geografia do brasil
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CARACTERÍSTICAS DA COSTA BRASILEIRA - SETENTRIONAL
Litoral Norte – é também chamado de Litoral Setentrional e se estende da foz do rio Oiapoque, ou cabo Orange (PA), ao cabo de São Roque (RN). Seu primeiro trecho estende-se da foz do Oiapoque ao delta do rio Parnaíba. É um litoral de terras baixas e sedimentares. No Amapá, o litoral é pantanoso e aparecem inúmeras lagunas, em um terreno argiloso e com mangues. A foz do rio Amazonas é importante acidente desse litoral, apresentando inúmeras ilhas, destacando-se a de Marajó, com 47.964 km², a de Caviana e de Mexiana. No litoral do Pará e Maranhão, a linha costeira é mais recortada, aparecendo pequenas falésias. O destaque desse trecho litorâneo é o Golfão Maranhense, com a ilha de São Luís, cercada pelas baías de São Marcos e de São José. No segundo trecho, do delta do rio Parnaíba ao cabo de São Roque, a costa semi-árida está caracterizada por ser pouco recortada e pela presença de uma faixa de dunas. O clima semi-árido propicia a instalação de um grande número de salinas, as mais importantes do Brasil.
GEOMORFOLOGIA COSTEIRA DO BRASIL: COSTA ORIENTAL
(MARES-DE-MORROS ,TABULEIROS, FALÉSIAS E ARRECIFES)
Litoral Leste – ou Litoral Oriental, vai do cabo de São Roque (RN) ao cabo Frio (RJ). O trecho que se estende do cabo de São Roque à baía de Todos os Santos apresenta “barreiras”, em trechos onde o planalto interior chega diretamente junto ao mar, dando origem a costas altas com falésias. À pequena distância da linha litorânea, o primeiro trecho do Litoral Leste apresenta uma linha de recifes de arenito ou coralinos, muito perigosos para a navegação, por se elevarem apenas alguns centímetros acima da água. O nome da capital de Pernambuco, Recife, tem origem na existência dessas formações em seu litoral. No litoral sul baiano existem, mais afastados do continente, os recifes coralinos dos Abrolhos. Da baía de Todos os Santos ao norte do litoral do Espírito Santo, surgem trechos mais baixos, com lagunas separadas do mar por restingas, com extensos manguezais. No último trecho desse litoral, surge uma costa baixa e alagadiça, mas onde não faltam as pontas graníticas que ladeiam a baía de Vitória. O cabo de São Tomé e a baía de Vitória são os acidentes mais notáveis da área.
GEOMORFOLOGIA COSTEIRA DO BRASIL:
COSTA MERIDIONAL (COSTÕES E FALÉSIAS BASÁLTICAS )
COSTÕES
FALÉSIAS BASÁLTICAS
Estende-se de Cabo Frio até a foz do arroio Chuí. O trecho desse litoral, que vai de Cabo Frio ao cabo de Santa Maria, em Santa Catarina, é caracterizado pela proximidade dos altos paredões que dão acesso ao planalto cristalino, na Serra do Mar. Em certos trechos, a escarpa se afasta para o interior, dando origem a extensas praias, restingas e lagoas costeiras. A Baixada Fluminense abriga as lagoas Feia, de Araruama, Saquarema e Marica, separadas ao mar por restingas. A baía de Guanabara abre-se na Baixada Fluminense, com um perímetro de 130 km e uma área de 412 km². Mais para o Sul, acha-se a Baixada Santista, de menor tamanho. O último trecho de nosso litoral se estende do cabo de Santa Marta à desembocadura do arroio Chuí. É uma costa baixa e arenosa, onde surge uma planície bastante larga, que abriga inúmeras lagunas, separadas do mar por restingas. Algumas lagunas se comunicam com o oceano através de um estreito canal, como acontece com a maior de todas, a lagoa dos Patos, com 10.000 km² de área. A lagoa Mirim está em contato com a lagoa dos Patos, através do canal de São Gonçalo, tendo uma área de aproximadamente 4.000 km².
GEOMORFOLOGIA COSTEIRA DO BRASIL:
COSTA MERIDIONAL (COSTÕES E FALÉSIAS BASÁLTICAS )
COSTÕES
FALÉSIAS BASÁLTICAS
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS:
AMAZÔNICA
É a maior bacia do mundo. Drena cerca de 6,5 milhões de km², dos quais 3,9 milhões situados no Brasil. Além do Brasil, banha: Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia.
Os formadores da Bacia Amazônica são: Cordilheira dos Andes (oeste), Planalto das Guianas (norte) e Planalto Central (sul). É uma bacia de planície e oferece 20.000 km de percurso navegável, apesar da navegação ser pouco aproveitada. Mesmo sendo de planície, boa parte dos afluentes do Amazonas apresenta trechos encachoeirados nos planaltos, o que confere grande potencial hidráulico.
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS:
TOCANTINS-ARAGUAIA
É a maior bacia totalmente brasileira e a terceira em
potencial hidroelétrico, após a Amazônica e a do Paraná.
Possui a segunda maior usina totalmente brasileira,
Tucuruí, situada no curso inferior do rio Tocantins (PA), que
abastece com energia os grandes projetos minerais da
Amazônia (Carajás, Albrás, etc.).
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS:
SÃO FRANCISCO
Drena cerca de 645 mil km² e é a segunda maior bacia totalmente brasileira. Além de apresentar grandes quedas-d’água e bom aproveitamento hidrelétrico (Usinas de Três Marias, Paulo Afonso, Sobradinho, de Xingó, etc.).
O Rio São Francisco possui um longo trecho navegável (Pirapora/MG-Juazeiro/BA) e desempenha importante papel regional no povoamento e na agropecuária realizados ao longo de seu curso e proximidades. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais (Serra da Canastra) e deságua no Atlântico, onde serve de divisa entre Alagoas e Sergipe.
No passado, desempenhou importante papel na expansão da pecuária e na integração nacional (Sudeste-Nordeste).
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS: PLATINA
Drena cerca de 17% do território brasileiro e é formada pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Banha terras do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Bacia do Paraná – é uma bacia planáltica com grande potencial hidrelétrico e a mais aproveitada no Brasil para a produção de eletricidade. Nela está situada a maior usina hidrelétrica no mundo, em operação (Itaipu), um consórcio binacional entre Brasil e Paraguai. A maior parte da energia consumida nas regiões Sudeste e Sul é oriunda da bacia do Paraná. Apesar de planáltico, o rio Paraná apresenta um longo trecho navegável (Urubupungá-Guaíra).
A bacia do Paraná se transformou, com a implantação da hidrovia Tietê-Paraná, na espinha dorsal do Mercosul, isso só foi viabilizado com a construção das eclusas de Três Irmãos e Jupiá, que integra cinco estados brasileiros (PR, SP, MG, GO, MS) e os parceiros do Mercosul.
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS: PLATINA
Bacia do Paraguai – bacia de planície que banha a planície do Pantanal; é utilizada principalmente pela navegação em território brasileiro e paraguaio. O principal porto é o de Corumbá (MS). Pelo rio Paraguai, o Brasil escoa principalmente minério de manganês e produtos agropecuários.
Bacia do Uruguai – drena cerca de 3% do território brasileiro. O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), e serve de divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Argentina, Argentina e Uruguai. O curso superior do rio Uruguai é de planalto com aproveitamento hidrelétrico, e o curso inferior é de planície e navegável. O aproveitamento econômico desta bacia é pouco expressivo.
CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
O Aquífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).
CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Esse reservatório de proporções gigantescas de água subterrânea é formado por derrames de basalto ocorridos nos Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo Inferior (entre 200 e 132 milhões de anos). É constituído pelos sedimentos arenosos da Formação Pirambóia na Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e arenitos Botucatu no topo (Missiones no Paraguai, Tacuarembó no Uruguai e na Argentina).
O Aquífero Alter do Chão é o que apresenta o maior volume de
água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada
sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de
86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer
a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo
com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser
feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser
ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o
dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani - com
45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e
que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
CARACTERIZAÇÃO DO AQUÍFERO ALTER DO CHÃO
FAIXA DE INSTABILIDADE PRODUZIDA PELO ENCONTRO DO
AR QUENTE E ÚMIDO DA AMAZÔNIA COM UMA FRENTE FRIA
VINDA DO ATLÂNTICO
BURITI E CARNAÚBA - COCAIS
BRASIL – PRINCIPAIS GRUPOS DE IMIGRANTES E ÁREAS DE FIXAÇÃO
Imigrantes Áreas de Fixação
Portugueses Praticamente em todo país, em especial no Rio de
Janeiro, com uma preferência pelas cidades em relação
ao campo.
Italianos São Paulo (capital e interior), Rio Grande do Sul e Santa
Catarina.
Espanhóis Principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais
e Rio Grande do Sul
Japoneses São Paulo, Pará, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Alemães Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e
Espírito Santo.
Eslavos Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Castro e Lapa)
Sírio-libaneses Quase todo o país, em especial nos centros urbanos.
Com certos destaque para São Paulo (capital).
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Matriz Energética Brasileira
Fonte: Balanço Energético Nacional – Ministério das Minas e Energia - 2003
Oferta de Energia - 2002
Carvão Mineral e Derivados
6,6%
Hidráulica e
Eletricidade
14,0%Urânio e Derivados
1,8%
Outras fontes não-
renováveis
2,5%Derivados Cana-de-açucar
12,6%Lenha e Carvão vegetal
11,9%
Petróleo e Derivados
43,1%
Gás Natural
7,5%
CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL - 2003
FONTES
1Hidráulicas (Produzidas em Usinas Hidrelétricas) 37%
2 Derivados do Petróleo 32% Gás Engarrafado (GLP) Gasolina Querosene Óleo Diesel Óleo Combustível
3 Carvão Vegetal e Lenha 9%
4 Bagaço de Cana 7%
5 Álcool 4%
6 Carvão Mineral 3%
7 Gás Natural 2%
8 Outras Fontes 6%
Boi "Orgânico" Boi "Verde"
Criado a pasto sem agrotóxico. Criado a pasto sem agrotóxico.
Adubação verde (Sistema Agroecológico). Adubação verde e fertilizantes sintéticos
no pasto.
É proibido usar uréia. Uréia é permitida.
Confinamento somente 90 dias antes do
abate.
Confinamento somente 90 dias antes do
abate.
Suplementação com alimentos de origem
exclusivamente vegetal, dos quais 80%
orgânicos.
Suplementação com alimentos de origem
exclusivamente vegetal.
Sal mineral permitido. Sal mineral permitido.
Área de criação deve estar de acordo com
normas ambientais.
Áreas de criação devem seguir normas
ambientais.
Emprego de vacina apenas contra a febre
aftosa. No mais, apenas prevenção.
Pode-se usar medicamentos alopáticos
contra parasitas.
Antibióticos são proibidos. Recebe antibióticos, se necessário.
Transferências de embriões é proibida. É permitida a transferência de embriões.
Medicamentos homeopáticos, fitoterapia e
acumpuntura contra parasitas.
Medicamentos alopáticos são
empregados.