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Page 1: GASTOS COM PESSOAL NA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL: … · gastos com pessoal devem ser controlados à medida que possa satisfazer as necessidades de mão-de- obra municipal e evidentemente

GASTOS COM PESSOAL NA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL: UM ESTUDO APLICADO

AO ESTADO DO PARANÁ

Cristiane Fatima Zolin, (G), Unespar – Câmpus de Campo Mourão, [email protected] Fabiana Furusato Tomé, (G), Unespar – Câmpus de Campo Mourão, [email protected]

Jorge Leandro Delconte Ferreira, (OR), Unespar – Câmpus de Campo Mourão, [email protected]

RESUMO: A presente pesquisa teve como objetivo verificar a evolução dos gastos com pessoal nos municípios paranaenses nos anos de 2003 a 2012. O recorte temporal de 10 anos permitiu a identificação de tendências relacionadas aos gastos públicos, as quais são úteis para inferências sobre a qualidade da gestão pública. A pesquisa caracteriza-se como uma análise descritiva, pautando-se no método quantitativo. Os dados foram extraídos do site IPARDES, sendo coletados dados sobre as receitas correntes líquidas, gastos com pessoal, IDH-m e número de habitantes dos municípios em estudo. A seguir, foram calculadas as médias de gasto com pessoal (em percentual da Receita Corrente Líquida), para permitir a comparação entre grupos de municípios. Para fins de análise os municípios foram agrupados com base em dois critérios: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-m) e o tamanho populacional. Em relação aos municípios analisados em função do IDH-m, pode-se concluir que os municípios que apresentam menor IDH-m são os que possuem menor gasto com pessoal, os com médio IDH-m têm um gasto intermediário e os que têm IDH-m mais elevado são os municípios que apresentam maiores gastos relativos com pessoal, exceto os municípios com IDH-m acima de 0.75 que possuem uma lógica de variação divergente. Já em relação às faixas populacionais, verifica-se que os municípios seguem um padrão de gastos semelhantes. No decorrer do período analisado, os gastos crescem e diminuem em praticamente todos os municípios de forma muito semelhante, exceto nos que possuem até 10 mil habitantes, que tiveram uma média de gasto menor. Palavras-chave: Lei de Responsabilidade Fiscal. Gastos com Pessoal. Gestão Pública. INTRODUÇÃO

Para manter o equilíbrio econômico das finanças públicas, foram criados mecanismos como a

Lei de Responsabilidade Fiscal e outras normas que objetivam um controle mais eficiente, detalhado e

transparente da alocação dos recursos públicos. Tais mecanismos impõem não apenas procedimentos,

mas também limites e critérios de alocação aos gastos governamentais. Em relação aos gastos com

pessoal, o limitador tem por base a arrecadação das receitas correntes líquidas, estipulando percentuais

permissivos a serem gastos com a folha de pagamento.

Esta pesquisa propôs uma análise dos gastos municipais relacionados com pessoal no estado

do Paraná, evidenciando sua evolução durante o período de 2003 a 2012. O recorte temporal de dez

anos possibilitou a identificação de tendências, relacionadas aos gastos públicos, as quais são úteis

para inferências sobre a qualidade da gestão pública.

Para que o objetivo da pesquisa fosse atingido, foi necessária a realização da apuração do

percentual das receitas correntes líquidas dos municípios, que são destinados a custear os gastos

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públicos com pessoal. Verificou-se o cumprimento das exigências impostas pela LRF no que diz

respeito ao controle de gastos com folha de pagamento dos funcionários públicos e seus encargos.

Na gestão pública municipal, estes gastos são fatores determinantes para o planejamento, haja

vista que é por meio deste que se procura o equilíbrio e transparência com relação à prestação de

contas ao Estado e à sociedade. A pesquisa torna-se relevante, pois a identificação das despesas com

pessoal e análise de seu contexto evolutivo na gestão pública pode proporcionar informações que

auxiliem os gestores nas tomadas de decisão. Para os habitantes dos municípios em estudo servirá

como fonte de consulta sobre a utilização dos recursos públicos.

Este artigo está organizado da seguinte maneira: além desta sessão introdutória, tem-se uma

segunda que apresenta os conceitos que fundamentaram essa pesquisa. Os procedimentos

metodológicos estão expostos na terceira sessão, seguidos da análise dos dados, por fim apresentam-se

as conclusões.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao abordar a evolução dos gastos públicos com pessoal, procura-se idealizar um conjunto de

referenciais teóricos que servirão de base para o aprofundamento e entendimento desse estudo. Com

isso, faz-se necessário uma abordagem sobre a Lei 101/2000, que determina as ações dos gastos

públicos com pessoal, bem como os limites relacionados a esses gastos.

A Lei Complementar n° 101/2000 descreve determinadas medidas que contribuem para o

controle e imposição de limites com os gastos do pessoal no setor público. São fatores que causam

impacto na gestão com relação à análise dos gastos e qualificam as tomadas de decisões dentro dos

limites impostos pela LRF (BRASIL, 2000).

Com base na Receita Corrente Líquida, são identificados os limites com as despesas com

pessoal, como forma de buscar controle sob a remuneração e a contratação de empregados no setor

municipal. Os gastos com o pessoal do setor público municipal estão relacionados com os objetos da

despesa corrente envolvendo encargos e a folha de pagamento.

O controle dessas despesas formaliza a organização e o planejamento dentro do orçamento da

administração pública, visando diminuir os gastos com pessoal, com medidas que poderão estar

relacionadas à redução de remunerações dos cargos de confiança, ou até mesmo chegar à exclusão

desses cargos (BRASIL, 2000). Outra prevista se enquadra no desligamento de servidores efetivos,

quando sendo desnecessário o cargo ou tarefa exercida pelo profissional, observando a legislação que

regulamenta o setor público.

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Orçamento Público

O planejamento financeiro e orçamentário das atividades do setor público, além de ser

obrigatório, é elemento essencial para uma gestão eficiente. Sendo assim, se faz necessário prever as

receitas e as despesas, de forma detalhada, visando à execução da tarefa administrativa de distribuição

das receitas, tendo em vista, assegurar eficiência, eficácia e efetividade dos gastos na gestão pública,

no curto e no longo prazo.

Essa dinâmica de planejamento é fundamental para todo tipo de gasto, em especial os gastos

com pessoal, que correspondem à grande parcela dos dispêndios públicos. Não se deve, contudo,

ignorar que os gastos com pessoal podem variar de acordo com a gestão e por características

específicas dos municípios como, por exemplo, porte, localização, dispersão geográfica, dentre outros.

Dentro dessa análise, a administração pública busca interpretar e avaliar os gastos com a

contratação de pessoas, levando em consideração as necessidades da sociedade, bem como a

compreensão dos interesses da comunidade. É uma forma de organizar as estruturas municipais dentro

das demandas da população, aproximar as realidades dos municípios a seus gastos e efetiva

distribuição das receitas.

Segundo Silva (2004, p. 26) orçamento é um instrumento da administração pública. Através

dele, pode-se prever e autorizar despesas a serem realizadas pelo Estado durante o exercício. Nessa

visão de planejamento público, o orçamento se faz importante, pois possibilita a otimização dos gastos

ampliando novas estratégias de aplicabilidade dos recursos financeiros. Além disso, é por meio do

orçamento público que os cidadãos passam a ser informados sobre o quantitativo dos gastos e a forma

como estão sendo alocados nos diversos programas do município. Melhor prestação de serviços

públicos, atendimento educacional, saúde e seguranças, entre outros destinados a atender as

necessidades da população e proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas.

Nesse contexto, Piscitelli et al. (2009, p. 29) explica que “uma ação planejada do Estado, quer

na manutenção de suas atividades, quer na execução de seus projetos, se materializa através do

orçamento público”.

É nesse sentido, que o orçamento passa a fazer parte da otimização dos gastos, de modo a

gerenciar os custos operacionais que se referem à folha de pagamento e a contratação de funcionários

para os cargos públicos, sejam eles de confiança ou não. Para Piscitelliet al (2009), é por meio do

orçamento público que são discriminados a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, além de

conter a natureza dos gastos a serem efetuados.

No que diz respeito às despesas com pessoal no setor público, a organização orçamentária

busca a qualidade dos gastos com pessoal por meio da eliminação dos desperdícios, ou seja, da

contratação de novos funcionários para cargos desnecessários, ou ocupantes de cargos de confiança.

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Essa diretriz aponta para a eficiência na prestação de bons serviços e foca na melhoria continua com

cursos de capacitação para os profissionais, promovendo o uso eficiente das receitas, além de

aprimorar a qualidade dos gastos, tornando-os investimentos humanos. Ricardo (1982, p. 166)

descreve que o melhor de todos os planos financeiros é gastar pouco. Assim, o autor refere-se que os

gastos com pessoal devem ser controlados à medida que possa satisfazer as necessidades de mão-de-

obra municipal e evidentemente economizar os recursos financeiros e melhorar as capacidades de

equilíbrio do capital público.

Bugarin (2004, p. 14) salienta a ideia de desempenho qualitativo e aborda a eficiência na

gestão financeira e na execução orçamentária. Ele explica que isso é possível a partir da maximização

da receita e da arrecadação, além, da diminuição dos gastos públicos.

Esses gastos podem ser minimizados com o controle de despesas com o pessoal na gestão

municipal, e isso evidentemente atua como fator dominante que determina um controle sobre a

contratação de pessoal e do número de profissionais necessário para o atendimento das necessidades

funcionais dos municípios.

Despesas Públicas

As despesas públicas são realizadas, quando ocorre um desembolso de recursos públicos a fim

de atender as necessidades e interesses do município. Segundo Silva (2009, p. 240), é composta de

“todos os desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos no

interesse geral da comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em decorrência de contratos ou

outros instrumentos”.

Assim, a despesa pública é constituída, segundo Kohama por:

Gastos na lei orçamentária ou especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais, como, os compromissos da dívida pública, ou a restituição ou pagamento de importância recebida a título de cauções, depósitos e consignações. (KOHAMA, 2008, p. 87)

As despesas públicas estão relacionadas com os gastos de recursos do patrimônio, para o

funcionamento das atividades e serviços prestados a população. Dessa forma pode ser representada por

uma saída de recursos financeiros ou o reconhecimento de uma obrigação.

Conforme a Lei 4.320/64, as despesas se classificam nas seguintes categorias econômicas:

despesas de capital e despesas correntes.

As despesas de capital envolvem investimentos, inversões financeiras e transferências de

capital. São dispêndios direcionados para obras públicas, como investimentos em instalações,

equipamentos, imóveis, pagamento da dívida pública e transferências de recursos para construção de

escolas e hospitais, assim, como outros prédios para instalações de instituições públicas.

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Já as despesas correntes envolvem as despesas de custeio e as transferências correntes. Nelas

estão inseridas as manutenções de equipamentos e funcionamento dos serviços públicos, material de

consumo, contribuições e subvenções, destinadas a atender as necessidades de outras entidades

públicas ou privadas.

Especificamente, no que diz respeito aos gastos com pessoal, estes são classificados como

despesa corrente. Como há uma vedação expressa em financiar as despesas correntes com receitas de

capital, a sua fonte de financiamento dos gastos com pessoal é exclusivamente constituída pelas

receitas correntes.

A Lei de Responsabilidade Fiscal e os Limites de Gastos com Pessoal

A despesa pública está limitada pela Lei da Responsabilidade Fiscal, apresentando maior

transparência das contas públicas, fornecendo informações de forma clara e de qualidade. Conforme a

LRF, existe uma base de cálculo utilizado para medir os limites impostos pela lei: a Receita Corrente

Líquida (RCL). Esta serve de base para cálculo dos percentuais dos gastos com pessoal, de despesas

previdenciárias, serviços de terceiros entre outros. Segundo Silva (2009, p. 40), “a RCL é à base de

cálculo de todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e sobre ela serão calculados os

percentuais de gastos previstos na lei”.

A Lei da Responsabilidade Fiscal é o nome pelo qual ficou conhecida a Lei Complementar

101/2000. Segundo Gama e Lima (2012, p. 2) ela é “uma lei ordinária e tem por objetivo regulamentar

as finanças públicas, segundo permissivo constitucional”. Tal Lei enfatiza a transparência das ações,

para que a gestão pública seja eficaz apresentando resultados positivos, proporcionando equilíbrio nas

finanças através da prevenção de gastos excessivos.

Matias (2006, p. 297) explica que, a LRF busca “aumentar a qualidade das ações, fiscalizando

a aplicação dos recursos da administração pública, coibindo os excessos que causam danos ou

prejuízos ao patrimônio público”. Um dos principais atributos da lei consiste na imposição de limites

aos gastos com pessoal em virtude do mesmo abranger a maior parte das receitas correntes líquidas.

As despesas com pessoal envolvem os gastos com funcionários nos setores públicos, que

garantam atendimento as necessidades da população. Estão relacionados à organização dos gastos

públicos com a manutenção, aprimoramento e contratação de pessoal dentro das demandas de

trabalho. É nesse contexto que se faz importante a aplicação dos limites impostos pela LRF, buscando

o equilíbrio das contas públicas.

Segundo a Lei Complementar nº 101/2000, os gastos são limitados da seguinte maneira: 50%

para a União, 60% para Estados e 60% para os municípios. No que diz respeito aos municípios, os

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gastos com pessoal não poderá exceder 6% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do

Município, quando houver) e 54% para o Executivo.

Para fins de apuração dos gastos com pessoal municipal, não serão computados as despesas

com indenização por motivo de demissão, gastos com incentivo a demissão e despesas com inativos

custeados com recursos de fundos próprios.

Toda vez que o gasto com pessoal ultrapassar 95% do limite estabelecido, instala-se o

chamado limite prudencial, onde a própria LRF impõe providências para evitar que o mesmo se

exceda. Dentre elas pode-se citar o impedimento da concessão de aumento, reajuste ou adequação

salarial, criar novos cargos, empregos ou funções, alterar estrutura de carreira, fazer horas extras, bem

como impedi a contratação de novos funcionários. Caso o município ultrapasse o limite prudencial,

estará sujeito a várias penalidades, como: vedação ao recebimento de transferências voluntárias,

restrições para contratar operações de crédito, dentre outros.

Evolução das Transferências Constitucionais

Os limites das despesas com pessoal não é novidade para os gestores públicos, pois,

anteriormente à LRF, já existiam leis que tratavam deste assunto. A Constituição Federal de 1988

(CF/88), no seu artigo 169, já determinava: a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei

complementar. Com a CF/88 aconteceu à descentralização fiscal. Com isso os municípios se

beneficiaram com uma melhor distribuição de recursos intergovernamentais e aumento de recursos

próprios. Contudo receberam novas competências adicionais, principalmente aos ligados a educação e

a saúde, resultando em maior participação municipal no pagamento desses gastos, antes de

responsabilidade da União.

Por meio do orçamento público, os governantes objetivam satisfazer as necessidades sociais,

através de uma eficiente utilização dos recursos e correção da distribuição de renda em uma sociedade

(NASCIMENTO, 2006).

Por lei parte das receitas arrecadas pela União e Estados devem ser repassados aos municípios,

com fins a amenizar as desigualdades regionais promovendo o equilíbrio socioeconômico. Dentre os

principais recursos estão o Fundo de Participação dos municípios, Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

Segundo Morgado (2011), a tributação no setor público possui três funções características: a

função alocativa, distributiva e estabilizadora. Na função alocativa, o governo necessita fazer escolhas

sobre quais investimentos deverão ser realizados. Isso acontece porque os recursos não são suficientes

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para custear todos os gastos existentes. Assim, o governo escolhe alocar os recursos financeiros no

desenvolvimento dos setores que possuam maiores necessidades.

A função estabilizadora consiste na aplicação de diversas políticas, visando o

desenvolvimento e crescimento econômico, buscando a otimização dos recursos e estabilidade de

preços, dentre outros. Para tanto o governo utiliza de instrumentos como as políticas fiscais e

monetárias.

A função distributiva luta contra as diferenças regionais e sociais, na busca do

desenvolvimento das regiões e classes menos beneficiadas, com intuito de atenuar as desigualdades

sociais. O governo redistribui os recursos adquiridos através de impostos, transferências, subsídios

governamentais e isenções e os utiliza, oferecendo serviços públicos como saúde, educação, segurança

para as classes menos favorecidas.

Essas funções estão diretamente relacionadas, a fim de proporcionar uma melhor

redistribuição de renda, cabendo ao Estado utilizá-las de maneira mais eficiente possível. Neste

contexto, conclui-se que a função alocativa está relacionada aos gastos públicos na promoção de bens

e serviços a população, e os programas de transferência de renda à função distributiva, na busca de

minimizar a desigualdade social e a má distribuição de renda.

Estudos Recentes sobre Análise de Gastos com Pessoal no Setor Público

A preocupação com o tema gasto com pessoal na gestão pública, não é inédita. Esta pesquisa

pode ser considerada inovadora para o Estado do Paraná. Contudo, muitos pesquisadores já realizaram

estudos semelhantes, abordando outros contextos.

Nesse sentido, Paula Júnior e Borges (2008), estudaram o comportamento dos gastos com

pessoal no município de Caicó/RN, antes e depois da promulgação da LRF, a fim de verificar se as

despesas com pessoal obedeceram aos limites impostos pela Lei. Concluíram que os gastos com

pessoal no município diminuíram para que se fossem cumpridos as exigências impostas.

Já Alves (2005), buscou verificar se os três poderes no Distrito Federal cumprem com as

exigências impostas pela LRF, no que diz respeito aos gastos com pessoal. Seu objetivo foi verificar

qual dos poderes possui o maior e o menor gasto respectivamente. O autor concluiu que os três

poderes cumprem com os limites estipulados pela Lei, sendo que o maior gasto é atribuído ao poder

judiciário e o menor ao poder legislativo.

Custódia (2010) propôs um estudo sobre os efeitos dos indicadores previstos na LRF, sobre

despesas com pessoal da União. Tendo como objetivo a apresentação e análise da evolução dessas

despesas nos municípios brasileiros em relação à Receita Corrente Líquida. Concluiu-se que dentro do

período estudado, houve um crescimento dos referidos gastos. Sendo assim, o autor ressalta a

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importância de limitar o crescimento dessa evolução, a fim de não ultrapassar os limites legais e

manter o equilíbrio econômico.

METODOLOGIA

Este estudo abordou os gastos com pessoal no setor público municipal, analisando sua

evolução. É uma pesquisa descritiva – a qual, segundo Gil (1999), tem por finalidade evidenciar

aspectos do objeto em estudo. Para Gil (1999, p. 46) as pesquisas descritivas têm como objetivo a

descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de

relações entre variáveis.

Neste caso, buscou-se evidenciar a evolução dos gastos públicos com pessoal, por meio de

comparações entre os municípios, analisando os percentuais das receitas correntes líquidas aplicados

na folha de pagamento e seus encargos, tendo por base dois critérios de agrupamento dos municípios:

tamanho da população e o nível de desenvolvimento (empregando-se para este último o Índice de

Desenvolvimento Humano Médio - IDH-m).

A pesquisa pautou-se no método quantitativo. Segundo Martins e Lintz (2000) a análise

quantitativa ocorre na busca de mensurar ou medir variáveis.

Em relação à coleta e o tratamento dos dados, na execução desta pesquisa, foram coletados

dados secundários sobre as receitas correntes líquidas e despesas com pessoal nos municípios em

estudo. Os dados foram relacionados com vistas a encontrar a representatividade dos gastos com

pessoal, em relação à receita corrente líquida, em termos percentuais. Os mesmos foram coletados a

partir de pesquisa em banco de dados, do site do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico

e Social - IPARDES.

Em seguida, a partir de dados do próprio IPARDES, realizou-se o agrupamento entres os

municípios. Quanto ao nível de desenvolvimento, optou-se por não utilizar o agrupamento padrão

proposto pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, visto que a utilização do agrupamento

sugerido pelo IDH-m deixaria um número de municípios muito pequeno no primeiro e último grupo1.

Foram criados quatro agrupamentos, sendo o primeiro composto pelos municípios com IDH-m de até

0,65; o segundo com os municípios de até 0,70 de IDH-m; o terceiro com os municípios cujo IDH-m

oscilava até 0,75 e o último com os demais municípios.

1 O agrupamento inferior seria composto por apenas 4 municípios e o superior conteria apenas 2, o que

comprometeria estatisticamente as análises.

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Quanto ao tamanho populacional, os municípios foram agrupados em quatro faixas, utilizando

como critério a quantidade de habitantes de cada município. Buscou-se estabelecer os cortes para as

quatro faixas de forma a manter uma quantidade mínima de 30 municípios2 por faixa estudada.

ANÁLISE DOS DADOS

Este tópico apresenta a análise dos dados com vistas a explanar os efeitos causados pela

evolução dos gastos com pessoal nos municípios paranaenses. Descreve as variações, apresentando as

diferenças significativas encontradas nos municípios em estudo. Inicialmente foram realizadas análises

com base no grau de desenvolvimento dos municípios, aferidos pelos índices do IDH-m, conforme

expresso nas análises gráficas a seguir:

35%

40%

45%

50%

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Ano

Per

cent

ual d

a R

CL

IDH-m acima de 0.75(31 mun.)

IDH-m de 0.70 a 0.75(200 mun.)

IDH-m de 0.65 a 0.70(129 mun.)

IDH-m até 0.65 (39mun.)

Gráfico 01 – Evolução dos gastos com pessoal em relação a RCL, segundo o IDH-m. Fonte: Dados da

pesquisa.

O gráfico 01 apresenta os dados relacionados ao percentual da RCL que foram despendidos

com folha de pagamento e seus encargos nos municípios paranaenses, agrupados segundo o Índice de

Desenvolvimento Humano – IDH-m. Neste gráfico foram utilizados quatro faixas de

desenvolvimento, sendo elas: IDH-m até 0,65, IDH-m de 0,65 a 0,70, IDH-m de 0,70 a 0,75 e IDH-m

acima de 0,75.

2 Segundo o Teorema Central do Limite, amostras suficientemente grandes (com 30≥n ) asseguram a

distribuição normal dos elementos constituintes da amostra.

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O gráfico ilustra o comportamento da evolução dos gastos com pessoal, a fim de verificar se

os municípios evoluíram de forma semelhante ou diversa, em relação a sua classificação no

agrupamento das faixas propostas. Permitiu ainda constatar se os gastos possuem uma lógica de

variação, onde, por exemplo, municípios com baixo IDH-m tendem a utilizar menos recursos e os com

alto IDH-m mais ou não.

Pode-se observar que os municípios que possuem o IDH-m acima de 0,75 possuem um

comportamento de gastos diferente dos demais, mesmo apresentando curvatura semelhante em alguns

momentos, ou seja, quando as demais faixas sobem ou descem, nem sempre esta faixa superior

acompanha a flutuação, demonstrando comportamento não correlacionado com as demais. Por essa

razão no gráfico a seguir, a mesma foi excluída, analisando somente o comportamento das demais

faixas.

35%

40%

45%

50%

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Ano

Per

cent

ual d

a R

CL

IDH-m de 0.70 a 0.75(200 mun.)

IDH-m de 0.65 a 0.70(129 mun.)

IDH-m até 0.65 (39mun.)

Gráfico 02 – Evolução dos gastos com pessoal em relação a RCL, segundo o IDH-m. Fonte: Dados da

pesquisa.

Com base na análise do gráfico 02, considerando todos os municípios em estudo, pode-se

observar que aqueles que apresentam menor IDH-m são os que possuem menor gasto com pessoal, os

com médio IDH-m têm um gasto intermediário e os que têm IDH-m mais elevado são os municípios

que gastam mais. Desconsiderando os municípios com IDH-m acima de 0.75 essa lógica é válida.

Para explicar o fato dos municípios com IDH-m até 0,65, terem uma média de gasto menor

com a folha de pagamento hipóteses foram criadas. Municípios com baixo índice de IDH-m podem

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apresentar baixos investimentos na educação e saúde, o que influencia diretamente na qualidade de

vida da população reduzindo o índice de IDH-m do município. A má distribuição dos recursos

públicos por parte dos governantes pode impactar na baixa oferta de educação e saúde, na prestação de

serviços de qualidade, por falta de profissionais dessas áreas não atraídos pelas remunerações

ofertadas.

Em todos os anos analisados, de 2003 a 2012, todos os municípios apresentaram um

comportamento de gasto muito semelhante, havendo uma tendência declinante em 2005, 2008 e 2011,

havendo inversões, ocorrendo picos nos anos de 2003, 2007, 2009 e 2012. Aparentemente essa

oscilação ocorre como um ciclo a cada três anos.

O gráfico 03 apresenta os percentuais da RCL gastos com folha de pagamento e seus

encargos, sendo agrupados segundo as faixas populacionais dos municípios. Nesta pesquisa o

agrupamento se deu pela quantidade de habitantes dos municípios em estudo. Os índices foram

distribuídos da seguinte forma: municípios com até 10 mil habitantes, de 10 mil a 20 mil habitantes, de

20 mil a 50 mil habitantes e acima de 50 mil habitantes.

35.0%

40.0%

45.0%

50.0%

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012 Ano

Per

cent

ual

da R

CL

Até 10.000 habitantes(203 mun.)

10.001 a 20.000habitantes (109 mun.)

20.001 a 50.000habitantes ( 55 mun.)

mais de 50.000habitantes ( 32 mun.)

Gráfico 03 – Evolução dos gastos com pessoal em relação a RCL, segundo as faixas populacionais.

Fonte: Dados da pesquisa.

Observou-se que os municípios seguem um padrão de gastos semelhantes, quando analisado

em função da população. No decorrer dos anos os percentuais despendidos com a folha de pagamento

crescem e diminuem em praticamente todos os municípios de forma muito parecida. O agrupamento

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dos municípios com até 10 mil habitantes também segue o comportamento dos demais, intensificando

contudo nos anos de 2005 e 2009 (fundo e pico do gráfico, respectivamente). Assim, mesmo

apresentando valores percentuais diferentes, todos os agrupamentos tiveram no decorrer da evolução

incrementos ou reduções semelhantes, podendo ser confirmado através do cruzamento das linhas

apresentadas no gráfico.

Os municípios com até 10 mil habitantes são os que tiveram uma média de gasto menor,

exceto no ano de 2009, apresentando um crescimento expressivo em relação aos outros municípios em

análise. As demais faixas não apresentaram nenhuma mudança que fugisse do padrão constante de

gasto. Hipóteses foram levantadas nesta análise para explicar a razão pelos quais municípios

com número inferior a 10 mil habitantes obtiveram uma média de gasto menor em relação aos

outros agrupamentos. A quantidade populacional pode interferir diretamente na quantidade de

serviços públicos a serem prestados na área da saúde, educação e saneamento básico. Outra

hipótese está relacionada à renda per capita arrecada nesses municípios. Uma arrecadação de

tributos relativamente baixa influencia diretamente no montante disponível a ser despendido

com a folha de pagamento dos servidores públicos. Neste caso o município terá poucos

recursos para investir em educação, saúde entre outros. Outra premissa pode estar relacionada

à localização dos municípios deste agrupamento, os mesmos podem estar situados próximos a

cidades maiores, com uma infraestrutura dotada de recursos capaz de atender os habitantes de

cidades vizinhas, prestando serviços públicos principalmente na saúde, reduzindo a

necessidade de gastos por parte dos municípios menores nessa área.

Tendo em vista que as posições de maior gasto percentual (em termos de RCL) se alterna no

período entre os grupos de municípios, conclui-se através da análise dos dados deste gráfico, que os

percentuais gastos pelos municípios independem da quantidade de habitantes existentes, exceto nos

municípios com população de até 10 mil habitantes, que durante sua evolução sempre esteve abaixo da

média de gastos das outras faixas do agrupamento, exceto no ano de 2009.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa abordou a evolução dos gastos públicos com pessoal nos municípios

paranaenses entre os anos de 2003 a 2012. O Estado do Paraná abrange 399 municípios que serviram

de amostra a fim de atingir os objetivos propostos que consiste na verificação da evolução desses

gastos. O recorte temporal de dez anos possibilitou a identificação de tendências, relacionadas aos

gastos públicos, as quais são úteis para inferências sobre a qualidade da gestão pública.

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O estudo apresentou as principais variações encontradas nos municípios no decorrer da

evolução, permitindo verificar se os municípios evoluíram de forma semelhante ou diversa em relação

ao seu agrupamento. Para fins de análise o agrupamento dos municípios ocorreu com base em dois

critérios: o Índice de Desenvolvimento Humano e o tamanho populacional.

Em relação aos municípios analisados em função do IDH-m, pode-se concluir que os

municípios que apresentam menor IDH-m são os que possuem menor gasto com pessoal, os com

médio IDH-m têm um gasto intermediário e os que têm IDH-m mais elevado são os municípios que

apresentam maiores gastos relativos com pessoal, exceto os municípios com IDH-m acima de 0.75 que

possuem uma lógica de variação divergente.

Para explicar o fato dos municípios com IDH-m mais baixo terem uma média de gasto menor

com a folha de pagamento pode-se inferir que os Municípios com baixo índice de IDH-m apresentam

baixos investimentos na educação e saúde, o que influencia diretamente na qualidade de vida da

população reduzindo o índice de IDH-m do município. A má distribuição dos recursos públicos por

parte dos governantes pode impactar na baixa oferta de educação e saúde, na prestação de serviços de

qualidade, por falta de profissionais dessas áreas não atraídos pelas remunerações ofertadas

Já em relação às faixas populacionais, verificou-se que os municípios seguem um padrão de

gastos semelhantes. No decorrer do período analisado, os gastos crescem e diminuem em praticamente

todos os municípios de forma muito semelhante, alternando-se o grupo de municípios que apresenta o

maior e o menor gasto, exceto nos que possuem até 10 mil habitantes, que tiveram uma média de gasto

menor em todos os anos (menos em 2009). Tal fato pode ser explicado porque a quantidade

populacional pode interferir diretamente na quantidade de serviços públicos a serem prestados

na área da saúde, educação e saneamento básico.

Outra hipótese está relacionada à renda per capita arrecada nesses municípios. Uma

arrecadação de tributos relativamente baixa influencia diretamente no montante disponível a

ser despendido com a folha de pagamento dos servidores públicos. Neste caso o município

terá poucos recursos para investir em educação, saúde entre outros. Outra premissa está

relacionada à localização dos municípios deste agrupamento, os mesmos podem estar situados

próximos a cidades maiores, com uma infraestrutura dotada de recursos capaz de atender os

habitantes de cidades vizinhas, prestando serviços públicos principalmente na saúde,

reduzindo a necessidade de gastos por parte dos municípios menores nessa área.

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