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sua majestade o Gavião Real Leyla Leong

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Sua majestade o Gavião Real

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sua majestade o Gavião Real

Leyla Leong

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IlustraçõesTerezinha Escobar

sua majestade o Gavião Real

Leyla Leong

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Copyright © Leyla Leong, 2013

Editor: Isaac Maciel

Coordenação Editorial: Tenório Telles

Capa e Projeto Gráfico: Heitor Costa

Ilustrações: Terezinha Escobar

Revisão: Núcleo de Editoração Valer

Normalização: Ycaro Verçosa

L579c Leong, Leyla.

Sua Majestade o Gavião Real. / Leyla Leong.

Manaus: Editora Valer, 2013.

32p.

ISBN 85-7512-305-8

1. Literatura infanto-junvenil – narrativa I. Título.

CDD 869-308 22 Ed.

2013EDITORA VALERAv. Ramos Ferreira, 1195Cep: 69010 120, Manaus AMTel.: [92] 3633 6565www.editoravaler.com.br

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Quando esta história começa, Raimundinho tinha dez anos. Era um caboquinho sapeca de pele morena e cabelo castanho

desbotado de tanto brincar ao sol. Sua maior diversão quando chegava da aula suado, era mergulhar no rio e ficar brincando na água até a mãe chamar para comer o peixinho frito do almoço, enfeitado com os grão dourados da farinha d’água.

Os dias eram tão claros, as águas tão limpas a vida tão bonita e calma que até a coceira do cauxi do fundo das águas valia a pena.

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Sem contar as conversas das lavadeiras que esfregavam as roupas na beira do rio. Depois de enxaguá-las, o rio levava para

longe pequenos montes de espuma que se desfaziam de encontro às ilhas de canarana, capim aquático preferido pelo gado. As roupas então eram deixadas sobre as pedras quentes coarando ao sol. As lavadeiras sentavam-se à sombra de um cajueiro e passavam a limpo a vida de todo mundo da pequena vila.Era assim que Mundinho ficava sabendo de tudo e voltava para casa cheio de novidades.

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Outra coisa que ele gostava muito era de subir em árvore e ficar olhando lá de cima os barcos que passavam ao longe

carregados de gente e de produtos que iam e voltavam no caminho da floresta para as cidades. Às vezes se deitava em uma forquilha mais grossa e até tirava um cochilo, embalado pelo vento que despenteava as árvores e fazia desenhos com as nuvens no céu.

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Mundinho morava com os pais e os avós em uma casa de madeira pintada de azul, construída sobre pilares feitos de troncos

para proteger-se das enchentes. Quando o rio estava baixo e a praia aparecia, subia-se por uma escadinha. Nas enchentes a canoa parava na porta da casa. Lá também moravam os xerimbabos: dois cachorros vira-latas, o Malhadinho e a Dama, uma tartaruga, uma preguiça, dois papagaios que sabiam falar bom dia e algumas galinhas que ficavam ciscando no quintal, botando ovos e virando canja quando alguém adoecia, pobrezinhas.

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O menino era fascinado pelas histórias que se passavam dentro da floresta onde habitavam o Curupira, o Matinta Pereira,

o uirapuru, as borboletas, os tucanos e as feras. Adorava conversar com o avô, que conhecia todas as árvores, pois havia sido seringueiro a vida inteira. Principalmente quando ele falava sobre o Gavião real, que roubava as criancinhas distraídas e saía com elas penduradas nas suas garras voando para o alto das árvores, de onde nunca mais voltavam. Mundinho ficava todo arrepiado quando o avô contava a parte que falava que o pássaro comia as criancinhas. O menino ficava agoniado só de ouvir aquilo, principalmente porque sabia que perto dali, no topo de uma castanheira, havia um ninho de Gavião real. Nos fundos da casa já começava a floresta. Era como se fosse uma cortina verde. Grandes árvores, muitos ruídos à noite, muito mistério lá dentro. O avô sempre dizia para não se afastarem muito da casa nem entrarem sozinhos na floresta.

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Um dia ele brincava com o seu melhor amigo, o Chiquinho da Maria, quando de repente ouviram um barulho surdo, como se fosse

alguma coisa muito pesada caindo no chão. O barulho não veio de perto, andaram um pouco ouvindo as folhas se embaraçando na floresta. Era lá dentro, pensaram,mas não muito longe, porque dava para ouvir de onde eles estavam.

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Andando nas pontas dos pés os dois entraram só um pouquinho na mata. Seguiam um som que agora se misturava a um gemido fino que se repetia.

De repente o viram. Era um filhote de Gavião real. Apesar de bem novinho ainda, era um pássaro grande e pesado. Tinha os olhos bem abertos e assustados. Embora ainda pequenas, suas garras eram pontudas e afiadas. Seu corpo estava coberto de uma penugem branca e a coroa de penas cinzentas ainda não havia nascido na sua cabeça.

Estava caído de costas sobre um monte de folhas secas e olhava assustado para os meninos que pareciam ainda mais assustados do que ele.

– É um Gavião real, exclamou Mundinho. Nunca pensei em ver um de perto.

– Não tenhas medo, tranquilizou Chiquinho. É só um filhote. Nem sabe voar. Eles só saem do ninho para voar quando completam um ano.

– Então ele caiu do ninho. Coitadinho! Será que a mãe dele não viu nada?

– Pode ter sido isso, mas é esquisito, porque o teu avô falou que as mães não saem da árvore nem se afastam do ninho enquanto o filho não cresce e aprende a voar.

– Vai ver que ela foi buscar comida. Olha, acho que ele quebrou a asa!. Não consegue se mexer e quando a gente toca ele grita.

– Podemos fazer uma tala para ele ficar bom.

– Eu sei como se faz. Deve ser igual à que o doutor Escobar fez com o bracinho da mana quando ela caiu e quebrou. Ele fez uma capa de gesso e amarrou para que ela não se mexesse até ficar boa, disse Mundinho.

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– Mas aqui não tem gesso reclamou o impaciente Chiquinho

– Mas tem folhas, gravetos e cipós, solucionou Mundinho.

Os meninos imobilizaram a asa do gaviãozinho, deram-lhe água e foram buscar frutas em casa para que comesse.

– Bico calado, disse Mundinho. Ninguém pode saber.

E assim, todos os dias os dois meninos saíam de casa na hora certa, depois do almoço, para cuidar e alimentar o gaviãozinho, que se fortalecia e ficava cada vez mais amigo deles.

Estava para completar três semanas, quando os meninos chegaram e o gaviãozinho os esperava de pé, tentando mexer as asas.

– Me ajudem,quero ir embora, pediu. Só que a minha asa está amarrada e pesa muito, reclamou.

Os meninos desamarraram os cipós e deixaram cair as folhas que serviram de apoio para a asa partida.

– Já estou bom, querem ver?, disse o gaviãozinho tentando voar, sem conseguir. Teimoso apostou: vou ficar treinando mais um dia e acho que amanhã já posso voltar para casa.

– Quando você for embora vamos ficar com saudade, disse Mundinho.

– Eu também, respondeu o gaviãozinho. Mas não se preocupem, nunca vou esquecer a nossa amizade e tudo o que vocês fizeram por mim. Prometo voltar quando crescer e levar vocês para um passeio até o meu ninho. Não tenham medo, Gaviões reais não comem criancinhas, completou com os olhinhos brilhando. Combinado?

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– Combinado, disseram os meninos, engolindo as lágrimas.

No dia seguinte acordaram mais cedo e antes de ir para a escola entraram na mata para ver mais uma vez o gaviãozinho. Mas o ninho de folhas estava vazio. Dentro dele uma pluma branca deixada pelo pássaro em forma de adeus.

Mundinho pegou a pluma e a colocou entre as folhas do seu livro de Ciências.

– É um presente que ele deixou para nós. Vamos guardá-lo para sempre e quando sentirmos saudade podemos olhar e lembrar do nosso amigo.

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Os dias da infância passaram mais rápido do que a corrida dos peixes no rio na época da piracema. O tempo de escola foi ficando para traz. Mundinho virou Raimundo e

Chiquinho virou Chicão. Um se tornou pescador; o outro passou a acompanhar o pai nos alagados onde trabalhavam na extração da juta que depois era posta para secar para ser vendida.

Só se encontravam nas festas tradicionais da cidade e há muito tempo não conversavam sobre o gaviãozinho.

Na volta para casa, depois da festa de Nossa Senhora da Floresta, os amigos conversavam sobre as meninas bonitas que pretendiam conquistar na época de São João. O caminho estava escuro e silencioso, as estrelas mal apareciam no céu. Por fim a lua saiu de traz das nuvens, as folhas brilharam e o caminho ficou iluminado. Foi quando desceram lentamente do céu duas penas prateadas. Eram grandes, bonitas. Os jovens as receberam nas mãos e se entreolharam assustados.

– São penas de Gavião real. É, de um grande gavião. Mas... os Gaviões não voam à noite.....

– Será que são do “nosso” Gavião? disse Raimundo

– Que nada. Ele nem se lembra de nós. Era tão pequenino quando foi embora... respondeu o incrédulo Chicão.

– Vou guardar a minha para sempre, disse Mundinho. Tenho certeza que é dele.

– Bom, por via das dúvidas eu também vou guardar a minha, disse Chicão.

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No mês seguinte os amigos se encontraram de novo. Dessa vez dentro de um recreio a caminho da Festa de Santo Alberto, em Barcelos.

A conversa animada, a expectativa da festa, a música e as garotas que estavam a bordo distraíram os amigos ,tornando a viagem agradável. Os rapazes nem lembravam mais das penas do gavião que traziam nas mochilas, da lua prateada e das garotas da festa da Senhora da Floresta.

À noite, armaram as redes e ficaram ainda a conversar baixinho para não atrapalhar os companheiros de viagem que dormiam tranquilos. Já de madrugada o sono chegou e os dois fecharam os olhos, vencidos pela monotonia do toc toc do motor.

Ainda dormiam quando o sol manchou de luz as águas do rio......Faltavam apenas algumas horas para a chegada. Os cheiros do café da manhã tomaram conta da atmosfera do barco regional com suas redes coloridas: bananas fritas, tapioquinhas, cará, batada doce, beiju, vinho de cupuaçu e de taperebá, café com leite condensado, queijo de coalho. Os passageiros se levantavam e a fila para os banheiros aumentava cada vez mais. Todos arrumavam as bagagens porque dali a pouco avistariam a igrejinha de Barcelos onde seria a grande festa do padroeiro.

Raimundo e Chicão resolveram ficar nas redes mais um pouco. Não tinham pressa nem estavam com fome.

O prático Souza assumiu o timão . Acabara de render o comandante Aguiar que passara a noite navegando.

– Olha, disse Chicão, eu trouxe a minha pena de gavião pra mostrar para as meninas. Pra ter como começar uma conversa, sabes como é. Elas não vão acreditar!

– Pois eu também trouxe a minha, respondeu Raimundo, ela está sempre na minha mochila. Vai que o nosso Gavião aparece ....Gosto de estar perto dela.

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O porto estava todo enfeitado de bandeirinhas iguais às da frente da igreja de Santo Alberto. As barraquinhas de

comida já estavam armadas perfumando a cidade com o cheiro do picadinho de tartaruga, da galinha ao molho pardo e dos peixes assando nas brasas.

Não se via uma moça nas ruas. Elas estavam recolhidas nas suas casas preparando-se para a o arraial da noite. Terminavam as bainhas dos vestidos, perfumavam os cabelos com óleos tirados das cascas das árvores e rezavam de vez em quando para que o santo lhes arranjasse um bom marido.

Quando a noite chegou, a cidade virou festa, o porto cheio de barcos vindos de outros beiradões. Raimundo e Chicão comeram, beberam e dançaram a noite toda. De madrugada encostaram-se em uma árvore e fecharam os olhos com a visão da lua refletida nas águas e o perfume de flor das meninas guardado no coração.

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Nem sentiram quando o Gavião real os carregou para o céu. Quando acordaram estavam na copa de uma samaumeira de

mais de 40 metros de altura, dentro de um ninho feito de cipós. Dois olhos enormes olhavam dentro dos olhos deles.

– Lembram de mim? – disse o Gavião se mexendo, sacudindo perigosamente o ninho de mais de dois metros de diâmetro.

Os rapazes estremeceram com a voz possante da ave e o insólito da situação.

– Você é o nosso gaviãozinho? atreveu-se Raimundo.

– Isso mesmo. E vou cumprir a minha promessa de leva-los para passear no céu.

– Agora? perguntou Chicão se tremendo todo, tentando levantar-se. Será que estou sonhando?

– Não, Chicão, não é um sonho. Não tenham medo. Antes do nosso passeio precisamos fazer uma coisa muito importante. Temos que cumprimentar o nosso rei, o Gavião mais velho desta floresta. Ele é o dono do nosso céu e de todas essas nuvens. Então, vamos?

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Raimundo subiu no dorso do gavião, agarrando-se ao pescoço da ave, enquanto Chicão foi suspenso pelas garras.

Um arrepio de medo percorreu os dois quando o Gavião se lançou com eles no céu na direção do ninho do rei de todos os Gaviões. A viagem não demorou muito. Logo estavam sentados ao pé de uma velha ave de plumas ralas e olhos embaçados. Sem saber o que fazer, ambos se curvaram, como se faz diante dos reis. O rei dos Gaviões correspondeu à saudação mexendo a cabeça de um lado para o outro, revirando os olhos cansados.

– Sejam bem vindos, há muito tempo quero conhecê-los. Soube que são gente boa e amiga. Temos uma dívida de gratidão com vocês. Passeiem pelo céu, vejam a Natureza como é bela e rica. Aprendam a cuidar dela. A nossa esperança está em pessoas como vocês. Podem ir. Sejam felizes.

Dizendo isso, o velho Gavião meteu o bico embaixo da asa direita e dali tirou duas pedras: uma vermelha, a outra amarela.

– Levem essas pedras com vocês. Guardem-nas. É uma lembrança deste momento. É a única que terão - completou enigmaticamente.

Os jovens despediram-se do velho e deram início a uma viagem fantástica pelos céus.

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No caminho o Gavião lhes mostrou os rios correndo lá embaixo, a chuva se formando nas nuvens, a floresta balançando ao vento, as aves voando no

céu.

Os jovens estavam maravilhados com o espetáculo da Natureza em todo o seu vigor e beleza.

– Peguem as pedras que o rei dos Gaviões lhes deu e olhem através delas. Verão a vida correr na seiva das árvores, os peixes se formando nas ovas das mães, as folhas e as flores se abrindo, a água dos rios brotando das montanhas, as serpentes em seus esconderijos, as formigas em seus formigueiros, enfim todos os seres em perfeita harmonia.

Tudo o que forma a Natureza é nosso. Todos podemos apreciá-la e viver dela. Mas as pessoas não sabem usá-la. Querem ver? É muito triste o que vou mostrar agora, discursou o Gavião real.

Fez então uma curva fechada e desceu um pouco mais, aproximando-se da terra. A primeira sensação foi o calor, depois o ar pesado, a fumaça e aí, então, apareceram árvores com as copas em chamas.

– Olhem bem para isso, pediu o Gavião.

– Estão queimando tudo. É daí que vem aquela fumaça e aquele cheiro de queimado que não deixa a gente respirar direito, observou Raimundo. Mas estamos muito longe de casa.....

– Prestem atenção: uma só arvore que morre, uma borboleta sufocada na mata , um só rio que se suja com lixo, afeta o mundo inteiro. Desequilibra a vida de todos nós.

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Os rapazes ficaram pensativos e preocupados com o que ouviam. O Gavião desceu mais um pouco.

– Estão vendo essas máquinas? São elas que cortam as árvores. Daqui a pouco teremos que fugir para mais longe. É muito triste....

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Ao dizer isso, uma lágrima pesada escorreu dos seus olhos caindo como uma gota de chuva no solo devastado.

– Nunca esqueci o que vocês fizeram por mim. Vocês salvaram a minha vida, dando chance à continuidade da minha espécie. Por isso resolvi voltar a vê-los para que levem essa mensagem de alerta aos seus parentes, vizinhos e amigos. A Natureza não pode morrer, senão tudo se acaba também.

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Precisamos de vocês para que essa destruição pare de acontecer – resumiu – pousando ao pé de uma grande árvore.

Aqui termina o nosso passeio. A viagem é um segredo que só nós podemos saber.

Esta é a árvore do esquecimento, disse, ferindo com o bico o tronco, de onde escorreu uma seiva esbranquiçada. Bebam, vou deixar vocês no lugar em que os encontrei. Vocês acordarão pensando que tudo foi um sonho. Mas as pedras que o nosso rei deixou em suas mãos , as coisas que lhes mostrei farão de vocês dois protetores da Natureza. A beleza da Natureza e a nossa amizade ficarão para sempre guardadas nos seus corações.

Adeus amigos, toda vez que virem o ninho de um Gavião real, pensem em mim e contem para as pessoas tudo o que aprenderam com este seu amigo.

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O Gavião-real pertence à espécie das Harpias. Tem vários nomes: Gavião real, gavião de penacho, uiruetê, uiraçu, uraçu, cutucurumim e uiraçu verdadeiro. É uma da maiores aves de rapina do mundo, com envergadura de 2,5 metros e pode pesar até 10 quilos.

(Wikipidia)

Programa de conservação do Gavião Real

Em 1997 o INPA – Instituto de Pesquisas da Amazônia criou um Programa de proteção ao Gavião real, após a descoberta do primeiro ninho dessa ave, em uma floresta próxima de Manaus. O programa reúne cientistas, pesquisadores estudantes e voluntários que fazem o mapeamento e o monitoramento dos ninhos, informando as populações dos lugares onde eles habitam, da importância de preservar essa espécie para o equilíbrio ambiental.

Até agora estão sendo monitorados 60 ninhos no amazonas, Roraima, Pará e Rondônia.

Se você tiver o privilégio de ver um ninho de Gavião real, colabore com o Programa passando a informação para o e-mail: [email protected]. Junte-se ao Raimundo e ao Chicão na proteção à Natureza.

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O Gavião-real pertence à espécie das Harpias. Tem vários

nomes: Gavião real, gavião de penacho, uiruetê, uiraçu, uraçu, cutucurumim e uiraçu

verdadeiro. É uma da maiores aves de rapina do mundo, com

envergadura de 2,5 metros e pode pesar até 10 quilos.