genética de populações - ufscar.brevolucao/popgen/molevol2007.pdf · 4 genética de populações...
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Deriva ∝ 1/2Ne
Por que então é também importante em grandespopulações?
• Mutações recentes
• Alelos neutros
Mutações recentesQual a prob de uma mutação que ocorreu pela 1a vez
passar para a próxima geração?
Modelo aleatório, Distribuição de Poisson!
P(i’=0) = e-22i / i!, logo:
Mutações recentesQual a prob de uma mutação que ocorreu pela 1a vez
passar para a próxima geração?
Se k = 4, p = 0.14
Se k = 1, p = 0.61
Conseqüências do “Founder-flush” e de efeitos fundadores
Alelos Neutros
São alelos funcionalmente equivalentes aos seus alelos ancestrais na probabilidade de se replicar e deixar descendentes na próxima geração
Embora tais alelos tenham sido discutidos por Wright e Fisher, apenas após a década de 60 sua importância foi reconhecida
Genética de Populações
• Estudo da geração e manutenção da variação genética
• Até a década de 1960 apenas conseguiu investigar istoindiretamente pelo estudo do fenótipo
• Ausência de dados levou a grande controvérsia acercada extensão da variação genética
Escola Clássica - muito poucavariação na natureza
Muller
Escola Balanceada - muita variaçãomantida na natureza
Dobzhansky
Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
Escola clássica - mutação é fator mais importante e porisso mesmo raro. Morgan e Muller
Mutação surge e é rapidamente selecionada, ouaumenta de freqüência ou é eliminada da população.
Seleção natural mantém polimorfismo baixo naspopulações - variação era rara.
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Escola balanceada – Sturtevant e Dobzhanskisugeriram que existia bastante variação na natureza.Esta variabilidade seria mantida na população em forma de polimorfismos balanceados, que fariam com que ambos alelos permanecessem na população.
Da mesma forma que na escola clássica, seleção tem papel fundamental na determinação da variaçãogenética encontrada.
Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
Década de 60
Seqüenciamento de aminoácidos – permitiu a comparação de genes homólogos em espécies diferentes
Eletroforese de proteínas – permitiu a investigação de polimorfismo em vários loci no genoma.
• Harris e Hopkinson (1966) em humanos• Hubby e Lewontin (1966) em populações naturais
Comparação de seqüências de aminoácidos
leu arg phe cys ser argleu gap phe cys phe argleu gap phe cys phe argleu arg ile cys ser argleu arg ile cys ser argleu arg phe cys ser arg
serserserseralaile
Seqüência 1Seqüência 2Seqüência 3Seqüência 4Seqüência 5Seqüência 6
leu arg phe cys ser arg
leu gap phe cys ser arg
ser
serSeqüência 1Seqüência 2
leu arg phe cys ser arg
leu phe cys ser arg
ser
serSeqüência 1Seqüência 2
Medição de divergência de Seqüência
Várias medidas possíveis, mais simples é a comparação do número proporcional de diferenças:
p = nd / n
nd = número de diferençasn = número de aminoácidos
Distância é corrigida com Poisson para considerar substituições múltiplas
Medição de divergência de seqüência
Seqüências de aa de cadeias alfa de hemoglobinaNo. de Taxa : 5Gaps/Dados ausentes : Deleção completaMétodo de distância : AA corrigida PoissonNo. de Sítios : 140d : Estimativa
2 3 4 5 Tubarão[1] Homem 16 35 62 68 79[2] Camundongo 39 63 68 79[3] Galinha 63 72 83[5] Salamandra 74 84[6] Carpa ??
Divergência pode ser usada para agrupar
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Relógio Molecular
Mudanças moleculares em genes e seus produtosacumulam relativamente constantes no tempo
Década de 60
Seqüenciamento de aminoácidos – permitiu a comparação de genes homólogos em espécies diferentes
Eletroforese de proteínas – permitiu a investigação de polimorfismo em vários loci no genoma.
• Harris e Hopkinson (1966) em humanos• Hubby e Lewontin (1966) em populações naturais
• Debate começou a ser resolvido na década de 60 quando pesquisadores começaram a investigar variaçãonatural por metologias moleculares - eletroforese, seqüenciamento
Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
Controvérsias acerca da extensão da variação genética
Eletroforese em gel de amido
Década de 60
Seqüenciamento de aminoácidos - questionou a quantidade de variação interespecífica
Eletroforese de proteínas - questionou a quantidade de variação intraespecífica
Década de 60
Maioria das espécies têm grandes quantidades de variação genética, e ainda era subestimada!
Não resolveu a controvérsia, pois a discussão mudouda quantidade de variação para a significância davariação genética.
Escola clássica tornou-se a escola da evoluçãoneutralista
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Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
A explicação de Motoo Kimura (Kimura 1968)
• Variação era muito alta e as mudanças muito rápidaspara serem explicadas pela seleçao natural
• - baseado em seq de aa (hb e cyt c) Kimura calculou umamédia de 1 aa p/ 28 my em uma proteína de 100 aa
• - Preço muito alto considerando o conceito de Haldane de carga genética e custo da seleção (1 a cada 300 gerações)
Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
A explicação de Motoo Kimura (Kimura 1968)
Estimativa de Haldane indica 1 substituição a cada 300 gerações- Estas substituições estavam acontecendo muito mais
rapidamente1 - 1 subst a cada 28my por 100 aa2 - Tamanho de genoma de mamífero 4 x 109 bp3 - 100 aa = 300 pb e 20% de substituição sinônima portanto 1
aa subst ≈ 1.2 subst pb
Genética de PopulaçõesControvérsias acerca da extensão da variação genética
A explicação de Motoo Kimura (Kimura 1968)
Estimativa de Haldane indica 1 substituição a cada 300 gerações- Estas substituições estavam acontecendo muito mais
rapidamente4 - Tempo que levaria para estas subst ocorrerem no genoma:
(28 x 106) / (4 x 109/300) / 1.2 = 1.8 anos
- Muito superiores à taxa de subst de 1 a cada 300 gerações
Motoo Kimura (1924-1994)
Publicações de 1968 sobre evoluçãoneutralista através da derivaexplicam tanto os altos níveis de variação quanto o relógio molecular
Teoria Neutralista de Evolução Molecular :
Motoo Kimura (1924-1994)
Vários aspectos da evolução de caracteres neutros não dependem do tamanho populacional.
Ein?
Mas não é α 1/2N?
Teoria Neutralista de Evolução Molecular : Teoria Neutralista de evolução molecular Teoria Neutralista não diz respeito apenas à deriva, e
sim à interação entre deriva e mutação.2N genes em uma população.
Pfixação = 1/(2N)
Taxa de mutação de alelos neutros μ
Taxa de produção de novos alelos neutros = 2Nμ
Taxa de evolução molecular = 1/2N x 2Nμ = μ
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Taxa de evolução molecular = 1/2N x 2Nμ = μ
Taxa que mede probabilidade fixação de alelosnovos criados na população.
Nesta equação não existe o efeito do tamanhopopulacional na taxa de evolução neutra porderiva
Deriva é uma força evolutiva importante para alelosneutros em todas as populações, não apenas as pequenas!
Teoria Neutralista de evolução molecular
Taxa de evolução molecular = 1/2N x 2Nμ = μ
Explica a existência de um relógio molecular
Explica a quantidade de polimorfismos na natureza
Teoria Neutralista de evolução molecular
Modelo Fisher-Wright de deriva genética
Hartl & Clark (1997)Principles of Population Genetics
2N = 18
2N = 100
Taxa de Evolução
Probabilidade de fixação de uma nova mutação neutra: = 1/2N
requer uma média de 4Ngerações.
Tempo entre fixaçõessucessivas = 1/μ gerações.
*N = Tamanho efetivopopulacional.
Qual??
Hartl & Clark (1997)Principles of Population Genetics
Infinite Allele Model - Cada mutação produz um novo alelo. Não existe identidade por estado, apenas ibd.
O impacto da deriva e da mutação pode ser quantificado:Pnão mutação = (1 - μ)2
Teoria Neutralista de evolução molecular
À medida que N diminui, F aumenta.Quando μ aumenta, F diminui.
Deriva aumenta a probabilidade de ibd, enquantomutação a diminui
Teoria Neutralista de evolução molecular
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Equilíbrio entre deriva e mutação na população:F(t) = F(t-1)
Teoria Neutralista de evolução molecular
Arredondando (1- μ)2
Feq = homozigosidade esperada
1- Feq = Heq = heterozigosidade esperada, logo:
Teoria Neutralista de evolução molecular
Chamemos θ = 4 Nefμ, que mede a força da mutaçãoem relação à deriva
(4 Nef μ)
(1 + 4 Nef μ)H = =
(θ )
(1 + θ )
Teoria Neutralista de evolução molecular
H =(θ )
(1 + θ )
Críticas sobre a teoria neutralista
O que é μ e como medir?E como medir Nef?Na ausência de estimativas confiáveis, quaisquer
valores poderiam ser usados…Grande poder explanatório, mas difícil de se testar!
E como separar neutralidade de seleção?
Mam
Ífero
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220
200
180
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40
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0
Mud
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200100 300 400 500 600 700 800
Milhões de anos desde a divergência
900 1000 1100 1200 1300 1400
Hur
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n
Alg
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Cam
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n
Ord
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Silu
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Fibr
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eos
1.1
MY
2
4
Hemog
lobina
5.8 MY
3
Evolução dasglobinas
6 78 910
5
Citocromo c
20.0 MYSeparação dos ancestraisDe plantas e animais
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E como separar neutralidade de seleção?
μ não é constante em genes sob pressão de seleçãodiferentes.
Substituições possíveis no DNA
A G
TC
purinas
pirimidinas
transversões
transições
transições
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Taxas diferentes entremutações silentes e não-silenciosas (alteração daseqüência de aa)
Limitações Funcionais
silent
replacement
0
2
4
6
8
10
12
histon
a 3Ins
ulina
mioglob
ina
album
ina
interl
eucin
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apoli
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A-1
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1.00
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os
Mutações sinônimasMutações não-sinônimas
Mutações sinônimas são mais comumentefixadas na evolução
0123456789
10
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Sítio
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Intro
ns
Pseu
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mtD
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Diferentes tipos de seqüência evoluemem taxas diferentes
E como separar neutralidade de seleção?
A evidência de taxa de evolução diferente em proteínas diferentes apenas favorece a teorianeutralista se for inconsistente com a idéia daseleção natural determinando a evoluçãomolecular
Fisher afirmou que quanto menor o efeito de um alelo, maior a chance dele ter um efeito benéfico
Teoria da evolução de Fisher• Mutações aleatórias em um fenótipo qualquer podem
ou não ser favoráveis
+1
+2
+3
E como separar neutralidade de seleção?
Taxa de evolução e relógio molecular entre espéciesdiferentes são compatíveis com ambas as hipóteses.
E dados de variação intraspecífica?
De acordo com o neutralismo, qualquer nível de variação pode ser explicado por níveis diferentesde μ e Nef.
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E como separar neutralidade de seleção?
Se μ é constante para certos genes, a diferença em heterozigosidade esperada é causada por Nefdiferentes no neutralismo.
E como separar neutralidade de seleção?
Se μ é constante para certos genes, a diferença em heterozigosidade esperada é causada por Nefdiferentes no neutralismo.
Todos os Heq < 0.25Valores restritos de θ,
--> logo de Nef
E como separar neutralidade de seleção?
Grande parte da H está entre 0.01 e 0.10, indicandoapenas um aumento de 10 vezes no Nef, enquanto o N variou em até 14 ordens de magnitude!
Nef ≠ Nmas mesmo assim...
Teoria quase neutra de evolução
E se olharmos para μ?μ não é a taxa de mutação, e sim a taxa de mutação
NEUTRA - sem efeito na viabilidadeOhta olhou para certos tipos de mutação:Se s « 1/N a mutação é seletivamente neutraSe s » 1/N a mutação é afetada por seleção
Mas e se s ≈ 1/N?
Teoria quase neutra de evolução
Fisher ignorou a probabilidade de fixaçãoMutações de efeito fenotípico intermediário são
mais prováveis de terem papel na adaptação
Pro
b. s
ub
stit
uiç
ãoad
apta
tiva
Fisher Kimura
Pro
b. M
uta
ção
favo
ráve
l
Efeito da mutação Efeito da mutação
Teoria quase neutra
A taxa neutra de evolução é mais alta em populaçõespequenas por incluir algumas mutações que seriamdesfavorecidas em populações maiores.
Quando Nef aumenta, μ diminui
Nef μ fica com distribuição mais restrita o que podeexplicar os valores de H encontrados!
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Teoria quase neutra
As predições do relógio molecular vão pro espaço
μ é função agora de Nef e discrepâncias do relógiomolecular são esperadas
Porque relógio molecular e neutralidade absoluta nãoexplicam bem os dados observados, teoria neutra é boa hipótese nula.