geologia 10º

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    Unidade 1 A Terra e os seus subsistemas em interao

    A Geologia uma cincia que procura dar resposta a dois tipos de questes: por um lado,

    compreender a origem da Terra e a sua evoluo ao longo do tempo e, por outro, conhecer anatureza dos materiais terrestres bem como os processos dinmicos que ocorrem superfciee em profundidade.

    Um sistema e, por consequncia, um subsistema podem definir-se como um conjunto deelementos em interaco que formam um todo complexo. Relativamente a qualquer sistemapode considerar-se uma fronteira ou limite que separa o seu meio interno do universo exteriorenvolvente. Sempre que essa fronteira permite trocas de matria e energia entre o universoenvolvente e o interior do sistema, o mesmo diz-se aberto. Uma vez que o sistema Terraefectua basicamente trocas de energia com o meio exterior, no sendo significativas as trocasde matria, considera-se a Terra como um sistema fechado. Para alm desta caracterstica,

    pode considerar-se a Terra como um sistema composto, uma vez que o resultado dainteraco de vrios subsistemas abertos: a hidrosfera, a atmosfera, a biosfera e a geosfera.

    Interaco entre os diferentes subsistemas

    A hidrosfera integra toda a gua existente superfcie terrestre, no estado slido (criosfera),lquido e gasoso. Da totalidade da gua existente, calcula-se que 97,2% preencha os oceanosna sua forma lquida, 2,2% esteja no estado slido nos glaciares e calotes polares, enquanto0,6% estar nas zonas continentais da superfcie da geosfera. Note-se que apenas 0,02%

    da gua lquida enche os lagos e os rios e apenas um milsimo por cento estar na atmosferasob a forma de vapor ou nuvens. Do total de gua, apenas 0,03% so movimentados cada ano,

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    atravs de fenmenos de evaporao, fuso, transpirao, precipitao, infiltrao eescorrncia associados ao ciclo da gua. Esse movimento gerado atravs da energia solar queatinge a Terra , em grande parte, responsvel pela notvel alterao da superfcie dageosfera.

    A atmosfera um subsistema fluido, de natureza essencialmente gasosa, que envolve todo o

    globo terrestre. constituda por uma mistura de gases que integra fundamentalmente azoto,oxignio, dixido de carbono e vapor de gua. A sua primeira camada (troposfera) constitui umsistema complexo e dinmico que mantm condies favorveis existncia da vida na Terra.A camada seguinte, que se estende de 12 km at cerca de 48 km, designa-se por estratosfera e caracterizada pela presena do ozono, um gs importante na filtrao de parte da radiaoultravioleta da luz solar. Este subsistema estende-se at cerca de 500 km de altitude, comprogressiva diminuio dos valores de presso, temperatura e densidade.

    A geosfera, composta essencialmente por oxignio, ferro, slica e magnsio, corresponde parte superficial slida da Terra bem como s vrias camadas do seu interior que sediferenciam quer quimicamente, quer sob o ponto de vista fsico. A geosfera constitui um

    sistema cujo dinamismo se manifesta de formas to variadas como o movimento das placastectnicas e os fenmenos vulcnicos e ssmicos.

    A biosfera corresponde ao subsistema que integra todos os seres vivos existentes na Terra,bem como toda a matria orgnica que ainda no foi decomposta. Os seres vivos, tal como osconhecemos actualmente, so o resultado de um processo evolutivo que se ter iniciado hcerca de 3,8 mil milhes de anos.

    .

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    Unidade 2 As rochas, arquivos que relatam a histria

    da Terra

    Rochas Sedimentares

    Rochas Magmticas BIOLOGIA 11

    Rochas Metamrficas

    Ciclo das rochas

    Os trs grupos de rochas - magmticas, sedimentares e metamrficas, transformam-se

    continuamente na natureza num conjunto de processos geolgicos denominado o Ciclo dasRochas.

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    O ciclo das rochas:

    Aps arrefecimento, o magma solidifica originando rochas magmticas. Estas podem-seformar-se superfcie devido a processos vulcnicos, ou no interior da crusta.

    Uma vez expostas superfcie, as rochas sofrem meteorizao e eroso, processos promovidosfundamentalmente pela gua e pelo ar, originando sedimentos. Estes depois de transportadospela gua e pelo vento, depositam-se em zonas deprimidas da crosta continental ou ocenica.Devido a fenmenos de subsidncia, os materiais da crosta vo afundando aumentando apresso e a temperatura. Originam ento rochas sedimentares.

    Com o continuar do processo de subsidncia crustal, em que a presso e a temperaturaaumentam, as rochas sofrem recristalizaes no estado slido dos seus minerais. Surgemas rochas metamrficas.

    Caso a temperatura ainda aumente mais as rochas fundem originando-se o magma, que pode

    voltar a formar novamente rochas magmticas.

    Unidade 3 A medida do tempo e a idade da Terra

    A descoberta da radioactividade e a interpretao dos seus resultados permitiu a utilizao dodecaimento radioactivo dos elementos para a datao terrestre, surgindo, deste modo,a datao absoluta. Os fsseis de idade foram outro elemento utilizado para a datao daTerra - datao relativa.

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    A datao absoluta e a datao relativa so dois processos de datao das rochas, permitindo-nos obter uma idade radiomtrica ou absoluta e uma idade relativa, respectivamente.

    A datao relativa, como o nome indica, no permite obter uma idade absoluta, isto , emvalores numricos, mas uma comparao de idades. Pelo contrrio, a datao

    absoluta permite-nos obter um valor numrico para uma determinada idade. Por exemplo, sedisseres que o Jos tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, ests a efectuar uma dataoabsoluta, mas se disseres que o Pedro mais novo do que o Jos, ento efectuaste umadatao relativa.

    Idade relativa

    A idade relativa, obtida por um processo de datao relativa, no nos permite determinar umvalor numrico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos

    apenas estabelecer relaes entre os seus diferentes constituintes.

    A datao relativa apoia-se na posio relativa dos estratos (princpio da horizontalidade eprincpio da sobreposio dos estratos) e na presena de fsseis de idade (princpio dosincronismo ou da identidade paleontolgica)

    Princpio da horizontalidade

    Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, isto , os sedimentos depositam-sehorizontalmente medida que vo chegando bacia de sedimentao, por efeito gravtico.

    Os sedimentos depositam-se na horizontal

    Princpio da sobreposio dos estratos

    Numa sequncia estratigrfica no deformada, um estrato mais recente sobrepe-se a umestrato mais antigo, o que significa que os estratos sero tanto mais antigos quanto maisprofundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontraremna sequncia estratigrfica.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-medida-do-tempo-e-a-idade-da-terra/sedimenta%C3%A7%C3%A3o.jpg?attredirects=0
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    Os tomos iniciais de um istopo radioactivo (istopo-pai) so incorporados na estrutura dosminerais, aquando da gnese desses minerais, logo, da rocha que os contm. Como esteselementos so instveis, o ncleo dos seus tomos desintegra-se espontaneamente,libertando radioactividade, isto , energia sob a forma de calor e radiaes, originando um

    novo istopo, o istopo-filho. Este istopo-filho mais estvel que o istopo-pai, ocorrendo adesintegrao sempre no sentido de obteno de istopos-filhos cada vez mais estveis.A semivida, meia--vida ou perodo de semitransformao corresponde ao tempo necessriopara que ocorra a desintegrao de metade do nmero inicial de istopos-pais de umaamostra, originando istopos-filhos estveis. Os valores de semivida obtidos numadeterminada rocha, at actualidade, permitem-nos datar radiometricamente essa rocha.

    Curva de decaimento do istopo-pai em istopo-filho

    As rochas magmticas, ao contrrio das rochas sedimentares e metamrficas, so rochas quepodem ser sujeitas a este mtodo de datao. As rochas metamrficas e as rochassedimentares resultam da acumulao e da transformao (diagnese ou metamorfismo) desedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja determinada a idadeabsoluta da sua gnese. O mtodo de datao radiomtrica baseado no facto de os istoposradioactivos se desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo dotempo para cada um dos diferentes elementos radioactivos. A velocidade de decaimento no afectada pelas condies ambientais (temperatura, humidade, presso), o que torna o seuvalor especfico do elemento e no das condies a que esse elemento est sujeito.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-medida-do-tempo-e-a-idade-da-terra/data%C3%A7%C3%A3o%201.jpg?attredirects=0https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-medida-do-tempo-e-a-idade-da-terra/curva.jpg?attredirects=0
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    Com os mtodos de datao relativa, datao absoluta e com base nos estudos petrogrficos possvel desvendar os segredos da geologia de uma determinada regio.

    Combinando a datao absoluta realizada em lavas (rochas magmticas), com princpios dedatao relativa foi possvel estudar e posicionar os vestgios encontrados de homindeos emfrica.Estes mtodos de datao so mais eficazes quando aplicados a rochas magmticas. Ummagma no momento em que inicia o processo de solidificao, seja em profundidade seja superfcie, incorpora uma certa quantidade de istopos radioactivos, ao passo que aquantidade de tomos-filho, nesse momento, nula.

    Na datao de rochas metamrficas e de rochas sedimentares, estes mtodos apresentamalgumas limitaes. Se tivermos em conta que as rochas metamrficas resultam de

    modificaes, devidas a presso e temperatura, sofridas por outras rochas, o metamorfismoque as afectou no elimina os tomos-filho que elas possam conter nesse momento e, dessaforma, obtm-se uma idade superior que deveria corresponder ltima fase demetamorfismo. No caso das rochas sedimentares, um dos seus principais grupos (rochasdetrticas) resulta de processos de meteorizao de rochas pr-existentes, pelo que a suadatao radiomtrica tambm apresenta evidentes limitaes.

    Para contornar estas limitaes, deve-se estudar com bastante pormenor as relaes noterreno entre os diferentes grupos de rochas. Assim, em locais onde ocorram afloramentoscom mais do que um tipo de rocha, podem-se datar as rochas magmticas por dataoabsoluta e, em seguida, estabelecer uma equivalncia com os restantes fenmenos geolgicos

    que se encontrem representados na rea em estudo.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-medida-do-tempo-e-a-idade-da-terra/data%C3%A7%C3%A3o%20de%20homin%C3%ADdeos.jpg?attredirects=0
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    Memria dos tempos geolgicos

    As informaes resultantes tanto de dataes relativas como, mais tarde, de dataesabsolutas, permitiram aos gelogos a elaborao de escalas de tempo geolgico. Estasrepresentaes esquemticas da histria da Terra, que vo sofrendo alteraes medida que

    novas e pertinentes informaes vo sendo recolhidas, representam sequncias de divises dotempo geolgico, sendo as respectivas idades registadas em milhes de anos. Nestas escalas,as divises mais alargadas de tempo designam-se por eons.Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divises de durao inferiorchamadas eras, cada uma das quais se subdivide em perodos que, por sua vez, se dividemainda em pocas. As transies entre as diferentes divises correspondem sobretudo amomentos de grandes extines ocorridas no passado e testemunhadas pelo registo fssil. Porexemplo, a fronteira temporal associada transio entre o Perodo Cretcico, da EraMesozica, e o Tercirio, j da Era Cenozica, est colocada nos 66,4 milhes de anos, uma vezque os fsseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e vegetais,aparecem pela ltima vez em estratos rochosos cuja datao absoluta revelou a idade de 66,4

    milhes de anos, facto que permite considerar que essas espcies se extinguiram nessa altura.

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    Unidade 4 A Terra, um planeta em mudana

    Princpios bsicos do raciocnio geolgico

    Catastrofismo - uma corrente de pensamento segundo a qual as alteraes que ocorrem na

    Terra so consequncia de fenmenos sbitos e causados por acontecimentos catastrficos.

    Defendida por Georges Cuvier, est muito ligada aos ideais religiosos e a causas sobrenaturais.

    Uniformitarismo teoria segundo a qual a Terra devia o seu aspecto ao caracter lento,dinmico e repetitivo dos fenmenos naturais, cujos efeitos se fariam notar em resultado da

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    acumulao de pequenas alteraes, ao longo de um perodo de tempo muito prolongado. Ateoria do Uniformitarismo assenta em duas ideias base:

    os acontecimentos geolgicos do passado resultam de foras naturais idnticas s que

    se observam actualmente. os acontecimentos geolgicos so o resultado de lentos e graduais processos da

    natureza (Gradualismo).

    Neocatastrofismo a conciliao entre as vises uniformitarsta e catastrofista, defendendo

    que a Terra se vai alterando custa de processos naturais lentos, mas que, ocasionalmente,

    sofre alteraes profundas.

    Actualismo - Defende que "o presente a chave do passado", o passado pode ser explicado

    com base do que se observa hoje, uma vez que as causas de determinados fenmenos dopassado so idnticos aos que provocam o mesmo tipo de fenmeno no presente.

    Mobilismo geolgico. As placas tectnicas e os seus movimentos

    Aos movimentos laterais de massas continentais d-se o nome de mobilismo geolgico.

    A Teoria da Deriva dos Continentes, apresentada por Alfred Wegener, afirma que os

    continentes j teriam estado reunidos numa nica massa cintinental, Pangea, de cuja

    fragmentao teria resultado a sua deslocao para as posies actuais.

    Mais tarde surgiu a Teoria da Tectnica de Placas que explica a origem da deriva doscontinentes relacionando-a com a origem e distribuio dos fenmenos ssmicos e vulcnicos.

    A litosfera constituda por placas e encontra-se sobre a astenosfera, que se comporta como

    um fluido. As correntes de conveco existentes na astenosfera transmitem litosfera a

    dinmica responsvel pela sua fragmentao em grandes blocos, chamados placas litosfricas

    ou placas tectnicas. Como consequncia desta movimentaao, grande parte da instabilidade

    geolgica concentra-se ao longo das regies de fronteira interplacas. nessas regies que se

    formam as cadeias montanhosas e que tem origem grande parte dos sismos e vulces.

    De acordo com a movimentao de duas placas tectnicas, podero existir:

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    limites divergentes, em que o mivimento de afastamento (formao de litosfera);

    limites convergentes, em que as duas placas tendem a colidir (destruio de litosfera

    e/ou formao de cadeias montanhosas);

    limites conservativos ou tangenciais, em que a deslocao das placas se faz segundo a

    direcao do limite que as separa (deslocao das placas em sentidos opostos sem

    destruiao ou contruao de placa).

    Unidade 5 Formao do Sistema Solar

    Provvel origem do Sol e dos planetas

    A teoria actualmente mais aceite relativamente formao do Sistema Solar a hiptesenebular. Segundo essa hiptese, o Sistema Solar teria sido originado, h cerca de 4600 M.a., apartir de uma vasta nuvem de gs e poeiras - a nbula solar -, num processo evolutivo a que seassocia a seguinte sequncia de acontecimentos (clique na imagem para ampliar):

    Contraco da nbula graas existncia de uma fora de atraco gravtica gerada peloaumento de massa na regio central da nebulosa. Esta contraco da nbula terprovocado oaumento da sua velocidade de rotao.Achatamento at forma de disco, com uma massa densa e luminosa de gs em posiocentral, o proto-sol, correspondente a cerca de 99% da massa da nbula.Durante o arrefecimento do disco nebular, em torno do proto-sol ter-se- verificado acondensao dos materiais da nbula em gros slidos.

    As regies situadas na periferia arrefeceriam mais rapidamente que as prximas da estrela emformao. Uma vez que a cada temperatura corresponde a condensao de um tipo dematerial com determinada composio qumica, ter ocorrido uma separao mineralgica deacordo com a distncia ao Sol.

    Em cada uma das zonas do disco assim originadas, a fora da gravidade provocaria aaglutinao de poeiras, que formariam pequenos corpos chamados planetesimais, com

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/a-formacao-do-sistema-solar/Sistema%20Solar%20-%20Origem.jpg?attredirects=0
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    dimetro de cerca de 100 m. Os maiores desses corpos atraram os mais pequenos,verificando-se a coliso e o aumento progressivo das dimenses dos planetesimais. Todo esteprocesso, denominado acreo, conduziu formao de corpos de maiores dimenses, osprotoplanetas, e, posteriormente, aos planetas.

    Nessas condies de elevada temperatura, a Terra e outros planetas terc sofrido doisfenmenos que contriburam para a sua configurao actual: dife-renciao e desgaseificao.

    O primeiro fenmeno, resultante do movimente dos materiais mais densos para o interior da

    Terra, por aco da fora da gravidade, contribuiu para a actual disposio concntrica dasdiferentes camadas que a constituem com valores decrescentes de densidade do centro para aperiferia. O segundo, traduzido na libertao de grandes quantidades de vapor de gua eoutros gases do seu interior, estaria na origem da formao da atmosfera primitiva, uma vezque a fora gravtica do nosso planeta suficientemente forte para reter os gases que selibertavam do seu interior.

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    Este modelo terico suportado por uma vasta quantidade de factos observados, dos quais sedestacam os seguintes:

    Os planetas mais prximos do Sol so essencialmente constitudos por materiais mais densos

    e com pontos de fuso mais altos (silicatos, ferro e nquel), enquanto os mais afastados so

    ricos em elementos gasosos (hidrognio e hlio). Esta constatao coerente com a ideia deque ter havido ma condensao de elementos pouco volteis em regies com temperaturaselevadas mais prximas do Sol e a mantidas pela atraco gravtica e de elementos muitovolteis em regies mais afastados mais frias e de menor interaco gravtica com o Sol.

    Todos os planetas realizam movimentos orbitais (translaes) regulares, com a mesma

    direco quase complanares (realizadas no mesmo plano), o que apoia a ideia de achatamentoda nebulosa inicial com uma rotao em torno de um eixo onde se situaria o proto-sol.

    A datao de vrios materiais do Sistema Solar aponta para a mesma idade da Terra e dos

    restantes corpos do Sistema Solar. Tal observao d consistncia ideia de um processo de

    formao simultneo.

    A existncia de meteoritos, asterides e cometas, bem como a observao de crateras deimpacto e Mercrio, na Lua, em Marte e na prpria Terra, permite considerar razovel oprocesso de acreo.

    Planetas, Planetas anes e pequenos corpos do Sistema Solar

    O Sistema Solar tem como centro uma estrela, o Sol, volta da qual giram os planetas, osplaneta -anes e pequenos corpos onde se incluem os asterides e os cometas.

    Planetas

    De acordo com as suas caractersticas, os planetas so agrupados em planetas telricos ouinteriores (Mercrio, Vnus, Terra e Marte) e planetas gigantes ou exteriores (Jpiter, Saturno,Urano e Neptuno), separados pela cintura de asterides. Orbitando a maior parte dos planetasencontram-se as luas ou satlites.Na tabela seguinte comparam-se as principais caractersticas dos planetas telricos e gigantes.

    Asterides

    Os asterides so corpos rochosos que se movimentam principalmente entre as rbitas de

    Marte e Jpiter, formando um gigantesco anel denominado cintura de asterides. Osasterides tm tamanhos relativamente pequenos, sendo as suas formas muito variveis:desde as esfricas, no caso dos asterides de grandes tamanhos, s irregulares, no caso dosmais pequenos. Para alguns cientistas, os asterides correspondem a material interplanetrioque no foi capaz de se aglutinar e dar origem a um planeta. Uma hiptese menos provvelafirma que os asterides so restos de um planeta que se ter fragmentado em temposremotos.

    De um modo geral, podemos dizer que todos os asterides tm na sua constituio nquel,ferro e silicatos. Alguns destes corpos celestes so considerados como "relquias" da matriaprimitiva do Sistema Solar, fornecendo-nos importantes conhecimentos sobre a composio

    da nbula e a formao do Sistema Solar.

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    Os ncleos dos cometas, a par dos condritos carbonceos, so dos corpos mais primitivos do

    Sistema Solar, pois no sofreram diferenciao. A sua composio qumica fornece-nos, pois,

    indicaes preciosas sobre a nbula originria do Sistema Solar.

    Unidade 6

    A Terra e os Planetas TelricosPor altura da sua formao os planetas seriam muito quentes, essencialmente por trsrazes distintas:

    devido acumulao do calor resultante da violncia dos inmeros choques dosmeteoritos, associados ao processo de acreo;

    devido radioactividade natural dos tomos instveis existentes na nebulosa inicial.

    Estes tomos (por exemplo, o urnio e o trio) incorporam-se nos planetesimais,acabando por fazer parte da massa do planeta. A vo-se desintegrando ao seu prprio

    ritmo, libertando grandes quantidades de energia calorfica;

    devido compresso gravtica resultante do aumento de massa dos planetas. Acompresso provoca um aumento de presso no interior do planeta com oconsequente aumento de temperatura.

    Manifestaes da Actividade Geolgica

    O calor assim acumulado continua a dissipar-se, constituindo a principal fonte de energia

    capaz de sustentar a geodinmica interna de alguns planetas.Apesar de possurem caractersticas semelhantes relativamente sua composio e estrutura,os planetas telricos manifestam diferenas significativas justamente no que diz respeito suaactividade geolgica, quer interna quer externa.

    Nos planetas geologicamente activos os fenmenos dinmicos so fundamentalmenteconsequncia: da influncia da atmosfera sobre a superfcie, responsvel pela meteorizao e pela erosodos materiais rochosos. Estes efeitos so particularmente notrios em Marte, onde severificam intensas tempestades de areia, e na Terra, onde a gua o principal agentemodelador da superfcie;

    do calor interno dos planetas, responsvel pelos movimentos convectivos que esto na

    origem do vulcanismo (Vnus, Terra), dos sismos (para alm da Terra, so provavelmentefrequentes em Marte e em Vnus) ou dos movimentos tectnicos (observados na Terra).

    Nos planetas geologicamente inactivos, ou geologicamente mortos, como Mercrio, aquelesfenmenos tm uma expresso muito reduzida. Tal facto resulta quer da ausncia deatmosfera (em virtude da sua pequena massa com a consequente fraca atraco gravtica),quer das reduzidas quantidades de calor interno. Apesar da sua inactividade actual, Mercrioevidencia sinais de vulcanismo antigo, provavelmente induzido pelos choques de asterides,comprovados pelas inmeras crateras de impacto, numa fase inicial da sua existncia, quando

    ainda se encontrava muito quente. Note-se que a ausncia de atmosfera em Mercrio e aconsequente inexistncia de eroso permitem a persistncia das crateras de impacto. A

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    ausncia de atmosfera provoca enormes amplitudes trmicas na superfcie do planeta,responsveis por alteraes pouco significativas dessa superfcie.

    Sistema Terra-Lua

    O estudo do satlite terrestre revela-se do maior interesse para o conhecimento da histria donosso prprio planeta, uma vez que ao longo dos tempos a superfcie e a estrutura da Luaapresentam praticamente as suas caractersticas de origem. Esta natureza quase "fssil" daLua permite inferir das condies associadas aos primeiros tempos da histria da Terra, poisno existem no nosso planeta testemunhos com idade inferior a 3800 M.a., devido suaactividade geolgica interna e externa.

    De entre os aspectos que mais contriburam para o nosso conhecimento dos primrdios doSistema Solar, destacam-se o estudo da morfologia da superfcie lunar e dos materiaisrochosos colhidos nessa superfcie. Esse estudo permitiu a caracterizao de regies com

    diferente natureza estrutural:

    Mares lunares - so superfcies planas e baixas constitudas por rochas escuras de naturezavulcnica (basaltos), razo pela qual reflectem apenas 6% a 7% da luz solar incidente. Estasregies ocupam cerca de um tero da superfcie lunar e predominam na sua face visvel. Comidades relativamente recentes (da ordem dos 3160 M.a.), devem ter resultado de actividadevulcnica induzida pelos impactos que a Lua ter sofrido aps a sua fase de formao. Essesmateriais vulcnicos teriam preenchido algumas depresses existentes, originando essas zonasplanas.

    Formao dos Mares - Fenmenos vulcnicos permitem o enchimento de crateras de impacto por lavas, formando regies escurase planas que constituem os mares lunares.

    Continentes lunares - so zonas altas e acidentadas, formadas por rochas claras, quepredominam na face oculta. Encontram-se densamente marcados por crateras de impacto quedatam da poca da formao da Lua. Nestas estruturas encontram-se, portanto, as rochasmais antigas. Estas zonas so mais claras, reflectindo cerca de 18% da luz do Sol que nelasincide. A rea ocupada pelos continentes corresponde a dois teros da rea total da Lua.

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    Os continentes lunares so formados essencialmente por anortosito. So regies claras e derelevo acidentado. Os mares so regies ricas em basaltos, sendo mais planas.

    Quando comparada com a Terra, a Lua apresenta uma massa e densidade mais reduzidas. Estefacto confere-lhe um fraco poder gravitacional que no possibilita a reteno de umaatmosfera. Esta propriedade, juntamente com a ausncia de gua, faz com que, na Lua,praticamente no exista eroso, para alm daquela que resulta do impactismo. Esta reduzidaactividade geolgica externa associada a uma actividade interna quase ausente, reduzida araros sismos, tornam a Lua um satlite geologicamente inactivo ou morto. Devido a este facto, possvel encontrar na superfcie lunar, sobretudo nos continentes em regies menosafectadas por crateras de impacte, materiais rochosos correspondentes aos primeiros milmilhes de anos do Sistema Solar, bem como matria csmica proveniente da nuvem queoriginou este.

    Unidade 7

    A Terra, um planeta nico a proteger

    (ver livro, pg.113)

    A Terra no apenas o nosso planeta, ela constitui a nossa nica possibilidade de vida, ela aherana para os nossos filhos e netos. A Terra, com a sua atmosfera rica em oxignio, que nospermite respirar, com a camada de ozono, que nos protege das radiaes ultravioletas, com agua, que nos evita a desidratao, e com as suas amenas temperaturas, oferece-nos o quenenhum dos milhares de estrelas, planetas ou outros corpos astrais nos consegue dar - a vida.

    Este seria um muito bom motivo para a protegermos e a preservarmos para as geraes

    futuras. No entanto, diariamente, as agresses Terra continuam sob as mais variadas formas.A caa ilegal e excessiva continua, as leis de proteco s espcies no so respeitadas, osincndios espalham-se to rapidamente, quanto rapidamente se deitam esgotos de todo otipo para as guas dos rios e oceanos. O Homem delapida rapidamente os recursos minerais eos recursos biolgicos, no paran-do para reflectir que, uma vez esgotado um recurso, esteno se renova, antes arrasta consigo duas ou trs espcies que dele dependem, queconduziro extino de outras espcies/recursos.

    A Terra um sistema fechado, equilibrado, em que os prprios subsistemas se auto-regulam.Ao Homem caber a funo de manter inalterado esse equilbrio.

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    Os dois aspectos mais salientes da superfcie litosfrica so os continentes e os fundos dasbacias ocenicas.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-terra-um-planeta-unico-a-proteger/Unidades%20Morfologicas%20constituintes%20da%20Terra.jpg?attredirects=0
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    Morfologia dos oceanos

    Nas reas cobertas pelo oceano pode considerar-se um domnio continental e um domnio

    ocenico. Do domnio continental fazem parte:

    Plataforma continental - Como o nome sugere, faz parte da crosta continental e prolonga ocontinente sob o mar, podendo atingir a profundidade de - 200 m.

    Talude continental - Representa o limite da parte imersa do domnio continental. uma zonade forte declive, cuja profundidade passa de - 200 m para - 2500 m.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-terra-um-planeta-unico-a-proteger/Crosta%20Oce%C3%A2nica%201.jpg?attredirects=0https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-terra-um-planeta-unico-a-proteger/Crosta%20Oce%C3%A2nica.jpg?attredirects=0
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    Do domnio ocenico fazem parte:

    Plancies abissais - De profundidade compreendida entre - 2500 m e - 6000 m,correspondendo a 50% da superfcie do Globo. Nas plancies abissais existem, por vezes,depresses designadas por fossas, que apresentam grandes profundidades, podendo mesmo

    ultrapassar - 11 000 m. Podem ainda existir ilhas e colinas formadas pela acumulao demateriais vulcnicos emitidos por vulces submarinos.

    Dorsais ocenicas - Situam-se na parte mdia ou nos bordos dos oceanos. Elevam-se a 3000 m

    acima dos fundos das plancies e estendem-se por uma largura de cerca de 1000 km. Na parte

    central de algumas dorsais, por exemplo na dorsal atlntica, existe um rifte, cuja profundidade

    varia entre 1800 m e 2000 m, com largura aproximada de 40 km. As dorsais so cortadas por

    falhas transversais. As encostas destas montanhas submarinas so constitudas por lavas

    consolidadas, dispostas em faixas paralelas para um e outro lado do eixo do rifte.

    As fossas ocenicas ou abissais so as regies mais profundas dos oceanos. So profundasdepresses que se formam abaixo do talude continental, em zonas de encontro de placastectnicas, onde uma dessas placas mergulha sob a outra.

    Essas regies so caracterizadas pela ausncia total de luz, e por uma pressoatmosfricainsuportvel para o homem, mesmo com batiscafo, e para a maioria

    dos animais marinhos. Astemperaturas so muito baixas, e a ausncia de vegetais quasecompleta, essa zona "negra" habitada principalmente por bactrias heterotrficas eseres necrfagos que se alimentam de uma chuva constante de restos de seresvivos, detritos orgnicos e cadveres que se depositam no fundo, bem como predadores quese alimentam de necrfagos e se comem uns aos outros. Os habitantes dos fundos marinhosincluem esponjas, anmonas-do-mar, bem como uma variedade depeixes cegos, alguns comfilamentos fluorescentes que podem atrair potenciais presas.

    Concluso:

    Da comparao das reas continental e ocenica pode concluir-se que os continentes diferem

    dos fundos ocenicos, no somente pela sua altitude e constituio, mas igualmente pelaidade. Com efeito, enquanto a idade da crosta ocenica no ultrapassa os 180 M.a. a 200 M.a.,

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Talude_continentalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_de_subduc%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Batiscafohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Animaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Heterotr%C3%B3ficahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Necr%C3%B3fagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Detritohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cad%C3%A1verhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Predadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Esponjahttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9monahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fluorescentehttps://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/a-terra-um-planeta-unico-a-proteger/subzon.gif?attredirects=0http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluorescentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peixehttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9monahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Esponjahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Predadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cad%C3%A1verhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Detritohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Necr%C3%B3fagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Heterotr%C3%B3ficahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Marinhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Animaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Batiscafohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_de_subduc%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Talude_continentalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano
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    certas rochas continentais tm uma idade radiomtrica de aproximadamente 3800 M.a. Aestrutura dos continentes , pois, mais variada e complexa do que a dos fundos ocenicos.

    Interveno do Homem nos subsistemas terrestresO crescimento populacional da

    espcie humana e o desenvolvimento econmico e tecnolgico tm como consequncia um

    aumento da explorao dos recursos naturais.

    Recursos naturais so elementos constituintes da Terra com utilidade para o Homem, nosentido de permitir a sua sobrevivncia e o desenvolvimento da civilizao.Os recursos

    naturais podem ser renovveis e no renovveis.

    Os recursos no renovveis formam-se a um ritmo muito lento, de tal modo que a taxa da suareposio pela natureza infinitamente menor que a taxa do seu consumo pelas populaeshumanas. So recursos finitos.

    Os recursos renovveis so ciclicamente repostos pela Natureza, num intervalo de tempocompatvel com a durao da vida humana.

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    O aumento da explorao de recursos naturais acompanhado pelo aumento da produo deresduos. A poluio pode afectar o solo, o ar e a gua. A transformao de materiais residuais,usados ou inteis, em materiais de novo reaproveitveis, constitui o objectivo da reciclagem.

    O aumento demogrfico, a desertificao de certas reas e a poluio de outras levam a umamaior ocupao de reas de risco geolgico por populaes humanas que assim ficam sujeitas,com maior probabilidade, a desastres geolgicos como: erupes vulcnicas, deslizamento esubsidncia de terrenos, sismos, maremotos, inundaes e impactos de meteoritos.

    Desenvolvimento sustentvel um modelo de desenvolvimento que vai ao encontro dasnossas necessidades no presente sem comprometer as necessidades das geraes futuras.

    Para o conseguir, necessria uma melhor gesto ambiental, nomeadamente atravs dasseguintes medidas:

    reduo de impactes ambientais negativos; ordenamento do territrio; recuperao de reas degradadas; reduo da produo de resduos e reciclagem; utilizao de subprodutos; conservao do patrimnio geolgico.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/intervencao-do-homem-nos-diversos-subsistemas/quadro%201.jpg?attredirects=0
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    Unidade 8 Mtodos para o estudo do interior da

    geosfera

    Mtodos para o estudo do interior da geosfera

    O conhecimento do interior da Terra no se pode efectuar, na sua totalidade, comobservaes ou anlises directas do seu interior. O conhecimento da estrutura e composiodo interior da Terra tem de ser obtido atravs da utilizao de mtodos directos e de mtodosindirectos.

    Um mtodo directo aquele que nos permite obter dados atravs da utilizao directa daTerra, como o caso da observao directa da superfcie terrestre, da utilizao de carotes outarolos de sondagem, da observao da actividade vulcnica.

    Os mtodos indirectos permitem-nos obter dados sobre a estrutura interna da Terra, com ainterpretao de dados obtidos indirectamente, atravs da anlise de dados geofsicos(gravimetria, geomagnetismo, sismologia) e planetolgicos (meteoritos).

    Mtodos directos

    As enormes dimenses da Terra impedem que o Homem tenha acesso ao seu interior,limitando-se o seu conhecimento apenas a uma muito fina pelcula de crosta. Os mtodosdirectos para conhecer a Terra so poucos e fornecem-nos pouca informao, devido s

    pequenas profundidades que possvel atingir.

    A explorao de jazidas minerais em minas permite-nos recolher informaes sobre o interiorda Terra. No entanto, estas informaes limitam-se apenas a alguns metros de profundidade.

    A observao directa da superfcie terrestre permite-nos concluir acerca da existncia de

    falhas e de dobras, qual o tipo de rocha e respectiva idade, com o inconveniente de estaobservao se limitar a poucos metros de profundidade.

    https://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/metodos-directos/M%C3%A9todos%20directos.jpg?attredirects=0
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    Gravimetria

    Os estudos gravitacionais, que se baseiam na medio, tanto a nvel local como global, da foragravtica terrestre, tm permitido esclarecer alguns aspectos relacionados com a estrutura dointerior da Terra, nomeadamente:

    a variao de espessura da crusta terrestre. Os estudos de gravimetria deixam supora existncia de grandes extenses de material pouco denso nos continentes comdimenses inferidas em funo do valor da anomalia.

    a diminuio do raio terrestre atravs da verificao de um valor de fora gravticaligeiramente crescente desde o equador at aos plos;

    a variao de densidade para as diferentes camadas do interior da Terra. As variaesde densidade estaro associadas variao dos valores de presso no interior da

    Terra, que aumentam da superfcie at ao centro - gradiente geobrico.

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    Quando analisamos o perfil gravimtrico ao longo de um continente verificamos queapresenta globalmente uma gravidade inferior s regies ocenicas e que as anomaliasnegativas so mais intensas nas regies montanhosas,pois possuem uma crusta muito espessae pouco densa, quando comparada com a crusta ocenica e com o manto.

    Geomagnetismo

    O nosso planeta possui um campo magntico que, possivelmente, resulta do movimento dosfluidos metlicos do ncleo externo em fuso. Este movimento gera correntes elctricas fracasque, em interaco com a rotao mecnica do fluido, associada ao movimento de rotao doplaneta, gera um campo magntico auto-sustentvel.

    Atravs de estudos de magnetismo fssil de rochas de vrias idades, foi possvel estabelecerque o campo magntico terrestre tem sofrido ao longo do tempo geolgico inversescompletas, tendo o plo norte magntico passado a ser plo sul magntico e vice-versa.Actualmente estamos num perodo de polaridade normal, o plo norte magntico est muitoprximo do Plo Norte terrestre.

    Os estudos de magnetismo terrestre foram determinantes para a elaborao de modelos deexpanso do fundo ocenico que haveriam de sustentar a teoria geral da tectnica de placas.

    Considerando o campo actual como normal (anomalia positiva), a inverso corresponder auma anomalia negativa.

    A determinao da idade das rochas em paralelo com a orientao magntica permitiu aosgelogos estudar as variaes do campo magntico terrestre ao longo do tempo.

    A descoberta de rochas magnetizadas com cerca de 3,5 mil milhes de anos, permitiu concluirque o ncleo externo lquido, rico em ferro, j se encontraria formado nesta altura.

    http://api.photoshop.com/home_6c1d5c16f7654670964e974cb579e0db/adobe-px-assets/9d79d16a5d0d4e9ea34b32a5dc4e4a5a
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    Mas os estudos do paleomagnetismo tambm possibilitaram estudar a evoluo dos fundosocenicos e inferir acerca do dinamismo da crusta e do manto superior.

    Estes estudos permitiram verificar que existe um padro regular nas anomalias magnticas

    nos fundos ocenicos.

    Comprovam a ocorrncia de um mecanismo de formao de placa ocenica a partir de umeixo central correspondente dorsal mdio-ocenica.

    Grau Geotrmico

    O termo geotermia refere-se energia calorfica do interior da Terra.

    O estudo dessa energia feito, sobretudo, custa das medies do fluxo de calor do interiorpara a superfcie do planeta. Esse fluxo trmico, que contnuo mas no uniforme, varia desde

    os altos valores verificados nos riftes aos valores mnimos verificados no interior das grandesplacas continentais (Americana e Euro-Asitica).

    A forma e posio duma geotrmica (definida pelo valor de temperatura versus profundidadedentro da Terra) depende de temperatura e do fluxo trmico superficiais e ainda da variaoque os teores de elementos radioactivos e os coeficientes de transporte de calorexperimentam nas zonas menos superficiais. Por outro lado, reflectem tambm o modo de

    origem e os primeiros estdios de desenvolvimento da Terra.

    Os estudos neste domnio permitiram estabelecer valores de gradiente geotrmico, ou seja, avariao da temperatura com a profundidade.

    Se bem que as taxas de aumento de temperatura variem de local para local, foi possvelestimar um valor mdio de gradiente geotrmico para a crusta de cerca de 25 C por qui-lmetro. Esta variao no constante em todo o raio terrestre, verificando-se umadiminuio do seu valor medida que consideramos zonas mais profundas da Terra.

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    Ultrapassados alguns metros em que no se verifica qualquer variao da temperatura,comea a notar-se uma subida dos valores de temperatura com a profundidade.

    Designa-se grau geotrmico a distncia associada variao da temperatura em 1 C. O graugeotrmico no corresponde a uma distncia fixa. Se para as zonas mais superficiais dageosfera o valor do grau geotrmico ronda os 33 metros, medida que a profundidadeaumenta este valor tende a aumentar.

    Todos os clculos estimam que ocorre aumento da temperatura com a profundidade, mas ataxa de aumento da temperatura reduz-se com a profundidade. Se o gradiente de 20-30C/100 km observado perto da superfcie fosse constante, implicaria que o ncleo estivesse atemperaturas extremamente elevadas (na ordem das dezenas de milhares de graus) etotalmente fundido, ao contrrio do que se prev pelos estudos de sismologia.

    Os clculos so inferidos com base em dados recolhidos pela vulcanologia, sismologia,modelos tericos e experimentais (temperatura de fuso de rochas de diferentes composiese a presses variveis). Todas as previses se encontram associadas a um intervalo devariabilidade. Este intervalo aumenta com a profundidade, reflectindo a ausncia de dados, oque amplia a probabilidade de erro na determinao das temperaturas.

    Astrogeologia

    O estudo de outros corpos celestes enquadra-se na temtica das cincias planetrias, tambmdesignada por Planetologia ou Astronomia. Inclui tambm o estudo dos planetas secundrios,dos asterides, dos cometas e dos meteoritos, bem como a interaco entre estes corpos,

    como por exemplo a formao de crateras de impacto. Existem diferentes abordagens de

    http://api.photoshop.com/home_6c1d5c16f7654670964e974cb579e0db/adobe-px-assets/89fb45b8db9446ed8b21d9b3a95beb08
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    investigao baseadas em diferentes reas de saber, como a Fsica e a Geologia, por exemplo.Neste ltimo caso, estamos perante a Astrogeologia.

    Todas estas reas fornecem indicaes importantes acerca da forma-Io e diferenciao daTerra e, em ltima anlise, dados sobre a sua estrutura.

    Destacam-se os seguintes aspectos mais importantes: comparao das densidades dos planetas; deteco de campos magnticos e inferncia da existncia de um j ncleo metlico

    parcialmente fundido; estudos dos meteoritos e dos asterides, com estabelecimento de classes

    composicionais e correlao destas com as diferentes camadas que compem aGeosfera;

    hipteses explicativas para a formao da Lua.

    A origem da Lua tem sido um assunto de acesa discusso no seio da comunidade cientfica.Foram elaboradas diversas teorias, sendo a mais aceite actualmente a da ejeco colisional.Esta postula que a Terra, na fase final da sua formao, ter sido alvo de um impacto de umcorpo celeste de elevadas dimenses (teria uma dimenso semelhante ao planeta Marte). Oviolento impacto provocaria a ejeco de elevadas quantidades de material para o espao emredor da Terra, e a fuso da maioria das rochas terrestres. O material rochoso que ficaria aorbitar m redor da Terra agregar-se-ia, formando a Lua.

    Unidade 9

    Unidade 10 Preparar para Exames (Porto Editora) + Manual 10 Ano

    Unidade 11

    http://api.photoshop.com/home_6c1d5c16f7654670964e974cb579e0db/adobe-px-assets/42372d446dae455ba3ee72d38f8c69a1
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