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943 Geologia no Parque Paleozóico de Valongo: Investigar, Preservar, Divulgar e Ensinar Geology in Valongo Palaeozoic Park: research; preserving, advertising and teaching Helena Couto (1, 2) , & Alexandre Lourenço (2) 1- Dep. de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal 2 -Centro de Geologia da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169- 007Porto, Portugal [email protected] ; [email protected] SUMÁRIO "A importância científica e o interesse em preservar o património geológico da região de Valongo levou a Câmara Municipal de Valongo e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto a criarem, em 1998, o Parque Paleozóico de Valongo. O presente trabalho tem como objectivo dar a conhecer a vertente do Parque Paleozóico de Valongo como recurso educativo junto das escolas e como meio de divulgação e sensibilização da Geologia junto do público em geral." Palavras-chave: Parque Paleozóico de Valongo; investigação; geoconservação; divulgação; recurso educativo SUMMARY 1"The scientific importance and the interest in preserving the Valongo geological heritage made the City Council of Valongo and the Faculty of Science of the Porto University to create, in 1998, the Valongo Palaeozoic Park. The present work aims to show the Valongo Palaeozoic Park as an educative resource to the schools and as a way of advertising and turning sensitively the Geology to the general public. " Key-words: Valongo Palaeozoic Park; research; geoconservation; advertising; educactive resource Introdução O anticlinal de Valongo, dada a sua geodiversidade e a sua proximidade ao centro urbano “grande Porto” fez com que fosse eleito, desde os primeiros passos da Geologia no território português [1], [2] um objecto de estudo por excelência. Nesta trajectória de investigação científica [3], [4], [5], [6], [7], [8], [9], aliada a uma vertente de preservação do património geológico desta região por parte do Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em convergência com os interesses da autarquia de Valongo de conservação e valorização das Serras de S. Justa e Pias, desenvolvem-se várias acções que culminam, em 1998, na criação do Parque Paleozóico de Valongo (PPV) [10]. Este projecto, submetido em 1995, foi financiado pelo Programa LIFE da Comunidade Europeia e tinha por objectivos a conservação do património geológico e das espécies em vias de extinção. Desde 2000 através de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Valongo e a Associação para o Desenvolvimento da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, o Centro de Geologia presta assessoria e apoio científico na conservação e divulgação do Parque Paleozóico de Valongo, tendo por base estudos científicos, alguns deles ainda em curso, na região. Deste modo, a criação do PPV, tinha como objectivos iniciais não só a vertente de conservação e valorização do património geológico [11], [12], [13], [14], [15], como também uma vertente de divulgação [16] e recurso educativo na área das Ciências da Terra [17]. De entre o vasto e variado Património Geológico existente na área do parque salientam-se no âmbito da Paleontologia as importantes jazidas fossilíferas do Paleozóico, conhecidas internacionalmente [14] e no âmbito da Geologia Mineira as explorações de ouro existentes na região, que remontam aos tempos da actividade mineira romana em Portugal [11]. O trabalho desenvolvido nestas vertentes tem tido um reconhecimento nacional e internacional que culminou, em 2005, na atribuição do Prémio de Geoconservação pelo grupo português da ProGEO à Câmara Municipal de Valongo. A autarquia mereceu

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Geologia no Parque Paleozóico de Valongo: Investigar, Preservar, Divulgar e Ensinar

Geology in Valongo Palaeozoic Park: research; preserving, advertising and teaching

Helena Couto(1, 2), & Alexandre Lourenço(2)

1- Dep. de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal 2 -Centro de Geologia da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169-007Porto, Portugal [email protected] ; [email protected]

SUMÁRIO "A importância científica e o interesse em preservar o património geológico da região de Valongo levou a Câmara Municipal de Valongo e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto a criarem, em 1998, o Parque Paleozóico de Valongo. O presente trabalho tem como objectivo dar a conhecer a vertente do Parque Paleozóico de Valongo como recurso educativo junto das escolas e como meio de divulgação e sensibilização da Geologia junto do público em geral."

Palavras-chave: Parque Paleozóico de Valongo; investigação; geoconservação; divulgação; recurso educativo

SUMMARY 1"The scientific importance and the interest in preserving the Valongo geological heritage made the City Council of Valongo and the Faculty of Science of the Porto University to create, in 1998, the Valongo Palaeozoic Park. The present work aims to show the Valongo Palaeozoic Park as an educative resource to the schools and as a way of advertising and turning sensitively the Geology to the general public. "

Key-words: Valongo Palaeozoic Park; research; geoconservation; advertising; educactive resource

Introdução O anticlinal de Valongo, dada a sua geodiversidade e a sua proximidade ao centro urbano “grande Porto” fez com que fosse eleito, desde os primeiros passos da Geologia no território português [1], [2] um objecto de estudo por excelência. Nesta trajectória de investigação científica [3], [4], [5], [6], [7], [8], [9], aliada a uma vertente de preservação do património geológico desta região por parte do Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em convergência com os interesses da autarquia de Valongo de conservação e valorização das Serras de S. Justa e Pias, desenvolvem-se várias acções que culminam, em 1998, na criação do Parque Paleozóico de Valongo (PPV) [10]. Este projecto, submetido em 1995, foi financiado pelo Programa LIFE da Comunidade Europeia e tinha por objectivos a conservação do património geológico e das espécies em vias de extinção. Desde 2000 através de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Valongo e a Associação para o Desenvolvimento da Faculdade de Ciências da

Universidade do Porto, o Centro de Geologia presta assessoria e apoio científico na conservação e divulgação do Parque Paleozóico de Valongo, tendo por base estudos científicos, alguns deles ainda em curso, na região. Deste modo, a criação do PPV, tinha como objectivos iniciais não só a vertente de conservação e valorização do património geológico [11], [12], [13], [14], [15], como também uma vertente de divulgação [16] e recurso educativo na área das Ciências da Terra [17]. De entre o vasto e variado Património Geológico existente na área do parque salientam-se no âmbito da Paleontologia as importantes jazidas fossilíferas do Paleozóico, conhecidas internacionalmente [14] e no âmbito da Geologia Mineira as explorações de ouro existentes na região, que remontam aos tempos da actividade mineira romana em Portugal [11]. O trabalho desenvolvido nestas vertentes tem tido um reconhecimento nacional e internacional que culminou, em 2005, na atribuição do Prémio de Geoconservação pelo grupo português da ProGEO à Câmara Municipal de Valongo. A autarquia mereceu

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também a atribuição do 2ª prémio do “Eurosite Green Days Award” pelas acções de sensibilização, preservação e divulgação de projectos em áreas classificadas como Rede Natura 2000 a nível europeu. No âmbito da proposta do Grupo Português da ProGEO para a definição de Categorias Geológicas Portuguesas de Relevância Internacional a integrarem o Património Geológico Europeu, o Património Paleontológico da região de Valongo - “Ordovician fossils from Valongo Anticline” – é um dos geosítios propostos [14]. Dada a grande adesão registada pelas escolas dos vários níveis de ensino, principalmente básico e secundário, o parque tem desenvolvido cada vez mais a sua vertente como recurso educativo, através das visitas guiadas. O presente trabalho tem como objectivo dar a conhecer a vertente do PPV como recurso educativo junto das escolas e como meio de divulgação e sensibilização da Geologia junto do público em geral.

Actividades de divulgação/recurso educativo no PPV As actividades de divulgação da Geologia no PPV têm sido diversas, com vista a abranger um público diversificado. Podemos considerar duas componentes principais, uma em que foram elaborados materiais didácticos/divulgação científica em que os conhecimentos são fornecidos por uma auto-aprendizagem e uma outra componente que se desenvolve ao longo de uma visita guiada ao PPV, antecedida de uma exposição teórica-prática, no Centro de Interpretação Ambiental, situado na Serra de Santa Justa, sobre os diversos aspectos da Geologia da região de Valongo. Desde a sua inauguração, em 1998, o PPV já recebeu mais de 10 000 visitantes, guiados por alunos universitários dos últimos anos do Curso de Geologia da FCUP ou nos últimos anos por geólogo doutorado na Universidade do Porto. De entre os materiais didácticos poderemos salientar a criação de uma Página da Internet (www.paleozoicovalongo.com), um SIG ainda em construção que poderá ser um instrumento importante na análise das diversas vertentes da Geologia [13], a elaboração de livros de divulgação do património geológico [16], e a montagem de uma exposição sobre a Geologia de Valongo, no Museu Municipal de Valongo, cujos materiais foram posteriormente parcialmente colocados no Centro de Interpretação Ambiental. Deste modo, no Centro de Interpretação Ambiental, o visitante não-organizado pode familiarizar-se com a Geologia da região de Valongo através de uma exposição permanente de fósseis do Paleozóico da região acompanhada de um informação sumária, através de posters pedagógicos (figura 1) em que são focados alguns dos episódios mais importantes da história geológica de Valongo, relacionando a tectónica de placas com a diversidade de ambientes geológicos (ambientes continentais,

ambientes marinhos), a presença de tsunamis e glaciares, a evolução da vida, etc. Dada a enorme riqueza de recursos minerais na região (principalmente ouro e antimónio), existe igualmente uma pequena mostra de minérios assim como informação sobre as mineralizações e sobre a exploração do ouro pelos Romanos, que ocorreu na região entre o séc. I e III d.C.. O visitante poderá aprofundar os conhecimentos adquiridos com a consulta de livros sobre as Ciência da Terra e da Vida, artigos científicos, publicações didácticas, desdobráveis, cd-roms, vídeos, mapas topográficos e geológicos, existentes numa pequena biblioteca situada no Centro de Interpretação Ambiental. Existe ainda um bloco-diagrama representativo da geologia e geomorfologia actual da região e sua evolução através dos tempos geológicos, uma lupa binocular para observação de amostras de fósseis e minerais e fichas com a sua identificação [17]. No parque estão definidos percursos, identificáveis através de postes de madeira, distribuídos de 100 em 100 m. O visitante não-organizado poderá desfrutar dos referidos percursos com o apoio de um desdobrável onde encontrará a informação sumária sobre os aspectos geológicos a observar. No que se refere às visitas guiadas quer para estudantes de diferentes níveis de ensino (semanais) quer para o público em geral (mensais), na maior parte dos casos ou se faz uma visita às antigas explorações de ouro romanas (fojo das Pombas) ou uma visita ao percurso verde do PPV. As visitas guiadas têm sempre um carácter flexível, dependendo dos interesses manifestados pelos visitantes e do nível de conhecimentos dos mesmos. A visita às minas de ouro inicia-se no Centro de Interpretação Ambiental e depois de uma breve introdução à Geologia de Valongo desenvolvem-se, com mais pormenor, hipóteses sobre a génese das mineralizações de ouro e antimónio da região, sobre os controlos das mineralizações, sobre os métodos de exploração que os romanos utilizaram na exploração do ouro. Segue-se a visita ao Fojo das Pombas, onde os visitantes podem testemunhar e consolidar os conhecimentos adquiridos anteriormente. A visita ao Percurso Verde do PPV inicia-se igualmente no Centro de Interpretação Ambiental onde é dada uma perspectiva dinâmica sobre a Geologia, tentando transmitir-se aos visitantes não só os conhecimentos sobre a Geologia da região de Valongo mas também algumas informações sobre a evolução da vida na terra, sobre geodinâmica interna e externa do Planeta Terra, sobre a teoria da Tectónica de Placas e sua estreita relação com a formação dos oceanos e das montanhas. É transmitida ao visitante a informação de que é com base nos trabalhos de investigação científica efectuados na região de Valongo que hoje se conhece com bastante pormenor alguns dos

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Fig.1: Exemplo de poster pedagógico

episódios marcantes da história geológica, nomeadamente: o facto de esta região ter estado coberta por mar, desde há pelo menos cerca de 540 M.a. até há cerca de 350 M.a.; a existência de vulcanismo submarino associado à grande riqueza de ouro na região; a existência de inúmeros invertebrados marinhos, diferentes dos actuais, sendo particularmente importantes as trilobites e os graptólitos que desapareceram antes de aparecerem os primeiros dinossauros; a ocorrência de tsunamis há cerca de 470M.a.; a existência de icebergs nos mares de Valongo há 440 M.a. atrás; a existência de

filões de quartzo com ouro, explorados pelos romanos nos Séc. I II e III d.C. Na medida do possível é igualmente transmitida aos visitantes a evolução do conhecimento científico, salientando que o conhecimento é, tal como o planeta terra, um processo dinâmico com uma forte componente histórica. Em seguida os visitantes são encaminhados para o Percurso Verde, onde poderão consolidar os conhecimentos anteriormente adquiridos como também observar alguns dos registos da dinâmica interna e externa da terra, nomeadamente a presença de falhas, dobras, filões

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de quartzo mineralizados, inversão de relevo, etc. A visita tem como componente principal guiar o visitante numa viagem no tempo (recuando até há cerca de 540 M.a) e no espaço, quando a região de Valongo se encontrava coberta por um mar do qual as trilobites são os seus habitantes mais conhecidos. Ao visitante é chamada a atenção para a mudança de granulometria das rochas (desde os conglomerados até às ardósias), para a evolução dos ambientes de sedimentação assim como para alguns testemunhos da presença do mar, entre os quais as marcas de ondulação são os mais visíveis para a maioria os visitantes. Para além das visitas guiadas regulares têm sido desenvolvidas, no PPV, por membros do Centro de Geologia da Universidade do Porto ou do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, acções de formação para professores, excursões científicas no âmbito de Cursos de actualização de Professores e de Congressos Científicos Nacionais e Internacionais [5], [11]. No âmbito da Geologia no Verão desde 1998, têm sido realizadas diversas iniciativas, não só de divulgação do Património Geológico e Paleontológico como também do valioso Património Geomineiro existente na região. Para documentar as visitas de campo são entregues aos participantes textos de apoio. O PPV tem igualmente sido palco, ao longo dos anos, de inúmeras aulas de campo de diversas disciplinas das licenciaturas em Geologia e de Mestrados.

Agradecimentos O presente artigo integra-se nas actividades do projecto Transmass do Centro de Geologia da Universidade do Porto.

Referências Bibliográficas [1] Delgado, J.F.N. (1885) Estudo sobre os bilobites e outros fosseis das quartzites da base do Systema Silurico de Portugal. Memória da Secção dos Trabalhos Geológicos de Portugal, Lisboa, 111 pp. [2] Delgado, J.F.N. (1908) Système Silurique du Portugal. Étude de Stratigraphie Paléontologique. Commission du Service Geológique du Portugal, pp. 1-245. [3] Ferreira, M. P., Oliveira, J. M. S. & Andrade, R. S., (1971) Ocorrências de antimónio no Norte de Portugal. In: Congr. Hispano Luso-Americano de Geologia Económica (1º-Madrid; Lisboa - 1971). Secç. 4 - Investigação Mineira. T.1. pp. 597-617. [4] Romano, M. & Diggens, J. N., (1974) The stratigraphy and structure of Ordovician and associated rocks around Valongo, North Portugal. Comun. Serv. geol. Portg., Lisboa, 57, pp. 23-50. [5] Ribeiro, A. Dias R., Pereira, E. Merino, H., Sodré Borges, F., Noronha, F & Marques, M., (1987) Guide book for the Miranda do Douro-Porto excursion. In: Conference on Deformation and Plate Tectonics, Gijon-Oviedo (Spain), 25pp. [6] Couto, H., Roger, G., Moëlo, Y. & Bril, H., (1990) Le district à antimoine-or Dúrico-Beirão (Portugal): évolution paragénétique et géochimique; implications

métallogéniques. Mineralium Deposita, Berlin, 25, pp. 69-81. [7] Couto, H., (1993) As mineralizações de Sb-Au da região Dúrico-Beirã. 2 Vols. (Vol. Texto; Vol. Anexos: 32 Estampas e 7 Mapas). 607pp. Tese de doutoramento. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. [8 Couto, H., Gutiérrez-Marco, J. C. & Roger, G., (1999) Níveis fosfatados com lingulídeos do Arenigiano (Ordovícico) do Anticlinal de Valongo (Portugal). Temas Geológico-Mineros ITGE, vol. 26, Madrid 1999. I. S. B. N.: 84-7840-381-7, pp. 546-548. [9] Couto, H. & Borges, F.S. (2005) Stratiform Sb and Au mineralizations in the Hercynian Dúrico-Beirã area (North Portugal). Jingwen Mao& Frank P. Bierlein (Eds.) Mineral Deposit Research: Meeting the Global Challenge. Proceedings of the Eighth Biennial SGA Meeting, Beijing, China, Chapter 2-5, pp. 97-99. [10] Couto, H., Lourenço, A. & Poças, C., (2003) Serras de Santa Justa e Pias: Património Geológico e Mineiro a preservar. Ciências da Terra (UNL), Lisboa, nº esp. V, CD-ROM, pp. I28-I31 [11] Couto, H. (2001) The Dúrico-Beirão Gold-antimony District – From Roman Times until Today. International Comission on the History of Geological Sciences - INHIGEO MEETING – Portugal 2001. Geological Resources and history. Programe and abstracts. 3pp. [12] Couto, H. (2005) Parque Paleozóico de Valongo. Preservar porquê e para quê? Livro Conservar para quê? Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Centro de Estudos Arqueológicos. Vítor Oliveira Jorge Coord. Porto-Coimbra 2005, pp. 199-211. [13] Couto, H. & Lourenço, A. , (2005) The Valongo Palaeozoic Park: Geodiversity and the importance of valuing and conserving the Geological, Palaeontological and Geomining Heritage. In: D. Pereira & P. Pereira (Eds.), Geology as background for a top-class geological and cultural heritage in the Douro region (Northern Portugal) Field Trip Guide Book, IV International Symposium ProGEO on the Conservation of the Geological Heritage, Braga, pp. 21-55. Plate B [14] Brilha J., Andrade C., Azerêdo A., Barriga F.J.A.S., Cachão M., Couto H., Cunha P.P., Crispim J.A., Dantas P., Duarte L.V., Freitas M.C., Granja M.H., Henriques M.H., Henriques P., Lopes L., Madeira J., Matos J.M.X., Noronha F., Pais J., Piçarra J., Ramalho M.M., Relvas J.M.R.S., Ribeiro A., Santos A., Santos V., Terrinha P. (2005) Definition of the Portuguese frameworks with international relevance as an input for the European geological heritage characterisation. Episodes. Vol. 28, No 3, pp. 177-186. [15] Couto, H & Lourenço, A., (2006) Geoconservação e Desenvolvimento Sustentável. Livro Cultura Light. Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Centro de Estudos Arqueológicos. Vítor Oliveira Jorge Coord. Porto-Coimbra 2006. [16] Couto, H. & Dias, A. G., (1998) Parque Paleozóico de Valongo, Património Geológico. Câmara Municipal de Valongo, Valongo, 40pp. [17] Ferraz, S.C., (2004) O Parque Paleozóico de Valongo como recurso educativo. Tese de Mestrado em Geologia para o Ensino. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.