gaurda provisória liminar

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  • PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

    TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO ACRDO/DECISO MONOCRTICA

    REGISTRADORAS SOR N

    ACRDO '""" "'" "''U||y | J | | |PI llll llll llll Vistos, relatados e discutidos estes autos de

    Agravo de Instrumento n2 0133420-24.2011.8.26.0000, da Comarca de So Jos do Rio Preto, em que agravante MARYELLE FERNANDA SANTOS sendo agravado RODRIGO FABIANO BERNARDO.

    ACORDAM, em 6- Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de

    conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA.

    So Paulo, 29 de setembro de 2011.

    VITO GUGLIELMI RELATOR

    (o

  • PODER JUDICIRIO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    VOTO N 22.241

    AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0133420-24.2011.8.26.0000

    RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO COMARCA :

    DESEMBARGADOR VITO GUGLIELMI M. F. S. R. F. B. SO JOS DO RIO PRETO -2a VARA DA FAMLIA E SUCESSES

    MENOR. GUARDA. REGULAMENTAO. ATRIBUIO DA GUARDA PROVISRIA AO GENITOR. ADMISSIBILIDADE. GUARDA PROVISRIA CONCEDIDA COM BASE EM CONCLUSES DOS SETORES TCNICOS. AGRAVANTE, ADEMAIS, QUE NO APONTOU QUALQUER SITUAO DE RISCO EFETIVO E CONCRETO ADVINDO DO EXERCCIO DA GUARDA PELO RECORRIDO. DECISO DE CONCESSO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.

    1. Trata-se de agravo de instrumento interposto em ao de modificao de guarda de menor, tirado contra deciso interlocutria que concedeu a guarda provisria da criana em favor do genitor demandante, com apoio em levantamento tcnico realizado.

    A agravante informa que o menor foi residir com a av paterna porque necessitava de cuidados especiais, mas que sempre manteve contato com seu filho, acompanhando o seu desenvolvimento no dia-a-dia. Acrescenta que teve que retirar o menor da residncia da av paterna

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    porque a mesma viajou com o mesmo no Carnaval de 2011 sem lhe dar qualquer satisfao. Argumenta que o menor no foi retirado fora, nem tampouco estranhou o novo lar, pois mantinha contato direto com seu filho. Afirma que o agravado no consegue se manter em nenhum emprego e busca a guarda do menor com objetivos pessoais.

    Foi indeferido efeito suspensivo (fls. 60). Decorreu o prazo legal sem que o agravado tenha

    apresentado resposta (fls. 62). o relatrio.

    2. Preliminarmente, consigno que dispenso a manifestao da Douta Procuradoria Geral de Justia porque se trata de tema interlocutrio, de carter provisrio, sem influncia no mrito da demanda e que ser reavaliado por ocasio da sentena e da apelao, quando o Ministrio Pblico ter oportunidade para manifestao.

    Inconsistente o reclamo. Em demanda prpria de regulamentao de guarda, deferiu o D. Magistrado o pedido para concesso da guarda provisria da menor ao genitor demandante, com apoio em levantamento tcnico, cuja cpia no veio aos autos de agravo. E acertadamente.

    Em primeiro lugar, como confessa a prpria agravante, o menor residiu com a av paterna e o genitor desde os sete meses de idade pois, segundo a mesma, a av se prontificou a cuidar de seu filho, que tem problemas de sade.

    A prova dos autos, portanto, no sentido de que embora a guarda do menor seja da genitora, a guarda de fato exercida pela av paterna e, ao que parece, est cuidado do neto com o zelo necessrio.

    E assim deve a situao permanecer, at que, aps o debate contraditrio e com ampla possibilidade de produo de provas, o juzo possa apreciar a questo posta sob julgamento.

    Em sede de cognio prvia e sumria no se poderia concluir que o menor estivesse sob risco iminente, a justificar o indeferimento da antecipao de tutela.

    AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0133420-24.2011.8.26.0000 - SO JOS DO RIO PRETO - FL. 2

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    Excepcionadas, portanto, aquelas especialssimas circunstncias que demandem a alterao da guarda - e, sempre, no interesse da menor - melhor que a matria seja debatida sob o crivo do contraditrio, quando as partes podero provar as respectivas alegaes, de modo a possibilitar ao juzo bem apanhar os seus exatos termos.

    Imperioso que eventual alterao seja feita com fundamentos fticos mais slidos que uma referncia exclusivamente pessoal, unilateral, de modo a manter o desejado equilbrio processual das partes.

    Outrossim, nunca demais lembrar, essas alteraes abruptas de guarda que acabam causando prejuzo maior formao do menor. Alguns fatos que as partes, no seu juzo subjetivo isolado, imaginem causar dano ao menor podem, no mais das vezes, sequer por ele serem percebidas.

    Como j se decidiu: "Menor. Guarda. Modificao pretendida pelo pai. Inadmissibilidade. Alegao de que uma das filhas estaria incomodada com o novo relacionamento da me. Causa de pedir que no corresponde a nenhum fato grave. Ao julgada improcedente. Improvimento ao recurso. princpio assente que no se deve alterar situao satisfatria dos filhos, sob guarda definitiva de fato ou de direito, seno quando sobrevenham graves razes em contrrio. E no constitui razo grave a suposio de que a filha estaria incomodada com o novo relacionamento amoroso da me, ao qual o autor nada imputou de imoral" (TJSP - Ap. Cvel n. 155.333-4/0 -Estrela D'Oeste - 2a Cmara de Direito Privado -Rei. CezarPeluso-j. 15.03.2001).

    "Guarda de menor - Pedido de antecipao da

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    tutela fundado em supostos maus-tratos e falta de cuidados por parte da me dos infantes -No demonstrao dos pressupostos legais (CPC, art. 273) - Ausncia de prova inequvoca acerca da ocorrncia de fatos graves indicativos da necessidade de adoo de providncias urgentes - Necessidade de melhor esclarecimento da matria controvertida no curso da instruo - Recurso provido" (TJSP -Ag. Inst. n. 355.271-4/5 - So Vicente - 6a Cmara de Direito Privado - Rei. Sebastio Carlos Garcia -j . 11.11.2004).

    "Menor - Modificao de guarda - Inexistncia de indcios de abandono, inrcia, negligncia ou falta grave imputvel ao detentor da guarda -Baixo desempenho escolar que pode resultar de difcil adaptao em novo meio estudantil -Manuteno da situao atual que se revela mais adequada em fase de cognio sumria e convencimento provisrio - Recurso improvido" (TJSP - Ag. Inst. n. 172.027-4/9 -Andradina - 1a Cmara de Direito Privado - Rei. Elliot Ake l - j . 21.11.2000).

    Deve, portanto, ser mantida a situao existente at que provimento de mrito, aps a discusso do tema, se faa.

    Ressalte-se, por outro lado, que se trata a presente de deciso de carter provisrio, adotada com base na prova sumria produzida at o momento, no implicando, por isso, necessariamente, numa concluso J' definitiva pela preferncia do exerccio da guarda pelo genitor ou mesmo pela

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    inaptido de seu exerccio pela agravante, temas que devero ser discutidos sob o crivo do contraditrio e a partir de exauriente atividade cognoscitiva.

    De resto, de se notar que em nenhum momento a agravante indica a possibilidade de risco efetivo e concreto criana, a partir da manuteno da deciso, que somente deve ser alterada, por bvio, a partir de fundamentos fticos mais slidos que uma referncia exclusivamente pessoal e unilateral, como na hiptese do presente recurso.

    3. Nestes termos, nga-se provimento ao recurso.

    w Vito Guglinlmi

    Relator

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