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Gêneros Literários O Clássico como forma de representação Agradecimentos expressos ao aluno, Anderson Gonçalves!!!!

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Page 1: Gêneros Literarios

Gêneros Literários

O Clássico como forma de representação

Agradecimentos expressos ao aluno,Anderson Gonçalves!!!!

Page 2: Gêneros Literarios

Uma reflexão que define uma busca...

Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.

Michel Foucault

Page 3: Gêneros Literarios

No nosso grupo:

Brad...

Resenha Leitura Fílmica:-Pontos Estruturantes--Quais aspectos são-Verossímeis?--Trama--Sequências de Textualidade-Observe-_elementos estéticos

Page 4: Gêneros Literarios

E que a Justiça não seja acaso..

Page 5: Gêneros Literarios

Uma metáfora sobre eles( Gêneros Literários):

Gavetas didáticas agrupam caracterizam estavelmente

Page 6: Gêneros Literarios

Você acha a Indonésia um exemplo para o Brasil porque executou um traficante? Pense de novo.

Sabe o que eu achei mais engraçado nessas discussões que rolaram com pessoas se colocando como verdadeiros ~especialistas~ em Indonésia no caso do brasileiro executado por tráfico de drogas? O aplauso à correção e ao cumprimento das leis naquele país. Eu morei na Indonésia, e o pouco que eu sei e aprendi por lá é suficiente para achar essa ideia absurda.

Page 7: Gêneros Literarios

Três gêneros estáveis:

• Lírico ---------------confessional/ sentimento subjetivo

• Épico ---------------narrativo/factual de época/ objetivo

• Dramático------- Teatro ,os autos com falas, marcas ,recursos cênicos

Page 8: Gêneros Literarios

Uma consideração sobre o Narrativo:

• GÊNERO ÉPICO/NARRATIVO: pertencem a este gênero os textos narrativos, ou seja, aqueles que contam uma história. Através de um narrador, fatos são apresentados em determinado espaço e tempo. O gênero narrativo é mais facilmente encontrado nos romances, contos e novelas. É também chamado de “épico”, em referência às narrativas clássicas em que se abordavam grandes feitos de um herói.

Page 9: Gêneros Literarios

Lírico: Enuncia o elemento subjetivo, a visão de

mundo do artista,poeta o eu lírico, a voz do poema:

Pensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas, oh, não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroshimaA rosa hereditária

Page 10: Gêneros Literarios

Épico( de época)• Proposição - Apresentação da obra e síntese do assunto, ressaltando o

heroísmo, o antropocentrismo, o ufanismo, dentre outras características do homem.

• Invocação das Tágides - É um pedido do autor às musas Tágides, ninfas do rei Tejo, para virem lhe dar inspiração.

• Dedicatória ao Rei D. Sebastião - O rei é apresentado como um menino, aos 14 anos assumindo o trono, exaltando-o como jovem e esperança da pátria.

• Narração - Parte mais consistente da história, como já dito, foca-se em três pontos principais: a viagem de Vasco da Gama às Índias, a narrativa da história de Portugal e as lutas e intervenções dos deuses do Olimpo. Ao mesmo tempo, o autor faz descrições de fenômenos como a tromba marítima, e disserta sobre a moral, o ouro, as riquezas, entre outros interesses do homem renascentista.

• Epílogo - última parte, contém críticas do poeta, lamentações sobre a realidade, exortações ao rei, etc. O tom destas últimas 12 estrofes é pessimista, criticando a decadência do país, e reforçando a exaltação ao Rei D. Sebastião.

Page 11: Gêneros Literarios

Os Lusíadas e Camões:

• As armas e os barões assinalados,Que da ocidental praia Lusitana,Por mares nunca de antes navegados,Passaram ainda além da Taprobana,Em perigos e guerras esforçados,Mais do que prometia a força humana,E entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram;

Page 12: Gêneros Literarios

Camões é um misto de lírico e épico:

• Lírico subjetivo• Os bons vi sempre passar

No mundo graves tormentos;E para mais me espantar,Os maus vi sempre nadarEm mar de contentamentos.

• Cuidando alcançar assimO bem tão mal ordenado,Fui mau, mas fui castigado.Assim que, só para mim,Anda o mundo concertado.

Épico tratando de um fato histórico no caso expansionismo e com um fato heróico o povo português

Exemplo de um épico:

Page 13: Gêneros Literarios

Quer entender o expansionismo?

Uma louvação expansionista de Ridley Scott

Page 14: Gêneros Literarios

Um lírico Clássico:Ao Desconcerto do Mundode Luís Vaz de Camões

Os bons vi sempre passarNo mundo graves tormentos;E para mais me espantar,Os maus vi sempre nadarEm mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assimO bem tão mal ordenado,Fui mau, mas fui castigado.Assim que, só para mim,Anda o mundo concertado

Perceba a relaçãoCom o eu poéticoNesse caso, a desconstruçãoMoral do bem e do malCamões lida Com o elemento capitalistaExpansionista e o mundoConfessionalPlatônico:

Mundo Sensível X Inteligível

Page 15: Gêneros Literarios

Dramático:• • Tragédia: representação de um

fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja, provoca alívio emocional da audiência.

• • Comédia: representação de um fato cômico, que causa riso.

• • Tragicomédia: é a mistura de elementos trágicos e cômicos.

• • Farsa: peça teatral de caráter puramente caricatural, de crítica à sociedade, porém, sem preocupação de questionamento de valores.

• Obs: Os Autos foram usados para catequizar os índios,porque não havia linguagem.

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Catequese imagética:

• O mal,o bem e as suas representações• Sempre imagéticas• Não havia língua comum• Optou-se pelo convencimento• imagético

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• 25. (UNEB) • I. • Quando o romance nordestino não peca pela "roboti-zação" dos personagens

pertencentes à classe dominan-te, cai em defeito oposto e semelhante com relação aos miseráveis. Em conversa com Rubem Braga (que se fazia acompanhar da sua mulher, Zora), chamou-me ele a atenção para o processo de poetização da miséria — a expressão é dele — que se encontra em Mar morto, do Jorge. Livro que, segundo Rubem, é meloso e reacionário e que de modo algum devia ter recebido o prêmio da Fundação Graça Aranha (o meu ficou em segundo). E acrescentou: até o jornal A Ofensiva, de direita, fez o elogio do romance. Jorge ficou furioso. Rubem acha que o elogio integralista foi mais do que merecido, pois assim o jovem baiano pode arrepiar caminho enquanto é tempo.

• — A poetização da vida miserável — prosseguiu Rubem, raivoso — é bem demagogia verde-amarela de Plínio Salgado. Ribeiro Couto, o meigo poeta integralista, acha que é um crime tentar acabar com os mocambos do Recife, porque são muito poéticos.

• SANTIAGO, Silviano. Em liberdade: diário de Graciliano Ramos. 4ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 87-8.

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II. A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-se

tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do co-piar, Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pou-co os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre.

Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido.

• RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 67ª ed. São Paulo: • Record, 1994. p. 116.

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Sobre os dois fragmentos, inseridos nas respectivas obras, é correto afirmar:

(A) As obras Vidas Secas e Em Liberdade têm em comum o foco narrativo: um personagem-narrador conduzindo o relato.

(B) A personagem Graciliano Ramos, no texto I, faz uma crítica ao romance regionalista de 1930, ao ratificar o pensamento de Rubem Braga.

(C) O escritor Graciliano Ramos, embora ferido em sua vaidade, reconhece, no texto I, o valor literário da obra Mar Morto, de Jorge Amado.

(D) Graciliano Ramos e Rubem Braga, conforme o texto I, enxergam a realidade nordestina sob perspectivas diferentes.

(E) O texto II traduz, pela forma como apresenta a realidade, a "poetização da miséria".

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33. (ENEM) UM GRAMÁTICO CONTRA A GRAMÁTICA O gramático Celso Pedro Luft era formado em Letras Clássicas e

Vernácula pela PUCRS e fez curso de especialização em Portugal. Foi professor na UFRGS e na Faculdade Porto-Alegrense de Ciências e Letras. Suas obras mais relevantes são: Gramática resumida, Moderna gramática brasileira, Dicionário gramatical da língua portuguesa, Novo manual de português, Minidicionário Luft, Língua e liberdade e O romance das palavras. Na obra Língua e liberdade, Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, de forma veemente, o ensino da gramática em sala de aula. Nos seis pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla — uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna.

)

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Reconhecer os diversos gêneros textuais que circulam na sociedade constitui-se uma característica fundamental do leitor competente. A análise das características presentes no fragmento de Um gramático contra a gramática, de Gilberto Scarton, revela que o texto em questão pertence ao seguinte gênero textual:

(A) Artigo científico, uma vez que o fragmento contém título, nome completo do autor, além de ter sido redigido em uma linguagem clara e objetiva.

(B) Relatório, pois o fragmento em questão apresenta informações sobre o autor, bem como descreve com detalhes o conteúdo da obra original.

(C) Resenha, porque além de apresentar características estruturais da obra original, o texto traz ainda o posicionamento crítico do autor do fragmento.

(D) Texto publicitário, pois o fragmento apresenta dados essenciais para a promoção da obra original, como informações sobre o autor e o conteúdo.

(E) Resumo, visto que, no fragmento, encontram-se informações detalhadas sobre o currículo do autor e sobre o conteúdo da obra original.

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60. (ENEM) CAMELÔS Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe A perereca verde que de repente dá um pulo que engraçado E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa [alguma. Alegria das calçadas Uns falam pelos cotovelos: — “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar um

pedaço de banana para eu acender o charuto.

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Naturalmente o menino pensará: Papai está malu ...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino [ingênuo de demiurgos de inutilidades. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da [meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes [uma lição de infância. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

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Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de elementos do cotidiano como matéria de inspiração poética. O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcança expressividade porque

(A) realiza um inventário dos elementos lúdicos tradicionais da criança brasileira.

(B) promove uma reflexão sobre a realidade de pobreza dos centros urbanos.

(C) traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos de significação corriqueira.

(D) introduz a interlocução como mecanismo de construção de uma poética nova.

(E) constata a condição melancólica dos homens distantes da simplicidade infantil.