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Gestação gemelar Sylvia Wiedemann Azevedo

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Page 1: Gestação gemelar Sylvia Wiedemann Azevedo. Introdução 3,15 % dos nascimentos em 2003 Incidência em expansão Associado a quase todas as complicações em

Gestação gemelar

Sylvia Wiedemann Azevedo

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Introdução

• 3,15 % dos nascimentos em 2003• Incidência em expansão• Associado a quase todas as complicações

em obstetrícia• Parto prematuro, CIUR e RPMO

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Incidência e Epidemiologia

• 69% dizigóticos 31% monozigóticos• Técnicas de reprodução assistida =

dizigóticos• Idade materna• Paridade • História familiar• Peso e altura

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Âmnio e Córion

• 2 oócitos + 2 sptz = dizigóticos, diamnióticos e diamnióticos , com genomas diferentes

• 1 oócito + 1 sptz = monozigóticos, com variável corionicidade e amniocidade, com genomas iguais

• Momento da divisão.

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Gêmeos monozigóticos

• Mórula (16 células)= diamniótico e dicoriônico . Até 3 dias após fertilização. 1/3 dos monozigóticos.

• 4 a 8 dias após fertilização= diamniótico e monocoriônico. 2/3 monozigóticos.

• 8 a 12 dias após fertilização= monoamniótico e monocoriônico.

• 13 dias ou + = gêmeos siameses

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Corionicidade e amnionicidade sinais ao USG

• Dicoriônica: sinal do lambda ou twin peak membrana > 2 mm entre bolsas contendo material

placentário• Monocoriônica diamniótica sinal do T membrana < 2 mm entre bolsas diagnóstico diferencial : banda amniótica em

gestação monoamniótica • Acurácia: 1o trimestre ou início do 2o 95 a 100%

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Dichorionic, triamniotic pregnancy in an assisted pregnancy. Note on the left image the thick septum betweenthe 2 embryos and on the right side the barely visible septation.

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The two left images are dichorionictwins, which areeasily recognized from monochorionictwins on the two rightimages (the first trimester) bythe thick intervening membrane

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Monoamnióticos

Placenta única , sexos iguais

Inserções de cordão próximas

Entrelaçamento e proximidade dos cordões

Volume amniótico semelhante para os dois fetos

Livre movimentação dos fetos

Ausência de membrana divisora em 2 exames com diferença de pelo menos 12

horas

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Absence of a dividing membrane between two fetuses that are intimately in contact.

Close approximation of the cord insertions

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Gestação gemelar monoamniótica- particularidades

• 1 a cada 10.000 nascimentos• 5% das gestações monozigóticas• Anastomoses entre cordões na maioria

das vezes presentes. Risco de transfusão feto-fetal.

• Pseudomonoamnióticos: rutura das membranas em diamnióticos, espontânea ou pós amniocentese.

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Gestação gemelar monoamniótica

• Mortalidade perinatal: 20%• Cresce com o progredir da gestação: 6%

entre 30 e 32 semanas / 11% entre 33 e 35 semanas / 22% entre 36 e 38 semanas.

• Baixo peso ao nascer: prematuridade, cord entanglement, discordância de pesos.

• Anomalias congênitas

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Gestação gemelar monoamniótica- particularidades

• Diagnóstico USG: até 8 semanas : 1 vesícula vitelínica e 2 pólos

fetais a partir do 2o trimestre a ausência de uma

membrana visível entre os fetos é que sugere o diagnóstico. Acurácia= 9 a 25%.

• Cord entanglement: diferentes FCFs em uma mesma estrutura. 40 a 70 % incidência, nem sempre patológico mas responsável por até 50% da mortalidade perinatal quando presente alterações ao doppler.

• Os fetos monoamnióticos estão sujeitos aos mesmos ricos dos fetos diamnióticos, porém acrescidos dos riscos inerentes à sua condição.

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Amnionicidade e corionicidade

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Malformações congênitas

• Monozigóticos = 1/1250 (população geral)• Dizigóticos = 1/140 (soma dos riscos)• Teste quádruplo: 95% sensibilidade em

gestações únicas, 93% em gestação monocoriônica e 90% em dicoriônica

• Sensibilidade aumenta com análise do USG • Ambos devem passar por cariotipagem caso

haja suspeita de malformações cromossômicas em um gemelar.

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Malformações congênitas

• Acardia e órgãos únicos são exclusividade de gestação monozigótica. Não há especial predisposição para outros tipos de malformações entre os gêmeos

• monozigóticos =3,7% dizigóticos=2,5%• Na maioria das vezes, o outro feto é

normal• Detecção ao USG é + difícil

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Avaliação do crescimento

• Restrição do crescimento e prematuridade → mortalidade perinatal

• 25% das gestações gemelares. • Menor taxa de crescimento fetal no 3o

trimestre : padrões de placentação e aumento da massa fetal

• Discordância entre pesos = maior morbi-mortalidade

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This ultrasound was at 22 weeks 6 days (as estimated from the last menstrual period). The small twin was estimated by biometry as 18 weeks and 6 days and the big twin as 22 weeks and 3 days. All other parameters were within normal limits.  

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Crescimento assimétrico entre gemelares

•Na maior parte das vezes deve-se a diferenças constitucionais – dizigóticos

•Aumento da morbimortalidade qdo associado a CIUR, situação em que a monitorização deve ser diferenciada.

•para crescimento discordante:

Diferença de estimativa de

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Crescimento discordante: Definições

•Diferença na estimativa de peso fetal . 20% (casos severos >25% -associação

com desfechos mórbidos)•CA divergindo de 20 mm ou mais

•Divergência de 6 mm ou mais na DBP •Relação S/D discordante em 15% entre os

cordões. Aumento dos índices de resistência da artéria umbilical tb

associado a aumento da morbimortalidade

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Crescimento discordante

• Síndrome da transfusão feto-fetal

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Anastomose A V

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Dobramento da membrana amniótica – estágio anterior ao aprisionamento do gemelar doador

Aspecto típico de gemelar aprisionadoSeqüência de Potter

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Crescimento discordante- STT

Critérios ultrassonográficos:

Monocoriônicos

Seqüência poli-oligodramnio

Divergência de pesos fetais concordante com volumes de líquido

Alterações em doppler de artéria umbilical

Hidropsia no feto receptor ou manifestações de ICC em ambos

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Very asymmetrical growth may occurs in heterokaryotypic twins

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Feto papiráceo

Surge na perda precoce de um dos gemelares , geralmente 2º trimestre ou anterior. Torna-se macerado, comprimido pela membrana amniótica e é absorvido lentamente . O feto remanescente frequentemente é acometido pela síndrome da ambolização múltipla.

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Gêmeo acárdico 0,3/10.000 nascimentos

Síndrome da perfusão arterial reversa : fluxo arterial placenta - feto acárdico e fluxo venoso em sentido

contrário

O gêmeo acárdico recebe perfusão por anastomoses AA e VV vindo do coração do gemelar normal. Provável etiologia é a demora da formação cardíaca deste, o que provoca um desequilíbrio de

forças

Extremidade cefálica e cintura escapular primitivas ou ausentes

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Gemelar acárdico

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•Fusão de partes fetais em gestações mono-mono, cuja divisão se deu após o 13º dia de

fertilização•Sinais ultrassonográficos: silhuetas contínuas,

extremidades fetais com formato bífido (em V ou Y)

Anomalias estruturais, corpos fetais sempre fixados, partes fetais semelhantes vistos várias

vezes na mesma incidência

Coração único, anomalias de cordão umbilical, extremidades muito próximas

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Gêmeos xipófagos

0,1 a 0,35/10.000 nascimentos

Taxas de mortalidade e morbidade extremamente variáveis, de acordo com o yipo

de anomalia

Classificações : duplicata completa e duplicata incompleta, sendo os últimos os de pior

prognóstico.

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Tipos mais comuns de gemelares acolados: isquiópagos, craniópagos e toracópagus.

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Fetus in fetus

70 casos descritos na literatura

Em gestação mono-di, feto hígido alberga feto hipodesenvolvido. Há membrana e cavidade

amniótica e corpo fetal em diferentes estágios de disformia, simulando tumor

complexo, alimentado por pedículo vascular. Diagnóstico diferencial com teratoma.

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Difícil diagnóstico ultrassonográfico , geralmente é descoberto em vida extra-útero. Localização variável, na maioria das vezes situa-se na cavidade abdominal.

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Bibliografia

Reyes, J; Gonçalves, LFA; Silva SR; Jeanty P – Sonography of multiple gestattions – 2007

Sauebrei, Nguyen- Ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia 2008

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FIM