geografia - pré-vestibular impacto - região nordeste ii

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JACKY08/02/08 REGIÃO NORDESTE II. FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: BOUTH Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 02 4 Analise Histórica da Pobreza Nordestina – A questão da seca e do atraso industrial. a) Nos séculos XVI e XVII: Neste período histórico a região nordeste poderia ser considerada uma área de atração populacional em decorrência da ascensão da atividade canavieira. b) Na transição do século XVII para o XVIII: A partir desse período o Nordeste passa a ser considerado uma área de repulsão populacional em decorrência da decadência da atividade canavieira. Essa decadência deveu-se a concorrência do açúcar que passou a ser produzido nas Antilhas pelos holandeses. c) Do século XIX até meados do século XX (déc50): Nesse período a elite política passou a relacionar a pobreza com a seca. Dessa forma segundo a elite a única maneira de minimizar a pobreza era combatendo a seca e para isso adotou a solução hidráulica que consistiu na construção e inúmeros poços e açudes. Essa suposta solução ganhou força a partir da década de 30 com o governo Vargas com a criação do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). Porém essa medida não minimizou o problema, haja vista, que a maioria dos poços e açudes foi construída em propriedades da própria elite caracterizando a Indústria da Seca. *Indústria da Seca: maneira pela qual a elite formada por políticos, usineiros, industriais, fazendeiros e coronéis tiram proveito da seca enquanto que a população realmente afetada pela seca fica cada vez mais flagelada. Uma das formas de caracterizar a indústria da seca é através do desvio de verbas públicas que deveriam ser aplicadas no combate aos efeitos da seca. Outra forma de caracterizar a indústria da seca é através do contexto político no qual a elite se utiliza de mecanismos objetivando obter votos para se fortalecer ou se perpetuar no poder. d) Da década de 60 até início da década de 90 - Elite: Pobreza X Atraso Industrial. - Solução Industrial e Energética. - Solução Industrial: Sudene (incentivos fiscais). - Solução Energética: CHESF (energia barata e abundante). - Década de 80: Foi inegável o crescimento industrial nordestino. - Não minimizou a pobreza devido fatores, tais como: - Não absorveu adequadamente a mão de obra regional. - A produção visa outros mercados. - Crescimento industrial heterogêneo. A partir dessa década a elite política passou a relacionar a pobreza com o atraso industrial da região. Dessa forma segundo a elite a única maneira de minimizar a pobreza era tirando o atraso industrial da região e para isso a elite política adotou a solução industrial e energética. A solução industrial ficou sob a direção da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) que através de incentivos fiscais passaria a atrair atividades industriais para a região. A solução energética ficou sob a direção da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) com o objetivo de fornecer energia barata e abundante para a atividade industrial que passaria a se instalar na região. Foi inegável o crescimento industrial da região nordeste, principalmente na década de 80, porém esse crescimento pouco contribuiu para minimizar a situação de pobreza na região em decorrência de alguns fatores, tais como: - Grande parte das indústrias que se estabeleceu na região não absorveu adequadamente a mão de obra regional. - Essas indústrias em parte não produzem para atender as necessidades do mercado consumidor da região. - A concentração industrial não foi homogênea e acabou por se concentrar em determinados Estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão em detrimentos de outros Estados. Nesses Estados algumas áreas se destacaram, tais como: - A parte oeste do Maranhão devido o pólo siderúrgico de Carajás. - O sul do Maranhão e Oeste da Bahia devido o cultivo mecanizado da soja. - As regiões metropolitanas de Recife, Salvador e Fortaleza devido respectivamente as indústrias eletro-eletrônica, petroquímica (pólo petroquímico de Camaçari) e têxtil. - O sul da Bahia devido a atividade exportadora do cacau. - As principais capitais litorâneas devido o turismo. - O vale do rio São Francisco entre as cidades de Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco devido o cultivo irrigado para a exportação de uvas e frutas tropicais

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Page 1: Geografia - Pré-Vestibular Impacto - Região Nordeste II

JACKY08/02/08

REGIÃO NORDESTE II.

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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Analise Histórica da Pobreza Nordestina – A questão da seca e do atraso industrial.

a) Nos séculos XVI e XVII: Neste período histórico a região nordeste poderia ser considerada uma área de atração populacional em

decorrência da ascensão da atividade canavieira. b) Na transição do século XVII para o XVIII:

A partir desse período o Nordeste passa a ser considerado uma área de repulsão populacional em decorrência da decadência da atividade canavieira. Essa decadência deveu-se a concorrência do açúcar que passou a ser produzido nas Antilhas pelos holandeses.

c) Do século XIX até meados do século XX (déc50): Nesse período a elite política passou a relacionar a pobreza com a seca. Dessa forma segundo a elite a única

maneira de minimizar a pobreza era combatendo a seca e para isso adotou a solução hidráulica que consistiu na construção e inúmeros poços e açudes. Essa suposta solução ganhou força a partir da década de 30 com o governo Vargas com a criação do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). Porém essa medida não minimizou o problema, haja vista, que a maioria dos poços e açudes foi construída em propriedades da própria elite caracterizando a Indústria da Seca.

*Indústria da Seca: maneira pela qual a elite formada por políticos, usineiros, industriais, fazendeiros e coronéis tiram proveito da seca enquanto que a população realmente afetada pela seca fica cada vez mais flagelada. Uma das formas de caracterizar a indústria da seca é através do desvio de verbas públicas que deveriam ser aplicadas no combate aos efeitos da seca. Outra forma de caracterizar a indústria da seca é através do contexto político no qual a elite se utiliza de mecanismos objetivando obter votos para se fortalecer ou se perpetuar no poder.

d) Da década de 60 até início da década de 90

- Elite: Pobreza X Atraso Industrial. - Solução Industrial e Energética. - Solução Industrial: Sudene (incentivos fiscais). - Solução Energética: CHESF (energia barata e abundante). - Década de 80: Foi inegável o crescimento industrial nordestino. - Não minimizou a pobreza devido fatores, tais como: - Não absorveu adequadamente a mão de obra regional. - A produção visa outros mercados. - Crescimento industrial heterogêneo.

A partir dessa década a elite política passou a relacionar a pobreza com o atraso industrial da região. Dessa forma segundo a elite a única maneira de minimizar a pobreza era tirando o atraso industrial da região e para isso a elite política adotou a solução industrial e energética. A solução industrial ficou sob a direção da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) que através de incentivos fiscais passaria a atrair atividades industriais para a região. A solução energética ficou sob a direção da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) com o objetivo de fornecer energia barata e abundante para a atividade industrial que passaria a se instalar na região.

Foi inegável o crescimento industrial da região nordeste, principalmente na década de 80, porém esse crescimento pouco contribuiu para minimizar a situação de pobreza na região em decorrência de alguns fatores, tais como: - Grande parte das indústrias que se estabeleceu na região não absorveu adequadamente a mão de obra regional. - Essas indústrias em parte não produzem para atender as necessidades do mercado consumidor da região. - A concentração industrial não foi homogênea e acabou por se concentrar em determinados Estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão em detrimentos de outros Estados.

Nesses Estados algumas áreas se destacaram, tais como:

- A parte oeste do Maranhão devido o pólo siderúrgico de Carajás. - O sul do Maranhão e Oeste da Bahia devido o cultivo mecanizado da soja. - As regiões metropolitanas de Recife, Salvador e Fortaleza devido respectivamente as indústrias eletro-eletrônica, petroquímica (pólo petroquímico de Camaçari) e têxtil. - O sul da Bahia devido a atividade exportadora do cacau. - As principais capitais litorâneas devido o turismo. - O vale do rio São Francisco entre as cidades de Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco devido o cultivo irrigado para a exportação de uvas e frutas tropicais

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

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2009

EXERCÍCIO 01. (UEPB/2005) À Moda do Umbuzeiro – Socorro Lira [...] Mais um sertanejo forte Do Nordeste brasileiro Da extinção e má sorte, Salve o herói umbuzeiro. Do sertão ao cariri Se boa chuva não vem O pobre fica ali Se vale só do que tem: [...] [...] Na caatinga do Nordeste Salve o valente umbuzeiro Seu fruto verde azedinho [...] [...] O matuto alimentou [...] Só não resiste a maldade Do arado capitalista. A partir do fragmento da composição, o professor de Geografia pode levantar questões sobre: I. A biodiversidade do bioma caatinga e a importância da sua preservação II. A relação homem/natureza e a reprodução do espaço no modo de produção capitalista. III. O problema da seca como determinante do flagelo e pobreza do povo nordestino. Estão corretas apenas as proposições: a) I e II b) II. c) I e III d) I, II e III. e) II e III. 02. Com relação às características geográficas das sub-regiões do Nordeste brasileiro, assinale a opção correta: a) O Meio Norte, caracterizado por clima úmido, foi ocupado em função de uma pecuária intensiva. b) O Sertão, marcado pela semi-aridez, foi inicialmente ocupado graças à agricultura de subsistência. c) A Zona da Mata foi a zona de ocupação inicial do Nordeste brasileiro. d) O Agreste corresponde à zona de transição entre o Sertão e o Meio Norte. e) Cerrado tem como atividade predominante o extrativismo vegetal de babaçu e carnaúba. 03. (UFPA) É uma área de transição dentro do território nordestino, misturando-se uma vegetação exuberante com plantas xerófilas. Seus primeiros povoadores foram criadores de gado. Durante muito tempo destacou-se enquanto área produtora de cereais da região Nordeste, hoje a pecuária volta a ocupar grande parte das terras, levando a derrubada das matas remanescentes para o plantio de pastagens. As características acima identificam uma sub-região do Nordeste brasileiro denominada: a) Nordeste ocidental. b) Agreste. c) Sertão. d) Zona da Mata. e) Meio Norte. ANOTAÇÕES: