geografia - pré-vestibular impacto - sistema econômico capitalista i

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Page 1: Geografia - Pré-Vestibular Impacto - Sistema Econômico Capitalista I

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SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: GEORGINA

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA 1- Define-se o Capitalismo como um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção (terras, máquinas e infra-estrutura) e propriedade intelectual, objetivando o lucro através do risco de investimento, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e recursos-humanos afetados pelas forças da oferta e da procura. 2- HISTÓRICO: 2.1) ANTECEDENTES:

O surgimento dos primeiros comerciantes e artesãos livres nas pequenas cidades medievais e nas feiras em torno dos burgos, oi o germe de uma nova sociedade, que no decorrer de alguns séculos, substituiria o sistema feudal.

O feudalismo foi o modo de produção que antecedeu ao capitalismo, dominou parte do mundo, em especial o ocidental entre os séculos V e XV. Esse modo de produção determinava uma organização espacial muito específica em que predominavam as atividades rurais, o poder político era descentralizado, havia uma tendência nos lugares pela auto-suficiência, as classes sociais se relacionavam pelo vínculo da servidão e os feudos eram quase sempre isolados daí a ordenação espacial fragmentada. A partir do século XI, ocorreram grandes transformações sócio-políticas que culminaram com o declínio do feudalismo. 2.2) EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Capitalismo Comercial – considerada como a primeira etapa do capitalismo, teve início com a expansão marítima no final do XV e se estendeu até o século XVIII. Nesse período, ocorreram as Grandes Navegações, o seu desenvolvimento está relacionado busca de caminhos alternativos para as Índias, que pudessem escapar das áreas conquistadas pelos turcos otomanos e da hegemonia das cidades italianas no comércio mundial naquela época.

No Capitalismo Comercial as relações Europa - mundo assumem o padrão dominação-subordinação, isso ocorre pelas conquistas territoriais e pelos mecanismos para mantê-las tais como: escravização de índios e negros na América e África.

Durante esse período, o grande acúmulo de capitais se dava na esfera do comércio, portanto, no espaço da circulação. A doutrina vigente era a mercantilista, que defendia a intervenção dos Estados na economia, a fim de promover a prosperidade nacional e

aumentar o poder do Estado. Nesse sentido, defendia a acumulação de riquezas no interior dos Estados, sendo assim a riqueza e o poder de um Estado eram medidos pela quantidade de metais preciosos que possuía (metalismo).

O Estado era protecionista em relação as manufaturas existentes, restringindo a importação de manufaturados.

Uma característica deste período, o Estado forte (Absolutismo Monárquico), para sustentar e dar apoio à expansão marítima e comercial, pois dessa forma se estabeleceria o pacto colonial, uma vez que, as colônias tinham que obrigatoriamente manter relações comerciais com as metrópoles, sendo essas relações marcadas pela dominação, em que a colônia tinha que vender seus produtos a preços baixos e comprar produtos a preços altos.

O processo de evolução do capitalismo é considerado lento, pela maioria dos estudiosos, isso porque ele vai ocorrer dentro das classes sociais e na política dos Estados, é importante observar, o quanto o papel da cidade foi fundamental na etapa de transição, pois, durante a Idade Média na vigência do feudalismo, observa-se que nos burgos é que viviam os comerciantes e estava aí a riqueza por eles acumulada ao mesmo tempo em que se concentravam os artesãos, que produziam o necessário a atividade comercial.

Portanto, o capitalismo surge na cidade, no centro da economia urbana, ainda no seio da sociedade feudal. A etapa acima descrita é conhecida como acumulação primitiva de capital, é exatamente ela, que prepara, com uma conjugação de fatores, a próxima etapa do capitalismo, que é a industrial. Capitalismo Industrial - É a etapa de consolidação do modo de produção capitalista, uma vez que consagra o trabalho assalariado e desvenda a essência do sistema que é o lucro, é exatamente nesta etapa, que a transformação fica mais evidente, com as mudanças definitivas nas relações econômicas, políticas, sociais e culturais. a) 1ª Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII até meados do século XIX.

Ocorreu na Inglaterra A mecanização se estendeu do setor têxtil para a

metalurgia b) 2ª Revolução Industrial ocorreu no século XIX e promoveu a reconfiguração da Europa e de parte do mundo sob sua influência. A 2ª revolução industrial implicou na expansão do fenômeno por outros países europeus e ainda EUA e Japão. Foi um período marcado pela intensificação da rivalidade política e econômica nos

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chamados países centrais do sistema gerando uma era conhecida como IMPERIALISMO. Aspectos importantes:

Consolidação do Sistema Capitalista Grande impulso a urbanização Período de grandes inovações tecnológicas como trens a

vapor, automóveis revolucionaram os transportes. Surgimento das formas de concentração econômica

como trustes, cartéis e oligopólios. Partilha Afro-asiática ou Conferência de Berlim

TEXTO COMPLEMENTAR

Com a revolução industrial, o trabalho assalariado torna-se consolidado, pois os salários são as formas pelas quais os trabalhadores além de se tornarem mais produtivos, serão também os consumidores.

Portanto, nessa etapa do capitalismo, a escravidão vai desaparecendo, dando lugar ao trabalho assalariado posto que, começa a se tornar bem clara a necessidade de se ampliar mercados consumidores, a outra alteração significativa, diz respeito ao Estado Absolutista, que na fase anterior do capitalismo, foi útil a burguesia comercial, mas dentro dos novos princípios da burguesia industrial houve uma grande alteração, que é a formação de uma nova ideologia econômica, onde o Estado não deveria intervir, é o liberalismo econômico (as bases do liberalismo econômico foram difundidas no livro As Riquezas das Nações de Adam Smith), se contrapondo ao Estado forte do capitalismo comercial.

“Essas novas idéias interessavam principalmente à Inglaterra, “oficina do mundo” – devido ao seu avanço industrial – e “rainha dos mares”-devido ao seu poderio naval. O país vendia os seus produtos nos quatro cantos do planeta. Dentro das fábricas, mudanças importantes estavam acontecendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam velozmente; aprofundava-se a divisão de trabalho e crescia a produção em série. Nessa época, segunda metade do século XIX, estava ocorrendo o que se convencionou chamar de Segunda Revolução Industrial. Uma das características mais importantes desse período foi a introdução de novas tecnologias e novas fontes de energia no processo produtivo. Pela primeira vez tendo como pioneiros os Estados Unidos e a Alemanha, a ciência era apropriada pelo capital, ou seja, era posta a serviço da técnica, não mais como na Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, quando os avanços tecnológicos eram resultados de pesquisas espontâneas e autônomas. Agora havia uma verdadeira canalização de esforços por parte das empresas e do Estado para a pesquisa científica com o objetivo de desenvolver novas técnicas de produção”.

( SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. Espaço Geográfico e Globalização. p.21-2)

O crescimento da indústria, levou a expansão da atividade econômica para outras nações européias, era o processo de industrialização avançando e como conseqüência ampliou-se a concorrência entre as potências européias, que buscavam cada vez mais áreas de matérias-primas, bem como, regiões que pudessem se transformar em mercados consumidores e novas áreas de investimentos, é dentro desse contexto, que se configura a expansão imperialista na Ásia e na África, inclusive, em 1885 o continente africano foi dividido entre as potências européias, sem o menor respeito pelas populações nativas, o que até hoje se traduz em graves conseqüências, como os conflitos de territorialidades, que marcam aquele espaço.

A definição de áreas de influência das potências européias foi de grande vantagem para as potências maiores, na época a França e o Reino Unido, os demais países industrializados da Europa, contentaram-se com porções menores do território, ou apenas conservaram alguns domínios anteriores.

Assim, a ordem mundial vigente naquela época, definia a Divisão Internacional do Trabalho, bem como as áreas de influência das potências européias.

Dentro da divisão, ficou claro que os países industrializados, exerciam controle econômico e político sobre as regiões coloniais, onde uma economia complementar estava subordinada a eles.

Além das potências européias, os Estados Unidos da América, se definia como potência industrial e por isso também, dentro de uma política imperialista passa a influenciar de sobremaneira a América Latina (América para os americanos). Na Ásia, o Japão reestruturado na era Meiji, emergiu como potência e adotou uma política imperialista no extremo-oriente, disputando a China, com os britânicos e com os russos.