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75 GESNERIACEAE Coordenação, descrição da família e chave de gêneros por Alain Chautems Ervas, subarbustos ou arbustos, terrestres ou epifíticos; sistema subterrâneo com raízes perenes, rizomatoso ou tuberoso; caule herbáceo ou lenhoso, ereto, escandente ou pendente. Folhas oposto-cruzadas iguais ou anisofilas, às vezes rosuladas ou verticiladas, simples; pecioladas ou subsésseis; lâmina inteira ou bordo dentado a serreado, membranácea a crassa. Inflorescência axilar ou terminal, cimosa ou flores solitárias; brácteas pequenas, raramente ausentes (Besleria). Flores geralmente vistosas, gamopétalas, zigomorfas, raramente actinomorfas, bissexuadas, protândricas, ressupinadas ou não; sépalas 5, pouco unidas na base, às vezes até 1/3 ou quase a 1/2 do comprimento, verdes ou coloridas, inteiras a dentadas; corola tubulosa, colorida, raramente alva, às vezes gibosa na base, ou junto ao ápice, lobos subiguais ou desiguais, eretos ou patentes; estames 4, inclusos, raramente exsertos, epipétalos, ocasionalmente estaminódio inconspícuo presente, anteras unidas, raramente livres, rimosas, às vezes poricidas; disco anular ou constituído de 1-5 glândulas, raramente ausente (Napeanthus); ovário súpero a semi-ínfero, 2-carpelar, 1-locular, placentação parietal; estilete simples, estigma estomatomórfico ou 2-lobado. Fruto baga ou cápsula seca ou carnosa, 2-valvar; sementes numerosas, geralmente elípticas, estriadas. Família pantropical com cerca de 150 gêneros e 3.000 espécies. Na região neotropical encontram-se 56 gêneros e cerca de 1.800 espécies. No Brasil ocorrem cerca de 220 espécies, das quais 52 são encontradas no Estado de São Paulo. A maior parte dos representantes cresce na Mata Atlântica. Suas flores de cores vivas e a facilidade de multiplicação vegetativa, ou por sementes, favorecem a utilização de suas espécies como ornamentais. Burtt, B.L. & Wiehler, H. 1995. Classification of the family Gesneriaceae. Gesneriana 1: 1-4. Chautems, A. 1991. A família Gesneriaceae na região cacaueira do Brasil. Revista Brasil. Bot. 14: 51-59. Chautems, A. 1997. New Gesneriaceae from São Paulo, Brazil. Candollea 52: 159-169. Hanstein, J. 1864. Gesneriaceae. In C.F.P. Martius, A.G. Eichler & I. Urban (eds.) Flora brasiliensis. Lipsiae, Frid. Fleischer, vol. 8, pars 1, p. 343-428, tab. 59-68. Hoehne, F.C. 1958. Novidades da família das Gesneriaceae do Brasil. Sellowia 9: 37-79. Hoehne, F.C. 1970. Iconografia das Gesneriáceas do Brasil. São Paulo, Secretaria da Agricultura, Instituto de Botânica, 521p. Konno, T.U.P. 1997. Gesneriaceae. In M.C.M. Marques, A.S. Vaz & R. Marquete (eds.) Flórula da APA-Cairuçu, Parati, RJ: Espécies Vasculares. Série Estudos e Contribuições Jardim Botânico do Rio de Janeiro 14: 197- 211. Martius, C.F.P. 1829. Gesneriaceae. Nova Genera et Species Plantarum. Monachii, Typis C. Wolf, vol. 3, p. 27-73. Skog, L.E. 1978. Flora of Panama. Ann. Missouri Bot. Gard. 65: 783-998. Vellozo, J. 1829. Florae fluminensis. Flumine Januario, Typographia Nationali, p. 240-247. Wiehler, H. 1983. A synopsis of the neotropical Gesneriaceae. Selbyana 6: 1-219. Chave para os gêneros 1. Caule com raízes adventícias; folhas geralmente crassas, opostas; erva ou subarbusto epifítico ou rupícola. 2. Corola tubuloso-campanulada a levemente ventricosa, alva, creme a rosada, às vezes com manchas castanhas; fruto baga .................................................................................................. 2. Codonanthe 2. Corola tubuloso-ventricosa ou infundibuliforme e comprimida lateralmente, amarela, alaranjada, rosada, vermelha ou vinácea, às vezes com estrias castanhas; fruto cápsula carnosa, 2-valvar .................................................................................................................................. 5. Nematanthus 1. Caule sem raízes adventícias; folhas membranáceas, opostas, 3-verticiladas ou rosuladas; erva ou arbusto terrestre, raramente epifítico, neste caso, sistema subterrâneo tuberoso. 3. Cálice amarelo; corola alva ou amarela; arbusto .............................................................. 1. Besleria Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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GESNERIACEAECoordenação, descrição da família e chave de gêneros por Alain Chautems

Ervas, subarbustos ou arbustos, terrestres ou epifíticos; sistema subterrâneo com raízes perenes,rizomatoso ou tuberoso; caule herbáceo ou lenhoso, ereto, escandente ou pendente. Folhas oposto-cruzadasiguais ou anisofilas, às vezes rosuladas ou verticiladas, simples; pecioladas ou subsésseis; lâmina inteira oubordo dentado a serreado, membranácea a crassa. Inflorescência axilar ou terminal, cimosa ou flores solitárias;brácteas pequenas, raramente ausentes (Besleria). Flores geralmente vistosas, gamopétalas, zigomorfas,raramente actinomorfas, bissexuadas, protândricas, ressupinadas ou não; sépalas 5, pouco unidas na base,às vezes até 1/3 ou quase a 1/2 do comprimento, verdes ou coloridas, inteiras a dentadas; corola tubulosa,colorida, raramente alva, às vezes gibosa na base, ou junto ao ápice, lobos subiguais ou desiguais, eretos oupatentes; estames 4, inclusos, raramente exsertos, epipétalos, ocasionalmente estaminódio inconspícuopresente, anteras unidas, raramente livres, rimosas, às vezes poricidas; disco anular ou constituído de 1-5glândulas, raramente ausente (Napeanthus); ovário súpero a semi-ínfero, 2-carpelar, 1-locular, placentaçãoparietal; estilete simples, estigma estomatomórfico ou 2-lobado. Fruto baga ou cápsula seca ou carnosa,2-valvar; sementes numerosas, geralmente elípticas, estriadas.

Família pantropical com cerca de 150 gêneros e 3.000 espécies. Na região neotropical encontram-se 56gêneros e cerca de 1.800 espécies. No Brasil ocorrem cerca de 220 espécies, das quais 52 são encontradas noEstado de São Paulo. A maior parte dos representantes cresce na Mata Atlântica. Suas flores de cores vivase a facilidade de multiplicação vegetativa, ou por sementes, favorecem a utilização de suas espécies comoornamentais.

Burtt, B.L. & Wiehler, H. 1995. Classification of the family Gesneriaceae. Gesneriana 1: 1-4.Chautems, A. 1991. A família Gesneriaceae na região cacaueira do Brasil. Revista Brasil. Bot. 14: 51-59.Chautems, A. 1997. New Gesneriaceae from São Paulo, Brazil. Candollea 52: 159-169.Hanstein, J. 1864. Gesneriaceae. In C.F.P. Martius, A.G. Eichler & I. Urban (eds.) Flora brasiliensis. Lipsiae, Frid.

Fleischer, vol. 8, pars 1, p. 343-428, tab. 59-68.Hoehne, F.C. 1958. Novidades da família das Gesneriaceae do Brasil. Sellowia 9: 37-79.Hoehne, F.C. 1970. Iconografia das Gesneriáceas do Brasil. São Paulo, Secretaria da Agricultura, Instituto de

Botânica, 521p.Konno, T.U.P. 1997. Gesneriaceae. In M.C.M. Marques, A.S. Vaz & R. Marquete (eds.) Flórula da APA-Cairuçu,

Parati, RJ: Espécies Vasculares. Série Estudos e Contribuições Jardim Botânico do Rio de Janeiro 14: 197-211.

Martius, C.F.P. 1829. Gesneriaceae. Nova Genera et Species Plantarum. Monachii, Typis C. Wolf, vol. 3, p. 27-73.Skog, L.E. 1978. Flora of Panama. Ann. Missouri Bot. Gard. 65: 783-998.Vellozo, J. 1829. Florae fluminensis. Flumine Januario, Typographia Nationali, p. 240-247.Wiehler, H. 1983. A synopsis of the neotropical Gesneriaceae. Selbyana 6: 1-219.

Chave para os gêneros

1. Caule com raízes adventícias; folhas geralmente crassas, opostas; erva ou subarbusto epifítico ou rupícola.2. Corola tubuloso-campanulada a levemente ventricosa, alva, creme a rosada, às vezes com manchas

castanhas; fruto baga .................................................................................................. 2. Codonanthe2. Corola tubuloso-ventricosa ou infundibuliforme e comprimida lateralmente, amarela, alaranjada,

rosada, vermelha ou vinácea, às vezes com estrias castanhas; fruto cápsula carnosa, 2-valvar.................................................................................................................................. 5. Nematanthus

1. Caule sem raízes adventícias; folhas membranáceas, opostas, 3-verticiladas ou rosuladas; erva ou arbustoterrestre, raramente epifítico, neste caso, sistema subterrâneo tuberoso.3. Cálice amarelo; corola alva ou amarela; arbusto .............................................................. 1. Besleria

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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3. Cálice verde a avermelhado; corola de cores variadas; erva, raramente arbusto (neste caso, cáliceverde e corola vermelha).4. Planta com raiz fibrosa e rizoma sem escamas; caule muito reduzido; folhas rosuladas e subsésseis;

ovário súpero; nectário ausente .............................................................................. 4. Napeanthus4. Planta com raiz tuberosa, rizomatoso-escamosa; caule geralmente bem desenvolvido; folhas

pecioladas, raramente sésseis; ovário semi-ínfero; nectário presente.5. Sistema subterrâneo rizomatoso-escamoso; nectário em anel .................................3. Gloxinia5. Sistema subterrâneo tuberoso, quando ausente parte do caule é carnoso (S. schiffneri); nectário

formado por 5 glândulas ou reduzido a 1-2 dorsais .............................................. 6. Sinningia

1. BESLERIA L.

Alain Chautems & Catarina Y. Kiyama

Arbustos terrestres; caule cilíndrico a quadrangular, ereto, pouco ramificado; sem raízes adventícias.Folhas opostas, iguais até anisofilas; pecioladas; lâmina geralmente elíptica, membranácea, assimétrica nabase, acuminada no ápice, margem inteira a denticulada, peninérveas. Inflorescência axilar, cimosa;pedunculada, séssil ou subséssil; sem brácteas. Flores pouco vistosas; cálice campanulado, sépalas imbricadas,adpressas ao tubo da corola, mucronadas ou não, amarelas, membranáceas ou papiráceas; corola tubulosa,alva ou amarela, lobos concolores ou não; estames 4, inclusos, anteras unidas, rimosas, filetes alvos; nectárioanular; ovário súpero, estigma estomatomórfico a 2-lobado. Baga globosa, prolongada em ponta pela basedo estilete; sementes largamente elípticas, espiraladamente estriadas.

O gênero possui cerca de 160 espécies na América tropical, das quais dez ocorrem no Brasil. No Estadode São Paulo foram encontradas três espécies.

Flaster, B. 1966. Generis Besleriae species nova. Bol. Mus. Nac. 33: 1-7.Morton, C.V. 1939. A revision of Besleria. Contr. U.S. Nat. Herb. 26: 395-474.SanMartin-Gajardo, I. & Freitas, L. 1999. Hummingbird pollination in Besleria longimucronata Hoehne

(Gesneriaceae) in south-eastern Brazil. Biociências 7(2): 13-24.

Chave para as espécies de Besleria

1. Inflorescência séssil a subséssil; sépalas com mucro alongado, 1,5-4mm ........... 1. B. longimucronata1. Inflorescência pedunculada; sépalas não mucronadas ou mucro não ultrapassando 1mm.

2. Inflorescência 6-12 flores; sépalas ovado-oblongas, papiráceas, obtuso-arredondadas no ápice....................................................................................................................................... 2. B. selloana

2. Inflorescência 2-3 flores; sépalas ovado-lanceoladas, membranáceas, agudas no ápice.... 3. B. umbrosa

1.1. Besleria longimucronata Hoehne, Sellowia 9: 41.1958.Prancha 1, fig. A-B.Besleria daui Flaster, Bol. Mus. Nac. Rio de Janeiro

33: 1. 1966. Syn. nov.Arbustos, 0,5-1,5m; caule cilíndrico a quadrangular, gla-brescente na base, pubescente no ápice. Folhas levementeanisofilas; pecíolo 3-12cm, verde, pubérulo; lâmina 10-23×4-9cm, elíptico-lanceolada a obovada, base estreitamentecuneada, margem inteira, ápice acuminado, glabrescente naface adaxial, pubérula na abaxial, sobretudo nas nervuras,

proeminentes, 6-15 pares. Inflorescência 2-6 flores, séssila subséssil. Pedicelo 1,5-4cm, verde-pálido, pubescente;sépalas 8-10×5-7mm, ovadas, unidas na base até ca. 2mm;nervura dorsal prolongando-se em um mucro, 1,5-4mm;corola 1,8-2,2cm, alva, glabrescente, gibosa na base, lobospatentes, concolores; ovário glabro a piloso; estilete glabroa pubescente, estigma estomatomórfico. Baga 1-2×0,8-1,5cm, verde a amarela, base do estilete persistente,5-10mm, cálice acrescente tornando-se verde; sementescastanhas.

Espécie endêmica da Serra do Mar nos Estados do

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Rio de Janeiro e São Paulo. D9, E8, E9. Coletada com floresde agosto a outubro e com frutos de novembro a janeiro.

Material selecionado: Bananal, IX.1994, E.L.M. Catharinoet al. 2046 (SP, UEC). Salesópolis, IX.1994, L. Rossi et al. 1666(SP, SPF, UEC). Ubatuba, 23º21’S 44º52’W, VIII.1994, M.A.Assis et al. 288 (HRCB, SP, SPF, UEC).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Ubatuba(Estação Experimental), VII.1939, C. Smith 59 (SP, holótipo).

Flaster (1966) estabeleceu B. daui com base no ová-rio piloso, enquanto Hoehne (1958) descreveu o ováriocomo glabro para B. longimucronata. Konno (1997) re-lacionou coleções com ovário glabro e piloso para a regiãoda APA-Cairuçu, Parati (RJ). A diferença de indumentonão foi considerada suficiente para o reconhecimento des-sas duas espécies. Portanto, aqui, B. daui é consideradaum sinônimo de B. longimucronata.

Apesar de apresentar flores de cores pálidas, beija-floresforam registrados como polinizadores de B. longimucronata(SanMartin-Gajardo & Freitas, 1999).

1.2. Besleria selloana Klotzsch & Hanst. in Mart., Fl.bras. 8(1): 398. 1864.

Arbustos, 0,5-2m; caule, cilíndrico a quadrangular,pubérulo a densamente pubescente no ápice. Folhasanisofilas; pecíolo 1,5-9cm, verde a vináceo, pubescente;lâmina 12-28×6-11cm, ovada ou oblongo-ovada, baseaguda a obtusa, margem com dentes inconspícuos e esparsosou irregularmente dentada, ápice acuminado, glabrescentena face adaxial, pubérula na abaxial; nervura principalverde a vinácea, 8-15 pares de nervuras secundárias.Inflorescência 6-12 flores; pedúnculo 2-7cm, pubérulo.Pedicelo 2-3cm, amarelado, pubérulo; sépalas 8-10×3-5mm, ovado-oblongas, papiráceas, obtuso-arredondadasno ápice, não mucronadas; corola 1,7-2,2cm, amarela nabase, alva no ápice, não gibosa na base, lobos patentes,glabrescente; ovário glabro a piloso; estilete pubescente,estigma estomatomórfico. Baga 1-1,5×0,8-1,5cm, base doestilete persistente, 5-7mm, imatura verde; sementes

irregularmente angulosas, castanhas.Ocorre nos Estados de São Paulo e Paraná. E6, E7,

E8, F6, F7. Coletada com flores de agosto a novembro ecom frutos de novembro a março.

Material selecionado: Ibiúna, VII.1995, J.A. Pastore &J.B. Baitello 110 (SP). Itanhaém, VII.1901, Wettstein & Schiffner322 (WU). Miracatu, 24º03’S 47º13’W, IV.1994, J.R. Pirani &R.J.F. Garcia 3115 (SP, SPF, UEC). Salesópolis, IX.1994, R.Simão-Bianchini et al. 485 (SP, UEC). Santo André, 23º47’S46º19’W, IX.1992, I. Cordeiro et al. 918 (SP).

1.3. Besleria umbrosa Mart., Nov. Gen. sp. pl. 3: 44. 1829.Prancha 1, fig. C-D.

Arbustos, 0,5-1,2m; caule ± quadrangular, pubescente atomentoso no ápice, ramos pubescentes. Folhas às vezesanisofilas; pecíolo 1,3-3cm, pubescente, verde; lâmina 7-20×3-9cm, elíptica a oblongo-obovada, base aguda, margeminteira a levemente dentada, ápice acuminado, glabra naface adaxial, pubérula na abaxial; 7-12 pares de nervurassecundárias. Inflorescência 2-3 flores; pedúnculo 4-5cm,pubérulo. Pedicelo 1,5-2cm, verde na base, amarelado noápice, pubérulo; sépalas 8-10×4-6mm, ovada-lanceoladas,agudas no ápice, soldadas na base até 1-2mm, levementecarenada no dorso, membranáceas, pubérulas, mucro porvezes presente, não ultrapassando 1mm; corola 1,8-2cm,amarela, gibosa na base, pouco ventricosa no ápice,glabrescente, lobos patentes, amarelos na face externa,esbranquiçados na face interna; ovário glabro a pubescente;estilete pubescente, estigma sub-2-lobado. Baga 10-15mm,globosa, base do estilete persistente, 5-7mm, imatura verde,glabrescente.

Ocorre no Rio de Janeiro e na Serra da Mantiqueira,em São Paulo. D8, D9. Coletada com flores de outubro ajaneiro e com frutos de janeiro a março.

Material examinado: Bananal, X.1979, W. Mantovani 154(SP). Monteiro Lobato, IX.1976, P.H. Davis et al. 2929 (UEC).

Material adicional examinado: RIO DE JANEIRO, propeMandiocca, Martius s.n. (foto M, holótipo).

2. CODONANTHE (Mart.) Hanst.

Alain Chautems & Catarina Y. Kiyama

Subarbustos rupícolas ou epifíticos; caule pendente, às vezes escandente, radicante nos nós, glabro,pubérulo ou piloso; raízes adventícias. Folhas opostas, anisofilas ou não; subsésseis ou pecioladas; lâminaovada, elíptica ou orbicular, inteira, geralmente crassa, glabra a pubescente, verde, às vezes avermelhada naface abaxial. Inflorescência axilar, séssil, 1-5 flores. Flores pediceladas, protândricas; cálice subcampanulado,sépalas lineares, elípticas, oblongas ou ovadas, iguais ou desiguais, eretas, margem inteira, verde aavermelhadas; corola tubuloso-campanulada a levemente ventricosa, tubo reto a fortemente curvado nabase, lobos eretos a patentes, alva, creme, rosada, às vezes com manchas castanhas, fauce com pontuaçõesamarelas e castanhas; anteras unidas em pares ou todas reunidas em retângulo, conetivos pouco a muitodesenvolvidos, poricidas; glândula nectarífera dorsal, 2-lobada; ovário súpero, glabro a pubérulo; estilete

CODONANTHE

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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alvo a avermelhado, estigma estomatomórfico a 2-lobado. Baga carnosa, amarela ou alaranjada, globosa,placenta e funículos carnosos, creme a alaranjados; sementes elípticas, castanhas ou roxas, estriadas.

O gênero possui 17 espécies neotropicais, das quais dez ocorrem no Brasil e cinco no Estado de SãoPaulo.

Chave para as espécies de Codonanthe

1. Planta glabra; folhas ovadas a lanceoladas.2. Folhas com nítida anisofilia, freqüente abscisão de uma das folhas nos pares; tubo da corola constrito

na base, fortemente sigmóide; filetes avermelhados (lâmina com venação alvacenta em material vivo)......................................................................................................................................... 5. C. venosa

2. Folhas levemente anisofilas, não decíduas; tubo da corola alargando-se gradativamente, levementesigmóide ou reto; filetes alvos.3. Folhas cordadas na base; sépalas linear-lanceoladas; tubo da corola reto ............ 2. C. cordifolia3. Folhas obtusas ou cuneadas na base; sépalas ovado-lanceoladas; tubo da corola ventricoso

................................................................................................................................... 4. C. gracilis1. Planta pubescente; folhas orbiculares a elípticas.

4. Corola 2-2,5cm, tubulosa e levemente sigmóide .......................................................... 1. C. carnosa4. Corola 1,2-1,8cm, tubuloso-campanulada ................................................................. 3. C. devosiana

2.1. Codonanthe carnosa (Gardner) Hanst., Fl. bras.8(1): 418. 1864.

Subarbustos, 15-40cm, epifíticos, raramente rupícolas;caule pubescente, pendente, às vezes escandente. Folhaslevemente anisofilas; pecíolo 2-3mm, velutino, averme-lhado; lâmina 1,2-2,5×1-1,5cm, orbicular, crassa,pubescente, base e ápice obtusos, face adaxial verde-escuro, face abaxial verde-pálido a vinácea. Flores 1-2por axila; pedicelo 2-4mm, velutino, avermelhado; sépalas4-5×1-2mm, linear-lanceoladas, margem inteira,velutinas, verdes a avermelhadas; corola 2-2,5cm,tubulosa levemente sigmóide, tubo 15-18×5-6mm, alvoexternamente, amarelo com pontuações castanhas nafauce, lobos 6-8×6-9mm, eretos a patentes, arredonda-dos, dorsais 2, menores que os 3 ventrais, creme emambas as faces, internamente pubescente; filetes alvos,anteras unidas em pares, conetivos muito desenvolvidos;ovário pubescente; estilete alvo, estigma estoma-tomórfico. Baga ca. 7mm, alaranjada, pubescente; se-mentes 1-1,2mm, castanhas.

Distribuição restrita ao Rio de Janeiro e zonas limí-trofes de Minas Gerais e São Paulo. E8: entre litoral e1.000m de altitude. Coletada com flores em junho, agostoa outubro e janeiro, com frutos em janeiro.

Material examinado: Ubatuba, VI.1956, M. Kuhlmann3828 (SP).

Material adicional examinado: RIO DE JANEIRO,Corcovado, 1836 (G, P, isótipos).

2.2. Codonanthe cordifolia Chautems, Candollea 52: 159.1997.Prancha 1, fig. E.

Subarbustos, 30-60cm, epifíticos, raramente rupícolas;caule glabro, pendente às vezes escandente. Folhaslevemente anisofilas, não decíduas; pecíolo 1-2mm, glabro;lâmina 1,5-3,5×1,5-3cm, ovada, base cordada, ápiceagudo, verde discolor, glabra. Flores 1-3 por axila;pedicelo 2-5mm, avermelhado, pubérulo; sépalas 6-8×1,5-2,5mm, linear-lanceoladas, verdes, pubérulas; corola1-1,5cm, estreitamente tubuloso-campanulada, tubo reto,7-9mm, creme com manchas castanhas externamente,amarelada com pontuações castanhas na fauce, lobos3-4×4-5mm, eretos a patentes, subiguais, arredondados,creme em ambas as faces; filetes alvos, anteras unidas empares, conetivos muito desenvolvidos; ovário glabro aesparsamente pubescente; estilete avermelhado, estigmaestomatomórfico. Baga 6-10mm, alaranjado-escura,brilhante, glabra; sementes 1-1,2mm, castanho-claras.

Ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Pauloe Santa Catarina. D9, E7, E8, E9: nas encostas da MataAtlântica, entre 700-1.500m. Coletada com flores desetembro a fevereiro e com frutos de fevereiro a maio.

Material selecionado: Atibaia, VI.1987, J.A.A. Meira Netoet al. 21172 (UEC). Bananal, IX.1994, E.A. Rodrigues et al.250 (SP, SPF, UEC). Cunha, I.1991, A. Chautems & M. Peixoto392 (SP, holótipo; G, US, isótipos). Ubatuba, II.1993, A.M.Benko-Iseppon 9 (SPF).

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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BESLERIA – NEMATANTHUS

Prancha 1. A-B. Besleria longimucronata, A. inflorescência; B. flor. C-D. Besleria umbrosa, C. inflorescência; D. fruto. E.Codonanthe cordifolia, flor. F. Codonanthe devosiana, inflorescência. G. Codonanthe gracilis, flor. H. Codonanthe venosa, flor.I. Gloxinia sylvatica, hábito. J. Napeanthus primulifolius, hábito. K. Nematanthus bradei, flor. L-M. Nematanthus fritschii, L.ramo; M. flor. N. Nematanthus jolyanus, flor. O. Nematanthus villosus, flor. (A-B, SanMartin-Gajardo 35295 e foto; C-D, foto efixado em álcool, proc. Pindamonhangaba - Serra da Mantiqueira; E, fixado em álcool AC-1201, proc. Moji das Cruzes - Biritiba-Ussu; F, G cult. AC-1126, proc. Mongaguá; G, G cult. AC-1165, proc. próximo a Parati [RJ]; H, G cult. AC-1701, proc. Caraguatatuba -Praia de Tabatinga; I, G cult. s.n., proc. desconhecida; J, Mamede 231; K, G cult. W-2495, proc. estrada São Paulo-Santos; L-M,Chautems 39; N, G cult. AC-1484, proc. São Sebastião - Praia de Boracéia; O, G cult. AC-1108, proc. Moji das Cruzes - Biritiba-Ussu) [G cult. = Material cultivado em Genebra; proc. = procedência].

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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GESNERIACEAE

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2.3. Codonanthe devosiana Lem., Illustration horticole2: pl.56. 1855.Prancha 1, fig. F.Codonanthe digna Wiehler, Selbyana 5: 214. 1979;

syn. nov.Codonanthe paula Wiehler, Selbyana 5: 215. 1979;

syn. nov.Subarbustos, 15-40cm, epifíticos, raramente rupícolas,pubescentes; caule pendente ou escandente com raízesadventícias muito desenvolvidas. Folhas levementeanisofilas; pecíolo 3-6mm; lâmina 1-2,5×0,8-1,5cm,orbicular ou elíptica, base e ápice obtusos, vilosa, verdediscolor, face abaxial às vezes com manchas rosado-vermelha. Flores 1-2 por axila; pedicelo 3-8mm,avermelhado; sépalas 3-4×0,5-1mm, lineares, verdes aavermelhadas, vilosas; corola 1,2-1,8cm, tubuloso-campanulada, tubo pouco recurvado, 8-12mm, creme arosada externamente, amarelada com pontuações castanhas,tricomas glandulares na fauce, lobos 4-6×4-8mm, eretos apatentes, dorsais 2, menores que os 3 ventrais, arredondados,creme em ambas as faces; filetes alvos a castanhos, anterastodas reunidas em retângulo, conetivos muito desenvolvidos,teca alva, às vezes com uma linha purpúrea; ováriopubescente; estilete creme, glabro, estigma estomatomórfico.Baga 10-12×6-9mm, amarela a alaranjada, vilosa; sementes1-1,2mm, castanhas.

Ocorre na Mata Atlântica, no Espírito Santo, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grandedo Sul. E7, E8, E9, F5, F6, F7, G6: entre o litoral e 200m,raramente até 1.300m de altitude. Coletada com flores defevereiro a outubro, com pico entre junho e setembro, ecom frutos de fevereiro a agosto; flores e frutos às vezesencontrados na mesma planta.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),VI.1989, S. Romaniuc Neto et al. 851 (G, SP). Ilha Comprida,25º01’S 47º54’W, IX.1994, M.E. Basso et al. 34 (SP). Iporanga,V.1996, M.A. Corrêa et al. 89 (SP). Itanhaém, IV.1983, A.Chautems & M. Peixoto 70 (G, SP). Itapecerica da Serra,III.1983, A. Chautems et al. 32 (G, SP). Ubatuba, IV.1994, A.Furlan et al. 1570 (SP, HRCB). Ubatuba (Picinguaba), X.1989,J.E.L.S. Ribeiro et al. 739 (HRCB, SPF).

Há uma variabilidade relativa ao indumento do cau-le e folhas. Os tricomas podem ser curtos e adpressos alongos e eretos. Wiehler (1979) descreveu duas espéciescom base no indumento de cultivares. O exame de váriascoleções mostrou que existe uma variação contínua des-se caráter, portanto, C. digna e C. paula são aqui consi-derados sinônimos de C. devosiana.

2.4. Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst., Linnaea 26:209. 1854Prancha 1, fig. G.

Subarbustos, 30-80cm, epifíticos ou rupícolas; cauleglabro, pendente, às vezes escandente. Folhas levementeanisofilas, não decíduas; pecíolo 1-2mm, glabro; lâmina2,5-6×1-3cm, ovada a ovado-lanceolada, base obtusa oucuneada, margem inteira, muitas vezes com pontuaçõesavermelhadas, ápice agudo a acuminado, verde discolor,glabra. Flores 1-3 por axila; pedicelo 3-15mm, verde aavermelhado, glabro; sépalas 7-15×3-8mm, ovado-lanceoladas, margem inteira, às vezes com pontos vináceos,venação às vezes avermelhada, glabrescentes; corola1,5-2,5cm, tubulosa a ventricosa, levemente gibosa na base,tubo ventricoso, 11-18mm, creme, às vezes compontuações castanhas externamente, amarelada compontuações castanhas e tricomas glandulosos na fauce,lobos 5-7×6-8mm, eretos a patentes, subiguais, arredon-dados, creme em ambas as faces; filetes alvos, anteras todasreunidas em retângulo, conetivos muito desenvolvidos;ovário glabro; estilete avermelhado, estigma estomato-mórfico. Baga 0,5-0,8mm, alaranjado vivo, brilhante,glabra; sementes 1-1,2mm, castanho-claras.

Ocorre no sul da Bahia, Espírito Santo, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande doSul. E6, E7, E8, E9, F6, F7, G6: freqüente na MataAtlântica, entre o litoral e 900m de altitude. Coletada comflores o ano inteiro, com pico de setembro a março, e comfrutos de outubro a abril.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso), X.1981,L.S.R. Duarte 11 (G, SP). Iguape, V.1990, E.L.M. Catharino etal. 1401 (G, SP). Itanhaém, X.1995, V.C. Souza et al. 9238 (SP).São Paulo, I.1996, R. Simão-Bianchini et al. 929 (SP). Tapiraí,I.1995, L.C. Bernacci et al. 959 (IAC, SP). Ubatuba, 23º25’S45º07’W, XI.1993, R. Goldenberg et al. 29843 (SP, SPF, UEC).Ubatuba (Picinguaba), VIII.1994, M.A. Assis et al. 404 (SP).

2.5. Codonanthe venosa Chautems, Candollea 52: 162.1997.Prancha 1, fig. H.

Subarbustos, 30-60cm, epifíticos; caule cilíndrico aquadrangular, glabro. Folhas fortemente anisofilas,freqüente abscisão de uma das folhas nos pares; pecíolo3-7mm, glabro; lâmina 3-12×1,5-4,5cm, ovado-elíptica,base obtusa, ápice agudo, glabra, verde discolor; nervaçãoalvacenta evidente em material fresco. Flores 1-5 por axila;pedicelo 5-10mm, avermelhado, pubescente; sépalas6-8×1-1,5mm, linear-lanceoladas, avermelhadas, trico-

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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mas glandulosos, esparsos; corola ca. 2cm, tubuloso-campanulada, fortemente recurvada com ângulo de ca. 110°entre os eixos do cálice e da corola, tubo 15-16mm,constrito na base, fortemente sigmóide, alvo, pontuaçõescastanhas, pubescência esparsa na parte interna da fauce,lobos 4-5×3-4mm, patentes, subiguais, arredondados,alvos; filetes avermelhados, anteras todas reunidas emretângulo, conetivos muito desenvolvidos, tecas aver-melhadas; ovário pubescente, avermelhado; estilete

avermelhado, glabro, estigma estomatomórfico. Baga14-16mm, alaranjada a vinácea, brilhante, glabrescente;placenta e funículos alaranjados; sementes 1-1,2mm,castanho-claras.

Ocorre entre a Serra dos Órgãos no Rio de Janeiro ea Serra da Bocaina em São Paulo. E9. Coletada com floresde maio a outubro e com frutos de julho a dezembro.

Material selecionado: Ubatuba (Picinguaba), X.1988,N.M.L. Cunha 215 (HRCB, holótipo; SPF, isótipo).

3. GLOXINIA L’Hérit.

Alain Chautems

Ervas perenes, terrestres; caule geralmente bem desenvolvido, sem raízes adventícias; sistemasubterrâneo rizomatoso-escamoso. Folhas opostas, raramente 3-verticiladas, iguais ou levemente anisofilas,inteiras ou serreadas, membranáceas; pecioladas. Inflorescência axilar ou terminal, 1-3 flores. Flores vistosas;cálice 5-lobado; corola roxa ou vermelha, tubulosa, infundibuliforme ou campanulado-ventricosa, 5-lobada;estames 4, anteras unidas em retângulo; ovário semi-ínfero, nectário anular, intra-estaminal. Fruto cápsulaloculicida, cônica; sementes numerosas.

Gênero com cerca de 12 espécies neotropicais, distribuídas pela Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia,Argentina e Brasil. Entre as seis espécies brasileiras, somente uma ocorre em São Paulo.

Hoehne, F. C. 1964. O gênero Gloxinia no Brasil. Arq. Bot. Estado São Paulo 3: 315-335.Wiehler, H. 1976. A report on the classification of Achimenes, Eucodonia, Gloxinia, Goyazia and Anetanthus.

Selbyana 1: 374-404.

3.1. Gloxinia sylvatica (Kunth) Wiehler, Selbyana 1: 33.1975.Prancha 1, fig. I.

Ervas, 5-30cm, rizomatosas, terrestres; caule raramenteramificado, ereto, pubescente; raízes fibrosas. Folhasopostas, levemente anisofilas; pecíolo 0,3-1cm; lâmina3-11×0,8-2,5cm, estreitamente ovado-elíptica, ápiceacuminado, margem inteira, base atenuada, verde discolor,por vezes vinácea na face abaxial, estrigosa; 4-6 pares denervuras secundárias bem distintas. Flores 1, raramente2-3, axilares, terminais; pedicelo 4-13cm, ereto, vináceo,pubescente; cálice soldado à base do ovário por 3-4mm,sépalas 5-10×2mm, lineares a estreitamente ovadas,margem inteira, verdes, pubescentes; corola 1,8-2,5×1cm,tubulosa, levemente ventricosa, vermelho-vivo na partedorsal, alaranjada na parte ventral, externamente velutina,

interior da fauce amarela com pintas vermelhas na porçãoventral, lobos 2-3×3-4mm, subiguais, patentes, vermelhosna face interna, tricomas glandulares diminutos e esparsoscercando a abertura da fauce; estames inclusos, filetes1,4-1,8cm, creme, esparsamente pilosos; ovário cônico,pubescente; estilete 1,5-1,8cm, creme, pubérulo, estigmagloboso, creme, esverdeado quando imaturo, nectárioanular a levemente 5-lobado. Cápsula 6-10mm, finamentesulcada na parte do cálice concrescida com a base;sementes ca. 0,5mm, oblongas.

Ocorre no Equador, Peru, Bolívia e Paraguai. NoBrasil, nos Estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Geraise São Paulo. C6, D4. Coletada com flores de fevereiro anovembro.

Material examinado: Descalvado, XI.1954, M. Kuhlmanns.n. (SP 59059). Marília, II.1999, W. Ribeiro s.n. (SP 335028).

4. NAPEANTHUS Gardn.

Alain Chautems

Ervas perenes, terrestres; caule herbáceo, inconspícuo, sem raízes adventícias; raízes fibrosas rizonadas,sem escamas. Folhas rosuladas e sésseis a subsésseis, membranáceas. Inflorescência cimosa, axilar;pedunculada. Flores 1-muitas; em geral longo-pediceladas; cálice verde, campanulado, sépalas unidas até

NAPEANTHUS

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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1/3 ou quase a 1/2 do comprimento; corola subcampanulada, levemente zigomórfica, alva a lilás, lobospatentes; estames 4, inclusos, filetes glabros, anteras livres, deiscência rimosa; estaminódio presente; ováriosúpero; estilete persistente, glabro ou pubérulo, estigma 2-lobado, nectário ausente. Fruto cápsula, 2-valva,cálice acrescente; sementes pequenas, elípticas, espiraladas ou longitudinalmente estriadas.

Segundo Burtt & Wiehler (1995), cerca de 30 espécies ocorrem desde a América Central até o Brasil,onde foram registradas duas espécies, das quais uma cresce no Estado de São Paulo.

Leeuwenberg, A.J.M. 1958. Revision of Napeanthus. Acta Bot. Neerl. 7: 340-354.

4.1. Napeanthus primulifolius (Raddi) Sandwith,Webbia 12: 332. 1956.Prancha 1, fig. J.

Ervas, 10-20cm. Folhas subsésseis; lâmina 5-15×1,5-4cm,oblongo-espatulada, atenuada e subauriculada na base,crenado-serrilhada em direção ao ápice, glabrescentes naface adaxial, pubescentes sobretudo nas nervuras na faceabaxial; 6-9 pares de nervuras secundárias. Inflorescêncialaxa, 2-4 flores; pedúnculo 2-10cm, glabrescente; brácteas,elíptico-lanceoladas, verdes na base, glabras. Pedicelos2-3cm, verdes, glabrescentes; sépalas 6-8×1,5-2mm,lanceoladas, unidas até 1/3 do comprimento, verdes aavermelhadas, glabras; corola 1,4-1,6cm, alva na base, lilásno limbo, lobos patentes, retusos, fauce alva, externamenteglabra, internamente com tubo pubescente a tomentoso;

ovário e estilete glabros. Cápsula ca. 5mm, glabra;sementes 0,4-0,5×0,2-0,3mm, elípticas, espiraladamenteestriadas, castanhas.

Distribuição restrita ao Rio de Janeiro, São Paulo enordeste do Paraná. E8, E9, F6, F7, G6: em locais som-brios da Mata Atlântica, encostas e pedras úmidas nasproximidades de riachos. Coletada com flores de dezem-bro a fevereiro e com frutos de março a outubro.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),XII.1990, F. Barros & J.E.L.S. Ribeiro 2100 (SP). Iguape(Juréia), III.1990, M.C.H. Mamede et al. 231 (G, SP). Itanhaém,VII.1956, M. Kuhlmann 3903 (SP). Ubatuba, 23º23’S 45º07’W,II.1996, H.F. Leitão Filho et al. 34645 (SP). Ubatuba(Picinguaba), XI.1990, R. Marquete et al. 287 (RB).

Ilustrações encontram-se em Hoehne (1970, tab. 189).

5. NEMATANTHUS Schrader

Alain Chautems & Catarina Y. Kiyama

Subarbustos epifíticos ou rupícolas; caule escandente ou pendente, glabro, pubescente, canescente ouviloso, com raízes adventícias. Folhas anisofilas ou não, opostas, geralmente crassas; pecioladas. Floresressupinadas ou não; pediceladas; sépalas lineares, oblongas ou ovadas, eretas, patentes ou reflexas; corolatubuloso-ventricosa com base cilíndrica alargada em giba mais ou menos pronunciada ou infundibuliformee comprimida lateralmente no ápice, amarela, alaranjada, rosada, vermelha ou vinácea, às vezes com estriascastanhas, lobos concolores ou não, eretos a revolutos; estames 4, protândricos, anteras inclusas ou não,unidas, rimosas; nectário formado por uma glândula dorsal, 2-lobada; ovário súpero; estigma geralmenteincluso. Fruto cápsula loculicida, 2-valvar, carnosa, ovóide-cônica, esverdeada, creme, amarela, alaranjadaou vinácea; sementes elípticas, castanhas, estrias longitudinais ou espiraladas.

O gênero apresenta 29 espécies endêmicas da Mata Atlântica, ocorrendo na Bahia, Minas Gerais, EspíritoSanto, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Estado de São Pauloforam registradas 20 espécies. Várias espécies deste gênero são empregadas como ornamentais, tendo sidointroduzidas em cultivo, principalmente, nos Estados Unidos e na Europa (Arnold 1978).

Arnold, P. 1978. The Gesneriad Register – Nematanthus, check-list of names with descriptions of cultivatedplants. Gloxinian 28(5): 1-8.

Chautems, A. 1988. Révision taxonomique et possibilités d’hybridations de Nematanthus Schrader (Gesneriaceae),genre endémique de la forêt côtière brésilienne. Diss. Botanicae 112. Berlin, J. Cramer, 226p.

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Chave para as espécies de Nematanthus

1. Folhas com tricomas densos ou esparsos em ambas as faces.2. Lâmina foliar com macula vinácea na face abaxial.

3. Pedicelo menor que 1cm; corola horizontal em relação ao ramo .................... 13. N. monanthos3. Pedicelo com 2,5cm ou maior; corola pendente em relação ao ramo.

4. Corola 2,5-3,5cm, vináceo-escura, lobos amarelos ................................. 10. N. ×kuhlmannii4. Corola 3,5-4cm, vináceo-clara, lobos concolores ................................... 12. N. ×mattosianus

2. Lâmina foliar verde nas duas faces, ocasionalmente com nervação vinácea na face abaxial.5. Flores ressupinadas.

6. Sépalas eretas; corola 3-3,5cm, vermelha ou pontuada de amarela ou totalmente amarela................................................................................................................................. 4. N. fissus

6. Sépalas patentes a reflexas; corola 1,5-2,5cm, vinácea ..................................... 19. N. villosus5. Flores não ressupinadas.

7. Pecíolo até 0,5cm compr., corola alaranjada, lobos amarelos.8. Base cilíndrica da corola menor que 0,5cm compr., corola 1,5-2,5cm compr.

................................................................................................................ 16. N. strigillosus8. Base cilíndrica da corola 0,8-1cm compr., corola 2,5-3cm compr. ............. 14. N. sericeus

7. Pecíolo 0,5-1,5cm compr., corola vermelha, lobos concolores.9. Caule pubescente a canescente ........................................................................ 1. N. bradei9. Caule glabro a pubérulo .................................................................................... 6. N. fornix

1. Folhas totalmente glabras ou com tricomas somente na face abaxial.10. Lâmina foliar com mancha vinácea na face abaxial, raramente totalmente vinácea.

11. Pedicelo 0,5-2cm; corola menor que 3,3cm ..................................................... 11. N. maculatus11. Pedicelo 2-10cm; corola maior que 3,4cm.

12. Corola infundibuliforme e comprimida lateralmente no ápice, amarela, vilosa ........................................................................................................................................ 5. N. fluminensis

12. Corola tubuloso-ventricosa, rosada, pubescente .............................................. 7. N. fritschii10. Lâmina foliar verde nas duas faces, raramente totalmente avermelhada na face abaxial.

13. Pedicelo 3-20cm; corola maior que 3,5cm, pendente em relação ao ramo.14. Sépalas patentes, até 1,5cm larg., vináceo-escuras na face interna; corola amarela com listras

vináceas ...................................................................................................... 2. N. brasiliensis14. Sépalas eretas, até 0,8cm larg., verdes na face interna; corola vermelha .. 3. N. crassifolius

13. Pedicelo 0,3-2,5cm; corola 1,5-3cm, ereta ou horizontal em relação ao ramo.15. Pecíolo maior que 1cm; sépalas com margem inteira a dentada; corola vilosa, ressupinada,

sinuosa.16. Corola toda amarela, marcadamente sinuosa ........................................... 9. N. jolyanus16. Corola amarela com listras castanhas, pouco sinuosa.

17. Sépalas 0,4-0,8cm larg., vináceas, margem irregularmente dentada .. 15. N. striatus17. Sépalas 0,8-1,2cm larg., verdes a vináceas, margem inteira ou munida de 1 dente

pequeno ....................................................................................... 18. N. tessmannii15. Pecíolo menor que 0,6cm; sépalas com margem inteira; corola glabra ou pubérula, não

ressupinada, não sinuosa.18. Sépalas ca. 1mm larg.; corola vermelha, lobos amarelos ................... 20. N. wettsteinii18. Sépalas 4-8mm larg.; corola alaranjada, lobos concolores.

NEMATANTHUS

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GESNERIACEAE

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19. Folhas inteiramente glabras; sépalas coriáceas e glabras, verdes na base e alaranjadasno ápice ............................................................................................ 8. N. gregarius

19. Folhas pubescentes na face abaxial; sépalas membranáceas e pubérulas, alaranjadasna base e avermelhadas no ápice ................................................ 17. N. teixeiranus

5.1. Nematanthus bradei (Handro) Chautems, Candollea39: 297. 1984.Prancha 1, fig. K.

Subarbustos epifíticos, 0,3-0,5m; caule pubescente acanescente. Folhas levemente anisofilas; pecíolo 0,5-1,5cm,verde nas duas faces, pubescente; lâmina 2,5-5×1,5-2,5cm,ovado-elíptica, levemente crassa, ápice agudo, margemesparsamente serreada, base obtusa, verde e pubescentenas duas faces; 3-4 pares de nervuras secundárias poucoperceptíveis. Flores 1-3 por axila, não ressupinadas;pedicelo 5-13mm, verde-claro, tomentoso; sépalas 10-13×3-4mm, acuminadas no ápice, margem inteira, eretas,verdes, pubescentes a canescentes; corola 1,8-2,4cm, emposição horizontal em relação ao ramo, tubuloso-ventri-cosa, parte tubuloso-cilíndrica 3-5mm compr., depois muitogibosa, projetada para a frente, vermelho-clara, pubérulaa pubescente, lobos concolores, eretos a patentes; filetesglabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estiletepubérulo na base, glabro no ápice, estigma incluso.Cápsula 8-10×8mm, verde nas duas faces das valvas;placenta e funículos creme.

Distribuição restrita à Serra de Cubatão, entre 700-900m.s.m. E7. Espécie ornamental, raramente cultivada.Coletada com flores de outubro a dezembro, raramente defevereiro e maio.

Material selecionado: Santo André (Paranapiacaba),XI.1985, M. Kirizawa et al. 1552 (SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Santo André(Paranapiacaba), XII.1959, O. Handro 903 (SP, holótipo deHypocyrta bradei Handro; K, S, W, isótipos).

5.2. Nematanthus brasiliensis (Vell.) Chautems, Candollea39: 297. 1984.

Subarbustos epifíticos ou rupícolas, 0,4-1,5m; cauleglabro a glabrescente. Folhas anisofilas; pecíolo 2-3cm,verde, glabro; lâmina 5-15×2,5-7cm, elíptica a obovada,pouco crassa, ápice agudo a acuminado, margem inteira,base cuneada, as duas faces verdes e glabras; 4-5 pares denervuras secundárias. Flores 1-2 por axila, ressupinadas;pedicelo 6-20cm, verde, pubescente; sépalas 2-2,5×1-1,5cm, ovado-deltóides, agudas, margem serreada,patentes, verde-vináceas na face externa, vináceas na faceinterna, glabrescentes; corola 4,5-5,5cm, em posiçãopendente em relação ao ramo, infundibuliforme ecomprimida lateralmente no ápice, pubérula, amarela comlistras vináceas, lobos amarelos com pontuações vináceas,revolutos; filetes pubérulos, anteras não ultrapassando a

base do lobo dorsal; ovário pubescente; estilete pubérulo,estigma ultrapassando a base do lobo dorsal. Cápsula 2-3×1-1,5cm, verde-vinácea na face externa, vinácea na faceinterna das valvas; placenta e funículos não observados.

Ocorre em São Paulo e na divisa com o Rio deJaneiro; distribuição restrita às encostas da Serra do Mar,entre 50-1.200m de altitude. D9, E8, E9. Coletada comflores de abril a dezembro.

Material selecionado: Bananal, IX.1994, E.L.M. Catharinoet al. 48 (SP). Ubatuba, 23º24’S 45º05’W, VIII.1994, M.A. deAssis 376 (ESA, HRCB, SP, SPF, SPSF, UEC). Ubatuba(Picinguaba), XI.1990, A. Furlan 1308 (HRCB).

5.3. Nematanthus crassifolius (Schott) Wiehler,Selbyana 5: 382. 1981.

Subarbustos epifíticos ou rupícolas, 0,5-1,2m; cauleglabro. Folhas ± anisofilas; pecíolo 1-2cm, verde nas duasfaces, glabro; lâmina 5-12×2-4cm, ovada-elíptica, crassa,ápice acuminado, margem inteira, levemente ciliada, basecuneada, verde, glabra ou glabrescente; 4-6 pares denervuras secundárias. Flores 1-2 por axila, ressupinadas;pedicelo 3-10cm, verde a vináceo, glabro; sépalas 1,5-3×0,3-0,8cm, ovadas, acuminadas, margem inteira, eretas,verdes a avermelhadas na face externa, verdes na faceinterna, glabras; corola 4-5cm, em posição pendente emrelação ao ramo, infundibuliforme e comprimidalateralmente no ápice, vermelha, glabrescente, lobos con-colores, revolutos; filetes glabros, anteras inclusas; ováriopubescente; estilete pubérulo. Cápsula 2,5-3×1,5-2cm,vinácea externamente, creme com manchas vináceas na faceinterna das valvas; placenta e funículos creme.

Ocorre no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio deJaneiro e São Paulo, nas encostas da Serra do Mar e daMantiqueira, entre 400 e 1.400m. s.m. D9. Coletada comflores de abril a julho.

Material selecionado: São José do Barreiro, VII.1994, L.Rossi & E.L.M. Catharino 1564 (SP).

Ilustrações encontram-se em Hoehne (1970, tab. 228).

5.4. Nematanthus fissus (Vell.) L.E. Skog, Baileya 19:150. 1975.Nome popular: arnica-do-mato.

Subarbustos epifíticos ou rupícolas, 0,3-0,6m; caulepubescente a viloso. Folhas ± anisofilas; pecíolo 5-15mm,verde a vináceo, pubescente; lâmina 5-9×2,5-4cm, obovadaa elíptica, crasso-rígida, ápice acuminado, margemlevemente serreada, base cuneada, verde nas duas faces,

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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pubescente; nervura central vinácea na base, 2-4 pares denervuras secundárias. Flores 1-4 por axila, ressupinadas;pedicelo 6-14mm, verde-claro a avermelhado, viloso;sépalas 1,3-1,8×0,2-0,3cm, linear-lanceoladas, margeminteira, eretas, verdes a avermelhadas, seríceas; corola3-3,5cm, horizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 1-1,5cm compr., gradual e estreitamente gibosa,projetada para a frente, vermelha ou raramente pontuadade amarela ou totalmente amarela, vilosa, lobos concolores,eretos a patentes; estames com filetes glabros, anterasinclusas; ovário pubescente; estilete pubérulo na base,glabro no ápice. Cápsula 1,5-2×1-1,5cm, achatada,amarelo-brilhante nas duas faces das valvas; placenta efunículos amarelados.

Ocorre do Rio de Janeiro até Santa Catarina. E7, E8,E9, F6, F7, G6: matas costeiras desde a planície até 500mde altitude. Coletada com flores o ano todo.

Material selecionado: Bertioga, VIII.1995, S.L. Proençaet al. 72 (ESA, HRCB, SP, SPF, UEC). Cananéia, 25º01’S47º54’W, IX.1994, P.H. Miyagi et al. 193 (SP). Iguape (EstaçãoEcológica Juréia/Itatins), VI.1990, L. Rossi et al. 637 (G, SP).Itanhaém, IV.1983, A. Chautems & M. Peixoto 71 (SP).Ubatuba, 23º24’S 45º05’W, IV.1994, A. Furlan et al. 1484(HRCB, SP, SPF, SPSF, UEC). Ubatuba (Picinguaba), 23º21’S44º49’W, XI.1993, R. Goldenberg et al. 29867 (SP).

5.5. Nematanthus fluminensis (Vell.) Fritsch, Bot. Jahrb.Syst. 37: 488. 1906.

Subarbustos epifíticos ou rupícolas, 0,4-1,5m; cauleglabro. Folhas fortemente anisofilas; pecíolo 1,5-3cm,esverdeado a vináceo, crasso, glabro; lâmina 5-17×2,5-6cm, largamente ovada ou obovada, crassa, glabra,ápice agudo a acuminado, margem inteira, base subobtusaa cuneada, face adaxial verde, face abaxial com manchavinácea difusa; 4-6 pares de nervuras secundárias. Flores1-2 por axila, ressupinadas; pedicelo 2-4cm, vináceo,viloso; sépalas 1,5-2,5cm, ovadas, acuminadas, margempouco serreada, eretas, verdes a vináceas, vilosas; corola4-5cm, em posição pendente em relação ao ramo,infundibuliforme e comprimida, amarela, vilosa, lobosconcolores, revolutos; filetes glabros, anteras inclusas;ovário pubescente; estilete pubérulo. Cápsula 3-3,5×1,4-1,7cm, verde-vinácea na face externa, vinácea na faceinterna das valvas; placenta e funículos creme.

Distribuição restrita a São Paulo e Rio de Janeiro. E7,E8: encostas da Serra do Mar, entre 50 e 800m de altitude.Coletada com flores principalmente de abril a agosto,ocasionalmente em fevereiro, novembro e dezembro.

Material selecionado: Caraguatatuba, II.1992, S. Buzato& I. Sazima s.n. (G, UEC 26804). Jundiaí, VIII.1976, H.F. LeitãoFilho et al. 2529 (NY).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Ubatuba,X.1995, R. Goldenberg & I. Varassin 88 (UEC).

5.6. Nematanthus fornix (Vell.) Chautems, Candollea 39:298. 1984.

Subarbustos epifíticos ou rupícolas, 0,3-0,7m; cauleglabro a esparsamente pubérulo. Folhas ± anisofilas;pecíolo 5-10mm, verde, pubérulo; lâmina 3-6×2-2,5cm,ovado-elíptica, crasso-rígida, ápice agudo, margem inteira,finamente ciliada, base cuneada, face adaxial verde-escuro,brilhante, pubérula, face abaxial verde, pubérula; 3-4 paresde nervuras secundárias perceptíveis. Flores 1-2 por axila,eretas ou horizontais em relação ao ramo, não ressupinadas;pedicelo 0,8-2cm, verde-claro, pubérulo; sépalas 1,2-1,8×0,5-0,6cm, ovadas, pubérulas, verdes, agudas no ápice,margem inteira, eretas, venação por vezes avermelhada;corola 2,2-3cm, em posição horizontal em relação ao ramo,parte tubuloso-cilíndrica 6-7mm compr., giba muitopronunciada, levemente projetada para a frente, vermelha,pubescente, lobos concolores, eretos a patentes; filetespubescentes, anteras inclusas; ovário e estilete pubescentes,estigma incluso. Cápsula 1,5×1cm; cálice acrescente,amarelado, creme nas duas faces das valvas; placenta efunículos creme.

Ocorre no Rio de Janeiro e São Paulo. D8, D9: nasmatas de altitude da Serra da Mantiqueira e da Serra doMar, entre 1.200 e 1.800m. Coletada com flores de setem-bro a junho.

Material selecionado: Bananal, IX.1994, G.L. Esteves etal. 2646 (SP, SPF, UEC). Campos do Jordão, II.1990, A. JouyB1034 (SPF).

5.7. Nematanthus fritschii Hoehne, Sellowia 9: 76. 1958.Prancha 1, fig. L-M.Nome popular: arnica-do-mato.

Subarbustos epifíticos ou raramente rupícolas, 0,5-1,2m;caule pubérulo a pubescente. Folhas anisofilas; pecíolo0,5-3,5cm, verde, pubérulo a pubescente; lâmina 4-12×3-5cm, ovado-elíptica, crassa, ápice acuminado acuspidado, margem inteira, base subobtusa, face adaxialverde, glabra, face abaxial com mancha vináceanitidamente delimitada no centro da superfície,pubescente; 4-5 pares de nervuras secundárias. Flores 1por axila, ressupinadas; pedicelo 2-10cm, verde avináceo, pubescente; sépalas 2-3cm, estreitamenteovadas, acuminadas, margem serreada, eretas, verdes avináceas, pubescentes a pubérulas; corola 3,5-5cm, emposição pendente em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 2,8-3,2cm compr., giba bem marcada, rosada,pubescente, lobos concolores, raramente alvacentos ouamarelos, revolutos; filetes glabros, anteras nãoultrapassando a base do lobo dorsal; ovário pubescente;estilete glabro. Cápsula 2-3×1-1,5cm, vinácea na faceexterna, creme com manchas vináceas na face interna dasvalvas; placenta e funículos creme.

NEMATANTHUS

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Distribuição restrita a São Paulo, encostas da MataAtlântica, da planície até 900m de altitude. E6, E7, E8,F6, G6. Coletada com flores o ano todo.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),III.1985, M.M.R.F. Melo et al. 551 (SP). Ibiúna, VII.1995, J.A.Pastore & J.B. Baitello 625 (SP). Iguape (Juréia), VI.1992, S.A.Nicolau et al. 371 (SP). São Paulo, 23º54’S 46º46’W, IV.1995,S.A.P. Godoy et al. 475 (HRCB, SP, UEC). Ubatuba, VIII.1976,P.H. Davis et al. 59912 (E, MBM, NY, UEC).

Espécie variando um pouco no indumento e na colo-ração dos lobos da corola. Na Ilha do Cardoso tem caulee face abaxial das folhas glabros e corola com lobos alvos,enquanto em Juquitiba foi observada uma população comlobos amarelos. A mancha vinácea na face abaxial das fo-lhas é bem característica, porém em Boracéia (Salesópolis)foi encontrada uma planta com face uniformemente viná-cea em meio à população com coloração típica.

5.8. Nematanthus gregarius D.L. Denham, Baileya 19:125. 1974.

Subarbustos epifíticos ou raramente rupícolas, 0,3-0,8m;caule glabro. Folhas iguais nos pares; pecíolo 1-3mm,verde, glabro; lâmina 1,5-3×0,8-1,7cm, elíptica, raramenteovada, glabra, crasso-rígida, verde nas duas faces, ápicesubobtuso, margem inteira, borda avermelhada, basecuneada-subobtusa; nervuras secundárias imperceptíveis.Flores 1-3 por axila, não ressupinadas; pedicelo 0,5-1,5cm,verde-claro, às vezes alaranjado, glabro; sépalas 10-15×4-8mm, coriáceas, glabras, obtusas a agudas no ápice,margem inteira, eretas, verdes na base, alaranjadas noápice; corola 1,6-2,5cm, em posição horizontal em relaçãoao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 5-9mm compr., nãosinuosa, bruscamente gibosa, com aspecto ceroso, glabra,alaranjada, lobos concolores com mancha castanha entreeles, eretos; filetes glabros, anteras inclusas; ovárioglabrescente; estilete glabro. Cápsula 1-1,5×0,8-1cm,alaranjada nas duas faces das valvas; placenta e funículoscreme.

Distribuição restrita ao Estado de São Paulo. D9, E7,E8, E9, F6: na Serra do Mar entre 500-1.000m de altitude.Coletada com flores o ano todo, mais freqüente de julhoa outubro.

Material selecionado: Cunha, VIII.1991, S. Buzato & M.Sazima s.n. (G, UEC 26873). Miracatu, VIII.1984, P. Martuscelli74 (SP). Salesópolis, IX.1994, L. Rossi et al. 1638 (ESA, HRCB,SP, SPF, UEC). São José do Barreiro, VII.1994, L. Rossi &E.L.M. Catharino 1600 (SP). São Paulo, 23º50’S 46º44’W,IX.1994, S.A.P. Godoy et al. 268 (SP, SPF, UEC).

5.9. Nematanthus jolyanus (Handro) Chautems, Candollea39: 299. 1984.Prancha 1, fig. N.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,6m; caule glabrescente.Folhas anisofilas; pecíolo 1,1-3,5cm, vináceo, pubérulo;

lâmina 4-14×1,5-4cm, obovada a elíptica, crasso-rígida,verde, ápice brevemente acuminado, margem inteira,finamente ciliada, base estreitamente cuneada, face adaxialglabra, face abaxial pubérula sobre as nervuras; nervuraprincipal vinácea na base, verde no ápice, 4-7 paresnervuras secundárias. Flores 1-3 por axila, ressupinadas;pedicelo 1-1,5cm, vináceo, pubérulo a pubescente; sépalasca. 20×5-8mm, ovadas a oblongas, base 5-costada, margemlevemente denticulada, eretas, membranáceas, vináceo-escuras, pubescentes na base, glabrescentes no ápice;corola 2,4-2,8cm, em posição ereta em relação ao ramo,parte tubuloso-cilíndrica 8-10mm compr., curvada paracima, ventricosa, amarela, marcadamente sinuosa, vilosa,lobos internamente alaranjados, eretos a patentes; filetesglabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estileteglabro. Cápsula 1-1,5×1cm, vináceo-escura nas duas facesdas valvas; placenta e funículos creme.

Distribuição restrita a São Paulo, entre a planícielitorânea e 500m de altitude. E7, F5, F6, G6. Coletadacom flores de março a setembro.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),IX.1986, A. Chautems & M.M.R.F. Mello 139 (SP). Iporanga,VI.1951, A.B. Joly 1240 (SP). Itapecerica da Serra, XI.1964,J. Mattos 11854 (SP). Sete Barras (Faz. Intervales), III.1991,S. Buzato & A.C.M. Franco 26612 (UEC).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Cananéia,VII.1960, O. Handro 935 (SP, holótipo de Hypocyrta jolyanaHandro; K, S, isótipos).

5.10. Nematanthus × kuhlmannii (Handro) Chautems,Candollea 39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule glabrescente nabase, pubescente no ápice. Folhas anisofilas; pecíolo 1-2cm,verde a vináceo, pubescente; lâmina 3-7×1,5-3cm, ovado-elíptica, crassa, pubérula, ápice agudo a acuminado,margem inteira, base subobtusa, face adaxial verde, faceabaxial com mancha vinácea irregular; 4-5 pares denervuras secundárias. Flores 1 por axila, ressupinadas;pedicelo 2,5-3,5cm, vináceo, pubescente; sépalas 1,4-1,7cm,ovadas, acuminadas, margem levemente serreada, eretas,vináceas; corola 2,5-3,5cm, em posição pendente emrelação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 5-6mm compr.,gradualmente gibosa no ápice, vináceo-escura, vilosa ahirsuta, lobos amarelos, revolutos; filetes glabros, anterasnão ultrapassando a base do lobo dorsal, ovário pubescente;estilete glabro. Fruto não observado.

Distribuição restrita a São Paulo, nas encostas daSerra do Mar. E7. Coletada com flores somente em marçoe, em material cultivado, em agosto.

Material examinado: Moji das Cruzes (Biritiba-Ussu),III.1983, A. Chautems & M. Peixoto 40 (G, SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Itapecericada Serra, M. Kuhlmann et al. 875, cultivado fl. VIII.1959 (SP,holótipo de Hypocyrta kuhlmannii Handro).

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Este táxon foi considerado um híbrido natural entreN. villosus x N. fritschii, com base na morfologia florale vegetativa, pois apresenta características bem interme-diárias entre as duas espécies. Os lobos amarelos dacorola, do material tipo, foram provavelmente herdados deuma população de N. fritschii com esse caráter, como ob-servado na região de Itapecerica da Serra, em 1983. Ape-sar da presença de indivíduos de N. villosus nas proximi-dades imediatas, o híbrido não foi encontrado nessa loca-lidade em 1983. No caso do material coletado no Muni-cípio de Moji das Cruzes, as espécies parentais foramregistradas no local e o híbrido apresentava os lobos dacorola concolores.

5.11. Nematanthus maculatus (Fritsch) Wiehler, Selbyana5: 63. 1978.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule glabrescente.Folhas anisofilas; pecíolo 1-2,5cm, verde-vináceo,glabrescente; lâmina 4-12×2-4,5cm, obovada a elíptica,crasso-rígida, ápice brevemente acuminado, margem inteira,base cuneada a subobtusa, face adaxial verde, glabra, faceabaxial verde com mácula vinácea nitidamente delineadano centro, pubérula; 4-5 pares de nervuras secundárias.Flores 1 por axila, ressupinadas; pedicelo 0,8-1,5cm, verdea vináceo, pubérulo a pubescente; sépalas 10-15×3-7mm,ovadas a oblongas, margem serreada, eretas, verdes avináceas, pubescentes; corola 2,3-3,2cm, em posiçãohorizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica1,5-2cm compr., gibosa no ápice, rosada, vilosa, lobosamarelos, eretos a patentes; filetes glabros, anteras inclusas;ovário pubescente; estilete glabro. Cápsula 1,5-2×1-1,3cm, vináceo-escura nas duas faces das valvas;placenta e funículos creme.

Ocorre em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, nasencostas da Serra do Mar entre a planície litorânea e 500mde altitude. E7, E8, E9, F7. Coletada com flores de marçoa dezembro.

Material selecionado: Itanhaém, IV.1983, A. Chautems &M. Peixoto 72 (SP). São Bernardo do Campo, X.1996, B.A.Moreira s.n. (SP 299879). São Sebastião, VI.1953, O. Handro349 (E, SP). Ubatuba, 23º21’S 44º51’W, I.1996, H.F. LeitãoFilho et al. 34323 (UEC).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Santos,II.1875, Mosén 2916 (S, holótipo de Hypocyrta maculata Fritsch).

5.12. Nematanthus × mattosianus (Handro) H.E. Moore,Baileya 18: 143. 1972.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule glabrescente nabase, pubescente no ápice. Folhas anisofilas; pecíolo1-2,5cm, esverdeado a vináceo, pubescente; lâmina 4-9,5×1,5-3,5cm, obovada a elíptica, crassa, pubescente, ápiceacuminado, margem serreada, base estreitamente cuneada,

face abaxial com mancha vinácea na maior parte dasuperfície; 4-5 pares de nervuras secundárias. Flores 1-2por axila, ressupinadas; pedicelo 3-4,5cm, vináceo,pubescente; sépalas 1,5-2,5cm, ovado-lanceoladas,acuminadas, margem levemente serreada, eretas, vináceas,pubescentes; corola 3,5-4cm, em posição pendente emrelação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 6-10mm compr.,alargando-se gradualmente, bruscamente gibosa no ápice,vináceo-clara, pubescente a vilosa, lobos concolores,revolutos; filetes glabros, anteras não ultrapassando a basedo lobo dorsal; ovário pubescente; estilete glabro. Frutonão observado.

Distribuição restrita a alguns pontos do litoral de SãoPaulo. E8.

Material examinado: São Sebastião (Juqueí), VIII.1962,O. Handro 1029 (SP, holótipo de Hypocyrta mattosiana Handro).

Híbrido natural, entre N. fissus e N. fritschii, foi tam-bém encontrado em Ilhabela e na Juréia, mas não herbori-zado. O híbrido ocorre raramente na natureza, apesar daampla distribuição simpátrica das espécies parentais; essefenômeno está provavelmente relacionado à biologia flo-ral destas espécies. Franco & Buzato (1992) e Sazima etal. (1992) registraram visitas e provável fecundação pelosbeija-flores Phaetornis ruber em N. fissus e Ramphodonnaevius em N. fritschii. Pode-se supor que algum dessespolinizadores, ocasionalmente, consegue transferir pólenentre estas duas espécies, produzindo então este híbridonatural.

Bibliografia adicionalFranco, A.L.M. & Buzato, S. 1992. Biologia floral de

Nematanthus fritschii (Gesneriaceae). Revista Brasil.Biol. 52(4): 661-666.

Sazima, I., Buzato, S. & Sazima, M. 1992. O beija-florPhaetornis ruber ao visitar flores: ajuste compor-tamental à disponibilidade do néctar. Anais de Etologia10: 202.

5.13. Nematanthus monanthos (Vell.) Chautems, Candollea39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule pubescente nasporções jovens dos ramos. Folhas muito anisofilas; pecíolo1-2cm, verde-vináceo, pubérulo a pubescente; lâmina 2-14×1,5-5cm, obovada a elíptica, crasso-rígida, ápice brevementeacuminado, margem inteira, base cuneada ± assimétrica,tricomas esparsos em ambas as faces, face adaxial verde,face abaxial quase inteiramente vinácea com contornos damácula mal delineados, pubérula especialmente sobre asnervuras; 4-5 pares de nervuras secundárias. Flores 1-3por axila, ressupinadas; pedicelo 3-5mm, vináceo, viloso;sépalas 10-15×3mm, oblongas, margem 1-2 dentada, eretasa ± recurvadas no ápice, vináceas, vilosas; corola 3-4cm,

NEMATANTHUS

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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GESNERIACEAE

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em posição horizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 7-10mm compr., gradualmente alargada numagiba pouco projetada para frente, rosa-carmim, vilosa,lobos concolores, eretos a patentes; filetes glabros, anterasinclusas; ovário pubescente; estilete glabro. Cápsula1,5-2×1,5cm, vinácea nas duas faces das valvas; placentae funículos creme.

Distribuição restrita à Serra do Mar próximo à divisaentre São Paulo e Rio de Janeiro. E8, E9: planície litorâ-nea até 500m de altitude. Coletada com flores o ano todo.

Material selecionado: Ubatuba, VIII.1976, P.H. Davis etal. 59749 (E, UEC). Ubatuba, 23º20’S 44º49’W, XI.1993, F.Barros et al. 29457 (SP).

5.14. Nematanthus sericeus (Hanst.) Chautems, Candollea39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos ou raramente rupícolas, 0,3-0,6m;caule pubescente na parte jovem. Folhas ± anisofilas;pecíolo 3-5mm, verde, pubescente; lâmina 2,5-6×1-1,8cm,estreitamente elíptica, crasso-rígida, ápice acuminado,margem inteira, base aguda, verde nas duas faces, pubescentena face adaxial, serícea na face abaxial; 3-4 pares de nervurassecundárias, levemente salientes. Flores 1-2 por axila, nãoressupinadas; pedicelo 3-6mm, viloso; sépalas 10-14×2-3mm, ovado-elípticas, 2-3mm larg., acuminadas no ápice,margem inteira, eretas, verdes, pubescentes; corola 2,5-4cm,em posição horizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 8-10mm compr., bruscamente gibosa, alaranjada,pubescente, lobos amarelos, eretos; filetes glabros, anterasinclusas; ovário pubescente; estilete pubérulo. Cápsula1-1,5×0,8-1cm, amarela nas duas faces das valvas; cálicepersistente amarelado; placenta e funículos creme.

Ocorre na Serra do Mar em São Paulo, Serra dosÓrgãos no Rio de Janeiro e num ponto da Serra do Es-pinhaço em Minas Gerais, entre 800 e 1.100m de altitude.E8, E9. Coletada com flores de novembro a dezembro.

Material selecionado: Cunha, XI.1992, S. Buzato & M.Sazima s.n. (G, UEC 27994). Natividade da Serra, XII.1985,F. Barros 1235 (SP).

Material adicional examinado: RIO DE JANEIRO, MorroQueimado et Mandiocca, X.1822, Riedel s.n. (LE, lectótipo deHypocyrta sericea Hanstein).

5.15. Nematanthus striatus (Handro) Chautems, Candollea39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule pubérulo na partejovem. Folhas fortemente anisofilas; pecíolo 1-3cm,vináceo, pubérulo; lâmina 5-12×2-4,5cm, ovada a elíptica,crasso-rígida, ápice brevemente acuminado, margeminteira, base aguda a obtusa, verde nas duas faces, pubérulana face abaxial; nervura central vinácea, 4-5 pares denervuras secundárias. Flores 1-4 por axila, ressupinadas;

pedicelo 1-1,8cm, vináceo, pubérulo a pubescente; sépalas1,5-2,5×0,4-0,8cm, ovadas, margem irregularmentedentada, eretas, vináceas, pubescentes; corola 2-2,5cm, emposição horizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 6-8mm compr., gradualmente alargada numagiba, amarela com listras castanhas, lobos internamentecastanhos, margem amarela, patentes, vilosa; filetesglabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estileteglabro. Cápsula 1-1,5×1cm, vináceo-escuro nas duas facesdas valvas; placenta e funículos creme.

Espécie endêmica do Estado de São Paulo, ocorreentre 500 e 1.000m de altitude. E6, F5, F6. Coletada comflores o ano todo, mais freqüentemente entre abril e agosto.

Material selecionado: Iporanga, V.1996, A.M. Hoch et al.19 (HRCB, SP, SPF, UEC). Sete Barras, VII.1960, A.S. Pires& O. Handro 953 (SP, holótipo de Hypocyrta striata Handro;SPF, isótipo). Tapiraí, V.1994, Mello-Silva et al. 896 (SP, SPF).

5.16. Nematanthus strigillosus (Mart.) H.E. Moore,Baileya 19: 38. 1973.

Subarbustos rupícolas ou raramente epifíticos, 0,3-1m;caule glabro na base lenhosa, pubescente na parte jovem.Folhas levemente anisofilas; pecíolo 1-5mm, verde,pubescente; lâmina 1,5-3,5×1-1,8cm, obovada, crasso-rígida, pubescente, ápice obtuso, margem inteira, baseaguda, verde nas duas faces; 3-4 pares de nervurassecundárias. Flores 1 por axila, não ressupinadas; pedicelo3-10mm, verde, pubescente; sépalas 7-10×3-4mm, ovadas,agudas, margem inteira, eretas, verdes a avermelhadas,pubescentes; corola 1,5-2,5cm, em posição horizontal emrelação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 4-5mm compr.,bruscamente alargada numa giba pronunciada, perpen-dicular em relação ao eixo da corola, alaranjada,pubescente, lobos amarelos, eretos a patentes; filetesglabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estiletepubérulo. Cápsula 1-1,5×0,8-1cm, verde a amarela nasduas faces das valvas; placenta e funículos creme.

Ocorre nos campos rupestres das serras de MinasGerais, raramente em São Paulo, entre 800 e 1.800m dealtitude. E7. Coletada com flores o ano todo, com maiorfreqüência de novembro a maio.

Material examinado: Atibaia, XI.1952, O. Handro 323 (SP).Material adicional examinado: MINAS GERAIS, in M.

Lenheiro et in Mts Sincorensibus, Martius s.n. (M, síntipo deHypocyrta strigillosa Martius).

O material citado representa a única coleção conhe-cida para o Estado de São Paulo. O. Handro preparou umaexsicata de um exemplar cultivado no Instituto de Botâni-ca, com procedência registrada para Pedra Grande, Ati-baia. Durante uma excursão recente ao local, a espécie nãofoi encontrada. Sua ocorrência em São Paulo é, portanto,duvidosa.

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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5.17. Nematanthus teixeiranus (Handro) Chautems,Candollea 39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos, 0,3-0,6m; caule pubérulo apubescente. Folhas levemente anisofilas ou não; pecíolo3-6 mm, verde a avermelhado, pubescente; lâmina 2,5-3,5×1,3-1,8cm, ovado-elíptica, levemente crassa, ápice agudoa acuminado, margem remotamente serreada, basecuneada, face adaxial verde, glabra, face abaxial verde outotalmente avermelhada, pubescente; 3-4 pares de nervurassecundárias. Flores 1 por axila, não ressupinadas; pediceloca. 1cm, verde-claro a avermelhado, pubérulo; sépalas10-15×4-5mm, membranáceas, pubérulas, acuminadas,eretas, margem inteira, alaranjadas na base e avermelhadasno ápice; corola 1,8-2,4cm, em posição horizontal emrelação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 5-6mm compr.,não sinuosa, bruscamente alargada numa giba, alaranjada,glabra, lobos concolores com mácula vermelha entre eles,eretos; filetes glabros, anteras inclusas; ovário glabres-cente; estilete glabro. Cápsula 1-1,5×0,8-1cm, alaranjadanas duas faces das valvas; placenta e funículos creme.

Distribuição restrita à Serra de Cubatão, entre 700 e800m de altitude. E7. Coletada com flores de outubro adezembro. Espécie muito rara, não coletada recentemente.

Material examinado: Santo André (Paranapiacaba),XII.1966, J. Mattos & Mattos 14397a (HAS, SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Santo André(Paranapiacaba), X.1960, O. Handro 962 (SP, holótipo deHypocyrta teixeirana Handro).

5.18. Nematanthus tessmannii (Hoehne) Chautems,Candollea 39: 299. 1984.

Subarbustos epifíticos, 0,4-0,8m; caule glabrescente.Folhas anisofilas; pecíolo 2-4cm, verde a castanho-vináceo, glabrescente; lâmina 5-10×2-4,5cm, obovada aelíptica, crasso-rígida, ápice brevemente acuminado,margem inteira, base aguda, às vezes pouco assimétrica,verde nas duas faces, pubérula a pubescente na faceabaxial; 4-6 pares de nervuras secundárias. Flores 1-4 poraxila, ressupinadas; pedicelo 1,5-2,5cm, verde a vináceo,pubérulo; sépalas 1,5-3×0,8-1,2cm, ovadas, margem inteiraou munida de 1 dente pequeno, eretas, verdes a vináceas,pubérulas; corola 2-3cm, em posição horizontal em relaçãoao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 8-11mm, sinuosa,bruscamente gibosa, amarela com listras castanhas,pubescente a vilosa; lobos internamente castanhos, margemamarelo-clara, patentes; filetes glabros, anteras inclusas;ovário glabrescente; estilete glabro. Cápsula 1-1,5×1cm,castanho-vinácea nas duas faces das valvas; placenta efunículos creme.

Ocorre na Mata Atlântica, em São Paulo, Paraná,Santa Catarina e extremo norte de Rio Grande do Sul,entre a planície litorânea e 1.000m de altitude. F4, F5.Coletada com flores o ano todo.

Material selecionado: Eldorado, V.1994, I. Cordeiro &M.A.B. Barros 1411 (HRCB, SP, SPF, UEC). Itararé, II.1993,V.C. Souza et al. 2485 (SP).

Material adicional examinado: PARANÁ, Serra do Marentre Paranaguá e Curitiba, Tessmann s.n. (PKDC, holótipo; US,isótipo de Hypocyrta tessmannii Hoehne).

5.19. Nematanthus villosus (Hanst.) Wiehler, Phytologia27: 326. 1973.Prancha 1, fig. O.Nome popular: pé-de-cobra.

Subarbustos epifíticos, 0,4-1m; caule pubescente. Folhasanisofilas; pecíolo 0,5-2,5cm, vináceo, viloso; lâmina 3-10×1,5-4cm, obovada a elíptica, crasso-rígida, ápicebrevemente acuminado, margem inteira a levementeserreada, base cuneada, verde nas duas faces, pubescente;nervura central vinácea, 3-4 pares de nervuras secundárias.Flores 1-4 por axila, ressupinadas; pedicelo 0,5-1,0cm,vináceo, viloso; sépalas ca. 10×2-4mm, oblongas a ovadas,margem ± serreada, patentes a reflexas, vináceo-escuras,pubescentes a seríceas; corola 1,5-2,5cm, em posição eretaem relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica 4-5mmcompr., gradual e estreitamente ventricosa, vermelho-vinácea, vilosa, lobos concolores, eretos a patentes; filetesglabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estileteglabro. Cápsula 1-1,5×1cm, vináceo-escura nas duas facesdas valvas; placenta e funículos creme.

Espécie endêmica do Estado de São Paulo, restrita àMata Atlântica. E6, E7, F6. Coletada com flores defevereiro a novembro.

Material selecionado: Ibiúna, II.1995, J.A. Pastore & J.B.Baitello 629 (SP). Iguape (Estação Ecológica Juréia/Itatins),V.1990, E.L.M. Catharino et al. 1397 (G, SP). São Paulo(Parelheiros), 23º50’S 46º46’W, IV.1995, S.A.P. Godoy et al.478 (SP, UEC).

5.20. Nematanthus wettsteinii (Fritsch) H.E. Moore,Baileya 19: 38. 1973Nome popular: peixinho.

Subarbustos epifíticos ou raramente rupícolas, 0,2-0,5m;caule glabrescente a pubérulo. Folhas levemente anisofilas;pecíolo 2-3mm, verde, pubérulo; lâmina 1,5-2,5×0,8-1cm, elíptica, raramente ovada, crasso-rígida, ápicesubobtuso, margem inteira, base cuneado-subobtusa, verdenas duas faces, face adaxial glabra, face abaxial pubérula;nervuras secundárias imperceptíveis. Flores 1-2 por axila,não ressupinadas; pedicelo 0,3-0,8cm, verde, pubérulo;sépalas 5-7×1mm, lineares, acuminadas, margem inteira,eretas, verdes, pubérulas; corola 1,5-2,4cm, em posiçãohorizontal em relação ao ramo, parte tubuloso-cilíndrica5-6mm compr., não sinuosa, bruscamente gibosa, achatadalateralmente, pubérula, vermelha, lobos amarelos, eretos;filetes glabros, anteras inclusas; ovário pubescente; estileteglabro. Cápsula 1-1,5×0,7-1cm, alaranjada vivo nas duas

NEMATANTHUS

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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faces das valvas; placenta e funículos alaranjados.Distribuição restrita ao Estado de São Paulo e Paraná,

entre 500 e 800m de altitude. E6, E7, F5, G6. Coletadacom flores de abril a setembro, raramente em janeiro.Espécie ornamental, mais freqüentemente cultivada ecomercializada no Brasil.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),

IV.1991, F. Barros 2270 (G, SP). Iporanga, V.1996, A.M. Hochet al. 25 (SP). Itapecerica da Serra, in silvaticis prope BarraMansa, VI.1901, Wettstein & Schiffner s.n. (WU, holótipo deHypocyrta wettsteinii Fritsch). Tapiraí, V.1994, R. Mello-Silvaet al. 890 (SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, s.mun.(Parque Estadual Carlos Botelho), VI.1992, J.A. Lombardi 126(UEC).

6. SINNINGIA Nees

Alain Chautems

Ervas terrestres, rupícolas ou epifíticas; caule perene carnoso ou lenhoso na parte basal, sem raízesadventícias; sistema subterrâneo tuberoso perene, em alguns casos obsoleto. Folhas opostas, às vezes3-verticiladas, em alguns casos verticiladas ou em pseudo-roseta, membranáceas. Inflorescência axilar outerminal, cimosa, espiciforme ou pseudo-racemo, 1-10 flores nas axilas de folhas ou brácteas. Floreszigomorfas; pedicelos oblíquos, conspícuos ou não; cálice subcampanulado, 5-lobado, verde, às vezesavermelhado, lobos lineares, triangulares ou lanceolados; corola com tubo campanulado a cilíndrico, baseintumescida de maneira regular ou saliente dorsalmente ou com 5 protuberâncias iguais, ligeiramente constritapróximo à base, creme, alaranjada, rosada, vermelha ou roxa, 5-lobada, regular ou 2-labiada; estames 4,epipétalos, filetes glabros a pubérulos, anteras unidas em retângulo ou disco na antese, rimosas, nectárioformado de 5 glândulas ou reduzido a 1-2 dorsais, separadas ou unidas em uma glândula 2-lobada; ováriosemi-ínfero a súpero; estilete ereto, creme a rosado, glabro a pubescente, estigma estomatomórfico. Frutocápsula loculicida, cônica, 2-valvada; sementes elípticas a esférico-angulosas, estriadas, castanhas.

O gênero tem distribuição neotropical e inclui cerca de 65 espécies, quase todas ocorrendo no Brasil.No Estado de São Paulo foram encontradas 22 espécies. Várias espécies são empregadas como ornamentais.Infelizmente, apesar da multiplicação fácil por sementes, muitas vezes os tubérculos ou “batatas” sãoarrancados de populações selvagens para serem comercializados. Muitas espécies têm distribuição restrita eestão ameaçadas de extinção.

Segundo Corrêa (1984), são conhecidas popularmente como rainha-do-abismo e cachimbo.

Chautems, A. 1990. Taxonomic revision of Sinningia Nees: nomenclatural changes and new synonymies. Candollea45(1): 381-388.

Chautems, A. 1991. Taxonomic revision of Sinningia Nees (Gesneriaceae) II: new species from Brazil. Candollea46: 411-425.

Chautems, A. 1995. Taxonomic revision of Sinningia Nees (Gesneriaceae) III: new species from Brazil and newcombinations. Gesneriana 1: 8-14.

Corrêa, M.P. 1984. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro, InstitutoBrasileiro de Desenvolvimento Florestal, vol.1, p. 368-373.

Fritsch, K. 1908. Gesneriaceae. Denkschr. Kaiserl. Akad. Wiss., Wien. Math.-Naturwiss. Kl. 79: 286-292.Perret, M., Chautems, A., Spichiger, R., Kite, G. & Savolainen, V. 2003. Systematics and evolution of tribe Sinningieae

(Gesneriaceae): evidence from phylogenetic analyses of six plastid DNA regions and nuclear ncpGS. Amer. J.Bot. 90(3): 445-460.

Chave para as espécies de Sinningia

1. Planta com caule 1-4cm compr.; folhas opostas dispostas em pseudo-roseta na base; corola ventricoso-campanulada ................................................................................................................. 10. S. eumorpha

1. Planta com caule 3-230cm compr.; folhas verticiladas ou opostas não dispostas em pseudo-roseta nabase; corola tubulosa.

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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2. Caule lenhoso ou levemente suculento, perene; folhas decíduas na base.3. Nós com constrições; pedicelo 5-10mm; lobos do cálice patentes; corola alva .. 21. S. schiffneri3. Nós sem constrições; pedicelo com mais de 10mm; lobos do cálice eretos, raramente pouco patentes

no ápice; corola vermelho-alaranjada ou carmim.4. Lâmina foliar verde em ambas as faces, face adaxial serícea, com indumento brilhante-prateado;

tubérculo ausente ou único, reduzido; lobos do cálice 6-8mm; corola vermelho-alaranjada ........................................................................................................................... 17. S. mauroana

4. Lâmina foliar verde a avermelhada na face abaxial, face adaxial verde, pubérula; freqüentementevários tubérculos conectados por estolões hipógeos; lobos do cálice ca. 5mm; corola carmim..........................................................................................................................20. S. aff. reitzii

2. Caule herbáceo, anual; folhas não decíduas na base.5. Caule 3-6cm ............................................................................................................ 3. S. araneosa5. Caule 8-150cm.

6. Folhas opostas ou 3-verticiladas.7. Inflorescência densa, espiciforme; pedicelos 1-2mm ou inconspícuos.

8. Planta 15-60cm; caule verde a avermelhado, sem estrias; pecíolo 1-5 mm; lobos do cálice6-8mm compr.; corola 9-12mm ......................................................... 2. S. allagophylla

8. Planta 50-150cm; caule verde, com estrias avermelhadas; pecíolo 0,8-3cm; lobos docálice 3-5mm compr.; corola 7-9mm ..................................................... 7. S. curtiflora

7. Inflorescência laxa em pseudo-racemo ou cimeira; pedicelos 0,5cm ou maiores.9. Planta com 1 par (raramente 2) de folhas orbiculares ....................... 15. S. macropoda9. Planta com 4 a várias folhas ovadas, lanceoladas ou elípticas.

10. Corola tubulosa, lobos subiguais, levemente zigomórfica.11. Caule simples com indumento canescente-seríceo; lâmina coriáceo-crassa, ovado-

orbicular; pedúnculo 0,5-2cm ................................................... 5. S. canescens11. Caule muitas vezes ramificado com indumento pubescente; lâmina membranácea,

ovada ou elíptica; pedúnculo inconspícuo.12. Face abaxial das folhas glanduloso-pubescente; lobos do cálice 5-6×2-3mm

............................................................................................. 1. S. aggregata12. Face abaxial das folhas velutino-pubescente; lobos do cálice 8-10×4-5mm

.......................................................................................... 22. S. warmingii10. Corola 2-labiada, lobos conspicuamente diferentes, fortemente zigomórfica.

13. Planta crescendo em terreno brejoso; corola rosado-alaranjada a vermelha;anteras unidas em retângulo ...................................................... 9. S. elatior

13. Planta rupícola ou epifítica; corola vermelha; anteras unidas em disco.14. Caule 8-25cm.

15. Lâmina obtusa, vilosa; lobos do cálice 9-11×2-3mm, viloso-canescentes ...................................................... 12. S. hatschbachii

15. Lâmina brevemente acuminada, pubescente; lobos do cálice 5-7×2-3mm, pubescentes ............................................ 11. S. glazioviana

14. Caule 30-100cm.16. Inflorescência terminal; flores nas axilas de brácteas; pedúnculo

1-8cm; corola 5-7cm ................................................... 6. S. cooperi16. Inflorescência axilar; flores nas axilas de folhas progressivamente

substituídas por brácteas; pedúnculo 0,5-2cm; corola 3,5-5cm...................................................................................... 16. S. magnifica

SINNINGIA

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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6. Folhas 4 ou 6-verticiladas.17. Corola tubulosa, com lobos subiguais.

18. Face adaxial da lâmina seríceo-canescente ........................................ 19. S. piresiana18. Face adaxial da lâmina pubescente.

19. Planta epifítica (raramente rupícola); corola rosada ....................... 8. S. douglasii19. Planta rupícola; corola alaranjada ou vermelha.

20. Folhas 4 ou 6-verticiladas, ligeiramente anisofilas; inflorescência terminal,pedúnculo inconspícuo; lobos do cálice 3×1mm .................... 14. S. insularis

20. Folhas 4-verticiladas, marcadamente anisofilas; inflorescência axilar, pedúnculo0,3-6cm; lobos do cálice 6-7×1mm ............................................ 4. S. calcaria

17. Corola 2-labiada, lobos conspicuamente diferentes.21. Pedúnculo inconspícuo; cálice liso, verde na base; corola rosada ............ 13. S. iarae21. Pedúnculo 3-5cm; cálice verrucoso, vermelho na base; corola vermelha ... 18. S. micans

6.1. Sinningia aggregata (Ker Gawl.) Wieler, Selbyana1: 32. 1975.Rechsteineria aggregata (Ker Gawl.) Kuntze f.

litoralis Hoehne, Sellowia 9: 63. 1958; syn. nov.Rechsteineria aggregata (Ker Gawl.) Kuntze f.

rupicola Hoehne, Sellowia 9: 64. 1958; syn. nov.Rechsteineria aggregata (Ker Gawl.) Kuntze f.

tomentosa Hoehne, Sellowia 9: 65. 1958; syn. nov.Ervas rupícolas; caule 15-60cm, herbáceo, anual, ereto,verde, simples ou ramificado, glanduloso-pubescente.Folhas opostas ou 3-verticiladas, levemente anisofilas, nãodecíduas na base; pecíolo 0,2-1cm; lâmina 4-10×2-6cm,ovada, membranácea, ápice e base subagudos, margemcrenada, verde, glanduloso-pubescente; 5-9 pares denervuras secundárias. Inflorescência em cimeira, axilar,séssil, 1-8 flores. Pedicelo 1-3cm, verde a avermelhado,pubescente; lobos do cálice 5-6×2-3mm, ovado-lanceolados, margem inteira; corola 3-4cm, tubulosa,levemente zigomorfa, vermelho-clara (amarelada nobotão), pubescente, base intumescida com 2 protuberânciassalientes dorsalmente, abruptamente constrita e depoisprogressivamente alargada, chegando a 7-9mm de diâm.,lobos subiguais, 2-3×3-4mm, patentes, glabrescentes;estames inclusos a levemente exsertos, filetes creme,anteras unidas em retângulo; estilete incluso a poucoexserto, avermelhado; nectário formado de 5 glândulas, 2dorsais bem maiores e unidas.

Ocorre no Paraguai oriental e no Brasil, nas regiõesCentro-Oeste, Sul e Sudeste. D8, E6, E7, F4. Coletadacom flores de setembro a fevereiro, com pico em outubroe novembro.

Material selecionado: Atibaia, I.1987, J.A.A. Meira Neto21332 (UEC). Campos do Jordão, II.1937, P. Campos Porto2998 (RB). Itararé, X.1965, J. Mattos & Moura 12883 (SP).Salto, XI.1943, A.S. Lima s.n. (IAC 7308, IAN, SP 51784).

Material adicional examinado: Hort. Glasgow cult. fromBrazil, Graham s.n. (K, lectótipo de Gesneria aggregata KerGawl.).

Hoehne (1958) descreveu três formas para a espécieRechsteineria aggregata f. litoralis, f. rupicola e f.tomentosa, apesar de concluir que estas formas nada maisrepresentavam do que conseqüências do meio ambiente. Oestudo da espécie em São Paulo, e em outras regiões de suadistribuição, levou a concluir que diferenças no tamanho docaule e das folhas, assim como a densidade do indumento,não justificam o reconhecimento de distintos táxons, mes-mo em nível infra-específico. Este tratamento não segue oconceito de Hoehne (1958) e propõe a sinonimização.

6.2. Sinningia allagophylla (Mart.) Wiehler, Selbyana 1:32. 1975.Prancha 2, fig. A.Sinningia tribracteata (Otto & Dietr.) Wiehler,

Selbyana 5: 393. 1981.Corytholoma tribracteatum (Otto & Dietr.) Fritsch,

Bot. Jahrb. Syst. 34: 496. 1906.Gesneria tribracteata Otto & Dietr., Allg.

Gartenzeitung 2: 194. 1834.Rechsteineria tribracteata (Otto & Dietr.) Klotzsch

ex Hanst. in Mart., Fl. bras. 8(1): 356. 1864.(nomen nudum pro syn.)

Rechsteineria tribracteata f. basifoliata Hoehne,Sellowia 9: 55. 1958. (nomen invalidum)

Rechsteineria spicata (Vell.) Hoehne, Sellowia 9: 54.1958. (nomen invalidum)

Nome popular: batata-de-perdiz.Ervas rupícolas ou terrestres; caule 15-60cm, herbáceo,anual, ereto, simples, verde a avermelhado, viloso;tubérculo inteiro ou plurilobado. Folhas 3-verticiladas, àsvezes opostas ou alternas, não decíduas na base, brotosaxilares de folhas pequenas ausentes; pecíolo 1-5mm;lâmina 4-10×1,5-3cm, ovado-oblonga, obtusa a aguda noápice, margem crenulada, base obtusa, verde, face adaxialtomentosa, face abaxial pubescente; 5-8 pares de nervurassecundárias. Inflorescência espiciforme, 10-20cm,

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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geralmente compacta no início da floração, tornando-selaxiflora no final, séssil; brácteas mais curtas que as flores.Flores isoladas, na axila de 1 bráctea munida às vezes de2 profilos, pedicelo inconspícuo; cálice com lobossubiguais, 6-8×1-2mm, triangular-subulados, verdes aavermelhados, margem inteira, pubescente; corola 9-12×3-5mm, urceolado-tubulosa, vermelho-alaranjada, pubes-cente, base sem gibosidade, limbo com lobos glabrescentes,subiguais, 1×1,5mm, patentes; estames inclusos, filetescreme, anteras unidas em retângulo; estilete incluso alevemente exserto, creme; nectário formado de 5 glândulas,2 dorsais bem maiores e unidas.

Ocorre no Paraguai, Uruguai e Argentina. No Brasil,nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. C6, D5, D6, D7,D8, D9, E5, E6, E7, E8, F4. Coletada com flores desetembro a fevereiro, com pico de outubro a janeiro.

Material selecionado: Angatuba, 23º27’S 48º25’W,XI.1983, Ratter & Argent 4921 (K, UEC). Botucatu, I.1982, Y.Yanagizawa et al. 15-60182 (BOTU, G). Campinas, XII.1938,J. Lopes s.n. (IAC 3160). Campos do Jordão, II.1990, A. JouyB1052 (SPF). Itararé, 24º05’S 49º12’W, XI.1994, V.C. Souzaet al. 7247 (HRCB, SP, SPF, UEC). Itu, X.1987, S.M. Silva &W.S. Souza 25515 (UEC). Moji-Guaçu, XII.1991, V. Palazettide Almeida 25672 (UEC). Pirassununga, X.1979, M. Kirizawa487 (SP). Ubatuba, VIII.1957, I.D. Gemtchújnicov s.n. (BOTU12315). Várzea Paulista, I.1993, T. de Felice & A. Sciamarelli27941 (UEC). S.mun. (Serra da Bocaina), IX.1981, G.J.Shepherd & S. Shepherd 12899 (UEC).

Ao longo de sua distribuição geográfica, foram obser-vadas variações no indumento, filotaxia, tamanho e cor dasflores e brácteas com ou sem profilos. É considerada sinô-nimo de Sinningia tribracteata, enquanto Rechsteineriaspicata e R. tribracteata e as respectivas formas conside-radas por Hoehne (1958) são inválidas, por falta de refe-rência completa aos basiônimos das espécies.

6.3. Sinningia araneosa Chautems, Candollea 52: 168.1997.Prancha 2, fig. B.Ervas crescendo em barrancos de arenito; caule

3-6cm, herbáceo, anual, ereto, simples, densamente lanoso,parecendo teia de aranha. Folhas opostas, ± anisofilas,não decíduas na base; pecíolo 0,5-1,5cm; lâmina 2,5-10×1,5-5cm, elíptica a suborbicular, ápice obtuso a agudo,margem irregularmente crenada a serreada, base obtusa,lanosa em ambas faces; 3-5 pares de nervuras secundárias.Flores isoladas nas axilas terminais; pedicelo 1-3cm,lanoso; cálice lanoso, lobos 4-5×1-1,5mm, margem inteira;corola 3-4cm, tubulosa, vermelha, pubérula, baseintumescida com 2 protuberâncias salientes dorsalmente,em seguida abruptamente constrita, depois progressi-vamente alargada, lobos desiguais, 2 dorsais maiores,

ca. 3×4mm, patentes; estames pouco salientes, anterasunidas em disco; estilete pouco saliente; nectário formadode 2 glândulas dorsais, conatas.

Distribuição restrita a São Paulo, ocorrendo em cerra-do com afloramento de arenito. C6. Coletada com floresem março.

Material examinado: Altinópolis, III.1994, W. Marcondes-Ferreira et al. 783 (SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, Batatais(Canna Verdes), III.1857, Regnell III 832 (S, holótipo deCorytholoma pusillum Fritsch).

Na publicação original (Chautems 1997), em razãode um erro ortográfico, o epíteto específico apareceu comoareneosa, sendo aqui corrigido.

6.4. Sinningia calcaria (Malme) Chautems, Candollea45: 381. 1990.Rechsteineria calcaria f. macrophylla Hoehne,

Sellowia 9: 56. 1958; syn. nov.Ervas rupícolas crescendo sobre rochas calcárias; caule10-25(-50)cm, herbáceo, anual, simples, pubescente.Folhas 4-verticiladas, marcadamente anisofilas, nãodecíduas na base; pecíolo 0,5-1,5cm; lâmina 7-24×4-13cm,ovada a elíptica, ápice agudo, margem crenada a dentada,base obtusa, face adaxial pubescente, face abaxialraramente avermelhada, pubescente a canescente; 7-12pares de nervuras secundárias. Inflorescência axilar, emcimeira, 1-6(-16) flores; pedúnculo 0,3-6cm. Pedicelo3-4cm, avermelhado a vináceo, pubescente; cálice comlobos 6-7×1mm, estreitamente triangular-acuminados,margem inteira; corola 2,5-4,8cm, tubulosa, intensamentevermelho-alaranjada, glabrescente a pubescente, baseintumescida com 5 protuberâncias pequenas, em seguidaabruptamente constrita, depois progressivamente alargada,lobos subiguais, 3-4×3mm, patentes; estames poucoexsertos, anteras unidas em retângulo; estilete poucoexserto, nectário formado de 2 glândulas dorsais, unidas.

Distribuição restrita aos arredores da divisa entre oParaná e São Paulo. F5. Coletada com flores de abril asetembro.

Material selecionado: Eldorado, IX.1995, V.C. Souza etal. 9126 (SP, UEC).

Material adicional examinado: PARANÁ, Trancheira,X.1909, Dusén 8711 (S, holótipo; K, isótipo de Corytholomacalcarium Dusén).

Esta circunscrição da espécie inclui Rechsteineriacalcaria f. macrophylla Hoehne, colocada aqui em sino-nímia, porque se diferencia essencialmente pelas dimensõesmais desenvolvidas de todas as partes da planta. Observa-ções de populações nos Estados de São Paulo e Paraná de-monstraram que o tamanho das folhas varia de acordocom o tamanho do tubérculo, ou seja, com a idade da planta.

SINNINGIA

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Prancha 2. A. Sinningia allagophylla, flor; B. Sinningia araneosa, hábito; C. Sinningia curtiflora, flor; D-E. Sinningia douglasii,D. hábito; E. flor; F. Sinningia elatior, flor; G. Sinningia micans, flor; H-I. Sinningia piresiana, H. hábito; I. folha, lado abaxial;J-K. Sinningia schiffneri, J. caule florido; K. flor. (A, Buzato UEC 28017; B, foto Regnell III 832; C, Chautems 332; D-E, Carmelo77; F, Amaral 1209; G, G cult. AC-2301, proc. Peruíbe; H-I, foto Pires SP 56345; J, Amaral BOTU 13218; K, fixado em álcool, AC-1112, proc. Santo André (Paranapiacaba)) [G cult. = Material cultivado em Genebra; proc. = procedência].

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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6.5. Sinningia canescens (Mart.) Wiehler, Selbyana 1:32. 1975.Nome popular: rainha-do-abismo

Ervas rupícolas; caule 15-30cm, herbáceo, anual, ereto,simples, avermelhado, canescente-seríceo. Folhas opostas,levemente anisofilas, não decíduas na base; pecíolo0,5-3cm; lâmina 4-10×3,5-12cm, coriáceo-crassa, canes-cente-tomentosa, menor no par terminal, ovado-orbicular,ápice obtuso a agudo, margem crenada a denticulada, baseobtusa; 4-5 pares de nervuras secundárias avermelhadas.Inflorescência axilar, em cimeira, 1-6 flores; pedúnculo0,5-2cm. Pedicelo 1,5-3cm, avermelhado, canescente;cálice com lobos 4-5×1mm, tomentosos na base, margeminteira; corola ca. 3cm, tubulosa, levemente zigomórfica,rosada a avermelhada, pubescente, base intumescida com 5protuberâncias pequenas, em seguida abruptamenteconstrita, depois progressivamente alargada, lobos subiguais,estreitamente triangulares, 4×5-6mm, patentes, maculados;estames inclusos, filetes creme, anteras unidas em retângulo;estilete incluso a pouco exserto, avermelhado; nectárioformado de 2 glândulas dorsais, separadas.

Ocorre em afloramentos rochosos no Paraná e SãoPaulo. F4. Coletada com flores de novembro a dezembro.

Material selecionado: Itararé, 24º15’S 49º15’W, XI.1994,V.C. Souza et al. 7347 (SP, UEC).

Esta espécie é às vezes comercializada nos Estadosde São Paulo e Paraná. Dentro do gênero Sinningia, é pro-vavelmente a espécie mais freqüentemente chamada derainha-do-abismo.

6.6. Sinningia cooperi (Paxton) Wiehler, Selbyana 1: 32.1975.

Ervas epífitas ou rupícolas; caule 30-40cm, herbáceo,anual, ereto a decumbente, simples, pubérulo a pubescente.Folhas opostas, levemente anisofilas, não decíduas na base;pecíolo 0,3-6cm; lâmina 5-25×3-18cm, ovado-orbicular,ápice agudo, margem crenada a dentada, base obtuso-cordada, face adaxial pubescente a velutina, face abaxialpubescente; 5-7 pares de nervuras secundárias. Inflores-cência laxa, terminal, pseudo-racemo, 1-6 flores porbráctea; pedúnculo 0,5-2cm, raque 15-40cm. Pedicelo1,5-4,5cm, pubescente; cálice com lobos triangulares,ca. 5×3mm, margem inteira, pubescentes; corola 5-7cm,vermelho-vivo, pubescente, 2-labiada, fortementezigomórfica, base intumescida com 5 protuberânciaspequenas, em seguida abruptamente constrita, depoisprogressivamente alargada, 2 lobos dorsais, unidos, eretos,16-20×9-11mm, 2 laterais, 2-3×10-12mm, ventral 2-3×4-5mm, com marca vinácea no lado interno; estames umpouco mais curtos que o lábio superior, filetes aver-melhados, anteras unidas em disco; estilete tão longoquanto o lábio superior ou pouco maior, alvo; nectário

formado de 2 glândulas dorsais unidas.Ocorre na Mata Atlântica, do Espírito Santo até Santa

Catarina. D9, E8, E9. Coletada com flores de dezembroa maio, com pico de fevereiro a abril.

Material selecionado: Cunha, 23º13’-16’S 45º02’-05’W,III.1996, M. Kirizawa et al. 3273 (SP). Ubatuba, III.1940, A.P.Viegas et al. s.n. (IAC 5409, SP 269074). S.mun. (Serra daBocaina), s.d., S. Vogel 756 (US).

6.7. Sinningia curtiflora (Malme) Chautems, Candollea45: 382. 1990.Prancha 2, fig. C.

Ervas terrestres; caule 50-150cm, herbáceo, anual, ereto,simples, verde com estrias avermelhadas, viloso a lanosona base; tubérculo plurilobado. Folhas 3-verticiladas, nãodecíduas na base, brotos axilares de folhas pequenas muitasvezes presentes; pecíolo 0,8-3cm; lâmina 6-12×3,5-6cm,elíptico-lanceolada, pubescente, aguda no ápice, margemirregularmente crenulada, base obtusa a cuneada; 5-8 paresde nervuras secundárias. Inflorescência terminal,espiciforme, séssil, 10-50cm, geralmente compacta até oinício da frutificação. Flores isoladas nas axilas de brácteaslineares e maiores que as flores; pedicelo 1-2mm; cálicecom 2 lobos ventrais, 4-5mm, o dorsal e os 2 laterais3-4×3mm na base, triangulares, verdes a avermelhados,margem inteira; corola 7-9×3-4mm, tubulosa, baseintumescida com 2 protuberâncias salientes dorsalmente,vermelho vivo, pubescente, lobos glabrescentes, subiguais,1,5×1mm, patentes; estames inclusos, filetes creme, anterasunidas em retângulo; estilete incluso a pouco exserto,creme; nectário formado de 2 glândulas dorsais unidas.

Ocorre nas serras costeiras de São Paulo até o RioGrande do Sul. F5. Coletada com flores em fevereiro.

Material selecionado: Barra do Turvo (Rio Vermelho),24º57’S 48º19’W, II.1995, P.H. Miyagi et al. 439 (ESA, HRCB,SP, SPF).

Material adicional examinado: PARANÁ, Jacarehy,III.1916, Dusén 18096 (foto de S, holótipo de Corytholomacurtiflorum Malme).

6.8. Sinningia douglasii (Lindl.) Chautems, Candollea45: 382. 1990.Prancha 2, fig. D-E.Nome popular: batata-de-árvore.

Ervas epifíticas, raramente rupícolas; caule 10-20cm,herbáceo, anual, ereto, simples, verde a vináceo,pubescente. Folhas organizadas no ápice do caule em 1verticilo de 6, às vezes encimado por um segundo verticilode 3 folhas menores, 5-10cm acima do primeiro; pecíolo2,5-6cm (0,5-1,5cm no segundo verticilo); lâmina 5-20×3-12cm, ovada, pubescente, ápice agudo, margem irregu-larmente crenada a serreada, base ± cordada; 5-8 pares denervuras secundárias, avermelhadas. Inflorescência

SINNINGIA

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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terminal, raque vináceo, 15-25cm, organizada em 1-2verticilos. Pedicelo ereto-ascendente, 2-4cm, avermelhado,pubescente; cálice com lobos 3×1,5mm, triangulares,verdes, avermelhados no ápice, margem inteira; corola3,5-4,5cm, rosa-pálido, com estrias vináceas, pubérula,tubulosa, base intumescida com 5 protuberâncias pequenas,em seguida abruptamente constrita, depois progressi-vamente alargada, 5 lobos subiguais, patentes, 5-6×6-7mm,fauce rosada com estrias vermelhas; estames um poucomais curtos que os lobos, filetes creme, anteras unidas emdisco; estilete tão longo quanto os lobos ou um poucomaior, creme na base, rosado no ápice; nectário formadode 2 glândulas dorsais separadas.

Ocorre nas matas úmidas no Sudeste e Sul do Brasile Noroeste da Argentina. D5, D7, D8, D9, E6, E7, E8, E9,F4, F5, F6, G6. Coletada com flores de agosto a março,com pico de setembro a dezembro.

Material selecionado: Bananal, IX.1991, R.T. Shirasunaet al. 51 (SP). Biritiba-Mirim, 23º38’-23º39’S 45º52’-45º53’W,XI.1984, S. Romaniuc Neto & A. Custodio Filho 247 (SP).Botucatu, 22º52’30”-23ºS 48º22’30”-48º30”W, IX.1972, P.S.Katayama s.n. (BOTU 2704). Campos do Jordão, XI.1984,Robim & Carvalho s.n. (MO, SPF). Cananéia (Ilha do Cardoso),XII.1990, F. Barros & J.E.L.S. Ribeiro 2034 (SP). Capão Bonito,XI.1988, S. Romaniuc Neto 1026 (SP). Cunha, VIII.1991, S.Buzato & M. Sazima (G, UEC 26875). Ibiúna, XI.1987, C.B.Toledo & S. Romaniuc Neto 377 (SP). Itararé, XI.1984, J. Mattos& N. Siqueira 26908a (HAS). Juquiá, IX.1977, P. Gibbs et al.6665 (UEC). Monte Alegre do Sul, III.1943, M. Kuhlmann 406(SP). Santo André, X.1996, M. Kirizawa & E.A. Lopes 3312(SP, UEC).

A coleção Buzato & Sazima UEC 26875 tem corolavermelha com esparsas estrias vináceas e representa umecótipo restrito à região de Parati-Cunha. Nas demais re-giões de sua distribuição, as corolas são sempre rosadas,com nítidas estrias vináceas.

6.9. Sinningia elatior (Kunth) Chautems, Candollea 45:383. 1990.Prancha 2, fig. F.Rechsteineria ignea (Mart.) Fritsch, Bot. Jahrb. Syst.

50: 436. 1913.Gesnera sceptrum var. ignea Mart., Nov. Gen. sp. pl.

3: 32. 1829.Ervas terrestres, crescendo geralmente em terrenosbrejosos; caule 50-150cm, herbáceo, anual, ereto, simples,verde a avermelhado, viloso. Folhas geralmente 3-verti-ciladas, raramente opostas, levemente anisofilas, nãodecíduas na base; pecíolo 1-5mm; lâmina 3-11×1,5-4cm,ovado-lanceolada, pubescente, aguda no ápice, margemcrenulada, base obtusa, face abaxial densamentepubescente; 5-7 pares de nervuras secundárias. Inflo-rescência laxa, terminal, pseudo-racemo, séssil, 15-50cm;

flores 1-3 nas axilas de brácteas 3-verticiladas ou raramenteopostas na raque; pedúnculo inconspícuo. Pedicelo 0,5-3cm,verde a avermelhado, pubescente; cálice com lobos 8-10×2-3mm, ovado-lanceolados, verdes a avermelhados,margem inteira; corola 3-4,5cm, 2-labiada, fortementezigomórfica; rosado-alaranjada a vermelha, pubescente,base intumescida com 2 protuberâncias salientesdorsalmente, em seguida abruptamente constrita e depoisprogressivamente alargada, limbo com 2 lobos dorsaisunidos, eretos, 4-7×5-6mm, 2 laterais e 1 ventral truncados,2×3-4mm; estames inclusos a levemente exsertos, filetescreme a rosados, anteras unidas em retângulo; estileteincluso a pouco exserto, creme na base, rosado a vináceono ápice; nectário formado de 5 glândulas, as 2 dorsaisbem maiores e unidas, ocasionalmente as glândulas dorsaise laterais unidas em ferradura, a ventral isolada.

Ocorre na Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Para-guai, Uruguai, Argentina e em todas as regiões do Brasil.B3, B5, B6, C4, C5, C6, D5, D6, D7, D8, D9, E5, E7, E8,F4. Coletada com flores de outubro a março.

Material selecionado: Angatuba, 23º27’S 48º25’S,XI.1983, J. Ratter et al. 4980 (UEC). Araraquara, XI.1888, A.Loefgren s.n. in CGG 1070 (SP). Barbosa, IX.1975, G.Hatschbach & Kummrow 37122 (COI, MBM, MU). Barretos,1917, A. Frazão s.n. (RB). Franca, 1902, Wacket s.n. (W).Itararé, 24º05’S 49º12’W, XI.1994, V.C. Souza et al. 7250(HRCB, SP, SPF, UEC). Mococa, I.1997, E.R. Pansarin et al.97/16 (UEC). Moji-Guaçu, I.1981, M. Sugiyama & W.Mantovani 128 (SP). Pindamonhangaba, s.d., Martius s.n. (M,lectótipo de Gesnera sceptrum var. ignea Martius). Salesópolis,23º29’S 45º52’W, II.1988, G.A.D.C. Franco & A. Custodio Filho451 (SP, SPSF). Santo André (Paranapiacaba), III.1983, A.Chautems & A. Custodio Filho 45 (SP). São Carlos, XII.1983,P.H.P. Ruffino & M.A. de Assis 175-57 (HRCB). São Pedro,22º34’S 48º07’W, XII.1994, M.C.E. Amaral & V. Bittrich 94/81(G). Turmalina, I.1997, L.Y.S. Aona et al. 97/124 (G). S.mun.(Serra da Bocaina), XII.1930, A. Lutz & B. Lutz 1931 (R).

Chautems (1990) publicou uma extensa sinonímiapara este táxon, mas deixou de indicar o basiônimo deRechsteineria ignea (Mart.) Fritsch, incluindo a designa-ção do tipo. Esta indicação é formalmente publicada aqui.

Ilustrações encontram-se em Hoehne (1970, tab. 235).

6.10. Sinningia eumorpha H.E. Moore, Gentes Herb. 8:390. 1954.

Ervas rupícolas; caule reduzido, 1-4cm. Folhas 6-10,opostas e dispostas em pseudo-roseta; pecíolo 2-12cm,avermelhado; lâmina 5-15×3-12cm, ovada a largamenteelíptica, pubérula, obtusa no ápice, margem crenada,cordada na base; 5-6 pares de nervuras secundárias,salientes. Inflorescência axilar, em cimeira, séssil, flores1-3 nas axilas das folhas superiores. Pedicelo 8-12cm,esverdeado, pubérulo; cálice com lobos 8-12×4-5mm,

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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ovado-lanceolados, margem inteira, patentes, verdes;corola 3-4cm, ventricoso-campanulada, alva, muitas vezescom nuances arroxeadas, obliquamente inserida no cálice,levemente intumescida dorsalmente na base, lado ventralinchado junto à fauce, fauce até 1,5cm diâm. no sentidodorso-ventral; 5 lobos subiguais, 8×10-15mm, patentes,fauce manchada de amarelo na parte ventral, com linhasroxas finas que se prolongam até os 3 lobos inferiores;estames inclusos, filetes creme, anteras unidas emretângulo; estilete incluso, alvo; nectário formado de 2glândulas dorsais, separadas.

Ocorre nos paredões úmidos de serras dos Estados doParaná e São Paulo. D5, D6, E4. Coletada com flores denovembro a janeiro.

Material selecionado: Botucatu, I.1889, G. Edwall in CGG4348 (SP). Itirapina, III.2001, SanMartin-Gajardo 17 (RB).Riversul, XII.1988, J.A.F. Costa s.n. (R 203451).

Ilustrações encontram-se em Hoehne (1970, tab. 242).

6.11. Sinningia glazioviana (Fritsch) Chautems, Candollea45: 385. 1990.

Ervas rupícolas; caule 15-25cm, ereto, não ramificado,verde a avermelhado, pubescente; tubérculo originandovários caules, sucessiva e intermitentemente ao longo doano. Folhas opostas, raramente 3-verticiladas, levementeanisofilas a desiguais, não decíduas na base; pecíolo1-3cm; lâmina 6-13×3-7cm, ovado-elíptica, pubescente,ápice brevemente acuminado, margem crenada a serreada,base obtusa; 4-6 pares de nervuras secundárias. Inflores-cência axilar, em cimeira, séssil, 1-4 flores. Pedicelo2-5,5cm, pubescente, verde a avermelhado; cálice comlobos 5-7×2-3mm, linear-lanceolados, margem inteira,verdes a avermelhados, pubescentes; corola 5-7cm,2-labiada, fortemente zigomórfica, vermelho vivo,pubescente, base intumescida com 5 protuberânciaspequenas, em seguida bruscamente constrita, depoisprogressivamente alargada, pouco comprimida lateral-mente na fauce, 2 lobos dorsais unidos, eretos, 10-14×8-10mm, 2 laterais, 3-4×5-7mm, o ventral, 2-3×3-4mm,com marca vinácea na parte interna; estames 3-4mm, maiscurtos que o lábio superior, filetes alvos a avermelhados,anteras unidas em disco; estilete tão longo quanto o lábiosuperior, avermelhado; nectário formado de uma glânduladorsal, 2-lobada.

Ocorre sobre pedras dos rios no alto da Serra daBocaina, na divisa dos Estados de São Paulo e Rio deJaneiro. D9. Coletada com flores de setembro a junho,com pico em maio.

Material selecionado: Bananal, IX.1994, R.T. Shirasunaet al. 75 (SP, UEC).

Material adicional examinado: Campos da Bocaina, XI.1879(G, K, P, isótipos de Corytholoma glaziovianum Fritsch).

Ilustrações encontram-se em Hoehne (1970, tab. 232).

6.12. Sinningia hatschbachii Chautems, Candollea 52:165. 1997.

Ervas rupícolas; caule 8-20cm, herbáceo, anual, ereto,raramente ramificado, velutino. Folhas opostas, levementeanisofilas, não decíduas na base; pecíolo 1-4cm; lâmina5-13×3-10cm, ovada a ovado-orbicular, ápice obtuso,margem serreada, base obtuso-cordada; face adaxial verde,vilosa, face abaxial esbranquiçada, serícea; 5-7 pares denervuras secundárias. Inflorescência axilar, em cimeira,séssil, flores 1-3. Pedicelo 1,5-3cm, seríceo; cálice comlobos 9-11×2-3mm, lanceolados, margem inteira,recurvados no ápice, viloso-canescentes; corola 6-7cm,2-labiada, fortemente zigomórfica, vermelho vivo, vilosa,base intumescida com 5 protuberâncias pequenas, emseguida abruptamente constrita, depois progressivamentealargada, marcadamente comprimida lateralmente na fauce,2 lobos dorsais unidos, eretos, 20-24×10-12mm, 2 laterais1,5-2×14-16mm, o ventral, 1,5-2×4-5mm, com marcavinácea internamente; estames um pouco mais curtos queo lábio superior, filetes avermelhados, anteras unidas emdisco; estilete tão longo quanto o lábio superior, alvo;nectário formado de uma glândula dorsal, 2-lobada.

Ocorre na Serra do Mar nos Estados de São Paulo eParaná. F5. Coletada com flores de novembro a fevereiro.

Material examinado: Iporanga, XII.1989 (cultivado emGenebra-Conservatoire botanique, XI.1993), A. Chautems s.n.(G).

Material adicional examinado: PARANÁ, s.mun. (SerraMarumbi), II.1950, Hatschbach 1866 (MBM, holótipo; SP, US,isótipos).

6.13. Sinningia iarae Chautems, Gesneriana 1: 9. 1995.Ervas rupícolas; caule 8-15cm, herbáceo, anual, ereto,simples, pubescente. Folhas 4-verticiladas, não decíduasna base; pecíolo 1-6(-8)cm; lâmina 5-17×4,5-11cm, ovadaa ovado-orbicular, ápice agudo a obtuso, margemirregularmente crenada a serreada, base ± cordada, faceadaxial verde, pubescente, face abaxial alvacenta,pubescente-velutina; 4-6 pares de nervuras secundárias.Inflorescência terminal, 12-30cm, flores 1-4 por bráctea;pedúnculo inconspícuo. Pedicelo ereto-ascendente, 1-3cm,vináceo-avermelhado na base, esverdeado no ápice,pubescente; cálice liso, lobos 4-5×2-2,5mm, estreitamentelanceolados, margem inteira, verde na base, tornando-seavermelhado no ápice; corola 5-6cm, 2-labiada, fortementezigomorfa, rosada, pubescente, base intumescida com 5protuberâncias pequenas, em seguida abruptamenteconstrita, depois progressivamente alargada, 2 lobosdorsais quase completamente unidos, eretos, 13-16×10mm,os 2 laterais reduzidos, 2-3×10-12mm, levementerevolutos, o ventral 1-2×5-6mm; estames um pouco maiscurtos que o lábio superior, filetes creme, glabros aesparsamente pilosos, anteras unidas em disco; estilete tão

SINNINGIA

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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longo quanto o lábio superior, creme na base, rosado noápice; nectário formado de uma glândula dorsal, 2-lobada.

Ocorrência restrita às encostas do litoral de SãoPaulo. E7, E8. Coletada com flores em dezembro, e demarço a maio.

Material selecionado: Santos, IV.1924, J. Mendonça 13(R). São Sebastião, V.1991, N. Silveira 9861 (HAS).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, SãoSebastião, IV.1965, J.C. Gomes 3634 (SP, holótipo).

6.14. Sinningia insularis (Hoehne) Chautems, Candollea45: 385. 1990.

Ervas rupícolas; caule 10-20cm, herbáceo, anual, ereto,simples, verde a vináceo, pubescente a viloso. Folhasligeiramente anisofilas, 4 ou 6 verticiladas no ápice docaule; pecíolo 0,5-2cm; lâmina 5-9×4-8cm, ovada aorbicular, ápice obtuso a agudo, margem crenulada, baseobtusa, face adaxial pubescente, face abaxial tomentosa;6-7 pares de nervuras secundárias, proeminentes.Inflorescência em pseudo-racemo terminal, 10-20cm,raque vinácea, flores 6-24, nas axilas de 2-3 brácteasfoliáceas, ca. 1cm; pedúnculo inconspícuo. Pedicelo2-3cm, ereto-ascendente, vináceo, pubescente; cálice comlobos 3×1mm, triangulares, margem inteira; corola 2-3cm,tubulosa, laranja-coral, pubérula, base intumescida com 5protuberâncias pequenas, em seguida abruptamenteconstrita, depois progressivamente alargada, 5 lobossubiguais, eretos, 2-3×3-4mm, fauce alaranjada; estamesum pouco mais curtos que os lobos, filetes creme, anterasunidas em retângulo; estilete tão longo quanto os lobos,avermelhado, pubérulo; nectário formado de 2 glândulasdorsais separadas.

Ocorrência restrita às ilhas e litoral de São Paulo. E8,F8. Coletada com flores de setembro a outubro.

Material examinado: São Sebastião (Ilha dos Alcatrazes),IX.1990, L. Rossi et al. 435 (SP). São Sebastião, X.1885(cultivado), A. Loefgren in CGG 3308 (SP).

Material adicional examinado: SÃO PAULO, São Sebastião(Ilha dos Alcatrazes), X.1920, H. Luederwaldt & Fonseca s.n.(SP 14847, holótipo de Rechsteineria insularis Hoehne).

6.15. Sinningia macropoda (Sprague) H.E. Moore, Baileya19: 39. 1973.

Ervas rupícolas; caule 8-15cm, herbáceo, anual, ereto,simples, pubescente. Folhas apenas 1 par (raramente 2),opostas, ± anisofilas, pubescentes; pecíolo 1-3cm; lâmina8-12×9-14cm, orbicular a suborbicular, arredondada noápice, margem irregularmente serreada, ± cordada na base;4-5 pares de nervuras secundárias, bem marcadas.Inflorescência 6-10 flores, em cimeira bípara, axilar,pedúnculo 3-12cm. Pedicelo 1-2,5cm, pubescente; cálicecom lobos 3-5×2-3mm, triangular-lanceolados; corola2,5-3cm, tubulosa, vermelho-clara, pubescente, base

intumescida com 5 protuberâncias pequenas, em seguidabrevemente constrita, depois progressivamente alargada,lobos subiguais, patentes, 3-4×4-5mm; estames inclusos,filetes glabrescentes, anteras unidas em retângulo; estilete2-2,5cm, alvo; nectário formado de 2 glândulas unidas.

Ocorre em paredões rochosos sempre úmidos nasvizinhanças de saltos e cachoeiras em São Paulo, Paraná,Santa Catarina e Paraguai oriental. D6. Coletada comflores em agosto.

Material examinado: São Carlos, VIII.1888, A. Loefgrenin CGG 817 (SP).

Este táxon foi observado em localidades das quadrí-culas B6 e C6 no Estado de São Paulo, durante excursõesao campo em 1999 e 2001, em locais de difícil acesso,com impossibilidade de coleta até o momento.

6.16. Sinningia magnifica (Otto & A. Dietr.) Wiehler,Selbyana 1: 32. 1975.

Ervas rupícolas; caule 30-100cm, herbáceo, anual, ereto,simples, velutino, tricomas alvos a avermelhados. Folhasopostas, ± anisofilas, não decíduas na base; pecíolo0,5-3,5cm; lâmina 6-18×5-15cm, largamente ovada, ápiceagudo, margem crenada a dentada, base obtuso-cordada,face adaxial velutina, face abaxial canescente-tomentosa;5-7 pares de nervuras secundárias. Inflorescência axilar,cimeira; 2-12 flores nas axilas de folhas progressivamentesubstituídas por brácteas, no ápice; pedúnculo 1-8cm.Pedicelo 2-4cm, velutino; cálice pubescente, lobos 4-5×2-3mm, triangulares a ovado-lanceolados, margem inteira;corola 3,5-5cm, 2-labiada, vermelho vivo, pubescente avelutina, base intumescida com 5 protuberâncias pequenas,em seguida abruptamente constrita, depois progressi-vamente alargada, 2 lobos dorsais unidos, eretos, 14-16×7-9mm, 2 laterais ca. 2×7-8mm, ventral 1-2×4-5mm commarca vinácea no lado interno; estames um pouco maiscurtos que o lábio superior, filetes avermelhados,esparsamente pilosos, anteras unidas em disco; estilete tãolongo quanto o lábio superior ou pouco maior, alvo;nectário formado de 2 glândulas dorsais, unidas.

Ocorre nas serras de Minas Gerais, Espírito Santo,Rio de Janeiro e São Paulo. D8, D9, E7. Coletada comflores de fevereiro a maio.

Material selecionado: Atibaia, III.1938 (cultivado Inst. Bot.SP), O. Handro s.n. (SP 39421). São Bento do Sapucaí, 22º04’S45º39’W, IV.1995, J.Y. Tamashiro et al. 847 (ESA, HRCB, SP,SPF, UEC). S.mun. (Serra da Bocaina), I.1896 (cultivado), G.Edwall in CGG 3307 (SP).

Esta espécie apresenta um ecótipo, ocorrendo em lu-gares mais sombreados, ao longo das regiões de sua dis-tribuição, que se caracteriza pelo hábito pendente, indu-mento pubescente, mas não velutino, folhas e brácteas dasaxilas das inflorescências reflexas, lobos do cálice linea-res, corola com protuberâncias na base, visíveis entre os

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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lobos do cálice (O. Handro s.n. (SP 39421) e I. Koch &L.S. Kinoshita 205).

6.17. Sinningia mauroana Chautems, Gesneriana 1: 9.1995.

Subarbustos perenes, terrestres ou rupícolas; caule 50-230cm, ereto, pouco ramificado, pubescente-tomentoso,nós sem constrições; tubérculo ausente ou único, reduzido;raízes fibrosas. Folhas opostas ou 3-verticiladas,± anisofilas, decíduas na base do caule; pecíolo 2-6cm,avermelhado; lâmina 5-12×3-7cm, ovada, aguda no ápice,margem serreada, obtusa na base, verde, face adaxialserícea, com indumento brilhante-prateado, face abaxialpubescente; 5-7 pares de nervuras secundárias. Inflores-cência axilar, séssil, em cimeira de 1-4 flores. Pedicelo4-6cm, avermelhado, pubescente; cálice pubescente, lobos6-8×1-2mm, linear-lanceolados, margem inteira, envol-vendo a corola na base, pouco patentes no ápice; corola3-4cm, tubulosa, levemente zigomorfa, vermelho-alaranjada, pubescente, base intumescida com 5 protube-râncias pequenas, em seguida abruptamente constrita,depois progressivamente alargada, lobos subiguais,patentes, ca. 4×5mm, glabrescentes; estames inclusos,filetes alvos, anteras unidas em retângulo; estilete incluso,creme; nectário formado de 2 glândulas dorsais separadas.

Ocorre no litoral de São Paulo e Paraná. E7, E8, F6,G6. Coletada com flores de abril a novembro.

Material selecionado: Cananéia (Ilha do Cardoso),IV.1991, F. Barros 2250 (G, SP). Moji das Cruzes, VI.1987, A.Chautems & M. Peixoto 283 (CEPEC, holótipo; G, US, isótipos).Peruíbe, XI.1990, L. Rossi et al. 741 (G, SP). São Sebastião,V.1991, N. Silveira 9860 (HAS).

6.18. Sinningia micans (Fritsch) Chautems, Gesneriana1: 10. 1995.Prancha 2, fig. G.

Ervas rupícolas; caule 15-30cm, herbáceo, anual, ereto,simples, avermelhado, pubescente. Folhas anisofilas,4-verticiladas no ápice do caule, às vezes com mais de umpar de folhas opostas, 10-15cm acima do verticilo; pecíolo2-7cm; lâmina 10-30×7-20cm, ovada, pubescente, ápicebrevemente acuminado, margem duplamente crenado-dentada, base cordata; nervura principal e 6-8 pares denervuras secundárias avermelhadas na base. Inflorescênciaem pseudo-racemo terminal, 15-20cm; flores 2-3, nasaxilas de brácteas inconspícuas; pedúnculo 3-5cm.Pedicelo 2,5-5cm, pubescente, tricomas glandulosos;cálice verrucoso, vermelho na base, lobos 6-8×3-4mm,triangulares, margem inteira, verdes, pubescente-tomen-tosos; corola 5-6cm, 2-labiada, vermelha brilhante,pubescente, base intumescida com 5 protuberânciaspequenas, em seguida abruptamente constrita, depois

progressivamente alargada, lobos conspicuamentediferentes, 2 dorsais unidos, eretos, 10-12×7-8mm, 2laterais 3-4×10mm, ventral 2-3×7-8mm; estames um poucomais curtos que os lobos, filetes glabros, anteras unidasem disco; estilete tão longo quanto os lobos, pubérulo;nectário formado de 2 glândulas dorsais separadas.

Ocorrência restrita a São Paulo. F5, F6. Coletadacom flores de junho a agosto.

Material selecionado: Iporanga, (cultivado em W Bot.Garten), VIII.1901, Wettstein s.n. (WU, síntipo de Corytholomamicans Fritsch). Peruíbe, VI.1947, Dedecca Kug & Gardini s.n.(IAC 8338).

Fritsch (1908) cita duas coletas baseadas em materialcultivado em Viena, uma procedente do Vale do Ribeira eoutra de Itatiaia no Rio de Janeiro. Esta última localidadeparece ser duvidosa, porque nenhuma coleta posterior con-firmou a ocorrência da espécie no Rio de Janeiro. Na lo-calidade de Peruíbe, a espécie foi coletada recentemente,Chautems & Peixoto 413 (G, SP), estéril no momento dacoleta em I.1993, mas um tubérculo foi introduzido emcultivo e floresceu posteriormente.

6.19. Sinningia piresiana (Hoehne) Chautems, Candollea45: 386. 1990.Prancha 2, fig. H-I.

Ervas rupícolas; caule 10-20cm, herbáceo, anual, ereto,simples, verde a vináceo, tomentoso. Folhas anisofilas,6-verticiladas no ápice do caule; pecíolo 0,5-3cm; lâmina6-14(-20)×4-10(-15)cm, obovada a elíptica, ápice obtuso,margem crenada, base obtusa, face adaxial seríceo-canescente, face abaxial canescente-lanulosa; 6-7 pares denervuras secundárias. Inflorescência em pseudo-racemoterminal, 8-12cm, flores 10-30 concentradas na porçãoterminal do raque, nas axilas de 2-3 brácteas foliáceas,1,5-2,5×1-1,5cm, címulas sésseis. Pedicelo 1-2cm, ereto-ascendente, lanato; cálice com lobos 6-7×1-2mm,triangular-acuminados, pubescentes, margem inteira;corola tubulosa, 3-3,5cm, rosa vivo, com estrias vináceas,perto do ápice, pubescente, base intumescida com5 protuberâncias pequenas, em seguida abruptamenteconstrita, depois progressivamente alargada, 5 lobossubiguais, eretos, 3-4×4-6mm, 2 dorsais levemente unidos;estames um pouco mais curtos que os lobos, filetes comtricomas glandulosos, esparsos, anteras unidas emretângulo; estilete tão longo quanto os lobos, glabro;nectário formado de 2 glândulas dorsais separadas.

Endêmica de São Paulo. C6. Coletada com flores desetembro a outubro.

Material examinado: Descalvado, XI.1954, A.S. Pires s.n.(SP 56345, holótipo de Rechsteineria piresiana Hoehne).

Esta espécie somente tem registro em herbário pelomaterial tipo e também por uma exsicata (SP 75991) que

SINNINGIA

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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representa um clone cultivado do material típico. A espé-cie foi reencontrada em X.1999 e fotografada nos muni-cípios de Brotas e Itirapina (M. Peixoto com. pess.).

6.20. Sinningia aff. reitzii (Hoehne) L.E. Skog, Gloxinian37(1): 35. 1987.

Subarbustos perenes; caule 30-120cm, ereto, ramificado,pubérulo, nós sem constrições; raízes formadas denumerosos tubérculos conectados por estolões hipógeos.Folhas opostas, ± anisofilas, decíduas na base do caule;pecíolo 1-4cm, avermelhado; lâmina 4-8×2,5-5cm, ovada,aguda no ápice, margem crenada, obtusa na base, faceadaxial verde, pubérula, face abaxial verde a avermelhada;5-7 pares de nervuras secundárias, freqüentementeavermelhadas na face abaxial. Inflorescência axilar, séssil,em cimeira de 1-2 flores. Pedicelo 4-4,5cm, avermelhado;cálice pubescente, lobos ca. 5×1-1,5mm, linear-lanceo-lados, eretos, margem inteira, avermelhados; corola 3-4cm,carmim, pubescente, base intumescida com 5 protube-râncias pequenas, em seguida abruptamente constrita,depois progressivamente alargada, lobos subiguais, 5-6×6-7mm, patentes; estames inclusos, filetes creme, anterasunidas em retângulo; estilete incluso, rosado; nectárioformado de 2 glândulas dorsais separadas.

Endêmica de São Paulo. F5. Coletada com flores emdezembro.

Material examinado: Iporanga, XII.1989, A. Chautems &M. Peixoto 372 (SP).

A coleção observada em São Paulo difere da S. reitziiencontrada em Santa Catarina, por esta última apresentarinflorescências em pseudo-racemos, com címulas pedun-culadas e corola vermelha. Estas diferenças não parecemsuficientes para reconhecer um táxon infra-específico. Por-tanto, na falta de outras coleções, optou-se por identificá-la como um táxon diferente, mas aparentado a S. reitzii.

6.21. Sinningia schiffneri Fritsch, Denkschr. Kaiserl.Akad. Wiss., Wien. Math.- Naturwiss. Kl. 79: 292.1908.Prancha 2, fig. J-K.

Ervas terrestres; caule 20-90cm, perene, ereto, levementesuculento, simples, ocasionalmente com ramificaçõeslaterais na base, constrições na região dos nós, castanho-claro na parte inferior, avermelhado junto às flores,pubescente a seríceo; tubérculo inconspícuo. Folhasopostas, decíduas na base, ± anisofilas; pecíolo 1-5cm;lâmina 5-20×3-7cm, ovado-elíptica, ápice acuminado,margem finamente serreada, base oblíqua, face adaxialpubescente, face abaxial às vezes vinácea, pubescente-serícea; 9-11 pares de nervuras secundárias. Inflorescência

axilar, séssil, em cimeira de 1-3 flores. Pedicelo 0,5-1,0cm,verde a avermelhado, seríceo; cálice com lobos 5-10×2-3mm, triangular-lanceolados, margem inteira, patentes;corola 2-3cm, tubulosa, levemente zigomorfa, alva,glanduloso-pubérula, base regularmente intumescida, emseguida constrita, depois progressivamente alargada com2 riscas na parte ventral, lobos subiguais, 6-8×9-11mm,patentes; estames inclusos, filetes creme, anteras unidasem retângulo; estilete incluso, rosado; nectário formadode 5 glândulas iguais.

Ocorre no Rio de Janeiro e São Paulo, em matas dolitoral. E7, E9, F6, F7. Coletada com flores de dezembroa agosto, picos em dezembro, fevereiro, abril e julho.

Material selecionado: Itanhaém, VII.1901, Wettstein &Schiffner s.n. (WU, lectótipo). Peruíbe, II.1993, L. Rossi et al.1257 (SP). Santo André, XII.1991, S.J.G. da Silva et al. 277(RB, SPF). Ubatuba, 23º21’S 44º52’W, VIII.1994, M.A. Assiset al. 316 (HRCB, SP).

6.22. Sinningia warmingii (Hiern) Chautems, Candollea45: 386. 1990.

Ervas terrestres ou rupícolas; caule 40-120cm, herbáceo,anual, ereto, simples ou ramificado, verde a avermelhado,pubescente. Folhas geralmente 3-verticiladas, raramenteopostas, ± anisofilas, pubescentes, não decíduas na base;pecíolo 5-20mm; lâmina 3-12×1,5-4cm, ovado-elíptica,membranácea, aguda no ápice, margem crenulada, obtusana base; face abaxial velutino-pubescente; 6-7 pares denervuras secundárias. Inflorescência em pseudo-racemo,terminal, 5-20cm, em címulas sésseis, dispostas verticila-damente na raque, 1-3 flores, nas axilas de brácteas.Pedicelo 0,5-2cm, verde a avermelhado, pubescente; cálicecom lobos 8-10×4-5mm, ovado-lanceolados, margeminteira, verdes a avermelhados; corola 3-5cm, tubulosa,levemente zigomorfa, vermelho-clara, pubescente, baseintumescida com 2 protuberâncias salientes dorsalmente,em seguida abruptamente constrita, depois progressi-vamente alargada, lobos subiguais, eretos, ca. 4×5-6mm;estames inclusos a levemente exsertos, filetes rosados,anteras unidas em retângulo; estilete incluso a poucoexserto, rosado a avermelhado; nectário formado de5 glândulas, as 2 dorsais bem maiores e unidas.

Ocorre no Brasil (de Minas Gerais até a região Sul),Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e norte daArgentina. D5, D6. Coletada com flores de dezembro ajulho, com pico entre janeiro e março.

Material selecionado: Botucatu, XII.1952 (cultivado noInstituto de Botânica SP), O. Handro 331 (SP). Itirapina, I.1901,G. Edwall s.n. in CGG 5906 (SP).

Material adicional examinado: MINAS GERAIS, LagoaSanta, XII.1865, Warming s.n. (foto C, lectótipo).

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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Lista de exsicatas

Almeida Rosa, J.L.: 11 (6.2); Amaral Jr., A.: 33 (2.4),1209 (6.9), 1226 (6.9), 1628 (1.2), 1645 (5.8), 1647 (5.7), BOTU13218 (6.21); Amaral, M.C.E.: 94/81 (6.9); Ambühl, M.: 10(6.2); Anunciação, E.A.: 24 (2.3), 60 (5.7), 88 (6.17), 269 (5.4),433 (2.3); Aona, L.Y.S.: 97/124 (6.9); Araújo, D.: 829 (1.1),6594 (2.3); Árbocz, G.F.: 2726 (5.3); Areher, W.A.: 4140 (6.2);Assis, M.A.: 63 (2.3), 137 (1.1), 264 (2.3), 288 (1.1), 316 (6.21),357 (5.4), 361 (1.1), 376 (5.2), 404 (2.4); Attié, M.C.B.: 42(5.8); Ávila, N.S.: 341 (5.19); Baitello, J.B.: 521 (6.6), 643(6.6), 802 (1.2); Barreto: 102 (5.6); Barros, F.: 449 (5.7), 455(2.3), 825 (2.3), 912 (5.9), 937 (5.7), 1235 (5.14), 1833 (4.1),1891 (5.20), 1896 (5.9), 2034 (6.8), 2075 (5.20), 2100 (4.1),2250 (6.17), 2270 (5.20), 2843 (1.1), 29457 (5.13), SP (6.8);Basso, M.E.: 34 (2.3); Benko-Iseppon, A.M.: 9 (2.2); Bernacci,L.C.: 959 (2.4), 1907 (2.3); Berto, W.Z.: 36 (6.9); Bicudo,L.R.H.: 17 (6.21), 47 (5.7); Black: 11248 (6.9); Bowie, J.: 109(5.19); Brade, A.C.: 5304 (6.8), 6113 (6.9), 6114 (6.9), 6115(6.2), 6679 (5.1), 6680 (2.4), 6681 (5.19), 6682 (5.7), 6683 (2.3),7893 (5.15), 8335 (4.1), 12241 (6.9), 12972 (6.9), 20140 (6.8),20652 (6.11), 21132 (5.6), SP 7116 (5.8); Braga: 1663 (5.4);Burchell: 3204 (5.7), 3480 (5.8), 3483 (5.4), 3752 (5.1), 4332(6.9); Buzato, S.: UEC 21599 (5.7), UEC 21600 (5.7), UEC26612 (5.9), UEC 26801 (5.4), UEC 26804 (5.5), UEC 26840(5.6), UEC 26855 (6.8), UEC 26857 (6.8), UEC 26868 (6.6),UEC 26871 (6.6), UEC 26873 (5.8), UEC 26875 (6.8), UEC27181 (5.15), UEC 27994 (5.14), UEC 28017 (6.2); CamposNovaes: 972 (6.9); Campos Porto, P.: 2997 (6.9), 2998 (6.1),2999 (6.1), 3000 (6.16), 3001 (6.16), 3003 (5.6), 3250 (6.2),3251 (6.2); Capell, P.: FCAB 1329 (5.6), FCAB (6.2); Carmello,S.M.: 1 (5.8), 22 (5.7), 77 (6.8); Carvalhaes, M.A.: 9 (5.7);Carvalho, A.M.: 2 (1.1), 7 (5.2), 21 (5.3), 22 (5.2), 23 (6.11);Carvalho, R.M.: 11601 (6.2); Castellanos: 22373 (2.2), 22434(6.11); Catharino, E.L.M.: 48 (5.2), 65 (5.6), 458 (2.3), 481(2.4), 1397 (5.19), 1401 (2.4), 1966 (1.1), 2046 (1.1);Cavalcante: 9 (6.2); Cerati, T.M.: 47 (5.8); César, O.: HRCB(6.9); Chagas e Silva, F.: 1056 (5.18); Chautems, A.: 31 (5.19),32 (2.3), 33 (5.19), 34 (5.7), 36 (5.4), 37 (5.7), 39 (5.7), 40(5.10), 41 (5.7), 42 (2.4), 43 (5.7), 44 (6.21), 45 (6.9), 50 (5.7),52 (5.7), 56 (5.8), 57 (5.15), 58 (2.3), 59 (2.3), 60 (5.7), 61(5.19), 63 (5.15), 64 (5.7), 65 (2.4), 68 (5.19), 69 (5.8), 70 (2.3),71 (5.4), 72 (5.11), 73 (5.11), 74 (2.3 ), 75 (2.4), 76 (5.8), 103(6.11), 105 (2.2), 109 (5.19), 114 (6.11), 116 (2.2), 134 (5.7),135 (2.3), 136 (4.1), 137 (2.3), 138 (5.9), 139 (5.9), 283 (6.17),332 (6.7), 371 (6.5), 372 (6.20), 392 (2.2), 412 (2.5), 413 (6.18),414 (5.7), 415 (5.18), 416 (6.4), 418 (5.18), 422 (2.5), G cult.AC-1479 (6.12); Chiea, S.A.C.: 732 (6.1); Coe-Teixeira, B.:144 (6.9); Cordeiro, I.: 504 (5.7), 507 (2.4), 525 (6.21), 811(2.4), 918 (1.2), 1411 (5.18), 1570 (2.4); Correa de Mello, J.:K (6.1); Corrêa, M.A.: 89 (2.3); Costa, A.S.: 9 (6.2); Costa,J.A.F.: R 203451 (6.10); Costa, M.P.: 16 (5.7); Cruz: 129 (5.6);Cuatrecasas: 26588 (6.2); Cunha, N.M.L.: 109 (1.1), 215 (2.5),222 (5.4); Custodio Filho, A.: 16 (2.4), 57 (2.4), 58 (5.7), 61(1.2), 114 (1.2), 440 (6.9), 537 (6.6), 546 (6.6), 717 (5.15), 737(5.15), 973 (1.2), 982 (5.7), 997 (5.8), 1010 (2.4), 1011 (1.2),1012 (5.7), 1013 (5.8), 1100 (5.8), 1112 (5.8), 1295 (5.8), 1296(2.4), 1308 (5.8 ), 1310 (5.7), 1366 (5.8), 1367 (5.7), 1372 (5.7),

1418 (5.8), 1426 (5.8), 1432 (2.4), 1462 (5.7), 1495 (5.7), 1528(5.8), 1532 (5.8), 1544 (5.8), 1601 (2.4), 1602 (5.7), 1660 (5.7),1679 (5.8), 1687 (5.7), 1690 (2.4), 1732 (5.8), 1765 (5.8), 1787(5.7), 1796 (2.4), 1866 (5.8), 1888 (2.4), 1891 (5.8), 1943 (5.1),1955 (5.1), 1958 (2.4), 2059 (6.8), 2150 (6.9), 2198 (6.9), 2378(1.2), 2420 (2.4), 2462 (5.7), 2463 (2.4), 2492 (2.4), 2512 (2.4),2650 (6.8), 2652 (6.9), 2627 (5.1); Davis, P.H.: 2929 (1.3), 59748(2.3), 59749 (5.13), 59755 (1.1), 59782 (5.4), 59908 (5.8), 59909(2.2), 59912 (5.7), 59943 (2.3), 60487 (5.7), 60494 (5.8), 60499(2.4), 60528 (5.19), 60546 (1.2), 60548 (5.7), 60626 (5.7), 60630(2.3), 60738 (2.4), 60757 (2.3), 60910 (2.3); Dedecca Kug: IAC8338 (6.18); Dias, M.C.: 50 (5.18); Diniz da Cruz, N.: 14 (1.1);Doering, R.: SP 39526 (5.4); Dorta, R.O.: 5 (5.8); Duarte,L.S.R.: 11 (2.4), 12 (2.3), 28 (5.7); Dusén: 6505 (5.18), 8711(6.4), 14265 (5.8), 18096 (6.7), S (5.18); Edna/ Sudelpa: SPF67682 (5.2), SPF (4.1); Edwall, G.: 13 (5.7), CGG 1884 (5.8),CGG 1937 (6.9), CGG 2244 (6.8), CGG 3307 (6.16), CGG 3960(5.7), CGG 4348 (6.10), CGG 4349 (1.2), CGG 5906 (6.22);Egler, S.G.: 22175 (6.8); Eiten, G.: 758 (5.7), 2432 (6.2), 2790(5.7), 3507 (6.2), 5022 (5.8), 6099 (5.4); Emygdio, L.: 2707(6.2); Esteves, G.L.: 2646 (5.6), 2651 (5.3); Esteves, R.: 125(5.19); Farney, C.: 494 (5.8); Felice, T.: 27941 (6.2); Felippe,G.M.: 19 (6.2); Ferreira: 1934 (6.2); Ferreira, S.: 68 (5.7),184 (5.7), SP 270783 (2.4); Ferreira, S.E.: SP 270770 (5.11);Ferreira, V.F.: 3177 (6.1), 3180 (6.2); Ferreira de Paula, P.:SPF 118270 (2.4); Flaster, B.: 26 (6.11); Fonseca Vaz, A.: 310(5.6); Fontella, J.: 125 (4.1); Forero, E.: 7620 (1.2), 7631 (5.7),7653 (2.4), 7662 (5.8), 7679 (1.1), 8350 (6.2), 8593 (5.7), 8597(2.3), 8656 (2.3), 8754 (5.7), 8792 (4.1); Fosberg, F.R.: 43312(6.2); Franceschinelli, E.V.: 22519 (6.8); Franco, G.A.D.C.:438 (2.4), 451 (6.9), 724 (2.4), 728 (5.7); Frazão, A.: RB (6.9);Freire-Fierro, A.: 1628 (1.2); Fromm: 265 (5.4); Furlan, A.:281 (6.2), 293 (6.8), 306 (5.6), 438 (5.4), 508 (2.3), 561 (2.4),1012 (5.5), 1073 (5.2), 1090 (1.1), 1203 (5.5), 1308 (5.2), 1399(2.3 ), 1430 (5.5), 1436 (6.21), 1484 (5.4), 1493 (5.2), 1570(2.3); Garcia, F.P.C.: 493 (2.5); Garcia, F.C.P.: 231 (1.1);Garcia, R.J.F.: 881 (5.19), 882(5.19), 937 (5.1); Gardolinsk,P.C.: 29837 (2.3); Gatti: 33 (2.4); Gehrt, A.: SP (6.8), SP 41649(6.1), SP 35064 (6.10); Gemtchújnicov, I.D.: BOTU 12315(6.2); Gentry: 58991 (5.15), 59042 (5.15); Gibbs, P.: 1707 (6.2),3251 (6.8), 3386 (6.2), 3454 (6.8), 3540 (6.2), 5657 (1.1), 5570(5.15), 6091 (1.1), 6665 (6.8), 6674 (5.15), 6823 (6.2); Glaziou:6618a (6.2), 11590 (6.11), R 85161 (5.6), R 96935 (6.11); Godoy,S.A.P.: 224 (5.8), 268 (5.8), 404 (5.19), 407 (5.7), 475 (5.7),478 (5.19), 748 (5.8); Goldenberg, R.: 88 (5.5), 355 (5.6), 405(6.2), 406 (6.8), 29843 (2.4), 29850 (5.4), 29854 (2.3), 29867(5.4), 29874 (2.3), 32420 (2.4); Gomes, J.C.: 2657 (6.13), 3634(6.13); Gonçalves, G.T.: 75 (2.3); Gonçalves, P.: SP 55758 (1.1);Gottsberg: 3/6 (5.4); Graham: K (6.1); Grande, D.A.: 104 (2.3),119 (5.7), 140 (2.3), 307 (5.9); Grombone M.T.: 22864 (2.3);Grotta, A.S.: SPF 5600 (6.2), SPF 15097 (6.2), SPF (6.2);Guerra, T.P.: 34 (5.7), 57 (2.4), 58 (5.7), 60 (5.7), 131 (1.2);Hammar, A.: CGG 5905 (5.19); Handro, O.: 15 (6.2), 259 (5.7),323 (5.16), 325 (6.9), 331 (6.22), 342 (5.20), 349 (5.11), 703(6.8), 704 (6.8), 705 (6.8), 717 (6.9), 724 (6.2), 784 (5.6), 851(6.6), 868 (5.8), 869 (5.7), 870 (5.19), 872 (5.20), 876 (5.7),903 (5.1), 934 (5.15), 935 (5.9), 962 (5.17), 973 (6.21), 975(5.4), 979 (5.4), 1027 (5.11), 1028 (5.11), 1029 (5.12), 1030

GESNERIACEAE

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

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GESNERIACEAE

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(5.4), 1031 (5.7), 1103 (2.3), 1149 (5.7), SP 39421 (6.16), SP(6.22); Hatschbach, G.: 455 (5.4), 1866 (6.12), 37122 (6.9);Hoch, A.M.: 19 (5.15), 25 (5.20); Hoehne: NY cult. (6.8), SP(5.19), SP (6.9), SPF 10006 (6.8), SPF 82230 (6.8), US (6.8);Hoehne, F.C: 282 (2.3), SP 476 (5.19), SP 744 (2.4), SP 745(5.8), SP 2337 (2.4), SP 2374 (1.2), SP 2375 (2.4), SP 4685(5.1), SP 29908 (6.1), SP 30796 (5.8), SP 39654 (5.19), SP 41325(5.4), SP 56354 (5.8), SP 56355 (5.7); Hoehne, L.: SP 56372(6.2); Hoehne, W.: SPF 4976 (6.2), 6135 (6.2), SPF 8434 (5.8),SPF 10760 (6.2), SPF 10910 (6.9), SPF 13876 (6.9), SP 56348(6.2), US (6.2); Hunt: 6317 (5.18); Joly: 1243 (6.4); Joly, A.B.:1240 (5.9), SPF 84350 (1.2), IAN (6.2), SPF 84349 (6.9), SPF(1.2); Jouy, A.: B637 (6.9), B1034 (5.6), B1034a (5.6), B1052(6.2), B1325 (6.16); Jung, S.L.: 85 (6.2), 7631 (5.7); Jung-Mendaçolli, S.L.: 503 (2.3); Katayama, P.S.: BOTU 2704 (6.8);Kawasaki, M.L.: 679 (6.4); Kersten, R.: 194 (6.8); Kirizawa,M.: 147 (6.2), 449 (5.8), 450 (2.4), 453 (1.2), 459 (5.7), 486(6.2), 487 (6.2), 554 (5.7), 565 (6.2), 592 (5.7), 768 (5.7), 778(5.8), 817 (2.3), 841 (5.7), 883 (5.1), 949 (5.9), 979 (2.4), 1017(1.2), 1057 (1.2), 1076 (2.4), 1088 (1.2), 1137 (6.2), 1141 (6.2),1233 (5.4), 1260 (5.9), 1320 (2.4), 1442 (5.9), 1479 (5.7), 1517(2.3), 1552 (5.1), 1690 (1.1), 1695 (5.5), 1866 (1.1), 1876 (5.7),1881 (2.3), 1886 (2.3), 1891 (5.2), 1950 (2.4), 2777 (5.4), 2787(6.17), 3044 (5.15), 3210 (5.4), 3273 (6.6), 3311 (5.8), 3312(6.8), 3314 (2.4), 3322 (5.4); Kiyama, C.Y.: 110 (5.7); Koch,I.: 205 (6.16), 233 (5.3), 29881 (5.5); Koschnitzke, C.: 29444(1.1); Kriegel, O.: IAC (6.2); Kuehn: 65 (5.6); Kuhlmann, M.:406 (6.8), 875 (5.10), 1498 (6.9), 1700 (5.8), 2133 (6.8), 3828(2.1), 3834 (5.4), 3837 (2.3), 3858 (1.1), 3903 (4.1), 4420 (6.11),4427 (5.19), 4616 (5.5), 4624 (6.21), 904 (5.6), SP 32493 (5.6),SP 41474 (6.4), SP 45742 (5.15), SP 59059 (3.1); Kuhn, E.:162 (6.2); Landrum, L.R.: 771 (5.7), 764 (5.1); Lanstyack, L.:RB 33122 (6.16); Leitão Filho, H.F.: 2529 (5.5), 3167 (6.8),4745 (5.18), 10749 (5.7), 13076 (6.1), 13085 (6.8), 13178 (6.2),32831 (2.4), 32849 (2.4), 32891 (5.18), 32912 (6.8), 33221 (2.4),33274 (6.7), 34319 (5.4), 34320 (5.4), 34321 (5.4), 34324 (5.8),34616 (6.21), 34629 (1.1), 34645 (4.1), 34323 (5.11); Lima,A.: 166-68 (2.4), 175-68 (1.2); Lima, A.S.: IAC 7308 (6.1),IAC 7309 (6.2), IAC 7380 (6.2), SP 51784 (6.1); Llewelyn.:US (5.7); Loefgren, A.: CGG 278 (6.2), CGG 476 (6.9), CGG817 (6.15), CGG 1070 (6.9), CGG 1601 (2.4), CGG 2126 (6.9),CGG 2322 (6.6), CGG 2660 (5.9), CGG 2679 (5.4), CGG 3308(6.14), CGG 3326 (1.2), CGG 3516 (5.6); Lohmann, C.E.O.:38 (2.4); Lombardi, J.A.: 111 (5.15), 126 (5.20); Lopes, E.A.:64 (5.8), 72 (5.1), 80 (1.2), 91 (5.7), 8737 (2.3); Lopes, J.: IAC3160 (6.2); Luederwaldt, H.: SP 14847 (6.14); Lutz: R 20491(6.16), R 20941 (6.16); Lutz, A.: 347 (6.11), 448 (6.6), 1931(6.9); Lutz, B.: 94 (6.2), 174 (6.6), 759 (6.2), 880 (6.8), R 86763(6.11), R 203450 (6.6); Macedo, I.C.C.: 34 (2.4), 29 (2.4);Magalhães, J.C.: SPF 71812 (6.16); Makino: 48 (5.20);Mamede, M.C.H.: 187 (2.3), 231 (4.1), 327 (5.7), 329 (2.3),402 (5.4); Manetti, M.A.: 46 (6.2); Mano, A.: 2 (6.2);Mantovani, W.: 134 (1.2), 154 (1.3); Marcondes-Ferreira, W.:783 (6.3), 15064 (6.1); Markgraf: 10350 (6.2); Marquete, R.:287 (4.1), 291 (5.2); Martinelli, G.: 5746 (5.4), 7776 (2.2), 7780(6.11), 7782 (5.6), 9569 (2.3); Martins, E.: 22576 (5.4), 29230(5.4), 29399 (1.1); Martins, H.F.: R 11156 (6.11); Martius,

C.F.P.: foto M (1.3), M (5.16), M (6.9); Martuscelli, P.: 42(5.7), 63 (5.19), 74 (5.8); Matsumoto, K.: 97/86 (6.9); Mattos,J.: 328 (6.9), 8395 (6.2), 8930 (5.5), 9075 (1.2), 9106 (5.8),9171 (5.4), 11818 (5.11), 11850 (5.8), 11854 (5.9), 12458 (5.8),12462 (5.7), 12781 (5.7), 12784 (2.4), 12788 (1.2), 12879 (6.2),12883 (6.1), 13476 (2.4), 13515 (5.7), 13858 (5.8), 13883 (5.7),13895 (1.2), 14036 (5.18), 14233 (2.4), 14342 (6.2), 14397 (5.8),14397a (5.17), 14862 (6.2), 14960 (6.1), 15617 (1.2), 15626(5.7), 15684 (5.8), 16196 (6.8), 26908a (6.8), HAS (2.3), HAS(2.4), HAS (5.1), SP 114280 (2.4), SP 118373 (1.2?), SP 155981(6.5); Meira Neto, J.A.A.: 21172 (2.2), 21331 (6.8), 21332 (6.1);Mello Filho, L.E.: 4692 (5.8); Mello-Silva, R.: 562 (5.15), 888(2.4), 890 (5.20), 896 (5.15); Melo, M.M.R.F.: 402 (5.9), 406(2.3), 421 (2.3), 429 (5.7), 527 (4.1), 551 (5.7), 614 (5.7), 1028(5.4); Mendonça, J.: 13 (6.13); Menezes, N.L.: SPF 73045(6.16), SPF (6.16); Miyagi, P.H.: 84 (5.9), 74 (2.3), 119 (5.4),193 (5.4), 212 (2.4), 227 (5.15), 436 (6.9), 439 (6.7); Mimura:13 (6.2), 153 (6.2), 179 (6.9), 271 (6.9), 576 (6.2); Moraes,P.L.R.: 101 (5.15); Morawetz, W.: 22-11875 (1.1); Moreira,B.A.: SP 299879 (5.11); Mosén: 2916 (5.11), 3032 (5.4), 3276(5.8); Moura, C.: 14 (5.4); Muller, C.: 32172 (6.9); Muniz,C.F.S.: 15 (1.2), 21 (1.2), 22 (5.7), 24 (5.7); Nadruz, M.: 633(5.8); Nakagomi, M.Y.: 27 (2.3); Netto, A.O.: SPF 82233 (1.2);Nicolau, S.A.: 371 (5.7); Novaes, J.C.: 971 (6.2); Pabst: 4830(6.11), 5802 (5.17), 5806 (5.19); Pacheco, C.: IAC (6.9);Palazetti de Almeida, V.: 25672 (6.2); Pansarin, E.R.: 97/16(6.9); Parentoni, R.: 7602 (6.2); Pastore, J.A.: 110 (1.2), 625(5.7), 629 (5.19), 721 (5.18); Pereira, E.: 5955 (1.2); Pereira,M.A.: SP 50032 (6.6); Pereira, O.J.: 860 (5.9); Peres, L.R.: 61(6.2 ); Picentin, E.P.: 3 (6.8); Pickel: 4310 (6.2), 4783 (5.19),5178 (6.9), SPSF (6.9); Pirani, J.R.: 738 (5.7), 746 (1.1), 757(5.4), 781 (1.1), 1380 (5.6), 3115 (1.2), 4441 (5.8); Pires, A.S.:676 (6.1), 953 (5.15), SP 56345 (6.19), SP 59890 (5.6), SP 75991(6.19); Prance: 6852 (5.20), 6856 (5.15), 6886 (5.8); Proença,S.L.: 72 (5.4), 95 (5.7), 143 (6.4); Puttemans, A.: RBR (1.2);Rapini, A.: 285 (6.11); Ratter, J.: 4921 (6.2), 4980 (6.9);Rawitscher: 176 (6.2); Regnell: I 377 (6.9), III 832 (6.3),III.951a (3.1); Ribeiro, J.E.L.S.: 345 (5.13), 440 (5.5), 471(5.13), 472 (5.5), 480 (1.1), 551 (5.4), 612 (5.4 ), 647 (5.13),675 (2.5), 694 (2.5), 701 (5.5), 702 (5.4), 739 (2.3), 744 (1.1),748 (2.4); Ribeiro, W.: SP 335028 (3.1); Riedel: LE (5.14);Robim: SPF (6.8); Rodrigues: 211 (5.18), 385 (6.2); Rodrigues,E.A.: 246 (5.8), 250 (2.2); Rodrigues, R.R.: 14699 (6.17);Rodrigues T. Neto, M.: 14 (6.9); Romaniuc Neto, S.: 25 (5.7),61 (1.2), 92 (5.7), 177 (5.7), 198 (5.9), 247 (6.8), 708 (2.4), 734(5.19), 804 (5.19), 821 (5.7), 827 (5.7), 851 (2.3), 923 (5.15),983 (5.7), 984 (5.19), 1026 (6.8), 1053 (1.1); Rombouts, J.E.:122 (1.1); Romero, R.: 92 (5.4), 357 (1.1); Rosa, N.A.: 3867(5.7), 3892 (2.4); Rossi, L.: 435 (6.14), 567 (5.4), 581 (6.17),617 (5.4), 635 (5.7), 637 (5.4), 650 (2.3), 741 (6.17), 875 (2.3),1046 (5.4), 1257 (6.21), 1279 (5.7), 1564 (5.3), 1590 (5.2), 1600(5.8), 1638 (5.8), 1666 (1.1); Roth: 393 (6.2), 394 (6.9); Ruffino,P.H.P.: 175-57 (6.9); Russel, A.: 123 (6.2); Saint-Hilaire, A.:C1 1089 (6.1), C2 1640 (6.6); Sakane, M.: 219 (6.2), 544 (2.4),570 (2.4), 681 (5.7); Salatino, M.L.F.: 147 (6.2), 155 (6.2);Sanchez, M.: 29926 (1.1); SanMartin-Gajardo, I.C.: 17 (6.10),UEC 35295 (1.1); Santoro, J.: IAC 10301 (6.18); Santos,

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.

Page 29: GESNERIACEAE€¦ · GESNERIACEAE 78 alvo a avermelhado, estigma estomatomórfico a 2-lobado. Baga carnosa, amarela ou alaranjada, globosa, placenta e funículos carnosos, creme a

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M.R.O.: 35 (5.8); Saria, R.: SP (6.2); Sazima, M.: UEC 9912(6.21), UEC 14367 (6.21), UEC 18670 (2.4), UEC 18978 (5.5),UEC 18979 (5.5), UEC 23507 (1.1), UEC 23757 (6.21), UEC29993 (5.7), UEC 31792 (5.7), UEC 35330 (6.16); Scaramuzza,C.A.: 513 (6.5); Segadas Vianna: 1185 (6.2), 1186 (6.6), 2575(6.16), 2664 (6.2); Semir, J.: 17649 (2.3), SPF 84346 (6.2);Shepherd, G.J.: 5193 (6.8), 12899 (6.2), 23507 (1.1); Shirasuna,R.T.: 16 (5.7), 19 (2.4), 51 (6.8), 75 (6.11); Silva: IAC (5.7);Silva, D.M.: 22617 (5.7); Silva, E.L.: 132 (5.11); Silva, G.:277 (6.21); Silva, L.: IAC 5825 (1.2); Silva, M.R.: 1368 (6.9);Silva, S.J.G. da.: 27 (5.9), 28 (5.7), 44 (6.17), 64 (5.4), 87 (6.21),225 (5.19), 234 (5.7), 277 (6.21), 313 (5.7); Silva, S.M.: 25515(6.2); Silva Ribeiro, J.N.: 11 (2.3); Silveira, N.: 9845 (6.17),9847 (2.4), 9859 (6.13), 9860 (6.17), 9861 (6.13), 9862 (6.17),9863 (6.21); Simão-Bianchini, R.: 485 (1.2), 929 (2.4); Smith:144 (5.13); Smith, C.: 59 (1.1), SP 44232 (1.1); Smith, L.B.:1920 (6.9), 15439 (6.6); Soares: SP 4200 (5.7); Souza, C.Z.:10475 (6.2); Souza, J.P.: 66 (5.20), 123 (4.1), 751 (5.5), 77(5.18), 828 (5.8); Souza, V.C.: 112 (2.4), 503 (6.21), 920 (6.17),1036 (6.9), 2485 (5.18), 5899 (5.18), 7162 (6.5), 7247 (6.2),

7250 (6.9), 7347 (6.5), 8962 (5.18), 9126 (6.4), 9238 (2.4);Stehmann, J.R.: 1480 (5.7); Sucre: 2851 (6.6), 3038 (6.11);Sucre, D.: 6913 (1.1); Sugiyama, M.: 128 (6.9), 226 (5.7), 282(2.4), 295 (2.4), 333 (5.7), 366 (5.1), 468 (2.4), 535 (2.4), 771(2.4), 772 (5.8), 1016 (5.20), 1024 (5.9), 1346 (5.3);Swentorzschy, I.: SP 41805 (6.2); Tamashiro, J.Y.: 847 (6.16);Tessmann: PKDC (5.18), US (5.18); Toledo, C.B.: 20 (5.8),377 (6.8); Travassos: 385 (5.8); Usteri, P.: 145 (6.2); Vianna:428 (5.8), 469 (5.8); Vidal, J.: 5-295 (6.2), R 203448 (6.2), R203449 (6.2); Viegas, A.P.: IAC 2316 (2.4), IAC 5409 (6.6), SP40762 (6.1), SP 44235 (6.6), SP 269074 (6.6); Vital, D.M.: 4854(5.15); Vital: UEC (5.15); Vogel, S.: 756 (6.6); Wacket: W (6.9);Wanderley, M.G.L.: 288 (6.6), 752 (5.9); Warming: foto C(6.22); Webster, G.L.: 25394 (6.8), 25557 (2.3); Wettstein: 45(1.2), 140 (1.2), 322 (1.2), WU (5.4), WU (5.7), WU (5.8), WUW cult. (6.18), WU (5.19), WU (5.20), WU (6.21); Wiehler, H.:7024 (6.21), 91184 (6.13); Yanagizawa, Y.: 15-60182 (6.2);Yano, O.: 36 (6.2), 819 (2.3), 3726 (5.9); Zagatto: 2462 (6.9);Zappi, D.C.: 52 (5.7); Zerny: (5.7), (5.8); s.col.: G (2.1), G(6.11), K (6.11), P (2.1), P (6.11).

GESNERIACEAE

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 3. ISBN 85-7523-054-9 (online) Chautems, A. (coord.) 2003. Gesneriaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,

Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 75-104.