteduosdepesticidasembalagens contaminadas

14

Unidade Recursos naturais II

Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

15

25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

18

Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

19

Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

20

Unidade Recursos naturais II

Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

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Induacutestrias de pequeno e meacutedio porte

bullTratamentodeMetais(galvanizaccedilatildeoetc)

bullFabricaccedilatildeodetintas

bullCurtumes

bullLodoscontendometaispesados

bullSolventesborrastintas

bullLodoscontendocromo

Induacutestrias de

Grande Porte

bullProcessodeextraccedilatildeodebauxita fabricaccedilatildeo de alumiacutenio

bullRefinariadepetroacuteleo

bullProduccedilatildeodecloro

bullQuiacutemica

bullResiacuteduosdedesmontedecubas de reduccedilatildeo

bullCatalisadoresresiacuteduosoleosos

bullLodoscommercuacuterio

bullResiacuteduosdefundodecoluna de destilaccedilatildeo

Fonte Modificado de Braga (2005)

O Graacutefico 24 mostra os percentuais correspondentes agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais

24 ndash Graacutefico da destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais no Estado de Satildeo Paulo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

O percentual de disposiccedilatildeo eacute bastante significativo e explorado no graacutefico 25 que se refere aos 6132 da disposiccedilatildeo mostrada no graacutefico 24

Vale a pena destacar a preocupaccedilatildeo referente agrave destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos industriais pois grande parte deles satildeo dispostos diretamente no meio ambiente como mostrado no graacutefico 25

15

25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

16

Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

18

Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Anotaccedilotildees

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25 ndash Graacutefico dos percentuais de distribuiccedilatildeo (6132) relativos agrave disposiccedilatildeo

Fonte Modificado Cetesb (1997 apud Braga 2005)

Quanto agrave classificaccedilatildeo dos resiacuteduos perigosos Braga (2005) os divide em resiacuteduos biomeacutedicos e resiacuteduos quiacutemicos

241 ndash Resiacuteduos Biomeacutedicos

Satildeo os resiacuteduos gerados por hospitais cliacutenicas laboratoacuterios etc Satildeo resiacuteduos que apresentam caracteriacutesticas patoloacutegicas e infecciosas conforme cita Braga (2005)

a) Resiacuteduos ciruacutergicos e patoloacutegicos

b) Animais usados para experiecircncias

c) Embalagens e resiacuteduos quiacutemicos

d) Bandagens panos e tecidos empregados em praacuteticas meacutedicas

e) Agulhas seringas

f) Equipamentos resiacuteduos contaminados

Em praacuteticas meacutedicas eacute comum a utilizaccedilatildeo de resiacuteduos radioativos poreacutem estes natildeo satildeo enquadrados como resiacuteduos biomeacutedicos eles possuem legislaccedilatildeo especiacutefica

Os resiacuteduos biomeacutedicos devem ser incinerados no local e as cinzas satildeo dispostas em aterro sanitaacuterio caso natildeo haja incineraccedilatildeo devem ser dispostas em aterros sanitaacuterios depois de serem submetidas a tratamento (BRAGA 2005)

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Unidade Recursos naturais II

242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

17

2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Unidade Recursos naturais II

Material Complementar

Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

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Referecircncias

BRAGA B et al Introduccedilatildeo agrave Engenharia Ambiental O desafio do desenvolvimento Sustentaacutevel Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2005

IPTndashINSTITUTODEPESQUISASTECNOLOacuteGICASLixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado Satildeo Paulo IPTCEMPRE 2000

NATUREZA Brasileira disponiacutevel em http wwwnaturezabrasileiracombr Acesso em 25fev2012

SAacuteNCHEZ L E Avaliaccedilatildeo de Impacto Ambiental conceitos e meacutetodos Satildeo Paulo Oficina de Textos 2008

SANTOS RF Planejamento Ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

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Anotaccedilotildees

wwwcruzeirodosulvirtualcombrCampus LiberdadeRua Galvatildeo Bueno 868CEP 01506-000Satildeo Paulo SP Brasil Tel (55 11) 3385-3000

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242 ndash Resiacuteduos Quiacutemicos

Resiacuteduos quiacutemicos satildeo na maioria advindos de atividades industriais Segundo Braga (2005) a preocupaccedilatildeo com esses resiacuteduos eacute relativamente recente desta forma a diminuiccedilatildeo dos impactos ainda natildeo eacute feita O tratamento para estes resiacuteduos varia ou seja depende do caso existe tentativas de amenizar o problema mas devido aos altos custos satildeo abandonados

Natildeo existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos de resiacuteduos embora sua rota de poluiccedilatildeo possa atingir o ar a aacutegua e o solo (BRAGA 2005)

Accedilotildees propostas pelo Comitecirc Preparatoacuterio da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 relativa a Gestatildeo deResiacuteduos Perigosos citadas por Braga (2005) satildeo

bullPromoveraprevenccedilatildeoouminimizaccedilatildeodaproduccedilatildeoderesiacuteduospormeiodemeacutetodosde produccedilatildeo mais ldquolimposrdquo evitando o emprego de substacircncias perigosas sempre que for possiacutevel substituiacute-las por outras ou pela reciclagem reutilizaccedilatildeo recuperaccedilatildeo ou usos alternativos dessas substacircncias

bullAprimoraroconhecimentoeainformaccedilatildeosobreosaspectoseconocircmicosenvolvidosnagestatildeo desses resiacuteduos e sobre os efeitos produzidos por essas substacircncias sobre a sauacutede dos organismos e sobre o meio ambiente

bullPromoverefortaleceracapacitaccedilatildeoinstitucionalparaprevenireouminimizardanosparagerir o problema e

bullPromover e fortalecer a cooperaccedilatildeo internacional relativa agrave gestatildeo de deslocamentostransfronteiriccedilos de resiacuteduos perigosos incluindo monitoramento e controle de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais

2421 ndash Disposiccedilatildeo de resiacuteduos quiacutemicos perigosos

Os meacutetodos mais empregados para disposiccedilatildeo e tratamento dos resiacuteduos quiacutemicos perigosos citados por Miller (1985 apud Braga 2005) satildeo os aterros de armazenamento as lagoas superficiais o armazenamento em formaccedilotildees geoloacutegicas subterracircneas e as injeccedilotildees em poccedilos Podem ser utilizados tambeacutem tambores de armazenamento que por sua vez tambeacutem satildeo aterrados poreacutem os tambores sofrem deterioraccedilatildeo com o tempo incorrendo no risco de liberar os resiacuteduos

O armazenamento tem a funccedilatildeo de evitar que resiacuteduos perigosos circulem no meio ambiente mas nem sempre isto eacute possiacutevel pois eacute preciso que o projeto a construccedilatildeo e a manutenccedilatildeo natildeo falhem no que diz respeito agrave impermeabilizaccedilatildeo adequada do meio

Na disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na forma de injeccedilotildees em poccedilos natildeo haacute como evitar a poluiccedilatildeo do aquiacutefero freaacutetico (BRAGA 2005)

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

25 ndash Resiacuteduos Radioativos

A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

Conclusatildeo

Eacute preciso conhecer os efeitos causados pelas accedilotildees humanas e os respectivos impactos principalmente os adversos para melhor gerenciaacute-los

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Como texto complementar desta Unidade indico a leitura do livro

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2422 ndash Tratamento dos resiacuteduos perigosos

Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como fiacutesico quiacutemicos ou bioloacutegicos tendo como objetivo principal a transformaccedilatildeo desses resiacuteduos em menos perigosos

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A geraccedilatildeo de resiacuteduos radioativos eacute proveniente na maior parte das vezes pela produccedilatildeo de armas nucleares produccedilatildeo de combustiacuteveis para usinas nucleares e sistemas de propulsatildeo operaccedilatildeo em usinas nucleares pesquisa e atividades meacutedicas (BRAGA 2005)

Os resiacuteduos radioativos podem se apresentar na forma soacutelida liacutequida e gasosa e natildeo eacute possiacutevel destruir a radioatividade em nenhuma das formas a uacutenica alternativa eacute confinar os resiacuteduos de forma segura

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