gerenciamento de riscos -...

31
2010 3º TRIMESTRE Itaú Unibanco Holding S.A. Data de publicação do documento: 03/11/2010 Gerenciamento de Riscos

Upload: doantruc

Post on 07-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

2010

3º TRIMESTRE

Itaú Unibanco Holding S.A.

Data de publicação do documento:

03/11/2010

Gerenciamento de Riscos

Page 2: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

2

ITAÚ UNIBANCO HOLDING S. A. GERENCIAMENTO DE RISCOS

As Principais Categorias de Riscos

Risco de Mercado - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posi-ções detidas por uma instituição financeira, bem como de sua margem financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (“commodities”). O tratamento aplicável ao risco de mercado é descrito em circular específica.

Risco de Crédito - possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contra-parte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito de-corrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Risco de Liquidez – possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - "descasamentos" entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Risco Operacional - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de pro-cessos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou defici-ência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

Risco de Subscrição - risco oriundo de uma situação econômica adversa que contraria tanto as expectativas da socie-dade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição quanto às incertezas existentes na estima-ção das provisões.

Processo de Gerenciamento de Risco

Gerenciamento de risco no Itaú Unibanco Holding S. A. é o processo onde:

São identificados os riscos existentes e potenciais de uma transação;

São estabelecidos os limites de risco consistentes com todas as estratégias de negócio do banco;

São aprovados políticas, procedimentos e metodologias consistentes com os limites de risco previamente estabelecidos;

O portfólio de risco do banco é administrado vis-à-vis as melhores relações risco-retorno;

O capital econômico é alocado de modo coerente com os riscos incorridos.

A gestão de risco é considerada pelo Itaú Unibanco Holding S. A. como instrumento essencial para a otimização do uso do capital e a seleção das melhores oportunidades de negócios, visando a obter a melhor relação Risco x Retorno para seus acionistas.

Alocações Baseadas em Risco / Retorno

Informações de Risco Transações

Unidades de negócios

Consolidação

Metas Globais e Limites de Risco

Page 3: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

3

Este processo tem um caráter que permeia a totalidade da instituição sendo que a alta administração, por meio de comissões, define os objetivos globais que são repassados sob a forma de metas e limites para as unidades de negó-cios gestoras de risco. As unidades de controle, por sua vez, subsidiam a alta administração, prestando contas dos resultados do monitoramento consolidado dos riscos.

Em nov/2002 foram postas em prática mudanças no processo de controle e monitoramento de riscos, que culmina-ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos pelas Unidades de Negócio do conglomerado e no monitoramento e observação dessas exposições de forma centralizada na Holding.

A estrutura organizacional de gerenciamento de riscos do Itaú Unibanco Holding S. A. está de acordo com as reco-mendações sugeridas pelo Comitê da Basileia.

Em set/2007 foi criada a Comissão Superior de Riscos, agora denominada Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc), que estabelece a política geral de risco do Itaú Unibanco Holding S. A., acompanha seu cumprimento atra-vés de quatro grandes comissões: a Comissão Superior de Tesouraria Institucional e a Comissão Superior de Tesoura-ria e Liquidez, que avaliam e estabelecem estratégias para os riscos de mercado e de liquidez; a Comissão Superior de Crédito que administra os riscos de crédito e a Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais, que é responsável pelos riscos operacionais e pelos controles internos.

Já as atividades de monitoramento dos riscos, de acordo com as políticas estabelecidas pelas comissões, estão cen-tralizadas nas Diretorias de Controle de Risco de Crédito, Operacional e de Seguros e na de Controle de Risco de Mercado e de Liquidez – Itaú Unibanco Holding S. A.

Baseado nas práticas de governança corporativa recomendadas pelos organismos internacionais e pelo Acordo de Basileia II, foi criado o Comitê de Gestão de Riscos e de Capital em abril de 2008, sendo este o órgão máximo de ges-tão de riscos e de capital do Itaú Unibanco Holding S. A. O Comitê de Gestão de Riscos e de Capital é responsável pela revisão, aprovação e acompanhamento da implantação das políticas e metodologias de gestão de risco e de alocação de capital, incluindo o estabelecimento de limites de: (i) exposição aos diversos riscos e (ii) alocação de ca-pital, assegurando plena aderência às exigências regulatórias.

Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC)

Com vistas a atender às resoluções do CMN e reforçar a estrutura de controles internos foi aprovada em 2008 a criação do Comitê de Gestão de Risco e de Capital, composto por pessoas eleitas anualmente pelo Conselho de Administração entre os membros desse próprio Conselho, da Diretoria da sociedade e de sociedades controladas e entre profissionais de comprovado conhecimento na área de gestão de riscos e capital.

A freqüência das reuniões é trimestral e compete ao Comitê:

Definir o apetite de risco global da Holding (tipos e níveis de riscos aceitáveis);

Avaliar e aprovar políticas, procedimentos e limites da gestão de riscos e de capital da Holding;

Revisar as exposições de risco, o desempenho e a adequação do capital frente ao apetite de risco.

Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) As reuniões da Comissão Superior de Políticas de Risco acontecem bimestralmente. As atribuições desta Comissão

são:

Estabelecer políticas gerais de risco que definem a forma de atuação e alçadas para os fóruns especí-ficos, gestores de cada tipo de risco;

Aprovar os procedimentos necessários para o efetivo cumprimento da política e processos definidos;

Apreciar decisões específicas de grande valor e agregadas aprovadas nas diferentes comissões, seus impactos no capital econômico e enquadramento na política de risco estabelecida;

Estabelecer limites agregados por tipo de risco;

Garantir, no tempo, a consistência da gestão de riscos na Holding;

Discutir os pontos de risco mais relevantes e planos para mitigá-los;

Coordenar a implantação dos instrumentos de gestão de riscos.

Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI)

As reuniões desta Comissão acontecem mensalmente. São suas principais atribuições, discutir e decidir, dentro da alçada delegada pela Comissão Superior de Políticas de Riscos (CSRisc):

os limites de posição para risco de mercado e os limites de perda máxima (VaR) das posições (inclusive em condições de "stress" para cada um dos tipos de risco) subordinados aos definidos pela

Page 4: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

4

CSRisc, podendo inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou complementares, caso neces-sário;

as diretrizes de atuação e poderes de decisão delegados ao CGTI;

os períodos de retenção dos principais tipos de riscos, tendo em vista o tamanho das posições e a liqui-dez do mercado;

as posições sob gestão desta comissão;

os modelos e procedimentos de controle de risco; inclusive aqueles complementares aos delegados pela CSRisc;

assuntos e limites relacionados ao risco operacional de tesouraria;

políticas de stop loss;

políticas de incentivo.

Comitê Gestor de Tesouraria Institucional (CGTI) As reuniões deste comitê são semanais e as atribuições são discutir e decidir, dentro da alçada concedida pela CSRisc e CSTI, sobre limites de risco de mercado, modelos e procedimentos de controle de risco e retenção de posições nos principais tipos de risco.

Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL) As reuniões desta Comissão acontecem mensalmente. São suas principais atribuições:

Controlar a utilização de limites de liquidez;

Analisar os níveis de liquidez corrente e futuro e adotar ações destinadas a promover um andamento seguro e eficiente para os fluxos financeiros da “holding”;

Discutir e decidir dentro da alçada delegada pela Comissão Superior de Políticas de Riscos (CSRisc): os níveis máximos de descasamento de liquidez (GAP) para os diversos prazos e moedas, níveis mínimos de reserva em moeda nacional e estrangeira subordinados aos definidos pelo Comissão Superior de Políticas de Riscos (CSRisc), podendo inclusive estabelecer controles e limites adicio-nais ou complementares, caso necessário; as diretrizes de atuação e poderes de decisão delegados ao CGTIL; os períodos de retenção dos principais tipos de riscos, tendo em vista o tamanho das posições e a liquidez do mercado; a política de captação e aplicação no mercado financeiro nacional e internacional; critérios e regras para definição de preços de transferência internos de recursos nas empresas do conglomerado; estratégias para o financiamento das carteiras do grupo; critérios e modelos para avaliação do risco de liquidez; planos de contingência; assuntos e limites relacionados ao risco operacional de tesouraria, políticas de incentivo.

Comitê Gestor de Tesouraria Institucional - Liquidez (CGTIL) As reuniões deste comitê são mensais e as atribuições são discutir e decidir, dentro da alçada concedida pela CSRisc e CSTIL, sobre limites de risco de liquidez, níveis dos preços de transferência; critérios e modelos para avaliação do risco de liquidez.

Comissão Superior de Crédito (CSC)

A Comissão Superior de Crédito reúne-se semanalmente para discutir o risco de crédito a que o Conglomerado está exposto. Destacamos suas principais funções:

Definir políticas corporativas de crédito, e coordenar as normas internas sobre limites de crédito, para concessão de financiamentos e garantias bancárias;

Definir alçadas para deferimento de operações de crédito para as demais Comissões ou Comitês de Crédi-to;

Page 5: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

5

Fixar limites de crédito e aprovar operações de crédito a clientes ou a grupos econômicos, que excedam a alçada da Comissão de Crédito;

Analisar casos que recebam parecer contrário de, pelo menos, um dos membros da Comissão de Crédito, ou casos que, por sua relevância ou por características especiais, aquela Comissão decidir por bem subme-ter a sua apreciação;

Analisar a qualidade da carteira de crédito consolidada do Itaú Unibanco Holding S. A.

Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) Essa Comissão tem por objetivo conhecer os riscos dos processos e negócios do Itaú Unibanco Holding S. A., definir a política de atuação da Auditoria Interna e as diretrizes para gestão dos riscos operacionais e avaliar os resultados decorrentes do funcionamento do Sistema Itaú Unibanco de Controles Internos e Compliance. A freqüência das suas reuniões é trimestral. Dentre suas atribuições, destacamos:

Analisar os resultados das auditorias, com ênfase nos assuntos relacionados a políticas, investimentos e estrutura, e estipular e acompanhar providências;

Definir as diretrizes para gestão do risco operacional;

Acompanhar o desenvolvimento dos modelos de provisão para perdas e alocação de capital para risco operacional;

Analisar os resultados da atividade de Controles Internos, Riscos Operacionais e Compliance Legal.

•Reporte Matricial•Mercado

•Crédito•Liquidez

•Operacional

•Subscrição

•Veículos Legais•Unidades de Negócio

Execução de Operações

Registro de Operações

Unidade de Controle de

Risco

Monitoramento Centralizado

Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC)

Comissão Superior de Políticas de Risco

(CSRISC)

Comissão Superior de Tesouraria

Institucional (CSTI)

Comitê Gestor de Tesouraria

Institucional (CGTI)

Comissão Superior de Tesouraria Institucional -

Liquidez (CSTIL)

Comitê Gestor de Tesouraria

Institucional -Liquidez (CGTIL)

Comissão Superior de Crédito (CSC)

Comissão Superior de Auditoria e

Gestão de Riscos Operacionais

(CSAGRO)

Gestão Descentralizada

MonitoramentoCentralizado

Page 6: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

6

Controle Centralizado do Itaú Unibanco Holding S. A. A estrutura de controle dos riscos de Mercado, Crédito, Liquidez, Operacional e de Subscrição é feita de forma cen-tralizada no Itaú Unibanco Holding S. A. visando a assegurar que as diversas unidades de controle do conglomerado estão seguindo as políticas e os procedimentos estabelecidos. A identificação, agregação e acompanhamento dos riscos são feitos de modo a fornecer informações para as decisões das quatro comissões da alta direção anterior-mente mencionadas.

A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar as estratégias das unidades de negócio e de suporte e o cumprimento de seus objetivos, com possibilidade de impactos no capital alocado e nos resultados.

Cumpre a essa estrutura, gerar acompanhamento regulatório às demandas solicitadas à instituição líder do conglo-merado. Assim, o Itaú Unibanco Holding S. A. administra sistemas de informática proprietários para completo atendi-mento às normas de reserva de capital para risco de operações prefixadas e risco de exposição a moedas estrangei-ras, conforme determinações e modelos do Banco Central do Brasil (Bacen). Também coordena as ações para verifi-cação da aderência aos requisitos qualitativos e quantitativos estabelecidos pelas autoridades competentes para observação do capital mínimo exigido.

A consolidação das carteiras é uma abordagem já madura para risco de crédito e de mercado, enquanto para risco operacional estão sendo desenvolvidos trabalhos com o mesmo propósito. A modelagem do risco operacional, que apresenta dificuldades dada a natureza multidisciplinar do risco e pelo pouco tempo de observação e abordagem, é um ponto onde a instituição tem alcançado muitos avanços, permitindo aumentar a precisão na alocação de capital para cobertura deste tipo de risco.

O objetivo do controle centralizado é prover à alta administração do banco uma visão global das exposições do con-glomerado aos riscos, de forma a otimizar e agilizar as decisões corporativas.

Para operacionalizar este monitoramento centralizado, deu-se continuidade à estruturação das áreas destinadas à administração consolidada dos riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e de subscrição, mantendo-se o pro-pósito de uniformizar no conglomerado os conceitos utilizados na gestão de risco, provendo informações para acom-panhamento dos riscos nas várias unidades.

Alocação de Capital Regulatório – Basileia II

O Novo Acordo de Basileia, conhecido como Basiléia II, propõe metodologias de cálculo de capital mínimo a ser man-

tido pelas Instituições Financeiras mais sensíveis aos riscos assumidos do que aquelas utilizadas para Basileia I. Sua

divulgação ocorreu em junho de 2004, passando por algumas revisões desde então, encontrando-se em diferentes

estágios de implantação pelo mundo.

No Brasil, os métodos padronizados de cálculo de capital para risco de crédito, mercado e operacional estão vigentes

desde 1º de julho de 2008, enquanto que as abordagens baseadas em modelos internos contam com um cronogra-

ma de implantação definido pelo Comunicado 19028, sendo que, no momento, o Banco Central do Brasil, com a co-

laboração da Indústria Financeira, está adequando as diretrizes do Novo Acordo às características e necessidades do

mercado local.

O Itaú Unibanco Holding S. A., ciente de que a implantação plena de Basileia II representa avanços significativos nas

práticas de gestão de riscos e contribui para a manutenção da solidez de todo o sistema financeiro mundial, vem

contribuindo ativamente para o seu aprimoramento e normatização através da participação ativa em diversos foros

representativos, em especial o Institute of International Finance (IIF), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e

Banco Central do Brasil (Bacen).

O banco entende que a implantação das abordagens avançadas de Basileia II trará benefícios à instituição, uma vez

que promoverá maior alinhamento das exigências regulatórias às práticas de negócio e gestão internas, já baseadas

em modelos sofisticados para identificação, mensuração e monitoramento de riscos.

O Novo Acordo está estruturado em 3 pilares: Requisitos de Capital (Capital Mínimo Exigido), Supervisão Bancária e

Page 7: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

7

Disclosure das informações. Os esforços do Itaú Unibanco Holding S. A estão concentrados no atendimento ao pri-

meiro pilar, porém procuram desde já incorporar ao conjunto de informações gerenciais as possíveis demandas de-

correntes dos dois outros pilares para atendimento ao regulador e divulgação ao mercado, para Risco de Crédito,

Mercado e Operacional.

Modelo Padronizado Simplificado A partir de 1º de Julho de 2008, a resolução nº 3.490 do Bacen, de 29 de agosto de 2007, que dispõe sobre os crité-rios de apuração do Patrimônio de Referência Exigido (PRE), passou a produzir efeitos. Portanto, a partir desta data, o cálculo do capital regulatório da Instituição para a cobertura de risco passou a considerar as seguintes parcelas para a composição do PRE:

PEPR = parcela referente a risco de crédito e demais exposições ativas não incluídas nas demais parcelas;

PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à

variação cambial;

PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e classificadas na carteira

de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 26 de junho de 2007;

PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities);

PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na cartei-

ra de negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 2007;

POPR = parcela referente ao risco operacional calculada com base no volume de empréstimos das linhas Vare-

jo e Comercial, e na receita bruta de intermediação financeira e na receita de serviços das demais linhas de

negócios padronizadas, ponderadas por fatores beta.

Para os cálculos das parcelas acima mencionadas, foram observados os procedimentos divulgados pelo Bacen, por meio das seguintes circulares:

3360: exposições ponderadas por fator de risco, compreendendo a aplicação de recursos em bens e direitos e

o gasto ou despesa, registrados no ativo, os compromissos de crédito, a prestação de aval, fiança e coobriga-

ção ou qualquer outra modalidade de garantia pessoal, o ganho potencial futuro, decorrente de operações

com instrumentos derivativos e os adiantamentos concedidos (PEPR);

3361: exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real (PJUR1);

3362: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras (PJUR2);

3363: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços (PJUR3);

3364: exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de taxa de juros (PJUR4);

3366: exposições sujeitas à variação do preço de ações (PACS);

3368: exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias (PCOM);

3383: cálculo da parcela do PRE referente ao risco operacional (POPR);

3315: detalha exemplos de cálculo da parcela de risco operacional seguindo a Circular 3383;

3316: detalha a composição do Indicador de Exposição para cálculo da parcela de risco operacional seguindo a

Circular 3383;

3389: exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos e passivos sujeitos à variação cambial (PCAM).

Além das circulares acima, as seguintes normas têm impacto relevante nos cálculos e demais processos de Basiléia II:

Resolução 3674, de 30 de dezembro 2008, implantou a possibilidade de acréscimo integral da provisão adicio-

nal (ao mínimo da resolução 2682) ao patrimônio de referência, impactando de forma positiva o índice de Ba-

sileia. Os efeitos dessa resolução cessaram em 1° de abril de 2010 (Res. 3825).

Page 8: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

8

Circular 3425, de 17 de dezembro de 2008, mudou o fator de ponderação de créditos tributários decorrentes

de diferenças temporárias de 300% para 100% diminuindo consideravelmente o capital dessas exposi-

ções.

Circular 3477, de 24 de dezembro de 2009, determina os procedimentos e informações mínimas para divulgação

alinhados aos requisitos de pilar 3.

Circular 3478, de 28 de dezembro de 2009, que estabelece os requisitos mínimos e os procedimentos a serem

observados no uso de modelos internos para o cálculo de capital para risco de mercado.

O Itaú Unibanco Holding S. A. direcionou os esforços na adequação de seus processos para convergir à nova regula-mentação, encontrando-se totalmente preparado para a nova realidade.

Modelos Internos

Mostrando um comprometimento integral da alta administração do Itaú Unibanco Holding S. A. para atendimento

aos requisitos dos modelos mais avançados, criou-se uma estrutura de governança específica para acompanhar a

implantação de Basileia II, na forma de comitês que se reúnem periodicamente com a participação de todas as áreas

envolvidas nas adequações das estruturas que suportam os padrões de gestão de risco exigidos pelo Novo Acordo.

O Projeto Basileia II, em consonância ao processo de fusão do Itaú e Unibanco, promoveu ainda no primeiro semes-

tre de 2009 a unificação de conceitos, procedimentos e direcionamento de esforços, a fim de garantir que as melho-

res práticas de gestão de riscos fossem adotadas no novo banco.

A estrutura de gerenciamento de riscos também foi revisada, de forma a reafirmar a segregação entre as atividades

de negócio, gestão e controle, assegurando a independência entre as áreas e, consequentemente, decisões equili-

bradas com relação aos riscos incorridos, atendendo plenamente as exigências da Res. 3721 do CMN.

Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para os modelos e processos fundamentais para a gestão de

riscos, o banco conta com estruturas independentes de validação de modelos, processos, governança e tecnologia.

Essas áreas têm a responsabilidade de avaliar as metodologias e as práticas realizadas pela instituição em todas as

áreas que contribuem direta ou indiretamente em qualquer etapa dos processos de crédito, emitindo pareceres e

relatórios para as áreas envolvidas e para a alta direção, contribuindo para a manutenção de sua eficácia.

O projeto de implantação de Basileia II no Itaú Unibanco Holding S. A. está estruturado para garantir que essas estru-

turas atuem de forma coordenada, com metodologias e processos aderentes aos requerimentos de Basileia II e em

sinergia com as necessidades de dados e infraestrutura para implantação do sistema encarregado da consolidação

de informações para calcular o índice de capital para Basileia II.

Convergência entre Basileia II e Modelos Proprietários

O Itaú Unibanco Holding S. A. possui histórico de utilização de modelos proprietários, estatísticos ou julgamentais,

para gestão de sua carteira que antecede a própria publicação do Novo Acordo. Esses modelos são continuamente

revisados para manter a eficiência nas decisões estratégicas e de negócio. Dessa forma, os esforços do Projeto Basi-

leia ocorrem principalmente no sentido de adaptar o que se mostrar necessário aos padrões e requisitos impostos

para utilização no cálculo do capital regulatório, sem, contudo, distanciá-los de seus principais objetivos de gestão

interna.

No risco de crédito, observa-se convergência do modelo interno de alocação de capital às principais exigências de

Page 9: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

9

Basileia II, pela adoção das mesmas premissas básicas de entrada de dados, tais como classificação interna do clien-

te, probabilidade de default, taxa de recuperação de créditos vencidos, potencial de perdas de limites de crédito

concedidos e não utilizados, mitigadores de risco e maturidade das operações.

O projeto de adequação à Basiléia II referente ao risco operacional foi organizado em conjunto com a estrutura de

controles internos e segue a mesma governança de acompanhamento do Projeto Basiléia para os demais riscos. Di-

versas frentes de trabalho, tais como de Base de Dados de Perdas, Mapeamento de Riscos, Avaliação de Cenários,

Modelagem Quantitativa e Ferramentas de Gestão, estão em andamento com o objetivo de cumprir os requerimen-

tos exigidos pelo Banco Central para a utilização de modelos internos de apuração de capital até 2013.

No risco de mercado, prossegue a adaptação dos processos aos requisitos de Basileia II. O foco do plano de trabalho

para 2010, concentra-se na revisão e fortalecimento do entorno tecnológico que apóia os processos atuais de con-

trole de riscos e cálculo de capital, de forma a suportar adequadamente a grande expansão nos volumes e na sofisti-

cação observada, e esperada, nas operações de tesouraria.

Page 10: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

10

Risco de Mercado

Gestão de Riscos de Mercado é o processo pelo qual a instituição administra e controla os riscos potenciais de varia-ções nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros. Seus principais objetivos são: controlar a exposição ao risco de mercado e a otimização da relação risco-retorno através do uso de modelos e ferramentas de gestão avan-çadas.

O controle do risco de mercado abrange todos os instrumentos financeiros constantes das carteiras das empresas pertencentes ao Itaú Unibanco Holding S. A. e os processos e controles relevantes relacionados.

A Política de Gerenciamento de Risco de Mercado do Itaú Unibanco Holding S. A., encontra-se em linha com os prin-cípios da Resolução nº. 3.464 do Conselho Monetário Nacional. Constitui-se em um conjunto de princípios que nor-teiam a estratégia da Instituição no controle e gerenciamento de risco de mercado de todas as Unidades de Negócio e Veículos Legais do Conglomerado.

Estratégia de Gestão de Risco de Mercado do Itaú Unibanco Holding S. A.

O Itaú Unibanco Holding S. A. determina o uso abrangente e complementar de métodos, bem como de ferramentas quantitativas e qualitativas para estimar, monitorar e gerenciar riscos, baseando-se nas melhores práticas adotadas pelo mercado.

O desenvolvimento de modelos de otimização de portfólio auxilia na determinação de qual carteira de ativos finan-ceiros apresenta a melhor relação risco-retorno.

A estratégia de gerenciamento de risco do Itaú Unibanco Holding S. A. visa a balancear os objetivos de negócio da empresa com seu apetite a risco, considerando:

Conjuntura política, econômica e de mercado; Portfólio de risco de mercado da instituição; Expertise para atuar em mercados específicos.

O controle do risco de mercado é realizado pela Diretoria de Controle de Risco de Mercado e Liquidez (DCRML), que executa as atividades diárias de mensuração, avaliação e reporte de risco por meio das unidades de controle estabe-lecidas nos veículos legais.

A DCRML também realiza monitoramento, avaliação e reporte consolidado das informações de risco de mercado, visando a fornecer subsídios para acompanhamento das comissões superiores e atendimento ao órgão regulador brasileiro.

O processo de gestão e controle de risco de mercado é submetido a revisões periódicas, com objetivo de manter-se alinhado às melhores práticas de mercado e aderente aos processos de melhoria contínua no Itaú Unibanco Holding S. A.

Identificação do Risco

As operações de tesouraria do Itaú Unibanco Holding S. A. são classificadas conforme a intenção de negociação de acordo com os seguintes critérios:

Carteira de Negociação (Livro Trading): consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mer-cadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros elemen-tos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação de sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefício dos movimen-tos de preços efetivos ou esperados, ou realização de arbitragens.

O risco de mercado é possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira, bem como de sua margem financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (“commodities”).

Page 11: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

11

Carteira de Não-negociação (Livro Banking): formado pelas operações não classificadas na Carteira de Nego-ciação. Consiste em operações estruturais e seus respectivos hedges, bem como em operações destinadas à gestão ativa da carteira.

As exposições a risco de mercados dos produtos são decompostas em fatores de risco. Um fator de risco refere-se a um parâmetro de mercado cuja variação acarreta impactos no resultado.

Medidas de Risco:

Cálculo do Valor em Risco Estatístico (VaR - Value at Risk): medida estatística que prevê a perda econômica potencial máxima esperada em condições normais de mercado, considerando horizonte de tempo e interva-lo de confiança definidos;

Cálculo de Perdas em Cenários de Stress (VaR Stress): técnica de simulação para avaliação do comportamen-to dos ativos e passivos de um portfólio quando diversos fatores financeiros são levados a situações extre-mas de mercado (baseadas em cenários passados ou hipóteses projetadas);

Alerta de Stop Loss: Perdas efetivas somadas ao prejuízo máximo potencial em cenários otimistas e pessimis-tas;

Resultado a Realizar (RaR): avaliação de diferença entre valor com os juros apropriados e valor de mercado, em cenário normal e em cenários estressados, refletindo assimetrias contábeis.

Medidas de Sensibilidade:

Análise de gaps: representação gráfica por fator de risco dos fluxos de caixa expressos a valor de mercado, alocados nas datas de vencimento; Sensibilidade (DV1): medida de sensibilidade do resultado da carteira caso a curva de juros do fator de risco seja alterado em 1 ponto básico (0,01%) na taxa anual.

Controle de Perdas:

Perda máxima (Stop Loss): prejuízo máximo, que um operador, uma submesa ou as mesas com operações classificadas na Carteira de Negociação podem atingir.

Estrutura de Limites:

Os limites de risco de mercado estão estruturados de acordo com as diretrizes dadas pela CSRisc, avaliando-se os resultados projetados do balanço, o tamanho do patrimônio e o perfil de risco de cada Veículo, sendo definidos em termos das medidas de risco utilizadas na gestão;

Limites Superiores: definidos pela CSTI, sendo que o controle diário é de responsabilidade das Unidades de Controle e o monitoramento e o reporte às Comissões Superiores é responsabilidade da Diretoria de Contro-le de Riscos de Mercado e Liquidez;

Limites Internos: definidos pelas comissões locais de gestão de riscos e controlados diariamente pelas unida-des, sem prejuízo da observância dos limites superiores.

Capital Econômico Alocado:

Utilizado como uma garantia de que a Instituição será capaz de absorver o impacto de perdas não esperadas, possibilitando a continuidade das atividades em cenários adversos.

Page 12: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

12

Mercado Nacional

Contexto Macroeconômico

O crescimento do segundo trimestre continuou mostrando muito dinamismo, crescendo 1,2% na comparação com o

trimestre anterior. No acumulado de quatro trimestres até o segundo trimestre, o crescimento da economia alcan-

çou 8,7%. A produção industrial vem mostrando estabilidade desde março com leve tendência à queda. No mês de

agosto houve contração de 0,08%. Se se repetir o resultado de agosto no mês de setembro, a indústria terá experi-

mentado uma contração de 0,3% no terceiro trimestre. No entanto, o crescimento das vendas de varejo tem sido

bastante pronunciado durante o terceiro trimestre, colocando pressão sobre a capacidade instalada e um crescimen-

to igualmente pronunciado das importações em volume físico. Este crescimento teria resultado em um déficit co-

mercial maior, não fosse a valorização pela que atravessam os preços dos produtos exportados pelo Brasil.

A inflação durante o terceiro trimestre mostrou relativa estabilidade devido à deflação de alimentos que se prolon-

gou de junho a agosto. Isto levou a inflação em doze meses a cair em agosto a 4,5%. Porém essa seqüência foi inter-

rompida no mês de setembro, levando a inflação ao patamar de 0,45% no mês com uma reversão nos preços dos

alimentos, que subiram 1,08%, devolvendo parte da queda observada nos meses anteriores. Uma vez acabado este

efeito transitório, a pesquisa Focus do Banco Central indica que as expectativas de inflação situam-se acima do cen-

tro da meta. No final de setembro, as expectativas estavam novamente em alta. O Banco Central decidiu interrom-

per o ciclo de alta dos juros na sua reunião de setembro, mantendo a taxa de juros no patamar decido em julho de

10,75%.

O real teve importante apreciação frente ao dólar durante o terceiro trimestre, da ordem de 6,5%.. Já frente ao euro,

houve depreciação nesse período, que não compensou a apreciação do real, desde o final do ano passado, que se

encontra num nível próximo a 8%.Esta pressão para a valorização do real resulta de vários fatores, sendo que um dos

mais importantes tem origem no mercado internacional.Os países industrializados ainda estimulam suas economias

com política monetária expansionista, enquanto os países emergentes, que já apresentam pouca capacidade ociosa

passam por uma fase de elevação das taxas de juros. Ao mesmo tempo, o crescimento dos gastos em investimento

que o Brasil experimenta, como resultado do estímulo fiscal e de crédito, frente à escassa poupança interna, eleva

as taxas de juros de mercado atraindo importantes fluxos de capital que, em última instância, acabam pressionando

a taxa de câmbio. Até o mês de setembro, a venda líquida de moeda estrangeira no sistema financeiro nacional su-

perava em US$ 2,7 bilhões o fluxo total do ano passado, alcançando US$ 21,5 bilhões. O Banco Central, ao mês de

setembro, comprou três vezes mais reservas internacionais do que em todo o ano de 2009. As compras líquidas ao

mês de setembro alcançaram US$ 29,4 bilhões. As reservas internacionais do Banco Central do Brasil já superam os

US$ 275 bilhões. Os fluxos de capital apresentam, também, importante mudança de composição: enquanto os inves-

timentos diretos até o mês de agosto eram apenas a metade dos do ano passado, alcançando US$ 11,5 bilhões; os

investimentos em carteira mais do que duplicaram no mesmo período, chegando a US$ 34,6 bilhões.

Estes importantes fluxos financeiros vêm pressionando os juros de longo prazo para baixo e têm valorizado o preço

das ações na bolsa de São Paulo. Embora as médias diárias das operações com ações na Bolsa de Valores de São

Paulo no trimestre tenham sido menores que as do segundo trimestre, R$ 5,9 bilhões e R$ 6,6 bilhões respectiva-

mente, durante o mês de setembro o volume dos negócios alcançou R$ 6,7 bilhões, superando os valores do trimes-

tre anterior. Ao final de setembro, a bolsa tinha se valorizado 14% em comparação ao valor observado no fim do

segundo trimestre. O CDS de 5 anos do Brasil, que mede o prêmio de risco pago pelos títulos do tesouro brasileiro de

5 anos no mercado internacional, fechou em 116 p.b. no fim de setembro, 24 p.b. abaixo do que foi em junho deste

ano.

O ambiente do mercado de capitais continuou favorável aos investimentos no terceiro trimestre, mesmo não consi-

derando a continuação da emissão primária da Petrobrás de US$ 120,4 bilhões, as emissões de ações alcançavam R$

24,3 bilhões, superiores aos R$ 22 bilhões ofertados no ano de 2009 até setembro. As emissões de renda fixa até

setembro alcançaram R$ 55 bilhões, sendo que no mesmo período do ano passado atingiam R$ 37 bilhões, o que

representa um crescimento de 49%.

Em suma, a demanda continua a crescer de forma acelerada na economia brasileira, o que pressiona as contas exter-

nas e eleva as expectativas de inflação. A postura acomodativa do FED, resulta em pressões adicionais na taxa de

câmbio.

Page 13: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

13

Itaú Unibanco Holding S. A.

A instituição conta com uma área de Gestão de Risco de Mercado unificada, focada no controle do risco de mercado do Itaú Unibanco e suas coligadas. A gestão de riscos das posições trading e banking do Itaú Unibanco Holding S. A. é gerenciada através do controle do VaR Estatístico de sua posição estrutural (essencialmente posição banking) e de sua posição de tesouraria (essencialmente trading). De maneira complementar, cenários de estresse são utilizados para avaliação do risco de mercado nas carteiras do Itaú Unibanco Holding S.A.

A Tesouraria Institucional tem sua administração de risco segregada em três grupos: Gap Estrutural (banking), Flow Book e Mesa Carteira Própria.

Estrutural Banking - Itaú Unibanco Holding S. A.

O Gap Estrutural, composto pelas operações comerciais e instrumentos financeiros associados, apresentou um au-mento dos valores de Var Global em 30 de setembro decorrente de uma alteração da composição desse portfólio, principalmente do mercado prefixado, porém uma gestão.

conservadora da composição deste portfólio possibilitou a manutenção do VaR Global médio em níveis reduzidos se comparados ao patrimônio líquido do banco.

Flow Book Trading - Itaú Unibanco Holding S. A.

A Mesa de Flow Book do Itaú Unibanco Holding S. A. opera com a finalidade de buscar as melhores alternativas entre as diversas oportunidades de negócio apresentadas nos mercados interno e externo, além de administrar os riscos de operações estruturadas oferecidas a clientes.

A partir do terceiro trimestre de 2009, dando prosseguimento ao processo de adequação dos modelos de gestão e controle da Tesouraria Institucional do Itaú Unibanco Holding S.A., a Mesa Flow Book incorporou a seus controles o cálculo do VaR Estatístico.

No trimestre, o VaR Médio Consolidado apurado foi de R$ 9,9 milhões. Neste período, as principais posições que contribuíram para esta exposição de risco foram realizadas nos mercados prefixado, renda variável e juros externos.

VaR (*) - Estrutural Banking - Itaú Unibanco R$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Prefixado 65,3 57,5

TR 28,8 22,8

Índices de Inflação 9,8 8,5

Cupom Cambial 6,9 4,1

Variação Cambial - Dólar 1,1 0,8

Renda Variável 5,0 4,9

Efeito de Diversif icação (28,9) (27,9)

VaR Global 87,9 70,7

VaR Máximo no Trimestre 97,7 91,4

VaR Médio no Trimestre 82,2 75,8

VaR Mínimo no Trimestre 69,6 56,9

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança.

Considera o efeito dos ajustes f iscais.

VaR - Flow Book Trading - Itaú Unibanco R$ Milhões

VaR por Fator de Risco

30/set/10 30/jun/10

Prefixado 5,2 2,9

Cupom Cambial 1,4 -

Variação Cambial - Dólar 1,4 0,1

Renda Variável 3,8 10,0

Soberano 2,3 1,5

Índices de Inflação 2,8 6,3

Juros Externos 4,1 0,0

Commodities 0,8 0,3

Variação Cambial - Outras Moedas 0,7 0,0

Outros 2,6 3,1

Efeito de Diversif icação (17,5) (11,8)

VaR Global 7,6 12,4

VaR Máximo no Trimestre 12,9 30,3

VaR Médio no Trimestre 9,9 11,3

VaR Mínimo no Trimestre 7,6 5,3

Considerando os ajustes f iscais.

Page 14: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

14

Mesa Carteira Própria Trading - Tesouraria Institucional

A mesa Carteira Própria da Tesouraria Institucional, no Itaú BBA, atua de forma a construir posições com o propósito de otimizar o retorno ponderado pelo risco.

O efetivo controle e gestão do risco de mercado trouxeram conforto à instituição para administrar eficientemente as

alterações de cenários, assim como manter a contínua evolução em termos de diversificação e sofisticação das ope-

rações realizadas.

O otimismo dos investidores em relação à recuperação da economia global caracterizou o comportamento dos mer-

cados no terceiro trimestre de 2010. No mercado de renda fixa local, observou-se uma inversão do movimento de

elevação nas taxas básicas de juros em função do apontamento do fim do ciclo de aperto monetário. No mercado de

renda variável observou-se forte movimento de alta compensando as quedas observadas nos trimestres anteriores.

O mercado de câmbio foi marcado pela continuidade do movimento de valorização do Real diante do Dólar.

Neste contexto, os valores de risco assumidos pela mesa Carteira Própria Trading não sofreram alterações significati-vas, reforçando a tendência de apresentar exposições a risco de mercado inexpressivas frente ao seu capital, ficando

o VaR médio no trimestre inferior a 1% do capital alocado nível 1 da instituição.

VaR - Mesa Carteira Própria Trading - Itaú Unibanco R$ Milhões

VaR por Fator de Risco

30/set/10 30/jun/10

Prefixado 3,2 26,3

Cupom Cambial 8,9 12,9

Variação Cambial - Dólar 2,4 12,4

Renda Variável 11,6 8,2

Soberano 0,1 0,1

Índices de Inflação 7,5 5,0

Juros Externos 5,1 1,7

Commodities 15,2 2,2

Variação Cambial - Outras Moedas 14,1 14,4

Outros 6,6 4,4

Efeito de Diversif icação (11,0) (55,6)

VaR Global 63,6 32,0

VaR Máximo no Trimestre 69,8 56,2

VaR Médio no Trimestre 41,6 36,3

VaR Mínimo no Trimestre 19,8 21,0

Considerando os ajustes f iscais.

Page 15: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

15

Mercado Internacional

Contexto Macroeconômico

No terceiro trimestre, ficaram mais aparentes possíveis obstáculos à recuperação da economia internacional. Em

primeiro lugar, passado o estímulo fiscal à compra do primeiro imóvel, a demanda por imóveis caiu nos EUA, colo-

cando em cheque a recuperação do preço dos imóveis nos EUA, das finanças familiares e dos ativos sob estresse do

sistema bancário americano. O duplo mergulho do mercado imobiliário e a taxa de desemprego elevada represen-

tam riscos ao crescimento do consumo e da inflação. A taxa de desemprego terminou o terceiro trimestre em 9,6%,

pelo menos 4 pontos percentuais acima da média histórica.

Frente a esses riscos, o FED decidiu manter a carteira de títulos constante, repondo os títulos vincendos e/ou amorti-

zados antecipadamente. Além disso, houve crescente especulação acerca de uma expansão adicional do balanço, o

chamado quantitative easing 2 ao longo do trimestre, com impactos positivos sobre a curva de juros. Esta política,

entretanto, provocou uma intensificação no processo de desvalorização do dólar frente às principais moedas. Quan-

to aos dados de atividade norte-americanos, houve crescimento de 3% no segundo trimestre em comparação ao

ano passado e 0,4% em relação ao trimestre anterior, com ajuste sazonal. Os indicadores iniciais do terceiro trimes-

tre ainda mostram uma economia com recuperação fraca devido à moderada recuperação do consumo das famílias

e renovada queda do investimento residencial. As vendas de varejo sugerem crescimento do consumo de cerca de

0,5% em relação ao trimestre anterior e a produção industrial teve um a expansão de 1,4% na mesma comparação,

abaixo do 1,6% que apresentou no segundo trimestre em termos dessazonalizados.

Na União Européia, permaneceu a tensão com as dívidas soberanas dos países periféricos, apesar do pacote de ajuda

anunciado no primeiro trimestre. Porém, a divulgação do stress test dos bancos europeus disponibilizou informa-

ções importantes sobre a exposição desses às dívidas soberanas dos países europeus, o que reduziu as dúvidas dos

agentes do mercado financeiro. O Banco Central Europeu, sem fechar as portas a uma eventual saída do regime de

financiamento não convencional, optou pela manutenção desse regime na reunião de setembro. Mas de fato, o BCE

vem abandonando-o e reduzindo gradualmente o excesso de liquidez, provocando a elevação das taxas de juros de

curto prazo na Europa ainda que as de longo prazo tenham caído. As expectativas quanto ao crescimento europeu

foram revisadas levemente para cima, frente a um crescimento maior do que o esperado no segundo semestre de

2010: 1% na comparação com o trimestre anterior ajustado sazonalmente. As taxas de inflação, por sua vez, manti-

veram-se bem comportadas na faixa de 1,6%, nos doze meses terminados em agosto.

Ainda que a situação dos países periféricos continue delicada, houve, nas últimas semanas, alterações importantes

no preço de mercado das dívidas soberanas: o spread de risco da Grécia, Irlanda e Portugal mantêm-se em patama-

res elevados enquanto os da Itália e Espanha começam a apresentar uma mínima trajetória de redução.

Quanto ao Japão, houve, em certa medida, um desapontamento com o crescimento das exportações e fraca reação

da demanda interna. Parte disto deve-se à forte valorização do iene, a qual o Ministério da Fazenda tem tentado

reverter mediante a compra reservas internacionais e mantendo a taxa de juros a um patamar próximo a zero.

Já no caso da China, a economia desacelerou gradualmente, como as autoridades econômicas tinham previsto. No

segundo trimestre, o crescimento desacelerou para 10,3%, após ter alcançado 11,9% no trimestre anterior. Os ou-

tros indicadores de atividade como a produção industrial e as vendas no varejo mostram que o crescimento foi mais

moderado no terceiro trimestre. A produção industrial cresceu 13,9%, nível bem inferior às taxas anuais superiores

a 20% do final de 2009 e começo de 2010. A mesma situação se configura nas vendas de varejo, que desaceleraram

para 18,4% a.a. em agosto, deixando para trás as taxas de mais de 20% apresentadas até o segundo trimestre. A

inflação mostra alguns sinais de aceleração, mas permaneceu em 3,5% nos 12 meses terminados em agosto.

No que diz respeito às moedas, as reduções das taxas de juros na Europa, nos EUA e no Japão têm colocado redobra-

da pressão sobre as moedas dos países emergentes, provocando significativas valorizações das moedas da América

Latina e dos industrializados exportadores de commodities como Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A China conti-

nuou com uma gradual valorização do Yuan, apreciou 1,3% no trimestre, porém um ajuste que na opinião de analis-

tas é insuficiente tanto para diminuir os desequilíbrios internos e moderar as pressões inflacionárias, quanto para

contribuir com a correção dos desequilíbrios internacionais.

Page 16: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

16

Overseas

A carteira de ativos do Itaubank e das agências de Grand Cayman e New York é composta principalmente de títulos de alta liquidez negociados no exterior e derivativos de juros. Neste trimestre o VaR Overseas apresentou uma redu-ção no risco global médio apesar das incertezas do mercado internacional no período e manteve-se em níveis baixos decorrente de uma gestão conservadora e a uma eficiente diversificação do portfólio.

Banco Itaú Europa

O VaR do Banco Itaú Europa manteve-se em níveis bastante reduzidos, confirmando a preocupação desta instituição em manter um portfólio conservador e sem posições relevantes de tesouraria.

Banco Itaú Argentina

Este trimestre foi marcado por uma suave desaceleração econômica com aumento das exportações em torno de 3,5%.O sistema financeiro continua com alta liquidez tanto em Pesos como em Dólares, com taxas de juros que mos-tram uma clara tendência de alta desde o final do trimestre anterior, devido principalmente ao aumento relativa-mente grande nos créditos.

O mercado de títulos das dívidas interna e externa do governo argentino apresentou queda devido ao aumento da demanda por esses títulos. O mercado de dólar sofreu impacto do aumento de fluxo de capital externo neste trimes-tre, a cotação dólar/peso porém se manteve estável devido a manutenção da política de compra do BCRA.

VaR do Overseas US$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Títulos Privados e Soberanos 4,1 4,1

Libor 2,3 2,0

Efeito de Diversif icação (1,3) (1,9)

VaR Global 5,0 4,2

VaR Máximo no Trimestre 9,0 8,2

VaR Médio no Trimestre 3,7 5,2

VaR Mínimo no Trimestre 2,0 2,7

VaR do Banco Itaú Europa US$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Euribor 0,7 0,0

Libor 0,4 0,1

Moedas 0,1 0,1

Renda Variável 0,1 0,2

Outros 0,2 0,0

Efeito de Diversif icação (0,4) (0,0)

VaR Global 1,2 0,4

VaR Máximo no Trimestre 1,2 2,0

VaR Médio no Trimestre 0,6 1,1

VaR Mínimo no Trimestre 0,3 0,4

VaR do Banco Itaú Argentina US$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Peso (ARS) 0,76 0,41

Índices de Inflação (CER) 0,00 0,00

Badlar 0,06 0,11

Libor/USD 0,19 0,13

Euros 0,04 0,12

Efeito de Diversif icação (0,45) (0,35)

VaR Global 0,61 0,42

VaR Máximo no Trimestre 0,93 0,46

VaR Médio no Trimestre 0,47 0,37

VaR Mínimo no Trimestre 0,33 0,29

Page 17: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

17

Banco Itaú Chile

Durante o terceiro trimestre os indicadores econômicos de crescimento e desemprego foram muito bons e em con-junto com a valorização da moeda chilena frente ao Dólar e Euro e preços de energia estáveis, mantiveram a inflação controlada.

Com relação aos valores de VaR, houve aumento significativo no fator de risco UF (índice de inflação) devido ao au-mento de ativos e descasamento de fluxos que resultou em efeitos significativos no VaR Global, porém mantendo-se em patamares reduzidos em relação ao patrimônio da unidade.

Banco Itaú Uruguai

Em 23 de setembro, o Comitê de Política Monetária decidiu aumentar a taxa de referencia, passando de 6,25% para 6,5%. A taxa de câmbio peso-dólar retornou a sua tendência de baixa, produto das medidas anunciadas do Ministé-rio de Economia e Finanças. A taxa passou de 21,1 pesos por dólar no final de junho, a 20,3 pesos por dólar em 30 de setembro. O Banco Central interveio fortemente no mercado de câmbios para evitar uma queda mais acentuada no valor da moeda.

A análise de risco apresentou uma redução do VaR Global notadamente no VaR de índice de inflação (UI) e é atribuí-da a uma menor volatilidade da curva deste fator de risco, comportamento similar ao observado no fator de risco Cupom Cambial (USD), onde a volatilidade das curvas também se reduziu neste trimestre.

VaR do Banco Itaú Chile US$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Peso (CLP) 0,52 0,54

Índices de Inflação (UF) 3,01 1,42

Cupom Cambial - Dólar 0,47 0,38

Outras Moedas 0,00 0,00

Efeito de Diversif icação (0,97) (0,7)

VaR Global 3,02 1,62

VaR Máximo no Trimestre 3,02 3,33

VaR Médio no Trimestre 2,27 2,40

VaR Mínimo no Trimestre 1,52 1,62

VaR do Banco Itaú Uruguai US$ Milhões

VaR por Fator de Risco 30/set/10 30/jun/10

Peso (UYU) 0,04 0,02

Índices de Inflação (UI) 0,10 0,19

Cupom Cambial - Dólar 0,05 0,14

Variação Cambial - Dólar 0,09 0,01

Efeito de Diversif icação (0,1) (0,1)

VaR Global 0,14 0,23

VaR Máximo Trimestre 0,34 0,40

VaR Médio Trimestre 0,21 0,29

VaR Minímo Trimestre 0,14 0,21

Page 18: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

18

Banco Itaú Paraguai

A partir deste terceiro trimestre de 2010 o Itaú Unibanco Holding, dando prosseguimento ao processo de adequação

dos modelos de gestão e controle das unidades externas, incorporou a seus controles o cálculo do VaR Estatístico do

Banco Itaú Paraguai.

Neste trimestre o Comitê de Política Monetária local aumentou significativamente a taxa referencial anual, de 3.50%

no mês do julho para 4,15% no final do trimestre e o câmbio guarani–dólar, passou de 4.756 guaranis por dólar no

fechamento de junho a 4.842 guaranis por dólar no final do setembro.

Consolidado Itaú Unibanco Holding S. A.

A tabela a seguir demonstra o VaR Global Consolidado, abrangendo as carteiras do Itaú Unibanco, Itaú BBA, Banco Itaú Europa, Banco Itaú Argentina, Banco Itaú Chile, Banco Itaú Uruguai e Banco Itaú Paraguai. As carteiras do Itaú Unibanco e do Itaú BBA são observadas conjuntamente, segregadas por fator de risco.

O consolidado Itaú Unibanco Holding S. A. manteve sua política de operar dentro de limites reduzidos em relação a seu capital. Os valores em risco do consolidado sofreram pouca oscilação ao longo do trimestre, o que pode ser veri-ficado no VaR Global Médio, decorrente principalmente de uma gestão conservadora do portfólio.

Podemos observar que a diversificação dos riscos das unidades de negócios é significativa, permitindo ao conglome-rado manter uma exposição total ao risco de mercado reduzida quando comparada a seu Capital.

VaR - Itaú Unibanco Holding R$ Milhões

30/set/10 30/jun/10

Prefixado 73,0 62,6

TR 25,6 22,2

Índices de Inflação 17,3 16,4

Cupom Cambial 12,8 15,1

Variação Cambial - Dólar 4,8 11,4

Títulos Privados e Soberanos no Exterior 4,8 6,1

Renda Variável 18,0 21,1

Juros Externos 8,7 3,6

Commodities 16,0 2,5

Variação Cambial - Outras Moedas 14,2 17,4

Outros 7,3 3,3

2,1 0,7

1,0 0,8

5,1 2,9

0,2 0,4

0,3 -

(91,9) (100,4)

119,5 86,2

138,7 118,3

107,7 88,1

78,6 61,6

VaR Médio no Trimestre

Banco Itaú Paraguai

Considera o efeito dos ajustes f iscais.

VaR Mínimo no Trimestre

Banco Itaú Chile

Banco Itaú Uruguai

Itaú

Un

iban

co

+ I

taú

BB

A

Banco Itaú Europa

Banco Itaú Argentina

Efeito de Diversif icação

VaR Global Total

VaR Máximo no Trimestre

Page 19: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

19

Análise de Sensibilidade (Carteira Trading e Banking)

De acordo com os critérios de classificação de operações previstos na Resolução nº 3.464/07 e na Circular nº

3.354/07 do BACEN e no Novo Acordo de Capitais – Basiléia II, os instrumentos financeiros do Itaú Unibanco Holding

S.A., incluídas todas as operações com derivativos, são segregados em Carteira de Negociação (Trading) e Carteira

Estrutural (Banking).

As análises de sensibilidade demonstradas abaixo, não consideram a capacidade de reação das áreas de risco e de

tesouraria, pois uma vez constatada perda relativa a estas posições, medidas mitigadoras do risco são rapidamente

acionadas, minimizando a possibilidade de perdas significativas. Adicionalmente, ressalta-se que os resultados apre-

sentados não se traduzem necessariamente em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação

de exposição a riscos e as respectivas ações de proteção considerando o valor justo dos instrumentos financeiros,

dissociado de quaisquer práticas contábeis adotadas pela instituição.

A Carteira Trading consiste em todas as operações, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou

destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros desta estratégia. São operações destinadas à revenda, obten-

ção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados ou realização de arbitragens. Esta carteira tem

limites rígidos definidos pelas áreas de risco e é diariamente controlada.

A Carteira Banking abriga as operações que não se enquadram no conceito de Carteira Trading e são, tipicamente,

operações estruturais das linhas de negócio da instituição e seus respectivos hedges, que podem ou não ser realiza-

dos com instrumentos financeiros derivativos. Portanto, os derivativos desta carteira não são utilizados para fins

especulativos, não gerando riscos econômicos relevantes para a instituição.

O expressivo impacto no fator prefixado deve-se ao riscos de mercado dos financiamentos prefixados da carteira de

banking, que não são contabilmente marcados a mercado e, portanto, não são necessariamente objeto de "hedge"

na sua totalidade.

Valores em BRL mil

I II III

Prefixado Taxas de juros prefixadas em reais (500) (12.426) (24.721)

Cupons Cambiais Taxas dos cupons de moedas estrangeiras 40 (734) (936)

Moedas Estrangeiras Variação cambial 3.781 (94.515) (189.030)

Índices de Preços Taxas dos cupons de índices de preços (535) (13.230) (26.178)

TJLP Taxa do cupom de TJLP 85 (2.150) (4.249)

TR Taxa do cupom de TR 325 (8.200) (16.510)

Renda Variável Preço de ações 7.820 (195.505) (391.010)

Total sem correlação 11.016 (326.760) (652.634)

Total com correlação 7.158 (212.329) (424.081)

30/09/20010 (*)

Fatores de Risco Risco de Variação em:Cenários

Carteira Trading Exposições

(*) Valores líquidos dos efeitos fiscais.

Valores em BRL mil

I II III

Prefixado Taxas de juros prefixadas em reais (3.418) (85.153) (169.721)

Cupons Cambiais Taxas dos cupons de moedas estrangeiras 1.765 (45.542) (94.037)

Moedas Estrangeiras Variação cambial 6.252 (156.301) (312.603)

Índices de Preços Taxas dos cupons de índices de preços (1.335) (33.076) (65.548)

TJLP Taxa do cupom de TJLP 83 (2.194) (4.337)

TR Taxa do cupom de TR 65 (13.805) (27.710)

Renda Variável Preço de ações 8.241 (206.036) (412.072)

Total sem correlação 11.653 (542.107) (1.086.027)

Total com correlação 7.572 (352.261) (705.701)

(*) Valores líquidos dos efeitos fiscais.

Fatores de Risco Risco de Variação em:Cenários

Carteira Trading e Banking Exposições 30/09/20010 (*)

Page 20: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

20

Cenário I: Acréscimo de 1 ponto básico nas curvas de juros pré-fixado, cupom de moedas, inflação e índices de taxas

de juros e 1 ponto percentual nos preços de moedas e ações, que tem como base as informações de mercado (BM&F

BOVESPA, Andima, etc.).

Cenário II: Aplicação de choques de mais e menos 25% na carteira de 30/09/2010, sendo consideradas as maiores

perdas resultantes por fator de risco;

Cenário III: Aplicação de choques de mais e menos 50% na carteira de 30/09/2010, sendo consideradas as maiores

perdas resultantes por fator de risco.

Todos os instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Itaú Unibanco Holding S. A. estão demonstrados na

Nota 7.

Backtest

A eficiência do modelo de Value at Risk é comprovada por técnicas de backtest, onde são comparados perdas e ga-

nhos reais diários com a percentagem de casos em que o resultado ficou fora dos limites pré-estabelecidos de perda

máxima potencial . O número de violações dos limites estabelecidos de VaR deve ser compatível, dentro de uma

margem aceitável, com a hipótese de intervalos de confiança de 99%.

Para ilustrar a confiabilidade das medidas de risco geradas pelos modelos usados pelo Itaú Unibanco Holding S. A., apresentamos os gráficos de backtest de alguns dos principais riscos das posições estruturais do Itaú Unibanco (prefixado e cupom cambial dólar), bem como o backtest da posição total da Mesa Carteira Própria Trading - Tesou-raria Institucional, para o período de 01/10/2009 a30/09/2010.

Os gráficos demonstram o grau de adequação dos modelos de risco de mercado empregado pela instituição. Para o

intervalo em estudo ocorreram poucas violações ao valor a risco expresso pelos controles, ou seja, respeitou -se o

intervalo de confiança adotado no modelo.

(20)

(16)

(12)

(8)

(4)

0

4

8

12

16

20

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Re

torn

o

Risco

Backtest - Gap Estrutural Itaú Unibanco - Fator de Risco Pré-Fixado

Milhões de R$

Page 21: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

21

(6)

(5)

(4)

(3)

(2)

(1)

0

1

2

3

4

5

6

0 1 2 3 4 5 6

Re

torn

o

Risco

Backtest - Gap Estrutural Itaú Unibanco - Fator de Risco Cupom Cambial

Milhões de R$

(80)

(60)

(40)

(20)

0

20

40

60

80

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Re

torn

o

Risco

Backtest - Risco Global - Mesa Carteira Própria Trading - Tesouraria Institucional

Milhões de R$

Page 22: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

22

Risco de Crédito

O aperfeiçoamento contínuo do processo decisório, de gerenciamento e controle do risco de crédito, orientado pe-

las melhores práticas do mercado, tem permitido ao Itaú Unibanco Holding S. A. utilizar-se de metodologias basea-

das em modelagem científica para análise de riscos. O capital econômico alocado do portfólio para cobertura do

risco de crédito é determinado por modelos estatísticos, levando em consideração a qualidade e a concentração na

carteira, além da classificação de crédito dos clientes que a compõem.

O controle é realizado pela Área de Controles de Riscos e Financeiro (ACRF), área segregada das unidades de negoci-

ação e da auditoria interna, conforme exigido pela regulamentação.

A gestão do risco de crédito é responsabilidade de todas as unidades de negócios. São elas que, em suas operações

diárias, assumem risco tendo em vista a rentabilidade dos seus negócios.

Cabe a estas áreas aplicar as políticas, procedimentos, sistemas e modelos para a identificação, avaliação, decisão,

mitigação e mensuração do risco de crédito, em todo o ciclo de crédito (pré-concessão, concessão, monitoramento,

cobrança, recuperação e renovação do crédito).

As áreas de controle de risco, para desempenharem suas funções, têm acesso completo às políticas, procedimentos,

sistemas e modelos das unidades de negócio.

A política de crédito é formulada com base em fatores internos, estabelecidos pelo próprio banco e em fatores ex-

ternos, relacionados à conjuntura econômica do país e do exterior. Dentre os fatores internos podemos destacar o

rating dos clientes, apurados através de avançados instrumentos de análise e decisão de crédito, os índices de de-

fault, as taxas de retorno, a qualidade da carteira e o capital econômico alocado. O foco do banco tem sido crescer

os ativos avaliando a relação risco x retorno, sendo a principal preocupação a qualidade da carteira de crédito e a

geração de valor para o acionista.

A evolução do instrumental de gestão quantitativa e os modelos estatísticos de gestão ativa da carteira de crédito

permitem a identificação das perdas esperadas, que refletem a média estatística, e das inesperadas, que indicam a

possibilidade de perda em situações adversas. Apesar de apresentar-se com uma baixa probabilidade de ocorrência,

as perdas inesperadas, por representarem um elevado valor de perda, podem vir a ameaçar a continuidade dos ne-

gócios.

Assim, enquanto as perdas esperadas servem de base para cálculo das provisões (PDD), as perdas inesperadas, tam-

bém conhecidas como Valor em Risco (VaR), são a base para calcular o capital econômico para cobrir os riscos da

carteira. A apuração do capital econômico alocado permite a implantação de políticas efetivas de controle e precifi-

cação sensíveis ao risco.

A perda esperada, e o capital econômico, compõem o cálculo do retorno ajustado ao risco (RAROC), utilizado na ges-

tão e otimização da carteira de crédito. A evolução desses instrumentos de gestão está consoante às exigências do

Novo Acordo de Basiléia, de forma a adequar as necessidades de reservas mínimas compatíveis com o nível de risco

do negócio.

Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Page 23: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

23

Gestão de Crédito

A gestão de crédito é composta pelas etapas de: decisão, formalização, monitoramento e cobrança, adaptados ao

perfil dos clientes e segmentos. Esse processo é operacionalizado e controlado por sistemas que possibilitam o a-

companhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito.

O quadro abaixo demonstra esquematicamente a política de crédito e a estratégia de gerenciamento de crédito no

Itaú Unibanco Holding S. A., que é conduzido também de acordo com o segmento, ou seja, dividido por grandes em-

presas (sob responsabilidade do Itaú-BBA), médias, pequenas e micro empresas, Banco Pessoa física, Financeira,

Cartões, Financiamento de Veículos, Financiamento de Imóveis e Unidades Externas.

No Itaú-BBA, o processo de concessão baseia-se no estabelecimento de limites máximos aos clientes, o qual

leva em consideração os dados de análise de crédito e informações dos Officers. Todos os clientes devem ter

rating atribuído de acordo com modelo próprio, em consonância com padrões de Basiléia e do Itaú Uni-

banco Holding. As propostas de negócios são submetidas a comitês de acordo com as alçadas a esses atribuí-

das. Decisões que ultrapassam as alçadas locais são encaminhadas à Comissão Superior de Crédito. O monito-

ramento é feito através do acompanhamento constante dos clientes e da avaliação do setor de atividade, com

o estabelecimento de limites utilizando medidas de risco para controle.

No segmento de médias empresas, a decisão sobre o crédito se baseia em informações sobre o proponente,

grupo de crédito, setor de atividade, garantias e finalidade do crédito. Trabalha-se com pré-aprovação de cré-

ditos, baseada em modelos, e também pode haver análise e decisão tradicionais. Após aprovada, cada propos-

ta é encaminhada para que seja feita a formalização, que é totalmente integrada ao processo decisório. O mo-

nitoramento é feito através de acompanhamento semanal da carteira em relação ao crédito concedido, ramos

de atividade, concentração e produtos, nível de inadimplência de segmentos, setores e produtos e de um sis-

tema automático que gera sinais de alerta em função de informações internas e externas, desencadeando

ações que vão desde o monitoramento do cliente até reduzir riscos, dependendo da gravidade do alerta. A

cobrança atua em clientes com risco vencido e não pago, no todo ou em parte, através de ações como: conta-

to pessoal com os devedores, notificações, pesquisas de bens, protestos, etc., e composição de dívida.

Nos segmentos Pequenas e Micro Empresas, a decisão pode ser feita através de pré-aprovação, baseada em

modelos de Credit e Behavior Score, ou análise tradicional, feita a partir de análise mais profunda da situação

econômico-financeira da empresa. O monitoramento dos créditos concedidos é feito através das Fichas de

Ciência, que são geradas automaticamente sempre que o cliente apresentar sinais de deterioração financeira.

O processo de cobrança é feito em etapas, que incluem cobrança telefônica, emissão de cartas de cobrança,

renegociação, entre outros.

Para Pessoas Físicas, o processo de decisão pode ser feito através de pré-aprovação, que utiliza modelos de

Credit e Behavior Score disponibilizando valores de acordo com a capacidade de pagamento e a qualidade do

cliente, ou, em menor escala, de aprovação tradicional, onde o gestor analisa o cliente e o negócio proposto

para a tomada de decisão, de acordo com as alçadas definidas. O monitoramento é feito através de acompa-

nhamento da situação do cliente. Ocorrendo qualquer fato que indique mudança desfavorável, é gerado um

sinal de alerta com informações internas e externas, e as condições do crédito poderão ser revistas adequando

-se à nova situação do cliente. O processo de cobrança para créditos a Pessoa Física obedecem às mesmas

etapas da cobrança do segmento Micro e Pequenas Empresas.

Page 24: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

24

Controle do Risco de Crédito

A governança do gerenciamento de risco de crédito é conduzida por meio de comitês e comissões, que atuam pri-

mordialmente avaliando as condições competitivas de mercado, definindo o apetite para risco do conglomerado e

revendo práticas de controle e políticas.

O controle de risco de crédito é conduzido por meio de limites estabelecidos e de alçadas de decisão.

Adicionalmente, as Comissões avaliam o perfil de contratação, analisam o risco de crédito dos produtos e a situação

de crédito da carteira e seu desempenho.

Com relação ao controle do risco da carteira de Crédito, o Itaú Unibanco Holding S. A. possui administração centrali-

zada, executada pela Comissão Superior de Crédito. A Comissão estabelece normas e limites, aprova as classificações

de risco e supervisiona o processo de aprovação de operações de crédito. Além disso, a Comissão analisa casos

que receberam a opinião desfavorável de pelo menos um dos membros do Comitê de Crédito ou que excederam as

alçadas do Comitê e/ou casos com características especiais.

No acompanhamento e controle centralizado realizado, utilizam-se, entre outros, os seguintes instrumentos:

Análise da carteira e definição de limites de crédito envolvendo o capital econômico como medida de risco;

Modelos de RAROC e de Geração de Valor para definição de spreads de referência;

Avaliação de novos produtos e de alterações de políticas de crédito que indiquem aumento do risco, utilizan-

do medidas de CEA e de Raroc;

Qualidade das Carteiras (visão cliente / grupo econômico, produto, ramo de atividade e segmentação);

Concentração/Dispersão das Carteiras (maturidade / fluxo de vencimentos, ramo de atividade, moeda, con-

centração de crédito por cliente e grupo econômico);

Grandes grupos econômicos Médias Empresas Micro & Pequenas Empresas Pessoas Físicas

Faturamento • Maior que R$ 150 milhões • De R$ 6 milhões e R$ 150 milhões • Até 6 milhões -

Modelo de

Classificação

• Modelo proprietário de classificação

• Análise econômico-financeira- Empresa

- Contexto setorial- Contexto macroeconômico

• Modelo proprietário

• Modelo estatístico

• Análise econômico-financeira da Empresa

• Modelo proprietário- Behavior Scoring

- Credit Scoring

• Modelo proprietário- Behavior Scoring

- Credit Scoring

Decisão

• Aprovação em comitês- Limites máximos de concessão

• Processo controlado por sistemas

• Etapas

- Proposta de negócios eletrônica- Alimentação dos dados

qualitativos- Parecer dos gestores

• Quantitativa- Limites pré-aprovados para

operações de curto prazo- Proposta de negócios

• Quantitativa- Limites pré-aprovados

- Valores de crédito pré-aprovado definidos por modelo

Formalização

• Verificação da documentação

• Acompanhamento dos aspectos

legais e contratuais

• Contratação da operação

• Formalização de garantias

• Emissão de relatórios contábeis

• Controle de risco de crédito

• Integrado ao processo de decisão

• Verificação da documentação

- Revisão por funcionário sem vínculo hierárquico com a Área

Comercial

• Formalização de garantias

• Integrado ao processo de decisão

• Verificação da documentação

- Revisão por funcionário sem vínculo hierárquico com a Área Comercial

• Contratação da operação

• Formalização de garantias

Monitoramento

• Situação do cliente- Liquidez

- Revisão de rating pelas alçadas competentes

• Alterações no comportamento do cliente que indiquem deterioração- Inadimplência / Apontamento cadastrais / Liquidez

• Sistemas de contole emitem "sinais de alerta”

• Ações e medidas preventivas

- Redução do nível de risco / Reforço das garantias / Não operar

Cobrança

• Ação imediata

• Controle diário

- Datas de vencimentos- Operações em atrasos

- Renegociação/ Acordos

• Contato pessoal

• Inscrição no SPC/SERASA

• Notificações / Protestos

• Pesquisa de bens

• Cobrança judicial

• Acordos judiciais

• Central de ativação de cobrança

• Escritórios externos

• Inscrição no SPC/SERASA

• Notificações / Protestos

• Cobrança judicial

• Renegociação / Acordos

• Campanhas de recuperação

Banco Itaú IBBA Itaú / Unibanco

Itaú Unibanco Holding S/A

Page 25: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

25

Evolução do perfil da carteira e os impactos econômicos decorrentes (PDD e capital alocado) no conglomera-

do e nos diferentes segmentos do Banco;

Validação dos modelos de classificação de clientes, PD, LGD e EAD, bem como seu desempenho e aplicação

em diferentes populações;

Controle da migração e volatilidade de ratings;

Acompanhamento dos maiores créditos, com evolução de valores tomados, níveis de risco, provisão e Capital

Econômico Alocado;

Avaliação e controle de risco das modificações em produtos e políticas de crédito e cobrança que impliquem

mudança nos parâmetros de risco, para reporte às comissões de crédito das unidades de negócio e à Comis-

são Superior de Políticas de Risco (CSRisc).

Evolução da carteira de crédito

Neste trimestre destacam-se o crescimento significativo da carteira de crédito e a continuidade do movimento de redução dos níveis de inadimplência. A evolução da carteira de crédito imobiliário acompanha o cenário positivo do setor, apresentando crescimento ex-pressivo nos últimos 12 meses. A variação no volume total da carteira de crédito também é afetada pelo incremento relevante dos volumes de crédito destinados ao segmento Empresas e Unidades Externas.

A relação entre o volume de provisionamento e o saldo total de carteira acompanha o desempenho favorável dos níveis de inadimplência e, uma vez mais , apresenta redução quando comparada ao trimestre anterior.

Itaú Unibanco*

A carteira de crédito do Itaú Unibanco Holding S. A. é de R$ 314.036 milhões, aumento de +6,0% no trimestre. A car-

teira de pessoa física cresceu +4,1%, (aumento de R$ 4.627 milhões) no trimestre, atingindo R$ 118.827 milhões.

O segmento de micro, pequenas e médias empresas, cresceu +7,9% no trimestre, atingindo R$ 76.402 milhões. O

segmento de Grandes Empresas soma R$ 105.258 milhões, aumento de +6,7% no trimestre. As operações na Améri-

ca Latina (Argentina / Chile / Uruguai e Paraguai) cresceram +7,9% no trimestre, somando R$ 13.548 milhões.

A participação dos créditos classificados entre os níveis "AA" a "C", foi de 90,4% do total da carteira, crescimento de

+0,3 p.p. no trimestre.

Page 26: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

26

Carteira de Crédito por Indústria

Carteira de Crédito por Setor

AA - C D - H AA - C D - H AA - C D - HGrandes 97,2% 2,8% 97,7% 2,3% 98,3% 1,7%

Micro, Pequenas e Médias 84,7% 15,3% 87,0% 13,0% 87,5% 12,5%

Pessoa Física 82,8% 17,2% 84,8% 15,2% 84,7% 15,3% Crédito Pessoal 61,5% 38,5% 66,9% 33,1% 65,6% 34,4%

Veículos 92,9% 7,1% 93,6% 6,4% 93,9% 6,1%

Cartão 77,8% 22,2% 79,8% 20,2% 79,5% 20,5%

Crédito Rural 77,9% 22,1% 77,8% 22,2% 76,0% 24,0%

Crédito Imobiliário 95,7% 4,3% 96,2% 3,8% 96,8% 3,2%

Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai 96,0% 4,0% 95,5% 4,5% 96,4% 3,6%

Total 88,9% 11,1% 90,1% 9,9% 90,4% 9,6%

set/09 set/10jun/10

Itaú Unibanco Holding S/A

* Os créditos Direcionados foram distribuídos em Pessoa Física (Crédito Rural e Crédito Imobiliário) e Empréstimos

Empresas (Grandes Empresas e Micro/Pequenas/Médias Empresas); Porto Seguro foi distribuído em Pessoa Física

(Cartão de Crédito, Crédito Pessoal e Veículos).

R$ million

Total % Total % Total %sep/10-

sep/09

sep/10-

jun/10

Setor Público 1.557 0,6% 1.637 0,6% 1.660 0,5% 6,6% 1,4%

Setor Privado 267.136 99,4% 294.555 99,4% 311.530 99,5% 16,6% 5,8%

Pessoa Jurídica 159.330 59,3% 174.800 59,0% 186.513 59,6% 17,1% 6,7%

Indústria e Comércio 84.141 31,3% 91.056 30,7% 97.784 31,2% 16,2% 7,4%

Serviços 59.228 22,0% 67.248 22,7% 71.015 22,7% 19,9% 5,6%

Primário 14.620 5,4% 14.440 4,9% 15.513 5,0% 6,1% 7,4%

Outros PJ 1.341 0,5% 2.057 0,7% 2.201 0,7% 64,1% 7,0%

Pessoa Física 107.806 40,1% 119.755 40,4% 125.016 39,9% 16,0% 4,4%

268.693 100,0% 296.192 100,0% 313.189 100,0% 16,6% 5,7%

september/09 june/10 september/10 Var %

Total Geral

Page 27: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

27

Evolução da participação dos 100 maiores sobre a Carteira

Em setembro de 2010, os 100 maiores devedores representavam 19,6% do total da carteira de crédito, contra 19,4%

em junho de 2010.

(*) Inclui Garantias e Avais

Provisão para Devedores Duvidosos (PDD)

A constituição de Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) no Itaú Unibanco Holding S/A foi realizada levando-se em

conta os aspectos determinantes do risco de crédito do cliente. Esses aspectos estão contemplados no processo de

definição do nível de PDD, observando-se para cada operação:

Avaliação e classificação do cliente/grupo econômico;

Natureza e finalidade da operação;

Características de garantias;

Pontualidade e atraso nos pagamentos.

Comparando-se a classificação cliente, atraso, produto e renegociação, deverá prevalecer a pior dentre elas, que corresponderá à classificação inicial da operação.

164.486180.562 187.559 188.449 196.649 210.913 221.316 236.713

264.660

91.376 85.170 77.518 72.04467.470

63.39459.479

48.529

16,2% 17,5% 19,3% 21,0% 20,8% 19,4% 19,1% 19,4% 19,4%

9,0%

19,0%

29,0%

39,0%

49,0%

59,0%

69,0%

79,0%

89,0%

99,0%

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10

Carteira de Crédito UBB Carteira de Crédito Itau 100 Maiores Devedores

Em Milhões

271.938 272.729 265.966 268.693278.382 284.710

296.192 313.189

Níveis:

AA = 42.788 M.M. A = 15.238 M.M.

Page 28: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

28

Posteriormente, as classificações iniciais das operações pertencentes a um mesmo cliente ou grupo eco-nômico são comparadas e a pior classificação é propagada, ressalvadas exceções em função de caracterís-ticas próprias de produtos, clientes ou materialidade. Este será o nível final de PDD das operações.

Historicamente o Itaú Unibanco Holding S. A. constitui provisão adicional ao requerido pela autoridade monetária,

alicerçado na visão de que o nível de aprovisionamento tenha a robustez necessária para absorção de eventuais au-

mentos de inadimplência.

Neste trimestre, foi mantida a constituição de provisão adicional para operações de crédito mantendo a parcela in-

corporada para fazer frente aos riscos associados. Também foi mantida a constituição de provisões para crédito na

carteira de coobrigações e nas operações com derivativos em que o banco encontra-se credor.

Ressalte-se que o nível atual de provisão adicional de 6,1 Bilhões mantém-se adequado quando comparado à avalia-

ção dos riscos associados aos cenários para 2010.

Itaú Unibanco

Considerando-se o Unibanco, na visão Itaú Unibanco Holding S. A., a relação PDD (Genérica + Específica + Adicional) /

(carteira sem avais e fianças) reduziu -0,4 p.p. no trimestre, atingindo 8,3% em setembro de 2010.

Evolução da carteira de crédito e relação PDD/carteira*

(*) Não inclui Avais e Fianças

151.015167.146 172.280 172.660 179.080 191.793 201.632 216.261

242.179

73.897 68.010 61.831 58.01854.158

50.48447.238

36.856

5,8% 8,3% 9,0% 9,8% 10,1% 9,8% 9,2% 8,7% 8,3%

3,0%

13,0%

23,0%

33,0%

43,0%

53,0%

63,0%

73,0%

83,0%

93,0%

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10

Carteira de Crédito UBB Carteira de Crédito Itaú PDD/ Total da Carteira

279.035263.498

252.117245.951

237.099234.490240.290241.043

Page 29: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

29

Risco de Liquidez

Durante o terceiro trimestre de 2010, o Itaú Unibanco Holding S. A. manteve níveis adequados de liquidez no Brasil e no exterior. A manutenção foi possível em função de bases sólidas e diversificadas de captação, seja no mercado interbancário, seja junto a clientes.

Estrutura de gerenciamento de Liquidez

O gerenciamento do risco de liquidez busca utilizar as melhores práticas de maneira a evitar escassez de caixa e difi-culdades em honrar os vencimentos a pagar.

O Itaú Unibanco Holding S. A. possui estrutura dedicada ao aperfeiçoamento da monitoração e análise, através de modelos de projeções estatísticas e econômico-financeiras, das variáveis que afetam o fluxo de caixa e o nível de reserva em moeda local ou estrangeira.

Além disso, a instituição estabelece diretrizes e limites cujo cumprimento é analisado periodicamente em comitês técnicos e que visam a garantir uma margem de segurança adicional às necessidades mínimas projetadas. As políti-cas de gestão de liquidez e os limites associados são estabelecidos com base em cenários prospectivos revistos peri-odicamente e nas definições da Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez.

Estes cenários podem ser revistos pontualmente à luz das necessidades de caixa, em virtude de situações atípicas de mercado ou decorrentes de decisões estratégicas da instituição..

Em observância às exigências da Resolução 2804/00 e da Circular 3393/08 do Banco Central do Brasil, enviamos mensalmente ao Banco Central o Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL) e periodicamente são elaborados e sub-metidos à Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez os seguintes itens para acompanhamento e su-porte às decisões:

Diferentes cenários projetados para a evolução da liquidez;

Planos de contingência para situações de crise;

Relatórios e gráficos que permitam o monitoramento das posições de risco em um período de até dois anos;

Avaliação do custo de captação e fontes alternativas de captação;

Acompanhamento da diversificação de captação através de um controle constante de fontes de capta-ção, considerando o tipo do investidor, maturidade, entre outros fatores.

A descrição da estrutura de gerenciamento de risco de liquidez está disponível no endereço: http://ww13.itau.com.br/PortalRI/HTML/port/governanca/politica_liquidez.htm .

Risco de liquidez é definido como a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - "descasamentos" entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Page 30: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

30

Risco Operacional

A crescente sofisticação do ambiente e dos negócios bancários e a evolução da tecnologia tornam mais complexos os perfis de risco das organizações, delineando com mais nitidez esta classe de risco, cujo gerenciamento, apesar de não ser prática nova, requer agora uma estrutura específica, distinta das tradicionalmente aplicadas aos riscos de crédito e de mercado.

Em linha com os princípios da Resolução nº. 3.380, de 29/06/2006, do CMN, o Itaú Unibanco Holding S. A. definiu

uma política de gerenciamento do risco operacional, aprovada pelo seu Conselho de Administração, e aplicável às

empresas e subsidiárias no Brasil e exterior.

A política constitui um conjunto de princípios, procedimentos e instrumentos que proporcionam uma permanente

adequação do gerenciamento à natureza e complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas.

A estrutura formalizada na política prevê os procedimentos para identificação, avaliação, monitoramento, controle,

mitigação e comunicações relacionadas ao risco operacional, e os papéis e responsabilidades dos órgãos que partici-

pam dessa estrutura.

A partir de 1º de julho de 2008 entrou em vigor a legislação do BACEN obrigando as instituições financeiras a alocar

capital para risco operacional. O Itaú Unibanco Holding S. A. optou pela utilização da Abordagem Padronizada Alter-

nativa e pretende passar a utilizar a Abordagem Avançada de Mensuração conforme o cronograma regulamentar do

BACEN de candidatura à adoção do método avançado.

Além do capital regulatório e com o objetivo de se preparar para implantação do método avançado, o Itaú Unibanco

Holding S. A. utiliza modelos gerenciais integrados à Gestão e também modelos estatísticos baseados em distribui-

ções de perdas para avaliação econômica por linha de negócios, permitindo a alocação de capital para perdas não

esperadas.

A descrição da estrutura de gerenciamento de risco operacional está disponível no endereço http://

ww13.itau.com.br/PortalRI/HTML/port/governanca/risco_operacional.htm .

O risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.

Page 31: Gerenciamento de Riscos - ww13.itau.com.brww13.itau.com.br/portalri/html/port/infofinan/demon/dcc_e_mda/df... · ram na descentralização do controle das posições e riscos assumidos

31

Risco de Subscrição

Analogamente à Basiléia II, a IAIS (International Association of Insurance Supervisors), orienta que as sociedades se-

guradoras possuam um sistema de gerenciamento de risco de forma a complementar o sistema de capital mínimo e

de margem de solvência.

O Itaú Unibanco Holding S. A. utiliza modelos gerenciais para a gestão de riscos da atividade de seguros desde 2006.

Os modelos são construídos e atualizados por uma equipe especialista que tem a responsabilidade de analisar e con-

trolar os riscos de subscrição dos produtos da seguradora com base em modelos matemáticos que capturem estes

riscos para a alocação adequada de capital gerencial.

O risco de subscrição é o risco oriundo de uma situação econômica adversa que contraria tanto as expectativas da sociedade seguradora no momento da elaboração de sua política de subscrição quanto às incertezas existentes na estimação das provisões.