genesis - o portico da fé - lições bíblicas da ipb

58
o princípio criou Deus os céus e a terra." Génesis 1.1

Upload: antonio-de-padua

Post on 17-Jan-2016

131 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

"No judaísmo e no cristianismo a história e a fé estão inexplicavelmenterelacionados". Os acontecimentos vão-se sucedendo num contextoespiritual, com Deus sempre presente, intimamente relacionado com ohomem. Assim é desde os dias primeiros da Criação e prossegue naseqüência das primeiras coisas que vão ocorrendo. É a presença de uma fé dinâmica ativando os homens e as mulheres numa consagração total aDeus. Deus sempre em primeiro lugar em tudo.

TRANSCRIPT

o princípio criou Deus os céus e a terra." Génesis 1.1

ADULTOS - PROFESSOR

ÍNDICE

LIÇÃO TÍTULO PAG.

l - VISÃO PANORÂMCIA 5

2- A CRIAÇÃO 9

3 - A IMAGEM DE DEUS 13

4 - TENTAÇÃO E QUEDA 16

5 - AS DUAS LINHAGENS 20

6 - O DILÚVIO 25

7 _ A TORRE DE BABEL 28

8 - DEUS E O HOMEM 32

9 - AS PROVAS DE FÉ 36

10 - O FILHO DA PROMESSA 41

11 - O FAVORITO DE DEUS 44

12 - OS CAMINHOS DA PROVIDÊNCIA 48

13 - RECAPITULAÇÃO 53

LIGUE PARA O NOSSODPARTAMENTO

DEVENDAS

279-1255

Revista trimestral de educação cristã

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

JUNTA DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA

Presidente:Rev. Roberto Brasileiro

Vicc-Presidente:Rcv. Aproniano Wilson Macedo

Secretário:Rev. Hermisten Maia Pereira Costa

Tesoureiro:Rev. Wilson Emcrich Silva

Membros:Rev. Edijéce Martins FerreiraRev. Onésio FigueiredoPrcsb. Adonias Costa da SilvaPresb. Davi Freire dos ReisPresb. Araquém Melo e Silva

CASA EDITORAPRESBITERIANA

Dirctoria Executiva CEP

Diretor-Presideníe:Presb. José Joaquim da Cruz Filho

Direíor-Comercial:Rev. Addy Félix de Carvalho

Diretor-Editor:Rev. Valter Graciano Martins

Assessores da Diretoria:Sr. Athos Weslei Oliveira dos SantosDra. Gláucia Lima AraújoRev. Edezildo Barros Corrêa

Responsabilidade Editorial:Rev. Roberto Brasileiro - JERRev. Valter Graciano Martins - CEP

Autoria das Lições:

Rev. Amantino Adorno Vassão

Departamento de Composição e Artes;Jader de AlmeidaMakoto Déscio KishiLeopoldo SoaresJosé Galdino dos Santos NetoZcnaide Rissato dos SantosAlessandra Bergonsi Aquiaro

Correspondência para:Rev. Roberto BrasileiroCaixa Postal 1238740 - Patrocínio - MGouRev. Valter Graciano MartinsCaixa Postal 1513601599 - São Paulo - SP

Produção, Publicação e Distribuição:CASA EDITORA PRESBITERIANARua Miguel Teles Júnior, 382/394 - Cambuci01540 - São Paulo - SP

enesio Pórtico da Fé

BIBLIOTECA DI0A0UÊPmf. António À

-

CURSO ANUAL:

"CONHECENDO O PENTATEUCO"

enesio Pórtico da Fé

Introdução ao trimestre

"No judaísmo e no cristianismo a história e a fé estão inexplicavelmen-te relacionados". Os acontecimentos vão-se sucedendo num contextoespiritual, com Deus sempre presente, intimamente relacionado com ohomem. Assim é desde os dias primeiros da Criação e prossegue nasequência das primeiras coisas que vão ocorrendo. É a presença de uma félinâmica ativando os homens e as mulheres mima consagração total aDeus. Deus sempre em primeiro lugar em tudo.

As lições deste trimestre nos põem em contato com o primeiro homem,a primeira mulher, o primeiro religioso, o primeiro músico, o primeiroanúncio de um redentor para o primeiro pecador, o primeiro e insuperadoa galgar o governo de um país importante, a primeira lição acerca daprovidência divina. Para os crentes antigos é repetir o encontro com velhose amados conhecidos, revigorando, assim, a fé. Para os crentes novos é aoportunidade de travar conhecimento mais íntimo com fatos e pessoas quesubjazem ao que de mais alto e santo existe na experiência do homem comDeus. Aos maduros na idade' é ocasião de verificar mais uma vez que ocrente goza da eterna juventude. Aos moços é o privilégio de assentaremseus projetos mirando os preciosos exemplos do passado.

05ebronví

_*((//.Mar Morto

^—í)Dra?TÒ^^sebV; i .-Sucote DE SUR -Cado-Barníi

Pito ^

LIÇÃO l

VISÃO PANORÂMICA

Texto Básico: Gn 2.4; 5.1,2

Pensamento da Semana: 'Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede,perguntai pelas veredas antigas..." Jr 6.16

INTRODUÇÃO

Jm olhar retrospectivo não é a mesma coisa que "por a mão ao arado e olhar paratrás", sendo, antes, o mesmo que examinar o caminho percorrido e dar um balanço nasbênçãos recebidas e, no progresso alcançado, perspectiva e estímulo para novas arrancadas.Apreciar a obra de Deus é fortalecer a f é e firmar disposições para prosseguir nacaminhada. Abrir de novo o Génesis é, de novo, sentir a mão de Deus operando com poder.É o pórtico da Bíblia Sagrada, mostrando-nos o vazio enorme dos dias primeiros e oCriador em plena atividade. É o caos que vai desaparecer para dar lugar ao universoorganizado, movendo-se com perfeita regularidade estabelecidas as leis que hão de reger,pelos milénios antes previstos, tudo que foi criado. Como Paulo disse aos atenienses: "ODeus que fez o mundo e tudo o que nele existe... de um só fez toda raça humana... havendofixado os tempos previamente estabelecidos..." (At 17.24,26).

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Gn 2.4; 5.1,2Génese - "Formação dos seres, desde uma origem: geração (Novo Dicionário

prélio)". A palavra traduzida como "génese" é TOLEDOTH no hebraico, que pode ser a^ycação de certa descontinuidade relativamente ao que Ficara dito antes, ao introduzir-seum novo assunto (cf. outras ocorrências da mesma palavra em 5.1; 6.9; 10.1; 25.12) (ABíblia Vida Nova). O capítulo 2 é como um apêndice à história da Criação, apresentandomais pormenorizadamente a parte daquela história no que se refere à criação do homem.Génesis é o nome emprestado à língua grega, significando o que é original, ou geração. Éuma história de originais: a criação do mundo, a entrada do pecado e da morte nessemundo, o surgimento das artes, o aparecimento de nações e, especialmente, oestabelecimento da Igreja. É também uma história de gerações. Adão, Noé, Abrão, etc. Oprincípio do Novo Testamento é chamado Génesis (Mt 1.1) Bíblos genéseus, o livro dagénese, ou geração, de Jesus.

Céus e terra - É bom voltar ao vers.l, algo como o título de um capítulo. O propósitode Génesis é tratar de "princípios". Céus é a palavra que abrange tudo que não está naterra, mas, o que está acima: os astros de modo geral, as nuvens. Excluem-se as aves, vistoque são da terra. Da mesma fornia o mar, que está em relação à terra. Terra, palavra queabrange tudo que está no planeta terra.

Quando foram criados - Alguns estudiosos da Bíblia admitem que a palavra "era" (aterra era sem forma e vazia) deveria ser traduzida por "tornou-se", indicando a hipótese deque a criação original teria sido destruída por ocasião da queda por Satanás, no pecado.Significaria, então, que a criação descrita nos versos seguintes, tem referência à presentecriação e não a uma criação anterior. (A Bíblia Vida Nova). Nãojiá^np texto, qualquermenção de data. Versões antigas da Bíblia traziam, à margem, uma contagem de anos criadapor alguém dos tempos modernos e que não tem base em qualquer texto do Génesis. Se acriação ocorreu há milhões de anos - sendo provado - não representa, de forma alguma,contestação às Sagradas Escrituras.

O Senhor Deus os criou - "É significativo que a criação seja resultado da atividadecriadora de um Deus Pessoal, e não de forças cegas e destituídas de inteligência, como é ocaso nas cosmogonias antigas e na teoria da Evolução, todas estranhas à Bíblia." (A BíbliaVida Nova). Aqui aparece, pela primeira vez no texto, em letras maiúsculas, o títuloSENHOR Jeová em relação ao nome de Deus Eloim, um Deus de poder, agora,Eloim, um Deus de poder e perfeição. Jeová é o grande incomunicável nome de Deus quesignifica EU SOU O QUE SOU- IAVÉ.

Genealogia de Adão - O narrador volta ao ponto de partida para desdobrar a narrativa.As primeiras palavras dizem o que será o capítulo. A genealogia de Adão começa com ele,que não tem ascendente. Vemos, então, o desdobramento da descendência de Adão e Evaaté Noé e seus filhos. É interessante observar que a genealogia de Jesus, apresentada porLucas, vai de José a Adão, através de Sete, gerado por Adão , conforme a sua imagem (Gn53)

Semelhança de Deus - A imagem de Deus significa ser o homem dotado das faculdadesde raciocinar, de expressar emoções e de agir voluntariamente. Mais particularmente, éuma referência à capacidade do homem de manter comunhão com o seu Criador. Deus épuro espírito (não tem corpo); o homem é formado pelos dois elementos: corpo e espírito.Os irracionais não têm espírito.

O fez - O homem não se fez nem é resultado de evoluções de animais inferiores. Éfeitura de Deus.

Homem e mulher - Para conforto recíproco, visando, ainda, a preservação daDesde o começo, na fase de inocência ainda da raça, Deus planejou tudo de modo quehomem não se sentisse só. Se o homem é o começo, a mulher é a complementaçãoindispensável. O processo de criação foi diferente, mas teve em vista fazer com que fossemambos a mesma carne, sem possibilidade de um dos dois pretender gloriar-se numa origemsuperior.

E abençoou - A bênção original se perdeu como consequência do pecado e da queda,mas a misericórdia de Deus já se entremostrava na promessa de Gn 3.15. Apesar de tudo, avida lhes foi propícia em muitos aspectos. Deus não abandonou o homem à sua própriasorte.

Chamou pelo nome de Adão - Nome genérico para ambos, tendo em vista terem sidofeitos do pó da terra e, no caso de genealogia, só contava o chefe da família.

No dia em que foram criados - Embora haja um desdobramento da narrativa, o fato écitado de uma só vez em Gn 1.27.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Estamos começando um novo trimestre. Serão 12 lições para estudarmos o livro deGénesis, começo da revelação e pórtico da fé, e mais uma, a 13, para recapitulação. Omestre, consciente da missão que tem pela frente por três meses, sente-se no dever de fazeruma leitura total das lições todas, para ter uma ideia geral e fazer seu planejamento. Aprimeira lição é uma visão panorâmica, uma como que introdução ao estudo maispormenorizado. Mas, justamente porque os temas se entrelaçam e, às vezes, uma liçãocompleta outra, convém conhecer as lições em conjunto.

Esteja atento para não antecipar o assunto da Lição 2 ao apresentar a Lição 1. Estaabre o assunto com uma apreciação geral no que diz respeito ao que foi criado; a lição quetrat^ da Criação é a 2.

É bom ter sempre em mente que o Génesis , bem como a Bíblia toda, não tem aensão de ser um compêndio científico, sendo, antes, um livro escrito para apresentar ao

homem a "revelação de Deus". Como escreve Marcus Dods: "Se a intenção do autor doGénesis, nos capítulos que trata da Criação, foi transmitir-nos informações científicas, elenão alcançou seu objetivo; mas se seu objetivo foi dar-nos uma narrativa inteligível darelação de Deus com este mundo e com o homem, temos de concordar em que ele oconseguiu amplamente." Ninguém esteve presente na Criação senão Deus. A elaboraçãodas Escrituras Sagradas, tarefa que exigiu cerca de 1.600 anos, foi possível, primeiro pelarevelação dada pelo próprio Deus; depois, pela inspiração dada pelo Espírito Santo ahomens santos para selecionarem o que Deus queria que ficasse registrado; e, por fim, aassistência do Espírito Santo aos leitores na iluminação que lhes permite entender oregistro feito e, por meio dessa leitura, alimentarem suas almas. Essa biblioteca contém 66preciosos livros que, embora escritos em épocas diferentes e por pessoas de variadasculturas, estão muito bem inter-relacionadas de modo que um jamais contradiz o outro,antes se completam numa unidade admirável.

O capítulo 2 é como que um apêndice à história da Criação, mais particularmenteexplicando e ampliando a parte da história que tem relação imediata com o homem.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

O princípio divino da vida humana é o alicerce sobre o qual edificamos a sociedade.(The Pulpit Comentary).

O mundo é a carta de Deus à humanidade; seus pensamentos estão cintilando sobrenós, vindos de todas as direções (Platão).

Limitado em sua natureza, infinito em seus desejos, o homem é um deus decaído quetem saudades do céu ( Lamartinc).

O HOMEM NÃO É UM ROBÔA palavra robô (robot) apareceu, pela primeira vez numa peça teatral escrita por Karel

Capek, em Praga, 1920. O termo terá tido sua origem ou da palavra checa robotnik,significando servo, escravo, ou da palavra, também checoslovaca robota, que quer dizerserviço compulsório. A peça de Capek se intitulava R.U.R., iniciais de um título maiorRossum's Universal Robots (Robôs Universais de Rossum). Na peça, o velho Sr. Rossumplanejava produzir robôs que fizessem os trabalhos dos homens. Seu filho foi além do plano

e manufaturou os robôs que revolucionaram o mundo fazendo todo serviço. Hoje, os robôssão reais. Os cientistas os usam para perigosamente manejar material radioativo. Os turistasficam embasbacados diante deles na Disneylândia. Graças aos engenhos eletrônicosmodernos, os robôs andam, falam, e agem como seres humanos. Coisas há, porém, que elesnão podem fazer. São incapazes de fazer escolhas, de exercer julgamento moral, de amar osde sua espécie ou de adorar seu criador. Só o homem, tal como Deus o fez, é capaz de tudoisso (James Hefley).

A MEDULA ESPINHAL E A FÉ

O Dr. Joseph P. Evans, da Divisão de Cirurgia Neurológica da Universidade deChicago, tem a sua fé confirmada por um estudo da medula espinhal. Diz ele: "Tenho tido,em repetidas vezes, oportunidade de, em operações, expor a medula espinhal. Depois deremover a camada óssea protetora, a rija membrana que envolve a medula aparece. Quandoé aberta, uma visão impressionante se mostra. O cirurgião vê, através de um folículotransparente, um fluído claro banhando a medula da qual brotam as raízes dos nervostrazem e levarn os impulsos. Há também delicado rendilhado de vasos sanguíneos que élindo de ver. Mas, sobrepondo-se a tudo, percebe-se uma grande ordem visível em tudo. Sealguém medita no assunto e reconhece a perfeição de tal organização, recordando quãomais elaborado é o cérebro, cujos segredos são ainda mais profundos do que os da medulaespinhal, a constatação de tão tremenda ordem é surpreendente. Da evidência objetiva daordem na medula, uma pessoa é levada, em minha opinião, diretamente à consideração dovelho debate acerca da Primeira Causa. É esta linha de pensamento que me proporcionaprofunda crença num Criador como um Deus pessoal, que está interessado em Indivíduoscomo tais, e, daí, naturalmente, segue-se minha crença na dignidade do homem.

MACACOS SÃO MACACOS

O Dr. Louis S. B. Leakey, famoso antropólogo inglês, em palestra pronunciada naAcademia de Ciência e Humanidades de Israel, declarou: "O ponto de vista aceito de que ohomem é uma evolução do macaco é absolutamente incorreto e sem qualquer basecientífica". Falou o dr. Leakey de recentes descobrimentos no Quénia que mostram que"macacos, 20 a 25 milhões de anos atrás, estavam se desenvolvendo na direcão em que osmacacos são ainda hoje. Mas naquele tempo, os "protohomens", nossos ancestrais, jáexistiam". Exibiu, então, o antropólolgo, um dente que ele disse ter sido tirado do crânio deum protohomem de 20 milhões de anos, e fotografias de ossos de antílopes que, disse ele,homem primitivo matara 20 milhões de anos atrás. Tais ossos constituíam prova de queprotohomem caçava animais e comia sua carne.

ADÃO E OS PRIMATAS

A morte de Adão é o título de um recente livro sobre a evolução humana, título quesalienta a opinião amplamente prevalecente nos círculos intelectuais de que o modo como oGénesis narra a origem do homem, foi totalmente repudiado pela ciência moderna, Emlugar de Adão, dizem que nossos ancestrais têm nomes como "pltecântropos" e"australopitecus". Os manuais didáticos proclamam por toda parte que a evolução é umfato da história que todas as pessoas instruídas devem aceitar, e esta propaganda e pressãoé de tal monta que se torna extremamente difícil opor-lhe resistência. Mas, quandoexaminamos as evidências f atuais, vemos um quadro espantosamente diferente. O relatobíblico da criação do homem não foi desacreditado de modo nenhum. Foi simplesmenterejeitado! A evolução não foi comprovada. Foi simplesmente aceita! A ciência legítima sópode lidar com processos atuais e, assim, nada pode dizer acerca das origens. Criação ouEvolução (Henry Morris).

LIÇÃO 2

A CRIAÇÃO

Texto Básico: Gn 1.1-25

Pensamento da Semana: "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada doque foi f eito se fez." Jo 1.3

Leitura Devocional: SI 104.24-35

INTRODUÇÃO

Vivemos "dias tumultuosos", como escreveu Van Paesen. Muita gente desiludida pelasdecepções quando as promessas da ciência, da cultura; da técnica não se cumprem e atraemmales mais graves que aqueles que prometiam eliminar. É verdade que a ciência humanagosta de viver seu dia de glória com muitas festas, mas quando vai chegando a desilusão,nem sempre os cientistas ousam afrontá-la com dignidade e verdade. As teoriasrelacionadas com a Criação do mundo têm surgido feito praga e depois se recolhem aosilêncio à espera da próxima teoria, a ver se vale mais que as anteriores. Vamos ficando comnossa Bíblia, revelação e inspiração de Deus, olhando com pena os teoristasdesafortunados.

A História da Criação, como está no Génesis, como a própria Bíblia continuadesafiando o desmentido científico. Ela é, Sagrada Escritura, a bigorna contra a qual se têmquebrado muitos martelos.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 1.1-25

No princípio - Só Deus é eterno no pleno sentido da palavra. O que existe foi criadopor Ele e, portanto, teve um momento em que "não existia" e, ante o ato criador, passou aexistir. Esse foi o princípio., A ciência conseguiu ajie^íntegracãjCLjdo átomo, tido como omenor elemento da matéria. Dessa desintegração resulta energia, provando, em últimaanálise que, antes de tudo, o que existe é a energia, o poder criador de Deus. -̂̂ . Q J

Criou Deus - Laplace criou uma hipótese cosmogônica segundo a qual o sistema solarproviria de uma nebulosa primitiva constituída por um núcleo bastante condensado, a umatemperatura elevadíssima, a girar em torno de um eixo que passava por seu centro. Oresfriamento das camadas exteriores, combinado com a rotação do conjunto, teria criadoanéis no plano equatorial da nebulosa, dando lugar aos planetas e seus satélites, enquantoque o núcleo central teria formado o sol. O processo não elimina o processador. Não estásobejamente provado o que se convencionou chamar "geração espontânea". A Teoria daEvolução não respondeu ainda à pergunta:" "De onde veio a vida?" Não poderia haverevolução sem um ponto de partida. O poder criador é Deus: Eloím, o Deus forte.

Sem forma e vazia - Confusão e vacuidade são a melhor tradução para as palavrashebraicas. Era o caos. Vasta, imensa e vazia. Vendo as imagens da Lua, um imenso vazio,podemos ter uma ideia do significado daquela descrição. As águas invadindo tudo,permeando tudo, antes de serem canalizadas para o lugar próprio.

Trevas sobre a face do abismo - Voltando à Lua, recordamos sua "face invisível", nãobanhada pela luz do sol. Quando a nave espacial se colocava atrás da lua, nessa área escura,mesmo as comunicações de rádio e TV cessavam, cortadas pelo obstáculo formado pelaprópria Lua. Assim era a Terra ao surgir entre os astros, escura, sem luz.

O Espírito de Deus pairava - João declara que "no princípio era o Verbo" e que "todasas cousas foram feitas por intermédio dele" (João 1.1,3). Nosso texto destaca a presença doEspírito Santo. É a Trindade: Deus em três pessoas distintas, iguais em poder e glória. Overbo pairar, no original tem também a ideia de chocar. A presença é.criadora.

Haja luz - A primeira de todas as coisas visíveis, a luz que permitiria a visãodemais obras de Deus. Deus ama a luz e Ele mesmo é grande bênção e grande beleza nuUniverso.

A luz era boa. Adequada, respondia à necessidade da terra recém-criada.

Separação entre a luz e as trevas - Se a luz é necessária, a treva tem também suautilidade para o repouso, o descanso.

/ 9.) Dia - A palavra "dia" , tanto^ poderá significar o período de 24 horas, como também( '(assim alguns admitem) toda uma era geológica de extensão indefinida (cf. 2^4, onde o/j\o "dia" tem referência a todos os seis períodos da criação). (A Bíblia Vida Nova). É a

/ preocupação de fazer com que a Bíblia concorde com a ciência que entende ter a criaçãose desenvolvido durante milhões de anos. O mais certo é que "dia" no texto, significa umavolta da terra sobre seu eixo. O poder de Deus é ilimitado e. portanto? por que não aceitaj;a palavra "dia" no seu sentido imediato?

Céus - Não se trata aqui da habitação de Deus com seus anjos. As águas sobre ofirmamento seriam vapores que se acumulam na forma de nuvens e que constituem o limiteda nossa visão do espaço acima de nós. Dois grandes reservatórios: em baixo e em cima.

Terras... Mares - As águas que estavam em baixo foram concentradas em grandáreas, liberando a parte sólida que veio a constituir a Terra. Surgindo das águas, a Termostrou-se área fértil e apropriada ao crescimento das plantas.

Semente — A força reprodutora ficava estabelecida como contínua manifestação dopoder criador de Deus.

Segundo a sua espécie - Limitação a grupos gerais ou espécies, negando a Teoria daEvolução.

Luzeiros - Sol e lua, referindo-se ainda aos elementos constitutivos da atmosfera queproduzem a refração da luz própria do sol e a reflexão da luz. Pela proximidade, sol e luaparecem maiores que os demais astros. No entanto, em relação a algumas estrelas} sãocomo grãos de areia. Tudo criação de Deus. "Os céus proclamam a glória de Deus..."

Seres viventes - Criado o que era indispensável à vida animal, eis que surgem osanimais. Erarn enormes (grandes animais marulhos 1.21) Onde está a evolução?

Sede fecundos — O poder de reprodução comunicado à criação.

10

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Os homens sempre andaram à procura da origem da terra. E continuam nessaempreitada. As recentes viagens à lua tinham esse objetivo como parte das justificativaspara os milhões de dólares gastos. Mas, pelo jeito, a ciência continua na mesma, isto é,dizendo e desdizendo-se. Sempre que surge uma novidade científica acorrem, pressurosos,alguns intérpretes da Bíblia, tentando uma "conciliação" das Escrituras Sagradas com a"nova ou recente descoberta científica". Teorias têm surgido nimbadas de brilhanteresplendor para, às vezes, dentro duma mesma geração, entrarem em ocaso melancólico. Ateoria da "evolução" de Charles Darwin, surgida em 1859, provocou um certo alarme einúmeros debates. O alarme faz muito que se desvaneceu. Os debates diminuíram deintensidade visto que a "evolução", à medida que envolve o conhecimento humano, vai

indo em descrédito. A teoria de Laplace não passa também de uma teoria, segundo aai "o sistema solar proviria de uma nebulosa primitiva... O resfriamento das camadas

exteriores, combinado com a rotação do conjunto, teria criado... dando lugar aos planetas eseus satélites. O núcleo central teria formado o sol".

O livro CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO, de Henry Morris, é excelente.

Outro livrinho útil é o VEIO O HOMEM A EXISTIR POR EVOLUÇÃO OU PORCRIAÇÃO?

O professor deve ser o exemplo de pontualidade e de estudo da lição. Lição malestudada é aula mal dada, com prejuízo para todos, mas especialmente para a obra cristã,porque crentes mal informados não podem crescer espiritualmente nem são capazes decomunicar a mensagem cristã. Chegando antes dos alunos, o professor pode escrever oesboço da lição no quadro, facilitando-lhe o trabalho e proporcionando à classe melhoraproveitamento. Fugir sempre da digressão. Não fazer sermão. Debater com os alunos.Provocar interesse. Fazer perguntas.

O "Pensamento da semana" deve ser o fundo bíblico básico que orientará a lição. Se otempo para o estudo do assunto for insuficiente dentro do horário comum, será convenientecombinar um encontro para maior aproveitamento. Se convier variar o sistema de aula,pode ser a classe dividida em dois grupos: um, a favor da Bíblia; outro, a favor da evolução.^ professor ou o pastor pode coordenar o debate e dar o fecho adequado.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕESOs céus e a terra de modo igual falam de Deus, e o grande mundo natural é apenas uma

outra Bíblia que envolve e enlaça a Bíblia escrita, porque natureza e graça são uma só coisa.(Henry Ward Beecher).

Deve-se entender que, no presente estado de nosso conhecimento, as adaptações nanatureza oferecem apreciável balanço de probabilidade ern favor da criação, por ação deinteligência (John Stuart Mill).

A probabilidade de que a vida se tenha originado de um acidente é comparável àprobabilidade de que um grande dicionário tenha resultado de uma explosão numatipografia (Edwin Conklin, Biólogo).

BELEZA DA CRIAÇÃO

Um cidadão, sendo convidado a acompanhar uma pessoa importante para ver umagrande construção que estava sendo executada por Sir Christofer Hatton, construtor de

11

r

grande fama, desculpou-se dizendo que preferia ficar onde estava, num jardim, por que,disse ele} "vejo mais de Deus nestas flores do que em todos os belos edifícios do mundo".

A CIÊNCIA AVANÇANão poucos cientistas, hoje, estão também reconhecendo que o evolucionismo 6 estéril

como teoria, e estão retornando ao criacionismo. Alguns ainda se apegam à tentativa deharmonização presente na evolução teísta (ou em sua meia-irmã semântica, a criaçãoprogressiva); contudo, cada vez mais vão-se formando dois campos científicos distintos; odo estrito criacionismo científico por um lado, e o do definido evolucionismo ateu, poroutro. A "Creation Research Society" (Sociedade de Pesquisa da Criação), organizadasomente em 1963, já arrola entre seus sócios mais de 400 cientistas, todos com grausacadémicos de pós-graduação em ciência. Muitos deles foram evolucionistas até bempoucos anos atrás, mas hoje são anti- evolucionistas firmes e bem informados. PortantOjparece que o tempo está maduro para os cristãos deixarem de bater em retirada nejjkquestão e começarem um agressivo (embora, é claro, sempre com espírito de amol^intercessão) empenho por reconquistar os seus jovens e suas escolas, e até as própriasciências para seu Criador e Redentor (CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO, Henry Morris).

FILHO DA EVOLUÇÃODepois de ouvir uma exposição sobre a evolução, por um professor de ciência, um

estudante escreveu um poema intitulado:

O EXTRAORDINÁRIO PROFESSORAo começar a começar,

eu não passava de um girino;então, passei a ser um sapo,

com cauda e tudo, tudo era o fino.Passei a ser ágil macaco

nas matas em estropolia;

agora, após a evolução,

sou doutor em filosofia.(Hefley).

12

t.\O 3

A IMAGEM DE DEUS

Texto Básico: Gn 1.26-29

Pensamento da Semana.' "De um só fez toda raça. humana, para habitar sobre toda a face daterra..." At 17.26

Leitura Devocional: Salmo 8

INTRODUÇÃO

Haverá algum animal superior ao homem? Davi, depois de exaltar a Deus, refere-se aohomem, criado por Deus, e pergunta:"... que é o homem, que dele te lembres? Fizeste-o, noentanto, por um pouco menor do que Deus..." (Si 8.4,5). Na verdade, apesar do pecado queprejudicou a criatura, o ser humano ainda é capaz, remido pelo sangue de Jesus, deelevar-se a alturas maravilhosas. Lançando um olhar para a história da humanidade,podemos vislumbrar, na multidão dos infelizes separados de Deus, muitos que se libertaramdas correntes de Satanás e glorificaram a Deus em suas vidas. Se lhes disséssemos isso, elesjamais aceitariam nossa apreciação, crendo-se os "principais dos pecadores". É nessa açãode Deus de recuperar o homem, que verificamos a imagem e a semelhança de Deussubjacentes a todas as falhas e deficiências humanas. Basta limpar a poeira, lixar aferrugem, polir o azinhave e eis que ressurge o esplendor da pessoa divina em sua açãoregeneradora e santificadora do homem. Porém, é de Deus o poder, do Senhor a ação, doAltíssimo, a glória; tudo por misericórdia dele!

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 1.26-29 >.\s o homem - O verbo no plural é já um vislumbre da doutrina da Trindade. De

repente, muda o estilo do Criador, visto que é este um momento solene em~quêr"alnãodivina vai operar diretamente no ser que vai surgir: o homem. Como quem diz que, havendopreparado o cenário, vai Deus, com amor, colocar o personagem principal. O homem,corpo e espírito, está acima das demais criaturas. A Trindade está unida no momento decriá-lo.

À nossa imagem, conforme a nossa semelhança - Como a sombra no espelho ou comoa efígie do rei cunhada na moeda. A imagem de Deus no homem: sua natureza econstituição, no que diz respeito à alma, bem como sua posição e autoridade e, ainda, emsua pureza e retidão.

Tenha ele domínio - Mordomia confiada ao homem, sendo honra, responsabilidade etrabalho.

13

Homem e Mulher - A unidade é formada de duas metades. O poder de procriação foidado ao homem logo após sua criação. Daí poder-se perguntar de onde veio a ideia de queo "pecado original" está relacionado ao sexo. E alguns jovens, enredados por essa tola ideia,andam imprimindo em convites de casamento uma maçã mordida. Como poderiamobedecer à ordem "sede afecundos, multiplicai-vos" sem o relacionamento sexual, partenobre e implícita do casamento?

Vos tenho dado - Deus providenciara aquilo que possibilitaria a vida do homem,ficando a impressão de que o normal na alimentação humana se restringiria aos vegetais. Asugestão da "semente" lá está para lembrar ao homem que "plantando dá".

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Os mórmons andam espalhando que "Deus tem corpo", pois, se Deus fez o homensua imagem e semelhança", a conclusão se impõe: Deus tem corpo. A afirmação é tão frque cai apenas com as perguntas: "Masculino ou feminino"? "Branco, amarelo, vermelho,preto?" Deus é puro espírito, em comparação com o homem que tem, além da alma ouespírito, carne e ossos, embora o homem seja um "ser espiritual" (dotado com um espírito).

Sempre que, na Bíblia, é atribuída a Deus a figura humana ou se menciona "o braço doSenhor" ou algo parecido, trata-se de expressão antropomórfica, considerando que alinguagem humana é limitada para falar de Deus que é infinito e ilimitado. A "imagem deDeus" que foi comunicada ao homem é exatamente o elemento espiritual que Deuscomunicou à criatura que criou. Deus não cria um novo espírito cada vez que nasce umacriança, visto que a alma também se transmite por geração ordinária, provindo daí odoloroso fato de o pecado ser transmitido de geração a geração, chamando-se o primeiropecado "o pecado original". A imagem de Deus vem sendo, também, transmitida.

Sendo todos descendentes de Adão e Eva, somos seus herdeiros do que de bomreceberam e preservaram e do mal que atraíram pelo pecado. Daí que a raça humana é umasó, sofrendo modificações menos profundas conforme a influência do habitat sobre grupos.Fisiologicamente, no entanto, os homens são semelhantes, apesar das diferençassuperficiais. Mesmo número de ossos, mesma conformação craniana, dois olhos, doisouvidos, duas pernas, etc, etc. No que diz respeito ao feito psicológico, ocorre acoisa: sentimentos, emoções, alegria, raiva, etc, etc., tudo igual.

A "fome de Deus" que se manifesta em alguma forma de religiosidade, é sinal de umresíduo da imagem divina no homem, visto que é essa imagem que distingue o homem dosoutros animais.

A aula pode ser dada na forma de dinâmica de grupo. Dois grupos preparam a lição,estudando-a separadamente e} sob a direção do professor, dão a aula. Cada grupo terá seulíder, que será a voz principal, mas os componentes do grupo poderão emitir seus pontos devista. O professor dá a cada grupo um elemento da lição e, na hora da aula, divide o tempo.Na distribuição dos pontos basta seguir o roteiro da lição do aluno. O professor podecorrigir alguma falha ou acrescentar o que julgue necessário ao bom entendimento doassunto.

Jamais deve atrasar o início da aula esperando os retardatários. Essa espera vicia. Apersistência na pontualidade corrige. De maneira nenhuma deve o professor reiniciar a aulasempre que chega um impontual. Resumo da lição em quadro diante da classe.

14

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Todo homem precisa crer-se um ato de Deus: sua mente um pensamento, sua vida umsopro divino (Bailey).

Um homem honesto é a mais nobre obra de Deus (Pope).

É apenas a contrafação de um homem, aquele que não tem a vida de um homem(Shakespeare).

ASCENDÊNCIA DO HOMEM

O assunto de uma conversa, presente o grande Carlyle, embora dela não participasse,era a teoria da evolução. Ocorrendo uma pausa, Carlyle, enfaticamente e de forma solene,observou: Cavalheiros, vós estais por demais preocupados em provar que sois descendentes

t um girino ou de um macaco; quanto a mim, porém, prefiro dizer como Davi: Senhor!íeste-me um pouco menor do que Deus. Lelsure Hour.

O VALOR DA IMAGEM

George V, quando Príncipe de Gales, em algum lugar da terra, querendo gratificaralguém que o servira, lhe disse: "Lamento não poder gratificá-lo melhor. Aceite comolembrança este retrato de minha querida mãe." O obsequiado poderia ter achado um tantoinadequado o presente, ouvindo-o, mas ao receber o "retrato", pôde constatar que setratava de uma nota de Banco da Inglaterra, com o retrato da rainha Vitória. Quando ohomem se apercebe do valor da imagem que foi nele gravada por Deus, reconhece opróprio valor.

MASCULINIDADE

Há duas palavras latinas para homem. Uma é "homo", que significa apenas o homemcomo distinto de algum outro animal, como um cão, um cavalo. A outra é "vir", quesignifica um homem no mais alto sentido da palavra, um homem com todo o seu valorsoberano, feito à imagem de Deus. Daí vem a palavra virtude, significando quemasculinidade e virtude são uma só coisa. Ser um verdadeiro homem não é ser um animal,e, sim, um herói (Hallock).

05

LIÇÃO 4

TENTAÇÃO E QUEDA

Texto Básico: Gn 3.1-7

Pensamento da Semana: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deusé a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor." Rm 6.23

Leitura Devocional: Salmo 51

INTRODUÇÃO

'Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" é advertência aos que, tendosido alcançados pela graça, foram restaurados à posição de filhos de Deus, possuidores deuma experiência real do pecado e da redenção (l Co 10.12). A tentação é sempre muitoastuta, e é capaz de induzir os mais bem intencionados ao erro. Basta observar o texto everificar como a astúcia de Satanás soube criar uma forma terrível de tentação; o diabo nãose faz presente; quem induz Eva ao erro é uma cobra, animal criado por Deus (como Evavai dizer, para defender-se); quem induz Adão ao erro é a mulher que Deus lhe deu porcompanheira (e ele, Adão, vai usar isso como argumento defensivo).

Mas, de que valem argumentos? O mal está feito. O Paraíso está desfeito. O mal entrouno mundo. Não há como fechar-lhe a porta. Agora, resta apenas a consequência; nemtangas de folhas de figueira, nem o esconder-se no mais denso da floresta. A proteçãoimediata está nas túnicas das peles de animais preparadas por Deus. A futura estará nosangue do Cordeiro.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 3.1-7

A serpente - Foi mesmo uma serpente que entrou em contato com Eva, só que falavacomo gente, o que pode constituir-se um elemento de convencimento para induzir Eva aoerro. Uma serpente que fala impressiona! O castigo, depois, recai (v. 14) sobre o "maissagaz" dos animais selváticos. Satanás é a "velha serpente" (Ap 12.9), que mente "desde oprincípio". Usou uma serpente ou se transformou numa e enganou a mulher. Satanás foianjo de luz e teve lugar de honra diante de Deus, mas se rebelou contra Deus e tentouperturbar a obra do Criador. Sabia que não podia destruir o homem senão pela corrupção.Satanás é palavra de origem hebraica, diabo e demónio de origem grega. São títulos dopríncipe das trevas.

Disse à mulher - Um elemento estranho que se introduz na presença da mulher deviaprovocar suspeita. Adão e Eva não lhe deveriam ter dado ouvidos, combatendo ainsinuação com a advertência de Deus. E Eva deu ouvidos, prestou atenção e deu resposta,elemento que facilitou o perigoso diálogo.

16

É assim que Deus disse? - Pergunta insidiosa que lançava dúvida quanto àdeterminação do Senhor. Satanás não se apresenta com "jogo aberto". Menciona algo quetem um pouco de verdade, mas será verdade? Terá mesmo Deus dito tal coisa? Queextensão tem a proibição? Não estará havendo exagero na interpretação? A dúvidaperturba a tranquilidade do crente e abre a porta para a entrada do inimigo.

Respondeu-lhe a mulher - Dar ouvidos à tentação é perigoso. Só Jesus podia ouvir astentações sem risco de aceitá-las; nossos primeiros pais e nós, seus descendentes, jamaistivemos a mesma condição do Mestre. Tiago 1.14,15 define bem isso. Eva estava ciente doque Deus disse mas apresentou, com pequeno acréscimo, o estabelecido por Deus. Écurioso que todos os elementos que constituem a ordenação divina aparecem no diálogo dotentador e de Eva; só no v. 11 aparece, de forma breve, a palavra de Deus acerca doassunto.

Do fruto... podemos comer - Havia frutos em quantidade suficiente para a alimentaçãokeles. Apressa-se ela em corrigir o erro da serpente e em defender a liberalidade de Deus.

das as árvores , menos uma, estavam à disposição deles.Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim - Uma árvore havia, que não devia

ser provada. Duas árvores estavam em destaque: a árvore da vida no meio do jardim e aárvore do conhecimento do bem e do mal. A árvore da vida comunica imortalidade aohomem. A imortalidade dependia, porém, da obediência como no paraíso futuro, vaidepender de lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro (Ap 22.14). A proibição era séria.

É certo que não morrereis - Satanás nega o perigo procurando reduzir a gravidade dodelito a que pretende induzir a mulher. O tentador instala a dúvida, preparando o terrenopara a negação total. Esconde sua própria condição, ele que se levantara contra Deus e foraexpulso do céu. Deixando sempre a sugestão de que pode não haver punição. A esperançada impunidade é grande estímulo à transgressão e delinquência.

Sereis conhecedores do bem e do mal - Não só não há morte, como haverá grandesvantagens. E isso que Deus está procurando evitar, que sejam iguais a Ele, essa a maldosa emaliciosa acusação de Satanás contra Deus.

Se vos abrirão os olhos - Linguagem figurada para dar a entender que ficarão maiscapacitados para a percepção de tudo, e total libertação da dependência de Deus. Deixarãode ser tutelados para serem eles mesmos.

Conhecedores do bem e do mal - Conhecerão tudo o que vale a pena ser conhecido emqualquer área. Satanás abusa da simplicidade de Eva, usando falsamente a característica de

.rvore da ciência do bem e do mal". E, de certo modo, os olhos deles se abriram para aalicia e descobriram algo que, antes, lhes escapara à vista: estavam nus.

Árvore boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para darentendimento - O pecado, antes de manifestar-se externamente, vive sua fase embrionáriana alma do ser humano. Ouvida a palavra de Satanás, passa a mulher à análise dos dadosque recebera. E começa a aceitar e a concordar com o tentador. ludo indica que a tese deSatanás está certa. Ali está a árvore. Nada há que a impeça de colher o fruto e comer. Etudo parece tão normal. Quem disse que era perigoso? Despertado o apetite, convencida daimpunidade e não havendo qualquer contra-indicação, só resta o passo definitivo que vaiselar a sorte do casal bem como de seus descendentes pelos milénios afora.

Comeu - Os passos do pecado: ela viu, ela tomou, ela aprovou, ela comeu, ela procurouum cúmplice. Não foi o diabo que colheu o fruto para ela, visto que Satanás pode tentarmas não pode forçar, pode persuadir-nos a cair, mas não pode derrubar-nos. Caímos pornós mesmos. O certo para vencer a tentação é resistir-lhe desde o início. O caminho dopecado é um declive forte: quando se começa a descer é difícil parar.

17

Deu... ao marido, e ele comeu - Deve ter tido que persuadi-lo, como a serpente fizeracom ela, com argumento mais forte. E, na verdade, o fruto era apetecível e agradável.Enquanto Eva procura justificar-se lançando a culpa sobre a serpente (criatura de Deus),Adão tratará de responsabilizar a esposa (ideia de Deus). Afinal, Deus acaba sendoacusado por ambos. O plano satânico ia se realizando. Ambos dão preferência à árvore quelhes dava a morte. Menosprezaram as promessas de seu Criador.

Ábriram-se os olhos - Claro que não se trata dos olhos do corpo, mas dos olhos de suaconsciência. Seus corações, antes tranquilos, agora sofrem. Era tarde, porém, "aconsciência despertada com relação ao pecado e, em consequência, a vergonha, leva aotemor e à tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída dahumanidade, desde então, até o presente" (Bíblia Vida Nova).

Fizeram cintas - Existindo só os dois no Éden, tinham vergonha de quem? Um dooutro? Solução precária: folhas de figueira, que logo estariam secas e rotas. Ficava cl"-~que o homem não tem solução para o problema do pecado.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

"Pecado" é a palavra que começa a desaparecer do linguajar e das conversas. Atendência moderna, fruto dos estudos de psicologia, é falar de "desajustamentos","condicionamentos", "mau funcionamento glandular", "complexos" e expressões outras queevitem mencionar "pecado". A posição legítima do cristão é a de aceitar o fato como ele é,sem pretender contornar o problema com eufemismos ou tentativas de explicação. Admitiro fato como ele é pode possibilitar sua correção. A tendência para a justificativa decomportamento errado nasceu com o próprio pecado, pois vemos Adão tentandoesquivar-se à responsabilidade e inculpando a companheira que Deus lhe dera. A esposa,responsabilizando o próprio Deus por haver criado a serpente que a enganara. Nenhum dosdois reconhecia a própria culpa. O moço, a quem Jesus contou a parábola do bomsamaritano, diz o texto, "querendo justificar- se..."

Enquanto o pecador não se reconhecer culpado, não conseguirá libertar-se datendência para o pecado, nem da responsabilidade como pecador, nem da necessidade deredenção. A herança que Adão nos deixou só pode ser anulada pelo sangue de Cristo.

É curioso que, no registro da "tentação e queda", não há menção do diabo, sendflapontada a serpente como a tentadora, aparecendo de novo no momento da maldição. Ohomem vivia dos frutos das árvores, e, desconhecidas as artes e a técnica, não havia aindaroupas, andando ele nu. Duas árvores estavam ao alcance: a da vida e a da ciência do bem edo mal. O homem poderia tornar-se imortal, estando ao seu alcance fazê-lo. Mas não o fez.De certo modo era como uma criança, ainda sem maturidade. A necessidade da escolhaforçaria seu amadurecimento. A proibição permite-lhe o despertar da consciência. Aastúcia do diabo, omitindo-se e agindo através da serpente, obteve sucesso, pois até hoje oser humano se mostra atraído para o que é proibido. A tentação excita a curiosidade que oser humano procura atender. Desperta a tentação, o sentimento de falta de algo, que aquiloque é oferecido parece poder suprir.

O primeiro resultado do pecado é a vergonha: viram que estavam nus. Tivessem elesresistido e teriam a consciência despertada, sem, porém, o sentimento de vergonha. Atentativa de cobrir a nudez era o esforço inútil de uma consciência culpada para evadir-seao juízo da verdade.

18

Convém elucidar que o pecado de Adão e Eva não tem qualquer relação com o sexo.

A aula poderia tomar a forma de um debate entre os homens e as mulheres,procurando cada grupo (o que parece impossível) defender seu lado na questão. Oprofessor dará a nota final mostrando que cada um é responsável por si e que todosdevemos estar alertas diante das possibilidades de Satanás procurar atingir-nos com suasinsinuações sutis.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

O pecado é, essencialmente, um afastamento de Deus. (Martinho Lutero)A humanidade continua precisando de um Salvador, porque pecado continua sendo

éscado, embora lhe demos muitos novos títulos psicológicos. (Swaffield)

Os melhores de nós são pobres infelizes dum naufrágio. (George Eliot)

O QUE É PECADO?A palavra grega para pecado é hamartia, termo usado antes nos meios ligados à arte

de atirar com arco. Para o arqueiro, hamartia significava, literalmente, "errar o alvo". Umarqueiro errava, era um pecador. Era culpado de hamartia. Tinha errado o alvo! Dessesignificado gráfico e literal a palavra passou ao âmbito moral e subjetivo e passou a serusada para descrever figuradamente qualquer falha no sentido de atingir um fim digno.(Frank Adams)

RASTRO DE UM CACHORRO

Os tijolos usados na Babilónia para construções públicas traziam estampados neles aimagem do rei. Em um museu existe um tijolo que, sobre a figura do rei, traz nitidamenteimpressa a pata de um cão. Provavelmente, enquanto o tijolo estava úmido, algum cachorropor ali passara sobre ele. O homem foi feito à imagem de Deus, a imagem divina foi neleestampada, mas a serpente conseguiu, também, deixar seus rastros. (Sunday at Home)

COMIGO NÃO ACONTECERIA

Comentando a queda de Adão e Eva, um homem dizia ao interlocutor: "Ah! comigoisso não aconteceria! Adão foi muito crédulo e caiu na conversa da serpente. A mim elanão enganaria". Ouvindo aquele blasonador, o outro lhe disse; "Sabe? Acho que você faria

mesma coisa, se não fizesse pior..." depois de conversarem mais um pouco, o amigonvidou o blasonador para almoçar com ele. Chegando o convidado, mesa posta, o

anfitrião falou; "Escuta! Acabo de receber um chamado urgente e preciso sair por algunsminutos. A comida está na mesa. Sirva-se à vontade. Eu volto logo. Ah! Sim! Você podeservir-se de tudo, menos desta terrina. Proíbo-o de levantar a tampa até que eu volte..." Esaiu... para a sala anexa e ficou escondido. Nosso hóspede foi-se servindo, foi comendo, masde olhos na terrina, misteriosa, proibida; o que haveria dentro dela? Encurtando a estória:nosso homem achou que poderia levantar uma beiradinha só da terrina e dar uma olhadela.Mal abriu brecha, um camundongo saltou da terrina e correu célere. Num relance ohóspede blasonador e curioso percebeu a armadilha e correu a ver se pegava o camundongoe o devolvia à terrina antes que o anfitrião voltasse. Mas, nesse mesmo instante ele entrou,rindo e argumentando. Não havia resposta, nem explicação. O blasonador rendeu-se.

19

LIÇÃO 5

AS DUAS LINHAGENS

Texto Básico: Gn 4.1-17

Pensamento da Semana.- "Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição,somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma." Hb 10.39

Leitura Devocional: Salmo l

INTRODUÇÃO

A história de Caim e Abel nos mostra que, desde o primeiro homem a raça humana sedividiu em duas grandes classes, no que diz respeito à relação do homem com Deus e Suapresença no mundo. Sempre houve os que temem a Deus e se põem a seu serviço, bemcorno sempre houve os que confiaram mais em si mesmos e em sua própria capacidade.Sempre houve o humilde e tímido que dependia mais de Deus bem como o orgulhoso eauto-sufi ciente fazendo frente a quaisquer circunstâncias da vida. Parece, às vezes, que sãodescendentes de Caim que, afinal, governam o mundo e promovem a civilização ao aspectoexterno. No entanto, a presença do "sal da terra", personificado pelos descendentesespirituais de Abel, têm sido a força criadora e sustentadora do equilíbrio, corrigindo ecompensando, às vezes com sacrifício, as falhas da outra parte.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 4.1-17

Deu à luz a Caim - Vê-se de 5.4 que Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas, mCaim é o primogénito, e que Eva os recebe como uma dádiva de Deus, aliás a maneira ceide receber os filhos. "Um varão", dá a entender uma satisfação especial de Eva, visto quedela nasceria alguém que pisaria a cabeça da serpente.

Deu à luz a Abel - Há quem pense, pela sequência da narrativa, que Abel era irmãogémeo de Caim. Feliz com o nascimento de Caim e certa de que nele estava garantida adescendência, Eva considera Abel como vaidade; esse é o significado do nome Abel.

Abei, pastor de ovelhas; Caim, lavrador - Uma profissão atende às necessidades dohomem e se ele se sente vocacionado para esta ou aquela tarefa, deve seguir a que maisesteja conforme seus pendores. Os primeiros indivíduos nascidos na terra não se mostraramrefratários ao trabalho.

Trouxe Caim. Abel trouxe - Ambos os filhos, cada um por sua vez, praticando a religiãoque haviam recebido, compareciam para adorar a Deus, trazendo suas ofertas. Caim, dofruto da terra; Abel, das primícias do seu rebanho. Presumem alguns que o sacerdote seriao próprio pai Adão.

20

Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta - A apreciação divina não se fixa nomaterial colocado no altar, mas na disposição pessoal do adorador. E é natural que oadorador busque a Deus e Sua aprovação, mas sem pretender algo como fazer chantagemcom Deus. Não se diz a razão que levou Deus a agradar-se da oferta de Abel. Está claro opensamento de Paulo: "Não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus asua misericórdia" (Rm 9.16), quando se refere a dois outros irmãos: Esaú e Jacó.

De Caim e de sua oferta não se agradou - O comportamento posterior de Caim revelasua personalidade complexada, com violentos ciúmes contra o irmão. Estaria aí a explicaçãopara a rejeição divina? Atos religiosos que não seriam o reflexo de uma vida religiosa? Épossível que o próprio material ofertado definisse o caráter de Caim, pois, enquanto Abeltrazia as primícias, Caim apenas colhera a esmo alguns frutos de sua lavoura. O fato é queninguém pode julgar a Deus (Rm 9.20).

^ Irou-se, pois, sobremaneira Caim - O próprio aspecto de Caim se desfigurou,Bfescaindo-lhe o semblante. O homem iroso mostra-se exatamente assim; o rosto

empalidece, os olhos lançam chispas e fica ele dominado por uma loucura passageira, capade desatinos de consequências irremediáveis, como uma bomba arrasadora.

Então lhe disse o Senhor - Deus estava atento. O não agradar-se do sacrifício de Caim,tivesse ele outra disposição, deveria atuar como advertência, como correção. A ira de Caimera contra Deus, porque preferira o sacrifício de Abel, mas Deus não estava irado contraCaim. A não aceitação da oferta não significava isso. Caim não soube aproveitar a lição queDeus lhe ministrou. E Deus o interpela, como quem diz que não há razão para ocomportamento emocional de Caim.

Se procederes bem, não é certo que serás aceito? — Aí está a palavra de amor, deorientação. É tempo de corrigir-se, de agir de modo certo, de aprender a lição. A ira nãopermite um raciocínio sereno, uma avaliação adequada dos fatos, levando, antes, a decisõeserradas e perigosas. É uma loucura transitória. Deus recomenda calma e ponderação. Feitaa correção, nova tentativa diante de Deus, da maneira certa; e Caim poderia reabilitar-se.

Se, todavia, procederes mal... o pecado jaz à porta - Não deixa de ser curioso que opecado de Caim ficasse relacionado com um falso culto. Os acusadores de Jesus, de Paulo ede tantos outros eram religiosos, segundo seu ponto de vista, e acreditavam prestar, dessa^tma, serviço à religião. Com o coração cheio de ira, o próximo passo é o crime: o pecado

tá batendo à porta do coração de Caim. Alimentar a ira, sustentar o ódio, é predispor-serã a violência. Sempre que alguém se ira, glândulas segregam elementos lubrificadores

das juntas, preparando para a luta. Se a luta não ocorre, o lubrificante se transforma emtoxina que envenena a pessoa.

Seu desejo será contra ti - O tentador, que levara os pais de Caim ao erro, não perderiaa oportunidade de comprometer mais um membro da primeira família humana. Pode haverprejuízo para a vítima de nosso desacerto, mas o maior prejudicado é sempre o que erra.

A ti cumpre dominá-lo - Controle das emoções, indispensável. Dar vasão à cólera,deixando de controlá-la, é dar-se por vencido. Em alguns códigos penais, a ira chega a serconsiderada "dirimente", ou isentando de culpa, ou aliviando a pena, como se a pessoaagisse em descontrole. A justiça divina, ciente da possibilidade do homem ser capaz dedominar sua ira, não aceita essa dirimente.

Vamos ao campo. Plano preparado para eliminar o irmão. Caim procede, já agora, comcerta frieza. Tudo calculado. A simulação de um passeio, talvez para que Abel visse asplantações do irmão. A maldade, com o apoio da astúcia de Satanás, tem recursos, sabe

21

disfarçar suas malévolas intenções. Tendo um bom espírito, Abel nem de leve chega asuspeitar das criminosas intenções do irmão.

E o matou - O pecado de Adão e Eva começava a frutificar. Acham alguns que um"pecado pequeno" não tem gravidade. A lição certa é dada logo no começo da históriahumana. E a morte de um ser humano vinha entristecer a terra. O primeiro animal mortomorreu para que, de sua pele, fizesse Deus vestimentas para o casal pecador. Era o pecadoprovocando a morte. De novo o pecado mata. O primeiro corpo que desce à terra é o de umhomem bom. Era a primeira lição de violência, infelizmente, de um irmão , mau caráter,contra o irmão, caráter excelente, um santo.

Onde está Abel, teu irmão? - Deus sabia de tudo, mas estava oferecendo a Caim umapossibilidade de confessar seu crime e mostrar arrependimento. O reconhecimento da falta,sua confissão e uma disposição de corrigir-se é o caminho da recuperação. É a diferençaentre Pedro e Judas.

Não sei; acaso sou eu tutor de meu irmão? — Caim não só não reconhece o erro, ose mostra cínico e rebelde diante de Deus. É provável que Caim estivesse, no íntimo,acusando o próprio Deus: Não és tu o guardador de meu irmão? Não mereceu ele de ti umfavoritismo que eu não tive? Como é que, sendo teu favorito, não sabes por onde ele anda?

Homem é irmão do homem e cada homem é guardador do seu irmão.

Que fizeste? -A evasiva não o libertou do interrogatório divino. Deus poderia acusá-lodiretamente, rnas queria que Caim reconhecesse seu crime. É tolice pretender esconderalgo ao julgamento de Deus.

A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim - A evidência contra Caim é clarae incontestável. Em Hb 12.24 o confronto é estabelecido entre o sangue de Abel (que pediavingança) e o de Jesus (que proclama perdão).

Maldito por sobre a terra — A mesma terra que recebeu o sangue do inocente Abel,será ambiente de provação para o criminoso Caim. A maldição de Adão alcançou a terra; ade Caim recai sobre ele mesmo. Homem da lavoura, a terra que lhe deu alimento, agora,vai negar-lhe sustento e posição fixa. Tempo lhe é dado para que pense e analise seu ato emrelação ao irmão e possa sofrer toda a tortura da consciência despertada que fatalmente oatormentará. Não irá encontrar tranquilidade.

É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo - Do excesso de confiananterior, Caim cai no desespero. E queixa-se de Deus, de Sua severidade. Não é o q*pensam os sentimentalistas que formam de Deus conceitos à imagem e à semelhança deipróprios? É preciso que ele se aperceba quão grande foi seu crime. A pena está à altura.Não fíca afastada a ideia da recuperação, que, sempre o objetivo do castigo. Mas é precisoque os que eliminam vidas humanas recebam a pena que os leve a, se possível, avaliar aextensão do mal que cometeram.

Da tua presença hei de esconder-me - Sente-se Caim excluído da graça de Deus, epensa que haverá de livrar-se da Sua presença. Descobrirá, no entanto, o que Davi pôs noseu cântico: "Para onde fugirei da tua face?" (SI 139.7). Não há dúvida de que, para opecador, a presença de Deus é por demais incómoda e, bem por isso, tentará ignorar arealidade divina.

Me matará - Caim temia que alguém, sabendo-o amaldiçoado, julgando fazer um bem,o matasse. Não deu valor à vida do irmão, mas sabe dar à sua.

Qualquer que matar a Caim - Moisés, em seu cântico, menciona um pensamentodivino: "A mim me pertence a vingança" (Dt 32.35). Ninguém, naquele mundo de habitaçãolimitada, deveria vingar a morte de Abel. Seria uma usurpação.

22

Um sinal em Caim - Algo visível que servisse de orientação para os demais.

Enoque - Que significa "início" ou "começo". Edificando uma cidade, pretenderiaCaim livrar-se da maldição de ser vagabundo? Retirou-se ele da presença do Senhor,cortando todos os ligamentos com a vida religiosa. Estaria pensando em um novo"começo", sem as peias da religião, da ação de um Deus tão severo. Criaria uma divindademais ao seu estilo, como tantos têm feito e fazem. Tanto o filho como a cidade receberam onome de Enoque, visto que o nome de Caim era um nome marcado.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Fora do jardim a morte espreita em sua mais terrível forma: O fratricídio (assassínio do

*

não). Caim e Abel representam posições antagónicas. Os descendentes de Sete "andaramm Deus". De Abel não houve descendência. Entre os descendentes de Caim são

destacados os construtores de cidades, os inventores de ferramentas e armas, os músicos, ocomeço da cultura. A vida fora do jardim não é fácil, o alimento deve ser produzido,trabalhado. Não basta estender o braço e colher um fruto. Importa preparar a terra,semear, carpir, colher e guardar. Abel, atendendo à sua índole, escolheu um estilo de vida ede trabalho em que a ambição de riqueza estava ausente. Seu sacrifício agradou a Deus, nãoapenas pelo sacrifício em si, mas pela atitude interior, por sua disposição religiosa. Aincompatibilidade entre as linhagens de Caim e Abel surge da diferença entre os dois. Alinhagem de Caim se mostra no seu ciúme, no seu temperamento violento. A de Abel se nosmostra como a de alguém imune à violência e ao ressentimento. "De Caim e de sua oferta(Deus) não se agradou". Enquanto "se agradou de Abel e de sua oferta".

João (l João 3.12) diz que Caim assassinou Abel porque as suas obras eram más, e asde seu irmão justas. Sendo João escritor inspirado, é certo que o Espírito Santo lhe revelouo que registra. Nessas breves palavras João faz duas biografias sucintas dos dois irmãos. Omundo como que continua dividido em dois grupos distintos e opostos: um disposto aosacrifício de uma vida alta marcada pela orientação divina e pela beleza espiritual; o outro,materialista, adorando o deus-dinheiro, sacrificando à deusa-técnica, só visando aointeresse imediatista. São as duas linhagens que têm, no princípio da génese humana, seus

éadrões.

Vale anotar que a aceitação da oferenda depende da aceitação do oferente. EmHebreus 11.4, vemos que o ato de Abel obedeceu à sua fé, sem a qual é impossível agradar aDeus (v.6). Quando a oferenda é a verdadeira expressão da gratidão da alma, bem como deseu amor, de sua devoção, ela é aceitável. Bem por isso morreu Cristo por nós, visto que,num sentido mais alto, o sacrifício aceitável para nossa redenção só podia ser feito por meiode Cristo. Os sacrifícios pretendiam ser a incorporação e a expressão de um estado sensívelem relação a Deus, de uma submissão ou oferecimento dos homens de si mesmos a Deus.O sacrifício de Cristo é válido para nós quando assume, para nós, aquilo que melhorexprime nosso interesse por Deus e através do qual nos oferecemos ou nos submetemos aDeus.

A lição é oportuna para os moços que estão, frente à vida, diante de duas opções; a deCaim e ou a de Abel. Aos que não sejam jovens, a lição apresenta sugestões proveitosas noque diz respeito à educação e orientação dos filhos.

A lição esboçada no quadro favorece o dar a aula e o acompanhá-la. Ajuda, ainda acontrolar o tempo. Pontualidade: do professor, dos alunos.

23

Oriente a classe quanto à próxima lição: O Dilúvio. Pesquisem os alunos a respeito doassunto. Recomende o livro: CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO, de Henry Morris.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Nossa época tem necessidade de homens que sejam como as árvores, plenos de umapaz silenciosa que se enraíza ao mesmo tempo na terra e no céu. (Oliver Clément.)

O que cumpre na vida é subir e não descer. Apresentemos, inebriados do mundo e denós mesmos, corações sempre novos ao universo envelhecido. (Verhaeren)

Estou pronto a tornar-me cristão, se encontrar cristãos que pratiquem o Sermão daMontanha. (Gandhi)

DESAFIO ACEITO

Em 1871, Dwight L. Moody visitou a Inglaterra pela terceira vez. Teve, na ocasião, uencontro com vários amigos, para estudo e confraternização. Eram cerca de trinta moços,entre os quais havia um novo amigo, Henry Varley. Algo que Varley disse naquela noite aMoody se gravou de forma indelével na mente de Moody. Um ano depois os dois seencontraram e conversaram. Varley não se lembrava do que dissera a Moody um ano atrás.Moody perguntou-lhe: "Você não se lembra do que me disse há um ano: Moody o mundoestá para ver o que Deus fará por meio de um homem totalmente consagrado a Ele? Essaspalavras vieram de Deus diretamente à minha alma." Prosseguiu Moody: "Ao acabar deatravessar o Atlântico, eram essas palavras que eu via gravadas nos muros do cais. Sob opoder dessas palavras voltei à Inglaterra e sinto que não posso consentir que se escoe otempo até que eu possa fazer com que você perceba como Deus usou suas palavras emrelação à minha alma."

UM MOTORISTA SINGULAR

O motorista de táxi Milton Bronstein, de Chicago, deve ser o motorista mais singulardeste mundo. Já foi apontado como "o motorista de táxi fora da série dos Estados Unidos".Bronstein tem sempre consigo, no carro, alguns cartões impressos e, no domingo de manhã,ele seleciona um que coloca à vista do passageiro. Pode ser "Você conhece bem sua Bíblia?"O passageiro pode ganhar uma corrida de graça se responder acertadamente uma perguntafeita pelo motorista. Outro cartão pergunta: "que mensagem tem o sétimo mandameipara nós?" diz Bronstein que mais de 400 pessoas não souberam a resposta certa. Um oulcartão diz: "Creia em Deus e ore pela paz. Corrida de graça à sua igreja." Por vários ar___Bronstein tem transportado de graça pessoas paraplégicas. O Bom Samaritano Bronstein járecebeu dezenas de cartas e cartões de fregueses agradecidos, muitas dizendo apenas"Deus o abençoe", muitas acompanhadas de presentes. (James Hefley)

DE QUE LADO?

Uma delegação de pastores visitou o Presidente Lincoln quando a nação estava emrisco de ser partida em duas durante a Guerra Civil. Ali estavam para dar-lhe orientaçãoespiritual em sua conduta na luta. Um dos delegados aventurou uma ideia: "Espero, Sr.Lincoln, que Deus esteja do nosso lado." Lincoln, rápida e abruptamente, exclamou: "Issonão me importa". "O que?" perguntou surpreendido, o ministro: "Não lhe importa, Sr.Presidente, ter Deus do nosso lado?" "Não, sr.", replicou Lincoln, "o que importa é que nósestejamos do lado de Deus!"(James Hefley)

24

LIÇÃO 6

O DILÚVIO

Texto Básico: Gn 7

Pensamento da Semana: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teupróprio entendimento" Pv 3.5

Leitura Devocional: Jó 38.1-15

INTRODUÇÃO

Sempre que uma hecatombe, uma calamidade, uma tragédia abala o mundo.especialmente nos dias atuais, quando as notícias cortam o globo terrestre em todas asdireções em questão de segundos, há gente perguntando: ̂ -'Será que Deus está_acordado?"

-"Haverá mesmo um Deus que está vendo tudo?"-Por que, então, não evitou isso?" Estarãotodos os seres humanos isentos de culpaV Não terá a maldade humana provocado um aviso,uma advertência dos céus?jA maldade humana não anda longe daquela dos dias de Noé.Deus há de estar entristecido pela onda de violência, de ódio, de perversão, de misériamoral que vai pelo mundo. È hora de pensar na melhor forma de agir visando arecuperação da sociedade, da família e da raça. Quase que não dá para acreditar em tudoque esta acontecendo, já agora abertamente, sem acanhamento ou disfarce. E suficientetentar ver um filme pela TV após a meia-noite, ou ir ao cinema a qualquer hora, ou aoteatro, ou à praia, ou abrir um livro. É hora de orar. De pregar. De estar alerta.

ANÁLISE DO TEXTO

Génesis 7

A Entra na arca - A versão inglesa da Bíblia diz que Deus disse a Noé; "Vem para dentroda arca (come... into the ark)", o que dá sentido paternal ao convite divino. Mais: Deusestaria presente na arca; esta seria sua casa, sua segurança, seu templo. Noé era homemíntegro, temente a Deus e fiel em seu testemunho perante os descrentes.

TU e toda a tua casa - Que felicidade a de Noé: saber que todos os seus também eramaprovados por Deus.

Justo... no meio desta geração - A tese da influência ambiental não se prova quando hácorações que pertencem a Deus e que O servem com amor. Nada há que os corrompa. Nema mais grave poluição moral. Os que se conservam puros em tempo de iniquidadegeneralizada, serão conservados em segurança em tempo de calamidade generalizada.

Diante de mim a retidão não se mede pelos padrões humanos, por melhores que sejam,mas sim e sempre, pela perfeita medida divina.

Animal limpo... animais imundos - Distinção que viria a aparecer de forma bemdefinida na lei e no ritual mosaico. Cuidado com a preservação da vida animal. O mesmocom referência às aves.

25

Sete dias - Preparação cuidadosa: a arca pronta, devia ser ocupada antes de começar achover. Isso terá provocado a chacota dos que não acreditavam nas ameaças que Noéanunciara. Uma semana dentro da casa flutuante pousada em terra seca. Mas, na verdadeainda .era uma demonstração de que Deus os fazia responsáveis pelo desastre que lhessobreviesse.

Farei chover - Quarenta dias e quarenta noites de chuva torrencial. Promessa que secumpriu integralmente.

Exterminarei todos os seres que fiz — De algum modo, o pecado do homem afetou osanimais que ficaram debaixo de seu domínio. A poluição estabelecida destrói tudo; e opecado é a poluição mais grave que se conhece.

Entrou Noé na arca... seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos — Feliz ohomem cuja família se ajoelha, com ele, ante o altar de Deus e, com Ele, obedece àorientação divina.

Fontes do grande abismo - A terra havia já sido coberta pelas águas, antes quefizesse a separação descrita no Génesis.

Copiosa chuva - Quem já viu cair a chuva em catadupas, como lençóis de água, não emgotas, como é o normal, pode entender o fenómeno.

O Senhor fechou a porta - Talvez algumas pessoas em pânico tivessem tentado entrarna arca, vendo cumprir-se o que fora predito; poderia ser que Noé "esquecesse" a portaaberta. O sentimentalismo humano gostaria de fazer com que todo o mundo entrasse no céuno dia de juízo; mas Deus, justo e soberano, fecha a porta. Só ele pode fazê-lo.

Quinze cevados - Cerca de sete metros. "A descrição das águas a cobrirem as altasmontanhas parece implicar em que o dilúvio teria sido universal, abrangendo toda a terra.Alguns piedosos eruditos admitem que o relato bíblico não sugere mais do que o suficientepara que se verificasse a destruição da parte habitada da terra (possivelmente não mais doque a Mesopotâmia e regiões circunjacentes). De qualquer forma, o fato não pode serexplicado senão como um milagre" (Bíblia Vida Nova).

Pereceu toda carne - Referência à vida física.

A arca vogava sobre as águas. A arca era uma casa flutuante, sem qualquer semelhançacom navios ou barcos, o que leva a presumir que, ao tempo, ainda não existia a navegaç5ri

A arca flutuava, sem leme nem rumo, sendo levada pelas mesmas águas que destruia vida

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Entre os "sinais" de sua segunda vinda, o Senhor Jesus lembrou os dias queantecederam o dilúvio. A lição é oportuna em muitos sentidos, mas convém conferir os diasatuais com os dias de Noé: há semelhança bem sensível. Grandes acontecimentos vêmabalando o mundo moderno3 mas nos dias primeiros foi o dilúvio que sacudiu o mundo.Não pode haver dúvida de que esta catástrofe abrangeu toda a família humana do mundo.

Não são, no entanto, os aspectos físicos do dilúvio que nos devem impressionar e, sim,os aspectos morais e espirituais. A causa foi a enorme e extensa maldade dosantediluvianos. É bom reler o texto (6.1-10).

O v.4 apresenta alguma dificuldade na sua compreensão, havendo várias tentativas deinterpretação e de explicação, surgindo hipóteses quanto ao que significam as expressões

26

"filhos de Deus, filhas dos homens, gigantes". O fato é que houve algo de anormal nocomportamento da sociedade da época, anormalidade que resultou na expansão damaldade que ultrapassou todos os limites. Entendem alguns que aí está uma advertênciaacerca dos "casamentos mistos", de crentes com incrédulos.

Preciosa é a lição que nos dá Noé: manteve-se fiel a Deus no meio de toda aquelaperversidade. Não dizem que o homem é fruto do meio, do ambiente? Será legítima essatese? Verificamos que o homem pode reagir e sobrepor-se ao seu ambiente, podendo atémodificar o ambiente.

Tomar cuidado para não permitir que a lição se fixe em pontos menos importantescomo estabelecer provas materiais a respeito da extensão do dilúvio. Esboço no quadro.Aula começando na hora!

Anuncie o tema da próxima aula: A TORRE DE BABEL

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Quem peca é homem; quem chora por causa do pecado é santo; quem dele se vangloriaé demónio. (Thomas Fuller)

O mundo é uma prisão para o crente, e um paraíso para o descrente. (Maomé)Que é o mal? Deus adormecido na consciência humana. (Victor Hugo)FÓRMULA PARA DILÚVIOS

O historiador Gibbon escreveu a respeito da famosa cidade de Atenas que foi, na suaera de ouro, o centro do mundo civilizado. Quando entrou em decadência, desceu tanto quejamais conseguiu voltar ao antigo esplendor. Diz Gibbon: "No final, mais do que liberdade,os atenienses queriam segurança. Queriam uma vida confortável e tudo perderam:segurança, conforto e liberdade. Quando a liberdade que eles mais buscavam era aliberdade de responsabilidade, então os atenienses deixaram de ser livres e jamaisrecuperaram a liberdade perdida." Isso que aconteceu a Atenas, aconteceu ao povo dosdias de Noé e vai voltar a acontecer em dias não muito distantes, se é que, de alguma forma,em algum lugar, não está acontecendo, como naqueles lugares em que o comodismo, ovício, a corrupção estão entregando tudo ao materialismo que pretende substituir Deus no

lÉoraçao humano.BELEZA REAL

Uma senhora crente foi interpelada acerca do segredo de sua beleza. Disse ela: "Nosmeus lábios uso a verdade; para a minha voz uso o coração; para os olhos uso piedade; paraas mãos, caridade; para a minha esbeltez, retidão; e para o meu coração, amor." (R. Wallis)

CASTA OU CARÁTERUm indiano de elevada casta, homem de alta distinção, levou seu filho para

matricular-se no Colégio Cristão de Lucknow na índia. Foi advertido de que se seu filhofosse ali educado teria de estudar também a Bíblia e isso acarretaria a perda da casta, algoque importa muito aos indianos. O pai, no entanto, prontamente replicou: "A mim meagrada mais que perca meu filho a casta e forme bem o seu caráter,do que conserve ele suacasta e venha a perder o seu caráter." (New Century Leader)

27

LIÇÃO 7

A TORRE DE BABEL

Texto Básico: Génesis 11.1-9

Pensamento da Semana: "A memória do justo é abençoada, mas o nome perversos cai empodridão." Pv 10.7

Leitura Devocional: Salmo 97

INTRODUÇÃOAs construções têm obedecido, através dos tempos, a ideias predominantes tanto na

área de interesses comerciais, como no que diz respeito às tendências religiosas. No Brasilcolonial, os templos católicos eram construídos no topo das colinas. Com isso se colocavamem posição de serem vistos de longe, bem como estavam mais protegidos dos ataques dosíndios. As pirâmides do Egito tinham destinação funerária, enquanto as do México seconstituíam em altar para sacrifícios humanos. Os zigurates eram torres providas de váriosandares, subiam em forma espiralada, reduzindo-se a área à medida que se elevavam, eeram usados como edifícios religiosos. A busca das alturas significa a.tendência de alcançaro céu; pensamento que estava na mente dos antigos habitantes da Mesopotâmia.

A confusão da língua impediu uma tentativa frustrada pela ação divina de, por formaerrada, encontrar-se o homem com Deus. Q. cristianismo trouxe de volta a possibilidade doreencontro dos homens entre si e com Deus: o batismo do Espírito Santo, no Pentecoste,mostrou que línguas diferentes podem chegar a um consenso de compreensão quando Qaangue de Cristo devolve o homem à sua origem divina e introduz em seu coraçãp_a_únicalinguagem que aproxima os homens: o amor.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 11.1-9

Apenas uma linguagem e uma só maneira de falar - Facilidade de comunicação. Esteregistro é importante se considerarmos que há nove línguas básicas, com muitas divisões,pois as traduções da Bíblia aparecem em cerca de duas mil línguas e dialetos. E outraslínguas vão surgindo, como é o caso da "língua brasileira", que já vai sendo assim chamadapor certas diferenças da língua básica, o português. Houve um tempo em que os homens seentendiam melhor, por terem uma só língua.

Sinear - Planícies da Babilónia. Não eram nómades. Procuravam fixar-se em local queatendesse às conveniências. A terra de Sinear devia ser espaçosa bastante para contê-los epossuir terra fértil para plantio.

Façamos tijolos - As tendas já não atendiam ao conforto desejado. Mesmo que acerâmica não tivesse avançado muito, os tijolos foram surgindo, facilitando o erguimento deparedes e muros. Substituíram as pedras, não encontradiças na planície.

28

Betume - Indício de presença do petróleo, que é bênção e tormento do mundomoderno. Já se aproveitava o homem dos elementos com que Deus enriquecera a terra.

Edifiquemos uma cidade - Ideia de concentração em lugar do plano melhor que seriaencher a terra. Parece que pretendem fortalecer-se e garantir-se apoio recíproco.Disfarçadamente o pecado do orgulho começa a manifestar-se. É a raiz de muita misériaque vai aparecer.

E uma torre - Provavelmente ao estilo dos zigurates, uma torre com forma depirâmide, muitas vezes com sele terraços se superpondo, com área decrescendo, coroadocom um lugar de culto no ponto mais alto. Estas estruturas costumavam ter um simboiismomeio cósmico, meio religioso: os sete andares representavam as sete divindades planetáriascomo mediadoras entre o céu e a terra; subir a torre era uma aproximação meritória aosdeuses; alcançar o topo era como entrar_no.céu.

Tornemos célebre o nosso nome - De certo modo, tornaram: Babel é nome amplamenteihecido, embora com uma conotação pouco exaltadora dos que a construíram, ou

..Ataram fazê-lo. Arqueólogos acreditam haver encontrado as ruínas de Babel (Deuses,Túmulos e Sábios).

Desceu o Senhor - Deus está sempre atento e pronto a corrigir os desacertos humanose, sempre que preciso, "desce" ao nosso nível. Sua "descida" mais importante foi naencarnação em Jesus, nosso Senhor.

O povo é um - A unidade para o bem, vale a pena e merece o aplauso de Deus; mas aunidade para o mal, merece a repreensão divina, e Deus a torna inoperante. O modernoecumenismo religioso, procurando reunir, unificar protestantes, católicos, _espíritas»maometanos, budistas, etc., etc., não pode merecer aprovação divina.

Confundamos a sua linguagem - Profundos estudos têm chegado à conclusão de que alinguagem humana tem uma origem comum. No Pentecoste há variação de linguagem mashá um só entendimento da mensagem do Evangelho. É um novo começo, por certo. Aconfusão de linguagem evitaria o posicionamento perigoso do orgulho de uma unidade quevisava a vaidade. Outras "torres" foram tentadas através dos séculos, mas Deus sempre agiuna hora certa.

Os dispersou - Segundo as famílias e as linguagens. Cessou a unidade. Ninguém surgiupara criar uma "linguagem universal e comum".

B Babel - Trata-se de uma transliteração da tradução hebraica de Ba-ili: "porta de Deus".Alguns entendem ser tempo do verbo hebraico balai, confundir.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

O livro DEUSES, TÚMULOS E SÁBIOS, dá grande atenção e razoável número depáginas ao fenómeno TORRE DE BABEL, aduzindo provas obtidas de escavações: a torreexistiu e suas ruínas ainda podem ser vistas. Não que a Bíblia precise de comprovação, mas,se ela existe, temos o dever de mostrá-la.

O que desponta por detrás de tudo é o orgulho do homem, na sua ânsia de alcançar asculminâncías, confiando em sua própria capacidade. A técnica moderna, uma deusa dosnossos dias, tem símiles na história. Tendo o homem chegado a um ponto avançado na artede construir, entendeu que podia edificar uma cidade e erigir uma torre que fosse até aocéu. Era o orgulho, uma forma de pecado que dá ao ser humano a ideia de que pode

29

prescindir de Deus, sendo auto-suficiente. Não se pretende negar a capacidde admirável dohomem, seu desenvolvimento, seu progresso na escalada do conhecimento. A históriahumana é marcada por etapas reveladoras desse progresso gradual; idade da pedra, idadedo ferro, idade do bronze, etc. O saber, usado com critério, pode ser uma fonte de alegriaspara o homem, mas, usado com orgulho, pode transformar-se em fonte de aborrecimento etortura para esse mesmo homem. O que movia os construtores de Babel era o orgulho quenão leva a lugar algum.

A construção de monumentos que eternizem a glória de uma época é muito comumentre os povos de todos os tempos. Aí estão as Pirâmides do Egito, também as do México,Stonehenge na Inglaterra, as estátuas da Ilha de Páscoa. E. na História, o Colosso de Rodes,o Farol de Alexandria, os Jardins Suspensos e outros.

Estudos feitos têm constatado que as línguas humanas, mesmo as mais diferentes, têmalgo em comum. Um interessante livro THE BOOM OF LANGUAGES, demonstra icom muita segurança. Sabemos que as línguas sofrem variações através do tempo. Nolíngua portuguesa descende do latim, como o francês, o espanhol, o italiano. E não deixa —ser curioso que o português do Brasil já vai sendo um tanto diferente do de Portugal. Issonão invalida a narrativa de Moisés: houve um momento em que a incompreensão entre oshomens impediu que se tornassem poderosos e dominadores. Deus impediu a facilidade decomunicação entre eles visando dificultar o crescimento do orgulho e da vaidade. AHistória vai mostrando que, sempre que uma nação cresce e, por isso, se tornamegalomaníaca, entra em decadência sob alguma forma até que o seu poderio se deterioree seu orgulho se afunde na miséria. Deus continua complicando a vida das babéis e dosbabélicos.

Lição, em resumo, no quadro. Pontualidade! Se quer ganhar tempo confie a anotaçãode presença a um aluno, evitando a chamada em voz alta. Faça a chamada nas duasprimeiras aulas, para poder identificar os alunos. Faça as perguntas primeiro, depoisdesigne o aluno que deve responder; isso prende a atenção de todos.

Chame a atenção para a próxima lição.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Não procuro convencer o meu adversário, mas encontrar-me com ele numamais elevada. (Lacordaire)

Os homens só podem realmente unir-se aproximando-se de Deus. (Montcheuil)

Os homens constróem mais muralhas do que pontes. (Newton)Creio que os homens que vivem para os outros, chegarão um dia a reconstruir o que os

egoístas destruíram. (Martin Luther King)

QUAL A SUA FILOSOFIA?

Lá estava o corpo caído na estrada. Estaria morto? Mais uma vítima dos assaltantes.Fazia tempo que estava ali. Já haviam passado dois religiosos. Ao virem o corpo,afastaram-se e passaram de longe para não se contaminarem. Aproximou-se umestrangeiro. Auscultou e sentiu que o homem estava vivo. Ministrou-lhe a medicação deurgência e o levou a lugar onde pudesse receber o tratamento adequado. Pagoupreviamente as despesas e deixou um crédito aberto para aquele desconhecido. E se foi,sem nem procurar saber de quem se tratava. Três filosofias são patentes no incidente.

30

Primeiro, a dos ladrões, assim resumida: "O que é meu, é meu; o que é seu, será meu se eupuder tomar". Em segundo lugar, a dos religiosos. "O que é meu, é meu; o que é seu, é seuse você puder defender." E, por fim, a filosofia do bom samaritano: "O que é seu, é seu; e oque é meu, será seu se você dele precisar." (A.A. Vassão)

ESCREVER NA AREIA

Dois amigos, viajando, chegaram juntos à margem dum rio que teriam de atravessar.Eram Mussa e Nagib. Nagib, tentando a travessia, ia morrendo afogado quando Mussa osalvou. Nagib fez gravar em pedras à margem: "Neste lugar Mussa, arriscando a vida, salvoua vida de seu amigo Nabib." Finda a viagem, passaram, na volta pelo mesmo lugar. Poralguma circunstância se desavieram e Mussa esbofeteou Nabig. Que fez Nagib? Com obastão escreveu na areia: "Neste lugar, Mussa, por motivo fútil, esbofeteou seu amigoNagib." Aos demais companheiros de viagem que estranharam o ato de Nagib, pois a areiaapagaria as palavras que registravam a ação rná, enquanto as palavras na pedra jamais se

Apagariam, disse ele: "É isso que eu quero. O mal deve ser esquecido, apagado da memória;pois o bem deve ser eternizado no coração." E continuaram amigos.

E PARA OS MEUS POBRES?

Era um velho rabino, com longa e preciosa vida a serviço do Deus de Jacó e do povo doSenhor. Andava ele daqui para ali, de uma pessoa para outra, pedindo recursos paraatender às necessidades dos pobres. Tarefa difícil pedir, ainda que para outros. Mas o velhorabino já se acostumara às descortezias dos que davam de má vontade ou se negavam aajudar. Certa vez a coisa ficou pior. Depois de muita insistência conseguiu ele chegar àpresença de homem riquíssimo de bens materiais, mas paupérrimo em liberalidade. Emal-educado. Pediu licença para falar de seus pobres. Não foi atendido. Insistiu. A respostafoi violenta bofetada, na qual o avarento foi pródigo: bateu com força e vontade, O velhoservo de Deus levantou-se com dificuldade do chão onde caíra. Passou a mão pela facevermelha e ardente e, com voz trémula, falou: "Isto foi para mim... E para os meus pobres, oque é que o senhor vai dar?" (A. A. Vassão)

31

LIÇÃO 8

DEUS E UM HOMEM

Texto Básico: Gn 12.1-9

Pensamento da Semana: "Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugarque havia de receber por herança; e partiu sem saber onde ia."Hbll.8

Leitura Devocional; Salmo 75

INTRODUÇÃO

Contam as lendas judaicas que o pai de Abrão, Terá, era idólatra, ao tempo em que oPai da fé era apenas um adolescente. Tendo de viajar, Terá recomendou a Abrão muitocuidado com seus "deuses", os ídolos que estavam no altar familiar. Ao voltar, encontrou osídolos quebrados. Aborrecido, perguntou ao filho o que havia acontecido. Abraão disseque, ao colocar os manjares diante dos deuses, alguns ficaram enciumados e, apósdiscutirem com os outros, entraram em luta e acabaram todos quebrados. Terá disse quenão acreditava nessa história, porquanto os ídolos, sem vida, seriam incapazes de fazer tudoaquilo. E o filho argumentou com o pai, mostrando-lhe o absurdo daquele culto idólatra.

O jovem Abrão demonstrava sua tendência para o "culto em espírito e em verdade",consciente já da inconveniência do culto por meio de figuras, imagens. É provável que jáestivesse latente nele a ideia monoteísta que haveria de firmar-se ao longo de sua vida eexperiência, vindo a tornar-se numa preciosa herança para milhões, sendo, também aí, umabênção para o mundo inteiro. Tocado, assim, pela graça, quando o chamado de Deus chegaao seu coração, o encontra predisposto e pronto a ouvir e a obedecer.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 12.1-9

Abrão - Era filho de Terá, descendente de Sem, filho de Noé. Quatro estágios na vidade Abraão, sendo que, por ocasião de cada estagio, manifesta-se uma revelação divina:chamada e mudança para Canaã (cps 12-14); a promessa de um herdeiro e a conclusão deuma aliança (15.16): o estabelecimento da aliança, a mudança de nome e a adocão do sinal.da circuncisão (17-21): a prova a que Abrão foi submetido e o aprimoramento de sua vidade. fé. (22-25:11)

Sai da tua terra - Ver cap. 11.31. Desafio tremendo é feito ao "pai da fé": deixar osparentes, as propriedades imóveis, abandonar as conveniências da estabilidade conseguidaatravés dos anos. Uma vantagem é que deixaria, também, o ambiente de decadênciaespiritual.

E vai para a terra que te mostrarei - O comum é, antes da mudança, conhecer o lugarpara onde se vai. Abrão não se preocuparia com isso; seu Deus cuidaria de tudo. Demais,

32

não disse "te darei", mas "te mostrarei"; de alguma forma Abrão antevia o grande povoque surgiria dessa promessa.

Te abençoarei, e te engrandecerei o nome — Deixar a casa do pai Terá poderia pareceruma perda, mas tal passo o levaria a conseguir a bênção do Pai Celeste. Perdendo o nome,tão importante em sua terra, Deus lhe daria, em troca vantajosa, um nome que seria famosono espaço e no tempo.

Sê tu uma bênção - Outras versões dizem: "Serás uma bênção". O que parece combinarmelhor com o pensamento básico: não se trata de uma ordem imperativa, mas de garantiade que tal fato será decorrente das bênçãos do Senhor Deus.

Abençoarei... amaldiçoarei - Deus era, de agora por diante, o grande e poderoso aliadode Abraão, a garantia de ser bem sucedido. O que dele esperava Deus era a f é e aobediência, duas constantes na vida do admirável servo do Senhor.

Benditas todas as famílias da terra - A presença de Abraão, só por si, já era garantiabênçãos inúmeras. Mas, muito mais está dentro dessa promessa: de sua descendência

viria Aquele que seria o Redentor, o Príncipe da Paz, Jesus. Que bênção, para os povos domundo, já surgiu, maior que a bênção manifestada em Cristo?

Partiu... como ordenara o Senhor - Ordem de Deus não sofre discussão.

Detenta e cinco anos - Idade em que o homem procura acomodar-se em algum canto, jásem o espírito de aventura. Mas, a f é é uma aventura, só que com Deus. Com tal sócio,Abraão, cheio de fé} se aventurava na melhor certeza nas promessas divinas. E o autor daCarta aos Hebreus esculpe, no capítulo 11, o poema da fé, destacando a figura exponencialde Abraão.

Levou Sara, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão — A esposa acompanhando o esposona experiência da confiança ern Deus. Admirável, também, é o amor familiar manifestadona assistência ao sobrinho.

Pessoas - todos os que estavam ligados a ele pelo trabalho comum.

Terra de Canaã... e lá chegaram - A possibilidade de encontrar ricas pastagens logo sedesvanece, pois havia fome na terra (v.10). A terra não "devoluta", sem dono, pois lá viviamos cananeus. Mas o primeiro passo fora dado, deixando atrás a idolatria e buscando umilibar onde pudesse gozar sua fé e sua religião monoteísta e de elevado teor espiritual.

Apareceu o Senhor - Revelação de Deus prometendo que aquela terra viria a pertencer,ua descendência. O povo de Israel continua a lutar, ainda hoje, baseado nesta promessa.

Um altar ao Senhor - O culto a Deus sempre estava presente. Abraão deixara sua terranão por razoes políticas, económicas ou familiares, mas religiosas.

Betei - "Casa de Deus". Um neto, anos depois, teria ali uma visão (Gn 28.1-22): Jacó.

Um altar - Novo momento de elevação e de adoração.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Com Abraão, abre-se um novo capítulo na história da raça, um capítulo de profundasignificação e de extraordinário alcance. A importância de sua vida não está ligada asucessos militares, culturais, legislativos ou financeiros, mas à vida espiritual, ao valor dareligião e ao significado da fé. Sua vida foi marcada por incomparável simplicidade,exercendo, no entanto, tremenda influência nos seus familiares e nos que lhes foram

33

tomando o lugar através dos séculos e milénios. A crença em um Deus único tem início comAbraão, pois, cedo na vida, ele se libertou da idolatria.

Com Abraão é dado, por Deus, o primeiro passo no sentido de um método novo para oaperfeiçoamento do homem. Havendo dispersado os homens, as brechas que os separamirão desaparecer na busca de um só Deus, no aperfeiçoamento do conhecimento do Senhorda vida. O "Pai da Fé" dará início a urna família da fé que servirá de paradigma e deestímulo para as famílias da terra. Embora cada povo tenha suas características individuais,pode ser conseguida uma unidade na busca dos ideais mais altos que escapam ao domíniode interesses secundários. A migração de Abraão ocorreu na época das migrações, masembora nações fossem surgindo, nenhuma delas tinha a crença em Deus como princípioformativo. O que predominava era o poderio pastoril, militar ou colonialista. Ocaracterístico da migração de Abraão foi o sentimento religioso, firmado num monoteísmode elevado nível espiritual.

Filho de Terá, as noções religiosas de Abraão à medida que cresce e se desenvolcaminham para a crença num Deus único e que não pode ser apresentado em forma visuá .material, como um ídolo. Ele sente a voz de Deus falando em seu coração, ocorrendo entãoa primeira revelação de Deus a ele no chamamento e na orientação para emigrar. Abraãorecebe a determinação divina com tranquilidade e obedece, embora outros possamcriticá-lo achando ser loucura o que ele fazia. Estêvão dá início ao seu discurso perante oSinédrio evocando o chamamento de Abraão e colocando-o no início da história do "povoHebreu e, assim, no começo do processo histórico-religioso que viria a culminar com a obraredentora de Cristo. É a história da fé, a fé num Deus que só ele, Abraão, conhecia. Essa féque, segundo a carta aos Hebreus, "é a certeza de coisas que se esperam, a convicção defatos que se não vêem".

Todos os que têm fé são capazes de confiante expectação do futuro e são capazes degrandes sacrifícios para alcançá-la. Os benefícios do exemplo de Abraão — o pai da fé —chegam até nós de fornia poderosa.

Como vai a pontualidade? E o estudo da lição? Sabem todos que o melhor sistema parase estudar a lição é começar no domingo à tarde? Que é indispensável a "leitura diária"para o bom entendimento do assunto na "unidade de fé", que a Bíblia apresenta? Algumaluno tem estado ausente? Não seria bom procurar saber o que está acontecendo com ele?O professor já preparou seu caderninho pessoal com as informações acerca de seus aluno;

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Ao servir a Deus você não Lhe faz nenhum favor; Ele, sim, honra você permitindo quevocê O sirva. (V. Nyquist)

Você pode ter uma medida do que lhe compete fazer tomando por base o que Deus feze faz por você.. (T.C. Horton)

Há dois poderes no mundo - a espada e o espírito, mas o espírito sempre venceu aespada. (Napoleão)

UM SEGREDO SIMPLES - Brilhante cirurgião de Baltimore, conhecido por seucaráter cristão, trazia sempre à lapela um bonito botão de rosa. Com uma circunstância: obotão não envelhecia. De manhã à noite conservava ele o frescor e a beleza. Eraimpressionante! Qual seria o segredo? "Ê simples", disse o médico, "por trás da lapela, no

34

bolsinho do paletó, está um pequeno vidro com água, e o caule da flor está mergulhadonessa água". A vida com Deus é o mesmo que ter "a árvore plantada junto à corrente daságuas. Foi algo assim que Jacó quis dizer ao descrever a personalidade do filho: "José éramo frutífero, plantado junto à fonte, seus galhos se estendem sobre o muro". (A.A.Vassão)

O QUE É UM SANTO?

Um santo não é necessariamente uma pessoa beata, com ar angélico, extra-terrena, comum halo ao redor da cabeça e com um olhar distante. Um santo é uma pessoa que é boaembora não se sinta boa; que é paciente embora se sinta impaciente; que sorri e se mantémcalma, e não procura vingança quando agredida e ofendida; que se sente tranquilo quandoé alvo de menosprezo; que vai à igreja quando gostaria de ficar em casa ou divertir-se; quese conserva firme na posição de serva de Cristo quando as circunstâncias provocam nele a

*

ntação de romper com tudo, bater a porta e ir embora. (Autor desconhecido)

DE FOLGA? NUNCA!

O Duque de Wellington, vencedor de Napoleão em Waterloo, encontrou um oficialcomportando-se de forma inconveniente e lhe chamou a atenção: "Como explica seucomportamento inadequado?" E o oficial: "Bem, é que eu estou de folga... "O velhocomandante redarguiu: "Um oficial britânico jamais está de folga, ao contrário, está semprede prontidão. Comporte-se como um oficial". O soldado de Cristo também está sempre deprontidão. (Chrístian Herald)

35

LIÇÃO 9

AS PROVAS DA FÉ

Textos Básicos: Gn 12.1,10; 13.1-9; 22.1-14

Pensamento da Semana: "Nela serão benditas todas as nações da terra: porquantoobedeceste à minha voz" Gn 22.28

Leitura DevocionaL- Salino 62.1-8

INTRODUÇÃOFé é uma aventura do espírito, disse alguém. Fé é} ao orar pedindo algo a Deus,

agradecer, por antecipação, a bênção que se vai receber. Fé é, diante da incerteza, fazer oque se chama hoje "um contrato de risco", tendo como avalista e fiador o próprio Deus. Orisco é apenas aparente. Fé é "crer e observar tudo quanto Deus mandar", haja o quehouver. Na história humana, a primeira lição de uma fé assim nos é dada por Abraão. Ostestes mais duros e mais difíceis foram feitos com ele; a todos foi submetido e de todos sesaiu muito bem, consolidando a fé. A definição de fé em Hebreus 11.1 recebe, comocomprovação, entre outras provas, a experiência de Abraão. (Hebreus 11.8-12)

Os dias atuais estão submetendo os crentes a provas difíceis. Os verdadeiros crentespermanecerão fiéis até à morte.

ANÁLISE DOS TEXTOS BÁSICOS

Gn 12.10; 13.1-9,22.1-14

Génesis 12.10

Havia fome naquela terra — O inesperado, aquilo que contraria nossos planos,provocar a dúvida em nosso espírito: terá Deus se esquecido de Suas promessas? Aaventura da fé começava a ser legítima, estabelecendo-se a prova, para ver como se sairiadela o homem crente. Os rebanhos emagrecendo, os pastores abatidos e queixosos, tudoconspirava contra a confiança de Abraão. Mas ele se manteve firme.

Desceu Abraão ao Egito — Nem sempre a calamidade é universal. O Egito tinha o quefaltava em Canaã. Abraão não espera milagre se há possibilidade na normalidade. Umpouco de sacrifício a mais e o Egito será alcançado. Não ocorre uma caminhada de volta aHarã; não seria prudente.

És mulher formosa — O incidente, embora nos entristeça, pela falha mostrada porAbraão, tem lições preciosas. Ponto em destaque é o fato de as Sagradas Escrituras nãosonegarem a verdade quando ela destrói muito da admiração que um crente vai criando emtorno de uma pessoa. "A tua palavra é a verdade". A Bíblia é imparcial e não encobre erros.E oportuno lembrar a advertência: "Aquele, pois que pensa éster em pé, veja que não caia."

36

O exemplo deve ser apresentado para orientação de outros: Se Abraão — o pai da fé — caiunessa falha, importa que nós, mais pequeninos que ele, nos acautelemos.

Génesis 13.1-9

Saiu Abraão do Egito para o Neguebe — Ei-lo de volta, após penosa experiência esevera lição, tudo sob a Providência Divina,

Era Abraão muito rico — No hebraico se diz que Abraão era muito pesado,significando que a riqueza é um fardo pesado, por tudo que provoca; medo de perder osbens ou vê-los roubados; tentações que se tornam fáceis com o dinheiro; o poder que ariqueza representa. No entanto, o dinheiro em si não se constitui num mal, o amor dodinheiro é que é a raiz de toda espécie de males. No caso de Abraão, sabemos que suariqueza se constitui em possibilidades de ser uma bênção.

Betei — A volta aos lugares onde glorificara a Deus é benéfica à sua vida espiritual,kcordando bênçãos e promessas, bem como votos feitos a Deus.

Ló... também tinha rebanhos — Também possuía riquezas, embora não fosse como otio. Acompanhava-o.

A terra não podia sustentá-los — As riquezas mostravam seu aspecto negativo; tio esobrinho sempre haviam andado juntos, agora surgiam brigas como reflexo dos bens quepossuíam.

Disse Abraão a Ló — A providência conciliatória parte do homem mais velho e demaior vivência com Deus, e é feita com a melhor disposição, deixando ao árbitro dosobrinho a escolha da área a ser ocupada.

Génesis 22.1-14Pôs Deus Abraão à prova — Jã ficara provado que Abraão colocava Deus antes de seu

pai, Terá. Agora, vai provar que faz a mesma coisa em relação ao filho. Deus provou Abraãonão para induzi-lo a pecar, mas para que suas virtudes ficassem evidentes. Deus fez assimcom Jó. Paulo passa por experiência parecida. Pedro, da mesma forma. Testados, os homensde Deus saíram da experiência fortalecidos espiritualmente, como é, também, o caso deDavi, rei de Israel.

Eis-me aqui — Abraão está sempre pronto a atender ao chamado divino. Não se-—[uiva, não adia.

Toma teu filho.,, oferece-o ali em holocausto — A terra de Moriá, região montanhosa„„ redor de Jerusalém, seria o cenário dessa tremenda prova porque passou o pai da fé. Ah",onde Abraão construiu um altar, mais tarde o Anjo do Senhor apareceria a Davi e, aindadepois, seria construído o templo. A área é, nos dias atuais, bem demarcada e consideradacomo sagrada por maometanos e judeus. Merece especial atenção o fato de um sacrifíciohumano ser requerido por Deus. Os cananeus adotavam o sistema. Submetido ao teste,pode Abraão ter pensado: se os cananeus idólatras sacrificam seus filhos aos ídolos, porquenão sacrificaria eu o meu filho quando o próprio Deus o está exigindo? Há a considerar queaquele filho — Isaque — era o "filho da promessa", gerado em circunstânciasespecialíssimas e garantia da inumerável descendência prometida por Deus a Abraão. Mas,se Deus o pedia, como haveria ele de argumentar com Deus? Como pode o vaso reclamardo oleiro?

Foi para o lugar que Deus lhe havia indicado — As providências foram todas tornadase a sério. Não havia simulação. No coração, Abraão já havia cumprido seu dever diante deDeus; em espírito, o sacrifício já estava realizado. Tudo foi cuidado para a realização

37

adequada do sacrifício. Ilido, não! Não levara um cordeiro para ser sacrificado. Ninguémestranhou o fato até ao momento crítico.

Viu o lugar de longe — Já dava para situar o local, mesmo a alguma distância, por issodeterminou que os servos ficassem ali: o momento do sacrifício devia ser reservado para si epara o filho.

Havendo adorado, voltaremos — Abraão nada havia dito a Sara. Dentro do quadro daspromessas divinas, Isaque deve ser preservado. A proibição de tirar a vida, derramandosangue, (9.5,6), não sofreu alteração. Quem escreveu a carta aos Hebreus admite queAbraão sabia da possibilidade da ressurreição que Deus podia operar (Hb 11.17-19).

Assim caminhavam ambos juntos — Isaque não observou nada de estranho no velhopai: estava sereno e tranquilo,

Onde esta o cordeiro para o holocausto? — Ao ouvir o chamado do filho, Abraão deveter sentido um abalo no coração, mas não perdeu a calma. Ele sabia que a pergunta surgia qualquer momento, visto que o instante maior do holocausto ia, agora, acontecer,sacrifício não é novidade para Isaque, por isso está achando que algo foi esquecido — oprincipal, a vítima. Pergunta de resposta difícil, já que Abraão nada queria adiantar quantoao cordeiro que seria o próprio Isaque. Na sua fé na providência de Deus, esperava soluçãooportuna e completa de Deus.

Deus proverá para si o cordeiro — Linguagem que mostra, de um lado, a fé e, de outro,a obediência do dedicado amigo de Deus. Ele sabe que Deus opera de forma misteriosa emaravilhosa. Não há razão para pânico, pois a extrema necessidade do homem é aoportunidade de Deus. Deus não chega cedo demais, nem tarde demais — chega na horacerta. O crente deve obedecer confiando cegamente no poder e no amor de Deus.

Ali edificou um altar — O sacrifício requeria.

Dispôs a lenha, amarrou Isaque e o deitou no altar — Isaque, agora, devia estarcompreendendo tudo e aceitando a vontade de Deus em sua vida. Não concordasse e teria,moço que era, impedido o pai, um homem idoso, de prosseguir no sacrifício. Tal pai, talfilho: a fé e a obediência se mostravam preciosa esperança.

Tomou o cutelo para imolar o filho — Abraão não vacilou um só instante. As mãos quecostumavam levantar-se para abençoar o filho, agora seguravam o cutelo e, erguidas,preparavam-se para o golpe final. No melhor espírito de serviço a Deus. Não se tratava defanatismo, nem de prática supersticiosa. Era obediência a serviço da fé. fl

O Anjo do Senhor — Uma teofania: o anjo do Senhor aparece como uma manifestaçãodo próprio Deus. Não era uma revelação imediata de Deus o Pai, mas uma manifestação deJeová na pessoa do Anjo do Senhor.

Agora sei que temes a Deus — Confirmava-se o teste; era uma prova.O Senhor proverá — Jeová-jiré, o nome do local assinalaria pelos tempos do futuro a

providência divina, sempre oportuna.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Abraão era homem de fé e ia provar isso de forma categórica, a não deixar qualquerdúvida. Deus o chamara e lhe dera uma ordem. Ele a cumpriu à risca sabendo que avontade de Deus a respeito dos que nele crêem é sempre boa, excelente, ainda que, demomento, nem tudo pareça o melhor que estava em nossa expectativa. Viajando rumo ao

38

sul, sem saber ainda o ponto certo onde Deus o fixaria, chegou a um lugar magnífico. Suacaravana podia passar sem molestar algum morador da terra, que era vasta e ampla. AH, oSenhor lhe apareceu e lhe fez saber que aquela era a terra que lhe destinara. Será que umlugar onde já houve culto idólatra não pode, por causa disso, ser utilizado para o serviço deDeus? Abraão não entendeu assim.

De repente, as coisas se complicaram. Os filhos de Deus não estavam isentos deprovações e de calamidades. Abraão deve ter-se lembrado das verdes planícies daMesopotâmia ao ver a terra ressecada e as pastagens torradas pela seca. Muito ao contráriodo que ele sonhara. É uma penosa experiência — é a fome. Seus rebanhos começam asofrer. Prejuízo enorme. Demais, era um estrangeiro e não tinha para quem apelar. Então éque sua fé começa a ser testada. Se o que o houvesse trazido até ali fosse a ambição, erahora de pensar na volta. Isso, porém, não aconteceu.

No EgitOj Abraão enriqueceu. De igual modo seu sobrinho Ló. Área insuficiente paraas cidades de tendas", os atritos entre os pastores cresceram e o conflito ameaça.'aão, no melhor espírito, sugere uma fórmula para a separação em harmonia, o que é

teito, embora Ló dê a impressão de não haver aprendido as lições de amor do tio, nem semostre grato por tudo que dele recebeu — fez sua escolha visando ao seu interesse pessoal,sendo o primeiro a escolher. É pena que os conflitos surjam separando e dividindo igrejas,concílios, famílias. No entanto, na sua cupidez imediata, Ló não ficou com o melhor. Futuropróximo iria mostrar seu engano. As vantagens de Sodoma lhe trariam amarguras edecepções. Abraão tinha, de forma diferente, provada sua fé.

O sacrifício de Isaque foi o ato supremo da vida de Abraão: sua fé, provada tantasvezes, teve aqui, nesta experiência singular, seu teste final, mais expressivo, pondo as demaisprovas em inferioridade. Abraão mostrou, no caso, o ponto mais alto a que pode chegar adevoção do crente a Deus, numa submissão total, de coração, à vontade divina. Teria Deusimposto a Seu servo algo como um crime? De modo algum. A consciência religiosa deAbraão não considerou assim. Não se pode julgar um acontecimento fora de sua época edos princípios vigentes. Abraão estava familiarizado com a ideia de que a mais alta formade culto religioso era o sacrifício do primogénito. Sentia, como os homens de seus dias, queoferecer sacrifícios de menor expressão, conservando aquilo que era mais precioso, seriaum culto sem valor, denunciando baixa estima do Deus a quem se servia. Demais, aintenção divina — como depois se verificou — era fazer com que Abraão fizesse o sacrifícioem espírito, demonstrando, dessa forma, disposição de aceitar a vontade de Deus em tudo,nos passos preparatórios e, no lance último, antes da intervenção divina — Abraão

onstra tranquilidade e confiança na orientação divina. Sua fé em Deus não admite pôrdúvida a determinação divina. (Rm 9.20) A fé viva no coração do Pai da Fé se confirma

de forma espetacuíar.Uma lição própria para fortalecimento da nossa fé, bem como para evangelização,

lembrando a importância do investimento espiritual. Confiar em Deus (Habacuque 3.18),ainda quando tudo parece estar contra o nosso testemunho cristão de fé.

Dar objetividade à aula, fugindo da digressão, tão ao sabor de alguns "perturbadores"de classe: sempre tem uma pergunta na algibeira, muitas vezes inteiramente fora do assuntoda lição... Perguntar se alguém tem experiência de fé útil para todos.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

A fé marcha à frente do exército do progresso. Está sempre junto da vida mais digna,do governo mais livre, da filosofia mais profunda, da mais nobre poesia, da mais purahumanidade. (T.T. Munger)

39

Alguns bem que gostariam que os homens fossem descrentes, mas não existe um sóhomem que não creia. (Young)

Épocas de fé são épocas frutíferas; mas épocas de crença, ainda que brilhante, jamaisapresentam algum bem permanente.(Goethe)

ENCONTRANDO O SENTIDO

O dr. John G. Paton, missionário nas Novas Hébridas, estava traduzindo o Evangelhode João para a língua nativa. Difícil encontrar uma palavra que traduzisse "eu creio", o queera muito importante visto que essa é a palavra chave daquele Evangelho. Certo dia, umobreiro nativo veio visitá-lo e, chegando cansado, sentou-se numa cadeira, descansou os pésnoutra e disse: "Estou descansando todo o meu peso nestas duas cadeiras. "O dr. Paton, aoouvir tal expressão, sorriu feliz: encontrara a tradução nativa para a palavra fé. (W.H.Houghton)

FÉ E A VITÓRIA

Nas paredes de uma prisão em Colónia, após a Segunda Grande Guerra, podiam-seestas palavras: "Creio no sol, mesmo quando ele não está brilhando. Creio no amor, mesmoquando não o sinto. Creio em Deus, mesmo quando Ele está silencioso".

KÉEMAÇÃO

Um equilibrista de circo fez esticar um cabo de um alto edifício a outro e, diante damultidão, que enchia a rua, andou sobre a corda, equilibrando-s e, indo e vindo comtranquilidade. Depois, apontou para um carrinho de mão em erma do telhado e perguntou:"Quantos de vocês acreditam que eu seja capaz de fazer rodar o carrinho na corda,empurrando enquanto me equilibro?" Umas poucas mãos hesitantes se levantaram.Apontando para um daqueles espectadores, perguntou: "Você acredita mesmo que eu sejacapaz de fazer isso?" "Claro", respondeu ele. "Então venha e sente-se no carrinho". Vocêiria?

40

LIÇÃO 10

O FILHO DA PROMESSA

Texto Básico: Génesis 21.1-8Pensamento da Semana: "Acasopara Deus há coisa demasiadamente difícil?" Gn 18.14

Leitura Devocional: Salmo 113

INTRODUÇÃO

O privilégio de gerar filhos é algo muito grandioso que Deus conferiu ao ser humano.Quando essa graça é conferida fora já dos próprios termos da lei da procriação, então oprivilégio é muito maior e a um filho assim se pode chamar "o filho da promessa". Podemosimaginar os cuidados com que Abraão e Sara cercaram a gestação, o nascimento e ocrescimento deste menino. Tudo, é claro, dentro da ideia de que a vida de Isaque estava nosplanos divinos relacionados com o desenvolvimento do povo que viria da sua descendência.Uma promessa que iria marcar sua presença por milénios.

Não seria demais que, considerando que os filhos todos vêm ao mundo pela graça, eque cada criança que chega à terra é um pensamento novo em mensagem aos homens, ospais modernos fossem mais conscientes do privilégio e da responsabilidade. Num filhonosso, muita gente pode ser abençoada.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 21.1-8Visitou o Senhor a Sara — Deus não precisa de calendário nem de agenda para

'.mbrar-se de Seus compromissos. Nem há necessidade de que lembremos-lhe Suas>romessas. No tempo certo Ele comparece.

E cumpriu o que lhe havia prometido — Gn 17.15-22 traz a narrativa da promessa,palavras que se completam com Gn 18.10-15. No primeiro caso é Abraão quem, apesar desua fé, não está achando possível o que está sendo prometido; no segundo, é Sara. Mas,apesar dos "impossíveis", Isaque foi gerado.

O nome de Isaque — Nome dado, como se vê do v.6, por causa de haver Sara ridoquando da promessa. Esse nome também aparece no cap. 17.19. Dado o cuidado de darnomes relacionados com algum evento ou previsão, não há desencontro.

Abraão circuncidou a seu filho — Deus insistiu na circuncisão corno sinal da aJiança(Gn 17.9-14). Na aliança estabelecida através de Cristo, o sinal é o batismo, chamado "acircuncisão de Cristo". Se das pedras Deus podia suscitar filhos a Abraão, então os filhos danova aliança não estão sujeitos às obrigações da velha aliança.

Tinha Abraão cem anos — Está claro que a capacidade procriadora de Abraão e Sarajá não mais existia quando a promessa lhe foi feita, por isso eles riram, achando graça. Mas,

41

uma vez mais Abraão iria verificar que "o que é impossível aos homens, é possível a Deus".Apesar da idade avançada, sente-se que Abraão era homem lúcido, ativo e disposto.

Deus me deu motivo de riso •— Embora não se tratasse de alguma pilhéria paraprovocar o riso de Sara, isso aconteceu. Não podemos imaginar Deus, o Deus de Abraão,de Isaque e de Jacó, o nosso Deus, como um Deus triste. Deus é alegre e criou o homempara ser alegre. A tristeza entrou juntamente com o pecado. Rír faz bem. Para fazer umrosto alegre precisamos por em ação menor número de músculos e nervos do que para fazeruma cara zangada.

Vai rir-se juntamente comigo — A história era realmente interessante e Sara antecipavaas brincadeiras que surgiriam fatalmente. Seu pensamento é alto: ninguém iria rir-se dela,mas com ela, o que é bem diferente e muito nobre e digno.

Quem teria dito?... — Dentro do plano divino, as coisas mais surpreendentes ocorrem.

Um grande banquete — Demonstração de alegria pelo crescimento saudávelmenino. Nascido de pais já encanecidos, poderia trazer ao menino alguma deficiência;entanto, tudo correra normalmente e ali estava mais um sinal da graça divina. Uma festa —mais alegria — coroou o feliz acontecimento.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Isaque, o filho de Abraão, é muito diferente de seu pai. O filho do grande homempoucas vezes chega a ser grande. Foi o filho comum de um homem extraordinário. A vida deAbraão girou em larga órbita. A de Isaque se conservou em órbita estreita. A história deAbraão começou na longínqua Ur dos Caldeus, onde ele deixou o que fora o seu lar, ondeestava sua parentela e seu velho e bem conhecido ambiente, para prosseguir numa aventuraimprevisível, indo tão longe como o Egito; mas Isaque jamais afastou-se de seu pequenocírculo na Palestina. Abraão desbravou novos caminhos; Isaque caminhou por aqueles quelhe foram apontados. Abraão foi o aventureiro; Isaque encaixou-se no padrão que lhe foiestabelecido. Abraão foi uma personalidade dominadora; Isaque foi, quase sempre, passivo.Abraão é representado como um comandante de homens, enquanto Isaque fugiu dosconflitos.

Mesmo assim, Isaque possuía qualidades que são indispensáveis à vida humana.todos os homens podem assumir as condições de Abraão, seja pelas variaçõeshereditariedade, seja porque as circunstâncias não os favorecem. Talvez não sejam criativos,mas podem ser conservativos. Isaque é assim como um elo entre a nova vida que haviacomeçado e a vida em desenvolvimento que viria após ele. Sentiu que a melhor coisa emAbraão era sua religião e ele refletiu e transmitiu essa experiência.

No nosso mundo moderno, com sua inquietação e sua luta, sua instabilidade e suastentações à infidelidade, vale a pena apreciar o exemplo de Isaque. O que nele havia debom cresceu para melhor porque ele teve a graça e a sabedoria para valorizar o que de bomhavia herdado. Feliz é o homem que, olhando para o pai, vê nele a expressão da verdadeirareligião e conclui que a bondade que o distingue não é algo superficial mas um fatoencantador. Isaque, em sua simplicidade, se não foi capaz de imitar o pai em seus gestosgrandiosos, já que lhe falhavam elementos para isso, soube segui-lo no caminho da retidãoe, embora com modéstia, ser um elo digno na corrente forte dos servos de Deus, tendo seunome ligado à preciosa trilogia que fala do "Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó." Um

42

Deus único servido, com fé, amor e fidelidade, por três homens diferentes em suaspersonalidades mas iguais na dedicação ao seu Deus. Todos os três foram aventureiros dafé, provados em níveis diferentes, mas com igualdade de testemunho. Isaque experimentacedo o teste difícil de ser a vítima de um sacrifício em que teria de perecer. Se ele percebeuou não o que esteve muito perto de acontecer, não se chegará a saber, dada a tranquilidadecom que acompanhou os acontecimentos.

Lição no quadro, esboçada, facilitando a exposição e o aproveitamento. Não façadiscurso, nem sermão; dê uma aula, fazendo com que todos participem. Esteja atento paraque ninguém fique como ouvinte apenas.

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

A infância é como um espelho que reflete, ao crescer, as imagens que lhe foramstradas. (Samuel Smiles)

Importa que pai e mãe se compenetrem de que quando seu filhinho vive a idade de trêsanos, já lhe propiciaram mais do que a metade de tudo que lhe possam dar para a formaçãode seu caráter. (Horace Bushnell)

CONTRASTE INSTRUTIVO

Confrontemos os descendentes de dois homens que viveram na América do passado:um, crente devoto e consagrado ministro cristão; o outro, famoso incrédulo. O ministro foiJonathan Edwards. Casou-se com uma jovem muito crente. Dessa união, vieram 729descendentes. Dentre eles, 300 também foram ministros cristãos, 65 foram autores de bonslivros, 3 foram deputados federais e l foi vice-presidente dos Estados Unidos. A únicaovelha negra da família, que abandonou a fé de seus maiores, foi Aaron Burr, um brilhantepolítico. O incrédulo foi Max Jukes que viveu não muito longe de Edwards. Casou-se comuma descrente como ele e dessa união vieram 1.026 descendentes conhecidos, 300 dos quaismorreram cedo. 100 foram condenados à prisão, com a média de treze anos por criminoso.200 caíram no meretrício, 100 foram beberrões. A família representou, para o Estado, umcusto de mais de um milhão de dólares. Sua contribuição para a sociedade foi mínima. Aprimeira é a família da fé. A segunda é a família da ausência de fé. Qual a melhor? (James

Por vários anos o ator Greene aparece na TV, na série BONANZA, fazendo o papel deBen Cartwright, um pai respeitável e respeitado. O número de telespectadores que vêemregularmente o filme chega à casa dos 325 milhões em todo o mundo. Lorne Greene recebemuitas cartas, sendo que a maior parte vem assinada por mulheres e crianças. Tem ele aimpressão de que, em muitos lares, falta amor e autoridade. A conclusão a que chega é a deque o pai anda preocupado em ganhar dinheiro para poder proporcionar uma vida razoável'para os filhos, e, por isso, lhe sobra pouco tempo, pouca energia e pouco amor para gastarcom os filhos. Quando surge algum problema com um filho, ele o passa para a mãe e vaisentar-se diante da TV ou pega o jornal. Greene acha que a razão de receber tantas cartasde mulheres e crianças está em que "eu represento o tipo de pai que sempre desejaram, umpai firme e forte, mas que não tem vergonha nem medo de mostrar amor". (James Hefley)

43

LIÇÃO 11

O FAVORITO DE DEUS

Texto Básico: Génesis 28.10-17

Pensamento da Semana: "O temor do Senhor é fonte de vida, para evitar os laços da morte."Pv 14.27

Leitura Devocional: Salmo 135

INTRODUÇÃO

Jacó é realmente um tipo excepcional. Rev. Dr. Thomas J. Porter, professor noSeminário de Campinas, costumava pilheriar acerca de Jacó, dizendo: "Jacó, aquelevelhaco..." A palavra parece bem aplicada, porque, segundo o Dicionário de Aurélio,"velhaco — é o que ludibria propositadamente..." É dessa forma que se conduz Jacó: tiravantagem do irmão, esperando pacientemente o instante em que ele se coloca à sua mercê;engana o pai, velho e cego, e se apropria dum privilégio que o pai reservava ao filhofavorito; passa a perna no esperto Labão, fazendo virarem a seu favor todas as tentativas dosogro de iludi-lo; lança mão de estratagema ao ter de reencontrar-s e com o irmão queludribriara.

É isso e não é pouco. Entretanto, a qualidade que distinguiu Jacó de seu irmãomaterialista foi sua busca de Deus, sua sensibilidade espiritual. Atinge ele a idade adulta aolutar com Deus antes de atravessar o vau de Jaboque. Não era mais Jacó; era Israel.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Génesis 28.10-17

Partiu Jacó — Sendo impossível a permanência nas proximidades de Esaú, Jacó trade distianciar-se do irmão. Tomou o rumo da Síria.

Seu estado de espírito não era dos melhores e é possível que um resíduo de consciênciao amargasse pelo golpe que aplicara no irmão.

Chegado a certo lugar — Mais parece um lugar "incerto", pois o entardecer o obrigoua deter-se por ali mesmo e procurar pouso. A consciência pesada, a falta de carinhomaterno, o ambiente hostil e o receio dos perigos que estão à espreita nos lugares ermosdeviam colocar o jovem Jacó um tanto assustado. E o medo é o pior dos companheiros paraqualquer situação.

Tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro — O cansaço conseguia irdominando o moço após a longa caminhada, e o sono o desligaria dos problemas que oincomodavam. Desligaria mesmo? Para quem estava acostumado aos cuidados da mamãe, odesconforto ia ser maior. Onde arranjar um travesseiro? Não poderia dormir sem ele? Asolução foi uma pedra, dura e fria, mas que, ao menos, daria à cabeça a posição menosincómoda que a falta de apoio que o travesseiro provoca.

44

E se deitou ali mesmo para dormir — O caminho do transgressor é duro; era aprimeira das muitas lições que Jacó iria receber através dos seus mais que 130 anos,"poucos e maus" como ele mesmo viria a definir (Gn 47.9). Não tinha escolha nem podiaculpar alguém pelo que lhe estava acontecendo. A menos que, como muitos jovens de hoje,se dispusesse a acusar a própria mãe como culpada, em parte ao menos.

E sonhou — Os sonhos ocorrem com inúmeras pessoas, embora haja os que dizem quejamais sonham. É mais provável que não se lembrem dos sonhos que tiveram. Todossonhamos. O sonho aparece num período de sono leve e, de certo modo, reflete o estadopsíquico da pessoa, de modo que, estando a pessoa acordada, preocupada com algumacoisa, pode isto manifestar-se no sonho. Embora na fase da vida de Jacó houvesseelementos que poderiam provocar sonhos e, até mesmo um pesadelo (o travesseiro deoedra poderia colaborar nesse sentido), seu sonho foi instrumento nas mãos de Deus para

velar-lhe a vontade divina naquelas circunstâncias.

Uma escada — Representando a providência divina. A escada não era para Deus, maspara os anjos, que subiam e desciam. Curioso o registro: como poderiam subir sem antesterem descido? Não será porque não precisavam da escada, sendo ela apenas o símbolo dapossibilidade do homem no seu acesso a Deus? Um convite, uma insinuação a Jacó paraque também subisse? "O topo atingia o céu", não significará que a escada foi colocada daterra para o céu?

Perto dele estava o Senhor — Deus não dependia da escada. Sua presença é umaconstante. Não se nos diz como Deus se mostrou a Jacó, rnas levamos em conta que Deusnão pode ser contemplado por olhos humanos. Jacó não teve dúvida de que estava diantedo Senhor Deus.

Eu sou o Senhor — Não se tratava de um anjo. Os anjos subiam e desciam a escada; oSenhor estava ali ao pé dele, Jacó. Era uma especial atenção para com um moço que vinhade, ajudado pela mãe, ludibriar o pai e furtar o irmão. Mas, conforme a promessa feita aAbraão, o neto, apesar de suas deficiências, era o herdeiro.

Deus de Abraão, Deus de Isaque — Duas personalidades distintas, bem diferentes, mascrendo no mesmo Deus. No futuro acrescentar-se-á "Deus de Jacó". Estilos de vidadiferentes, mas numa só base: a fé em Deus.

 terra... te darei... e à tua descendência — A promessa feita a Abraão é reiterada.

Como o pó da terra — Figura para significar o número incontável do povo de Deus,U1cançando, por certo, os "novos filhos de Abraão", admitidos por meio do sangue deCristo.

Abençoadas todas as famílias da terra — Repete-se a promessa.

Eis que eu estou contigo — A palavra divina se compromete a uma assistênciaininterrupta e que vai ser grandemente necessária como se vê, logo, das frustrações de Jacónas relações com o tio e duas vezes sogro — Labão.

Te farei voltar a esta terra — A crise do momento vai desvanecer-se e Jacó será bemrecebido no seu regresso.

Te não desampararei — Deus fará com que tudo se realize conforme Seu plano, semnecessidade de forçar, apenas encaminhando de acordo com Seu plano.

Na verdade o Senhor esta neste lugar — Na fase imatura da vida religiosa, não poucosadoram um "deus local", fixo numa área, protegendo um povo. (João 4.20-24). Aexperiência da presença de Deus em todo lugar é fruto da maturidade espiritual. Jacó aindatinha muito a crescer espiritualmente.

45

E eu não o sabia — Honesto, confessou sua falha. Surpreso, apreciou o fato e adescoberta, pronto a corrigir-se.

Quão temível é este lugar — A consciência da presença de Deus leva à reverência, queanda tão ausente dos seres humanos, mesmo nos que se dizem crentes e tementes a Deus.Reverência não só no templo, mas em toda parte, na terra inteira, em todo o universo, poistudo é habitação de Deus.

É a casa de Deus, a porta dos céus — O encontro do homem com Deus abre-lhe aporta dos céus e permite-lhe sentir-se na casa de Deus em qualquer parte. Jacóamadurecera naquela noite. Um sonho entraria para a história da religião, para alimento dafé e para engrandecimento da vida religiosa.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

vaiO moço que deixa seu lar dentro de uma crise, vai ter uma luta de consciência que vá:tornar difícil seu sono tranquilo. A lembrança do pai, velho e cego, ruminando no leito duasdecepções — a de não haver entregue a sua bênção a seu dono, e a de ter sido ludibriadopor alguém que não devia ter feito aquilo — devia incomodar o jovem que se vai esconderdas iras do irmão e das mágoas do pai. As bênçãos que usurpou vão acompanhá-lo, é certo,como declara Malaquias (1.2,3); "Amei a Jacó, porém aborreci a Esaú". Paulo vai citar essaspalavras ao falar da doutrina da eleição (Rm 9.12,13).

Pensamentos vários vão preocupando sua mente: será bem recebido na casa do tioLabão? Voltará a ver as tendas de seu pai? Seu coração volta-se para o Deus de Abraão ede Isaque (vai sendo já o Deus de Jacó) e se pergunta como o Senhor agirá a seu respeito.O sonho, com a visão dos anjos na escada, lhe transmite o pensamento de Deus: "Eis que euestou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porquete não desampararei, até cumprir eu aquilo de que te hei referido." (Gn 28.15). Era aprimeira vez que ouvia a voz de Deus e o que ouviu silenciou todos os seus temores es assim,ganhou uma segurança que jamais o deixaria. Talvez pensasse na desnecessidade dos atosvis que praticara em relação ao pai e ao irmão em busca de uma bênção de expressão muitomenor do que agora estava recebendo. Deus o escolhera para ser o continuador de vigorosaraça de líderes tementes a Deus — o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó.

Se erro houvera em sua conduta, Deus o perdoara, como perdoaria — mais tardeseu irmão. Isso não queria dizer que ele estava livre de outros desacertos, pois açuaprendizado da vida ainda ia proporcionar-lhe alguns encantos e uns tantos desencantos.Mas sua caminhada até ao vau do Jaboque seria um crescimento constante.

Era aquela uma hora de adotar posição definida ao lado de Deus, e Jacó o faz, inclusiveno que diz respeito à dedicação a Deus de dez por cento do que Deus lhe conceder. É acontinuidade do dízimo. Jacó põe-se nas mãos de Deus.

Aproveitar a lição para mostrar que um crente pode estar em busca de algo que Deuslhe quer dar e vai dar. O querer conseguir isso de qualquer maneira e por meios menospróprios, é inadequado e pode trazer amargura. É melhor confiar em Deus e esperar nele.Mostrar, ainda, que Deus se agrada do interesse do crente pela bênção que lhe reserva eaprecia vê-lo lutando com o próprio Deus em busca dessa bênção. Pontualidade.

Lição no quadro.

46

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Pode ser que Deus não nos dê uma estrada fácil para o céu, mas não há dúvida de quenos dará uma estrada em que há segurança. (Bonar)

Não tememos a morte, pois assim que morremos, nos tornamos imortais.

Ó morte! Agradecemos-te pela luz que tens lançado sobre nossa ignorância. (Bossuet)

SOMENTE CRISTÃOS

John Wesley, o fundador da Igreja Metodista, sonhou que estava diante da porta doinferno. Bateu e perguntou quem estava lá dentro. "Há católicos aí?", "Sim", foi a resposta.Perguntou ainda se havia Luteranos, Calvinistas, e outros grupos denominacionais muitoconhecidos. A cada nome citado a resposta era "sim". Já meio encabulado, perguntou se

ibém havia seguidores de Wesley e, de novo, a resposta foi "sim". De repente, a cenaudou e ele se viu às portas do céu. Formulou as mesmas perguntas e a resposta foi sempre,

para sua decepção, "não". Já um tanto alarmado perguntou ao porteiro: "Mas, então, quemestá aí no céu?" "Somente cristãos", respondeu o anjo. "Esses nomes que você mencionousão, aqui, desconhecidos."

A MÚSICA DO CÉU

Na Idade Média, um monge — Irmão Tomás - saiu do mosteiro, rumo à floresta, pararecolher gravetos. Foi quando ouviu cantar um pássaro desconhecido. Era um cantomavioso e nosso monge parou de trabalhar e ficou a ouvir o cantor da floresta. Era umencanto! Cessada a música, Irmão Tomás voltou ao mosteiro, à cuja porta estava um mongedesconhecido dele. Assim é a música celestial, encantadora e eliminadora de qualquerforma de tristeza.

RIQUEZAS DO CÉU

Sobre o túmulo de Atolus de Rheims, há uma lápide com a inscrição: "Ele enviou, antesdele, ao céu sua fortuna, transformando-a em beneficência. Partiu cedo para goza- Ia." Felizo que adquire o direito de um tal epitáfio.

O CÉU NO CORAÇÃO

Pode-se colocar um cego no museu do Louvre, em Paris, e ele pode caminhar entre osss e prados de pintura ali e não se conscientizar da beleza de que estaria cercado,le-se colocar um surdo no meio de uma reunião de bandas musicais do céu e da terra, e,

para seu conhecimento, não haveria música nenhuma. Da mesma forma, se uma pessoa nãoestá preparada para gozar as felicidades do céu, tais felicidades nada significarão para ela.O céu não é céu, senão para aqueles que são "iniciados" do céu. O céu está,antecipadamente, em seus corações. (Phillips Brooks)

47

LIÇÃO 12

OS CAMINHOS DA PROVIDÊNCIA

Textos Básicos: Gn 37.1-4,36; 39.19-23; 41.38-45

Pensamento da Semana: "Torre forte é o nome do Senhor: a qual o justo se acolhe, e estaseguro." Pv 18.10

INTRODUÇÃO

Reveste-se de muita importância a história de José, o filho de Jacó e Raquel. O regnão traduz preocupação apenas com a vida de pessoas, mas tem a ver com a sequênciahistórica do povo de Deus conforme a promessa feita a Abraão. Por mais de duzentos anosa descendência da promessa vem crescendo, mas lentamente. A descida ao Egito vairesultar num crescimento maior, e daí, o surgimento de uma nação. O cativeiro resultaránum aprendizado de organização de cidades, de legislação, de tudo o que seria necessário àelaboração de uma nação que haverá de sobreviver a guerras, massacres, provações,cativeiros, etc.

José constitui-se no elo de transição. Sua figura é real, não se trata de um mito} apesarde sua pessoa destacar-se tanto entre seus irmãos e entre os homens de seu tempo. Aosonhar e, com isso, criar um clima de antipatia contra sua pessoa, e atrair os atos maldososque resultaram na sua venda como escravo, estava ele tão somente sendo colocado nostermos do plano divino que vai sendo ativado conforme o estabelecido por Deus. Era opovo de Deus cuja estrada estava sendo aberta, na expressão popular que diz que "Deusescreve direito por linhas tortas3' (que a nós nos parecem tortas). Leia Gn 46.2-4.

Em José, encontramos um tipo raro de caráter em qualquer raça, uma combinação degraça e poder que se costuma ver como fruto peculiar de influências avançadas nacivilização, de conhecimento da história, da familiaridade com outros povos e de dignherdada. José parece herdar e reunir em si as mais altas qualidades de seus ancestraisdignidade e a capacidade de Abraão, a pureza e o poder de autodedicação de Isaque, avivacidade e a tenacidade de Jacó, aliando a isso as qualidades herdadas do lado materno:beleza, graça e habilidade.

ANÁLISE DOS TEXTOS BÁSICOS

Gn 37.1-3, 36; 39.19-23; 41.38-45

Gn 37.1-3 13-36Habitou Jacó na terra das peregrinações de seu pai — Desde Abraão que a terra de

Canaã esteve presente na família. E assim seria após o êxodo do Egito, continuando oanseio ainda hoje.

História de Jacó — Outras versões falam da "família de Jacó' ou "gerações de Jacó".No caso de Jacó, o narrador não adotou o sistema de apenas ir apresentando nomes;preferiu apresentar, como se vê da sequência, biografias resumidas, dedicando mais espaçoa José, o filho querido de Jacó. Repontam nessa história lances dramáticos que revelam umJacó sofrido, passando por duras provas, que, afinal, o vão amadurecendo.

José — Jacó, por artes de Labão, tio e sogro, teve de lutar 14 anos para poder possuir amulher que muito amava — Raquel. O primogénito deste casamento é José, alvo de umaafeição maior que a dedicada aos demais filhos. Os irmãos sentiriam, por certo, a diferençade tratamento e, daí, as ameaças que iriam pôr em risco a vida de José. Por certo que, apreferência divina por Jacó, ficando Esaú num segunda plano, recaía também sobre José.Algo especial, para o bem de todos, lhe estava reservado. Os caminhos seriam tortuosos edifíceis, mas ele chegaria aonde o Senhor Deus o queria colocar.

Sendo ainda jovem — Acompanhando os irmãos mais velhos, aos 17 anos, José, apesarastante moço, dava sua colaboração no pastoreio dos rebanhos.

Filhos de Bila e de Zilpa — "Transparece aqui que Da e Naftali, gade e Aser, sefizeram muito notórios pelo péssimo comportamento que tiveram por causa do quaseinerradicável paganismo das duas mães, Bila e Zilpa. A influência materna ficou bemevidente nos caracteres daqueles filhos" (Bíblia Vida Nova). Por isso, tinha José "másnotícias" deles para comunicar ao pai.

Ora, Israel amava mais a José — Uma razão seria o ser José filho da esposa maisamada. Era filho de Raquel. Sabia, inteligente como se percebe de todo o relato, comoagradar ao pai. Não é de boa norma educacional terem os pais "filhos preferidos", pois omal afeta o "queridinho" e os que se sentem desamados.

Fez-lhe uma túnica — Uma túnica principesca de longas mangas, ou de cores variadas.As duas traduções são possíveis do hebraico e são adotadas em versões diferentes. PensariaJacó em fazer de José o seu sucessor? Não seria esse o plano divino?

Eis-me aqui — Embora sabendo-se odiado pelos irmãos, não teve dúvida em atender àdeterminação paterna, ainda porque poderia estar correndo algum risco comoconsequência do que haviam eles, os irmãos, andado fazendo em Siquem (34.25-30).

Do vale de Hebron... a Siquem — Distância de pouco mais de 100 quilómetros. Mas«:ó devia estar preocupado, tinha razões para isso. A viagem era longa.

Os achou em Dota — Situada na planície que separa as colinas de Samaria da Serra deCarmelo, cerca de 30 quilómetros ao norte de Siquem. José teve de investigar e procurar,mas encontrou os irmãos e cumpriu seu mandato.

Conspiraram.... para o matar ~ Tudo, na verdade, conspirava contra José: a distânciade casa, a ausência dos ciosos olhos paternos, a solidão e, comandando tudo, o ódio dosirmãos.

Vern lá o tal sonhador — José contara a eles alguns curiosos sonhos que tivera — osfeixes, o sol e lua e as estrelas — onde ele, José, sempre aparecia sobrepujando os irmãos.Com isso, o ódio deles aumentara sensivelmente. Por isso, a expressão "o tal sonhador".

Matemo-lo — Forma simplista de resolver o complicado problema. José morto,acabavam-se os sonhos e não haveria possibilidade de ele reinar sobre eles.

E diremos — Lançado o corpo numa cisterna, difícil seria encontrá-lo. Uma mentiraenvolvendo um inocente animal selvagem e pronto. E mais uma pilhéria acerca de seussonhos.

49

Mas Rúben — Mais experimentado, com pena do pai, com um pouco de diplomacia,conseguiu evitar que o irmão fosse assassinado. Sua intenção era fazer com que Josévoltasse ao pai.

Mas logo que chegou José — Os sentimentos de ódio se reacenderam com a presençado sonhador. Não chegaram ao fratricídio. Despiram-no — e com que prazer o terão feito— da famosa túnica que tantos comentários devia ter provocado. Era uma forma de ultrajaro irmão, tentando matar ao menos os seus sonhos de grandeza.

Lançaram-no na cisterna vazia, sem água — De imediato não havia riscos, mas3 ficasseali e, se a fome o não matasse, as chuvas encheriam a cisterna e morreria afogado. Era oassassinato indireto. "Nas cercanias de Gezer e outros lugares, tem-se deparado comesqueletos que indicam terem sido elas usadas com a finalidade de dar cabo a certasvítimas." (Bíblia Vida Nova)

Sentando-se para comer — É revoltante o sangue frio destes irmãos. José fizera Io:caminhada para vê-los e, se preciso, socorrê-los; eles o entregavam à morte, e, à vista dofuturo túmulo, banqueteavam-se.

Vendamo-lo aos ismaelitas — Uma proposta de Judá que, levando avante um planomalévolo — afastar o irmão — o estava colocando exatamente no rumo da grande escaladaque o levaria às culminâncias. Os ismaelitas eram entes chegados, pois eram descendentesde Ismael, filho de Abraão e Hagar.

Vinte siclos de prata — Correspondiam aproximadamente ao salário de dois anos emeio de trabalho e era quanto se pagava por um escravo.

Levaram José ao Egito — O Egito era nação muito adiantada que marca, nessa época,seu lugar na história. Era aí que Deus colocava um jovem escravo, vendido pelos irmãos,exilado da casa paterna sem despedir-se do pai — que o julga morto — e, vencendo todasas vicissitudes e as mais perturbadoras tentações para um jovem, galga o posto mais alto ede maior responsabilidade, logo abaixo do rei.

Venderam José... a Potifar, oficial de Faraó — "O homem se agita e Deus o conduz" ou,"O homem põe e Deus dispõe". O plano divino em relação a José vai sendo executado.

Se lhe acendeu a ira — Da forma como o incidente lhe foi narrado era mesmo parairritá-lo. Lançado à prisão do rei, não há muita esperança para José. Por que Potifar não omandou matar? Quereria ter certeza da acusação? Por certo Deus atuara em seu coração.

O Senhor era com José — A providência divina sempre atuante. O cárcere:simpatizou com José e lhe confiou sérias responsabilidades, com o que as circunstâncias selhe tornaram favoráveis.

Gn 4138-45

Em quem há o Espírito de Deus — A ação do Espírito Santo não começa com opentecoste, verificando-se Sua presença e manifestação desde a Criação e através daexperiência do povo de Deus. Na verdade, Deus não abandonara José um só instante, o queexplica sua conduta moral, sua perspicácia na interpretação dos sonhos e sua habilidade noconduzir os assuntos em que teve de participar. Faraó, embora não participasse da mesmafé que havia no coração de José, era religioso e entendia que tal modo de ser e agir sópoderia vir da divindade.

Administrarás a minha casa — A "casa do Faraó" era o próprio governo do país,reservando-se o rei apenas ao trono, só ele seria maior que José.

50

Anel de sinete — O selo do próprio Faraó estava nas mãos de José, o selo que dariacaracterística de valor real a documentos, autorizações e tudo que dissesse respeito a algooficial ou legal.

Zafenate-Panéia — Nome que Faraó deu a José, cujo significado é desconhecido. Unstraduzem por "sustentador da vida", ou Salvador do mundo; outros por "Deus fala e elevive".

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Os dramaturgos e os novelístas cujo negócio é reproduzir acontecimentos da vidahumana, procedem admitindo uma trama, de modo que, se há um princípio, se há um meio,

ai de haver, também, um fim, A boa trama está em colocar os personagens de histórias emuações difíceis, das quais não parece haver saída e, depois, tirá-los de lá. Assim, uma vida

sem riscos e sucessos parece pobre e desprovida de interesse. A vida de José é tão cheia deincidentes curiosos e de saídas tão espetaculares que alguém já insinuou que José nãoexistiu, que José não passa de um mito. Acompanhando a vida de José sentimos a beleza dadefinição de sua personalidade quando Jacó, perto da morte, descrevendo os filhos, disse:"José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre omuro".

Essa vida frutífera é uma história bem contada pelo melhor contador de histórias quepossa existir — Deus. É fácil acompanhar os passos da Providência preparando o enredodessa vida extraordinária — José. Tirar um jovem de sua casa com artimanhas indignas,enganar o pai acerca do filho querido, ameaçar matá-lo e acabar vendendo-o como escravo,é um começo bastante dramático, especialmente porque o jovem sonhava sempre comcoisas altas. A viagem rumo ao Egito, como mercadoria a ser negociada, traria amargurasao coração cheio de esperança de José. Mas era apenas o começo.

A conduta de José em casa de Potifar é notável, pois seria uma oportunidade para,embora com algum risco, colocar-se em posição conveniente aos seus interesses. Não era sóo aspecto sexual, mas o domínio que poderia exercer no coração daquela mulher e, dessaforma, tirar vantagens. Mas sua escalada — se tem de existir — vai ser pelos caminhos

ados pela Providência. Ele jamais aceitará os atalhos tortuosos, ainda que para alcançarítivos aparentemente indignos. E a Providência, atenta, vai-se aproveitando de todos os

incidentes para ir estabelecendo, no tempo e no espaço, os degraus da escalada de José.

E eis José, como governador do Egito. Posição privilegiada. Alcança a glória. Não hávestígio de orgulho pela glória a que chega. As circunstâncias, na Providência, trarão seusirmãos e seu pai a ele. As bases estão sendo estabelecidas para que o povo se organize. Joséé um homem certo no lugar certo. Também isso faz parte da Providência.

Uma lição a ser bem aproveitada como incentivo aos moços em todo sentido da vida:física, intelectual e espiritual. José foi ramo frutífero "junto à fonte", aos pés de Deus. Omaterialismo de nossa época, o tecnicismo dominador e o descrédito que alguns têm trazidopara a fé, exercem fascínio sobre- a juventude que vai sendo, em grande parte, conduzidapor errados caminhos, num negativismo vazio.

Verifique se os alunos estão estudando a lição. Faça perguntas. Indique alguém para darseu testemunho pessoal de vitórias nas áreas onde há conflitos espirituais.

Lembrar que a próxima lição é RECAPITULAÇÃO. Vamos repassar as lições.

51

PENSAMENTOS E ILUSTRAÇÕES

Quero lembrar-me sempre de que não é a quantidade de religião que eu tenho, mas aquantidade que eu uso, que determina minha posição e meu caráter. (Alexander Maclaren)

O que eu desejo não é possuir uma religião, mas ter uma religião que me possua.(Charles Kingsley)

Charles P. Steinrntz, um dos maiores pesquisadores científicos do mundo, disse: "Algumdia as pessoas aprenderão que as coisas materiais não trazem felicidade e são de usolimitado na produção de homens e mulheres criativos e poderosos. Aí, então os cientistasorientarão seus laboratórios no estudo de Deus, da oração e das forças espirituais. Quandoesse dia chegar, o mundo verá mais avanço em uma só geração do que terá visto nas quatrogerações anteriores". (The Pulpit)

BICHO NOJENTO

Velha história conta de um homem perseguido, fugindo através da floresta. Vendo uiua

caverna, entrou e lá se escondeu. Olhando pela abertura, contra a claridade de fora, viuuma aranha recompondo a teia que ele rompera ao entrar. Pensou: "Para que terá Deuscriado a aranha, um inseto tão nojento?" A aranha, ignorando o invasor, continuava seutrabalho. Em pouco, a teia foi refeita. De repente, ecoa um tropel na estrada,aproximando-se da caverna. Eram os perseguidores. Um deles se aproxima, olha para aabertura e grita para os outros: "Não! Ele não pode estar lá dentro. Há uma teia de aranhana entrada." E se vão todos. E ele começou a perceber que Deus tem suas razões.

AÇÕES DE GRAÇA

O crente passara três anos em tratamento em Campos do Jordão. Ali estava, são, forte,corado, bem disposto. E dizia ao pastor: "Quero que o senhor me ajude para a realizaçãode um culto de ação de graças." E o pastor: "Certo! Vamos dar graças a Deus pelo seurestabelecimento..." Mas o crente corrige: "É um pouco isso, mas eu quero dar graças aDeus por ter ficado doente..." E, ante o olhar inquiridor do pastor, concluiu: "Antes de ficardoente eu não tinha tempo de ler a Bíblia; nestes três anos de hospital eu a li três vezes everifiquei o prejuízo que eu vinha tendo em não lê-la. Antes, eu não tinha tempo de orar;durante o tratamento eu me acostumei com a presença e a companhia de Deus. Minha vidaé outra. Sarei do corpo e do espírito. Tenho muito a agradecer a Deus."

52

LIÇÃO 13

RECAPITULAÇÃO

Texto Básico: Dt 6.4-12

Pensamento da Semana: "Desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei."SI 119.18

Leitura Devocional: SI 119.1-S

INTRODUÇÃO

Estamos chegando ao fim de mais um trimestre. Já vencemos mais uma etapa. Éoportuno avaliarmos o proveito que nos adveio do estudo da Palavra de Deus: nossoconhecimento bíblico, nossa educação religiosa cristã, nossas vitórias sobre erros e falhas,nosso progresso na escalada espiritual. Terá valido a pena viver mais esses três meses?Teremos, nesse período crescido um pouco? Muito?

Aproveitamos a recapitulação para a recordação e a fixação do estudo. Procuremosfazer com que os alunos descubram os benefícios que eles mesmos alcançaram e dos quaispodem não estar conscientes.

ANÁLISE DO TEXTO BÁSICO

Dt 6.4-12

Ouve, Israel — Um chamado alertando o povo para o que vai ser dito.

Único Senhor — Chadh, a palavra hebraica traduzida por único, significa uma unidadecomposta, deixando margem para o entendimento do "Deus que subsiste em três Pessoas —a Trindade".^^Amarás o Senhor teu Deus — Jesus dirá a um escriba que este é o "principal de todosoWnandamentos", tal como está aqui, complementando com o "segundo": Amarás o teupróximo como a ti mesmo", como está em Lv 19.18.

Estas palavras... estarão no teu coração — O verbo decorar (reter na memória) deveter alguma relação com coração (cor, cordis em latim). Guardar as palavras no coração émais do que conservar na memória.

As inculcarás a teus filhos — Educação dos filhos abrange a vida espiritual.Falarás — Em todos os instantes da vida em família, em relação com os amigos,

começando e encerrando o dia.Atarás como sinal na tua mão — Lembrete mnemónico.

Escreverás nos umbrais — A memória tinha de ser constantemente ativada a respeitodas ordenanças do Senhor. Ao entrar em casa, a pessoa teria ante os olhos as palavras quej á sabia de cor.

Nas tuas portas — Sinal dos tempos, está em que é rara a casa de crente onde podemosver, pelas paredes, os textos sagrados.

53

Guarda-te para-que não esqueças — A preciosa enumeração das bênçãos aparececomo um grito de alerta. A ingratidão produz memória fraca.

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

A recapitulação tern por objetivo fixar melhor os estudos feitos durante o trimestre.Temos adotado vários sistemas, parecendo que o melhor aproveitamento é o da "seleçãomúltipla". Assim, estão preparados os pontos para escolha dos alunos. A indicação pode serassinalada na revista e, em classe, o professor irá perguntando os pontos assinalados pelosalunos e confirmando ou não, para conferência dos demais.

Se houver conveniência o professor poderá mimeografar as perguntas ou pontos aselecionar.

BIBLIOGRAFIA

1 - BERKHOF, Louis - Systematic Theology

2 - CALVINO, John - A Commentary on Génesis3 - EERDMANS - The International Standard Bible Enciclopaedia

4 - MOREIRA, Galdino - História Geral da Bíblia(Comentário Popular dos Três Primeiros Capítulos do Génesis)

5 - EDIÇÕES VIDA NOVA - O Novo Comentário da Bíblia

6 - TURNBULL, M. Ryerson - Estudando os Livros de Génesis e Êxodo

7 - MACKTNTOSH, C. H. - Estudos sobre o Livro do Génesis

8 - TEIXEIRA, A. B. - Dogmática Evangélica9 - DAVIDSON, Paul - Curso de Teologia

10 - MESQUITA, A. N. - Estudo no livro de Génesis11- BURRO WS, Millar-An Outtine of Biblical Theology

12 - CORTE, Nicolas - As Origens do Homem

13 - ANGUS, Joseph - História, Doutrina e Interpretação da Bíblia

14 - TAYLOR, Kennety N. - Criação

15 - TAYLOR, Kennety N. - Evolução

16 - KIERKEGAARD, Soren - Temor e Tremor

17 - HALLEY, Henry - Manual Bíblico

18 - TIDWELL, J. B. - A Bíblia, Livro por Livro19 - DAVIS, John - Dicionário da Bíblia

20 - IGREJA PRESBITERIANA - Confissão de Fé

54

CASA EDITORA PRESBITERIANA

Visite uma de nossas livrarias

CULTURA CRISTÃ

R. Miguel Teles Júnior, 382/394 - Cambuci01540-São Paulo-SPFone: (011)270-7099

R. 24 de Maio, 116 - loja 30 - Centro01041-São Paulo-SPFone: (011)223-6479

Av. Brasil, 120013100- Campinas-SPFone: (0192) 42-6778

R. 1Q de Março, 7 - 3Q andar - sala 30920010 - Rio de Janeiro - RJ

Fone: (011)222-5586

R. Rio de Janeiro, 630 - loja 62 - Centro30160 - Belo Horizonte - MG

Fone: (011)201-3223

R. dos Tamoios, 62 - sala 203 - loja 01 - Centro30120 - Belo Horizonte - MG

Praça do Bicalho, lote 06, C. N. D. 0372120 - Taguatinga Norte - DF

R. Comandante Costa, 545-A - Centro78030-Cuiabá-MT

Estudando Génesis e Êxodo(M. Ryerson Turnbull)

A Missão da Igreja Frente à AIDS(Eleny Vassão de Paula Cavalcanti)

Miguel Rizzo Júnior - Aquém do Véu(Joaquim Rodrigues Gonçalves)

Santa CeiaManual de preparação pessoal

(G. Aaibersberg) ^

' "lLínguas

Sinal de maldição e bênção do pacto(O. Palmer Robertson)

PEDIDOS:

CASA EDITORA PRESBITERIANAR. Miguel Teles Júnior, 382/394Fone -PABX: (011)270-7099

Fone - Depto. de Vendas: (011) 279-1255