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GEOGRAFIA Patrimônio genético são informações genéticas apresentadas em forma de moléculas, substâncias metabólicas e extratos retirados de organismos com ou sem vida que possuem amostras de materiais de espécies vegetais, fúngicos, microbianos ou animal que foram coletados em um território nacional. O maior patrimônio genético é encontrado no Brasil, onde o mesmo abriga, aproximadamente, 20% das espécies terrestres. O país possui, aproximadamente, 56 mil espécies de plantas, 517 espécies de anfíbios, 1.677 espécies de aves, 3.000 espécies de peixes, 10 milhões de espécies de insetos e 27% do valor total de mamíferos. O patrimônio genético está distribuído em seis dos dez biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal Mato-Grossense e Zonas Costeiras. Por Gabriela Cabral O território brasileiro abriga uma variedade de coberturas vegetais proveniente de muitos fatores, dentre os principais estão: a localização geográfica onde há uma elevada temperatura, além de possuir uma extensa área de aspecto continental, que também proporciona uma diversidade de fusos, climas, vegetações entre outros. Apesar da grande diversidade natural da flora presente no Brasil, atualmente existe somente 60% de áreas conservadas, isso para atender as atividades produtivas como a produção agropecuária, o processo de urbanização e o extrativismo (vegetal, mineral e animal). Levando em conta as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no Brasil, podemos encontrar as principais, que são:

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GEOGRAFIA

Patrimônio genético são informações genéticas apresentadas em forma de moléculas, substâncias metabólicas e extratos retirados de organismos com ou sem vida que possuem amostras de materiais de espécies vegetais, fúngicos, microbianos ou animal que foram coletados em um território nacional.

O maior patrimônio genético é encontrado no Brasil, onde o mesmo abriga, aproximadamente, 20% das espécies terrestres. O país possui, aproximadamente, 56 mil espécies de plantas, 517 espécies de anfíbios, 1.677 espécies de aves, 3.000 espécies de peixes, 10 milhões de espécies de insetos e 27% do valor total de mamíferos.

O patrimônio genético está distribuído em seis dos dez biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal Mato-Grossense e Zonas Costeiras.

Por Gabriela Cabral

O território brasileiro abriga uma variedade de coberturas vegetais proveniente de muitos fatores, dentre os principais estão: a localização geográfica onde há uma elevada temperatura, além de possuir uma extensa área de aspecto continental, que também proporciona uma diversidade de fusos, climas, vegetações entre outros.

Apesar da grande diversidade natural da flora presente no Brasil, atualmente existe somente 60% de áreas conservadas, isso para atender as atividades produtivas como a produção agropecuária, o processo de urbanização e o extrativismo (vegetal, mineral e animal).

Levando em conta as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no Brasil, podemos encontrar as principais, que são:

Floresta Amazônica: é uma cobertura vegetal de origem equatorial constituída por uma grande variedade de espécies com grande concentração de plantas higrófilas, as árvores são de grande porte e copas largas, ou mata fechada, essa pode ser encontrada nos Estados do norte do país. Apesar de aparentemente apresentar uma cobertura homogênea existem diferenças, dessa forma podem ser classificadas em Mata de igapó (ocorre nas margens de rios que se encontram alagadas o ano todo), Mata de várzea (abriga uma imensa variedade de espécie e passa por inundações em determinados períodos do ano) e Mata de terra firme (não sofre inundações e ocupa grande parte da região).

Mata Atlântica: corresponde a uma cobertura vegetal tropical com árvores altas e densas, atualmente só resta um pequeno percentual, cerca de 7% , dessa importante vegetação que já cobriu grande parte do Brasil, pois cobria desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte e algumas partes mais interiores como São Paulo, Minas Gerais e Paraná e já abrigou uma riquíssima biodiversidade e ecossistemas.

Caatinga: vegetação característica de clima semi-árido que ocorre no sertão nordestino, constituído por plantas adaptadas à escassez de água, possui aspectos singulares com caules grossos e raízes profundas para garantir a sobrevivência ao longo de extensos períodos sem chuvas, nesses momentos essas plantas perdem suas folhas para evitar a transpiração e perda de umidade.

Floresta subtropical ou Araucária: ocorre na região sul onde prevalece o clima subtropical, dessa vegetação aciculifoliada, de árvores que atingem até 30 m e faz parte da família das coníferas, devido à intensa exploração através da agricultura e extração de madeira, só restam 3% do total original.

Cerrados: vegetação composta em geral por vegetais com troncos retorcidos e folhas grossas, é influenciado pelo clima tropical típico, com duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa. Essa cobertura vegetal é mais comum no centro-oeste do Brasil. O cerrado não é uma vegetação homogênea, pois existem variações em sua composição, desse modo existem os subsistemas do cerrado que são: cerradão, cerrado comum ou típico, campos e cerrado. A tortuosidade das árvores do cerrado é proveniente da acidez do solo e da alta concentração de hidróxido de alumínio.

Pantanal: nesse domínio é possível identificar uma série de coberturas vegetais, desse modo a região pode ser compreendida como sendo uma área de transição entre diferentes tipos de ecossistemas apresentados no território brasileiro. Diante da heterogeneidade do pantanal quanto a cobertura vegetal podemos destacar a presença de campos que periodicamente permanecem inundados no período chuvoso, além de floresta tropical e equatorial, esse domínio ocorre nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O pantanal é conhecido como um refúgio ecológico.

Campos: corresponde a um tipo de vegetação que possui plantas rasteiras compostas por gramíneas herbáceas e arbustos, essa característica vegetal ocorre com maior concentração no estado do Rio Grande do Sul.

Vegetação litorânea: conhecida também por áreas de mangues, essa vegetação é encontrada em regiões costeiras, composta por arbustos e espécies arbóreas e pode ser classificada em: mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúbo.

Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

Regiões climáticas do Brasil

Clima corresponde ao conjunto de variações do tempo de uma determinada localidade. Para estabelecer o clima de um lugar é necessário analisar os fenômenos atmosféricos durante um período de, aproximadamente, 30 anos. O clima está diretamente relacionado à formação vegetal.

No território brasileiro ocorre uma grande diversidade climática, pois o país apresenta grande extensão territorial com diferenças de relevo, altitude e dinâmica das massas de ar e das correntes marítimas, todos esses fatores influenciam no clima de uma região.

A maior parte da área do Brasil está localizada na Zona Intertropical, ou seja, nas zonas de baixas latitudes, com climas quentes e úmidos. Outro fator interessante do clima brasileiro se refere à amplitude térmica (diferença entre as médias anuais de temperatura máximas e mínimas), conforme se aproxima da linha do Equador, a amplitude térmica é menor.

O critério utilizado no Brasil para classificar os diferentes tipos de clima foi a origem, a natureza e, principalmente, a movimentação das massas de ar existentes no país (equatoriais, tropicais e polares). Conforme análises climáticas realizadas no território brasileiro, foi possível estabelecer seis tipos de climas diferentes, são eles:

Equatorial – Presente na Amazônia, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão, sofre ação direta das massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e úmido. Apresenta temperaturas médias elevadas (de 25 °C a 27 °C), chuvas durante todo o ano e reduzida amplitude térmica (inferior a 3 °C).

Tropical – Clima do Brasil central, também presente na porção oriental do Maranhão, extensa parte do território do Piauí e na porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Encontrado também no extremo norte do país, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura elevada (18 °C a 28 °C), com amplitude térmica de 5 °C a 7 °C, e estações bem definidas (uma chuvosa e outra seca). A estação de chuva ocorre no verão; no inverno ocorre a redução da umidade relativa em razão do período da estação seca. O índice pluviométrico é de cerca de 1,5 mil milímetros anuais.

Tropical de Altitude – É encontrado nas partes mais elevadas, acima de 800 metros, do

planalto Atlântico do Sudeste. Abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Está sob influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18 °C e 22 °C, e amplitude térmica anual entre 7 °C e 9 °C. No inverno, as geadas ocorrem com certa frequência, em virtude da ação das frentes frias originadas do choque entre as massas tropical e polar.

Tropical Atlântico – Conhecido também como tropical úmido, compreende a faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao Paraná. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. A temperatura varia de 18 °C a 26 °C, apresenta amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul. No Nordeste, a maior concentração de chuva se dá no inverno. No Sudeste, no verão. O índice pluviométrico médio é alto, de 2 mil milímetros anuais.

Subtropical – Ocorre nas latitudes abaixo do trópico de Capricórnio. Está presente no sul do estado de São Paulo e na maior parte do estado paranaense, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É influenciado pela massa polar atlântica, possui temperatura média anual de 18 °C e amplitude térmica elevada (10 °C). As chuvas não são muito intensas, mil milímetros anuais, porém, ocorrem de forma bem distribuída na região. Nessa região climática do Brasil são comuns as geadas e nevadas. O verão é muito quente e a temperatura pode ultrapassar os 30 °C. O inverno, bastante frio, apresenta temperaturas mais baixas do país, inferiores a 0 °C.

Semiárido – Ocorre no interior do Nordeste, na região conhecida como Polígono das Secas, corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (média de 27 °C) e chuvas escassas e mal distribuídas, em torno de 700 milímetros anuais. Há períodos em que a massa equatorial atlântica (superúmida) chega ao litoral norte da região Nordeste e atinge o sertão, causando chuvas intensas nos meses de fevereiro, março e abril.

Por Wagner de Cerqueira Graduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

HIDROGRAFIA BRASILEIRA

As bacias hidrográficas brasileiras.

O Brasil possui um território privilegiado em potencial hídrico, detém uma das maiores reservas de água doce do mundo, essas estão distribuídas em rios caudalosos que compõem bacias hidrográficas de longas extensões, favorecem a produção de energia elétrica e também a navegação.

Principais aspectos da hidrografia brasileira

Rio Amazonas

• Grande incidência de rios torrenciais com uma grande abundancia de água e perenes, isso em decorrência do clima predominantemente úmido que prevalece no país, salvo os rios do sertão nordestino que possuem rios sazonais (temporários).

• Preponderância de foz (onde termina o curso de um rio) dos rios do tipo estuário (a foz se abre largamente sem acumulação de sedimentos) e restrita ocorrência de foz tipo delta (quando há um grande acúmulo de sedimentos na foz do rio).

• As variações fluviais das bacias hidrográficas são de domínio principal do tipo pluvial, no entanto, ocorre o desenvolvimento de regimes nivais (rios formados ou influenciados por águas derivadas de geleiras), no caso da bacia Amazônica e do Paraguai.

• Reduzido número de lagos.

• Predominância de rios com tipo de drenagem exorreica (rios que deságuam no mar).

• Os rios escoam suas águas sobre planaltos e depressões que resulta em um grande potencial hidráulico.

Diante da imensa abundância hídrica que o Brasil possui, salvo o sertão nordestino, o país está praticamente imune a falta de água ou pelo menos não possui grandes preocupações nesse sentido, é um grande privilégio, uma vez que a escassez desse importante recurso já se tornou realidade em muitos países e as previsões são pessimistas em relação ao assunto, até por que sabem que a água não é infinita como se acreditava anteriormente.

Os brasileiros são dissipadores quando o assunto é o nível de consumo de água e o devido tratamento que destinamos aos rios, especialmente aqueles que cruzam diversos centros urbanos, independente do tamanho. Em sua maioria se tratam de rios totalmente poluídos e sem vida pelo menos no perímetro urbano.

Rio Tietê em São Paulo

Bacia Hidrográfica, também conhecida como bacia de drenagem, consiste numa porção da superfície terrestre drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O Brasil, em virtude da sua grande extensão territorial, apresenta 12 grandes bacias hidrográficas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), que são os órgãos nacionais responsáveis pelo planejamento ambiental e o uso racional da água. Essas bacias de drenagem são delimitadas pela topografia do terreno. Confira as características de cada uma.

Bacia Hidrográfica Amazônica: com 7 milhões de quilômetros quadrados, essa é a maior bacia hidrográfica do mundo. No Brasil, ela compreende uma área de 3.870.000 km², estando presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.

Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia: é a maior bacia de drenagem exclusivamente brasileira (767.059 quilômetros quadrados). Os principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás e desemboca na foz do rio Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce na divisa de Goiás com Mato Grosso e se junta ao rio Tocantins na porção norte do estado do Tocantins.

Bacia Hidrográfica do São Francisco: com aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica tem como principal rio o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra (MG) e percorre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses dois últimos estados.

Bacia Hidrográfica do Paraná: essa é a principal porção da bacia Platina (compreende os países da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). No Brasil, a bacia hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros quadrados, apresentando rios de planalto e encachoeirados, características elementares para a construção de usinas hidrelétricas: Furnas, Água Vermelha, São Simão, Capivari, Itaipu (a maior usina do mundo), entre tantas outras.

Bacia Hidrográfica do Parnaíba: está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção extremo oeste do Ceará, totalizando uma área de 344.112 quilômetros quadrados.

Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: com extensão de 287.348 quilômetros quadrados, a bacia hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: seus principais rios são o Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100 quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e Pará.

Bacia Hidrográfica Atlântico Leste: com extensão de 374.677 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica engloba os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira.

Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste: presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, a região hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada pelo rio Doce, Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros.

Bacia Hidrográfica Atlântico Sul: com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica nasce na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e Jacuí, os rios que formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte.

Bacia Hidrográfica do Uruguai: é composta pela junção dos rios Peixe e Pelotas. Com área de 174.612 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Possui grande potencial hidrelétrico, além de ser importante para a irrigação nas atividades agrícolas da região.

Bacia Hidrográfica do Paraguai: no Brasil, essa bacia hidrográfica está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, englobando uma área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande potencial para a navegação.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

O relevo apresenta diferentes formações que são consequências das ações de agentes endógenos (resultado da energia do interior do planeta que se manifestam pela dinâmica ou tectônica das placas) e agentes exógenos (associados ao clima da área como as chuvas, ventos e geleiras, que criam ou dão as formas esculturais ao relevo através de um processo erosivo).

O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta, principalmente, da sucessão de ciclos climáticos e da ação das forças internas da Terra, como a movimentação das placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo.

Existem diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma obedecendo a um critério. Entre as mais conhecidas estão a realizada em 1940 pelo professor Aroldo Azevedo, que utilizou como critério o nível altimétrico. Na década de 1950, o professor Aziz Ab´Saber apresentou uma nova classificação, baseando no processo de erosão e sedimentação. A mais recente classificação do relevo brasileiro é de 1995, elaborada pelo professor do departamento de geografia da Universidade de São Paulo (USP), Jurandyr Ross. Seu trabalho tem como referência o projeto Radambrasil, um levantamento realizado no território brasileiro, entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de radar

instalado em avião. Ross considera 28 unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e depressões.

Pico da Neblina

Planaltos – São formas de relevo elevadas, com altitudes superiores a 300 metros. Podem ser encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. Nas bacias sedimentares, os planaltos se caracterizam pela formação de escarpas em áreas de fronteira com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de grande altitude. Com 3.014 metros, o pico da Neblina é o ponto mais alto do relevo brasileiro.

Depressões – São áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre as bacias sedimentares e os escudos cristalinos. Algumas das depressões localizadas às margens de bacias sedimentares são chamadas depressões marginais ou periféricas. Elas estão presentes em grande número no território brasileiro e são de variados tipos, como a depressão da Amazônia Ocidental (terrenos em torno de 200 metros de altitude).

Planícies – São unidades de relevo geologicamente muito recentes. É uma superfície extremamente plana, sua formação ocorre em virtude da sucessiva depressão de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos grandes rios e lagoas, como, por exemplo, as planícies da lagoa dos Patos e da lagoa Mirim, no litoral do Rio Grande do Sul.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

Centro-Oeste

A Região Centro-Oeste é uma das cinco Regiões que compõem o território brasileiro. É composta pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal.

Sua área é de 1.604.850 Km2, ocupando aproximadamente 18,8% do Brasil, tendo a segunda maior extensão territorial entre as Regiões brasileiras, sendo menor apenas que a Região Norte.

Seu povoamento é consequência dos fluxos migratórios, isso ocorreu primeiramente devido ao transporte de gado do Sul e Sudeste para as primeiras fazendas do Centro-Oeste, além da atuação dos bandeirantes paulistas.

Nas últimas décadas, a Região tem sido bastante atrativa para correntes migratórias, principalmente da Região Nordeste. Esse processo se intensificou na década de 1950, com a construção de Brasília. Mas o Centro-Oeste brasileiro tem absorvido fluxos migratórios de todo Brasil, são pessoas de vários locais do país que migram para a Região em busca de emprego e melhores condições de vida.

Região Centro-Oeste

Somados os três Estados e o Distrito Federal, o Centro-Oeste brasileiro é composto por 466 municípios e população total de 14.058.094 habitantes. É uma região pouco povoada, apresenta densidade demográfica de aproximadamente 8,7 habitantes por Km2. A maioria reside em áreas urbanas 88,8%, apenas 11,2% moram na zona rural.

O relevo do Centro-Oeste caracteriza-se por terrenos antigos e aplainados pela erosão, fato esse que desencadeou os chapadões na Região. O clima é tropical semiúmido, o cerrado é a vegetação predominante. As principais atividades econômicas são a agricultura e a pecuária, há também uma forte presença de indústrias.

As manifestações culturais de maior destaque no Centro-Oeste são: Fogaréu na Cidade de Goiás, Cavalhada na cidade de Pirenópolis, ambos no Estado de Goiás; Cururu, dança folclórica dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O turismo no Centro-Oeste é baseado nas belezas naturais da região. Destaca-se o Pantanal, Chapada dos Guimarães, Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional das Emas, Bonito, Pirenópolis, Cidade de Goiás, além do Distrito Federal.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

A bandeira do Estado de Mato Grosso

Mato Grosso é um estado brasileiro, esse tem como capital a cidade de Cuiabá, na qual habitam cerca de 551.098 habitantes, o número total da população do estado é de 3.035.122 habitantes, distribuídos em uma área de 903.329,700 km2. O Estado abriga 141 municípios.

As pessoas naturais de Mato Grosso são chamadas de mato-grossense.

Artigos de "Mato Grosso"

O Mato Grosso é um estado brasileiro localizado na região Centro-Oeste. Sua extensão territorial é de 903.329,700 quilômetros quadrados, sendo o maior estado da região e o terceiro maior do Brasil.

Conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Mato Grosso possui 3.035.122 habitantes, o que representa 1,59% da população brasileira. É o segundo Estado mais populoso da região Centro-Oeste, apenas o

estado de Goiás possui população superior (6.003.788 habitantes). No entanto, o território mato-grossense possui grandes vazios demográficos, fato que interfere diretamente na densidade demográfica estadual, que, atualmente, é de 3,3 habitantes por quilômetro quadrado, portanto, o estado é pouco povoado. A taxa de crescimento demográfico é de 1,9% ao ano. 

Cuiabá, capital e cidade mais populosa de Mato Grosso

A maioria dos mato-grossenses reside em áreas urbanas (82%), a população rural compreende 18%. O estado possui 141 municípios, a maioria é habitada por menos de 20 mil pessoas. Cuiabá, capital do Estado, é a cidade mais populosa – 551.098 habitantes. Outros municípios com grande concentração populacional são: Várzea Grande (252.596), Rondonópolis (195.476), Sinop (113.099), Cáceres (87.942), Tangará da Serra (83.431).

Nos últimos anos o Mato Grosso tem recebido consideráveis fluxos migratórios, consequência da expansão da fronteira agrícola. A população do estado é formada por pessoas de diferentes composições étnicas. De acordo com dados do IBGE, a distribuição é a seguinte:

Pardos – 55,2%.Brancos – 36,7%.Negros – 7%.Indígenas – 1,1%.

Portanto, os habitantes que se declaram como pardos é maioria. A população indígena de Mato Grosso se concentra no Parque Nacional do Xingu, ali vivem tribos indígenas que preservam a tradição do Kuarup, ritual realizado em homenagem aos mortos.

O estado apresenta grande pluralidade cultural, entre os elementos da cultura mato-grossense estão: o Cururu, o Siriri, o Rasqueado Cuiabano, o Boi, a Dança de São Gonçalo, a Dança dos Mascarados e o Congo.

O Mato Grosso ocupa a 11° posição no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com média de 0,796. A taxa estadual de mortalidade infantil é de 19,2 a cada mil crianças nascidas vivas, essa média é a maior do Centro-Oeste. A taxa de assassinatos por 100 mil habitantes é de 25,2, sendo uma das maiores médias do país. A maioria dos habitantes é alfabetizada – 89,8%, e 48,7% possuem oito anos ou mais de estudo.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

O Pantanal caracteriza o Mato-Grosso.

Mato-Grosso possui um grande território, nesse existe uma grande variedade de recursos e paisagens naturais. Diante da imensa biodiversidade, serão abordadas as principais características do relevo, clima, vegetação, hidrografia, além das reservas ecológicas que se faz presente na região. Relevo

O Relevo apresenta as irregularidades da superfície terrestre. O território de Mato-Grosso é composto por um relevo de baixas altitudes, dessa forma, grande parte do espaço estadual é plano.

No entanto, esse tipo de relevo se divide em três tipos de compostos, chamados de unidade, sendo todos distintos. São eles:

- Planalto mato-grossense: formação a partir de planaltos cristalinos e chapadões sedimentares, nesse as altitudes podem variar entre 400 a 800 metros em relação ao nível do mar. Esse planalto tem a função de divisor de águas de importantes bacias, tais como Paraguai e alguns rios da bacia do Amazonas.

- Planalto Arenítico-basáltico: formado pelos dois últimos elementos, podem ser encontrados no sul de Mato-Grosso.

- Planalto mato-grossense: se estabelece em uma área rebaixada, já no sul do planalto brasileiro se encontra o divisor entre as duas bacias, Paraguai e Amazonas.

A partir dessas considerações, as principais elevações (serras) do relevo contido no Estado do Mato Grosso:

- Serra dos Parecis - Serra Formosa - Serra do Norte - Serra dos Caiabis - Serra dos Apiacás - Serra do Roncador

Além das serras citadas, existe outra variação do relevo que são as depressões, desse modo as

duas principais são:

- Depressão do Alto Xingu - Depressão do Médio Araguaia

Clima

O clima do estado sofre variações de acordo com a localização geográfica. Com base nessa afirmativa o clima que predomina é o tropical superúmido, característica do clima amazônico, no qual há elevadas temperaturas, algo em torno de 26ºC em relação à média anual e uma grande incidência de precipitações que chegam a 2.000 mm ao ano.

Outro tipo de clima de grande influência no Estado é o tropical, que possui duas estações bem definidas, sendo uma seca e outra chuvosa. Vegetação

Uma grande parcela do território mato-grossense é composta por cobertura vegetal de floresta equatorial, que corresponde ao tipo de vegetação da floresta amazônica.

Já ao sul da capital, Cuiabá, o tipo de vegetação que predomina é o cerrado, esse bioma é composto por árvores baixas com troncos retorcidos, folhas e cascas grossas, além de uma vasta vegetação rasteira formada por capins nativos e arbustos.

Na área que está localizado o Pantanal o tipo de vegetação é variado, chamada pelos estudiosos de área de transição entre cerrado, campos, floresta seca, floresta equatorial, floresta tropical, desse modo, não há um tipo homogêneo de vegetação.

Hidrografia

O Mato Grosso é banhado por duas importantes bacias, bacia do rio Amazonas e do rio Paraguai, os principais rios da bacia do Amazonas são Araguaia, Rio das Mortes, Xingu, Juruena, Manoel Teles Pires e Roosevelt.

Parques de conservação

- Parque Nacional do Pantanal mato-grossense. - Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. - Estação Ecológica de Taiamã. - Estação Ecológica da Serra das Araras - Área de Preservação Ambiental Meandros do Araguaia.

Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

O estado de Mato Grosso é o maiorprodutor nacional de algodão

Localizado na Região Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso possui extensão territorial de 903.329,700 quilômetros quadrados, sendo o segundo maior do Brasil. De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estadual é de 3.035.122 habitantes.

A economia dessa grande unidade federativa brasileira está em constante ascensão e, em 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) mato-grossense atingiu a marca de 42,7 bilhões de reais, correspondendo a 1,6% do PIB nacional; no âmbito regional, sua participação foi de 18,1%. A participação das atividades econômicas para o PIB de Mato Grosso é a seguinte:

Agropecuária: 28,1%.Indústria: 16,4%.Serviços: 55,5%.

A agropecuária, apesar de corresponder a 28,1% das riquezas do estado, é a principal atividade econômica, pois o setor de serviços, que contribui com 55,5%, está diretamente ligado a ela. A comercialização de produtos e a instalação de hotéis e restaurantes, entre outros segmentos do setor de serviços, são alavancadas pelo desenvolvimento agropecuário, que também deu origem a novos municípios no estado.

Várias propriedades rurais de Mato Grosso são dotadas de aparatos tecnológicos que aumentam a produtividade e reduzem os custos, consequentemente, há uma grande lucratividade. Entre os principais cultivos estão o da soja, algodão, cereais, leguminosas e oleaginosas. O estado é o maior produtor nacional de algodão, abrigando 20 municípios dos 35 maiores produtores do Brasil. Também é responsável por produzir cerca de 20% da soja nacional. Mato Grosso também detém um dos maiores rebanhos bovino do país, com destaque para o gado de corte.

O setor industrial, por sua vez, se concentra na capital, Cuiabá, e contribui com apenas 16,4% para o PIB estadual. Entretanto, ele está em expansão, sobretudo os segmentos alimentício, frigorífico, construção civil, cerâmica, couro-calçadista, celulose e papel, eletroeletrônica, farmacêutica, madeireira, mecânica e metalúrgica.

O turismo é promovido, principalmente, no Parque Nacional do Pantanal e no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Esses dois locais possuem belas paisagens naturais, fato que atrai milhares de visitantes e impulsiona o ecoturismo no estado.

Exportações e Importações de Mato Grosso.

Exportação: 7,8 bilhões de dólares:

Soja: 48%.Óleo de soja e resíduos de sua extração: 22%.Carne bovina: 8%.Milho em grão: 7%.Algodão: 6%.Outros: 9%.

Importação: 1,3 bilhão de dólares:

Adubos e fertilizantes: 80%.Máquinas e equipamentos: 5%.Obras de ferro e aço: 3%.Fosfato de cálcio: 2%.Locomotivas e suas partes: 2%.Outros: 8%.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

A pecuária é de extrema importância para a economia do Centro-Oeste.

O agronégocio é a principal atividade econômica da região Centro-Oeste. O mesmo engloba as agroindústrias e a produção agropecuária. A última tem se destacado no fornecimento de matéria prima para indústrias de alimentos e de outros setores do Brasil e do exterior, principalmente carne, soja, algodão, milho, cana-de-açúcar e arroz.

A região tem uma participação significativa no cenário nacional quanto à produção

agropecuária, uma vez que a cada ano os índices de produtividade se elevam. Isso tem ocorrido em razão de investimentos em tecnologias, especialmente naquelas propriedades de produção tradicional. Os recursos são aplicados na compra de maquinários, insumos agrícolas, e na utilização de mão-de-obra especializada (técnicos) no desenvolvimento das atividades. Em suma, o que tem ocorrido é um processo de modernização maciça do campo na região.

Na região Centro-Oeste é possível identificar áreas agrícolas que se destacam na produção de determinadas culturas. No Mato Grosso, as culturas que se destacam são: arroz, soja e o milho no norte da capital (Cuiabá); algodão no sul do Estado; e cana-de-açúcar a oeste do mesmo. No Mato Grosso do Sul, nas proximidades de sua capital (Campo Grande), destaca-se a produção da soja e do trigo; no município de Dourados, soja, cana-de-açúcar, milho e arroz; e ao norte do Estado, soja. Já em Goiás, o que se destaca é a produção de algodão, soja, milho e arroz, isso no sudoeste do Estado; no Mato Grosso goiano (centro do Estado) a principal cultura é a cana-de-açúcar.

Historicamente, a região sempre se destacou na pecuária. Ainda hoje, essa atividade possui uma grande relevância para a economia do Centro-Oeste, respondendo pela maioria da renda proveniente do setor agropecuário. A pecuária desenvolvida na região se dedica, principalmente, à criação de bovinos, mas também existem criadores de bubalinos e eqüinos.

Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

A “Revolução Verde” foi introduzida nos países latino-americanos e asiáticos em meados da década de 1960 e começo de 1970. Seu objetivo era erradicar a fome e reduzir a pobreza da população mundial. Todavia, as promessas de modernização tecnológica da agricultura não foram cumpridas inteiramente, o que contribuiu, decisivamente, para a geração de novos problemas e aprofundou velhas desigualdades. O principal foi a reconcentração de terras, crescimento do uso de insumos industriais e agravamento da erosão dos solos.

Os principais fatores da expansão da cana-de-açúcar no Centro-Oeste brasileiro são: demanda de energias alternativas no cenário mundial, como é o caso do álcool; incentivos fiscais, por parte do governo; estrutura fundiária da região Centro-Oeste favorável à sua produção; custo de produção relativamente baixo; uso de mão de obra barata; e condições climáticas, do relevo e do solo propícias à plantação de cana-de-açúcar.

Agricultura mecanizada.

A abertura das fronteiras econômicas na Região Centro-Oeste facilitou a entrada de uma grande quantidade de migrantes, trabalhadores rurais que tinham como objetivo conseguir trabalho nas novas áreas de agricultura e pecuária.

A partir desse fato, alguns migrantes compraram e outros tomaram posse de Terras dando origem a diversas propriedades rurais de pequeno e médio porte, geralmente com poucas tecnologias, isso significa que era desenvolvida a agropecuária tradicional, mão-de-obra praticada pela família que cultivava produtos da base alimentar como o arroz, milho e feijão.

Algum tempo depois ocorreu o processo de expropriação dos pequenos e médios proprietários, o fato é explicado, pois grandes latifundiários e grupos empresariais iniciaram a compra de grandes extensões de terras promovendo a concentração fundiária.

Como conseqüência, a região hoje é uma das que apresenta grande incidência de concentração de terras no Brasil. Outro resultado desse processo foi a falta de trabalho no campo, uma vez que grandes propriedades desenvolviam pecuária extensiva e outras a produção agrícola altamente mecanizada. A escassez de emprego levou milhares de pessoas às cidades próximas, ocasionando assim o fenômeno do êxodo rural.

O processo do êxodo rural ocorrido na Região Centro-Oeste resultou em um rápido crescimento da população que ocupou os centros urbanos e até mesmo fez surgir novas cidades. A chegada intensa da população do campo nas cidades fez com que essas ficassem saturadas em relação à quantidade de pessoas, desestabilizando a estrutura urbana.

Isso significa que, ao ocupar de forma rápida áreas que até então eram desabitadas, o governo não conseguiu disponibilizar a todos os serviços públicos, com isso a população passou a enfrentar uma série de problemas de caráter de infra-estrutura como a falta de saneamento, escolas, iluminação, pavimentação, policiamento entre outros.

O crescimento de bairros marginalizados nas grandes cidades da Região Centro-Oeste acontece porque a oferta de emprego é incapaz de absorver a quantidade de mão-de-obra derivada do campo.

Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

Queimadas no Cerrado

Queimadas no cerrado

O cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira e cobria aproximadamente 25% do território brasileiro. Atualmente, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente, apresenta menos de 20% da antiga área, dos quais, menos de 2% estão protegidos em parques ou reservas.

A agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, além da pecuária extensiva são as principais causas da destruição de boa parte desse tipo de formação vegetal.

Para a prática da atividade agropecuária, ocorrem frequentemente as queimadas, pois esse é um ato que gera poucos custos para o preparo inicial do solo. Outra forma de queimadas nesse bioma são os tocos de cigarros jogados na mata - temperaturas elevadas, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar contribuem para a propagação do fogo.

Porém, o fogo no cerrado pode iniciar-se por fatores naturais, isso ocorre através do acúmulo de biomassa seca, de palha, baixa umidade e alta temperatura, que acabam criando condições favoráveis para tal. O fato pode decorrer por intermédio de descargas elétricas, combustão espontânea, e até mesmo, pelo atrito entre rochas e o atrito do pelo de alguns animais com a mata seca.

O fogo originado por fatores naturais pode ser benéfico para o bioma, pois contribui para a germinação de sementes, que necessitam de um choque térmico para que seja efetuada a quebra de sua dormência vegetativa, principalmente as que são impermeáveis. A rápida elevação da temperatura causa fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação. As queimadas contribuem também para a ciclagem de nutrientes do solo.

Outro fator consequente desta ocorrência são as formas retorcidas das suas árvores, fazendo com que suas gemas de rebrota ocorram lateralmente. As cascas espessas dos troncos funcionam como um mecanismo de defesa às queimadas.

O cerrado apresenta um rápido poder de recuperação, rebrota em um curto período e atrai diversos animais herbívoros em busca de forragem nova. Algumas espécies como os anus, carcarás e seriemas, seguem as queimadas e se alimentam de insetos e répteis atingidos pelo fogo.

No entanto, a intensificação das queimadas provocadas pelo homem sem o manejo adequado, tem ocasionado a degradação do ambiente, esgotamento das terras, erosão, perda da biodiversidade do cerrado, entre outros fatores negativos.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

Mata dos Cocais

Mata dos cocais é um tipo de vegetação brasileira que ocorre entre a região norte e nordeste do Brasil, região denominada de meio-norte. Corresponde a uma área de transição envolvendo vários estados e vegetações distintas. Na região onde se encontra o meio-norte é possível identificar climas totalmente diferentes, como equatorial superúmido e semiárido.

A mata dos cocais é composta por babaçu, carnaúba, oiticica e buriti; se estabelece entre a Amazônia e a caatinga, essa região abrange os estados do Maranhão, Piauí e norte do Tocantins.

Nas áreas mais úmidas do meio-norte, que se encontram no Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí, ocorre o desenvolvimento de uma espécie de coqueiro ou palmeira chamada de babaçu. Essa planta possui uma altura que oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz amêndoas que são retiradas de cachos de coquilhos do qual é extraído um óleo com uso difundido na indústria de cosméticos e alimentos.

Nas regiões mais secas do meio-norte, que se estabelecem no leste do Piauí, e nas áreas litorâneas do Ceará desenvolve outra característica vegetal, a carnaúba. Carnaúba é uma árvore endêmica que pode alcançar aproximadamente 20 metros de altura, das folhagens se extrai a cera e a partir dessa matéria-prima são fabricados lubrificantes, a cera também é usada em perfumarias, na confecção de plásticos e adesivos.

A mata dos cocais encontra-se em grande risco de extinção, pois tais regiões estão dando lugar a pastagens e lavouras, especialmente no Maranhão e boreal de Tocantins.

Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

Geografia Física do Brasil - Ge

Mata Araucária ainda preservada.

As Matas de Araucárias são encontradas na Região Sul do Brasil e nos pontos de relevo mais elevado da Região Sudeste. Existem pelo menos dezenove espécies desse tipo de vegetação, das quais treze são endêmicas (existe em um lugar específico). São encontradas na Ilha Norfolk, sudeste da Austrália, Nova Guiné, Argentina, Chile e Brasil.

Essa cobertura vegetal se desenvolve em regiões nas quais predomina o clima subtropical, que apresenta invernos rigorosos e verões quentes, com índices pluviométricos relativamente elevados e bem distribuídos durante o ano. A araucária é um vegetal da família das coníferas que pode ser cultivado com fins ornamentais, em miniaturas.

O Pinheiro-do-Paraná ou Araucária (Araucaria angustifolia) era encontrado com abundância no passado, atualmente no Brasil restaram restritas áreas preservadas.

As árvores que compõem essa particular cobertura vegetal possuem altitudes que podem variar entre 25 e 50 metros e troncos com 2 metros de espessura. As sementes dessas árvores, conhecidas como pinhão, podem ser ingeridas, os galhos envolvem todo o tronco central. Os fatores determinantes para o desenvolvimento dessa planta é o clima e o relevo, uma vez que ocorre principalmente em áreas de relevo mais elevado.

Outra particularidade das araucárias é a restrita ocorrência de flores, provenientes das baixas temperaturas; além de não desenvolver outros tipos de plantas nas proximidades dos pinheiros. Diante disso, a composição paisagística dessa vegetação fica caracterizada principalmente pelo espaçamento entre as árvores, pois não existem vegetais de pequeno porte que poderiam fazer surgir uma vegetação densa; essas são compostas por florestas ralas.

Infelizmente, no Brasil, a proliferação das Araucárias está bastante comprometida e corre sério risco de entrar em extinção, fato decorrente das atividades produtivas desenvolvidas há várias décadas na região, especialmente na extração de madeira e ocupação agropecuária, reduzindo a 3% a forma original.

 

Por Eduardo de FreitasGraduado em Geografia

Aspecto da Mata Atlântica

Considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta, a Mata Atlântica é o domínio de natureza mais devastado do Brasil. Ela estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul, e correspondia a, aproximadamente, 15% do território nacional, no entanto, a intensa devastação desse bioma para plantação de cana-de-açúcar, café, mineração e outras atividades econômicas, reduziram drasticamente essa cobertura vegetal, restando, atualmente, apenas 7% da mata original, localizada principalmente na Serra do Mar.

A Mata Atlântica é composta por um conjunto de fisionomias e formações florestais, com estruturas e interações ecológicas distintas em cada região, ela está na faixa de transição com os mais importantes biomas do Brasil: caatinga, cerrados, mangues, campestres e planaltos de araucárias.

Seu clima predominante é o tropical úmido, no entanto, existem outros microclimas ao longo da mata. Apresenta temperaturas médias elevadas durante o ano todo; a média de umidade relativa do ar também é elevada. As precipitações pluviométricas são regulares e bem distribuídas nesse bioma. Quanto ao relevo, é caracterizado por planaltos e serras.

A importância hidrográfica da Mata Atlântica é grande, pois essa região abriga sete das nove maiores bacias hidrográficas do país, entre elas estão: Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco.

Esse bioma é um dos mais ricos do mundo em espécies da flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jambo, jatobá, imbaúba, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. Esses dois últimos (jacarandá e pau-brasil) são o principal alvo da atividade madeireira, fato que ocasionou sua redução e quase extinção.

Mico-leão

A fauna possui várias espécies distintas, sendo várias delas endêmicas, ou seja, são encontradas apenas na Mata Atlântica. Entre os animais desse bioma estão: tamanduá, tatu-canastra, onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguiça, gambá, monocarvoeiro, araponga, jacutinga, jacu, macuco, entre tantos outros.

Existe uma grande necessidade de políticas públicas para a preservação da Mata Atlântica, visto que da área original desse bioma (1,3 milhão de km2) só restam 52.000 Km2. Outro

fator é a quantidade de espécies ameaçadas de extinção: das 200 espécies vegetais brasileiras ameaçadas, 117 são desse bioma. Conforme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Mata Atlântica abriga 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em Geografia

Floresta Equatorial

A Floresta Equatorial é um tipo de formação florestal localizado nas regiões equatoriais, na Zona intertropical, ou seja, próximas à Linha do Equador. A floresta apresenta temperaturas acima de 25°C, altas taxas de precipitação pluviométrica e elevadas taxas de umidade relativa do ar. Caracteriza-se pela baixa amplitude térmica e pelas chuvas de convecção, sendo que as altas temperaturas das regiões de clima equatorial provocam um intenso processo de evapotranspiração, ascensão do ar úmido, resfriamento nas altitudes mais elevadas, condensação e precipitação.

A floresta equatorial é bastante úmida, densa e com grande diversidade de espécies animais e vegetais (apresenta a maior biodiversidade do mundo). Suas árvores são de grande porte (podendo atingir mais de 60 metros) com folhas largas e grandes, além de muito próximas umas das outras, também são consideráveis as formações de porte intermediário, principalmente no interior da floresta.

A fauna é composta por animais rastejadores, anfíbios, beija-flores, araras, papagaios, periquitos, inúmeros tipos de macacos, esquilos, tucanos, cutias, pacas, antas, onça pintada, diversos tipos de insetos, entre tantos outros.

Onça pintada

Normalmente, os solos das florestas equatoriais são pobres em nutrientes, fato que ocorre em razão de sua composição ser de uma estreita camada composta por uma enorme quantidade de matéria orgânica denominada húmus, que são formados a partir da decomposição de folhas e animais, favorecida pela elevada umidade.

São exemplos de florestas equatoriais a Floresta Amazônica, localizada na América do Sul; a do Congo, no continente africano; e a da Indonésia e Malásia, no sudeste asiático.

A Floresta Amazônica está presente nos seguintes países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Essa floresta é considerada a que detêm maior biodiversidade do planeta, além de possuir o rio mais volumoso do mundo, o Rio Amazonas. No Brasil essa formação ocupa aproximadamente 40% do seu território.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

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Floresta Equatorial

A Floresta Equatorial é um tipo de formação florestal localizado nas regiões equatoriais, na Zona intertropical, ou seja, próximas à Linha do Equador. A floresta apresenta temperaturas acima de 25°C, altas taxas de precipitação pluviométrica e elevadas taxas de umidade relativa do ar. Caracteriza-se pela baixa amplitude térmica e pelas chuvas de convecção, sendo que as altas temperaturas das regiões de clima equatorial provocam um intenso processo de evapotranspiração, ascensão do ar úmido, resfriamento nas altitudes mais elevadas, condensação e precipitação.

A floresta equatorial é bastante úmida, densa e com grande diversidade de espécies animais e vegetais (apresenta a maior biodiversidade do mundo). Suas árvores são de grande porte (podendo atingir mais de 60 metros) com folhas largas e grandes, além de muito próximas umas das outras, também são consideráveis as formações de porte intermediário, principalmente no interior da floresta.

A fauna é composta por animais rastejadores, anfíbios, beija-flores, araras, papagaios, periquitos, inúmeros tipos de macacos, esquilos, tucanos, cutias, pacas, antas, onça pintada, diversos tipos de insetos, entre tantos outros.

Onça pintada

Normalmente, os solos das florestas equatoriais são pobres em nutrientes, fato que ocorre em razão de sua composição ser de uma estreita camada composta por uma enorme quantidade de matéria orgânica denominada húmus, que são formados a partir da decomposição de folhas e animais, favorecida pela elevada umidade.

São exemplos de florestas equatoriais a Floresta Amazônica, localizada na América do Sul; a do Congo, no continente africano; e a da Indonésia e Malásia, no sudeste asiático.

A Floresta Amazônica está presente nos seguintes países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Essa floresta é considerada a que detêm maior biodiversidade do planeta, além de possuir o rio mais volumoso do mundo, o Rio Amazonas. No Brasil essa formação ocupa aproximadamente 40% do seu território.

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Caatinga

A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25° C e 29° C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais.

As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes.

As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. 

Aspectos da caatinga no período de chuvaFoto: Nilton de Brito

A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os altos índices de mortalidade infantil.

Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura se destaca na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com o Parnaíba.

Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.

Arara-azul

Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul, (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. 

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola

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caatinga: clima semiárido; solos ricos em minerais; relevo caracterizado pela existência de depressões, limitando-se no lado oriental, com o planalto da Borborema (ao norte) e a chapada Diamantina (ao sul, na Bahia). Pelo lado ocidental, destacam-se o Espigão Mestre e a chapada das Mangabeiras. Ao norte destacam-se as chapadas do Araripe, Grande, Ibiapaba, entre outras.

caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, a maioria dos estados nordestinos possuem esse tipo de cobertura vegetal. Sua presença ocorre nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

Em decorrência das condições climáticas (aridez, baixíssimos índices pluviométricos, etc.), a atividade econômica na região da caatinga é extremamente prejudicada, visto ser a região economicamente mais pobre do país. A principal atividade predominante na caatinga é a agropecuária. A agricultura só é possível na região, através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes.

Campos - bioma comprometido pela agropecuária.

Os campos são formados por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos esparsos com características diversas, conforme a região. Esse bioma pode ser classificado da seguinte forma:

Campos limpos – Predomínio das gramíneas.Campos sujos – Há a presença de arbustos, além das gramíneas.Campos de altitude – Áreas com altitudes superiores a 1,4 mil metros, encontrados na serra da Mantiqueira e no Planalto das Guianas.Campos da hileia – É um tipo de formação rasteira encontrado na Amazônia, é caracterizado pelas áreas inundáveis da Amazônia oriental, como a ilha de Marajó, por exemplo.Campos meridionais – Não há presença arbustiva, predomina uma extensa área com gramíneas, propícia para o desenvolvimento da atividade agropecuária. Destaca-se a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul e os Campos de Vacaria, no Mato Grosso do Sul.

Os campos ocupam áreas descontínuas do Brasil, na Região Norte esse bioma está presente sob a forma de savanas de gramíneas baixas, nas terras firmes do Amazonas, de Roraima e do Pará. Na Região Sul, surge como as pradarias mistas subtropicais.

Os campos do Sul são formados principalmente pelos pampas gaúchos, com clima subtropical, região plana de vegetação aberta e de pequeno porte que se estende do Rio Grande do Sul à Argentina e ao Uruguai. A vegetação campestre forma um tapete herbáceo com menos de 1 metro, com pouca variedade de espécies. Sete tipos de cacto e de bromélia são endêmicos da região, além de uma espécie de peixe - o cará, ou seja, são espécies encontradas apenas nesse local.

A terra possui condições adequadas para o desenvolvimento da agricultura, além de comportar água em abundância. Os principais produtos agrícolas cultivados nessa região são arroz, milho, trigo e soja.

No entanto, muitas áreas desse bioma já foram degradadas em razão da atividade econômica desenvolvida com a utilização de máquinas, e a intensa ocupação de rebanhos bovinos e plantações de trigo e, principalmente, de soja. A pecuária extensiva desgasta o solo, o plantio

de soja e trigo diminuem a fertilidade do mesmo, além dos desmatamentos que causam erosão e desertificação.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em Geografia

O bioma Campos está presente em áreas descontínuas no território brasileiro: Amazonas, Roraima, Pará e Rio Grande do Sul. Ele é caracterizado por apresentar árvores de pequeno porte e vegetação rasteira (herbáceas), com predominância de gramíneas e diversos tipos de capim (barba-de-bode, gordura, mimoso, etc.). Possui pouca variedade de espécies, com destaque para os cactos e as bromélias endêmicas, ou seja, só existem nessa região. Em algumas áreas de Campos é possível encontrar animais como marrecos, garças, veados, lontras e capivaras.

A vegetação herbácea e a riqueza de nutrientes no solo são elementos propícios para o desenvolvimento da agropecuária, fato que tem intensificado a devastação desse bioma.

Os Campos de Hileia são formações vegetais encontradas na Amazônia, sendo caracterizadas por áreas inundáveis, como, por exemplo, a ilha do Marajó.

Cerrado

“De origem bastante discutida, essa formação é característica das áreas onde o clima apresenta duas estações bem marcadas: uma seca e outra chuvosa, como no Planalto Central. Ela apresenta 2 estratos nítidos: uma arbóreo-arbustivo, onde as espécies tortuosas têm os caules geralmente revestidos de casca espessa, e outro herbáceo, geralmente dispostos em tufos”.

Entre as várias espécies de animais do cerrado, podemos destacar a onça-pintada, tatu, anta, tamanduá bandeira, lobo guará, lontra, cervo, jaguatirica, veado, cutia, além de uma série de aves.

As espécies vegetais de maior destaque são: cactos, bromélias, orquídeas, pequi, buriti, jatobá, guariroba, ingá, quaresmeira, paineira, angico, cagaita, entre tantas outras.