geografia econômica

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Geografia Econômica

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Page 1: Geografia econômica

Geografia Econômica

Page 2: Geografia econômica

Comedores de Batata

Page 3: Geografia econômica

Trabalhadores

Page 4: Geografia econômica

O que é Economia?

Atividades Econômicas são aquelas por meio das quais os indivíduos trabalham para produzir alimentos, roupas armas ou ferramentas!

Economia Política:

Ramo das ciências humanas voltado à análise das ações destinadas à produção, distribuição e consumo dos bens que propiciam o desenvolvimento das sociedades.

Page 5: Geografia econômica

O que é Economia?

Max Webber:

“Economia como administração dos recursos raros ou dos meios destinados a atingir determinados fins”.

Definição adequada ás sociedades desenvolvidas, nas quais o dinheiro é um meio para a satisfação de desejos e necessidades.

Page 6: Geografia econômica

ESCASSEZ = LIMITAÇÃO DE RECURSOS EM TERMOS DE

QUANTIDADE DISPONÍVEL PARA USO IMEDIATO.

“ a sociedade precisa gerenciar bem seus recursos ”

Page 7: Geografia econômica

- Qual o Objetivo da Administração destes Recursos ?

- Atender uma série de necessidades Individuais e Coletivas que precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivência dos INDIVÍDUOS.

Tais como :

- ALIMENTAÇÃO

- TRANSPORTE

- EDUCAÇÃO

- SAÚDE

- BENS E SERVIÇOS EM GERAL

Page 8: Geografia econômica

- O conjunto destes Bens e Serviços compõem a :

- PRODUÇÃO ECONÔMICA

- recursos naturais

- equipamentos FATORES DE PRODUÇÃO

- trabalho

- Os fatores de produção são os elementos responsáveis pelos processos de fabricação dos mais variados tipos de BENS.

Page 9: Geografia econômica

- Os “Fatores de Produção” agrupam-se em :

-TRABALHO – É a contribuição do ser Humano, na produção, em forma de atividade física ou mental;

-CAPITAL – É o conjunto de equipamentos, ferramentas e máquinas, produzidos pelo homem, que não se destinam à satisfação das necessidades através do consumo, mas concorrem para a produção de bens e serviços, aumentando a eficiência do trabalho humano.

-RECURSOS NATURAIS - São os elementos

da natureza utilizados pelo homem com a finalidade de criar bens.

Page 10: Geografia econômica

COMBINAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO

+ + =

- Podemos então definir de certo modo a ECONOMIA como sendo o processo que combina fatores de produção para criar bens e serviços.

TRABALHO CAPITAL RECURSOS NATURAIS

BENS E SERVIÇOS

Page 11: Geografia econômica

- A RIQUEZA de um país:

“ é formada pelos fatores de produção disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e pelos que já o foram, mas ainda não desapareceram.”

Temos ainda :

- a população ( seu fator trabalho )

- os recursos naturais ( terra, recursos minerais e etc. )

- Infraestrutura em geral – energia – edifícios – etc.

Resumindo - tudo o que a economia produziu ao longo de sua existência, e que foi preservado.

Page 12: Geografia econômica

- Agentes Econômicos : - Compreendem os elementos que participam do

processo econômico.

- EMPRESAS - São os agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços.

- FAMÍLIA – Inclui todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades.

- GOVERNO – Inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estaddo, nas suas tarefas federais, estaduais ou municipais.

Page 13: Geografia econômica

2 – Valor

- Preços – Expressão monetária dos valores de bens e serviços produzidos por um sistema econômico.

Questões :

- O que é que determina o valor de um bem? - De que elementos dependem os valores

atribuídos aos bens e serviços normalmente transacionados ?

Page 14: Geografia econômica

Resumindo :

- Teoria do Valor – Trabalho : - Explica a formação do valor de uma mercadoria

pela quantidade de trabalho inserida no seu processo de produção e enfoca os custos presentes.

- Teoria do Valor – Utilidade : - Explica a produção e o consumo pela

capacidade de satisfação que provoca em ambos.

Satisfação de produtores e consumidores.

Page 15: Geografia econômica

3 – Os Problemas de Natureza Econômica

O conflito fundamental da Economia: Necessidades Ilimitadas x Fatores disponíveis para a

produção

- Já conhecida lei da ESCASSEZ.

A impossibilidade de se produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores da produção existem em quantidades limitadas.

Page 16: Geografia econômica

Quatro perguntas fundamentais

- Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da escassez de recursos, quatro questões são levantadas.

- O QUE PRODUZIR ?

- QUANTO PRODUZIR ?

- COMO PRODUZIR ?

- PARA QUEM PRODUZIR ?

Page 17: Geografia econômica

Quatro perguntas fundamentais - O QUE PRODUZIR ?

Indica que é necessário identificar a natureza das necessidades humanas, para saber quais os bens e serviços a produzir;

- QUANTO PRODUZIR ?

Reconhece a limitação existente na disponibilidade dos fatores produtivos.

- COMO PRODUZIR ?

É uma questão técnica, que indica que há várias maneiras de se combinarem os fatores de produção para se obterem bens e serviços.

- PARA QUEM PRODUZIR ?

Envolve a questão da distribuição dos bens e dos serviços produzidos entre os elementos da sociedade.

Page 18: Geografia econômica

4 – O Sistema Econômico

“ Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não apenas do ponto de vista econômico, mas também social, jurídico, institucional. ”

Page 19: Geografia econômica

Classificação das Categorias de Produção Econômica:

- BENS E SERVIÇOS DE CONSUMO

- São os bens e serviços que se destinam ao atendimento direto das necessidades das pessoas

- BENS E SERVIÇOS INTERMEDIÁRIOS

- São os bens e serviços que entram na produção de outros bens e serviços.

- BENS DE CAPITAL

- São os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano.

Page 20: Geografia econômica

Evolução dos Sistemas Econômicos

Em sua evolução foi marcada por duas características:

- Especialização – Sistema de produção segundo o qual cada indivíduo se concentra em um número limitado de atividades;

- Troca – Permuta

Obs: Através da especialização e da troca, as nações puderam dispor de maior produção,e elevação do padrão de vida.

Riqueza das nações – ADAM SMITH

Page 21: Geografia econômica

Os Fluxos do Sistema Econômico:

• Fluxo real ou produto : é a totalidade dos bens e serviços finais produzidos pelas unidades produtoras. Constitui a OFERTA da economia.

• Fluxo nominal ou monetário, ou renda : é a totalidade da remuneração dos fatores de produção empregados pelas unidades produtoras .

Constitui a demanda ou procura da economia.

• Mercado:é formado pelos fluxos real e monetário, respectivamente, a oferta e a demanda da economia.

Page 22: Geografia econômica

Os Fluxos do Sistema Econômico

APARELHO

PRODUTIVO

MERCADO

FAMÍLIASBENS E

SERVIÇOS

FLUXO MONETÁRIO

FLUXO REAL

Page 23: Geografia econômica

O Mercado

- O mercado no sistema econômico, é formado pelas pessoas que querem comprar e pelas que querem vender bens e serviços, ou seja, os consumidores e os empresários.

Page 24: Geografia econômica

Oferta x Demanda

- As curvas de oferta e demanda expressam uma relação entre preços e quantidades.

- Entretanto, essa relação não é efetiva e sim potencial, pois tanto produtores como consumidores estão apenas expressando as quantidades dos bens que ofertariam ou consumiriam a determinados preços.

- Para se determinar esse preço e essa quantidade, o mercado deve estar em equilíbrio.

Page 25: Geografia econômica

- PREÇO DE EQUILÍBRIO

- Ou preço de mercado, é aquele que iguala a oferta à procura, ou seja, o preço pelo qual os bens serão vendidos.

PREÇO

QUANT

OFERTA

DEMANDA

Page 26: Geografia econômica

ELASTICIDADE – Medida da resposta dos compradores e vendedores às mudanças no preço e na renda.

Ex: Bens com alta elasticidade da demanda ( elástica)

- refeições em restaurantes, veículos, carne bovina.

Bens com baixa elasticidade da demanda ( inelástica)

- petróleo, ovos, leite, gasolina, insulina.

Page 27: Geografia econômica

Classificação dos Mercados - Concorrência Perfeita – é um mercado em que existe um grande

número de empresas oferecendo um mesmo produto.

- Monopólio Puro – é um mercado em que existe apenas uma empresa oferecendo um bem, para qual não existe substitutos satisfatórios.

- Oligopólio – é um mercado em que existe um número de empresas pequeno o suficiente para que as ações de uma afetem as outras.Essas empresas produzem bens diferenciados, mas substituíveis entre si.

- Concorrência monopolística – é um mercado em que há um número razoável de empresas produzindo um mesmo bem, que aos olhos do consumidor são diferenciados.

Page 28: Geografia econômica

MACROECONOMIA E MICROECONOMIA

“ A teoria econômica é dividida em dois ramos básicos que não se excluem, mas pelo contrário, se complementam.”

- Microeconomia – estuda os agentes econômicos individualmente, como o consumidor e empresa.

- Macroeconomia – estuda os agentes econômicos em seu conjunto. Tem por objetivo principal determinar os fatores que interferem no nível total da renda e do produto de uma economia.

Page 29: Geografia econômica

Contabilidade Nacional

Na Macroeconomia precisamos entender os seguintes conceitos:

- Contabilidade Nacional –

- é um método de mensuração e interpretação da atividade econômica realizada durante um determinado período de tempo.

- Produto –

- é a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num determinado período de tempo.

- Renda –

- é a soma das remunerações feitas aos fatores de produção empregados no processo produtivo durante um determinado período de tempo, ou seja,é o total dos salários, aluguéis, juros e lucros

Page 30: Geografia econômica

- Os Principais Agregados Macroeconômicos

Contexto – A Contabilidade Nacional mede a atividade econômica a partir de sua expressão mais genérica.

O PRODUTO DA ECONOMIA

- Para a partir dele, introduzir novos conceitos ( esses conceitos são chamados de AGREGADOS )e assim se observar a atividade econômica.

Page 31: Geografia econômica

-Os Principais Agregados Macroeconômicos

- PRODUTO INTERNO BRUTO – é a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais.

- ou seja, á soma dos valores monetários dos bens e serviços, produzidos a partir dos fatores de produção que estão dentro das fronteiras geográficas do país.

- PRODUTO INTERNO LÍQUIDO – é o produto a custo de fatores menos a parcela correspondente à depreciação.

- RENDA PESSOAL DISPONÍVEL – é a Renda Pessoal menos os impostos diretos pagos pelas pessoas, ou seja, o imposto de renda.

Page 32: Geografia econômica

- Crescimento Econômico

- Equação que representa os condicionantes do crescimento econômico:

PIB = CONSUMO DAS FAMÍLIAS + GASTOS DO GOVERNO +

INVESTIMENTO DAS EMPRESAS + EXPORTAÇÃO LÍQUIDA

Page 33: Geografia econômica

- Componentes do crescimento econômico - Consumo das Famílias – ao se apropriarem de suas

rendas, as famílias destinam uma parte ao consumo de bens e serviços.

- Investimentos das Empresas – é uma das mais importantes variáveis para o crescimento de um país. Ao investirem eleva – se o nível de emprego, produto e renda.

- Gasto Público – as atividades operacionais do governo e investimentos em Infraestrutura, geram emprego e renda .

- Exportação Líquida – são as exportações menos as importações de um país. Quanto maior o saldo, maiores o nível de emprego e o crescimento econômico .

Page 34: Geografia econômica

CRESCIMENTO ECONÔMICO X DESENVOLVIMENTO

- Crescimento econômico - é o contínuo crescimento da renda per capta ao longo do tempo. Característica quantitativa.

- Desenvolvimento – é um conceito de característica qualitativa.

- (IDH )= Índice de Desenvolvimento Humano

Page 35: Geografia econômica

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

- Conceito –

Consiste no "bom" uso da riqueza material e capital humano de países ou regiões, favorecendo o bem-estar geral de seus habitantes.

Page 36: Geografia econômica

Meios de ProduçãoA evolução das trocas, do escambo

direto, ao comércio mediado pela moeda, desempenhou papel

preponderante nesse processo de transformação dos sistemas

de produção e circulação de bens.

A Revolução Comercial, na transição do Feudalismo para o Capitalismo Mercantil, fez com que, da prática econômica, surgisse a Ciência da Economia.

A Revolução Industrial deu grande impulso à evolução do pensamento econômico e no século XX, o desafio de Planejar o Desenvolvimento.

Page 37: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

Meios de Produção:

Todo e qualquer utensílio ou recurso natural que seja usada na produção.

A posse dos meios de produção pode ser coletiva ou privada.

Em casos, como da escravidão, o próprio homem foi meio de produção, podendo até ser comercializado!!!

Quebradores de Pedra - 1850

Gustav Coubert

Page 38: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

O ser humano, através dos meios de produção (aproveitados da natureza ou criados pelo homem) transforma o meio natural de acordo com o seu interesse.

Ao transformar a natureza por meio do trabalho, o homem emprega sua energia pessoal e coletiva (força de trabalho) e gera o resultado (produto).

Candido Portinari Lavrador de Café - 1934

Page 39: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

Os grupos sociais empregam sua força de trabalho no manuseio dos meios de produção e estabelecem, assim, Relações Sociais de Produção.

Esse processo define as Forças Produtivas!

Cândido Portinari Café - 1935

Page 40: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

As Forças Produtivas nascem da combinação dos vários

elementos que estão envolvidos no processo do trabalho (energia humana,

terra, ferramentas, máquinas) e que são empregados em

determinadas relações de produção (propriedade coletiva

ou privada da terra) estabelecidas pelos indivíduos (divididos em classes sociais

ou não).

Page 41: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

Modos de Produção na História:

Modo de Produção Asiático.

Modo de Produção Escravista.

Modo de Produção Feudal.

Modo de Produção Capitalista.

Modo de Produção Socialista.

Page 42: Geografia econômica

Meios de Produção e forças produtivas

Atenção:Quando falamos em produção, a

primeira idéia é a de Bens Materiais.

Mas, além dos bens que lhes permitem sobreviver, os homens produzem também obras de arte, religiões, política e leis.

Sobretudo, produzem Idéias e, por meio delas, interpretam tudo a sua volta.

É essa ampla produção que diferencia o ser humano dos demais seres vivos. Mural - Di Cavalcanti

Page 43: Geografia econômica

Meios de Produção e Infra-estrutura e Superestrutura

Modos de Produção possuem:

• Infra-Estrutura:relações materiais de produção; forças econômicas de uma sociedade (fundações, alicerce).

• Superestrutura:espaço onde se dão as relações não-econômicas – idéias, costumes, instituições (edifício). Toda a produção humana que não tem forma material e é imprescindível ao funcionamento da sociedade.

Esclarecendo: A infra-estrutura refere-se a base

material das relações de produção entre homem e

natureza e homem e homem (relação proprietário e

proletariado, por exemplo).

A estrutura é o sistema produtivo. (capitalismo)

A superestrutura é a forma de dominação no sentido

ideológico e institucional (direito, religião e Estado Moderno, por exemplo).

Page 44: Geografia econômica

Meios de Produção e a Luta de Classes

• Para Marx, a análise dos processos de transformação histórica das sociedades aponta a economia como determinante em última instância dos grandes fenômenos sociais, uma vez que é por meio dela que se definem as classes sociais e as formas de dominação de classe.

• A Luta de Classes não está restrita a infra-estrutura do Modo de Produção, mas se dá também em todos níveis da superestrutura.

• As lutas políticas, as expressões artísticas, as políticas de ensino, as ideologias norteadoras do Direito e até as atividades religiosas são reflexos da Luta de Classes.

• A Luta de Classes, cuja origem primeira está na base econômica, projeta-se permanentemente em toda sociedade.

Page 45: Geografia econômica

Meios de Produção e a Luta de Classes

• As lutas políticas, as expressões artísticas, as políticas de ensino, as ideologias norteadoras do Direito e até as atividades religiosas são reflexos da Luta de Classes.

• A Luta de Classes, cuja origem primeira está na base econômica, projeta-se permanentemente em toda sociedade.

Barricadas nas Ruas de Paris Revolução de 1848 Horace Vernet

(1758-1836)

Page 46: Geografia econômica

Meios de Produção e a Luta de Classes

• Os homens fazem sua história, mas não como querem e sim dentro das condições herdadas das gerações precedentes;

Por isso a produção intelectual e as expressões da cultura desempenham papel fundamental.

A visão de mundo ou a ideologia predominante em um dado modo de produção tende a ser, em situações normais, a ideologia das Classes Dominantes!

No Moulin Rouge Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)

Page 47: Geografia econômica

Meios de Produção e a Luta de Classes

• As Classes Dominantes estão sempre preocupadas em gerar explicações úteis para a manutenção das características da sociedade.

• A reprodução das relações de produção inclui a reprodução contínua da visão de mundo dominante.

• Socialização é portanto, a absorção de idéias que influenciam nosso modo de pensar a vida social e os fenômenos políticos!

• Socialização primária: família• Socialização secundária:

contato com demais instituições

• As Socializações são determinantes no

comportamento de Alienação ou Transgressão!

Page 48: Geografia econômica

Modos de Produção e a Formação Social

• Formação Social:

Totalidade social concreta, histórica e geograficamente determinada, isto é, uma organização social que pode abranger um só ou vários países.

• As formações sociais capitalistas mais evoluídas são bastante diferentes das menos desenvolvidas.

• Podemos notar na realidade das

formações sociais o fato de características de outros Modos de Produção coexistirem com o Modo de Produção dominante.

Ary Ferreira

Page 49: Geografia econômica

Capitalismo e Capital• Capitalismo: é o modo de produção em que o

capital, sob suas diferentes formas, é o principal meio de produção!

• Capital: bem possuído por um indivíduo, como seu patrimônio. Pode ser uma quantia em dinheiro, ações ou um meio físico como terra, casa, etc.

Assim:

1. O Capital existe em toda a sociedade e em qualquer tempo e lugar.

2. Objetos inanimados podem ser

produtivos e gerar renda por si próprios.

Bolsa de Valores Nova York 1929

Page 50: Geografia econômica

Capitalismo e Capital• Um objeto em si não seria capaz de

gerar renda.

• O capital seria uma Relação Social que toma a forma de objeto.

Se são os homens com seu trabalho que geram riquezas, o Capital é, antes de mais nada, a relação entre seres humanos que se transforma em bens materiais.

O Capital não é simplesmente um conjunto de Meios de Produção.

Esses é que foram transformados em Capital ao serem apropriados por uma classe social (burguesia) e empregados com a finalidade de

gerar rendas!

Page 51: Geografia econômica

Capitalismo e Capital• Capitalismo é baseado essencialmente

na propriedade privada dos meios de produção.

• Assim:

Burguesia Capitalista: classe dominante e detentora dos Meios

de Produção!

Proletariado:Classe dominada, a quem resta o trabalho

assalariado!

Sobre essa infra-estrutura econômica, ergue-se a superestrutura do Estado

Nacional, que detém o poder de governo sobre a sociedade e que encarna a ideologia da igualdade

jurídica entre os indivíduos.

Meio-diaAntonio Berni (1905–1981)

Page 52: Geografia econômica

Mais-Valia

Teoria da Mais-Valia:

Base teórica para explicar a fonte de acumulação de capital que permitiu ao capitalismo expandir-se por todo o planeta e promover uma revolução tecnológica sem precedentes na história da Humanidade.

Page 53: Geografia econômica

Mais-ValiaOs trabalhadores produzem utilizando os Meios de Produção do patrão; este, em troca, paga-lhes um salário em dinheiro, depois de vender as mercadorias produzidas.

Essa venda é necessária para que ele reponha as matérias-primas e as ferramentas e possa reiniciar o processo.

Com seu salário, os empregados compram os bens necessários para a sobrevivência sua e de sua família.

Mas se a troca parece justa, e

se nenhum dos lados está

sendo privilegiado, de onde

vem a riqueza dos capitalistas

e a pobreza dos operários?

Dois velhos que comem Francesco Goya

Page 54: Geografia econômica

Mais-Valia

Explicação Capitalista:

O enriquecimento se dá com os lucros obtidos com as vendas, uma vez que o mercado necessita de bens, que possuem preços variáveis, e as pessoas precisam comprar o que não conseguem ou não podem produzir!

Crítica Marxista:

Mas se o patrão pagar o empregado por todas as mercadorias produzidas por eles em uma jornada de trabalho, ele teria que abrir mão dos lucros para poder adquirir novas matérias-primas, repor máquinas e pagar os impostos e as demais despesas da empresa.

O que determina o valor de uma mercadoria?

(Lembrar que a força de trabalho vendida ao patrão pelo proletário

também é uma mercadoria!)

Page 55: Geografia econômica

Mais-Valia• Valor de uma mercadoria é

determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-la.

• Valor de Uso:de interesse pessoal e não é levado em conta para a análise econômica.

• Valor de Troca:Mercadorias diferentes são trocadas como equivalentes, porque é possível fazer uma relação, já que elas têm em comum o tempo gasto para produzi-las.

• No estágio em que se encontra de desenvolvimento a sociedade atual, é possível saber qual o tempo médio que se leva para a confecção de cada produto.

O tempo social do trabalho é tomado como medida de valor.

Page 56: Geografia econômica

Mais-Valia Valor da Força de Trabalho:

Determinado pelo tempo de trabalho social despendido para sua produção e reprodução, isto é, para a manutenção do trabalhador em condições de produzir e de manter os filhos que vão substituí-lo um dia no mercado de trabalho.

Na massa de salários pagos está incorporado o valor social da produção dos alimentos, vestuários, transportes, moradias, etc. necessários aos trabalhadores.

É por esse valor que os patrões pagam os salários e compram as jornadas de trabalho.

Page 57: Geografia econômica

Mais-Valia A Mais-Valia é o valor a mais produzido

pelos trabalhadores, além daquele pago pelo patrão no salário trocado

pela jornada de trabalho.

Os homens não precisam trabalhar todos os dias e todas as horas do dia para sua sobrevivência.

O avanço tecnológico permite que se trabalhe algumas horas diárias conforme a sociedade permite.

Mas o patrão comprou todas a jornada de trabalho. Ela se compõe de um tempo de trabalho necessário (que é pago) e um tempo de Sobretrabalho (que não é pago e gera a Mais-Valia)

Page 58: Geografia econômica

Mais-Valia• Exemplo (real):

Valor da Força de trabalho do Proletário: equivalente a

16 horas/mês

Jornada de trabalho: 08 horas/dia

Em 30 dias = 240 horas

A empresa precisa de 88 horas de produção (11 dias de trabalho) para repor matérias-primas e pagar as demais despesas.

A empresa precisou de 02 dias para pagar o salário do empregado!

Assim o trabalhador produziu, em 01 mês, o necessário para o patrão pagar seu salário em 02 dias, os

custos em 11 (13 dias para as contas) e 17 dias (136horas) de

Mais-Valia! apropriados gratuitamente.

A empresa de Computadores produz 01 computador por hora.

08 x 30 = 240 computadores/mês

O empresário precisou vender 16 computadores para pagar os

empregados, 88 para cobrir as despesas de produção e 136

foram produzidos de graça pelo sobretrabalho gerando a Mais-

Valia!

Page 59: Geografia econômica

O Bicho (Manuel Bandeira)

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

Vi ontem um bichoNa imundície do pátioCatando comida entre os detritos.

O bicho, meu Deus, era um homem!

Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:Engolia com voracidade.

Page 60: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6060

CURSOCURSO

NÍVEL IINÍVEL II

CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS

DO SOCIALISMO CIENTÍFICODO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Page 61: Geografia econômica

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Tema 02Tema 02

ORIGEM E ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA DESENVOLVIMENTO DA

SOCIEDADESOCIEDADE

[ESTADO/CLASSES][ESTADO/CLASSES]

Page 62: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6262

PARTE IPARTE I

CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO E CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAISCLASSES SOCIAIS

Joan EdessonJoan Edesson

Lilian MartinsLilian Martins

Page 63: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6363

MODOS DE PRODUÇÃO E SUAS CONTRADIÇÕESMODOS DE PRODUÇÃO E SUAS CONTRADIÇÕES

Para sobreviver sobre a terra o ser humano Para sobreviver sobre a terra o ser humano precisa produzir suas condições de precisa produzir suas condições de

existência. existência.

Mas, o que é necessário para que haja Mas, o que é necessário para que haja

produção?produção?

Page 64: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6464

As matérias primas e os meios de As matérias primas e os meios de trabalho, que são os objetos materiais trabalho, que são os objetos materiais

que intervêm na produção, são que intervêm na produção, são chamados de chamados de MEIOS DE PRODUÇÃOMEIOS DE PRODUÇÃO..

Page 65: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6565

Para que a produção se realize é necessário Para que a produção se realize é necessário a existência daquele elemento que põe em a existência daquele elemento que põe em

movimento os meios de produção – movimento os meios de produção – transforma as matérias primas em produtos transforma as matérias primas em produtos

úteis – o trabalho humano, a úteis – o trabalho humano, a FORÇA DE FORÇA DE TRABALHOTRABALHO..

Page 66: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6666

Para que haja produção é preciso que Para que haja produção é preciso que existam meios de produção e força de existam meios de produção e força de

trabalho. Ao conjunto desses elementos trabalho. Ao conjunto desses elementos deu-se o nome de deu-se o nome de FORÇAS FORÇAS

PRODUTIVASPRODUTIVAS..

Page 67: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6767

IMPORTANTEIMPORTANTE

As infindáveis riquezas presentes na natureza de As infindáveis riquezas presentes na natureza de nada valem antes de poderem ser transformadas nada valem antes de poderem ser transformadas

pelo trabalho humano. pelo trabalho humano.

Page 68: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6868

IMPORTANTEIMPORTANTE

Sem o trabalho humano nada se produz, mas Sem o trabalho humano nada se produz, mas sem os meios de produção os homens e sem os meios de produção os homens e

mulheres não podem trabalhar. Por isso, mulheres não podem trabalhar. Por isso, quem quem domina os meios de produção é também o domina os meios de produção é também o

senhor de sua comunidadesenhor de sua comunidade..

A questão da propriedade dos meios de produção A questão da propriedade dos meios de produção é um problema central para entendermos a evolução é um problema central para entendermos a evolução

das sociedades humanas.das sociedades humanas.

Page 69: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 6969

Os seres humanos não podem sobreviver Os seres humanos não podem sobreviver se não se relacionarem com outros seres se não se relacionarem com outros seres

humanos. Para produzir eles humanos. Para produzir eles estabelecem relações entre si que são estabelecem relações entre si que são

chamadas chamadas RELAÇÕES SOCIAIS DE RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃOPRODUÇÃO..

Page 70: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7070

Há dois grandes tipos de relações sociais de Há dois grandes tipos de relações sociais de produção:produção:

Relações de produção Relações de produção igualitáriasigualitárias: quando os : quando os meios de produção são coletivos (Ex. comunismo meios de produção são coletivos (Ex. comunismo

primitivo e socialismo moderno). primitivo e socialismo moderno).

Relações de produção Relações de produção assentadas na exploraçãoassentadas na exploração: : quando os meios de produção estão nas mãos de quando os meios de produção estão nas mãos de umas poucas pessoas (escravismo, feudalismo e umas poucas pessoas (escravismo, feudalismo e

capitalismo)capitalismo)

Page 71: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7171

O MODO DE PRODUÇÃOO MODO DE PRODUÇÃO é a é a articulação das forças articulação das forças

produtivas (meio de produção produtivas (meio de produção + força de trabalho) com as + força de trabalho) com as

relações de produção.relações de produção.

Page 72: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7272

IMPORTANTEIMPORTANTE

O que distingue uma época econômica O que distingue uma época econômica da outra não é tanto o que se produz, da outra não é tanto o que se produz,

mas mas como se produzcomo se produz: com quais : com quais instrumentos e técnicas e sob quais instrumentos e técnicas e sob quais

relações.relações.

Page 73: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7373

IMPORTANTE

O determinante para se definir o Modo de O determinante para se definir o Modo de Produção é Produção é entender qual tipo de relação de entender qual tipo de relação de

produção predomina em determinada sociedadeprodução predomina em determinada sociedade. . Se as relações predominantes forem escravistas Se as relações predominantes forem escravistas o modo de produção também será definido como o modo de produção também será definido como

escravista, se for servil de tipo feudal será um escravista, se for servil de tipo feudal será um modo de produção feudal, se for servil e de tipo modo de produção feudal, se for servil e de tipo

asiático teremos um modo de produção asiático e asiático teremos um modo de produção asiático e assim por diante.assim por diante.

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13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7474

Para entender uma determinada sociedade é Para entender uma determinada sociedade é preciso conhecer bem o que se passa na infra-preciso conhecer bem o que se passa na infra-

estrutura econômica. estrutura econômica.

A infra-estrutura é A infra-estrutura é determinante em última determinante em última instânciainstância. .

Mas é preciso que também conheçamos as Mas é preciso que também conheçamos as SUPERESTRUTURAS. Elas se dividem em duas SUPERESTRUTURAS. Elas se dividem em duas

grandes partes.grandes partes.

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13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7575

Superestrutura jurídico-política:Superestrutura jurídico-política:

São os elementos do Estado em sentido São os elementos do Estado em sentido restrito: as leis, a justiça, o exército, as restrito: as leis, a justiça, o exército, as

prisões, os governos central, regional e local, prisões, os governos central, regional e local, os parlamentos nos diferentes níveis.os parlamentos nos diferentes níveis.

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Superestrutura ideológica:Superestrutura ideológica:

É composta pelas idéias e pelos costumes É composta pelas idéias e pelos costumes existentes em determinada sociedade e pelos existentes em determinada sociedade e pelos

aparelhos e instrumentos (públicos ou privados) aparelhos e instrumentos (públicos ou privados) que servem para divulgar essas idéias e que servem para divulgar essas idéias e

costumes – Marx e Engels já diziam que costumes – Marx e Engels já diziam que as idéias as idéias dominantes são sempre as idéias das classes dominantes são sempre as idéias das classes

dominantesdominantes..

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A infra-estrutura e a superestrutura se relacionam.A infra-estrutura e a superestrutura se relacionam.

Há uma Há uma determinação em última instânciadeterminação em última instância da da infra-estrutura – se o Modo de Produção é infra-estrutura – se o Modo de Produção é

capitalista as superestruturas também o serão. capitalista as superestruturas também o serão.

Mas, existe também uma relação de Mas, existe também uma relação de reciprocidade (dialética) entre a base econômica reciprocidade (dialética) entre a base econômica

e as superestruturas.e as superestruturas.

A infra-estrutura também é influenciada pelas A infra-estrutura também é influenciada pelas superestruturas.superestruturas.

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13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 7878

IMPORTANTEIMPORTANTE

Marx e Engels sempre negaram que a produção Marx e Engels sempre negaram que a produção material fosse o único fator determinante da material fosse o único fator determinante da

história da sociedade. Reduzindo tudo ao história da sociedade. Reduzindo tudo ao econômico cairíamos numa visão fatalista da econômico cairíamos numa visão fatalista da

história, na qual tudo estaria de antemão história, na qual tudo estaria de antemão decretado pela economia. O marxismo, pelo decretado pela economia. O marxismo, pelo

contrário, dá muito valor à ação consciente dos contrário, dá muito valor à ação consciente dos homens.homens.

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Comunismo primitivoComunismo primitivo: período que não conheceu : período que não conheceu a existência de propriedade privada dos meios de a existência de propriedade privada dos meios de

produção e o trabalho tinha que ser produção e o trabalho tinha que ser necessariamente coletivo. Não havia produção necessariamente coletivo. Não havia produção suficiente para que algum grupo pudesse viver suficiente para que algum grupo pudesse viver

sem trabalhar. Ex: Antes da chegada de Cabral a sem trabalhar. Ex: Antes da chegada de Cabral a totalidade das populações que aqui residia vivia totalidade das populações que aqui residia vivia

em sociedades deste tipo.em sociedades deste tipo.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 8080

EscravistaEscravista (de tipo antigo e moderno): nele o dono (de tipo antigo e moderno): nele o dono da terra, que era o principal meio de produção, era da terra, que era o principal meio de produção, era

ao mesmo tempo proprietário dos homens e ao mesmo tempo proprietário dos homens e mulheres que trabalhavam para ele. Ex: Grécia e mulheres que trabalhavam para ele. Ex: Grécia e

Roma antigas, Brasil e Cuba até o século XIX.Roma antigas, Brasil e Cuba até o século XIX.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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ServilServil (de tipo feudal ou asiático) (de tipo feudal ou asiático)

Feudal:Feudal: os donos da terra (principal meio de produção) não os donos da terra (principal meio de produção) não eram proprietários dos trabalhadores, que já não eram mais eram proprietários dos trabalhadores, que já não eram mais escravos, mas também não eram livres. Estavam presos à escravos, mas também não eram livres. Estavam presos à terra e podiam ser vendidos com ela. Ex: quase todos os terra e podiam ser vendidos com ela. Ex: quase todos os

países da Europa antes da ascensão do capitalismo. países da Europa antes da ascensão do capitalismo.

AsiáticoAsiático: o soberano era o dono de todas as terras e os : o soberano era o dono de todas as terras e os camponeses eram obrigados a pagar pesados tributos ao camponeses eram obrigados a pagar pesados tributos ao

Estado, que poderia deslocar grande massa de trabalhadores Estado, que poderia deslocar grande massa de trabalhadores do serviço da lavoura para construção de grandes obras do serviço da lavoura para construção de grandes obras

“públicas”. Ex: o Egito Antigo e os impérios Inca e Asteca na “públicas”. Ex: o Egito Antigo e os impérios Inca e Asteca na atual América Latina.atual América Latina.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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Capitalista:Capitalista: os donos dos meios de produção não os donos dos meios de produção não são donos ou senhores dos seus trabalhadores são donos ou senhores dos seus trabalhadores

como no escravismo e no feudalismo. Os como no escravismo e no feudalismo. Os trabalhadores não são presos à fábrica como os trabalhadores não são presos à fábrica como os camponeses eram presos à terra. São livres, mas camponeses eram presos à terra. São livres, mas

obrigados a vender sua força de trabalho se obrigados a vender sua força de trabalho se quiserem sobreviver. Sua retribuição é feita quiserem sobreviver. Sua retribuição é feita

através do salário – o trabalho é, assim, através do salário – o trabalho é, assim, assalariado.assalariado.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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Socialista:Socialista: resgatará gradualmente para a resgatará gradualmente para a sociedade a propriedade dos meios de produção sociedade a propriedade dos meios de produção

e coletivizará os frutos do trabalho humano. e coletivizará os frutos do trabalho humano. Eliminará a exploração do homem pelo homem. Eliminará a exploração do homem pelo homem.

Ex: URSS até meados do século XX e atualmente Ex: URSS até meados do século XX e atualmente Cuba, China, Vietnã entre outros. Esta é a Cuba, China, Vietnã entre outros. Esta é a

sociedade pela qual o PCdoB luta na atualidade.sociedade pela qual o PCdoB luta na atualidade.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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Comunista:Comunista: Um tipo de relação ainda não Um tipo de relação ainda não conhecida – Fase superior do socialismo, no qual conhecida – Fase superior do socialismo, no qual

todos os meios de produção já estarão todos os meios de produção já estarão coletivizados, não haverá mais classes sociais, coletivizados, não haverá mais classes sociais,

nem Estado e outros instrumentos de subjugação nem Estado e outros instrumentos de subjugação do homem pelo homem.do homem pelo homem.

PRINCIPAIS TIPOS DE MODOS E RELAÇÕES DE PRODUÇÃ0

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Formações econômico-sociais:Formações econômico-sociais:

O modo de produção, em certo sentido, é uma O modo de produção, em certo sentido, é uma abstração. Ele não existe em estado puro. O que abstração. Ele não existe em estado puro. O que existe são formações econômico-sociais. Estas existe são formações econômico-sociais. Estas

são espaços onde se articulam diversos tipos de são espaços onde se articulam diversos tipos de relações de produção. relações de produção. Quando afirmamos que o Quando afirmamos que o modo de produção é capitalista estamos apenas modo de produção é capitalista estamos apenas

afirmando que as relações de produção afirmando que as relações de produção dominantes são capitalistas e as demais são dominantes são capitalistas e as demais são

subordinadas em relação a ela.subordinadas em relação a ela.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

As sociedades onde existe monopólio privado As sociedades onde existe monopólio privado dos meios de produção e a exploração do homem dos meios de produção e a exploração do homem pelo homem serão sempre sociedades divididas. pelo homem serão sempre sociedades divididas. Nelas haverá sempre uma luta de uma pequena Nelas haverá sempre uma luta de uma pequena minoria querendo manter seus privilégios e de minoria querendo manter seus privilégios e de

uma grande maioria querendo por fim a uma grande maioria querendo por fim a exploração e a dominação. Isso é o que Marx exploração e a dominação. Isso é o que Marx

chamou de “luta de classes”.chamou de “luta de classes”.

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PARTE IIPARTE II

CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO E CONCEITO DE MODO DE PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAISCLASSES SOCIAIS

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As forças produtivas da humanidade As forças produtivas da humanidade crescem constantemente e é o crescem constantemente e é o

desenvolvimento dessas forças produtivas desenvolvimento dessas forças produtivas que cria as condições para as modificações que cria as condições para as modificações

nas relações de produção e, portanto, na nas relações de produção e, portanto, na transformação do próprio modo de transformação do próprio modo de

produção.produção.

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Quando as relações de produção já não Quando as relações de produção já não conseguem garantir a expansão das forças conseguem garantir a expansão das forças produtivas e, pelo contrário, as atravanca, o produtivas e, pelo contrário, as atravanca, o

Modo de Produção começa a entrar em Modo de Produção começa a entrar em crise. As velhas relações de produção crise. As velhas relações de produção

devem ser substituídas por novas. Entramos devem ser substituídas por novas. Entramos assim numa era de transformações assim numa era de transformações

econômicas, políticas e sociais.econômicas, políticas e sociais.

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A luta de classes como motor da históriaA luta de classes como motor da história

O crescimento da luta de classes é ao mesmo tempo O crescimento da luta de classes é ao mesmo tempo um dos resultados desse conflito – forças produtivas um dos resultados desse conflito – forças produtivas

X relações de produção – como também é a X relações de produção – como também é a condição para sua superação. condição para sua superação.

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Nas origens remotas da luta de classes estão Nas origens remotas da luta de classes estão também as origens da opressão da mulher. A também as origens da opressão da mulher. A

primeira grande divisão do trabalho – natural (ou primeira grande divisão do trabalho – natural (ou espontânea) – se deu entre as funções da caça espontânea) – se deu entre as funções da caça

(exercidas pelos homens) e a agricultura e criação (exercidas pelos homens) e a agricultura e criação (exercidas pelas mulheres). (exercidas pelas mulheres).

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Essas sociedades mais remotas valorizavam o Essas sociedades mais remotas valorizavam o trabalho feminino – as mulheres eram trabalho feminino – as mulheres eram

responsáveis pela maior parte dos alimentos. responsáveis pela maior parte dos alimentos. Podia caber a elas o papel de direção Podia caber a elas o papel de direção

econômica – e de liderança de suas famílias e econômica – e de liderança de suas famílias e comunidades. comunidades.

A não existência da propriedade privada e os A não existência da propriedade privada e os casamentos por grupos – o que criava casamentos por grupos – o que criava

dificuldades de averiguação da paternidade – dificuldades de averiguação da paternidade – aumentavam o poder das mulheres. aumentavam o poder das mulheres.

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Engels chegou a falar na existência de um Engels chegou a falar na existência de um matriarcado. Outros autores afirmam que o matriarcado. Outros autores afirmam que o

matriarcado foi exceção e o que predominou foi o matriarcado foi exceção e o que predominou foi o domínio masculino.domínio masculino.

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O desenvolvimento da caça, da lavoura e da O desenvolvimento da caça, da lavoura e da criação de gado, graças às novas tecnologias, criação de gado, graças às novas tecnologias, afastou o centro da produção social da esfera afastou o centro da produção social da esfera do trabalho doméstico e colocou-o nas mãos do trabalho doméstico e colocou-o nas mãos

exclusivas dos homens. A mulher foi exclusivas dos homens. A mulher foi perdendo sua posição no interior da perdendo sua posição no interior da

sociedade.sociedade.

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Com o predomínio gradual de relações de Com o predomínio gradual de relações de produção assentadas na propriedade produção assentadas na propriedade

privada surge a necessidade de regular os privada surge a necessidade de regular os problemas da herança no interior da problemas da herança no interior da

sociedade e esta passa a depender da sociedade e esta passa a depender da verificação da paternidade. Desenvolve-se a verificação da paternidade. Desenvolve-se a

partir daí o casamento por pares (a partir daí o casamento por pares (a monogamia), o imperativo da fidelidade monogamia), o imperativo da fidelidade

conjugal apenas da mulher e a consolidação conjugal apenas da mulher e a consolidação do poder do homem no interior da do poder do homem no interior da sociedade e no interior da família.sociedade e no interior da família.

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Surge assim a primeira forma de Surge assim a primeira forma de opressão na sociedade humana: a opressão na sociedade humana: a dos homens sobre as mulheres.dos homens sobre as mulheres.

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O QUE SÃO E COMO SURGIRAM AS CLASSES O QUE SÃO E COMO SURGIRAM AS CLASSES SOCIAIS?SOCIAIS?

O desenvolvimento das forças produtivas levou O desenvolvimento das forças produtivas levou ao surgimento do excedente. Criaram-se as ao surgimento do excedente. Criaram-se as

condições para que alguns homens pudessem condições para que alguns homens pudessem se apartar do trabalho produtivo e sobreviver do se apartar do trabalho produtivo e sobreviver do

trabalho alheio. Estava dado um passo trabalho alheio. Estava dado um passo fundamental para o aparecimento das classes e fundamental para o aparecimento das classes e

do processo de exploração do homem pelo do processo de exploração do homem pelo homem.homem.

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A primeira grande divisão A primeira grande divisão da sociedade em classes da sociedade em classes sociais antagônicas foi sociais antagônicas foi

entre escravos e senhores.entre escravos e senhores.

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Para o marxismo, na definição de Lênin, classes Para o marxismo, na definição de Lênin, classes sociais são grandes grupos de pessoas que se sociais são grandes grupos de pessoas que se

diferenciam: diferenciam: 1º) pelo lugar num sistema de produção social 1º) pelo lugar num sistema de produção social

historicamente determinado; historicamente determinado; 2º) pela relação (...) com os meios de produção 2º) pela relação (...) com os meios de produção

(proprietários ou não); (proprietários ou não); 3ª) pelo seu papel na organização social do 3ª) pelo seu papel na organização social do

trabalho; trabalho; 4ª) pelo modo de obtenção e pelas dimensões da 4ª) pelo modo de obtenção e pelas dimensões da

parte de riqueza social de que dispõem. parte de riqueza social de que dispõem.

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Lênin conclui: “As classes são grupos de Lênin conclui: “As classes são grupos de pessoas, um dos quais pode apropriar-se do pessoas, um dos quais pode apropriar-se do

trabalho do outro graças ao fato de ocupar um trabalho do outro graças ao fato de ocupar um lugar diferente num regime determinado da lugar diferente num regime determinado da economia social”. (Uma Grande Iniciativa)economia social”. (Uma Grande Iniciativa)

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A principal característica é a relação de A principal característica é a relação de propriedade com os meios de produção. propriedade com os meios de produção.

Mas, os proprietários de meios de produção Mas, os proprietários de meios de produção não formam uma única classe. Existiram e não formam uma única classe. Existiram e ainda existem várias classes proprietárias ainda existem várias classes proprietárias (exploradoras). A mesma coisa vale para as (exploradoras). A mesma coisa vale para as

classes não-proprietárias (exploradas).classes não-proprietárias (exploradas).

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Existem também aqueles grupos que possuem Existem também aqueles grupos que possuem meios de produção e não são explorados – meios de produção e não são explorados –

algumas vezes exploram um pequeno número algumas vezes exploram um pequeno número de trabalhadores. Ex: pequenos agricultores, de trabalhadores. Ex: pequenos agricultores,

pequenos comerciantes e profissionais liberais. pequenos comerciantes e profissionais liberais. Eles são definidos como Eles são definidos como pequeno-burguesepequeno-burgueses. s.

Os pequenos burgueses são classes Os pequenos burgueses são classes intermediárias ou de transição.intermediárias ou de transição.

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As classes sociais não As classes sociais não formam um bloco formam um bloco

monolítico, sem fissuras. monolítico, sem fissuras. Elas também se dividem em Elas também se dividem em

camadas e frações.camadas e frações.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

As classes têm que ser entendidas como As classes têm que ser entendidas como algo historicamente determinado – não algo historicamente determinado – não

existiram e nem existirão sempre. Elas estão existiram e nem existirão sempre. Elas estão ligadas à determinadas fases do ligadas à determinadas fases do

desenvolvimento da produção social. Cada desenvolvimento da produção social. Cada modo de produção produz suas próprias modo de produção produz suas próprias

classes fundamentais e/ou dão novas classes fundamentais e/ou dão novas determinações às classes que provêm dos determinações às classes que provêm dos

modos de produção precedentes.modos de produção precedentes.

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FRAÇÕES DE CLASSEFRAÇÕES DE CLASSE

São as divisões existentes no interior de São as divisões existentes no interior de uma mesma e única classe. Ex. A burguesia uma mesma e única classe. Ex. A burguesia se divide em burguesia industrial, que extrai se divide em burguesia industrial, que extrai

e se apropria diretamente da mais-valia e se apropria diretamente da mais-valia produzida pelos operários, burguesia produzida pelos operários, burguesia comercial e burguesia bancária. Os comercial e burguesia bancária. Os

interesses fundamentais que unem as interesses fundamentais que unem as diferentes frações da burguesia são: a diferentes frações da burguesia são: a manutenção do sistema capitalista e a manutenção do sistema capitalista e a

subordinação dos trabalhadores subordinação dos trabalhadores assalariados.assalariados.

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Em determinadas conjunturas elas podem se Em determinadas conjunturas elas podem se confrontar em relação aos seus interesses confrontar em relação aos seus interesses

econômico-corporativos imediatos – que são econômico-corporativos imediatos – que são distintos e contraditórios. Por isso, muitas distintos e contraditórios. Por isso, muitas

vezes, se organizam em entidades e partidos vezes, se organizam em entidades e partidos distintos. Estas desavenças não raramente distintos. Estas desavenças não raramente

desembocaram em conflitos armados. desembocaram em conflitos armados.

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Na história do capitalismo, muitas das Na história do capitalismo, muitas das revoluções populares se aproveitaram das revoluções populares se aproveitaram das

contradições no interior das classes contradições no interior das classes dominantes – às vezes dentro de uma mesma dominantes – às vezes dentro de uma mesma

classe. classe. No Brasil, por exemplo, muitos movimentos No Brasil, por exemplo, muitos movimentos

importantes como a Independência, a abolição importantes como a Independência, a abolição da escravidão, a proclamação da República e a da escravidão, a proclamação da República e a revolução de 1930 só podem ser entendidos se revolução de 1930 só podem ser entendidos se tivermos em conta essas contradições no seio tivermos em conta essas contradições no seio

das classes dominantes. das classes dominantes.

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CATEGORIAS SOCIAISCATEGORIAS SOCIAIS

São aqueles grupos sociais que não tem São aqueles grupos sociais que não tem pertencimento de classe claramente pertencimento de classe claramente

estabelecido. Eles não são produtivos do ponto estabelecido. Eles não são produtivos do ponto de vista do capital e exercem funções na de vista do capital e exercem funções na

superestrutura da sociedade, como os superestrutura da sociedade, como os funcionários públicos (civis e militares), padres, funcionários públicos (civis e militares), padres,

intelectuais tradicionais etc.intelectuais tradicionais etc.

Page 109: Geografia econômica

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Existe um debate sobre o pertencimento de Existe um debate sobre o pertencimento de classe dos quadros administrativos das classe dos quadros administrativos das

empresas capitalistas, como os diretores e empresas capitalistas, como os diretores e gerentes. Eles são enquadrados na gerentes. Eles são enquadrados na

burguesia, pequena burguesia e mesmo burguesia, pequena burguesia e mesmo como categoria social.como categoria social.

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A A classe em siclasse em si e a e a classe para siclasse para si

As duas dimensões das classes sociais: As duas dimensões das classes sociais:

1ª - Objetiva (1ª - Objetiva (classe em siclasse em si): Constituída ): Constituída diretamente das relações de produção. diretamente das relações de produção.

2ª - Subjetiva (2ª - Subjetiva (classe para siclasse para si): Quando toma ): Quando toma consciência dos seus interesses mais gerais.consciência dos seus interesses mais gerais.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

A existência objetiva da classe (classe em si) é A existência objetiva da classe (classe em si) é um pressuposto (primado) para constituição da um pressuposto (primado) para constituição da

classe em sua plenitude, que articule existência e classe em sua plenitude, que articule existência e consciência. Mas, uma classe sem consciência de consciência. Mas, uma classe sem consciência de seus interesses histórico-universais é uma classe seus interesses histórico-universais é uma classe

em sentido fraco – incompleta.em sentido fraco – incompleta.

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PROLETARIADO: PROLETARIADO:

trabalhadores desprovidos dos meios de trabalhadores desprovidos dos meios de produção; produção;

obrigados a vender sua força de trabalho em obrigados a vender sua força de trabalho em troca de salário; troca de salário;

produtivos do ponto de vista do capital. produtivos do ponto de vista do capital.

Page 113: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 113113

Dupla dimensão do trabalho produtivo no Dupla dimensão do trabalho produtivo no capitalismo:capitalismo:

1º - trabalho responsável pela produção 1º - trabalho responsável pela produção

direta de mais-valia (operários fabris)direta de mais-valia (operários fabris)

2º - trabalho que colabora para a valorização 2º - trabalho que colabora para a valorização do capital (comerciários, bancários etc.)do capital (comerciários, bancários etc.)

Page 114: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 114114

Durante a maior parte do século XX a Durante a maior parte do século XX a noção de proletariado se confundiu noção de proletariado se confundiu

com a de operário fabril. com a de operário fabril.

O operariado industrial continua tendo O operariado industrial continua tendo um papel central na luta de classes um papel central na luta de classes

moderna, por seu lugar no processo moderna, por seu lugar no processo de acumulação capitalista como de acumulação capitalista como produtor direto de mais-valia. produtor direto de mais-valia.

Page 115: Geografia econômica

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O proletariado se tornou mais O proletariado se tornou mais diferenciado e heterogêneo. Isso diferenciado e heterogêneo. Isso

influenciou negativamente sua identidade influenciou negativamente sua identidade de classe. Por outro lado se tornou mais de classe. Por outro lado se tornou mais

numeroso e algumas camadas mais numeroso e algumas camadas mais intelectualizadas, abrindo novas intelectualizadas, abrindo novas

possibilidades para sua ação possibilidades para sua ação revolucionária.revolucionária.

Page 116: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 116116

O Partido Comunista tem um papel O Partido Comunista tem um papel fundamental na construção dessa fundamental na construção dessa

identidade, que se liga ao identidade, que se liga ao desenvolvimento de uma consciência desenvolvimento de uma consciência

socialista.socialista.

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13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 117117

ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADEORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE

CONCEITO DE LUTA DE CLASSES E CONCEITO DE LUTA DE CLASSES E ESTADOESTADO

1ª PARTE1ª PARTE

ATIBAIA/SP – 13 de janeiro de 2008ATIBAIA/SP – 13 de janeiro de 2008

Page 118: Geografia econômica

13/04/2313/04/23 02:49 PM02:49 PM 118118

LUTA DE CLASSES COMO MOTOR DA HISTÓRIALUTA DE CLASSES COMO MOTOR DA HISTÓRIA

A luta de classes não é uma criação dos A luta de classes não é uma criação dos comunistas. Ela tem uma base objetiva.comunistas. Ela tem uma base objetiva.

As bases objetivas da luta de classes estão nos As bases objetivas da luta de classes estão nos conflitos de interesses inconciliáveis que se dão conflitos de interesses inconciliáveis que se dão a partir do mundo da produção – a existência de a partir do mundo da produção – a existência de relações de produção assentadas na exploração relações de produção assentadas na exploração

do trabalho.do trabalho.

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Manifesto do Partido Comunista (1848) – “Até Manifesto do Partido Comunista (1848) – “Até os nossos dias a história da sociedade os nossos dias a história da sociedade

humana tem sido a história da luta de classes, humana tem sido a história da luta de classes, homens livres e escravos, patrícios e plebeus, homens livres e escravos, patrícios e plebeus, barões e servos, numa palavra, opressores e barões e servos, numa palavra, opressores e

oprimidos em constante oposição”.oprimidos em constante oposição”.

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Marx e Engels não descobriram a existência das Marx e Engels não descobriram a existência das classes ou a luta entre elas.classes ou a luta entre elas.

Descobriram queDescobriram que

a existência das classes estava ligada à a existência das classes estava ligada à determinadas fases históricas do desenvolvimento da determinadas fases históricas do desenvolvimento da

produção, por isso não existiram e nem existirão produção, por isso não existiram e nem existirão sempre;sempre;

que a luta de classes é o motor da história; que a luta de classes é o motor da história;

que a luta de classes conduz à ditadura do que a luta de classes conduz à ditadura do proletariado;proletariado;

que a ditadura do proletariado é somente um que a ditadura do proletariado é somente um período de transição para uma sociedade sem período de transição para uma sociedade sem

classes.classes.

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Segundo Engels, as lutas de classes modernas Segundo Engels, as lutas de classes modernas desenvolvem-se em três níveis.desenvolvem-se em três níveis.

1º - 1º - A luta econômicaA luta econômica. Primeiro nível da luta de . Primeiro nível da luta de classes – surge e desenvolve a solidariedade de classes – surge e desenvolve a solidariedade de

classe. classe. Primeiras formas de organização: os sindicatos. Primeiras formas de organização: os sindicatos.

Limites: seu objetivo é conseguir melhores Limites: seu objetivo é conseguir melhores condições para venda da força de trabalho.condições para venda da força de trabalho.

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2º - 2º - A luta ideológicaA luta ideológica. É a luta que se trava . É a luta que se trava no plano das idéias e do comportamento. O no plano das idéias e do comportamento. O seu objetivo é a libertação dos explorados seu objetivo é a libertação dos explorados da ideologia dominante, de modo que ela da ideologia dominante, de modo que ela adquira a consciência de seus interesses adquira a consciência de seus interesses

histórico-universais.histórico-universais.

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3º - 3º - A luta políticaA luta política. Este é o principal nível da . Este é o principal nível da luta de classes. Nele se coloca a questão do luta de classes. Nele se coloca a questão do poder político. Ela passa por vários estágios poder político. Ela passa por vários estágios – o estágio superior é a luta revolucionária – o estágio superior é a luta revolucionária pelo poder político. O principal instrumento pelo poder político. O principal instrumento

é o Partido Político.é o Partido Político.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

Em muitos momentos Marx, Engels e Lênin Em muitos momentos Marx, Engels e Lênin chegam mesmo a afirmar que a verdadeira chegam mesmo a afirmar que a verdadeira luta de classes é uma luta política. A luta luta de classes é uma luta política. A luta

econômico-corporativa, isolada por fábrica econômico-corporativa, isolada por fábrica ou região, ainda não seria propriamente luta ou região, ainda não seria propriamente luta

de classes.de classes.

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AS REVOLUÇÕESAS REVOLUÇÕES

A causa última das revoluções está na A causa última das revoluções está na contradição existente entre o contradição existente entre o

desenvolvimento das forças produtivas e as desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção, que tendem a se relações de produção, que tendem a se

atrasar. Isso se traduz numa crise que abala atrasar. Isso se traduz numa crise que abala toda a sociedade e eleva o nível dos toda a sociedade e eleva o nível dos conflitos entre as classes sociais.conflitos entre as classes sociais.

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A luta de classes antagônicas tende a levar A luta de classes antagônicas tende a levar a uma transformação revolucionária de toda a uma transformação revolucionária de toda a sociedade e a substituição de um sistema a sociedade e a substituição de um sistema velho por um sistema novo. Substituem-se velho por um sistema novo. Substituem-se

as classes no poder e as relações de as classes no poder e as relações de propriedade predominantes.propriedade predominantes.

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As duas fases da revolução:As duas fases da revolução:

1ª - de maior duração, marcada pelas 1ª - de maior duração, marcada pelas transformações econômicas, sociais e culturais transformações econômicas, sociais e culturais

– revolução num sentido amplo;– revolução num sentido amplo;

2ª - de curta duração, condensada no tempo – se 2ª - de curta duração, condensada no tempo – se traduz na luta política revolucionária da classe traduz na luta política revolucionária da classe

de vanguarda pelo controle do aparelho de de vanguarda pelo controle do aparelho de Estado e do poder político – revolução no Estado e do poder político – revolução no

sentido estrito. sentido estrito.

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Em geral o termo revolução é associado à Em geral o termo revolução é associado à violência revolucionária. O próprio Lênin, no violência revolucionária. O próprio Lênin, no livro “As Duas Táticas”, escreveu: “O que é a livro “As Duas Táticas”, escreveu: “O que é a

revolução? A ruptura violenta da superestrutura revolução? A ruptura violenta da superestrutura retrógrada (...) A superestrutura se rompe em retrógrada (...) A superestrutura se rompe em

todas a suas emendas, cede à pressão, se todas a suas emendas, cede à pressão, se debilita”.debilita”.

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POLÊMICAPOLÊMICA

Há uma polêmica sobre o conceito de revolução. Há uma polêmica sobre o conceito de revolução. Há os que a entendem apenas como um Há os que a entendem apenas como um

processo que se conclui.processo que se conclui.Há, por outro lado, interpretações que Há, por outro lado, interpretações que

consideram como revolução mesmo processos consideram como revolução mesmo processos que não se concluem, em que não há ruptura.que não se concluem, em que não há ruptura.

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REVOLUÇÃO SOCIALISTA – REVOLUÇÃO DE REVOLUÇÃO SOCIALISTA – REVOLUÇÃO DE NOVO TIPONOVO TIPO

A revolução socialista tem diferenças A revolução socialista tem diferenças significativas em relação às revoluções do significativas em relação às revoluções do

passado, inclusive quanto ao seu ritmo.passado, inclusive quanto ao seu ritmo.

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Principais características da revolução Principais características da revolução socialistasocialista

1º - As outras revoluções começaram 1º - As outras revoluções começaram quando já existiam novas formas quando já existiam novas formas

econômicas no seio da antiga sociedade. A econômicas no seio da antiga sociedade. A revolução socialista inicia sem que as novas revolução socialista inicia sem que as novas

relações de produção socialista existam relações de produção socialista existam ainda.ainda.

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2º - As transformações socialistas iniciam-se 2º - As transformações socialistas iniciam-se com a tomada do poder.com a tomada do poder.

3º - As outras revoluções substituíram uma 3º - As outras revoluções substituíram uma classe exploradora no poder por outra classe classe exploradora no poder por outra classe

exploradora. A revolução socialista coloca pela exploradora. A revolução socialista coloca pela primeira vez uma classe explorada no poder: o primeira vez uma classe explorada no poder: o

proletariado. Este não tem interesse de manter a proletariado. Este não tem interesse de manter a propriedade privada dos meios de produção. Sua propriedade privada dos meios de produção. Sua

missão é fazer desaparecer as bases materiais missão é fazer desaparecer as bases materiais da exploração do homem pelo homem: a da exploração do homem pelo homem: a

propriedade privada dos meios de produção.propriedade privada dos meios de produção.

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IMPORTANTE: IMPORTANTE:

Não há modelo de revolução – Não há modelo de revolução – os processos revolucionários os processos revolucionários

são singulares.são singulares.

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O resultado deste conflito antagônico entre as O resultado deste conflito antagônico entre as classes, em algumas situações históricas, cria classes, em algumas situações históricas, cria

uma situação revolucionária.uma situação revolucionária.

Indícios de uma situação revolucionária:Indícios de uma situação revolucionária: Impossibilidade das classes dominantes Impossibilidade das classes dominantes

manterem as formas de sua dominação; crise manterem as formas de sua dominação; crise ‘nos de cima’, crise na política da classe ‘nos de cima’, crise na política da classe

dominante, que produz brecha pela qual se abre dominante, que produz brecha pela qual se abre passagem ao descontentamento e à indignação passagem ao descontentamento e à indignação

das classes oprimidas. das classes oprimidas.

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““Não basta que os de baixo o queiram. É preciso, Não basta que os de baixo o queiram. É preciso, também, que os de cima não possam continuar também, que os de cima não possam continuar

vivendo como até aqui”. vivendo como até aqui”.

(Lênin, A Falência da II Internacional)(Lênin, A Falência da II Internacional)

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Nem toda situação revolucionária leva Nem toda situação revolucionária leva inevitavelmente a uma revolução. É preciso inevitavelmente a uma revolução. É preciso que haja uma outra condição: a condição que haja uma outra condição: a condição

subjetiva, expressa nos níveis:subjetiva, expressa nos níveis:

1º) da consciência revolucionária das 1º) da consciência revolucionária das massas proletárias; massas proletárias;

2º) da organização e da unidade da classe; 2º) da organização e da unidade da classe;

3º) da correta direção política do seu partido 3º) da correta direção política do seu partido de vanguarda.de vanguarda.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

A situação revolucionária cria apenas a A situação revolucionária cria apenas a possibilidade para uma revolução, mas são possibilidade para uma revolução, mas são os fatores subjetivos que convertem esta os fatores subjetivos que convertem esta

possibilidade em realidade. Portanto, possibilidade em realidade. Portanto, quando existem as condições objetivas, o quando existem as condições objetivas, o

fator subjetivo joga um papel decisivo.fator subjetivo joga um papel decisivo.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

A unidade e organização da classe, sob A unidade e organização da classe, sob direção política conseqüente de um Partido direção política conseqüente de um Partido

revolucionário, criam as condições revolucionário, criam as condições subjetivas para que a situação subjetivas para que a situação

revolucionária se transforme numa revolucionária se transforme numa revolução.revolução.

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PARTE IIIPARTE III

CONCEITO DE LUTA DE CLASSES E CONCEITO DE LUTA DE CLASSES E ESTADOESTADO

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O Estado é um instrumento de dominação de uma O Estado é um instrumento de dominação de uma classe sobre a outra.classe sobre a outra.

Engels afirmava: “Da mesma forma que o Estado Engels afirmava: “Da mesma forma que o Estado antigo foi em primeiro lugar o Estado dos antigo foi em primeiro lugar o Estado dos

possuidores de escravos para manter subjugado possuidores de escravos para manter subjugado seus escravos, assim o Estado feudal foi o órgão seus escravos, assim o Estado feudal foi o órgão

da nobreza para manter submetidos os da nobreza para manter submetidos os camponeses e servos independentes e o Estado camponeses e servos independentes e o Estado

moderno representativo é um instrumento de moderno representativo é um instrumento de exploração do trabalho assalariado pelo capital”. exploração do trabalho assalariado pelo capital”.

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IMPORTANTEIMPORTANTE

Todo Estado é uma ditadura.Todo Estado é uma ditadura.Inclusive a Ditadura do Proletariado.Inclusive a Ditadura do Proletariado.

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Engels apontava Engels apontava características fundamentaiscaracterísticas fundamentais (perenes) do Estado(perenes) do Estado

a) Divisão dos súditos, segundo o território; a) Divisão dos súditos, segundo o território;

b) Um poder público que já não corresponde b) Um poder público que já não corresponde diretamente à população e se organiza também diretamente à população e se organiza também

em uma força armada (exército, polícia, tribunais); em uma força armada (exército, polícia, tribunais);

c) Um aparelho de coleta de impostos; c) Um aparelho de coleta de impostos;

d) O Estado se compõe, fundamentalmente, de d) O Estado se compõe, fundamentalmente, de uma burocracia civil ou militar, articulados por uma burocracia civil ou militar, articulados por

um poder político classista.um poder político classista.

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Deve se acrescentar aí os aparelhos Deve se acrescentar aí os aparelhos ideológicos cuja função é construir o ideológicos cuja função é construir o

consenso em torno das idéias consenso em torno das idéias dominantes – as igrejas, as escolas, os dominantes – as igrejas, as escolas, os

jornais etc.jornais etc.

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IMPORTANTE: IMPORTANTE:

Os diferentes tipos de Estados Os diferentes tipos de Estados correspondem aos diferentes tipos de correspondem aos diferentes tipos de

relações de produção existentes – relações de produção existentes – escravista, feudal, asiático, capitalista e escravista, feudal, asiático, capitalista e socialista. Mas, cada tipo particular de socialista. Mas, cada tipo particular de

Estado organiza a dominação de classe de Estado organiza a dominação de classe de uma maneira também bastante particular – uma maneira também bastante particular –

através do direito, da ideologia e dos através do direito, da ideologia e dos aparelhos de estado. aparelhos de estado.

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TIPOS E FORMAS DE ESTADOTIPOS E FORMAS DE ESTADO

O O carátercaráter de um Estado é dado de um Estado é dado fundamentalmente pelo seu conteúdo social de fundamentalmente pelo seu conteúdo social de classe (ou seja, quais classes exercem o poder classe (ou seja, quais classes exercem o poder

político).político).

A A formaforma de um Estado é a maneira que o poder de um Estado é a maneira que o poder de Estado se apresenta em uma determinada de Estado se apresenta em uma determinada época e está sujeito à correlação de forças época e está sujeito à correlação de forças

entre as classes sociais em luta. As formas de entre as classes sociais em luta. As formas de Estado mudam mais rapidamente que o seu Estado mudam mais rapidamente que o seu

conteúdo. conteúdo.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

Um dos principais meios de embaralhar a Um dos principais meios de embaralhar a questão do Estado consiste em confundir a questão do Estado consiste em confundir a

formaforma com o com o conteúdoconteúdo do Estado. do Estado. Por isto os liberais falam em Estado Por isto os liberais falam em Estado

monárquico, aristocrático, democrático e monárquico, aristocrático, democrático e autoritário etc. Limitam-se geralmente a debater autoritário etc. Limitam-se geralmente a debater a questão da forma, não a natureza – o caráter – a questão da forma, não a natureza – o caráter – dos organismos de exercício do poder político. dos organismos de exercício do poder político.

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O ESTADO NO CAPITALISMOO ESTADO NO CAPITALISMO

O papel fundamental do Estado capitalista é O papel fundamental do Estado capitalista é garantir a reprodução das relações de garantir a reprodução das relações de

produção capitalistas; ou seja, reproduzir a produção capitalistas; ou seja, reproduzir a dominação/exploração da burguesia sobre o dominação/exploração da burguesia sobre o

proletariado. proletariado.

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No capitalismo o produtor direto deve ser No capitalismo o produtor direto deve ser juridicamente livre e igual aos proprietários juridicamente livre e igual aos proprietários dos meios de produção. Esta é a condição dos meios de produção. Esta é a condição

necessária para que a sua força de trabalho necessária para que a sua força de trabalho se constitua numa propriedade que pode ser se constitua numa propriedade que pode ser livremente vendida no mercado de trabalho. livremente vendida no mercado de trabalho.

Por isso o direito burguês deve tratar os Por isso o direito burguês deve tratar os desiguais de maneira igualitária.desiguais de maneira igualitária.

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As superestruturas (jurídico-política e As superestruturas (jurídico-política e ideológica) capitalistas encobrem os ideológica) capitalistas encobrem os

mecanismos de exploração do mecanismos de exploração do trabalho.trabalho.

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O Estado capitalista cria a possibilidade de O Estado capitalista cria a possibilidade de serem incorporados no seu interior serem incorporados no seu interior elementos das classes exploradas elementos das classes exploradas

fundamentais. As funções públicas não são fundamentais. As funções públicas não são exclusivas dos elementos das classes exclusivas dos elementos das classes

proprietárias. proprietárias.

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A existência do sufrágio universal, do A existência do sufrágio universal, do pluripartidarismo (incluindo a existência de pluripartidarismo (incluindo a existência de

partidos socialistas) e da possibilidade partidos socialistas) e da possibilidade formal da alternância do poder, apesar de formal da alternância do poder, apesar de serem conquista da luta dos povos, tem serem conquista da luta dos povos, tem

reflexos contraditórios na consciência das reflexos contraditórios na consciência das massas populares.massas populares.

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A democracia burguesa neutraliza a visão A democracia burguesa neutraliza a visão de um Estado classista e reforça as de um Estado classista e reforça as

concepções pluralistas, hegemônicas nos concepções pluralistas, hegemônicas nos países capitalistas centrais. Isto dá ao países capitalistas centrais. Isto dá ao

Estado uma aparência de neutralidade – um Estado uma aparência de neutralidade – um instrumento acima das classes. instrumento acima das classes.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

Em momentos de crise aguda de hegemonia a Em momentos de crise aguda de hegemonia a burocracia de Estado pode adquirir uma burocracia de Estado pode adquirir uma

autonomia relativa em relação às classes sociais autonomia relativa em relação às classes sociais em luta. A política estatal pode não em luta. A política estatal pode não

corresponder integralmente aos interesses da corresponder integralmente aos interesses da classe economicamente dominante, embora não classe economicamente dominante, embora não

possa romper com a lógica da reprodução do possa romper com a lógica da reprodução do capitalismo. Marx chamou a isso de capitalismo. Marx chamou a isso de

bonapartismo. bonapartismo.

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IMPORTANTE:IMPORTANTE:

Alguns autores desenvolveram a tese da Alguns autores desenvolveram a tese da autonomia relativa do Estado em relação a base autonomia relativa do Estado em relação a base econômica e aos interesses imediatos da classe econômica e aos interesses imediatos da classe

economicamente dominante.economicamente dominante.

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Não é indiferenteNão é indiferente para o proletariado a forma para o proletariado a forma pela qual a burguesia exerce a sua pela qual a burguesia exerce a sua

dominação (através de uma ditadura ou dos dominação (através de uma ditadura ou dos mecanismos democráticos). A democracia é mecanismos democráticos). A democracia é o campo mais favorável para a elevação do o campo mais favorável para a elevação do nível de consciência e de organização dos nível de consciência e de organização dos

trabalhadores. Por isto, os partidos trabalhadores. Por isto, os partidos comunistas são vanguardas da luta pela comunistas são vanguardas da luta pela democracia e contra a fascistização do democracia e contra a fascistização do

Estado burguês.Estado burguês.

Page 156: Geografia econômica

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

Page 157: Geografia econômica

As bases do pensamento de Marx

Filosofia alemã

Socialismo utópico francês

Economia política clássica inglesa

Page 158: Geografia econômica

A interpretação dialética

• Analisa a história como um movimento• Movimento conseqüente das próprias ações dos

homens• Reflexão crítica sobre a realidade• Somente a dialética consegue apreender os

movimentos do real• Papel central do pensamento na apreensão do

real• O pensamento está inserido no próprio real

Page 159: Geografia econômica

A infra-estrutura como base da sociedade

• Todo o sistema de pensamento de Marx é erigido a partir do modo de produção capitalista

• A anatomia da sociedade deve ser procurada na análise das relações de produção

Page 160: Geografia econômica

O modo de produção capitalista

• É composto pelos meios de produção e as relações de produção

• Meios de produção: Maquinas, ferramentas, tecnologia, força de trabalho

• Relações de produção: Somente por meio delas se realiza a produção. Elas variarão de acordo com os meios de produção. São as próprias relações e organizações entre os homens

Page 161: Geografia econômica

O modo de produção capitalista

• É apenas no intercambio entre relações de produção e forças produtivas que se transformam em capital, somente por meio do trabalho tal relação é concretizada

• As relações de produção condicionam as relações sociais

• O capital é também uma relação social de produção. Relação de produção da sociedade burguesa

Page 162: Geografia econômica

O capital como relação social de produção

• O capital não se constitui somente como meio de subsistência, de instrumento de trabalho e de matéria prima

• Forma o chamado valor de troca, em que todos os produtos de que ele se constitui são mercadorias

Page 163: Geografia econômica

A mercadoria

• Unidade básica do MPC, pela qual se erige o sistema capitalista

• Valor de Uso: Utilidade da mercadoria (Qualitativo)

• Valor de Troca: Pode ser trocada por uma porção de outra mercadoria (Quantitativo)

• Todas as mercadorias são produto da cristalização do trabalho humano e que o valor de troca é proporcional a quantidade de trabalho humano investido em cada uma dessas mercadorias

Page 164: Geografia econômica

A troca

• É a própria troca entre mercadorias; assim o valor de uma mercadoria se exprime em uma mercadoria diferente

• O dinheiro para Marx é como uma outra mercadoria qualquer. O dinheiro é visto como o equivalente universal de troca

Page 165: Geografia econômica

O segredo da mercadoria

• Os homens em sociedade (capitalista) têm relações humanas em vista da produção das mercadorias, mas seus trabalhos organizados adquirem a forma de uma relação social dos produtos do trabalho

• Isso significa que produzem mercadorias e só se comunicam entre si por intermédio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermédio das mercadorias

• Expressão da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. É a mercantilização de todas as relações sociais

Page 166: Geografia econômica

A exploração capitalista sobre o trabalhador

• Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador

• Duas formas de extração da mais-valia

• Absoluta: Aumento da jornada de trabalho

• Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar pelo incremento de tecnologia na produção, aumentando a produtividade da produção

Page 167: Geografia econômica

A exploração capitalista sobre o trabalhador

• O valor da força de trabalho e a mais-valia variam em direções opostas

• É só por meio da exploração da força de trabalho que o Capital consegue reproduzir seu ciclo: M-T-M’ e D-M-D’

• Somente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo explorar o trabalho

Page 168: Geografia econômica

Duas características do MPC

• 1) A mercadoria constitui o caráter dominante e determinante dos seus produtos

• Assim os agentes deste modo de produção (burgueses e proletários) são vistos como encarnações do capital e do trabalho assalariado. (trabalho concreto e trabalho abstrato)

• 2) Produção da mais-valia: finalidade direta e o móvel determinante da produção.

Page 169: Geografia econômica

As contradições do MPC

• As duas características do MPC não podem ser compreendidas por si só, mas como produtos das relações de produção que produzem o capitalismo

• Assim entre o operário e o capitalista existe uma contradição, que é produzida desde o princípio de suas relações

• A contradição inicia-se logo no início do sistema capitalista, quando produtor e meios de produção são separados

• A própria apropriação desigual do trabalho está na base desta contradição. O resultado do trabalho alienado não pertence ao trabalhador

Page 170: Geografia econômica

As contradições do MPC

• A burguesia cria, sem parar, meios de produção mais poderosos. Mas as relações de produção permanecem inalteradas

• O regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais mercadorias, porém a miséria permanece para a maioria

Page 171: Geografia econômica

As contradições do MPC

• Os meios de produção capitalistas se transformam incessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modos de produção anteriores eram essencialmente conservadores

• Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois o trabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece o produto do seu trabalho

• Uma massa de trabalhadores é despejada no chamado exército de reserva industrial, pois o próprio sistema capitalista necessita deste exército para manter os salários a um nível baixo.

Page 172: Geografia econômica

A resolução das contradições do MPC

• Para Marx os antagonismos do MPC desembocam na revolução proletária

• Essa revolução será resultado das próprias ações dos capitalistas, que produzirão os meios de sua destruição e seus próprios coveiros (o proletariado).

Page 173: Geografia econômica

As classes sociais

• Duas classes fundamentais para entender o capitalismo

• Burguesia: detentora dos meios de produção

• Proletariado: Vendedor de sua própria força de trabalho

Page 174: Geografia econômica

O conflito da produção expresso na Superestrutura

• O antagonismo entre burguesia e proletariado se expressa também na superestrutura

• É o que Marx chama de Luta de Classes, que para além da dimensão de luta econômica existe também a luta política

Page 175: Geografia econômica

O Estado na análise de Marx

• A luta de classes seria mera ilustração sem a análise do Estado capitalista

• O Estado precisa ser compreendido como uma colossal superestrutura e o poder organizado de uma classe social em seu relacionamento com as outras

Page 176: Geografia econômica

Estado e Sociedade

• O Estado não está descolado da sociedade• O Estado é produto das contradições inerentes

à própria sociedade• O Estado é a expressão essencial das relações

de produção específicas do capitalismo• O monopólio do aparelho estatal, diretamente

ou por meio de grupos interpostos, é a condição básica do exercício da dominação

• O poder político é na verdade o poder organizado de uma classe para a opressão das outras

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Infra-estrutura e superestrutura

• Infra-estrutura• Meios de produção• Relações de

produção• Produção de

mercadorias

• Estado• Direito• Justiça• Religião• Ideologias

Page 178: Geografia econômica

Infra-estrutura e superestrutura: Existência e Consciência

• É a infra-estrutura que condiciona o modo de vida dos homens

• O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina sua consciência

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As análises de Marx para entender a contemporaneidade

• Mercantilização de todas as relações humanas

• A política também se torna mercantilizada

• A ciência como trabalho morto é utilizada cada vez mais para explorar o trabalhador

• A globalização (ou a mundialização) do capital foi um fenômeno previsto por Marx em suas análises

Page 180: Geografia econômica

Questões do vestibular

• De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica

A) pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de seu trabalho.

B) pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre proprietários e não proprietários dos meios de produção.

C) pelas diferenças de inteligência e habilidades inatas dos indivíduos, determinadas biologicamente.

D) pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos históricos, marcados pela igualdade de oportunidades.

Page 181: Geografia econômica

Questões do vestibular

• Segundo a concepção materialista da história, a divisão social do trabalho é o processo

A) que dá início à contradição na vida social ao separar os homens entre proprietários e não-proprietários.

B) de diferenciação de funções que caracteriza as sociedades complexas.

C) que estimula as aspirações ao consumo, tão necessárias ao regime capitalista de produção.

D) que atua diretamente no crescimento da demanda de mercado.

Page 182: Geografia econômica

Questões do vestibular• Acerca da metáfora da edificação (estrutura e superestruturas),

formulada por Karl Marx para sintetizar sua concepção materialista de história, marque a alternativa correta.

A) O Estado capitalista corresponde a uma superestrutura que engloba o direito burguês e boa parte do sistema político.

B) As relações sociais de produção constituem uma esfera superestrutural, pois nascem das normas jurídicas e instituições políticas.

C) A totalidade das dimensões da vida social, o tempo todo, é determinada pelas relações econômicas.

D) As ideologias produzem a vida e, por isto, pode-se entender, por exemplo, a sociedade escravista a partir das filosofias de Platão e Aristóteles.

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

NOME: Diego Zimmermann

PROFESSOR: Dejalma Cremonese

DATA: 20/04/2007

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África, Oceania), que estava sendo incorporada na economia mundial. Seus principais mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações ao longo do tempo.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

Para entender melhor a evolução do capitalismo, vamos considerar três fases principais nesse processo:

1- fase: Capitalismo comercial ou pré-capitalismo

2- fase: Capitalismo industrial

3- fase: Capitalismo financeiro ou monopolista

As duas primeiras fases são caracterizadas pelas relações entre as colônias e metrópoles, que praticamente estabeleceram as relações econômicas do capitalismo monopolista.

Page 186: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

COMO FUNCIONA O CAPITALISMO- Tem como principal objetivo o lucro.- Baseia-se na propriedade privada dos meios de produção.- Tem no dinheiro ou seus similares(cartões de crédito, cheques) o

seu principal meio de troca.- Funciona conforme a lei da oferta e da procura – economia de

mercado- Nas relações de trabalho predomina o trabalho assalariado. O

trabalhador “vende”seu trabalho para os donos dos meios de produção.

- No sistema capitalista, a sociedade é baseada na divisão de classes.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo comercialÉ o período das grandes navegações ou descobrimentos, quando novas terras – principalmente do continente do continente americano Novo Mundo – passaram a fazer parte do mundo até então conhecido: o Velho Mundo. Nessa época países da Europa ocidental (Portugal, Espanha, França e Inglaterra) obtiveram grandes conquistas territoriais no Novo Mundo e fizeram dos territórios recém-conquistados suas colônias.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo comercialAs regras das relações entre as metrópoles e colônias foram estabelecidas pelo Pacto Colonial, segundo o qual a colônia só podia manter relações comerciais com a metrópole. Surgiu , assim, a primeira divisão internacional do trabalho (DIT).

Metais preciosos, especiarias

COLÔNIA METRÓPOLE

Produtos manufaturados

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo comercialInspirados na teoria mercantilista, os países colonizadores, através do comercio com suas colônias, geraram acúmulo de capital, que permitiu o desenvolvimento do que muitos consideram o inicio do verdadeiro capitalismo, isto é, a sua fase industrial.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Pontos Fundamentais da Política Mercantilista1. Balança comercial favorável. Todo país deveria

exportar mais do que importar.2. Protecionismo. Conjunto de medidas que visavam

proteger a produção nacional da produção de outros países.

3. Metalismo. A riqueza e a importância de um país eram avaliadas pela quantidade de metais(moedas) que conseguisse acumular.

4. Monopólio. A metrópole tinha exclusividade com o comercio com a colônia.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo industrialEssa fase se estendeu do século XVIII ao XX, foi marcada pela a Primeira e pela Segunda Revolução Industrial e pela partilha da África e da Ásia entre as potencias colonialistas européias – o imperialismo.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo industrialA produção industrial tornou-se a maior fonte de lucro, e o trabalho assalariado passou a ser a relação típica do capitalismo: quem recebia salário acabava consumindo os produtos que ajudava a fabricar.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo industrialO trabalho tornou–se mercadoria. Aquele que não possuía meios de produção, nem capital, vendia a sua mercadoria, ou seja, a sua força de trabalho.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo industrialA DIT da fase do capitalismo industrial, na realidade mudou muito pouco em relação à do capitalismo comercial. A diferença principal é que as metrópoles passaram a ser industrializadas.

Matérias-primas

COLÔNIAS METRÓPOLES

Produtos industrializados

Page 195: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista

Desenvolveu-se após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).O capital acumulado nas etapas anteriores precisava de outras atividades, além da atividade industrial, para ser multiplicado. Foi quando se desenvolveu os bancos, as corretoras de valores e grandes grupos empresariais e se iniciou o processo de concentração de capital.A união do capital industrial com o capital de financiamento (bancário) deu origem ao capital financeiro, que é a própria essência do capitalismo.

Page 196: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista

A concentração de capital nas mãos de poucas pessoas ou empresas trouxe, como conseqüências, a monopolização e, depois, a oligopolização de vários setores da economia, que passaram a ser dominados por grandes grupos econômicos.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolistaO monopólio ocorre quando uma empresa domina a oferta ,de determinado produto ou serviço. Uma forma mais aprimorada de monopólio é o oligopólio, quando um grupo de empresa domina o mercado de determinado produto ou serviço.

Page 198: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista- Estado-empresário e planejador

Nesta terceira fase do capitalismo, o liberalismo econômico foi perdendo terreno, até ser provisoriamente esquecido, após a crise de 1929, decorrente da queda da Bolsa de Valores da Nova York.A partir de então, o Estado assumiu duplo papel como agente econômico: o de empresário, como proprietário de empresas (estatais), e o planejador. Assim, passou na intervir diretamente na economia.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolistaO principal teórico e defensor da intervenção estatal na economia oligopolizada foi o inglês John Maynard Keynes (1883-1946). Sua teoria, que ficou conhecida como keynesianismo, propunha a intervenções do Estado na vida econômica com o objetivo de garantir o pleno emprego.

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista

Na década de 1980, as idéias do liberalismo clássico foram retomadas. Mas, depois da lição crise de 1929, foram vistas com um pouco mais de cautela.

O neoliberalismo prega a não intervenção do Estado na economia, a não ser para controlar as crises. A política neoliberal cresceu e praticamente dominou a economia na década de 1990.

Page 201: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista

Durante o capitalismo financeiro surgiu três DITs bem diferentes.

Page 202: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista

- DIT do imperialismo. Entre período que vai do final da Primeira Guerra Mundial (1918) até o final da Segunda (1945), algumas potências ocidentais (Inglaterra, França e Holanda) ainda mantinham suas colônias na Ásia e na África. Portanto, a divisão internacional do trabalho permanece a mesma da fase do imperialismo ou capitalismo industrial.

Matérias-primas

COLÔNIAS METRÓPOLES

Produtos industrializados

Page 203: Geografia econômica

O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista- DIT clássica. Com a descolonização da Ásia e da África (1947-1975), os novos países surgidos nesses continentes passaram a fazer parte, ao lado das antigas colônias da América, do conjunto dos países subdesenvolvidos. Estabeleceu-se, então, o que dominamos de DIT clássica, que caracteriza as relações entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos não industrializados.

Matérias-primasPAÍSES SUBDESENVOLVIDOS PAÍSES NÃO INDUSTRIALIZADOS DESENVOLVIDOS

Produto industrializados, investimentos e concessão de empréstimos

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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO

• Capitalismo financeiro ou monopolista- DIT da nova ordem Mundial. Nesse mesmo período, com a industrialização de alguns países subdesenvolvidos, uma outra DIT passou a conviver com a DIT clássica. É a que expressa o relacionamento entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos industrializados.

Produtos industrializados, tecnologia e capital – empréstimos e investimentos

(produtivos e especulativos) PAÍSES PAÍSES

SUBDESENVOLVIDOS DESENVOLVIDOS INDUSTRIALIZADOS

Matéria-prima, produtos industrializados e capital – lucros das transnacionais e do capital especulativo, pagamento de juros e da dívida externa, royalties pela propriedade intelectual

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Bibliografia

Livro de Geografia – Lúcia Marina e Tércio