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KL 070408 A Transição do Brasil Agrário - Exportador para o Urbano -Industrial FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: MARCONDES Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 05 3 Industrialização Brasileira A industrialização Brasileira de 1964 a década de 80 Governos militares (1964-1985) dão continuidade a política econômica iniciada no governo JK, reforçando a idéia de “Brasil potência”. Crescimento econômico acelerado no período do “milagre econômico” (1969-1972) respaldando em grandes empréstimos (disponibilidade de petrodoláres) Maior internacionalização da econômica, assim como forte atuação do Estado na economia através de investimento de infra-estrutura (setor energético, comunicação, insumos básicos as indústrias) Modernização conservadora, o Brasil consegue status de 8a PIB, seu parque industrial atingiu alto grau de complexidade e diversificação e dinamismo, e uma extensa rede de serviços interligou a quase totalidade do território nacional, contudo, a maioria da população não participou diretamente das benesses do crescimento econômico. Criação de política territorial como: o P.I.N, política energética, a criação de tecnopolos. Anos 80: “A Década Perdida” A década de 80 assinala o esgotamento do modelo econômico baseado na aliança entre os capitais estatais, transnacionais e nacionais. A crise do petróleo (1973/1979) que trouxe como conseqüência o aumento dos juros internacional, refletiu no Brasil, em crises gêmeas: divida externa e superinflação. O Estado perde a capacidade de dar continuidade ao crescimento, o “milagre” vira “miragem” nos anos 80, dando fim ao processo de industrialização por substituição de importações. Nesta década a classe média perdeu a capacidade de consumir e o Brasil deixou de ser o mercado promissor, capaz de atrair novas empresas transnacionais como no passado recente. Políticas públicas criadas nos anos 80 com o objetivo de conseguir divisas para o pagamento dos juros da divida externa: Incentivo a exportação de produtos como soja, café, laranja, etc;/ conseqüências: aumento da concentração fundiária(conflitos de terra), diminuição de cultivos para o consumo interno; Contenção das importações com o objetivo de superar déficit na balança comercial/ conseqüências: sucateamento das indústrias nacionais que deixam de receber novas tecnologias; Redução de gastos sociais em educação, saúde, habitação, etc./ conseqüências: precarização das condições de vida da sociedade brasileira; Criação do PGC (Programa Grande Carajás - 1980) conseqüências: aumento da divida externa, problemas sócio- ambientais. Anos 90: O neoliberalismo Crise da divida externa herdada dos anos 80; Redirecionamento do papel do Estado, tornando-se um agente mais regulador e menos empresário; O Estado corta ainda mais gastos sociais, precarizando os serviços públicos básicos, que passaram a ser controlados pela iniciativa privada; Criação do Mercosul (1991), redução da proteção aduaneira e maior integração econômica com o exterior; A abertura do mercado brasileiro aos produtos importados gerou um enorme processo de falência de empresas nacionais fragilizadas diante da concorrência estrangeira (como por exemplo, a indústria de brinquedos), repercutindo em milhares de demissões de trabalhadores. Por outro lado às empresas que sobreviveram à concorrência se tornaram mais competitivas e mais modernas; Flexibilização nas relações de trabalho (declínio do Estado do Bem-Estar Social), com os trabalhadores perdendo direitos trabalhistas, assim como, enxugamento da maquina estatal com ampla demissão de funcionários públicos. Processo de privatização de empresas estatais, a exemplo da: CVRD, CSN, distribuidoras de energia, etc.; Criação do Plano Real (1994); O Brasil esta “encoleirado” junto ao FMI e busca de qualquer forma a redução do “custo Brasil” para o estimulo as exportações. Estratégias para a redução do “Custo Brasil” para o estimulo as exportações e a aquisição de divisas para o pagamento dos juros da Dívida Externa: Renuncia Fiscal como elemento de redução de custos, que está contida na Lei Kandir (1996) que isenta do recolhimento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) os produtos primários ou semibeneficiados voltados a exportação. / Conseqüência: A Lei Kandir compromete as finanças particularmente de Estados exportadores de matéria-prima, como é o caso do Pará. Redução do custo de transporte (investimentos em transporte multimodal) que reflete sobre os custos das exportações ou importações de mercadorias, colaborando assim, na visão do FMI e dos planejadores brasileiros, para a capacidade competitiva brasileira. EXERCÍCIO 01. Observe a tabela seguinte: Crescimento da economia brasileira: 1900-98 (Taxa média anual de crescimento real) Período PIB (%) 1900-10 4,2 1910-20 4,2 1920-30 4,5 1930-40 4,4 1940-50 5,9 1950-60 7,4 1960-70 6,2 1970-80 8,6 1980-90 1,6 1990-96 2,8 (Fonte: Reinaldo Gonçalves, Globalização e desnacionalização.) A partir dos dados da tabela e com os conhecimentos sobre o processo de industrialização brasileira, analise as afirmativas a seguir: I. As maiores taxas de crescimento do PIB ocorreram entre as décadas de 1950 e 1970, período em que vieram para o Brasil as transnacionais, produtoras de bens de consumo duráveis; II. A sensível redução do PIB durante a década de 1980 é justificada por um conjunto de problemas, como a enorme dívida externa, a inflação galopante e o atraso nas técnicas de produção; III. A ligeira retomada do PIB na década de 1990 é reflexo da modernização da produção e do trabalho nas indústrias e da redução dos níveis de desemprego no pais, o que significou um fortalecimento do mercado consumidor interno. Estão corretas, SOMENTE:

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Page 1: Geografia - Pré-Vestibular Impacto - A Transição do Brasil Agrário-Exportador para o Urbano-Industrial I

KL 070408

A Transição do Brasil Agrário - Exportador para o Urbano -Industrial

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

PROFº: MARCONDES

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CONTEÚDO

A Certeza de Vencer

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Industrialização Brasileira A industrialização Brasileira de 1964 a década de 80 • Governos militares (1964-1985) dão continuidade a política econômica iniciada no governo JK, reforçando a idéia de “Brasil potência”. • Crescimento econômico acelerado no período do “milagre econômico” (1969-1972) respaldando em grandes empréstimos (disponibilidade de petrodoláres) • Maior internacionalização da econômica, assim como forte atuação do Estado na economia através de investimento de infra-estrutura (setor energético, comunicação, insumos básicos as indústrias) • Modernização conservadora, o Brasil consegue status de 8a PIB, seu parque industrial atingiu alto grau de complexidade e diversificação e dinamismo, e uma extensa rede de serviços interligou a quase totalidade do território nacional, contudo, a maioria da população não participou diretamente das benesses do crescimento econômico. • Criação de política territorial como: o P.I.N, política energética, a criação de tecnopolos.

Anos 80: “A Década Perdida” • A década de 80 assinala o esgotamento do modelo econômico baseado na aliança entre os capitais estatais, transnacionais e nacionais. • A crise do petróleo (1973/1979) que trouxe como conseqüência o aumento dos juros internacional, refletiu no Brasil, em crises gêmeas: divida externa e superinflação. • O Estado perde a capacidade de dar continuidade ao crescimento, o “milagre” vira “miragem” nos anos 80, dando fim ao processo de industrialização por substituição de importações. • Nesta década a classe média perdeu a capacidade de consumir e o Brasil deixou de ser o mercado promissor, capaz de atrair novas empresas transnacionais como no passado recente.

Políticas públicas criadas nos anos 80 com o objetivo de conseguir divisas para o pagamento dos juros da divida externa: • Incentivo a exportação de produtos como soja, café, laranja, etc;/ conseqüências: aumento da concentração fundiária(conflitos de terra), diminuição de cultivos para o consumo interno; • Contenção das importações com o objetivo de superar déficit na balança comercial/ conseqüências: sucateamento das indústrias nacionais que deixam de receber novas tecnologias; • Redução de gastos sociais em educação, saúde, habitação, etc./ conseqüências: precarização das condições de vida da sociedade brasileira; • Criação do PGC (Programa Grande Carajás - 1980) conseqüências: aumento da divida externa, problemas sócio-ambientais.

Anos 90: O neoliberalismo • Crise da divida externa herdada dos anos 80; • Redirecionamento do papel do Estado, tornando-se um agente mais regulador e menos empresário; • O Estado corta ainda mais gastos sociais, precarizando os serviços públicos básicos, que passaram a ser controlados pela iniciativa privada; • Criação do Mercosul (1991), redução da proteção aduaneira e maior integração econômica com o exterior; • A abertura do mercado brasileiro aos produtos importados gerou um enorme processo de falência de empresas nacionais fragilizadas diante da concorrência estrangeira (como por

exemplo, a indústria de brinquedos), repercutindo em milhares de demissões de trabalhadores. Por outro lado às empresas que sobreviveram à concorrência se tornaram mais competitivas e mais modernas; • Flexibilização nas relações de trabalho (declínio do Estado do Bem-Estar Social), com os trabalhadores perdendo direitos trabalhistas, assim como, enxugamento da maquina estatal com ampla demissão de funcionários públicos. • Processo de privatização de empresas estatais, a exemplo da: CVRD, CSN, distribuidoras de energia, etc.; • Criação do Plano Real (1994); • O Brasil esta “encoleirado” junto ao FMI e busca de qualquer forma a redução do “custo Brasil” para o estimulo as exportações.

Estratégias para a redução do “Custo Brasil” para o estimulo as exportações e a aquisição de divisas para o pagamento dos juros da Dívida Externa: • Renuncia Fiscal como elemento de redução de custos, que está contida na Lei Kandir (1996) que isenta do recolhimento do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) os produtos primários ou semibeneficiados voltados a exportação. / Conseqüência: A Lei Kandir compromete as finanças particularmente de Estados exportadores de matéria-prima, como é o caso do Pará. • Redução do custo de transporte (investimentos em transporte multimodal) que reflete sobre os custos das exportações ou importações de mercadorias, colaborando assim, na visão do FMI e dos planejadores brasileiros, para a capacidade competitiva brasileira.

EXERCÍCIO 01. Observe a tabela seguinte:

Crescimento da economia brasileira: 1900-98 (Taxa média anual de crescimento real)

Período PIB (%)

1900-10 4,2 1910-20 4,2 1920-30 4,5 1930-40 4,4 1940-50 5,9 1950-60 7,4 1960-70 6,2 1970-80 8,6 1980-90 1,6 1990-96 2,8

(Fonte: Reinaldo Gonçalves, Globalização e desnacionalização.) A partir dos dados da tabela e com os conhecimentos sobre o processo de industrialização brasileira, analise as afirmativas a seguir: I. As maiores taxas de crescimento do PIB ocorreram entre as décadas de 1950 e 1970, período em que vieram para o Brasil as transnacionais, produtoras de bens de consumo duráveis; II. A sensível redução do PIB durante a década de 1980 é justificada por um conjunto de problemas, como a enorme dívida externa, a inflação galopante e o atraso nas técnicas de produção; III. A ligeira retomada do PIB na década de 1990 é reflexo da modernização da produção e do trabalho nas indústrias e da redução dos níveis de desemprego no pais, o que significou um fortalecimento do mercado consumidor interno. Estão corretas, SOMENTE:

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FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!

Fale

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2009

a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

02. Sobre a industrialização brasileira, é correto afirmar: a) O processo de industrialização no Brasil foi desencadeado a partir da formação de uma política de substituição de importações impelida pela economia mundial, quando o país ingressou numa nova fase da divisão internacional do trabalho. b) O processo de industrialização no Brasil foi desencadeado a partir da formação de uma política de substituição de exportações impelida pela economia nacional, quando o país ingressou numa nova fase da divisão internacional do trabalho. c) O processo de industrialização iniciou no final do século XIX. Inicialmente com a indústria pesada, de bens de produção, e, posteriormente, no início do século XX, com bens de consumo. d) O processo de industrialização iniciou na segunda metade da década de 1950 do século XX. Inicialmente com a indústria pesada, de bens de produção, principalmente automobilística, e, posteriormente, no final do século XX, com bens de consumo. e) O processo de industrialização começou com a crise do café nos anos de 1920. A política de substituição das exportações de produtos agropecuários foi substituída por uma política industrial eletro – intensiva, com forte intervenção do estado.

03. Em que período foram criadas as empresas estatais de produção de aço, extração de ferro e produção e processamento de petróleo? a) Na década de 30. b) Nas décadas de 40 e 50. c) Nos governos Jânio Quadros e Juscelino Kubitschek. d) Nos governos militares pós-64.

04. No período compreendido entre os anos JK e o final do governo Geisel, o Brasil apresentou, entre outras características econômicas: a) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e a redução das disparidades regionais. b) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e maior intervenção do Estado na economia. c) grande expansão das empresas industriais de capitais nacionais, privados e estatais e declínio da dívida externa. d) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e menor intervenção do Estado na economia. e) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e a redução das disparidades regionais.

05. As duas Guerras Mundiais e a depressão econômica dos anos 30 beneficiaram a indústria brasileira, porque: a) provocaram a substituição das importações pela produção interna. b) dispensaram maior especialização da mão-de-obra. c) aceleraram a internacionalização da economia. d) aumentaram o poder aquisitivo da população. e) eliminaram a escassez de recursos energéticos. 06. No governo de Juscelino Kubitschek foi posto em prática no Brasil o Programa de Metas, que: a) desenvolveu a agricultura de subsistência em detrimento da produção de soja e de cacau. b) levou o país à inflação zero, visto que houve grande competência na gerência administrativa. c) possibilitou o desenvolvimento agropecuário da Região Norte com vultosas aplicações de capital estrangeiro. d) valorizou o capital nacional em detrimento do estrangeiro, que foi impedido de ser aplicado no Brasil. e) possibilitou a entrada no país de grandes quantidades de capital estrangeiro para o incentivo à indústria de bens de consumo duráveis.

07. No contexto das políticas governamentais para o território brasileiro, a cidade de Brasília expressa:

a) Um modelo de cidade planejada, no qual o controle de crescimento demográfico é uma forma de evitar a queda do padrão de vida da população. b) O interesse em localizar a capital político-administrativa do país, próxima às áreas onde se concentram os principais problemas econômicos e sociais vivenciados pela sociedade brasileira. c) A intenção geoestratégica de integração das diversas regiões do país e de controle do território nacional. d) A necessidade fundamental em acabar com os desníveis regionais existentes, através de um centro polarizador e dinamizador da economia das diversas regiões do país. e) A necessidade em ocupar e povoar o Centro-Oeste brasileiro, uma região de pouca expressão nacional e de pouco interesse econômico.

08. (UNIFAP) Frase do pára-choque de um caminhão: “Sem caminhão o Brasil pára”. Esta frase se justifica porque: a) O desenvolvimento econômico de um país se processa mais rapidamente a medida que suas diversas regiões se integrem e isso, no Brasil, aconteceu través de rodovias. b) As rodovias têm grande importância, importância, embora, no Brasil, o meio de transporte mais utilizado seja ferroviário, com cerca de 90% de transporte de mercadorias e 99% do transporte de passageiros. c) O transporte rodoviário sempre foi o mais importante do país inclusive as primeiras rodovias foram construídas a partir da metade do século XIX, devido ás necessidades de transportes da produção cafeeira. d) O transporte rodoviário é bem mais econômico do que os demais principalmente do que o ferroviário e hidroviário. e) O transporte ferroviário não atende às necessidades em virtude da carência de mão de obra especialmente para tal fim, daí a maior importância do transporte rodoviário.

09. No 2o pós-guerra, grandes conglomeradas dispersaram suas indústrias por paises subdesenvolvidas, inclusive a Brasil. Nestes países. a) elevaram-se as dificuldades para o desenvolvimento de vida à exploração imperialista. b) retraiu-se o mercado consumidor. c) as indústrias locais — públicas e privadas — se enfraqueceram em face da concorrência. d) implantaram-se novas Intra-estruturas — energia, estradas, comunicação etc. — e as cidades se ampliaram

10. Quais das características enumeradas abaixo aplicam-se à atividade industrial do Brasil na década de 70?

I. Hegemonia do capital privado nacional. II. Crescente participação do Estado na economia industrial.

III. Inauguração do processo de substituição de importações de manufaturados.

IV. Acentuada internacionalização da economia. a) I e II c) I e IV e) II e IV b) I e III d) II e III

11. “O conceito de modernização assumiu formas e ideologias muito diferenciadas em dois momentos distintos da História do Brasil. Na era Vargas, modernizar era sinônimo de estatizar. No período que se iniciou com o governo Collor, passou a ser sinônimo de privatizar.”

(Adaptado de Revista Ciência Hoje, vol. 19, nº 14, outubro/95) O texto acima apresentado refere-se a dois modelos distintos do desenvolvimento do capitalismo no Brasil, quando o país foi governado, em um momento, por Getúlio Vargas e, em outro, por Fernando Collor de Mello. a) Que modelos de desenvolvimento são esses?

b) Por que, num dos momentos, modernizar foi sinônimo de estatizar e, no outro, de privatizar?