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novembro de 2011 RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE NO USO DA ÁGUA SUBTERRRÂNEA Geóloga Luciana Schneider CREA/RS 148952 1

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novembro de 2011

RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE NO

USO DA ÁGUA SUBTERRRÂNEA

Geóloga Luciana Schneider

CREA/RS 148952

1

OBJETIVOS

Estudo, conhecimento,valorização, preservação e o incentivo de técnicas corretas para captações das águas

subterrâneas;

Demonstrar que é possível gerenciar a captação de água de poços tubulares profundos com responsabilidade e

sustentabilidade;

Apresentação dos procedimentos e estudos para a obtenção de OUTORGA da água subterrânea.

2

NECESSIDADE

A carência de água

para os mais

variados fins, vem

num crescimento

geométrico;

A qualidade da

água disponível é

responsável direta

pela saúde da

população.

3

DESENVOLVIMENTO URBANO;

INDUSTRIAL E AGRÍCOLA;

AUMENTO POPULACIONAL;

4

DEGRADAÇÃO DOS MANANCIAIS;

USO DESCONTROLADO;

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DESIGUAL

NO PLANETA.

5

PREOCUPAÇÕES

MANUTENÇÃO

E

PRESERVAÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA

6

O QUE É OUTORGA? DIREITO DE USO;

INSTRUMENTO COM CAPACIDADE DE

GERENCIAR VARIÁVEIS: DISPONIBILIDADE E

QUALIDADE

QUEM CONCEDE? DRH/SEMA

7

FUNDAMENTO LEGAL

8

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988;

LEI FEDERAL 9.433/97;

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989;

LEI 10.350/94;

DECRETO ESTADUAL 37.033/96;

DECRETO ESTADUAL 42.047/02;

LEI FEDERAL 11.445/07

9

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 21 : Competência da União...

Inciso XIX : “Instituir Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e

definir critérios para Outorga de direito de uso”.

10

LEI FEDERAL 9.433/97

Auxiliar e acelerar o processo de

gerenciamento;

Comitês de Bacias: Usuários, organizações civis,

representantes estaduais e municipais;

Agência das Bacias: Órgão técnico dos Comitês

destinados a gerir os recursos oriundos das

cobranças.

11

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE 1989

Institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos (Art. 171);

LEI 10.350/94 Estabelece obrigatoriedade da outorga para usos

que alterem as condições qualitativas e

quantitativas das águas superficiais ou

subterrâneas (art. 29);

12

DECRETO ESTADUAL 37.033/96

Regulamenta a outorga conforme previsto nos art. 29, 30 e 31 da Lei 10.350/94;

Licença de Uso: Definidas as condições em função

da disponibilidade quali-quantitativa;

Prazo: 5 anos;

Autorização: Casos em que não haja definição das condições em função da disponibilidade quali-

quantitativa, concedida em caráter precário;

Concessão: Casos de utilidade pública, prazo 10 anos.

13

DECRETO

ESTADUAL 42.047/02

Determina que os poços deverão ser

dotados de equipamentos de

medição de volume extraído e dos níveis

da água ( art. 24);

Institui Perímetro Imediato de Proteção

Sanitária (art. 30).

14

INTERFACE COM OUTRAS

LEGISLAÇÕES

15

PORTARIA 518 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da

água para consumo humano e seu padrão de potabilidade;

Outras legislações específicas de âmbito Federal, Estadual e Municipal que se referem ao

licenciamento ambiental, recursos minerais, vegetação, recursos hídricos (cadastro de poços),

etc.

16

PROCEDIMENTOS PARA OUTORGA

17

DIVISÃO DOS USUÁRIOS POR CATEGORIAS

Usuários que consomem menos de 25m³/dia;

Usuários que consomem de 25 a 250m³/dia;

Usuários que consomem mais de 250m³/dia.

18

METODOLOGIA DE TRABALHO

LOCALIDADE QUE ABRANGE A REDE DO POÇO A SER LICENCIADO;

DESCREVER TODO ACESSO PARTINDO DA PREFEITURA MUNICIPAL

COORDENADAS DATUM WGS 84/ SAD69;

COTA (ALTIMETRIA);

CÓPIA DA MATRÍCULA ATUALIZADA DA ÁREA ONDE SE LOCALIZA O POÇO (90

DIAS);

CÓPIA CPF/RG DO(S) PROPRIETÁRIO DA TERRA;

CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO DO POÇO;

DADOS CONSTRUTIVOS DO POÇO (PROFUNDIDADE, DIÂMETRO, NE, ND);

TESTE DE VAZÃO 24H E RECUPERAÇÃO;

CÁCULOS HIDRÁULICOS DO POÇO;

DEFINIÇÃO DO REGIME DE BOMBEAMENTO DO POÇO;

INSTALAÇÃO DE HIDRÔMETRO COMPATÍVEL DE ACORDO COM O REGIME DE

BOMBEAMENTO;

CONFECÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO COMPREENDENDO TODOS OS DADOS.

19

TRABALHOS DE CAMPO

COLETA DE ÁGUA PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE ACORDO COM PORTARIA

518 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE;

DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS (BOMBA SUBMERSA, REDE

EDUTORA;

CONFERIR SAPATA SANITÁRIA E CERCADO (DESCREVER);

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO E DO POÇO;

NÚMERO DE FAMÍLIAS/ EMPRESAS EOUTROS EMPREENDIMENTOS QUE O

POÇO ABASTECE;

DESCREVER A REDE ADUTORA E RESERVATÓRIO;

DESCREVER SE EXISTE OUTROS POÇOS PRÓXIMOS/ RECURSOS HÍDRICOS,

CASAS/ EMPRESAS/AVIÁRIOS/POCILGAS E OUTROS... FAZER UM CROQUI

IDENTIFICADOR NUM RAIO DE 500 METROS.

20

PARÂMETROS ANALISADOS

Avaliar projeto construtivo conforme normas técnicas da ABNT NBR 12212 e 12244;

PROTEÇÃO SANITÁRIA SELO SANITÁRIO

espessura de 75 mm

altura da boca do poço: 30cm

dimensões da laje: 10 cm de altura

área de proteção do poço: 1m²

21

22

Planta de Localização

A – Açudes B – RS 124 C – Mato exótico D – Mata nativa E – Área agrícola F – Loteamento G – Parque Municipal

23

FICHA CADASTRAL

24

FICHA CADASTRAL

25

26

REQUERIMENTO

CHECK LIST

27

CNPJ

28

DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO E OUTORGA/DRH

PROMOVE:

GERENCIAMENTO

DEMANDAS E DISPONIBILIDADES

ANALISAR OS PROCESSOS E EMITIR OUTORGAS

INTERFACE DRH E FEPAM;

29

INTERFACE COM OUTROS ÓRGÃOS NO

PROCESSO DE OUTORGA

30

IBAMA Licenciamento ambiental em algumas regiões (fronteiras,

áreas de amortização de unidades de conservação);

VIGILÂNCIA SANITÁRIA Fiscaliza o controle da qualidade da água destinada ao

consumo humano;

Código Estadual de Vigilância Sanitária (Lei 6.503/72, regulamentada pelo Decreto 23.430/74), normas e padrão

de potabilidade (Portaria 518);

DNPM Autoriza e concede pesquisa e lavra de águas minerais e

termais;

31

CNRH/SRH

Legislação de Recursos Hídricos (resoluções, câmaras

técnicas, etc.);

CREA

Regulamenta e fiscaliza o exercício profissional.

32

Poços já Perfurados:

Regularização da Construção do Poço

e Outorga de Uso.

Poços a serem Perfurados Autorização Prévia para Construção do Poço;

33

FINALIDADES DE USOS DA ÁGUA As finalidades de usos da água, pela Resolução Nº 60 de

16 de julho de 2009, passam a ser também:

INDUSTRIAIS

(Todo processo de industrialização, compreendendo as fases

diretamente ligadas a produção);

AGRICULTURA

(Toda atividade agrícola, pastagem, horta e manutenção de

animais);

FLORICULTURA

(Gramados, plantas ornamentais, jardim e todo processo de

cultivo).

34

Resolução nº 71, 16 de Junho de 2010

INDUSTRIAIS

(Fins industrias com exceção as indústrias

alimentícias;

Hidrantes e sistemas de instalações contra

incêndios.)

35

O QUE É UM POÇO TUBULAR PROFUNDO?

“Obras de engenharia e geologia, que dão

acesso aos mananciais subterrâneos”

Poço tubular profundo é uma obra de engenharia

civil e geologia, construída abaixo do nível do solo,

utilizando processos, tecnologia e equipamentos

similares aos usados na perfuração de poços de

petróleo. Todo poço artesiano é tubular, mas nem

todo poço tubular é artesiano.

36

37

vídeo

TIPOS DE POÇOS

De forma genérica, não há um tipo de poço melhor

do que o outro, existem regiões com melhor

potencial e qualidade de água do que outras.

Há locais em que o projeto prevê captar apenas a

água do sedimento, outros só da rocha e há ainda

o projeto de poço misto.

A decisão do projeto, inclusive a profundidade,

depende da análise da região e das informações

mapeadas em experiências anteriores.

38

TIPOS DE POÇOS

Sedimento – é construído

em regiões cujo subsolo é

composto de rochas

sedimentares com porções

permeáveis que favorecem

a formação de um aqüífero.

Neste poço são instalados

filtros na altura dos arenitos

produtores para captar a

água que flui na formação.

O trecho próximo à

superfície é vedado para

impedir a captação do lençol

freático, reduzindo os riscos

de contaminação.

39

TIPOS DE POÇOS

Rocha – é o poço

tubular construído para

captar a água que flui

pelas fraturas ou

fendas existentes nas

rochas cristalinas. Para

chegar na rocha, a

perfuração atravessa a

parte de sedimento,

que é vedada, para

impedir infiltrações e

eventuais

contaminações.

40

TIPOS DE POÇOS Misto – é o poço tubular

profundo construído para

captar água nas 2

formações: no sedimento

e na rocha. Neste poço a

perfuração ultrapassa o

sedimento e continua até

encontrar na rocha, as

fraturas condutoras de

água. A parte sedimentar

não é vedada, é revestida

com tubos e filtros para o

aproveitamento da água

proveniente de arenitos

favoráveis.

41

MANUTENÇÃO

42

Um poço produtivo é um patrimônio de valor incalculável. Mantê-lo limpo, com

equipamentos bem cuidados é a única forma de preservar sua capacidade

produtiva.

Em cada região do país, a água subterrânea incorpora as características

químicas das rochas que ela atravessa até chegar ao poço.

Na região Sul o subsolo é rico em ferro, elemento que dissolvido na água e em

contato com o oxigênio do ar, forma compostos ferrosos similares à ferrugem.

Estes depósitos se acumulam nas paredes internas do poço e obstruem as

entradas de água.

Se não forem removidos a tempo, podem interromper o fluxo de água,

inviabilizando o poço.

Esta situação ocorre independente do tipo de revestimento usado no poço, seja

em aço (galvanizado, carbono ou inox) ou em PVC geomecânico.

MANUTENÇÃO COM PLANTÃO PERMANENTE

43

MANUTENÇÃO

44

Sinais de Problemas

Redução da Vazão - quando a vazão diminui, as causas

mais prováveis são: degaste da bomba ou o poço está sujo

e as zonas produtoras de água estão obstruídas.

Água Turva – a presença de compostos ferrosos e ferro-

bactérias na água favorece a formação de filmes gelatinosos

e de limos, que também contribuem para a obstrução das

zonas produtoras e para o aspecto turvo, além do cheiro e

gosto ruins na água.

MANUTENÇÃO

45

Troca de Bombas Submersas

Independente das manutenções a que um poço é submetido, podem ocorrer

avarias apenas na bomba submersa que são originadas pelas mais variadas

razões:

1. Queima do motor por alterações elétricas ou mecânicas;

2. Perda de rendimento do bombeador por desgaste interno;

3. Travamento do conjunto pela entrada de partículas sólidas, entre outras.

Nestes casos, é necessária a substituição da bomba;

4. A empresa CAÍ PERFURAÇÕES realizada a substituição da bomba no

mesmo dia, desde que haja disponível um equipamento reserva. Ao concluir

esta operação, que demandou o manuseio de ferramentas e materiais, é

recomendável uma desinfecção do poço e equipamentos instalados;

5. Serviço técnico de atendimento a emergências, que inclui pequenos reparos

nos equipamentos ou substituição de componentes danificados que estejam

impedindo o funcionamento correto do sistema de captação de água;

6. As Visitas técnicas programadas consistem em diagnosticar problemas nos

poços ou demais equipamentos do sistema de captação.

MANUTENÇÃO

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Limpeza e Manutenção - A limpeza de um poço tubular profundo deve privilegiar a

preservação de sua vida útil. A combinação de um tratamento químico, ações mecânicas e

metodologia adequados é eficiente para a limpeza da maioria dos poços. A escolha da melhor

combinação é orientada pelos seguintes fatores: a composição química da água, o tipo e

estado de conservação do poço e sua importância estratégica para o abastecimento local.

Tratamentos químicos – os mais utilizados e que oferecem alto grau de segurança e

eficiência são os agentes desincrustantes como polifosfatos cristalinos, ácidos cítricos e

ácidos orgânicos e os desinfetantes como hipocloritos de cálcio ou sódio e dióxido de

hidrogênio.

Ações Mecânicas – as principais ações são escovamento, jateamento e pistoneamento das

seções filtrantes, turbilhonamento e bombeamento com ar comprimido.

Metodologia – o processo de limpeza prevê etapas seqüenciais estabelecidas para cada

situação, que são realizadas por operadores experientes e ferramental adequado

para garantir o resultado da operação.

Desinfecção Final – é uma das mais importantes operações de limpeza – é realizada no

final do processo para desinfetar a água e todos os materiais instalados no poço. Consiste na

aplicação de um agente desinfetante, que em curto período de tempo restabelece o controle

bacteriológico.

Água Subterrânea

Cunha Salina

Água salgada

Precipitações

Infiltrações

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ÁGUA SUBTERRÂNEA

10,3 Milhões Km3

48

Maior manancial de água doce disponível

Sofre menor influência de variações climáticas

Não ocupa espaço na superfície

Maior qualidade em relação aos mananciais superficiais

Protegida contra agentes poluentes de superfície

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GEÓLOGA LUCIANA SCHNEIDER

CREA RS 148952

INFORMAÇÕES:

CELULAR: (51) 9972 7139

Email: [email protected]

MSN: [email protected]

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