GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE PAPEL E PAPELÃO RELIZADO PELO PROJETO PAPEL NA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - RS

Monitor de pesquisa: Nícolas Reinaldo Finkler Co-orientadores: Tiago Panizzon, Kira Lusa Manfredin e Isalmar Brustolin Orientador: Vania E. Schneider

Esta pesquisa tem como objetivo levantar dados e informações

referentes a uma proposta de revitalização do Projeto Papel na

universidade.

Os problemas causados pelos resíduos sólidos no meio urbano

abrangem aspectos relacionados a sua origem e geração, bem como

conceitos de inesgotabilidade de matérias primas e o

comprometimento das condições naturais. O papel e,

consequentemente, seus resíduos são materiais que acompanharam

o desenvolvimento humano desde o princípio das atividades técnicas.

Desta forma, sua reciclagem caracteriza-se por ser de elevada

importância ambiental, social e econômica. Na Universidade de

Caxias do Sul, existe o Projeto Papel, um programa iniciado em 1990

que incentiva a reciclagem e comercializa os resíduos de papel

gerados nos setores administrativos da instituição. É válido ressaltar,

que o resíduo corresponde a 90% do total gerado exclusivamente

pela instituição. O programa é uma ação independente ao

gerenciamento do resíduo sólido comum na UCS.

Os dados utilizados neste estudo referentes aos resíduos sólidos

comuns são oriundos de uma caracterização, onde os resíduos foram

coletados pela parte da manhã, antes da coleta pelo serviço

municipal, compreendendo uma amostra de 2,40 m³ em três dias de

geração. Por fim, foram pesados e classificados em 37 categorias

para posterior análise.

Os dados de comercialização do papel a papelão foram obtidos

diretamente com os gerenciadores do Projeto Papel, através dos

dados referentes da venda dos resíduos.

Desta forma, com a aplicação desta pesquisa foi possível

identificar que o Projeto Papel é uma ação importante para

minimizar os impactos ambientais da cadeia produtiva do papel

em uma universidade. No entanto, as condições atuais do

Projeto denotam uma série de oportunidades de melhorias. O

maior desafio está no aproveitamento máximo do resíduo que

está sendo disposto em aterros sanitários. Essas medidas e

procedimentos devem ser definidos e aplicados de forma correta

para que o gerenciamento seja efetivo e que insira a

comunidade no tema meio ambiente.

Figura 1: Gerações anuais de resíduo de papel e papelão na UCS.

São comercializados em média 21.855,27 kg/ano (90,31 kg/dia)

pelo Projeto, sendo o coeficiente de variação referente a 36,98%

em relação à média. Este, é dependente do descarte de

documentos, compra de equipamentos, vestibulares e outros.

A Figura 02 apresenta a composição gravimétrica do resíduos

sólidos comuns da UCS não considerando as quantidades

comercializadas pelo Projeto Papel.

INTRODUÇÃO

MÉTODOS

OBJETIVOS

Figura 2: Composição gravimétrica do resíduo sólido comum da UCS.

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

AGRADECIMENTOS

Atualmente, estas quantidades apresentadas na Figura 02 são

encaminhadas ao aterro sanitário, diminuindo a vida útil dos

mesmos e perdendo o potencial de reciclabilidade dos materiais.

Desta forma, a análise da Figura 02 permite a conclusão que ainda

existem 9,37% do resíduo de papel a papelão que não é

comercializado pelo Projeto Papel. Estes quando somados aos

dados de comercialização representam 16,90% do total gerado

na instituição.

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

Re

síd

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kg/a

no

)

Projeto Papel - UCS

RESULTADOS

A Figura 01 apresenta os dados referentes à comercialização dos

resíduos de papel e papelão na UCS.

38.54%

31.92%

9.37%

8.36%

0.72%

0.13% 1.36%

9.60%

COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA RESÍDUO SÓLIDO COMUM UCS

Material orgânico

Resíduo sanitário

Papel/Papelão

Plástico

Metais

Vidro

Tetra-pak

Outros

RISSO, W. M. Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde: A

caracterização como Instrumento Básico para Abordagem do Problema.

Dissertação de Mestrado. Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde

Pública. São Paulo (SP). Universidade de São Paulo – USP, 1993.

TAUCHEN, J.; BRANDLI, L. L. A gestão ambiental em instituições de ensino

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