gênero e história

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Gênero e História

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Gnero e Histria

Joan Scott Brooklyn, Nova York 18/12/1941

Gnero e Histria - Joan Scott Procura entender as definies de gnero elaboradas at a publicao de seu texto Gnero: uma categoria til para anlise histrica.

Em sua enumerao, destaca a importncia das feministas norte-americanas, que procuravam rejeitar o determinismo biolgico presentes nos termos sexo e diferena sexual e ressaltavam o aspecto social da diferena baseada na distino sexual.

Gnero e Histria - Joan Scott Tentou desconstruir essa dicotomia entre um sexo para a natureza e um gnero para a cultura neste citado artigo publicado originalmente em 1986.

Ao passo que a histria das mulheres ganhava importncia na elaborao de uma nova histria, imediatamente, os historiadores no-feministas procuravam desqualific-la. So dois os pontos de vista:

Gnero e Histria - Joan Scott1 Haveria uma histria das mulheres que deveria ser de interesse apenas das feministas;

2 O estudo do papel das mulheres em nada afetaria a compreenso histrica j existente de grandes fenmenos como poltica, histria, economia, etc. Gnero e Histria - Joan ScottGnero passou a ser substituto do termo mulheres.

Dois reflexos:

1- Tentativa de marcar a Histria X 2 - Neutralidade cientficaGnero e Histria - Joan ScottOU SEJA, COM O USO DO TERMO:

1 - A histria das mulheres poderia acrescentar algo histria geral.

2 - Procurava apagar das discusses acadmicas o elemento fortemente poltico presente na incluso das mulheres como sujeitos histricos relevantes.

Gnero e Histria - Joan ScottA sinonmia no gerou histria feminista a relevncia pretendida na histria geral. Vrios estudos de gnero foram criados isoladamente.

Perceber uma teoria do gnero iria sim introduzi-la na pesquisa histrica.

Disso decorrem suas afirmaes para definir gnero:

1 um elemento constitutivo de relaes sociais baseado nas diferenas percebidas entre os sexos;

2 uma maneira primordial de significar relaes de poder.

Gnero e Histria - Joan ScottEsta concepo de gnero precisa ter relao com historicidade, j que as diferenas de sexo so percebidas - desnaturalizada e historicamente constitudas.

Defende que seria producente desconstruir os termos da diferena sexual, criticar a oposio sexual binria, deslocar a sua construo hierrquica.

Gnero e Histria - Joan ScottH um peso poltico no termo gnero, j que entra no campo da disputa de poder. Algo que a academia no pode anular.Gnero e Histria - Joan ScottEsta feminista rejeita a substituio do termo mulheres por gnero e este como substituto da relao entre homens e mulheres.

Prope a insero do poder e da poltica no conceito, de forma que possa historicizar a prpria ideia de relao entre os sexos como disputa poltica.

Gnero e Histria - Joan ScottEsta feminista rejeita a substituio do termo mulheres por gnero e este como substituto da relao entre homens e mulheres.

Prope a insero do poder e da poltica no conceito, de forma que possa historicizar a prpria ideia de relao entre os sexos como disputa poltica.

Gnero e Histria - Joan ScottEsta feminista rejeita a substituio do termo mulheres por gnero e este como substituto da relao entre homens e mulheres.

Prope a insero do poder e da poltica no conceito, de forma que possa historicizar a prpria ideia de relao entre os sexos como disputa poltica.

Gnero e Histria

Judith Butler Cleveland, Ohio 24/02/1956

Gnero e Histria - Judith Butler A mulher como sujeito a partir da relao com o termo gnero e com o termo sexo o interesse desta feminista.Importa o jogo das identidades.

O papel poltico da identidade e sua histria o que esto em jogo para Butler.Sua posio busca incluir a histria do gnero na poltica de identidade atual.

Gnero e Histria - Judith Butler Defende que gnero a interpretao mltipla do sexo.

Gnero construo social. Sexo biolgico.

Aponta que os estudos feministas instituram uma importante disjuno entre sexo e gnero. Assim pode haver gnero masculino sobre o sexo feminino e vice-versa.

Gnero e Histria - Judith Butler esta disjuno entre sexo e gnero que permite aos estudos feministas um escape ao determinismo.

Ela tambm dialoga a fim de descontruir a ideia de papel natural para mulheres e homens.

Butler percebe que no se pode deixar ao sexo apenas o carter biolgico, porque at mesmo o sexo constitudo historicamente.

Gnero e Histria - Judith Butler Afinal, no h naturalidade em dizer sexo feminino ou sexo masculino, h uma dualidade de carter tambm histrico.

Para Butler, o construto do sexo to cultural quanto o do gnero.

Assim, gnero e sexo no passam de abstraes. Logo, no pode haver distino alguma entre eles.

Gnero e Histria - Judith Butler Gnero cultural e Sexo tambm o . Disputa pela identidade:

No significa que o pnis ou a vagina, por exemplo, passem a existir porque foram inventados no mbito da cultura e da linguagem. Sua existncia na sociedade s passvel de compreenso , a partir de um olhar que cultural, a partir de um discurso que construdo.

Gnero e Histria - Judith Butler A mulher enquanto identidade marcada por outros aspectos tais: raa, classe, orientao sexual. Por isso, no se formou um padro na teoria feminista sobre o termo singular.

A ideia de mulher ligada subjetividade feminina dificulta a relao com os aspectos polticos.

No h como recusar a poltica representativa, era assim que Butler pensava, e sabia que a possibilidade de crtica se d no presente.

Gnero e Histria - Judith Butler A tarefa poltica do pensamento crtico a de recolocar o debate em outros termos que no seja apenas representativo, recusar as posies estabelecidas, e recuperar a historicidade do tempo presente.

Apesar da disjuno impossvel pensar sexo sem gnero e vice-versa. So conceitos imbricados e subsumidos.

Gnero e HistriaSENKEVICS, Adriano. Sexo natural; gnero cultural? Um dilogo entre Joan Scott e Judith Butler. Disponvel em: http://ensaiosdegenero.wordpress.com/2012/04/23/o-conceito-de-genero-por-joan-scott-genero-enquanto-categoria-de-analise/

SCOTT, Joan. Gnero: uma categoria til de anlise histrica. Disponvel em : www.direito.caop.mp.pr.gov.br/arquivos/File/SCOTTJoanGenero.pdf.

PELEGRINI, Maurcio A. Faucoult, feminismo e revoluo. Anais do XXI Encontro Estadual de Histria ANPUH-SP Campinas, setembro de 2012. Disponvel em:http://www.encontro2012.sp.anpuh.org/resources/anais/17/1342407030_ARQUIVO_MauricioPelegrini-Anpuh2012.pdf