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O Período Quaternário compreende os últimos 2.6 milhões de anos da história da Terra.
Intervalo de drásticas e frequentes variações do clima global
Periodos interglaciais alternados por períodos glaciais (frios)Neste momento vivemos o periodo interglacial e quente
Período de significantes e rápidas mudanças ambientais, sendo grande desafio para as habilidades humanas
A compêtencia dos cientistas do Quatermário é interpretar as mudanças globais em função das glaciações e os impactos no ambiente
As investigações paleoclimáticas do Quaternario é a chave para se entender as possiveis e futuras mudanças climáticas e ambientais em nosso planeta
INQUA
Características dos Estudos do Quaternário
•Geologia: dinâmica, preservação e acesso; Representa a atual distribuição
dos continentes suscetíveis as alterações climáticas na nova localização e da formação
de montanhas
•Definido pela bioestratigrafia pelos mamíferos (pirncipalemnte homem) muitos deles não existem dos dias de hoje (tigre dente de sabre; mamute,
mastodonte, preguiça gigante etc)
Flora (grão de polens, os esporos de pteridófilas, os foraminíferos e as diatomáceas) são
semelhantes à atual;
Os estudo de polens e esporos (palinologia) permite o conhecimento da evolução e migração de ecossistemas -> biogeografia e a paleogeografia
* Fisicamente conhecida como a Idade do Gelo: inúmeras glaciações-paleoclimas; variação do nível relativo do mar; mudanças do geóide e o sistema solar; deformações das rochas
* Ação do homem e influência sobre o homem
Projeções, ao longo dos
séculos XIX, XX e XXI, têm
demonstrado que as
variações do nível do mar
possui uma intrínseca
relação com o aumento da
temperatura da superfície
global Fonte: IPCC, 2007.
Padrão geológico e climatico
semelhante (milankovit)
Variação do nível relativo da mar
Glacioeustasia
Variações do volume das
Águas oceanicas devido às
Alterações climáticas
Glaciaçoes e interglaciações
Variáveis de Milankovith
Precessão
Obliquidade
Excentricidade
Áreas inter e trans diciplinaresArqueologia
Climatologia (paleoclimatologia)
Oceanografia (paleoceanografia)
Paleopalinologia e paleolimnologia
Geologia e geomorfologia do Quaternário
Glaciologia ...
Sociedade encontra-se organizada nos estudos do Quaternário
INQUA (Internacional Union for Quaternary research)
International Union for Quaternary Research (INQUA)75 years 1928 – 2003 h
ttp://www.inqua.tcd.ie/
ABEQUA (Associação Brasileira de Estudos do Quaternário) 1984
http://www.abequa.org.br/
1) Paleosuperfícies em Regiões Cratônicas e Evolução da Paisagem de Longo Prazo.Viagem de Campo Pós-Congresso: Serras Pequenas e Serras Grandes, Córdoba, e Serras Pampenas, La Rioja. Os interessados deverão
contactar os organizadores.
2) Grandes Rios da América do Sul. O objetivo deste simpósio é estimular a discussão sobre a gênese e evolução dos grandes rios da
região (Amazonas, Paraná, Prata, São Francisco, Orinoco, Salado, etc.) e o impacto que tiveram em sua evolução as glaciações, as mudanças
climáticas e as mudanças dos níveis de base, assim como suas repercussões sedimentológicas, estratigráficas e geomorfológicas nas bacias,
planícies costeiras e plataformas continentais.
3) Ambientes costeiros e de plataforma da América do Sul. Este simpósio tem por objetivo reunir os pesquisadores dedicados às
ciências do mar, particularmente nos diferentes temas envolvidos na geologia costeira, de plataforma e talude continentais, tais como estratigrafia
(sismo e litoestratigrafia de seqüências), sedimentologia, geomorfologia, paleoambientes, paleoceanografia e paleoclimas, paleontologia, e todos
os aspectos que intervêm ou são resultantes da evolução destes ambientes, particularmente no Neógeno-Quaternário. A intenção é oferecer um
espaço não somente para apresentar os resultados das investigações, mas também para gerar discussões, particularmente com a possibilidade
de estabelecer análises comparativas entre diferentes ambientes marinhos da América do Sul.
O Simpósio incluirá uma saída de campo à planície costeira ao sul do Rio da Prata e Canal 15 (Bahia Samborombón), com a finalidade de: a)
reconhecer as diferentes unidades geomorfológicas vinculadas à evolução da região; b) reconhecer as diferentes fácies sedimentares que
compõem a seqüência de nível de mar alto do Holoceno superior (sistemas de cordões litorâneos e ambientes associados); c) observar os
afloramentos da última transgressão marinha do Pleistoceno. Os interessados devem contactar os organizadores.
4) Paleoclimas da América do Sul. Este simpósio tem por objetivo reunir contribuições sobre as mudanças climáticas na América do Sul,
com ênfase no último ciclo glacial e compreender melhor as conseqüências das mudanças climáticas previstas para os próximos anos. Serão
aceitos trabalhos de reconstrução paleoclimática utilizando diferentes “proxies” assim como modelos numéricos de climas passados e futuros.
5) Estudos Multidisciplinares em Arqueologia. Este simpósio tem o propósito de mostrar um panorama atualizado das linhas de
investigação multidisciplinares desenvolvidas na Arqueologia da América do Sul. Busca ainda integrar os estudos realizados com enfoques
distintos (ecológicos, biogeográficos, evolutivos, arqueologia da paisagem, entre outros), por diversas subdisciplinas (zooarqueologia, tafonomia,
arqueobotânica, geoarqueologia) e que envolvam distintas evidências (sedimentos, carvões, restos faunísticos, pólen, diatomáceas, fitólitos,
estomatocistos de crisófitas, espículas de esponjas, etc. ). Desta forma, busca-se englobar apresentações que utilizem ferramentas analíticas e
conceitos das ciências geológicas e biológicas para resolver problemas arqueológicos em distintas escalas espaço-temporais. A partir do
tratamento de temas como os mencionados acima e outros que surjam dos próprios participantes, se espera estabelecer um ambiente aberto de
discussões sobre os últimos avanços, novas metodologias e perspectivas futuras dos estudos multidisciplinares. Em última instância, busca-se
avaliar sua importância para compreender de maneira mais completa o registro arqueológico e, por conseguinte, as populações humanas do
passado.
6) Geologia e Geomorfologia de Planícies. Este simpósio tratará sobre a origem e distribuição das principais coberturas terciário-
quaternárias presentes nesta parte do território americano. Incluirá análises das características sedimentológicas, geoquímicas, estratigráficas,
geomorfológicas e geocronológicas, entre outras.
7) Tectônica do Quaternário. Recentemente um número importante de investigações tratam sobre os efeitos da tectônica nos diferentes
ambientes de erosão e acumulação quaternários. O objetivo deste Simpósio é discutir criticamente os efeitos destes fenômenos em áreas
costeiras e continentais.
8) Pedologia, Paleopedologia e seu Significado Paleoclimático. O simpósio tem o objetivo de desenvolver, discutir e integrar
os aspectos básicos e aplicados dos processos pedológicos e paleopedológicos vinculados à Geologia do Quaternário e à Geomorfologia e sua
importância como indicadores paleoclimáticos. Permitirá a inclusão de temas multidisciplinares, desde aqueles conceituais da Paleopedologia
em Ciências da Terra (Geologia, Pedologia, Estratigrafia, Arqueologia), até a apresentação de casos e técnicas de estudo tradicionais e
inovadoras. Inclui ainda o desenvolvimento de conceitos taxonômicos sob os pontos de vista pedológico e estratigráfico.
9) Desertificação e Ocupações Humanas. O simpósio tem como objetivo oferecer um espaço de discussão sobre os mecanismos
climáticos e/ou antropogênicos geradores de processos de desertificação das terras em regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas da América
do Sul e sua extensão espaço-temporal, com um enfoque multidisciplinar e integrado. Neste sentido se analisará a inter-relação entre
mudanças ambientais e ocupações humanas, através de indicadores geológico-geomorfológicos, históricos e arqueológicos. Serão discutidos
os mecanismos deste processo em diferentes regiões, tanto em função da variabilidade climática e das ocupações em tempos históricos, com
relação ao manejo do espaço (ou paisagem). Serão consideradas também contribuições científicas sobre os prováveis efeitos das mudanças
climáticas em áreas desertificadas.
O Simpósio constituirá, sobretudo, um espaço para elaboração de recomendações ou estratégias de mitigação e controle da desertificação que
contemplem o manejo sustentável do solo e da água e que contribuam para melhorar a qualidade de vida dos habitantes destas áreas,
representados geralmente por comunidades indígenas ou populações rurais. Assim se espera contar com o aporte de disciplinas tais como:
geomorfologia, hidrologia, arqueologia, geoarqueologia, climatologia e pedologia, entre outras.
Limites Período mais recente da Escala Geológica 2,6 milhões de anos até o dia atual
ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO
ÉON ERA PERÍODO
FANEROZÓICO
PROTEROZÓICO
ARQUEANO
HADEANO
CENOZÓICO
MESOZÓICO
PALEOZÓICO
QUATERNÁRIO
TERCIÁRIO
CRETÁCEO
JURÁSSICO
TRIÁSSICO
PERMIANO
PENSILVANIANO
MISSISSIPIANO
DEVONIANO
SILURIANO
ORDOVICIANO
CAMBRIANO
CARBONÍFERO
1,8 (2,6 INQUA)
65
144
206
248
290
323
354
417
443
490
540
MILHÕES ANOS
ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO
PERÍODO
QUATERNÁRIO
TERCIÁRIO
CRETÁCEO
JURÁSSICO
TRIÁSSICO
PERMIANO
PENSILVANIANO
MISSISSIPIANO
DEVONIANO
SILURIANO
ORDOVICIANO
CAMBRIANO
2,6
65
144
206
248
290
323
354
417
443
490
540
DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS E ANIMAIS
IDADE DOSMAMÍFEROS
IDADE DOSRÉPTEIS
IDADE DOSANFÍBIOS
IDADE DOS PEIXES
IDADE DOSINVERTEBRADOS
HUMANÍDEOS
EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROSE OUTRAS ESPÉCIES
1as. plantas angiospermas1as. aves
DINOSSAUROS dominam
EXTINÇÃO TRILOBITA E OUTROS
1os. répteisGrandes pântanos
ANFÍBIOS abundantes1os. fósseis de insetos
PEIXES dominam1as. plantas terrestres
1os. peixesTRILOBITAS dominam
1os. organismos com conchas
Quaternário – Limites e definições
Idade do Gelo : limites climáticos, calibrados pela evolução de fauna e flora
Limite entre Plioceno (Neogeno ou Terciário) e o Pleistoceno 2,6 milhoes anos
antes do presente
Marco a primeira das grandes glaciação globais
(alguns indicadores como os isótopos de O, polens, foraminíferos indicam que
o esfriamento tenha ocorrido desde 5Ma ap.)
Limite entre Pleistoceno e Holoceno Início do ultimo periodo interglacial
11 mil anos ap.
Extinção em massa de vários mamíferos e proliferação do homem
Homo sapiens sapiens
Culturamente: Quaternário PLEISTOCENO protopaleolítico; paleolitico;
HOLOCENO mesolítico e neolítico
Mesolitico 12 mil anos (alguns locais) neolitico (revolução neolítica 10 mil anos)
Aquecimento e aumento do nível dos mares
Florestas, rios , desertos definição dos ecossistemas
Desaparecimento de animais de grande porte : aprecimento da fauna de hoje
O homem aprende aos poucos a reproduzir plantas, domesticar animais e estocar alimentos.
A agricultura e a domesticação de animais favorecem um sensível aumento populacional em
algumas regiões.
Ampliam-se as conquistas técnicas, como a produção de cerâmica.
Os povos aprendem aos poucos como se organizar e trabalhar em sistemas cooperativos.
Os estudiosos acreditam que como o homem da Idade da Pedra não conhecia a escrita, ele
gravava desenhos nas paredes das cavernas, que utilizava como meio de comunicação.
A transição do Neolítico para a Idade dos Metais (Idade do Bronze e Idade do Ferro)
caracterizou a transição da Pré-História para a História
A escrita: marco da transição pré histórica para história
ALPES E RENO ILHA
BRITANICAS
NORTE DA
EUROPA
AMERICA DO
NORTE
Posição do
Pleistoceno
WURN NEWER DRIFT WEICHSEL WISCONSIN Superior
RISS GRIPPING SAALE ILLINOIAN Superior
MINDEL LOWSTOFT ELSASTER KANSAN Médio
GUNZ NEBRASKAN - - Inferior
DONAU - - - Inferior
As principais glaciações do Quaternário. Nomeclatura é diferente para cada região
Adaptada de Salgado-Labourian 1994
ALPES E RENO ILHA
BRITANICAS
NORTE DA
EUROPA
AMERICA DO
NORTE
Posição do
Pleistoceno
WURN NEWER DRIFT WEICHSEL WISCONSIN Superior
RISS GRIPPING SAALE ILLINOIAN Superior
MINDEL LOWSTOFT ELSASTER KANSAN Médio
GUNZ NEBRASKAN - - Inferior
DONAU - - - Inferior
ALPES E
RENO
ILHA
BRITANICAS
NORTE DA
EUROPA
AMERICA DO
NORTE
Posição do
Pleistoceno
WURN NEWER
DRIFT
WEICHSEL WISCONSIN Superior
RISS GRIPPING SAALE ILLINOIAN Superior
MINDEL LOWSTOFT ELSASTER KANSAN Médio
GUNZ NEBRASKAN - - Inferior
DONAU - - - Inferior
O Neolítico – idade da Pedra PolidaMetais e artefatos
8.200 a.C
10 – 11000 anos AP
AGRICULTURADOMESTICAÇÃO DE ANIMAISCOMERCIOTECIDOS DE LÃ, LINHO E ALGODÃO
TERMINOU COM A ESCRITA
3200 a C ou 5200 a.p
PRÉ HISTÓRIA PARA A HISTÓRIA
neolítico
O QUATERNÁRIOG. Arduíno (1714-1795) a partir da classificação litoestratigráfica na Itália
Primário – rochas mais antigasSecundário – rochas antigas
Terciário sedimentos cascalhosos, arenosos e argilosos, ricos em fósseis e planícies e colinas mais baixas
1810 o termo terciário fora ocificalizado na nomeclatira estratigráfica quando CUVIER (1769-1832) classificou a Bacia de Paris
1829 Desnoyers introduziu o termo Quaternário par os depósitos marinhhos superposto aos sedimentos terciários da Bacia de Paris
1833 o Quaternário é oficializado referindo-se aos depóstios com fósseis de animais e vegetais atuais.
PRIMARIO – PALEOZOICO
SECUNDÁRIO – MESOSOICO
TERCIÁRIO – CENOZOICO
A ERA CENOZOICA MANTEM OS TERMOS TERCIÁRIO E QUATERNÁRIO PARA PERIODO
Pleistoceno: deposito pós plioceno com 70% de moluscos hoje viventes (lyell)
e HOLOCENO ou RECENTE contendo as espécies viventes
Lyell sugere o QUATERNÁRIO como a IDADE DO GELO
ERA CENOZOICA 65 milhões de anos a hoje...
PeriodosTerciário 65 Ma a 2,6 M.a Quaternário 2,6 M.a a hoje...
Épocas do Período Quaternário:
Pleistoceno 2,6 M.a 11 mil anos (m.a) Holoceno 11 mil anos a hoje
SUBDIVISÃO NÃO É ADOTADA POR TODOS OS GEÓLOGICOS
CENOZOICO (3 PERIODOS)
1 PALEÓGENO (incluindo/substituindo paleoceno, eoceno, oligoceno)2 NEÓGENO ((incluindo/substituindo mioceno e plioceno)
3 QUATERNÁRIO (tb atualmente com nomeclatura e limites sendo discutidos...)
Evolução do gênero Homo
• Homo habilis
º Rio Omo e Hadar, Etiópia (2,3-1,5 m.a.a)
º Lago Turkana; Garganta Olduvai
º Pequenos, braços longos e pernas curtas; bípede, dieta com carne e gordura animal; aumento do neocórtex >vida social ativa; grande face e aparelho mastigador; primeiros artefatos líticos (Etiópia) –
Origem do H. sapiens
• Segundo ARSUAGA, o
Homo antecessor é o
ancestral comum
de neandertais e sapiens
Homo ergaster e/ou Homo erectus
º Lago Turkana, Quênia (2 - 1 m.a.a.)
º Mais alto, de proporções mais próximas às humanas; os bifaces (machados, talhadores e picaretas) aparecem a 1,6 milhões de anos; caçava e comia carniça;
º Java e China (H. ergaster ou H. erectus?) – maior coleção de ossos de H. erectus> China
Homo sapiens sapiens
• Surgem a 100 - 40 mil anos, durante a última glaciação
º Fim dos neandertais – auge da última glaciação, 30 mil anos
(Left) Homo erectus skull.
(Right) Homo sapiens skull.
Ötzi: o homem do gelo
•Encontrado em 1991 no Maciço Ötztal (Alpes)
•Originário da Europa Central (Tirol, Itália)
•Viveu há cerca de 5300 anos
•Media 1,59m•Não possuia 12º par de costelas •Esteve seriamente doente pelo menos 3 vezes•Morreu aos 46 anos, provavelmente por uma flechada
Corpo de Ötzi, alguns de seus objetos e material biológico do ambiente em que viveu
Pintura rupestre realista encontrada na caverna de Chauvet (França), datada do Paleolítico Superior (entre 32,5 e 30,5 mil anos).