geografia - pré-vestibular dom bosco - encarte santa catarina

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Geografia de Santa Catarina 1 Santa e Bela Catarina Estudar a geografia de Santa Catarina é viajar por um dos mais belos estados brasileiros! Praias paradisíacas formam a faixa litorânea catarinense constituindo inigualável potencial turístico que atrai visitantes de todo o Brasil e países do Mercosul. Todos os aspectos físicos de Santa Catarina, aliados à maneira como o homem utilizou o espaço e ocupou a re- gião levam à frase “Santa e Bela Catarina”. territorial Você concorda com o slogan “Santa e Bela Catarina”? Troque idéias com os colegas e justifique sua resposta. Divisão Orientação ao professor — Enriqueça a atividade questionando-os sobre os reflexos que tal afirmação possa causar ao Estado. Será que tantas belezas trazem somente be- nefícios ou também prejuízos à população catarinense?

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Page 1: Geografia - Pré-Vestibular Dom Bosco - Encarte Santa Catarina

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Santa e Bela Catarina Estudar a geografia de Santa Catarina é viajar por um dos mais belos estados brasileiros! Praias paradisíacas

formam a faixa litorânea catarinense constituindo inigualável potencial turístico que atrai visitantes de todo o Brasil e países do Mercosul.

Todos os aspectos físicos de Santa Catarina, aliados à maneira como o homem utilizou o espaço e ocupou a re-gião levam à frase “Santa e Bela Catarina”.

territorial

Você concorda com o slogan “Santa e Bela Catarina”?Troque idéias com os colegas e justifique sua resposta.

Divisão

Orientação ao professor — Enriqueça a atividade questionando-os sobre os reflexos que tal afirmação possa causar ao Estado. Será que tantas belezas trazem somente be-

nefícios ou também prejuízos à população catarinense?

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Aspectos gerais POSIÇÃO GEOGRÁFICA

O estado de Santa Catarina localiza-se no Sul junta-mente com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, formando a Região Sul do Brasil.

Santa Catarina é o menor Estado da Região Sul e ainda assim tem extensão territorial quase equivalente a de países como Áustria, Hungria e Portugal.

A faixa litorânea catarinense, com 561,4 km, favorece o desenvolvimento da pesca e constitui inigualável po-tencial turístico além de possuir bases portuárias de ex-celente localização.

FORMA E SUPERFÍCIE O território catarinense assemelha-se à forma de triân-

gulo com base voltada para o leste. É considerado um Es-tado pequeno, pois ocupa apenas 1,13% da área territorial brasileira e 16,57% da Região Sul com 95 318,30 km2.

A linha litorânea inicia-se na foz do Rio Saí-Guaçu, na divisa com o estado do Paraná, seguindo até a foz do Mampituba, na divisa com o estado do Rio Grande do Sul. A costa catarinense corresponde a 7% do lito-ral brasileiro.

LIMITES E DIMENSÕESO estado de Santa Catarina limita-se ao norte com

o Paraná, tendo 754 km de fronteiras desde as nas-centes do Rio Peperi-Guaçu até a foz do Saí-Guaçu no

Oceano Atlântico. Ao sul, com o estado do Rio Grande do Sul, apresenta 958 km de fronteiras desde a foz do Rio Mampituba até a confluência do Rio Peperi-Guaçu com o Rio Uruguai. A leste com o Oceano Atlântico e a oeste com a Argentina, tendo 246 km de fronteiras ini-ciando na foz do Rio Peperi-Guaçu, no Uruguai.

CAPITAL ADMINISTRATIVAO Estado possui 293 municípios. Sua capital adminis-

trativa, a cidade de Florianópolis, é uma ilha e está unida ao continente por duas pontes, a mais antiga (Hercílio Luz) foi recentemente interditada por estar afetada pela corrosão.

Florianópolis está situada em rica região agrícola, industrial, comercial, e importante centro cultural, con-tando com duas instituições públicas de ensino supe-rior: Universidade Federal de Santa Catarina, fundada em 1960, e Universidade do Estado de Santa Catarina, fundada em 1966.

Vista aérea da capital catarinense

1. Por que o estado de Santa Catarina é de extrema importância para o contexto do Mer-

cosul?

Cidade principal

Capital

Represa

Limite dos estados da região

Rodovia pavimentada

PARAGUAI MATO GROSSO DO SUL

ARGENTINA

URUGUAI

PARANÁ

LondrinaMaringá

Cascavel

Pato BrancoGuarapuava

Ponta GrossaCuritiba

Paranaguá

Represa de ItaipuCataratas do Iguaçu

SANTA CATARINAChapecó

Lages

Joinvile

Blumenau

FlorianópolisImbituba

CriciúmaRIO GRANDE

DO SUL

Santo Ângelo Passo Fundo

Caxias do Sul

Porto AlegreSanta MariaSantana do Livramento

Bagé

PelotasRio Grande

SÃO PAULO

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OCEANO ATLÂNTICO

Região SulR. Paranapanema

R. Iguaçu

R. Uru

guai

R. Jacui

Lago

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tos

Orientação ao professor — Levar o aluno à reflexão sobre a posição geográfica es-

tratégica de Santa Catarina no comércio com os países que compõem o Mercosul, já

que o Estado é rota fundamental para o escoamento de produtos para o sul do conti-

nente e por tal de entrada dos produtos vindos dos países vizinhos.

Orientação ao profes-sor — Comente com a turma os pontos extre-mos do Estado:— N: curva do Rio Saí-Guaçu — 25°57’36” S — S: nascente do Rio Mampituba — 29°21’48” S— L: Ponta dos Ingle-ses — 48°22’56” O— O: confluência dos rios Uruguai e Peperi-Guaçu — 53°50’0”

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POPULAÇÃOOs aspectos demográfi-

cos têm sido alvo de preocupa-ção dos responsáveis pelo poder público. À medida que a população vai sofrendo transformações quantitativas e qualitativas, os aspectos so-cioeconômicos da sociedade também se modificam. Para planejar o atendimento de novas necessidades, o po-der público e a iniciativa pri-vada recorrem, inicialmente, aos métodos de análise de-mográfica. Os resultados da análise demográfica são in-dicadores que permitem to-mar medidas de ordem prá-tica. Os dados demográficos são coletados pelo recensea-mento geral, efetuado a cada dez anos pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica — IBGE.

De acordo com os últimos estudos, Santa Catarina possui média de 5 349 580 habitantes com 49,8% de homens e 50,2% de mulheres. Nota-se, portanto, equilíbrio entre a população masculina e feminina.

A população está distri-buída de forma irregular pelo território, apresentando, em algumas regiões, fortes con-centrações populacionais como conseqüência dos di-ferentes estágios de desen-volvimento econômico, dos aspectos físicos e dos fato-res históricos.

Em Joinvile, Blumenau, Florianópolis, Criciúma e Chapecó encontram-se as maiores concentrações po-pulacionais do Estado.

Densidade demográfica Santa Catarina apresenta densidade demográfica de

56,12 hab/km2. Entretanto, este valor não corresponde à realidade catarinense em virtude da população estar dis-tribuída de forma desigual por seu território. As maiores densidades demográficas estão no litoral e nas regiões economicamente mais desenvolvidas.

O crescimento populacional em 2000 registrou o per-centual de 1,9% ao ano. Os maiores municípios populacio-nais do Estado são: Joinvile, Florianópolis, Blumenau, Cri-ciúma e São José; os menores, Lageado Grande, Santiago do Sul e Tigrinhos.

População rural e urbana O processo de industrialização atraiu para as aglo-

merações de caráter urbano grande número de pes-soas oriundas do campo ou de cidades menores, ge-rando o fenômeno da urbanização. Em Santa Catarina 79,2% da população (4 197 287 habitantes) vivem no meio urbano e 20,8% (1 135 997 habitantes) encon-tram-se no meio rural. Fatores que aumentaram a população urbana:— mecanização das atividades agrárias e conseqüen-

temente liberação de mão-de-obra;— decadência econômica de propriedades rurais

acarretando “fuga dos campos”;— ampliação do mercado de trabalho (serviços) em

áreas urbanas, atraindo a população rural;— atração pelos salários, em geral, mais elevados nas

cidades;— redução das áreas novas de ocupação agrícola;— suposição de maiores oportunidades de emprego e

condições de vida cultural nas cidades;— falta de incentivo à população rural.

OCEANO ATLÂNTICON

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Florianópolis

População

Habitantes por km2

10—50

50—100

Mais de 100

2. Pesquise, em jornais e revistas de sua região, a partici-pação de Santa Catarina nas negociações do Mercosul. Des-cubra se o município onde você mora participa de forma di-reta ou indireta no processo de globalização da América do Sul.

SÃO PAULO

PARANÁ

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

A critério do aluno.

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População economicamente ativa Embora os setores primário (agricultura, pesca, silvicultura, pecuária) e secundário (indústrias extrativas mine-

rais, de construção e transformação) sejam expressivos, é no setor terciário (comércio, transportes, administração pública, serviços, etc.) que se concentra a maior parte da força produtiva catarinense.

1. Santa Catarina apresenta densidade de-mográfica de 56,12 hab/km2, mas este valor não corres-ponde à realidade catarinense porque a distribuição da população não é homogênea.

Pesquise qual é a densidade demográfica de sua re-gião e se existe maior número de homens ou mulheres em sua cidade.

2. O Estado, nos últimos decênios, tem sofrido o pro-cesso de desruralização com o crescimento vertiginoso da sua população urbana.

Analisando os fatores responsáveis por esse pro-cesso, reflita e aponte soluções que possam reverter o quadro fixando a população em seu lugar de origem.

3. Com a orientação de seu professor pesquise os úl-timos estudos demográficos de seu município e monte uma tabela, relacionando os dados pesquisados com os dados demográficos estaduais.

4. Descubra a origem de sua família, onde seus avós e pais nasceram, estudaram e verifique se houve a neces-sidade de mudança do campo para a cidade; se houve migração para centros urbanos e quais razões levaram seus familiares a buscarem outro lugar para viver. Faça os registros da pesquisa.

Setor primário

Setor secundário

Setor terciário

Procurando trabalho

Setores de atividades por microrregião geográfica

População economicamente ativa por microrregião geográfica

100 000 hab.

149 746 hab.

50 000 hab.

20 000 hab.

RIO GRANDE DO SUL

OCEANO ATLÂNTICO

PARANÁA

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A critério do aluno.

A critério do aluno.

A critério do aluno.

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1. (Udesc—SC) Sobre as fronteiras catarinen-ses, é incorreto afirmar que o Estado:

a) no oeste, faz divisa com o Uruguai e a Argentina.b) no leste, tem o litoral banhado pelo Oceano Atlântico.c) no sul, faz fronteira com o Rio Grande do Sul.d) no norte, tem fronteira dividida com o Paraná.

2. (Acafe—SC) Considerando os limites de Santa Catarina, correlacione a coluna da direita com a da esquerda.

1. Norte ( ) Paraná 2. Sul ( ) República Argentina3. Oeste ( ) Oceano Atlântico 4. Leste ( ) Rio Grande do Sul

A alternativa contendo a seqüência verdadeira é:a) 3—1—2—4b) 1—2—3—4c) 1—4—3—2d) 1—3—4—2e) 2—4—1—3

3. (Udesc—SC) Sobre a distribuição da população no estado de Santa Catarina podemos afirmar que:

a) é predominantemente rural.b) é predominantemente urbana.c) a população se localiza nos campos, mas exerce ativi-

dades no setor terciário.d) 50% da população são rural e 50% são urbana.

4. A respeito do quadro demográfico catarinen-se é correto assinalar que:

a) a população total, apurada pelo Censo 2000, é7 639 302 habitantes (8ª maior população absoluta entre as unidades da federação).

b) as maiores densidades demográficas são registradas no Vale do Rio do Peixe.

c) os indicadores de qualidade de vida são satisfatórios no Estado, atraindo imigrantes.

d) por se tratar de um Estado industrial, na população abso-luta e na economicamente ativa — PEA —, a população masculina predomina com larga vantagem numérica.

5. (Udesc—SC) Sobre o quadro humano de Santa Catarina é correto afirmar:

a) O analfabetismo ainda é grave problema para a popu-lação catarinense.

b) A população atendida por rede de esgoto e água potá-vel já atinge a marca próxima de 100% principalmente no extremo oeste.

c) No Estado catarinense há predomínio da população urbana, sendo que as maiores densidades demográfi-cas ocorrem perto do litoral.

d) A maior parte da população economicamente ativa do Estado em sua maioria exerce atividades ligadas ao campo.

6. (Furb/Univali—SC) Na segunda metade do século XX, a Grande Florianópolis conseguiu alcançar uma posição de des-taque em relação às demais regiões do Estado. Contribuiu (Con-tribuíram) para isso:

a) a concentração político-administrativa e a evolução da infra-estrutura no setor de transportes e turismo.

b) a predominância de elementos europeus entre os tu-ristas na Ilha de Santa Catarina, em relação ao núme-ro de turistas mercosulistas.

c) a presença das atividades industriais de exportação na ilha em que se localiza, facilitando desta forma a ex-portação de manufaturados.

d) o fato de ter tido posição—chave no comando das ro-tas internas de ocupação do território do Estado.

e) as atividades predominantes do “agrobusiness”, favo-recida pela presença de solos férteis.

7. (Acafe—SC) Considere os dados abaixo e assinale a alter-nativa incorreta.

Cidades População Área / km2 D

Joinvile 429 004 hab. 1 079,7 379,33 hab/km2

Florianópolis 341 781 hab. 435,8 784,26 hab/km2

Blumenau 261 505 hab. 509,4 513,38 hab/km2

São José 173 029 hab. 114,17 1 510,49 hab/km2

Criciúma 170 322 hab. 209,8 812,02 hab/km2

Balneário Camboriú

73 292 hab. 46,4 1 580,76 hab/km2

a) Joinvile possui a maior população, a mais baixa den-sidade demográfica e a maior extensão territorial.

b) Balneário Camboriú com a menor área, apresenta a maior densidade demográfica do Estado.

c) Florianópolis, a capital do Estado, além de possuir a maior população apresenta também a maior extensão territorial.

d) São José detém a segunda maior densidade demográ-fica do Estado.

e) Blumenau situa-se em terceiro lugar com relação a po-pulação absoluta mas sua densidade demográfica é in-ferior à de Criciúma.

8. Sobre o estado de Santa Catarina assinale a alternativa correta.

a) O Trópico de Capricórnio atinge as terras do Planalto Norte.

b) Tem aproximadamente 120 mil km2 e 392 municípios.c) A Ponte Hercílio Luz e a árvore araucária são os sím-

bolos oficiais do Estado. d) No Vale do Rio do Peixe, localizado no oeste catarinen-

se, encontra-se a cidade de Concórdia.

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O extermínio da vegetação natural catarinense O estado de Santa Catarina, apesar de possuir a maior área de floresta nativa da Re-

gião Sul, está com seu patrimônio vegetal natural em adiantado estágio de extermínio. Os campos naturais, como as florestas, cedem espaço à agricultura. A expansão das áreas agrícolas e pecuárias mudou a fisionomia geral das paisagens catarinenses, devastando o patrimônio florestal do Estado. Somente na região costeira as reservas alcançam maior expressão, entretanto, a grande maioria do verde natural que se observa são formações secundárias pobres, reflexo da dinâmica de reconstituição da cobertura vegetal.

Atlas escolar de Santa Catarina.

Quadro

Em sua opinião, quais serão os reflexos do acelerado extermínio do patrimônio vegetal catarinense para as ge-rações futuras? Que medidas podem ser tomadas, a médio e a longo prazo, para reverter a situação atual?

natura

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Rio Itajaí

A critério do aluno.

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Verão quente — mesotérmico úmido — Cfa

Verão fresco — mesotérmico úmido — Cfb

Clima

RIO GRANDE DO SUL

Florianópolis

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OCEANO ATLÂNTICO

Clima Santa Catarina possui clima subtropical. Este tipo cli-

mático ocorre em virtude da latitude, entre os paralelos 25° e 29° S, numa área de transição entre a zona tropi-cal e a temperada.

Os sistemas atmosféricos que atuam na Região Sul do Brasil são controlados pela ação das mas-sas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias).As massas polares são responsáveis pelo caráter meso-térmico desse clima.

Essas condições do tempo dependem da atuação da massa tropical atlântica (mTa) e da massa polar atlân-tica (mPa).

A mTa atua o ano inteiro, principalmente na prima-vera e no verão. A mPa é responsável pela boa distribui-ção das chuvas durante o ano.

A mTa, originária do anticiclone semifixo do Atlântico, caracteriza-se por ventos do quadrante norte e apresenta elevadas temperaturas e forte umidade.

A mPa, originária da zona subantártica, caracteriza-se por ventos do quadrante sul e por temperaturas bai-xas. O encontro da mPa com a mTa forma a frente polar atlântica (fPa), resultando na ocorrência de chuvas com a passagem da fPa em direção ao norte. Após o afasta-mento dessa frente, o tempo torna-se estável, com tem-peraturas baixas. Outros fatores também contribuem para a composição da dinâmica climática catarinense, como altitude, continentalidade, disposição do relevo e mari-timidade.

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICASegundo a classificação de Thornthwaite, Santa Ca-

tarina caracteriza-se pelo clima mesotérmico, com pre-cipitação distribuída o ano todo.

A disposição do Estado na região temperada úmida ocasiona bom nível de pluviosidade. A região oeste e em torno de Joinvile são áreas superúmidas.

Por meio da classificação de Köppen, Santa Catarina enquadra-se nos climas do grupo C (mesotérmico), uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio variam

de 3° a 18°C. Pertence ao grupo f, sem estação seca de-finida. Nesse grupo é possível distinguir dois subtipos: verão quente (a) e verão fresco (b).

Segundo o mapa climático de Köppen, predominam no Es-tado os climas Cfa — verão quente e Cfb — verão fresco.

CHUVAS E UMIDADE ATMOSFÉRICAPluviosidade

A pluviosidade está bem-distribuída no território ca-tarinense em virtude das atuações do relevo, da mPa e da mTa, que, por suas constâncias, fazem com que não haja estação chuvosa nem estação seca.

A distribuição espacial do total anual de precipitação no Estado revela que a isoieta (linha num mapa que liga pontos do globo terrestre onde a média das precipitações pluviais é igual durante certo período de tempo) de maior valor aparece no oeste e a de menor valor, no sul.

A amplitude pluviométrica no Estado é de 1 154 mm, diferença entre a estação de Xanxerê (2 373 mm), no oeste, e a de Araranguá (1 219 mm), no litoral.

Umidade relativa do ar Os valores médios da umidade relativa no Estado variam

entre 73,4% e 85%, tendo assim amplitude de 11,6%. Na distribuição espacial da isoígra (linha que liga pon-

tos com a mesma umidade relativa do ar), o extremo oeste catarinense registra valores médios de 75%; o oeste e o planalto assinalam 80%, havendo aumento em direção ao litoral com 85%. De modo geral, a isoígra decresce do litoral para o interior.

As quatro estações emSanta Catarina

Uma das características do clima subtropical, “as quatro estações”, sempre gerou confusão. Comumente, elas são denominadas “bem-definidas”, o que não cor-responde à realidade.

Observamos claramente, pelas temperaturas, o in-verno e o verão. A primavera e o outono passam des-percebidos. As chuvas ocorrem o ano todo e as fren-tes, também.

O clima subtropical, segundo: — Almanaque Abril 2001: apresenta estações do ano relativamente marcadas;— José W. Vesentini — Brasil, Sociedade e Espaço: começa a haver um esboço da primavera e outono;— Eustáquio de Sene — Geografia Geral e do Brasil:

já começam a se delinear as quatro estações.Vestibulares e concursos aceitam o clima subtropi-

cal com estações bem ou mal definidas, depende da bibliografia consultada para elaboração da questão.

Orientação ao professor — Esse assunto está analisado na uni-dade Clima e tempo de geografia geral.

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GEOLOGIAA geologia catarinense oscila de

rochas vulcânicas a sedimentares e classifica-se em cinco grandes do-mínios: embasamento cristalino, coberturas vulcano—sedimentares

Fenômeno El Niño O fenômeno El Niño atua sobre o estado de Santa Cata-

rina provocando aumento na pluviosidade e invernos mais amenos. Em 1982—1983 o fenômeno ocasionou grandes enchentes no Vale do Itajaí, Planalto Norte e Sul do Estado. No ano de 1997, embora se tenha registrado o pior El Niño desde o meio do século, o Estado ficou em alerta para en-chentes de grandes proporções. Felizmente elas não ocor-reram, salvo casos isolados. A pluviosidade foi maior que

o padrão normal, mas não de forma concentrada, desfavo-recendo maiores inundações.

Com menor intensidade que El Niño, no final de 1998, o Estado passou a ter sua dinâmica atmosférica perturbada por La Niña. Durante 1999 houve agravamento das con-dições impostas por La Niña, rigoroso inverno e redução dos níveis pluviométricos sobre Santa Catarina, em espe-cial no interior.

1. O estado de Santa Catarina apresenta grande variação climática durante um mesmo período. Expli-que como e por que essas variações de tempo acontecem.

2. Pesquise, em jornais, livros, revistas e na internet o fenômeno El Niño e de que maneira o fenômeno interferiu no clima de sua cidade.

Relevo Santa Catarina apresenta relevo

bastante acidentado, com formações de depressão, planaltos, planícies e serras. As terras baixas (depressão e planície) situam-se na porção oriental, em vales fluviais e região costeira. O conjunto das terras altas compreende o divisor de águas e a parte interio-rana do Estado.

Jornal de Santa Catarina, 31 mar. 2002. (Adaptado)

(Eopaleozóicas), cobertura sedimen-tar gonduânica, rochas efusivas (for-mação da Serra Geral) e cobertura sedimentar quaternária.

Embasamento cristalinoOcupando o espaço da Serra do

Mar e serras do leste catarinense, o embasamento cristalino constitui-

se de um conjunto de ro-chas antigas e resistentes. Destacam-se as formações de gnaisses, xistos e gra-nitos.

Coberturas vulcano — sedimentares (Eopaleozóicas)

Conjunto de rochas pouco dobradas e fra-camente afetadas pelo

metamorf ismo. Destacam-se os arenitos e conglomerados entre-meados por rochas vulcânicas ex-trusivas (basalto). Aparecem nas re-giões de Campo Alegre, Corupá, Itajaí, Cambirela e Ilha de Santa Catarina.

Cobertura sedimentar gonduânica

Surge no final da vertente orien-tal da Serra do Mar e serras do leste catarinense até o meio-oeste, sendo um conjunto de depósitos sedimen-tares variado. Destacam-se na co-bertura sedimentar gonduânica as formações carboníferas, calcárias, argilosas e pirobetuminosas.

Rochas efusivas (formação da Serra Geral)

Sob essa designação são des-critas as rochas vulcânicas efusivas (ou extrusivas) da Bacia do Paraná, representadas por uma sucessão de derrames que cobrem quase 50% da superfície do estado de Santa Cata-rina na porção interiorana.

Cobertura sedimentar quaternária

Junto ao litoral, os sedimentos de origem marinha, aluvial, lacustre e en-costas, apresentam-se inconsolidados ou fracamente consolidados, sendo areias, argilas e conglomerados.

Orientação ao professor — Cite fatores como altitude, continentalidade, disposição do relevo, maritimidade, massas de ar que atuam no Estado e propiciam as variações cli-

máticas. Também é impor tante ressaltar o fenômeno El Niño que interfere no clima de Santa Catarina.

A critério do aluno.

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ALTIMETRIAO plano altimétrico varia entre

zero e 1 600 metros de altitude, exis-tindo raros pontos acima de 1 800 m. Estabelecidas as faixas, a altimetria catarinense assim se representa:— Faixa de 0 a 200 m: no litoral e pe-

queno trecho no extremo oeste.— Faixa de 200 a 400 m: transição

entre as terras baixas do litoral e as serras Geral e do Mar. Sua presença também é notada nos afluentes do Rio Uruguai e com-preende a menor porção alti-métrica catarinense.

— Faixa de 400 a 800 m: com cota média de 600 m, esta faixa abri-ga as serras litorâneas e planal-tos ocidentais.

— Faixa de 800 a 1 200 m: a maior parte da Serra do Mar e dos pla-naltos interioranos, esta faixa corresponde à maior parcela do território catarinense.

PONTOS CULMINANTES Existem divergências quanto ao

ponto culminante de Santa Catarina. A indicação do Morro da Boa Vista (entre os municípios de Bom Retiro e Urubici) aparece no Atlas Geográfico de Santa Catarina, mas é uma cota não comprovada. Das indicações a seguir, somente o Morro Bela Vista e do Quiriri têm cota comprovada. Daí, encontrarem-se outras indicações nas bibliografias sobre o Estado.— Morro da Boa Vista: 1 827 m (Ser-

ra Geral)— Morro Bela Vista: 1 823,49 m (Ser-

ra Geral)— Morro da Igreja: 1 822 m (Serra

Geral)— Morro Campo dos Padres: 1 790 m

(Serra Geral)— Morro do Quiriri: 1 430,66 m (Ser-

ra do Mar)

UNIDADES DE RELEVO Planícies costeiras

Correspondem à estreita faixa si-tuada na porção mais oriental do Es-tado, junto ao Oceano Atlântico, onde existem inúmeras praias arenosas e du-nas, que evidenciam a predominância

As costas altimétricas mais eleva-das encontram-se na porção leste da unidade, ultrapassando 1 200 m, nas proximidades da cuesta da Serra Ge-ral; as menores, no Planalto de Cha-pecó, atingindo 600 m.

Serra GeralÉ formada pelas escarpas do Pla-

nalto dos Campos Gerais, com desní-veis acentuados de até 1 000 m. A di-reção geral deste escarpamento é N—S, porém, a direção NNE—SSW, a mais freqüente, corresponde à Serra do Rio do Rasto. As formas de relevo abruptas apresentam va-les fluviais com aprofundamentos superiores a 500 m em suas nas-centes, formando verdadeiros câ-nions.

Patamares da Serra GeralAparecem como faixa estreita

e descontínua no extremo sul de Santa Catarina e representam tes-temunhos do recuo da linha de es-carpa denominada Serra Geral. As formas de relevo alongadas e irre-gulares avançam sobre as planícies costeiras.

A alta capacidade erosiva dos principais rios fragmenta a unidade, interrompendo-a em alguns trechos, como ao longo do Vale do Rio Mam-pituba e de seus afluentes da mar-gem esquerda.

Depressão da zona carbonífera catarinense

Posicionada no extremo sul de Santa Catarina, esta unidade confi-gura uma faixa alongada na direção N—S. As características de relevo di-versificam-se: da cidade de Sideró-polis para o norte, predominam as formas colinosas, com vales encai-xados e vertentes íngremes; de Si-derópolis para o sul, as formas de relevo são côncavo-convexas com vales abertos. Disseminados nesta última área, encontram-se relevos re-siduais de topo plano (mesas), man-tidos por rochas mais resistentes, e que fazem parte dos Patamares da Serra Geral.

de ações e processos marinhos e eó-licos. Nas planícies costeiras também aparecem com freqüência, ao longo do litoral catarinense, penínsulas, ilhas, pontas, pontais, enseadas, baías e lagunas.

As altitudes médias registradas situam-se em torno de 10 m, atin-gindo até 30 m em alguns pontos mais afastados do mar, junto às ser-ras e montanhas. O contato entre as planícies costeiras e esses relevos elevados ocasiona contrastes altimé-tricos acentuados.

Planícies fluviaisEquivalem às áreas planas si-

tuadas junto aos rios, periodicamente inundadas e freqüentemente utiliza-das para lavouras. Por sua localização particular surgem, ao contrário das demais unidades, de forma descon-tínua e em pequenas extensões. As mais expressivas localizam-se na di-visa do Paraná (rios Iguaçu e Negro), no norte (Bacia do Itapocu), na por-ção central do território (vários pon-tos da Bacia do Itajaí), bem como a Unidade de Relevo Planalto de Lages (rios Canoas e João Paulo).

Planalto dissecado Rio Iguaçu—Rio Uruguai

Sua principal característica é a forte dissecação a que foi submetido o relevo, com vales profundos e en-costas em patamares. As maiores al-titudes são registradas na borda leste e ultrapassam 1 000 m; para oeste e noroeste, as costas altimétricas de-caem para menos de 300 m. Este cai-mento topográfico caracteriza o relevo da área como planalto monoclinal.

Planalto dos Campos GeraisApresenta-se distribuído em blo-

cos de relevos isolados pelo Planalto dissecado Rio Iguaçu—Rio Uruguai. Os blocos que constituem esta uni-dade são conhecidos como Planalto de Palmas, Planalto de Capanema, Planalto de Campos Novos e Planalto de Chapecó. Esses blocos estão si-tuados topograficamente acima das áreas circundantes.

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Patamares do alto Rio Itajaí Os patamares distribuem-se em

uma faixa de direção geral NW—SE que se estreita para o sul e se carac-teriza pela intensa dissecação do re-levo e vales estruturais, como o Vale do Itajaí do Norte ou Hercílio.

A presença de extensos patama-res, alcançando dezenas de quilôme-tros, e de relevos residuais de topo plano (mesas), limitados por escar-pas, é causada por rochas de dife-rentes resistências à erosão, como os arenitos, mais resistentes, e os fo-lhelhos, menos resistentes. O relevo apresenta contrastes altimétricos. As maiores altitudes (1 220 m) são en-contradas na Serra da Boa Vista, lo-calizada no sudoeste. As menores altitudes estão nos vales dos rios. A amplitude altimétrica entre os to-pos dos morros e os fundos dos va-les é imensa.

Planalto de LagesCaracteriza-se, em quase toda a

sua extensão, como um degrau en-tre os patamares do alto Rio Itajaí e o Planalto dos Campos Gerais, com exceção da área da nascente do Rio Canoas.

O relevo do Planalto de Lages é composto basica-mente por formas colinosas, sendo comum a presença de relevos residuais (morros testemu-nhos), com desta-que para o Morro do Tributo que se eleva a 1 200 m de altitude. Nas demais porções do planalto, as co-tas altimétricas são em torno de 850 a 900 m. Além das colinas e dos rele-vos residuais, ob-serva-se também ressaltos topográ-ficos, com a frente voltada geralmente para o sudeste.

Patamar de MafraLocaliza-se no extremo norte de

Santa Catarina. Apresenta relevo de colinas com pequena amplitude alti-métrica, formando superfície regular, quase plana.

A cuesta da Serra Geral, que serve de limite em alguns setores entre o Pa-tamar de Mafra e o Planalto dos Cam-pos Gerais, corresponde a um desnível de 300 m normalmente. As altitudes médias são aproximadamente 750 m; as menores cotas são registradas junto ao sopé da cuesta da Serra Geral, em torno dos 650 m.

Serra do MarConstitui-se num prolongamento

para o sul da escarpa do Planalto Pau-listano. No extremo norte de Santa Catarina, o relevo possui vertentes voltadas para leste e para oeste; a vertente leste (atlântica) é a de maior declividade. Esta unidade apresenta conjunto de cristas e picos, separados por vales profundos, com vertentes de forte declividade. A amplitude al-timétrica deve-se à profundidade dos vales, 400 m. Na Serra do Mar se re-gistram as segundas maiores altitu-des encontradas em Santa Catarina, 1 500 m em alguns picos.

Planalto de SãoBento do Sul

Pequena parte desse planalto lo-caliza-se no extremo norte de Santa Catarina, entre as unidades Serra do Mar e Patamar de Mafra. Sua maior extensão está no estado do Paraná. O relevo apresenta formas colino-sas, posicionando-se, altimetrica-mente, entre 850 e 900 m.

Serras do leste catarinenseEstendem-se na direção N—S,

desde as proximidades de Joinvile até Laguna. A principal caracterís-tica do relevo é a seqüência de ser-ras dispostas de forma subparalela. Estas serras apresentam-se, predo-minantemente, no sentido NE—SW, mais baixas em direção ao litoral, terminando em pontais, penínsulas e ilhas. Nas proximidades da linha de costa, as altitudes são em torno de 100 m, enquanto no limite ocidental da unidade, na área de contato com os patamares do alto Rio Itajaí, atin-gem 900 m. Nas serras do Tabuleiro e de Anitápolis há as maiores eleva-ções, ultrapassando 1 200 m em al-guns pontos.

RelevoPARANÁ

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Planícies costeiras

Planícies fluviais

Planalto dissecadoRio Iguaçu / Rio UruguaiPlanalto dos Campos Gerais

Serra Geral

Patamares da Serra Geral

Depressão da zona carbonífera catarinense

Patamares do alto Rio Itajaí

Planalto de Lages

Patamar de Mafra

Planalto de São Bento do Sul

Serra do Mar

Serras do leste catarinense

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onde se observa a coe-xistência da flora tropi-cal e temperada, com-pondo a Floresta de Araucária. A coexis-

tência de floras ad-versas determina o padrão estrutural e fitofisionômico da floresta ombrófila mista, cujo domí-nio desce a 500 m de altitude.

A a raucár ia desempenha papel principal na fisionomia florestal

do planalto. Seu valor paisagístico, porém, foi des-cartado face ao valor econômico. Hoje, esta es-pécie está desaparecendo diante da expansão da fronteira agrícola e exploração madeireira.

Nos ambientes ainda preservados é possível observar a imponente araucária sobre a copagem

de outras espécies, como canelas e, em particular, im-buias, ao lado de camboatás, sapopemas, ervas-mate, bracatingas e tantas outras arbóreas, arbustivas e her-báceas típicas do planalto.

VegetaçãoSanta Catarina, pela situação geográfica, formas de

relevo, natureza de suas rochas e diversificação dos so-los, apresenta variedade ambiental, traduzida na multi-plicidade das paisagens naturais e formações vegetais, distribuídas pelas várias regiões fitogeográficas.

REGIÃO DA FLORESTA AMBRÓFILADENSA (MATA ATLÂNTICA)

Abrange planícies e serras da costa catarinense, com ambientes marcados intensamente pela influência oceâ-nica, traduzida em elevado índice de umidade e baixa amplitude térmica.

As excepcionais condições ambientais da região per-mitiram o desenvolvimento de uma floresta com fisiono-mia e estrutura peculiares, ampla variedade de formas de vida e elevado contingente de espécies endêmicas. Ca-nelas, guamirins, bicuíbas, perobas-vermelhas, cedros, paus-d’óleo, figueiras, olandis, palmiteiros e outras es-pécies de árvores, arvoretas, arbustos, palmeiras, ervas, epífitas e lianas compõem as comunidades vegetais.

REGIÃO DA FLORESTA OMBRÓFILAMISTA (MATA DAS ARAUCÁRIAS)

Transpondo as serras costeiras para o interior, de clima mais ameno, penetra-se no planalto catarinense

REGIÃO DA FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (MATA CADUCIFÓLIA)

No oeste catarinense, descendo o planalto, penetra-se na bacia do Rio Uruguai, por onde se estende o do-mínio da floresta estacional decidual, de 500 a 600 m para baixo, em cujas formações já não se observa a araucária.

Nesses ambientes, freqüentemente marcados por forte dissecação do relevo, vales encaixados e pendentes íngremes, o clima caracteriza-se por acentuada variação térmica e por temperaturas médias mais elevadas do que no planalto. Esses e outros gradientes ecológicos per-mitem o desenvolvimento de flora típica e floresta parti-cularmente interessante por seu dinâmico aspecto fito-fisionômico. A dinamicidade é refletida magnificamente

1. Analise o mapa do relevo catarinense. Localize seu município e identifique a unidade de relevo a que pertence.

2. De maneira generalizada, como se pode classificar o relevo de Santa Catarina?

Vegetação

Vegetação litorâneaMata tropical atlântica

Mata subtropical

CamposMata das Araucárias

PARANÁ

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SESOOCEANO

ATLÂNTICO

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Santa Catarina apresenta relevo bastante acidentado, com formações de depressão, planaltos, planícies e serras. As terras baixas situam-se na porção oriental e na região

costeira e o conjunto de terras altas compreende o divisor de águas e a par te interiorana do Estado.

A critério do aluno.

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HidrografiaSanta Catarina é representada

por dois sistemas independentes de drenagem: o integrado da ver-tente do interior (Bacia do Prata), comandado pelas bacias dos rios Paraná e Uruguai; e o da vertente do Atlântico (litoral de Santa Cata-rina), formado por um conjunto de bacias isoladas.

A Serra Geral é o grande divisor das águas que drenam para os rios Uru-guai e Iguaçu, e das que se dirigem para o litoral catarinense, no Oceano Atlân-tico. No norte do Estado, a Serra do Mar também serve como divisor entre a Bacia do Iguaçu e as bacias da ver-tente atlântica.

O sistema de drenagem da ver-tente do interior ocupa área aproxi-mada de 60 185 km2, equivalente a 63% do território catarinense. Nesse sistema se destaca a Bacia do Uruguai com 49 573 km2, cujo curso apresenta extensão de 2 300 km, da cabeceira principal à foz do Rio Peperi-Guaçu. Essa bacia apresenta afluentes impor-tantes: rios Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó (com seu afluente Chapeco-zinho, formando o maior afluente do Rio Uruguai), Irani, Jacutinga, do Peixe,

Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz parte do mesmo sistema é a do Iguaçu, com área aproximada de 10 612 km2, seus principais afluentes são os rios Jangada e Negro (limite do estado do Paraná), Timbó e Paciência.

O sistema de drenagem da vertente do Atlântico compreende uma área de aproximadamente 35 298 km2, ou seja, 37% da área total do Estado, onde se destaca a Bacia do Itajaí, com 15 500 km2 de área aproximada. Esta bacia tem como rio principal o Itajaí, que conta com dois grandes formadores (rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste) e dois grandes tributários (rios Itajaí do Norte ou Hercílio e Itajaí Mirim) compondo a maior bacia inteiramente catarinense.

Ainda na vertente do Atlântico existem bacias como a do Rio Tuba-rão (5 100 km2), a do Rio Araranguá (3 020 km2), a do Rio Itapocu (2 930 km2), a do Rio Tijucas (2 420 km2), a do Rio Mampituba (divisa com o estado do Rio Grande do Sul, com 1 224 km2), a do Rio Urussanga (580 km2), a do Rio Cubatão (do norte, com 472 km2), a do Rio Cubatão (do sul, com 900 km2) e a do Rio d’Uma (540 km2).

no estrato superior da floresta que anualmente, no in-verno, perde suas folhas, recuperando-as na primavera e permanecendo verdes durante o verão e outono. Como exemplos a grápia, o angico vermelho, o louro-pardo, a ca-nafístula e a guajuvira.

REGIÃO SAVANA (CAMPOS DO PLANALTO)O clima ameno do planalto vem, há milhares de anos,

evoluindo de temperado para tropical, promovendo a na-tural ampliação das florestas sobre os campos. As savanas (campos) compõem-se de grande quantidade de espécies de gramíneas, sobretudo capim-caninha, capim-colchão, grama-forquilha, grama-sempre-verde, grama-missioneira, além de outras, que se misturam a uma variedade de es-pécies de diversas famílias como ciperáceas, leguminosas, verbenáceas e compostas.

ÁREA DAS FORMAÇÕES PIONEIRASA expressão formação pioneira é usada para desig-

nar a vegetação constituída de espécies colonizadoras de ambientes instáveis ou em fase de estabelecimento, isto é,

áreas subtraídas naturalmente a outros ecossistemas ou surgidas em função de atuação dos agentes morfodinâmi-cos e pedogenéticos.

As espécies pioneiras desempenham importante papel na preparação do meio à instalação subseqüente de espé-cies mais exigentes ou menos adaptadas às condições de instabilidade. Conforme o ambiente em que se desenvol-vem, as formações pioneiras classificam-se em: formações de influência marinha, fluviomarinha e fluvial.

A formação de influência marinha denomina-se res-tinga. Cobre dunas, depressões interdunares e outros am-bientes sob influência do mar e, em geral, tem porte arbus-tivo e herbáceo.

A formação fluviomarinha compreende a vegetação de mangue, que surge do contato com ambientes salinos e lodosos.

A de influência fluvial, arbustiva e herbácea com ou sem agrupamentos significativos de palmeiras, desenvolve-se so-bre as planícies aluviais e fluvilacustres. Geralmente é domi-nada por ciperáceas e gramíneas altas, além de compostas e verbenáceas, estabelecidas em locais mais drenados.

Na vertente do interior, os rios apre-sentam, via de regra, perfil longitudi-nal, com longo percurso e ocorrência de inúmeras quedas d’água, represen-tando importante riqueza de potencial hidrelétrico.

Os rios da vertente atlântica pos-suem perfil longitudinal bastante aci-dentado no curso superior, onde a topografia é muito movimentada. No curso inferior, os rios geralmente formam meandros, e os perfis lon-gitudinais assinalam baixas declivi-dades, caracterizando-se como rios de planície.

Os rios de Santa Catarina são nor-malmente comandados pelo regime pluviométrico, caracterizado por chu-vas distribuídas o ano inteiro, garan-tindo, assim, o abastecimento normal dos mananciais. O comportamento da grande maioria dos rios, de acordo com a distribuição das chuvas, é re-presentado por dois máximos (um na primavera e outro no final do verão), e dois mínimos (um no início do ve-rão e outro no outono, com prolonga-mento no inverno), revelando carac-terísticas do regime subtropical.

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Meio ambienteO meio ambiente é formado por to-

dos os elementos que constituem o lu-gar, o espaço onde o homem vive. Fazem parte desse meio os recursos naturais produzidos diretamente pela natureza, como vegetação, rios, solos, e os produ-zidos pelo homem, como edifícios, ruas, agricultura, pontes, barragens, etc.

Os recursos naturais em Santa Catarina, como na grande maioria dos lugares ocupados pelo homem, vêm sendo degradados. Este fato deve-se a três fatores principais: econômico, cultural e legal.

FATOR ECONÔMICO As atividades comerciais e produ-

tivas de forma geral e as condições sociais delas decorrentes são respon-sáveis pelas alterações ambientais ne-gativas, comumente chamadas de po-luição ou degradação ambiental.

Poluir o ambiente é degradar os recursos naturais existentes: ar, água, solo, fauna e flora.

O desenvolvimento econômico envolve um custo ambiental que pre-cisa ser bem-conhecido e avaliado. Apesar de trazer benefícios à popu-lação, ele acarreta sérios danos ao meio ambiente. A cobertura vegetal do Estado originalmente de 81%, hoje é apenas 14%. Se não forem tomadas providências rápidas e eficazes, a pró-pria população sofrerá as conseqüên-cias dos agentes poluidores.

Na região carbonífera, tida como a 14ª área crítica nacional em termos de poluição, a lavra e o beneficiamento do carvão mineral nos últimos anos deixaram um rastro de destruição.

A presença de carvão nos rios compromete a qualidade da água para o abastecimento público, animais, ir-rigação e uso industrial nos estuá-rios dos rios da região. A presença da poluição compromete também a reprodução de peixes e crustáceos, deslocando os pescadores para ou-tras frentes de trabalho.

As terras férteis foram inutilizadas ou esterilizaram-se pela lavra do car-vão mineral a céu aberto e pelo de-pósito de rejeitos de carvão.

Os balneários mais visitados têm apresentado condições de balneabi-lidade bastante prejudicadas pelos esgotos cloacais que, muitas vezes, escorrem por valas, córregos, rios e canalizações pluviais até a pró-pria praia. Há, também, problemas generalizados de má ocupação do solo, destruição de mangues, dunas, entre outros.

No norte, onde predomina o se-tor metal-mecânico, os indicadores da poluição são metais pesados en-contrados na Lagoa de Saguaçu e na Baía da Babitonga reduzindo, assim, a produção pesqueira da região.

No planalto, as indústrias move-leira e de madeira produzem tone-ladas de resíduos sólidos (aparas, serragem, pó de serra), muitas ve-zes lançadas aos rios inadequada-mente. Nos locais em que predomina a agropecuária, o uso indiscriminado de agrotóxicos causa problemas de abrangência estadual.

No Vale do Itajaí, os rios vêm sendo contaminados por despejos de tinturarias têxteis e fecularias, comprometendo seriamente a vida nesses ambientes.

No oeste do Estado, onde pre-valece a agroindústria, a criação de aves e suínos contaminou pratica-mente todos os recursos hídricos. No vale do Rio do Peixe, a indústria de papel despeja seus efluentes nos rios, causando sérios problemas ao meio ambiente.

FATOR CULTURALPara recuperar ambientes degra-

dados e manter os mananciais, faz-se necessário que a população te-nha consciência de que é importante não poluir. Essa conscientização só virá mediante programa de educa-ção ambiental incentivado pelas au-toridades, educadores e pela própria comunidade.

FATOR LEGALOs mecanismos legais e adminis-

trativos são criados para disciplinar e orientar as atividades causadoras da

poluição, bem como proteger e recupe-rar a natureza. Além da legislação não ser cumprida por muitos pela falta de consciência ecológica, a situação agrava-se ainda mais pela insuficiên-cia de fiscalização competente.

Em Santa Catarina, o órgão esta-dual que cuida dos assuntos do meio ambiente é a Fundação de amparo à tecnologia e ao meio ambiente (FATMA), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, que faz parte do Sistema Nacional do Meio Am-biente (Sisnama), coordenado na-cionalmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

As principais atividades da FATMA são: controle da poluição, pelo licen-ciamento ambiental das atividades po-tenciais ou efetivamente causadoras de degradação ambiental; avaliação ambiental, pela aferição da qualidade dos recursos naturais sujeitos à de-gradação; promoção de pesquisas e geração de tecnologia aplicáveis na área ambiental; educação ambiental e proteção dos recursos naturais por meio de legislação e administração de parques e reservas instituídas pelo Estado.

A Secretaria de Estado da Agri-cultura, do Abastecimento e da Irri-gação criou, em 1977, o Distrito Flo-restal, estabelecendo critérios para a ordenação do espaço físico quanto aos locais destinados ao refloresta-mento, bem como às áreas de pre-servação permanente, no sentido de dar atendimento ao setor madeireiro do Estado, dividindo-o em três seto-res: Subdistrito Florestal Celulóico, Subdistrito Florestal Energético e Flo-restas de Preservação. Este abrange praticamente toda a unidade morfo-lógica da Serra do Mar e da Serra Geral, onde se registram as maiores declividades e se localiza a Floresta Tropical Atlântica.

O oeste catarinense não foi en-volvido nas áreas de preservação pela quase total ausência de mata expressiva naquela região, por causa

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da ação degradadora das atividades agrícolas, pastoris e industriais. Além do Distrito Florestal, que proíbe agres-sões às florestas, outras unidades de conservação foram também criadas com a finalidade de dar proteção, não só à flora como também à fauna, aos recursos hídricos e aos solos. Parques, reservas biológicas e estações eco-lógicas são categorias adotadas de acordo com as condições ecológicas de cada área.

Em Santa Catarina, a preocupação do governo em criar unidades de con-servação surgiu em 1975, com a de-cretação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Depois foram criados: Re-serva Biológica Estadual do Sassafrás, Reserva Biológica da Canela Preta, Par-que Estadual da Serra Furada, Reserva Biológica Estadual do Aguaí e Estação Ecológica do Bracinho.

A administração dos parques e re-servas depende da FATMA, com exceção

Berçário giganteGoverno cria área de reprodução de baleia franca no litoral de Santa Catarina

A baleia franca, a mais gorda das nove espécies do mamífero aquático encontradas no Brasil, é também a segunda mais ameaçada de extinção. Estima-se que existam apenas 7 000 exemplares nadando pelo mundo. No litoral de Santa Catarina, porém, elas parecem as donas do território. Com 100 km de extensão, entre o Farol de Santa Marta e o sul da Ilha de Santa Catarina, e 9 km de mar adentro, a nova APA vai garantir que esse lugar continue sendo um berçário de baleias na costa brasileira. É ali que, todo ano, elas se reproduzem e amamentam seus filhotes até que te-nham condições de sobreviver em alto-mar. O turismo de observação de baleias movimenta 500 milhões de dólares e atrai 5 mi-lhões de pessoas para diversas praias do mundo. Em Santa Catarina, muitos donos de hotéis e pousadas estão se equipando para oferecer aos hóspedes uma visão privilegiada do espetáculo das baleias.

da Estação Ecológica do Bracinho, propriedade das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. — Celesc.

No território catarinense somente 236 769,34 hectares de florestas são preservadas mediante ato institucional, correspondendo a 2,44% da superfície territorial. Este índice é preocupante em decorrência dos acelerados processos de desmatamentos para atender o setor madeireiro, a expansão da fronteira agrí-cola e a produção de carvão vegetal.

Veja, 16 jun. 1999. (Adaptado)

1. (Udesc—SC) Sobre o clima de Santa Cata-rina, podemos afirmar que:

a) possui estações bem-definidas com inverno rigoroso, ocorrendo inclusive neve em todo seu território.

b) há ocorrência de chuvas o ano inteiro, com índices plu-viométricos muito altos no inverno.

c) o clima é subtropical com estações bem-definidas.d) sendo um clima equatorial, possui só uma das esta-

ções bem-definidas.

2. (UFSC) Com relação aos aspectos climáticos de Santa Ca-tarina, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s).

01) As massas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias) são responsáveis pela dinâmica do sistema atmosféri-co catarinense.

02) A pluviosidade em Santa Catarina é bem-definida no decorrer do ano, isto é, temos uma estação seca no inverno e outra úmida no verão.

04) A umidade relativa do ar sobre o território catarinense decresce na medida em que nos afastamos do litoral em direção ao interior.

08) De acordo com o sistema de Köppen, existem dois sub-tipos climáticos em Santa Catarina, o Cfa (com verões quentes), e o Cfb (com verões brandos).

16) A Frente Polar Atlântica, gerada a partir do encontro da massa equatorial continental, atua sobre o território catarinense no inverno, provocando seca e ventos que vêm do quadrante norte.

1. As bacias do Negro, Tubarão, Itapocu e Itajaí-Açu, entre outras, freqüentemente assustam os ca-tarinenses com enchentes. Reúna-se com dois colegas e realizem pesquisa sobre os programas de monitora-mento do nível dos rios para prever as cheias e quais as soluções encontradas para evitar as tragédias provoca-das pelas enchentes.

2. O que o governo do Estado e a comunidade têm feito para reverter o quadro de poluição dos rios catarinenses?

Descubra quais os projetos e as campanhas regionais e estaduais de preservação e despoluição dos rios.

3. Com o auxílio do professor investigue as condições da água encanada de sua cidade. Se possível, faça pes-quisa de campo visitando a unidade de tratamento e bus-cando descobrir a origem da água de sua cidade.

4. Para onde vai o esgoto de seu município? Descubra se há rede de esgoto e se existe uma unidade de tratamento.

Soma: 13 (01+04+08)

Atividade Orientação ao pro-fessor 1. As prefeituras po-dem informar quan-to aos programas de monitoramento do ní-vel dos rios. Essas in-formações são noticia-das freqüentemente nos jornais, telejornais e pe-riódicos que circulam no Estado.

2. Citar o projeto Va-mos salvar o Itajaí-Açu!, criado no Esta-do, vinculado à mídia, às escolas e aos de-mais setores, no sen-tido de elucidar a cam-panha de preservação do rio.

4. Ressaltar as con-dições do saneamen-to básico do Estado, lembrando que pe-quena porcentagem dos municípios cata-rinenses possui rede de esgoto.

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3. (Udesc—SC) Sobre o meio ambiente de Santa Catarina, po-demos afirmar:

I. O clima é tropical úmido, com boa distribuição de chuvas.II. Não existe estação ou local seco.III. Nas regiões litorâneas o clima é mais quente e úmido.

Assinale a alternativa correta.a) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.d) Todas as afirmativas são verdadeiras.

4. (Udesc—SC) Sobre o relevo de Santa Cata-rina, é incorreto afirmar:

a) Sua maior parte situa-se entre 800 e 1 200 metros.b) É pouco acidentado e favoreceu a colonização e o de-

senvolvimento da agropecuária.c) As menores altitudes, de zero a 200 metros, estão lo-

calizadas na zona litorânea.d) Seu ponto mais elevado fica na Serra Geral, entre Bom

Retiro e Urubici.

5. (Udesc—SC) Faz parte da vegetação de Santa Catarina: I. Mata Tropical AtlânticaII. Mata dos CocaisIII. Taiga e TundraIV. Mata dos Pinhais (Araucária)V. Mangues

Assinale a alternativa correta.a) Somente são verdadeiras as afirmações I, II, III.b) Somente são verdadeiras as afirmações II, III, V.c) Somente são verdadeiras as afirmações I, IV e V.d) Somente são verdadeiras as afirmações III, IV e V.

6. (Furb/Univali—SC) Santa Catarina, apesar de possuir a maior área florestal nativa da Região Sul, está com seu patrimônio na-tural em adiantado estágio de extermínio. Os campos naturais, como as florestas, cedem lugar à agricultura; a expansão das áreas agrícolas e pecuárias mudou a fisionomia das paisagens, devastando o patrimônio florestal do Estado. Em relação à distribuição da vegetação no estado de San-ta Catarina, é correto afirmar:

a) A Mata Atlântica está presente nas planícies e serras da costa catarinense, com ambientes marcados forte-mente pela influência oceânica.

b) Os campos concentram-se principalmente na região do Planalto Norte.

c) A Mata Atlântica, predominantemente no meio-oeste, está em franca recomposição, graças ao replantio e re-florestamento particular e oficial.

d) Na microrregião de Chapecó encontramos a maior con-centração de restingas.

e) A Mata das Araucárias desempenha papel principal na fisionomia florestal do Vale do Itajaí.

7. (Furb/Univali—SC) Sobre a hidrografia da Região Sul do Brasil é correto afirmar:

a) O principal rio catarinense é o Uruguai e tem como afluentes principais os rios Chapecó, do Peixe, Itajaí e Itapocu.

b) Os rios da Região Sul caracterizam-se por ser predo-minantemente de planícies. Portanto, com baixo poten-cial hidroelétrico.

c) Trechos dos rios Uruguai, Pelotas e Mampituba ser-vem de limite entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

d) O tipo de foz predominante nos rios da região é o del-ta, o que explica as inúmeras ilhas encontradas no li-toral Sul do Brasil.

e) Em relação ao volume de água, predominam na Re-gião Sul os rios do tipo temporários ou intermitentes.

8. (Acafe—SC) Sobre as condições hídricas de Santa Cata-rina é incorreto afirmar:

a) Na Ilha de Santa Catarina, os lençóis de águas subterrâ-neas também estão ameaçados em função do desconhe-cimento da população, do descaso das autoridades e do crescimento desordenado da cidade e dos balneários.

b) No Estado catarinense não há escassez nem desperdí-cio de água potável e isso se justifica por um equilíbrio tanto no crescimento populacional como no dinamismo de sua economia, que serve de modelo para a nação.

c) Santa Catarina tem fartura de águas superficiais, po-rém, existem alguns problemas decorrentes de estia-gens prolongadas, além da poluição por diferentes agentes, como é o caso dos dejetos de suínos.

d) A qualidade da água catarinense está comprometida, em grande parte, pelo carvão no sul, pela suinocultu-ra no oeste, pela celulose no planalto.

e) O complexo Lagunar de Imaruí, Mirim e Santo Antônio dos Anjos vem sendo poluído por metais pesados da extração e beneficiamento do carvão, resíduos domés-ticos e industriais.

9. (Udesc—SC) Em 14 de setembro de 2000 o presidente da República assinou um decreto criando a Área de Proteção (APA) da Baleia Franca, no litoral de Santa Catarina, região considerada berçário desses cetáceos e um dos melhores pontos de observa-ção dessa espécie no Brasil. Essa medida tem por objetivo:

a) facilitar a reprodução de baleias em cativeiro aumen-tando seu número para o abate, transformando-a em uma nova fonte de renda para o Estado.

b) aumentar a extração e exportação do óleo de baleia, como foi praticado em larga escala no litoral catarinen-se, no século XVIII.

c) tornar o Estado o único produtor e defensor das ba-leias no sul do continente americano, evitando concor-rências desleais nesse setor.

d) proteger a diversidade biológica, além de incrementar o turismo na região em que as baleias aparecem em maior número anualmente.

10. (Acafe—SC) Leia atentamente as preposições sobre o am-biente em Santa Catarina e assinale a alternativa incorreta.

a) A região carbonífera é a área de maior degradação, em face da lavra e do beneficiamento do carvão que dei-xaram um rastro de destruição.

b) Ao longo do litoral, os balneários mais visitados apresen-tam condições de balneabilidade muito prejudicadas pelo excesso de esgotos cloacais e má ocupação do solo.

c) A Baia da Babitonga tem recebido, constantemente, metais pesados vindos do setor metal-mecânico, que acabam por afetar enormemente a pesca na região.

d) No Vale do Itajaí, onde o destaque é a indústria têxtil, o problema ambiental é o despejo das tinturarias que contaminam os rios da região.

e) O Rio do Peixe é receptor de afluentes das indústrias moveleiras e metalúrgicas situadas ao longo do curso, porque são em número pequeno, ainda não causam preocupação em termos ambientais.

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Quadro

eco

nômico

Oito mil empregos!A indústria catarinense vai investir R$ 1,23 bilhão dentro do Esta-

do. Estima-se que serão criados oito mil novos empregos. Nos últimos anos, multiplicaram-se, na mídia catarinense, manchetes festejando o incremento da produção industrial. O Estado é alvo de investimentos externos, atraídos por facilidades fiscais, proximidade de outros cen-tros produtores, satisfatória rede de transportes, mão-de-obra quali-ficada e consumidores, principalmente o Mercosul.

Na sua opinião, quais os reflexos da expansão industrial para os demais se-tores da economia?

A Notícia, 1º set. 2001.

Orientação ao professor — Instigue os alunos com perguntas como: será que o avanço industrial prejudica a agricul-

tura e os pequenos proprietários de terra?

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IndústriaResponsável por mais de 30% do produto bruto es-

tadual, a indústria catarinense encontra-se ligada a se-tores tradicionais (alimentar e têxtil) e dinâmicos (pape-leiro e metal-mecânico).

O setor industrial acompanhou o desenvolvimento re-gistrado no Brasil após 1930. Nota-se o aproveitamento de setores conhecidos pelos imigrantes, caso das indús-trias têxtil e metal-mecânica. De maneira geral, a inexis-tência de cidades de grande porte contribui para que o Estado não apresente grandes concentrações industriais. Desde a década de 1960, o estabelecimento de novas rodovias em outras regiões do país e no próprio Estado, impulsionou a indústria catarinense.

As empresas industriais estão agrupadas em pólos regionais especializados, destacando-se o de cerâmica, o têxtil, o eletro-metal-mecânico, o agroindustrial, o de madeira e o de papel. São cerca de 43 mil indústrias que empregam, aproximadamente, 365 mil trabalhadores.

Complexos industriais

Oeste catarinense Agroindústria, alimento e madeira

Planalto norte Móveis, erva-mate, madeira

Nordeste catarinenseEletro-metal-mecânica, informática, plástico rígido (pvc), têxtil e vestuário

Vale do Itajaí-AçuTêxtil, vestuário, naval, agroindústria, informática, metal-mecânica, mineral não-metálico (calcário), pescado

Vale do Tijucas Cerâmica e calçado

Grande FlorianópolisInformática, material gráfico, móveis, vestuário

Sul catarinenseCerâmica, calçado, carvão mineral, fécula, plástico descartável, têxtil

Região serranaPlanalto de Lages — papel, papelão, celulose, madeira

TurismoDurante o ano todo, especial-

mente em outubro, festas animam e atraem turistas de várias regiões do país. As mais expressivas são: Oktoberfest (Blumenau), Marejada (Itajaí), Fenarreco e Festa de Azam-buja (Brusque), Fenatiro, Fenashopp, Festa das Flores e Festival de Dança (Joinvile), Festilha (São Francisco do Sul) e Schutzenfest (Jaraguá do Sul).

Anualmente, a tradicional Oktoberfest atrai milhares de turistas para a cidade de Blumenau.

Recortado por rochas que for-mam costões, baías e enseadas de areia limpa e águas claras, o litoral catarinense tem característica muito própria. São 530 km de costa situa-dos em 155 balneários.

Os balneários mais importan-tes, de acordo com pesquisa reali-zada pela Embratur são:

ItapemaSituado às margens da BR—101, a

cerca de 60 km da capital, no sentido sul—norte, esse balneário é conside-rado o sétimo mais visitado do Bra-sil pela pesquisa Embratur 2001, rece-bendo, em média, duzentos e vinte mil turistas, sendo trinta mil estrangeiros.

Balneário CamboriúSituado às margens da BR—101, a

74 km da capital, no sentido sul—norte, esse balneário recebe em média cerca de oitocentos mil turistas nos meses de temporada de verão, desses, du-zentos mil são dos países do Merco-sul, notadamente da Argentina.

São Francisco do Sul Esta cidade, com 496 anos, pos-

sui praias como a da Enseada, muito procurada por paranaenses.

São Francisco do Sul possui ruas estreitas e casarios da época do Brasil Colônia tombados pela Se-cretaria do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional (SPHAN).

Da capital até a divisa com o Rio Grande do Sul, a natureza também é pródiga em belezas naturais. Situa-das na Grande Florianópolis, no mu-nicípio de Palhoça, encontram-se as praias de Pinheira, Guarda do Embaú e dos Sonhos, com recantos paradi-síacos pouco conhecidos pelos turis-tas. Nessa região é possível encontrar as melhores ostras do país.

As praias de Imbituba também possuem grande potencial turístico. As praias do Rosa, da Vila e Ibiraquera são consideradas paraíso dos surfis-tas e um dos melhores pontos de ob-servação da baleia-franca.

Laguna Bastante visitado por turistas

de várias regiões, inclusive do exte-rior, esse balneário situa-se a pouco mais de 100 km da capital, com praias como as do Mar Grosso, do Gi e da Tereza.

Teleférico, atração de Camboriú

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O Farol da Santa Marta, ponto de muita atração, construído em 1891, é o terceiro do mundo e o primeiro das Américas em alcance (92 km).

Laguna está situada entre a Serra do Mar, à margem de um complexo la-gunar, formado pelas lagoas de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, Mirim, Santa Marta, do Camacho, da Man-teiga e outras menores. Destas lagoas os pescadores tiram camarão. No cen-tro de Laguna, os antigos casarios tombados pela Secretaria do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional contam um dos mais importantes epi-sódios brasileiros: a Revolução Far-roupilha ou, como ficou mais conhe-cida, a Guerra dos Farrapos.

Ainda pela BR—101, o roteiro mos-tra um litoral mais aberto, de mar mais grosso e com muitas belezas.

Em direção ao Rio Grande do Sul, vizinho à cidade de Criciúma, encon-tra-se o município de Içara e a Praia do Rincão, a 180 km de Florianópolis, e uma boa plataforma de pesca aden-trando o mar 400 m.

FlorianópolisCom 155 km2, a i lha possui

42 pra ias com bom índice de bal-neabilidade. As mais conhecidas são:

Desde 1999, Florianópolis passou a desenvolver mais intensamente o turismo de eventos. Feiras e exposi-ções passaram a fazer parte do ca-lendário anual com o surgimento do Centro Sul, pavilhão inteiramente construído para esses fins.

Interior catarinense No rastro do minuano, o vento sul

do vizinho Estado gaúcho, o turista entra em Santa Catarina por Passo de Torres (BR—101) para chegar à Praia Grande. Apesar do nome, ali não existe mar, mas um dos manan-ciais de águas mais limpas e potá-veis do país. Praia Grande faz divisa com Itaimbezinho, no lado gaúcho, onde está o Parque dos Aparados da Serra. Nele situa-se o Cânion do

Reúna-se com três colegas. Visitem e fotografem os pontos turísticos de sua cidade e, com o auxílio do professor de língua portuguesa, construam um texto sobre os aspectos turísticos de seu município. Montem cartazes com as fotos e o texto, criem legendas para as imagens e exponham os trabalhos em local de destaque da escola.

dos Ingleses, Santinho, Jurerê, Ca-nasvieiras, Brava, Joaquina, Arma-ção, Mole e Campeche.

Considerada a capital turística do Mercosul, Florianópolis vem atraindo turistas o ano inteiro. Além do movi-mento natural dos meses de verão, a ilha tem sido divulgada no mundo in-teiro durante os circuitos de surfe e de locais para mergulho, como o da Ilha do Arvoredo, hoje reserva biológica. No centro da cidade, a Praça XV, com a centenária figueira, é local bastante procurado pelos turistas, assim como a Ponte Hercílio Luz, primeiro acesso rodoviário continente—ilha.

Itaimbezinho e a cachoeira Véu de Noiva, com mais de 100 m de queda livre. A parte catarinense dos Apara-dos da Serra fica exatamente embaixo, onde cai a água das cachoeiras. Nessa região, outros cânions têm maravi-lhado os amantes do turismo agreste e aventureiros em busca de esportes radicais. É o caso do Cânion de Mala-cara. Situado em Santa Catarina, no município de Praia Grande, esse câ-nion é maior e mais profundo que o do Itaimbezinho. Mesmo assim, muito pouco explorado. Como grande parte do município é de área rural e pre-servação ambiental, a prefeitura está oferecendo incentivos especiais para desenvolver o turismo ecológico na região.

Saindo da BR—101, entramos na Serra do Rio do Rastro (antiga Serra do Doze). É nas margens dessa es-trada que se encontram municípios de colonização italiana, como Urus-sanga; onde se toma vinho de boa qualidade. Produtos coloniais como queijos e outros derivados de leite também estão à disposição dos vi-sitantes.

A critério do aluno.

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PARANÁ

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SESO

OCEANO ATLÂNTICO

Rodovias

BR—282

BR—158BR—163

BR—470BR—153

BR—116 BR—101

BR—280

RIO GRANDE DO SUL

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TransportesA rede de transportes é fundamental para o bem-es-

tar da população e o desenvolvimento econômico. Ao ob-servarmos o sistema de transportes de Santa Catarina extraímos informações importantes sobre o processo de ocupação do território e desenvolvimento econômico.

RODOVIASAs rodovias catarinenses abraçam boa parte do vo-

lume de cargas e praticamente todo o transporte de pas-sageiros. O estado detém 61 115 km de rodovias. Den-tre as principais estão:

Rodovias de integração nacional: BR—101 corta o litoral catarinense de São João do Sul até Garuva; BR—116 atravessa o planalto e região serrana de Ma-fra / Rio Negro (PR) até Lages / Vacaria; BR—153 per-corre a região de Concórdia; BR—163 passa pela região de São Miguel do Oeste, acompanhando a fronteira com a Argentina.

Rodovias transversais ou de penetração estadual: BR—280, no norte do Estado, liga São Francisco do Sul a Porto União; BR—282, embora incompleta, ligará Flo-rianópolis a São Miguel do Oeste.

Rodovias de ligação: BR—470 corta o Vale do Ita-jaí ligando o litoral até as regiões serrana e oeste (Nave-gantes a Campos Novos); BR—480 atravessa a região de Chapecó e também acompanha a fronteira com a Ar-gentina.

PORTOSO grande litoral de Santa Catarina, voltado para o

Oceano Atlântico, oferece boas condições de navegabi-lidade para o transporte de cabotagem ou de longo per-curso. Também o estabelecimento dos portos é facilitado, haja vista os portos serem do tipo natural.

Tais características denotam a importância atribuída aos terminais marítimos catarinenses, seja no contexto estadual, regional ou do Mercosul.

Os principais portos catarinenses são:— São Francisco do Sul: instalado em ilha homônima,

na Baía da Babitonga, é um grande terminal granelei-ro e de contêineres. O acesso ao porto de São Fran-cisco do Sul é possibilitado vias rodovia e ferrovia. Próximo à cidade de São Francisco se encontra o ae-roporto de Joinvile, atribuindo ao porto a qualidade de intermodal.

— Itajaí: situado na foz do Rio Itajaí-Açu é importante no escoamento de mercadorias produzidas no vale. O porto oferece terminal turístico para recepção de cruzeiros marítimos.

— Imbituba (Porto Henrique Lage): no litoral sul, movi-menta cargas em geral. Privatizado em 1942 numa con-cessão de 70 anos à Companhia Docas de Imbituba.

— Laguna: terminal pesqueiro que se encontra em es-tado de abandono.

AEROPORTOS Santa Catarina possui mais de trinta aeródromos, sendo

os mais importantes: Florianópolis (Hercílio Luz — inter-nacional), Navegantes, Joinvile, Criciúma, Blumenau e

Lages.O transporte entre as cidades é muito pequeno. Todas

as grandes empresas operam no Estado promovendo a ligação com as demais regiões do Brasil.

Pelo aeródromo de Florianópolis realizam-se vôos internacionais. Destaca-se também o aeródromo de Na-vegantes pela proximidade com as praias de Balneário Camboriú e de Penha.

FERROVIASSanta Catarina tem 1 374 km de ferrovias. Todos os

trechos, antes coordenados pela Rede Ferroviária Fede-ral S/A, foram privatizados.

Embora não constitua uma rede, a malha ferroviária, desde o Porto de São Francisco do Sul, liga o litoral aos ra-mais do planalto e também a outras regiões do Brasil.

Portos e aeroportos catarinenses

Portos

Aeroportos com linhasregularesAeroportos sem linhasregulares

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SESOOCEANO

ATLÂNTICO

RIO GRANDE DO SUL

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Imbituba

Laguna

Lages

Criciúma

Itajaí

Navegantes

Joinvile

Chapecó

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Agricultura Está diretamente ligada à ocupa-

ção e à história do Estado. No litoral e vales atlânticos de ocupações aço-riana, alemã e italiana, desenvolveu-se a policultura de subsistência. No planalto, meio-oeste e oeste, a fixa-ção de paulistas e gaúchos de forma mais tardia, desenvolveu as proprie-dades de maior porte, com destaque à pecuária.

Quanto ao tamanho dos lotes ru-rais, predominam as pequenas e mé-dias propriedades (minifúndios), ainda ligadas à estrutura familiar.

O setor agrícola representa im-portante atividade na economia ca-tarinense, respondendo por 17% do PIB estadual. O agrobusiness contribui com mais de 40% do PIB estadual. Os três mil estabelecimentos de indústrias agrícolas e agro-alimentares respon-dem por 19% da renda, empregando cerca de 35 mil pessoas.

Contudo, o território para a pro-dução agrícola apresenta considerá-veis limitações. O relevo bastante aci-dentado, associado às extensas áreas pedregosas e afloramento de rochas,

atua como fator limitante, permitindo uso a práticas convencionais de ma-nejo de apenas 30% dos solos. Não obstante, 25% de seu território é ocupado com áreas cultivadas.

Santa Catarina está entre os seis principais estados produtores de ali-mentos e apresenta os maiores índices de produtividade por área pela capa-cidade de trabalho e inovação do agri-cultor, bem como o emprego de tec-nologias de ponta e o caráter familiar de mais de 90% das 203 000 proprie-dades agrícolas catarinenses.

PecuáriaNas porções do planalto, meio-oeste e oeste, as ativi-

dades de criação animal, iniciadas pelos paulistas e gaúchos, ganham nova dinâmica pela implantação do sistema inte-grado de criação, atrelado às necessidades do setor agroin-dustrial. Cidades como Chapecó, Caçador, Seara, Joaçaba e Videira abrigam grandes frigoríficos, a exemplo da Perdi-gão, Sadia e Seara.

Em reconhecimento à qualidade dos produtos e por es-tar livre da febre aftosa, Santa Catarina atinge mercados na-cionais e internacionais.

A pecuária catarinense ganha destaque pelo volume de

produção, produtividade aferida e qualidade atingida no setor.

As ferrovias catarinenses movimentam os seguintes produtos: farelo de soja, combustíveis, fertilizantes, ma-deira, cimento, areia, carvão mineral, sucatas de metal e papel.

Rede ferroviária — Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina: totalmente

em território catarinense, não está conectada à rede ferroviária nacional. Liga Criciúma ao Porto de Im-bituba e foi construída para escoar o carvão mine-ral da região. Atualmente, com a decadência da in-dústria carvoeira, limita-se ao transporte de carvão mineral de Siderópolis (ramal desde Criciúma) até

Tubarão — Usina Termoelétrica do Capivari (Jorge Lacerda).

— Estrada de Ferro Porto União / São Francisco do Sul: no norte e nordeste do Estado, passando por Joinvile, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra.

— Ferrovia do Contestado São Paulo—Rio Grande: cruza todo o Vale do Rio do Peixe.

— Trecho do Tronco Principal Sul: corta o planalto desde Mafra em direção ao sul.

— Estrada de Ferro Trombudo Central / Blumenau: ferrovia do início do século, hoje desativada. Prefei-turas do Alto Vale do Itajaí desejam reativar o trecho Rio do Sul / Ibirama para fins turísticos.

A rodovia de integração nacional BR—101, que corta o litoral catarinense, é conhecida popularmente como “corredor da morte”. Após vários protestos populares e acordos governamentais, iniciou-se a obra do projeto de duplicação da BR—101. Pesquise quais trechos já estão duplicados, se ainda existem trechos em construção e, principalmente, a origem da verba para essa gigantesca obra.A critério do aluno.

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Agropecuária catarinense

Regiões Agricultura (principais produtos) Pecuária (principais criações)

Oeste catarinense

Planalto norte

Nordeste catarinense

Vale doItajaí-Açu

Vale do Tijucas

Grande Florianópolis

Sul catarinense

Região serrana

Reúna-se com três colegas. Pesquisem os produtos agropecuários produzidos no Estado e preencham a tabela com os principais.

ExtrativismoEXTRATIVISMO ANIMAL

Santa Catarina é importante produtor de pescados e crustáceos e o mais importante produtor de ostras e mexilhões cultivados no país (maricultura).

Nos últimos anos, a pesca artesanal vem sendo suplantada pelo modelo industrial. Itajaí, Navegantes, Florianópolis, Laguna, Governador Celso Ramos e Ja-guaruna são destaques na produção pesqueira do Es-tado.

EXTRATIVISMO VEGETAL Santa Catarina é o terceiro maior Estado produtor de

papel e celulose do país, com 900 mil toneladas anuais. O extrativismo vegetal ocorre com maior intensidade nas

regiões do Planalto de Canoinhas, meio-oeste e princi-palmente no Vale do Rio do Peixe.

EXTRATIVISMO MINERALSanta Catarina possui a segunda maior reserva de

quartzo do país e grande concentração de argila cerâmica, bauxita e pedras semipreciosas. Petróleo e gás natural na plataforma continental e uma das maiores reservas na-turais de água subterrânea potável do mundo (reserva Botucatu) complementam o rol privilegiado de recursos naturais de Santa Catarina. O Estado ainda detém uma das maiores reservas de carvão mineral (2,4 bilhões de toneladas), de fluorita em produção (5,5 milhões de to-neladas) e de sílex (5,8 milhões de toneladas).

Feijão, milho, soja, fumo e cebola Abelhas

Arroz e banana Bovinos, peixes, mariscos e ostras

Cebola, mandioca, arroz, fumo, batata-inglesa, cana-de-açúcar, batata-doce, milho

Bovinos (leite), suínos, mariscos, ostras e peixes

Cebola, cana-de-açúcar, banana, mandioca Bovinos (cor te), mariscos e ostras

Fumo, cebola, feijão, mandioca na microrregião do Tabuleiro Abelhas, mariscos e ostras

Fumo, mandioca, arroz, milho, banana, uva Suínos, aves, maricultura

Maçã, milho, feijão, soja, fumo, cebola Bovinos (cor te e leite), abelhas, peixes

Alho, milho, soja, feijão, uva, laranja, pêssego, tangerina e mandioca

Suínos, aves, bovinos, abelhas e peixes

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As microrregiões geográficas constituem outra di-visão territorial, tanto para fins didáticos quanto estatís-ticos. Compreendem o agrupamento de vários municí-pios que apresentam, entre si, características naturais e socioeconômicas semelhantes. Segundo a divisão ela-borada pelo IBGE, Santa Catarina possui 20 microrre-giões geográficas:

Microrregião de São Miguel d’Oeste — área que abrange os municípios localizados nas bacias dos rios Peperi-Guaçu e das Antas; colonizada por alemães e ita-lianos vindos de colônias do Rio Grande do Sul. Predo-minam as pequenas propriedades, com destaque para a produção de milho, soja, feijão, aves e suínos.

Microrregião de Chapecó — municípios localiza-dos no oeste catarinense e povoada por alemães e ita-lianos vindos de colônias gaúchas. Possui zonas de ex-trativismo vegetal e policultura, destacando-se a cultura do milho (associada à suinocultura), soja, feijão, laranja, tangerina e uva.

Microrregião de Xanxerê — municípios localizados na Bacia do Rio Chapecó, no oeste catarinense. Coloni-zada por alemães e italianos vindos do Rio Grande do Sul, predomina a policultura, com destaque para o milho, ce-bola, soja e feijão, além da criação de suínos e aves.

Microrregião de Joaçaba — municípios situados no Vale do Rio do Peixe. Povoada por colonos descendentes de europeus, tem sua economia baseada na agricultura, destacando-se as culturas do milho e da uva. Na pecuá-ria, sobressaem a suinocultura e a avicultura.

Microrregião de Concórdia — municípios localizados nas bacias dos rios Irani e Jacutinga, no oeste catarinense. Colonizada por alemães e italianos vindos do Rio Grande do Sul, predomina a cultura do milho associada à suino-cultura, além das indústrias de produtos alimentares.

Divisão microrregional geográficaMicrorregião de Canoinhas — parte do planalto

tabular suavemente dissecado pela Bacia do Iguaçu. Povoada por imigrantes paulistas recebeu colonização alemã e eslava. Apresenta policultura intensiva, porém predomina o setor secundário, com destaque para as in-dústrias madeireiras.

Microrregião de São Bento do Sul — os municípios localizados na Bacia do Rio Negro, no norte do Estado, foram povoados por paulistas e por alemães. Destaca-se a indústria moveleira.

Microrregião de Joinvile — marcada pelo Rio Ita-pocu, de colonização vicentista e alemã, destaca-se como zona industrial, possuindo também policultura e porto para exportação e importação.

Microrregião de Curitibanos — situada na área de transição entre o Planalto de Lages e o Vale do Rio do Peixe. Povoada por descendentes de italianos oriun-dos do Rio Grande do Sul, constitui zona de grande expressão agrícola, pecuária extensiva e comércio bem ativo.

Microrregião dos Campos de Lages — situada em áreas de planalto suave, coberta de campos e povoada por descendentes italianos oriundos do Rio Grande do Sul. Há predomínio da atividade pecuária extensiva e das indústrias de papel e celulose.

Microrregião de Rio do Sul — área dissecada pe-los rios Itajaí do Norte, do Oeste e do Sul, de relevo acidentado e zonas de pequenas propriedades e colo-nizada por alemães e italianos. Há predominância da cultura do fumo e da criação de rebanho bovino des-tinado à produção de leite e derivados; há poucas in-dústrias, sobressaindo-se as de madeira e produtos alimentares.

A descoberta de uma jazida de pe-tróleo de altíssima qualidade na Ba-cia de Santa Catarina foi anunciada pela Petrobras em outubro de 2001. A jazida está localizada ao sul dos campos Coral e Estrela, a 170 km de Itajaí.

O bloco descoberto é divido em três zonas, cada uma com 20 m de espessura. A primeira zona começou a ser testada em novembro de 2002, sendo compro-vada a alta qualidade do óleo.

A zona já testada pode produzir tran-qüilamente seis mil barris diários. No

conjunto, a área total poderá ter capa-cidade de produzir em torno de 10 mil barris diários.

A Petrobras opera o bloco junto com três outras empresas na exploração da nova jazida.

Estado de Santa Catarina tem petróleo de alto nível!

Pesquise sobre a disputa entre Paraná e Santa Catarina pela posse das jazidas.

Diário Catarinense — economia, 10 dez. 2002. (Adaptado)

A critério do aluno.

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Microrregião de Blumenau — situa-se no médio Vale do Rio Itajaí-Açu, onde sobressai a colonização alemã. Apresenta intensa área industrial e comercial; zona de pequenas propriedades rurais, com predominância da policultura.

Microrregião de Itajaí — área de planície costeira junto à foz do Rio Itajaí-Açu e Itapocu. Apresenta coloni-zação diversificada de açorianos, alemães e italianos. É zona de intenso turismo, possuindo também policultura e um porto para exportação e importação.

Microrregião de Ituporanga — localizada nas ba-cias dos rios Itajaí do Sul e Itajaí Mirim, em relevo aci-dentado. Colonizada por alemães e italianos, predomina a pequena propriedade com policultura, onde se desta-cam a cebola, a mandioca e o feijão.

Microrregião de Tijucas — na Bacia do Rio Tiju-cas, oeste da microrregião de Florianópolis, apresenta relevo acidentado. Predomínio da colonizações italiana e alemã; zona industrial e de policultura.

Microrregião de Flo-rianópolis — localizada em torno da capital. Coloni-zada por vicentistas e aço-rianos, apresenta atividade rural hortigranjeira, pesca abundante, centro adminis-trativo, cultural, comercial e de serviços.

Microrregião do Ta-buleiro — a oeste da mi-crorregião de Florianópolis, região bastante monta-nhosa, predomínio de pe-quenas propriedades e da policultura, com destaque para a cebola e a produção de mel de abelha.

Microrregião de Tubarão — a maioria dos mu-nicípios desta região fica na Bacia do Rio Tubarão. Apresenta significativa área litorânea, colonizada prin-cipalmente pelos vicentistas. A agricultura é pouco ex-pressiva e a pesca abundante. O interior é colonizado por italianos e destaca-se pela agricultura, principal-mente cultura de arroz, mandioca e fumo. As princi-pais indústrias desta microrregião estão ligadas ao sistema carbonífero.

Microrregião de Criciúma — abrange os municípios localizados na bacia carbonífera; colonização predomi-nantemente italiana. A agricultura é sobrepujada pela ex-tração de carvão mineral e indústria cerâmica.

Microrregião de Araranguá — compreende o litoral sul catarinense, além de áreas da escarpa da Serra Ge-ral. Com povoamentos açoriano, italiano e alemão, tem na agricultura sua ação mais intensa e apresenta peque-nas propriedades.

1. (Acafe—SC) Santa Catarina é um Estado com destaque nacional por sua economia dinâmica e bastante diver-sificada . A alternativa que não condiz com o enunciado acima é:

a) O turismo é uma atividade promissora, em função do potencial diversificado, como por exemplo os balneá-rios, as cidades históricas, as festas populares e o eco-turismo. O oeste é a região agrícola mais forte onde os produtores rurais trabalham em integração com as agroindústrias.

b) Empresas catarinenses como a Tigre, a Embraco, a Weg e a Douat Inox têm seus produtos vendidos em vários países.

c) Além do carvão, o sul catarinense apresenta a maior concentração de pisos e azulejos cerâmicos do país.

d) O destaque nacional da produção agrícola catarinense deve-se ao enorme padrão de concentração da terra.

2. (Udesc—SC) Nas proposições abaixo, assinale a alternati-va incorreta.

a) Os principais produtos agrícolas catarinenses são mi-lho, arroz e soja.

b) A maçã é o produto mais expressivo da cidade de Frai-burgo.

c) Na região sul do Estado estão localizadas as maiores fábricas de descartáveis plásticos.

d) A maricultura é uma atividade em amplo desenvolvi-mento nas cidades do oeste catarinense.

Divisão microrregional geográfica

OCEANO ATLÂNTICO

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PARANÁ

RIO GRANDE DO SUL

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452 — Microrregião de São Miguel d’Oeste453 — Microrregião de Chapecó454 — Microrregião de Xanxerê455 — Microrregião de Joaçaba456 — Microrregião de Concórdia457 — Microrregião de Canoinhas458 — Microrregião de São Bento do Sul459 — Microrregião de Joinvile460 — Microrregião de Curitibanos461 — Microrregião dos Campos de Lages462 — Microrregião de Rio do Sul463 — Microrregião de Blumenau464 — Microrregião de Itajaí465 — Microrregião de Ituporanga466 — Microrregião de Tijucas467 — Microrregião de Florianópolis468 — Microrregião do Tabuleiro469 — Microrregião de Tubarão470 — Microrregião de Criciúma471 — Microrregião de Araranguá

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3. (Acafe—SC) Sobre a estrutura fundiária de Santa Catarina, podemos afirmar:

I. Imigrantes italianos, árabes e açorianos fixaram-se no oeste catarinense, constituindo pequenas proprieda-des rurais.

II. Encontramos uma concentração de latifúndios no lito-ral catarinense.

III. O Estado catarinense destaca-se pela pequena proprie-dade rural, com exploração da mão-de-obra familiar.

IV. Na microrregião de Florianópolis predominam as pe-quenas propriedades que produzem hortigranjeiros para a capital.

Analise as afirmativas acima e assinale a alternativa correta.a) Somente as afirmações I e II são verdadeiras.b) Somente as afirmações I e III são verdadeiras.c) Somente as afirmações II e IV são verdadeiras.d) Somente as afirmações III e IV são verdadeiras.

4. Sobre a pesca artesanal em Santa Catarina, assinale a al-ternativa incorreta.

a) Os grandes barcos de pesca industrial são os respon-sáveis pela dizimação das espécies, com a captura pre-datória. Os chamados atuneiros fazem arrastões perto da praia, em busca de peixes jovens, para utilizá-los como isca em alto mar.

b) Os mais de 500 km do litoral abrigam centenas de pe-quenas comunidades que ainda cultivam hábitos arte-sanais de pesca.

c) O Estado nunca foi grande produtor de pescado, pois a pesca artesanal representou no máximo 10% da pro-dução total de pescados.

d) No verão os pescadores viram “hoteleiros” e oferecem as próprias casas para o aluguel a turistas, como for-ma de garantir outra fonte de renda.

5. Sobre a agroindústria catarinense, considere os itens que se seguem:

I. Seu eixo de desenvolvimento é o oeste catarinense.II. É um setor que emprega técnicas obsoletas, apresen-

tando resultados poucos significantes.III. Trabalha no sistema integrado, aliando interesses da

indústria e do produtor.IV. Ocupa lugar de destaque na economia catarinense,

atingindo até o mercado internacional.

V. O grande problema está na persistência da febre afto-sa, doença que atinge cerca de 30% do rebanho esta-dual.

VI. Trabalha exclusivamente com rebanho ovino.

Estão corretos: a) I, II e IIIb) I, III e IVc) I, II, III e Vd) I, III, IV e VI

6. (Udesc—SC) A atividade portuária é um serviço público fe-deral, passível de concessão tanto para governos quanto para a iniciativa privada. Os portos catarinenses administrados por concessão atribuída ao Estado, a um município e à iniciativa pri-vada são, respectivamente, os de:

a) Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba. b) Imbituba, Itajaí, São Francisco do Sul.c) Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul.d) São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba.

7. (Udesc—SC) A duplicação da BR—101 (trecho sul) está enfrentando um impasse na região do Morro dos Cavalos, em Palhoça, com relação à construção de um túnel naquele local, porque:

a) na região vive uma comunidade indígena guarani que pode ser prejudicada.

b) técnicos do Ibama não permitem a sua construção por ela agredir o meio ambiente.

c) famílias de posseiros não aceitam sair dali sem uma indenização.

d) donos de uma mina de carvão exigem a alteração no traçado da estrada.

8. Sobre os transportes em Santa Catarina é correto afirmar que:

a) a rede de estrada de ferro no Estado vem sendo forte-mente ampliada nos últimos anos, buscando facilitar o escoamento de nossa produção agrícola e industrial.

b) a BR—101, sendo a mais importante rodovia longitudi-nal federal em Santa Catarina, passa por obras de du-plicação.

c) o transporte fluvial no Estado tem contribuído para uma efetiva redução do frete.

9. O estado de Santa Catarina é exportador de vários produtos. Assinale a alternativa que contenha somente produtos que não são exportados pelo Estado.

a) Maçã e carrocerias para ônibusb) Carne suína e compressor para refrigeraçãoc) Frango e calçadod) Rosa e melancia

10. São 14 as empresas catarinenses listadas entre as mil maio-res da América Latina. As três primeiras da fila são do setor ali-mentar — a Ceval, 96º lugar, a Sadia, 106º, e a Perdigão, 180º. A Seara completa o rol das grandes nesse setor. Três de ener-gia — Eletrosul, Celesc, Gerasul também constam na relação, bem como a privatizada Telesc Celular e a estatal Casan. Duas

do ramo têxtil — Teka e Hering — e Embraco, Tigre e Weg com-pletam o grupo das principais empresas de Santa Catarina.

Pela afirmação é correto afirmar que:a) as empresas mencionadas comercializam seus produ-

tos no âmbito nacional e do Mercosul, não atingindo os exigentes mercados norte-americano e da União Euro-péia .

b) é curioso o fato de nenhuma delas estar localizada no Vale do Itajaí—Açu.

c) Ceval, Sadia, Perdigão e Seara estão localizadas no eixo agroindustrial do oeste catarinense; Embraco, Ti-gre e Weg estão localizadas no nordeste do Estado.

d) as empresas citadas não apresentam filiais em outros estados e são de capital exclusivamente catarinense.