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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS ENGENHARIA CIVIL GABRIEL CARMINATTI ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE DOIS SISTEMAS CONSTRUTIVOS: CONVENCIONAL E PRÉ-FABRICADO NA CONSTRUÇÃO DE BARRACÕES INDÚSTRIAIS MARINGÁ 2014

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  • CENTRO UNIVERSITRIO DE MARING DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS,

    TECNOLGICAS E AGRRIAS ENGENHARIA CIVIL

    GABRIEL CARMINATTI

    ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE DOIS SISTEMAS

    CONSTRUTIVOS: CONVENCIONAL E PR-FABRICADO NA CONSTRUO DE

    BARRACES INDSTRIAIS

    MARING

    2014

  • 1

    GABRIEL CARMINATTI

    ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE DOIS SISTEMAS

    CONSTRUTIVOS: CONVENCIONAL E PR-FABRICADO NA CONSTRUO DE

    BARRACES INDSTRIAIS

    Monografia apresentada banca examinadora do Trabalho de Concluso de Curso de Engenharia Civil do Centro Universitrio de Maring, como parte dos requisitos necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Civil.

    Orientador: Prof. Ms. Julio Ricardo de Farias Fiess

    MARING

    2014

  • 2

    GABRIEL CARMINATTI

    ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE DOIS SISTEMAS

    CONSTRUTIVOS: CONVENCIONAL E PR-FABRICADO NA CONSTRUO DE

    BARRACES INDSTRIAIS

    Monografia apresentada banca examinadora do Trabalho de Concluso de Curso

    de Engenharia Civil do Centro Universitrio de Maring, como parte dos requisitos

    necessrios para a obteno do grau de Engenheiro Civil.

    BANCA EXAMINADORA

    ______________________________________

    Prof. Ms. Julio Ricardo de Faria Fiess

    Orientador

    ______________________________________

    Prof. Ms. Janaina de Melo Franco

    Co-orientador

    ______________________________________

    Prof. Dra. Snia Tomie Tanimoto

    ______________________________________

    Prof. Ms. Judson Ricardo Ribeiro da Silva

  • 3

    A minha famlia ...

    Que sempre me incentivou neste longo

    caminho de estudos e nunca mediu

    esforos para que eu pudesse chegar at

    aqui.

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    A Prof. Ms. Janaina de Melo Franco, por dedicar seu tempo e conhecimento

    para tornar possvel a concluso deste trabalho.

    Ao Prof. Ms. Julio Ricardo de Faria Fiess, pelo seu apoio neste trabalho.

    Aos colegas de classe e trabalho, que estiveram sempre ao meu lado, dando

    suporte e me ajudando a aprender o que trabalho em equipe.

  • 5

    RESUMO

    Este trabalho tem por objetivo principal realizar um estudo comparativo analtico-financeiro entre os sistemas construtivos convencional e pr-fabricado na construo de barraces industriais. Dentre os sistemas em questo, foi avaliado sistematicamente os quesitos oramentrios relacionados a custo e o prazo de durao de cada sistema construtivo. Foi verificado que o sistema pr-fabricado apresenta reduo tanto no custo final da obra como no tempo de execuo. Aps anlise dos custos e prazos obtidos atravs de uma construtora da cidade de Maring-PR na construo de dois barraces semelhantes, foi constatado que o barraco pr-fabricado possui um custo 22% inferior em comparao ao barraco construido no mtodo convencional. Isto pode indicar que o mtodo pr-fabricado possui maior viabilidade econmica. Em relao a durao da edificao o mtodo construtivo pr-fabricado se mostrou 33% clere ao mtodo convencional, isto pode indicar que alm de maior viabilidade financeira tambm possui maior viabilidade em termos de prazos. Contudo, no presente estudo a construo do tipo pr-fabricada apresentou potencial tanto em relao a reduo de custos quanto reduo de durao, podendo ser considerado um sistema vivel financeiramente no setor na construo civil.

    Palavras chave: custo, cronograma, sistema convencional, sistema pr-fabricado.

  • 6

    ABSTRACT

    This work has as main objective to accomplish an analytical and financial comparative study between conventional building systems and prefabricated construction of industrial sheds . Among the systems in question was systematically evaluated the budget items related to cost and the term of each building system . It was found that the prefabricated system shows a reduction in both the final cost of the work as at runtime . After analyzing the cost and time obtained from a construction company in the city of Maring- PR in the construction of two similar barracks , it was found that the prefabricated shed has a cost 22 % lower on comparation to shed built in the conventional method. This may indicate that the precast method has greater economic feasibility . Regarding the duration of the building prefabricated construction method proved 33% quickly to the conventional method , this may indicate that in addition to greater financial viability also has more viable in terms of time . However , in this study the construction of prefabricated type has the potential both for cost reduction as the reduction of duration and can be considered a viable system financially in the sector in construction.

    Keywords: cost, schedule, conventional system , precast system.

  • 7

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1- Fluxograma de produo de elementos de concreto. ................................ 15

    Figura 2 - Elementos estruturais. .............................................................................. 15

    Figura 3 - Forma de pilar convencional com travamento. ......................................... 17

    Figura 4 - Frmula do clculo do BDI. ....................................................................... 25

    Figura 5 - Canteiro de Obras Obra A. .................................................................... 28

    Figura 6 - Canteiro de Obras Obra A. .................................................................... 29

    Figura 7- Canteiro de obras - Obra B. ....................................................................... 31

    Figura 8 - Canteiro de obras - Obra B. ...................................................................... 31

    Figura 9 - Comparao dos custos: sistema convencional x sistema pr-fabricado. 34

    Figura 10 - Comparao do cronograma de execuo: convencional x pr-fabricado.

    .................................................................................................................................. 36

  • 8

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Distribuio de custos de execuo de cada etapa da obra A.................29

    Tabela 2 - Distribuio de custos de execuo de cada etapa da obra B.................31

    Tabela 3 - Comparao de custos de execuo de cada etapa................................32

    Tabela 4 - Distribuio da durao das etapas de construo da obra A..................33

    Tabela 5 - Distribuio da durao das etapas de construo da obra B..................34

  • 9

    SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................ 11

    1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 12

    2. OBJETIVOS .................................................................................................... 13

    2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 13

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ..................................................................... 13

    3. REVISO DE LITERATURA ........................................................................... 14

    3.1 HISTRIA DO PR-FABRICADO ............................................................ 14

    3.2 CARACTERSTICAS DO SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL . 14

    3.2.1 ELEMENTOS DO SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL ......... 15

    3.2.1.1 FUNDAO ........................................................................................ 16

    3.2.1.2 PILARES ............................................................................................. 16

    3.2.1.3 VEDAO .......................................................................................... 17

    3.2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS ....................................................... 18

    3.2.2.1 VANTAGENS ...................................................................................... 18

    3.2.2.2 DESVANTAGENS .............................................................................. 18

    3.3 ELEMENTOS DO SISTEMA CONSTRUTIVO PR-FABRICADO ........... 19

    3.3.1 FUNDAO ........................................................................................... 19

    3.3.2 PILARES ................................................................................................ 19

    3.3.3 VEDAO ............................................................................................. 20

    3.3.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS ....................................................... 20

    3.3.4.1 VANTAGENS ...................................................................................... 20

    3.3.4.2 DESVANTAGENS .............................................................................. 21

    3.5 CUSTO E ORAMENTO .......................................................................... 21

    4. METODOLOGIA ............................................................................................. 26

    4.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA ........................................................ 26

    4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................... 26

    4.3 ANLISE E COMPARAO DE DADOS ................................................. 26

    5. RESULTADOS E DISCUSSO ...................................................................... 28

    5.1 DADOS DAS OBRAS ............................................................................... 28

    5.2 CUSTOS DAS OBRAS ............................................................................. 29

    5.3 PRAZO DE EXECUO .......................................................................... 34

    6. CONCLUSO ................................................................................................. 39

  • 10

    7. SUGESTO PARA FUTUROS ESTUDOS ..................................................... 40

    8. ANEXOS ......................................................................................................... 41

    9. REFERNCIAS .............................................................................................. 44

  • 11

    1. INTRODUO

    A utilizao do sistema construtivo pr-fabricado nasceu a partir da

    industrializao da construo civil com o uso de ferramentas e equipamentos

    modernos, possibilitando maior velocidade na produo e maior qualidade na

    construo em geral. A utilizao deste sistema construtivo tornou-se mais

    evidnciado no final da Segunda Guerra Mundial, quando a necessidade da

    construo de edifcios, escolas, hospitais e galpes em curto prazo de tempo foi de

    extrema importncia (VASCONCELOS, 2002). O sistema construtivo convencional,

    construdo de alvenaria de blocos cermicos, embora seja mais conhecido e mais

    usado na construo civil nacional, pode apresentar problemas relacionados a

    tortuosidades e desnivelamentos. Consequentemente, ocasiona menor qualidade e

    maiores perdas (YAMASHIRO, 2011).

    Nesse contexto, o setor da construo civil nacional vem realizando uma srie

    de mudanas em seus processos em busca de melhorias em todas as etapas

    construtivas. Em uma realidade de inflao limitada e grande competitividade, os

    ganhos em gesto e produtividade so cada dia mais valorizados e indispensveis,

    colocando a industrializao da contruo civil cada vez mais em destaque.

    As estruturas pr-fabricadas vem sendo usadas h mais de cinco dcadas no

    setor construtivo brasileiro, onde observou-se um aumento de 15% em sua produo

    em 2011, sendo que esta taxa que foi mantida em 2012. Alm disso, espera-se as

    mesmas estimativas de aumento para os para os prximos cinco anos, segundo

    dados da Associao Brasileira da Construo Industrializada de Concreto (ABCIC).

    A industrializao da construo com a utilizao de peas pr-fabricadas,

    possibilita inmeros benefcios que os mtodos tradicionais de produo mais

    evoludos no conseguem alcanar. Entre os benefcios, esto a reduo de

    desperdcios na obra, rapidez de execuo, maior controle dimensional e de

    qualidade de produtos e elementos construtivos, bem como a sistematizao e

    otimizao dos processos envolvidos na construo. Ainda, este tipo de

    industrializao gera um maior desenvolvimento do setor, proporcionando mo de

    obra mais qualificada, maior conhecimento tecnolgico, oferta de equipamentos mais

    avanados e maior controle de qualidade, gerando produtos com maior valor

    agregado (BARTH; VEFAGO, 2007).

  • 12

    O sistema construtivo pr-fabricado se caracteriza como um processo de

    construo em que a obra como um todo ou ao menos parte dela moldada fora do

    local definitivo de utilizao e, portanto, est relacionada a dois termos: pr-

    fabricao e a industrializao da construo (PERES, 2006).

    A norma ABNT NBR 9062:2004 traz a definio de pr-moldado e pr-

    fabricado. No item 3.5, da norma, pr-moldado definido como Elemento que

    executado fora do local definitivo de utilizao, produzido em condies menos

    rigorosa de controle de qualidade, sem a necessidade de pessoa, laboratrio e

    instalaes congneres prprias, enquanto o item 3.6 entende que pr-fabricado

    o Elemento produzido fora do local definitivo da estrutura, em usina ou instalaes

    anlogas que disponham de pessoal e instalaes laboratoriais permanentes para

    controle de qualidade.

    De acordo com Sabbatini (1989), pode-se afirmar que a tendncia da

    construo civil enquadrar-se como indstria, sendo assim, industrializar-se para a

    construo sinnimo de evoluir.

    1.1 JUSTIFICATIVA

    Considerando a busca da modernizao no setor da construo civil, a

    utilizao de pr-fabricados torna-se indispensvel por apresentar todos os

    benefcios j citados acima, principalmente a exigncia de menor quantidade de mo

    de obra, porm qualificada. Como consequncia, tende a aumentar a qualidade dos

    servios executados, ao mesmo tempo que reduz o tempo de execuo da obra. A

    qualidade no servio prestado e a economia de tempo, interferem significantemente

    na escolha do prestador de servios, pois garantir ao investidor um breve retorno

    do investimento realizado, alm da satisfao do cliente.

    Neste contexto, este estudo prope a realizao de um estudo comparativo

    de custos financeiros e prazos de execuo entre os dois sistemas construtivos: o

    pr-fabricado e o convencional, para verificar as vantagens entre eles em relao

    custo e tempo.

  • 13

    2. OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    O objetivo geral do presente estudo visa realizar um estudo comparativo

    anlitico-financeiro para a construo de barraces indstriais utilizando dois

    mtodos construvivos distintos, um deles de forma convencional e outro de forma

    indstrializada, com a utilizao de pr-fabricados na cidade de Maring-PR.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    - Analisar a quantidade de materiais estabelecidos no projeto padro e suas

    adequaes para o sistema construtivo pr-fabricado e para o convencional;

    - Realizar levantamento anlitico-financeiro dos materiais e servios;

    - Indicar dentre os sistemas, medidas de controle e avaliao de custos,

    materiais e mo de obra, e prazos.

  • 14

    3. REVISO DE LITERATURA

    3.1 HISTRIA DO PR-FABRICADO

    A criao do concreto armado aconteceu com a utilizao da pr-fabricao

    dos elementos, realizado fora do seu local de uso. Desta maneira, entendido que a

    utilizao do pr-fabricado comeou posteriormente com o nascimento do concreto

    armado (VASCONCELOS, 2002).

    Vasconcelos (2002) tambm afirma que a inveno do pr-fabricado foi

    originada na Frana, em 1981, na confeco de vigas pr-fabricadas na construo

    do Cassino de Biarritz. Ainda nos primeiros anos do sculo XX, principalmente nos

    EUA e na Europa, a tecnologia do concreto pr-fabricado sofreu grandes avanos.

    3.2 CARACTERSTICAS DO SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL

    O sistema construtivo convencional o mais conhecido e aquele construdo

    de alvenaria de blocos cermicos furados, macios e blocos de cimento (MAIA,

    1995).

    Este sistema ainda o sistema mais usado na construo civil nacional que

    possibilita infinitas formas plsticas e uma aceitao popular geral devido a tradio

    do brasileiro. Ainda assim, um sistema antigo que tem maiores chances de conter

    vcios construtivos (fora de prumo, fora de esquadro, peas tortas e desniveladas) e

    que tambm gera um maior ndice de desperdcio e menor ndice de qualidade, uma

    vez que os improvisos tomam conta do canteiro de obra e dificilmente as edificaes

    em geral so realmente elaboradas de acordo com os projetos (YAMASHIRO, 2011).

    Segundo Barros e Melhado (1998), para a execuo dos elementos com

    concreto convencional, recomendvel seguir um fluxograma bsico de produo

    (Figura 1), para se obter peas previamente projetadas e com a qualidade

    especificada.

  • 15

    Fonte: Barros e Melhado (1998).

    3.2.1 ELEMENTOS DO SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL

    A seguir apresentada a sequncia passo a passo do sistema construtivo

    convencional.

    Os elementos estruturais de uma edificao so constitudos por fundao,

    vigas, lajes e pilares (Figura 2). Sua funo distribuir toda a carga (peso prprio da

    edificao e o peso proveniente de seu uso e ocupao) para o solo. Tais elementos

    podem ser produzidos utilizando madeira, ao ou concreto armado sendo

    produzidos na prpria obra ou em fbricas especializadas.

    Figura 2 - Elementos estruturais.

    Fonte: Gavini (2014).

    Preparo das

    armaduras

    Preparo do concreto

    Produo e preparo

    das formasEmbutidos

    Montagem

    Transporte

    Concretagem

    Lanamento Adensamento

    cura

    Desforma

    Pea pronta

    Figura 1- Fluxograma de produo de elementos de concreto.

  • 16

    3.2.1.1 FUNDAO

    Fundao o elemento estrutural que tem por funo transmitir a carga da

    estrutura ao solo sem provocar ruptura do terreno de fundao ou do prprio

    elemento de ligao e cujos recalques possam ser satisfatoriamente absorvidos pelo

    conjunto estrutural (PACHECO, 2014).

    No sistema construtivo convencional utiliza-se a fundao indireta (profunda)

    de blocos com estacas, os quais so usados para receber as aes dos pilares e

    transmiti-las ao solo, o que pode ser feito diretamente ou atravs de estacas. As

    estacas so elementos que transmitem as aes ao solo, por meio do atrito ao longo

    da superfcie de contato e pelo apoio da ponta inferior no solo. Os blocos sobre

    estacas podem ser para 1,2,3, e teoricamente para n estacas. H uma infinidade de

    tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades especficas (BASTOS, 2006).

    De acordo com a NBR 6122:2010, fundao profunda o elemento da

    fundao que transmite a carga ao terreno ou pela base ou por sua superfcie

    lateral ou por uma combinao das duas, devendo sua ponta ou base estar assente

    em profundidade superior ao dobro da sua menor dimenso em planta, e no mnimo

    3 m. Neste tipo de fundao incluem-se as estacas e os tubules.

    3.2.1.2 PILARES

    De acordo com a ABNT NBR 6118:2003, os pilares so elementos lineares de

    eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as foras normais de

    compresso so preponderantes.

    Segundo Scadelai e Pinheiro (2005), os pilares tm como principal funo

    receber as aes que atuam nos diversos nveis e conduz-las at as fundaes.

    Assim que a forma e a ferragem esto prontas, deve-se mont-las no local do

    pilar. Primeiramente realiza-se a amarrao das novas ferragens com as esperas

    previamente deixadas nos blocos. Aps a colocao da ferragem ento fechada

    com a forma, que receber seu devido travamento (evitando que a mesma venha a

    romper com a cura do concreto) e posteriormente realiza-se a concretagem.

  • 17

    A concretagem dever ser realizada com o auxlio de caminho bomba, ou

    com a montagem de andaimes para que o concreto possa atingir a altura de 6 m do

    pilar .

    Figura 3 - Forma de pilar convencional com travamento.

    Fonte: PROPLAN (2011).

    3.2.1.3 VEDAO

    Segundo a NBR 15575-4:2013, vedaes verticais internas e externas so

    partes da edificao que limitam verticalmente a edificao e seus ambientes, como

    as fachadas e as paredes, ou divisrias, internas.

    A vedao definida por Franco (1992) apud (OLIVEIRA, 2013) como um

    sistema associado ao cumprimento dos requisitos de desempenho: segurana

    estrutural, isolao trmica, isolao acstica, estanqueidade, segurana ao fogo,

    estabilidade, durabilidade, esttica e economia.

    Na vedao pelo mtodo convencional pode ser utilizada lajota de cermica

    de seis furos com dimenses de 11,5 x 14 x 24 cm. Alm da lajota, preciso utilizar

    o revestimento argamassado, que consiste em chapisco, emboo e reboco, o que

    aumenta a quantidade de material utilizado, bem como a necessidade de mo de

    obra.

    Tambm, nesse sistema, necessrio o uso de vigas intermedirias e de

    fechamento para garantir a sustentabilidade e contra-ventamento da estrutura.

  • 18

    3.2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS

    3.2.2.1 VANTAGENS

    De acordo com Gonalves e Souza (2013), o sistema convencional em

    estrutura de concreto armado com elevaes em alvenaria no estrutural apresenta

    as seguintes vantagens:

    Resistncia mecnica e ao fogo;

    Facilidade de adaptao das formas, possibilitando variaes na concepo

    arquitetnica;

    Alta durabilidade com baixos custos de manuteno;

    Impermeabilidade;

    Aceitao tima por parte do usurio.

    3.2.2.2 DESVANTAGENS

    Segundo Gonalves e Souza (2013), o sistema convencional em estrutura de

    concreto armado com elevaes em alvenaria no estrutural apresenta as seguintes

    vantagens:

    Elevado peso prprio;

    essencial o uso de armaduras trabalhadas e em grande quantidade;

    Paredes tm apenas funo de vedao;

    Gerao de entulhos;

    Exige diversos tipos de mo de obra: pedreiros, armadores, apontadores,

    serventes;

    Pelo fato do mtodo ser artesanal, apresenta baixa produtividade na

    execuo.

  • 19

    3.3 ELEMENTOS DO SISTEMA CONSTRUTIVO PR-FABRICADO

    3.3.1 FUNDAO

    Geralmente, utiliza-se os seguintes tipos de fundao: tubulo, sapata,

    estacas pr-fabricadas, estacas escavadas e hlice contnua, que tambm so as

    mesmas utilizadas no mtodo convencional. Mas, a fundao que tem melhor

    desempenho e relao custo/benefcio a projetada em tubulo. Com frequncia o

    pr-fabricado utilizado em galpes industriais possui, em cada ponto de carga,

    momentos atuantes altos e contrapartida aos esforos normais baixos. Assim, as

    sapatas acabam tendo dimenses maiores para evitar o tombamento, observando

    que estas constituem a segunda opo. As estacas escavadas tambm apresentam

    ao relao custo/benefcio satisfatria, exceto a cravao de trilhos, soluo esta

    que deve ser adotada em ltimo caso (MANUAL MUNTE, 2007).

    A escolha da fundao mais adequada requer conhecer os esforos que

    atuam sobre a edificao, bem como as caractersticas do solo e dos elementos

    estruturais da mesma (FERREIRA et al. 2011).

    3.3.2 PILARES

    Os pilares pr-fabricados, assim como os moldados in loco, so classificados

    como elementos estruturais com sees prismticas, que passam por esforos

    verticais de compresso ou flexo-compresso. Graas pr-fabricagem, entretanto,

    so seccionados para sofrerem alm das cargas convencionais mas tambm a

    procedimentos diversificados como a desforma, estocagem, transporte obra,

    iamento e montagem (ELLIOT, 2002; VAN ACKER, 2002).

    Os pilares constituem as peas de maior complexidade e maior grau de

    dificuldade de execuo, tanto nas definies de projeto quanto na fbrica (MANUAL

    MUNTE, 2007).

    As dimenses dos pilares devem seguir aquela dos chamados fundos de

    frma, pois neles esto previstos os encaixes das laterais que fecham a frma,

    possibilitando a concretagem. Alm disso, as medidas mnimas dos pilares

    determinada pelo manuseio da pea, que se d com a retirada da frma, transporte

  • 20

    e montagem. Por essas razes, o pilar pr-fabricado no ter menos que 0,20 m de

    largura em uma das faces. O pilar padro, definido em funo do galpo padro,

    de 0,40 x 0,40 m (MANUAL MUNTE, 2007).

    3.3.3 VEDAO

    A maior parte das construes feitas com peas pr-fabricadas so

    constitudas de painis portantes, que so aquelas que recebem as cargas da

    edificao. As paredes, de acordo com sua funo, se classificam em: paredes

    portantes, paredes divisrias e paredes de contraventamento (OLIVEIRA, 2009). As

    divisrias, como o prprio nome j diz, servem apenas para dividir uma grande rea

    e, portanto, no tm capacidade para receber carga, enquanto as de

    contraventamento do estabilidade a edificao (MILMAN, 1971). Assim, so

    eliminadas colunas e vigas, o que traz economia ao sistema.

    Os painis podem ser produzidos em fbrica ou no prprio canteiro de

    obras, o que determinado pelo nmero de painis necessrios, das distncias a

    serem percorridas, dos equipamentos e profissionais disponveis. A fabricao no

    canteiro torna-se vivel economicamente quando se atinge uma determinada escala

    de produo, na qual verifica-se a reduo dos custos de transportes de insumos e

    de componentes, bem como das despesas com impostos de comercializao e

    produo (ALMEIDA, 2013).

    3.3.4 VANTAGENS E DESVANTAGENS

    3.3.4.1 VANTAGENS

    Iglesia (2006) enumera as seguintes vantagens do sistema pr-fabricado:

    Rapidez: o tempo necessrio para a construo de um edifcio que utiliza o

    sistema pr-fabricado muito menor do que com o sistema convencional;

    Qualidade: o concreto armado construdo em condies tais que permitam

    maior controle e homogeneidade apresenta maior qualidade;

  • 21

    Economia: neste sistema economiza-se com pilares e vigas laterais, bem

    como com a fundao que mais simples;

    Segurana: pelo fato das paredes serem moldadas no nvel do piso, elimina-

    se formas verticais, o que indica maior segurana para a equipe de trabalho;

    De acordo com Zamin (2009), as vantagens da construo pr-fabricada ou

    pr-fabricada so a rapidez, a limpeza no canteiro de obra, a garantia da

    construo nos prazos estabelecidos, a indicao da mo de obra e a possibilidade

    de combinao de materiais diferentes.

    3.3.4.2 DESVANTAGENS

    A estrutura pr-moldada ou pr-fabricada possui movimentao diferente em

    relao convencional entre seus componentes, portanto, se os elementos no

    forem utilizados de modo compatvel podem levar ocorrncia de patologias

    inesperadas. Alm disso, os custos iniciais so mais elevados (BRUMATTI, 2008).

    Para Carraro (2012), as desvantagens do sistema pr-fabricado esto

    relacionadas ao transporte e iamento, que se originam dos elementos pr-

    fabricados nos locais definitivos e a necessidade de prover a ligao entre os

    elementos que compem a estrutura.

    3.5 CUSTO E ORAMENTO

    De acordo com a NBR 12721:2005, os custos podem ser classificados como:

    Custo global da construo: Valor mnimo que pode ser atribudo

    construo da edificao para fins do disposto no art. 32, da Lei 4.591/64, quando o

    contrato for de Construo por Administrao. calculado com a utilizao do custo

    unitrio bsico divulgado pelos Sindicatos da Indstria da Construo Civil da

    localidade correspondente ao padro mais semelhante ao do imvel incorporado, e

    corresponde ao somatrio dos seguintes itens:

    a) valor resultante da multiplicao desse custo unitrio bsico pelo somatrio de

    todas as suas reas equivalentes rea de custo padro;

  • 22

    b) valor de todas as demais despesas no includas no clculo do custo unitrio

    bsico.

    Custo unitrio bsico: Custo por metro quadrado de construo do projeto-

    padro considerado.

    Custo unitrio da construo: Quociente da diviso do custo global da

    construo pela rea equivalente em rea de custo padro total.

    Mattos (2006) explica que o custo unitrio aquele que corresponde a uma

    unidade de servio. Por exemplo, custo de 1m de alvenaria de tijolo cermico de 9 x

    14 x 19 cm; custo de 1 kg de armao estrutural. A composio de custos unitrios

    uma tabela que apresenta todos os insumos que entram diretamente na execuo

    de uma unidade do servio, com seus respectivos custos unitrios e totais. Portanto,

    ela constituda de cinco colunas:

    a) insumo: cada um dos itens de material, mo de obra e equipamento que

    entra na execuo direta do servio;

    b) unidade: a unidade de medida do insumo (kg, m, m, un, homem-hora);

    c) ndice: a incidncia de cada insumo na execuo de uma unidade do

    servio;

    d) custo unitrio: custo de aquisio ou emprego de uma unidade de insumo;

    e) custo total: custo total do insumo na composio de custos unitrios.

    obtido pela multiplicao do ndice pelo custo unitrio. A somatria dessa coluna o

    custo total unitrio.

    Ainda segundo Mattos (2006), dado o nome de composio de custos o

    procedimento de determinao dos custos necessrios para a execuo de um

    servio ou etapa, separado por insumo coerente com requisitos determinados

    anteriormente. Tal composio aponta todos os insumos necessrios para a

    execuo de um servio, com suas devidas quantidades, e seus custos unitrios e

    totais.

    Para a composio de custos so levados em considerao os gastos com

    mo de obra, material e equipamentos. O estabelecimento da relevncia de cada

    uma dessas categorias a base do processo de determinao de qualquer

    composio de custos.

    Ao conhecer os custos de um produto, uma empresa pode tomar decises a

    seu respeito, saber se o mesmo vivel. Tambm pode, a partir dos custos

    apurados, analisar se pode baix-los ou no. Para Martins (2010,), O conhecimento

  • 23

    dos custos vital para saber se, dado o preo, o produto rentvel; ou, se no

    rentvel, se possvel reduzi-los.

    Para Atkinson et al. (2011), Custo definido como o valor monetrio de bens

    e servios gastos para se obter benefcios reais ou futuros ou, ainda, a soma dos

    valores de bens e servios consumidos e aplicados para obter um novo bem ou um

    novo servio.

    Com isto, verifica-se que custo tudo aquilo que a empresa gasta com o

    intuito de obter no final um benefcio, ou um produto. Assim, os custos seriam tudo o

    que gasto no processo produtivo, tudo o que utilizado para que se obtenha um

    produto ou servio.

    Segundo Backer e Jacobsen (1984):

    O custo de um produto determinado pela soma dos elementos de custos. Para transformar as matrias primas em produtos so necessrios outros esforos, como trabalho operrio (mo de obra), a utilizao de instalaes, as mquinas, a energia eltrica, os materiais auxiliares ou secundrios, os lubrificantes, a gua, a manuteno e os reparos das mquinas etc.

    Portanto, pode-se constatar que custo engloba todo tipo de gasto que se tem

    com a produo, independente de estar ligado diretamente com o produto ou no.

    Existem vrios tipos de custos, entre os quais incluem-se os custos diretos ou

    indiretos.

    Os custos diretos so aqueles que se relacionam de maneira direta com o

    produto. todo tipo de gasto no qual se pode identificar de maneira simples em qual

    produto o mesmo foi utilizado. De acordo com Martins (2010),

    Podemos verificar que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mo-de-obra utilizadas e at quantidade de fora consumida). So os custos diretos com relao aos produtos.

    Na apropriao, os custos diretos no sofrem nenhum tipo de rateio, j que

    no h necessidade, pois, os mesmos so especficos de uma unidade produzida ou

    de um servio prestado.

    Os custos indiretos no oferecem condio de uma medida objetiva e

    qualquer tentativa de alocao tem que ser feita de maneira estimada e muitas

    vezes arbitrria (como o aluguel, a superviso, as chefias, etc.). Dessa forma, a

  • 24

    diferena bsica entre os custos diretos e os custos indiretos est na sua relao

    com o produto em si, na capacidade de identificar o quanto foi gasto com uma

    unidade especfica (MARTINS, 2010).

    De acordo com a Tabela de Composio de Preos para Oramento (TCPO),

    so definidos os itens importantes para a elaborao de um oramento:

    Composies de custo: servios de obra que necessitam de insumos para se efetivarem.

    Insumos: so itens como materiais, mo-de-obra e equipamentos que fazem parteda composio de servio. Os insumos possuem uma unidade de medida e um coeficiente de consumo adequado para cada servio.

    Coeficiente: consumo apresentado para cada insumo inserido na composio.

    Contedo do servio: descreve as atividades que esto sendo consideradas no servio para obteno do coeficiente.

    Critrio de medio: indica como mensurar o quantitativo de servios usado no oramento. (TCPO, 2010)

    Ainda segundo a TCPO (2010), a diferena de custo e preo que o custo

    o resultado da somatria de todos os gastos individuais dos servios fundamentais

    para a construo adicionado o gasto com a infra-estrutura para a realizao de uma

    edificao. Preo, ou preo de venda, o valor financeiro do custo somado com os

    beneficos e despesas indiretas (BDI).

    A TCPO (2010) define BDI como uma taxa que se adiciona ao custo de uma

    obra para cobrir as despesas indiretas que o construtor tem, mais o risco do

    empreendimento, as despesas financeiras incorridas, os tributos incidentes na

    operao e eventuais despesas de comercializao. O lucro de interesse do

    construtor tambm adicionado ao BDI para a confeco de um oramento.

    O BDI o resultado de uma operao matemtica para indicar a margem

    cobrado do cliente, incluindo todos os custos diretos e indiretos, tributos e a sua

    remunerao pela realizao de um determinado empreendimento (TCPO, 2013). O

    resultado dessa operao abrange os seguintes fatores: tipo de obra, valor do

    contrato, prazo de execuo da obra, volume de faturamento da empresa, local da

    execuo da obra, entre outros.

    No caso de obras especiais ou de grandes portes, recomendado que o BDI

    seja calculado de acordo com a Figura 4.

  • 25

    Figura 4 - Frmula do clculo do BDI.

    Fonte: TCPO, 2013.

  • 26

    4. METODOLOGIA

    4.1 CARACTERIZAO DA PESQUISA

    Este estudo trata de uma pesquisa aplicada. O mtodo utilizado foi o

    comparativo. Olhando pela forma de abordagem das opes, constitui-se por

    quantitativa. (SILVA, 2005).

    4.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

    Para a coleta de dados foram utilizados os dados anlitico-financeiro de duas

    obras de mdio porte (600 m). No calculo do custo j est incluso os gastos com

    materiais e mo de obra, porm no est incluso o valor do BDI utilziado pela

    empresa. Uma das obras utilizam o mtodo construtivo convencional e outra no

    mtodo construtivo pr-fabricado, j realizadas por uma construtora na regio de

    Maring-PR. A pesquisa foi realizada no perodo de outubro de 2013 a junho de

    2014.

    4.3 ANLISE E COMPARAO DE DADOS

    As informaes foram obtidas comparando alm do custo total da obra sem o

    valor do BDI, como tambm os levantamentos nas seguintes etapas: fundao,

    pilares e vedao.

    O custo total da obra nos da informaes suficientes para a confeco de um

    grfico financeiro para ser realizado um comparativo entre os dois sistemas

    construtivos. Devido a diferena de dimenses entre as duas construes e para que

    a anlise seja coerente, ser utilizada a tcnica de custo por m, no qual se define

    em dividir o custo total da obra pela rea total da mesma.

    O prazo de entrega de cada obra separadamente foi obtido considerando o

    tempo transcorrido desde a contratao do servio at a entrega do produto, essa

  • 27

    informao foi baseada na data de assinatura do termo de abertura/escopo/contrato

    inicial com a data de entrega da chave da edificao para o cliente.

    Doravante denominaremos obra A, a obra realizada pelo sistema construtivo

    convencional, e obra B, a obra realizada pelo sistema pr-fabricado.

  • 28

    5. RESULTADOS E DISCUSSO

    5.1 DADOS DAS OBRAS

    A Obra A foi executada pelo sistema construtivo convencional, com uma

    dimenso de 20 m x 29,8 m, totalizando uma rea de 596 m (Figuras 3 e 4). Foi

    feita fundao de estacas de concreto armado com 4 m de profundidade. Foram

    utilizados 12 pilares e a rea de vedao com lajotas correspondeu

    aproximadamente a 600 m. O p direito tem uma altura de 6 m. Nesta obra foi

    aplicado revestimento argamassado, emboo, chapisco e reboco. O prazo de

    execuo foi de 6 meses.

    Na figura 5 possivel observar a falta de organizao no canteiro de obras da

    construo em alvenaria convencional, alm disso, pode-se observar a

    excessividade de resduos da construo civil (RCC).

    Figura 5 - Canteiro de Obras Obra A.

    Fonte: Autor.

    Ao avaliar a obra em questo, foi possvel observar que o mtodo

    convencional apresenta maior morosidade, isto , demora para concluso dos

  • 29

    procedimentos, uma vez que foi necessria a montagem de andaimes em todo o

    permetro da construo, tanto na parte interna quanto na parte externa no apenas

    para o assentamento das lajotas, mas tambm para o revestimento argamassado.

    A figura 6 apresenta o barraco com sua vedao j finalizada, sendo

    evidenciado ainda falta de organizao e a presena de resduos slidos no canteiro

    de obras.

    Figura 6 - Canteiro de Obras Obra A.

    Fonte: Autor.

    5.2 CUSTOS DAS OBRAS

    No Anexo A so apresentados os custos de cada etapa para a construo da

    obra A, sistema convencional, sendo realizado a diviso de custos entre as trs

    etapas principais e designados os valores gastos em cada micro-etapa. Na Tabela 1

    ilustrado um resumo de gastos em cada etapa.

  • 30

    Tabela 1 - Distribuio de custos de execuo de cada etapa.

    Fonte: Construtora de Maring.

    A obra A obteve um custo total em sua fundao de R$ 9.046,70, equivalente

    a 8,85% do custo total do empreendimento, sendo que o metro quadrado calculado

    correspondeu a R$ 15,18. Com relao aos pilares, o custo foi de R$ 16.689,76,

    correspondente a 16,33% do custo total, gerando o custo de R$ 28,00 o metro

    quadrado. J a vedao, responsavel por 74,82% do valor total da obra, tendo

    como custo total R$ 76.456,73, sendo R$ 128,28 o metro quadrado. Por ter sido

    utilizado lajotas convencionais, fez-se necessrio o uso de chapisco, emboo e

    reboco.

    O custo total foi de R$ 102.193,19, a qual possui rea total de 596 m e,

    portanto, levando a um custo/m de R$ 171,47.

    A Obra B foi executada pelo sistema construtivo pr-fabricado, com uma rea

    de 514,53 m (Figuras 7 e 8). Foi feita fundao de estacas de concreto armado com

    4 m de profundidade do tipo indireta sem nicho. Nesta obra foram utilizados 20

    pilares e a rea de vedao com placas correspondeu aproximadamente a 600 m.

    Nesta obra no foram aplicados emboo, chapisco e reboco O p direito com altura

    de 6 m e prazo de execuo de 4 meses.

    A figura 7 mostra a colocao das placas cimenticas para a vedao do

    barraco com a utilizao do caminho munck.

  • 31

    Figura 7- Canteiro de obras - Obra B.

    Fonte: Autor.

    Observando a Figura 7 possvel perceber a organizao e limpeza do

    canteiro de de obras, no sendo necessrio a montagem de andaimes e pouca mo

    de obra at mesmo na etapa de montagem das placas de vedao.

    Na figura 8 observa-se a aparncia do barraco construido no mtodo pr-

    fabricado, sem a utilizao de revestimentos.

    Figura 8 - Canteiro de obras - Obra B.

    Fonte: Autor.

  • 32

    Os custos de cada etapa envolvida na construo da obra B (sistema construtivo

    pr-fabricado), so apresentados no Anexo B, o qual demonstra a diviso de custos

    entre as trs etapas principais e designados os valores gastos em cada micro-etapa.

    O custo financeiro total envolvido em cada uma das etapas na construo da

    obra B, a saber: fundao, pilares e placa cimentcia, so apresentados na Tabela 2.

    Tabela 2 - Distribuio de custos de execuo de cada etapa.

    Fonte: Autor.

    A obra B obteve um custo total em sua fundao de R$ 8.095,70, equivalente

    a 11,20% do custo total do empreendimento, sendo que o metro quadrado

    calculado correspondeu a R$ 15,73. Com relao aos pilares, o custo foi de R$

    16.990,52, correspondente a 23,50% do custo total, gerando o custo de R$ 33,02 o

    metro quadrado. J o fechamento de placa cimentcia, responsavel por 65,31% do

    valor total da obra, gerando um custo total de R$ 47.224,77, sendo R$ 91,78 o metro

    quadrado.

    O custo total foi de R$ 72.310,99, a qual possui rea total de 514,53 m e,

    portanto, levando a um custo/m de R$ 140,54.

    Na Tabela 3 so apresentados os custos do metro quadrado da obra A,

    convencional, e da obra B, pr-fabricada, e a diferena entre esses mtodos

    expressa em porcentagem.

  • 33

    Tabela 3 - Comparao de custos de execuo de cada etapa.

    Fonte: Autor.

    A comparao dos resultados dos custos financeiros das obras construdas

    pelo sistema convencional e pelo sistema pr-fabricado revelou que a etapa de

    fundao se mostrou 3,65% mais vivel no mtodo convencional (R$ 15,18) do que

    no mtodo pr-fabricado (R$ 15,73).

    Com relao aos pilares, houve uma diferena de 17,92% a favor do sistema

    convencional (R$ 28,00) em relao ao sistema pr-fabricado (R$ 33,02).

    Considerando a vedao, o mtodo construtivo convencional (R$ 128,28) se

    mostrou 39,76% mais caro que o pr-fabricado (R$ 91,78). Esse valor se refere ao

    elevado custo da mo de obra do assentamento de lajotas e de aplicao de

    chapisco, emboo e reboco tanto na parte interna quanto na parte externa do

    barraco.

    O sistema construtivo convencional apresentou um custo total/m de R$

    171,46, enquanto o sistema construtivo pr-fabricado apresentou um custo total/m

    de R$ 140,54. Esses custos revelam que o sistema construtivo pr-fabricado

    apresentou um custo 22,00% menor do que o custo do sistema construtivo

    convencional.

    A Figura 9 apresenta a representao grfica do comparativo dos custos

    financeiros e a diferena entre os dois sistemas.

  • 34

    Figura 9 - Comparao dos custos: sistema convencional x sistema pr-fabricado.

    Fonte: Autor.

    5.3 PRAZO DE EXECUO

    Nas Tabelas 4 e 5 so apresentados os cronogramas de execuo das duas

    obras.

    Tabela 4 - Distribuio da durao das etapas de construo da obra A.

    Fonte: Construtora de Maring.

  • 35

    Na Tabela 4 temos o cronograma da obra A na qual o tempo de execuo foi

    de 180 dias.

    Nos dois primeiros meses de obra os trabalhadores foram concentrados a

    trabalhar na fundao, que aps ter sido concluida com aproximadamente 45 dias,

    foi dado inicio a confeco das ferragens a das formas dos pilares.

    Antes de ser dado nicio ao revestimento, tanto as instalaes eltricas

    quanto hidralicas foram preparadas e executadas, para desta forma no haver a

    necessidade de quebra de parede e refazer o revestimento.

    Aps os 120 dias os pilares estavam concluidos e foi dado incio ao

    assentamento de lajotas, devido ao p-direito de 6,0 metros de altura necessrio a

    montagem e desmontagem de andaimes.

    Aos 150 dias de obra foi finalizado o assentamento de alvenaria e de reboco,

    j que mais uma vez os andaimes tiveram de ser montados e desmontados para o

    revestimento argamassado da vedao.

    Os itens de vedao convencional destacados em cinza, alvenaria e

    revestimento argamassado, se mostram as etapas responsveis pela maior

    necessidade de tempo para execuo.

    Na tabela 5 apresentado o cronograma da obra B, pr-fabricado, que foi

    executada em 120 dias.

    Tabela 5 - Distribuio da durao das etapas de construo da obra B.

    Fonte: Construtora de Maring.

  • 36

    Nos primeiros 30 dias foi possivel dar inicio a confeco das armaes dos

    pilares e das placas de vedao na prpria indstria em paralelo com a execuo da

    infra-estrutura.

    Aos 60 dias os pilares j estavam prontos e entregues na obra, apenas no

    aguardo para iamento e montagem. Enquanto isso na indstria as placas eram

    produzidas simultaneamente. Nas placas previamente demarcadas foi instalado a

    tubulao hidrulica e os conduites eltricos.

    Ao trmino dos 120 dias as placas j estavam todas encaixadas em seus

    respectivos locais e apenas realizado alguns leves reparos em possveis placas,

    tambm foi finalizado as instalaes eltricas e hidrulicas.

    Os resultados demonstraram que o sistema construtivo convencional levou

    180 dias para sua finalizao, enquanto o mtodo pr-fabricado precisou de 120

    dias para sua concluso. Desta forma houve uma reduo de 33,3% no prazo da

    obra. Isso significa que o pr-fabricado apresenta expressiva vantagem sobre o

    mtodo convencional no apenas em relao aos custos como tambm em relao

    aos prazos.

    A Figura 10 faz a ilustrao em grfico da diferena em dias e mostra

    tambm em porcentagem.

    Figura 10 - Comparao do cronograma de execuo: convencional x pr-fabricado.

    Fonte: Autor

    A comparao dos resultados revelaram que o sistema pr-fabricado

    apresentou um menor custo em relao ao sistema convencional, podendo implicar

    em uma economia financeira para o cliente e para o construtor.

  • 37

    O outro fator analisado, o tempo de execuo, tambm se revelou inferior em

    comparao do pr-fabricado com o convencional, caracterizando-se uma vantagem

    na escolha desse mtodo conforme abordado prviamente (ZAMIN, 2009; IGLESIA,

    2006).

    Pode-se analisar que a maior influncia de diferena entre custos e prazos

    a fase de vedao dos barraces, uma vez que por haver a necessidade de

    revestimento argamassado, o mtodo convencional se mostra lento e caro se

    comparado ao mtodo pr-fabricado.

    Segundo Carneiro (2013), a utilizao de placas cimentcias pr-fabricadas

    para vedao se mostra mais caro do que ao mtodo convencional em torno de

    305% nos casos em que as perdas no so consideradas e de 234% considerando

    estas perdas.

    Entretanto, para sua comparao, Carneiro (2013) utilizou o revestimento

    argamassado no apenas no mtodo convencional, como tambm no mtodo pr-

    fabricado, deixando assim o custo deste intensificamente mais elevado.

    Em relao ao tempo de execuo, Carneiro (2013) considera apenas a

    durao de dias para a montagem das placas cimentcias no canteiro de obras,

    desconsiderando seu tempo de produo, transporte e estocagem. Desta forma, o

    tempo de montagem do sistema pr-fabricado demanda apenas 3,56% do tempo

    necessrio para a execuo em alvenaria convencional.

    Observa-se a grande diferena de durao entre os dois mtodos ainda na

    etapa de vedao. Em sua anlise, o tempo de execuo das alvenaria

    convencional em torno de 120 dias, enquanto no mtodo pr-fabricado de

    apenas 5 dias de trabalho. Neste aspecto Carneiro (2013) aplica a durao

    necessria para a realizao do revestimento argamassado no sistema

    convencional, entretanto no adicionado essa demanda de tempo no grfico do

    sistema pr-fabricado.

    Tambm para comparao de custos foi realizado um oramento (Anexo C)

    em uma terceira empresa do ramo de construo de barraces indstriais pr-

    fabricados na regio de Maring. Neste oramento foi orado um barraco indstrial

    de aproximadamente 500 m e foram especficados os mesmos trs itens: fundao,

    pilares e vedao.

    No oramento realizado pela terceira empresa tivemos um valor final de R$

    96.721,00, lembrando que este valor o custo da obra adicionado o BDI (lucro) da

  • 38

    empresa. Dividindo o valor pela rea da construo, teremos um valor mdio de R$

    193,42 por m.

    O custo do m obtido neste estudo foi de R$ 140,54 no mtodo pr-fabricado.

    Desta forma comparando os dois valores possvel observar que o BDI utilizado

    pela terceira empresa em torno de 27% sob do custo do pr-fabricado relatado

    neste estudo.

  • 39

    6. CONCLUSO

    Este presente trabalho realizou um estudo comparativo analtico-financeiro

    entre os sistemas construtivos convencional e pr-fabricado na construo de

    barraces industriais, no que se refere ao custo e benefcio de cada sistema.

    No estudo, a comparao dos resultados dos custos financeiros na

    construo utilizando o sistema construtivo convencional e o pr-fabricado indicaram

    que no sistema construtivo pr-fabricado o custo financeiro empregados na etapa de

    fundao foi superior ao custo do sistema convencional (3,65%). O custo financeiro

    dispendido nos pilares tambm foi superior no sistema construtivo pr-fabricado que

    no sistema convencional (17,92%). Na etapa de vedao, o custo financeiro

    apresentou uma diferena aproximadamente 40% inferior no sistema pr-fabricado

    (39,76%) comparado ao convencional. O custo financeiro total do empreendido no

    sistema pr-fabricado foi cerca de 20% inferior ao custo do mtodo convencional.

    O tempo de execuo necessrio para concluso da construo no sistema

    pr-fabricado foi bem inferior (33,3%) ao sistema convencional.

    Contudo, pode-se dizer que o maior responsvel pela diferena de custos e

    prazo a escolha no tipo de vedao a ser utilizada. Essa etapa demanda por maior

    custo e tempo de execuo principalmente devido a necessidade de revestimento,

    no caso, o chapisco, emboo e reboco.

    Por fim, no sistema pr-fabricado apresentou maior organizao e limpeza do

    canteiro de obras comparado ao convencional. Nisto que a reduo do custo

    financeiro e reduo no prazo de entrega somados organizao e limpeza no

    canteiro de obras, podem influenciar positivamente na escolha do mtodo

    construtivo pr-fabricado, a ser utilizado na construo de barraces indstriais.

    Alm disso, considera-se relevante o fato de o sistema pr-fabricado permitir

    a padronizao dos elementos, bem como o treinamento da mo de obra, o que

    poder refletir na qualidade final das obras executadas.

  • 40

    7. SUGESTO PARA FUTUROS ESTUDOS

    - Para estudos futuros sugere-se:

    Realizar um estudo comparativo entre dois sistemas avaliando

    qualitativamente cada etapa de produo, considerando treinamento

    de mo de obra, documentao, layout, condies iniciais,

    necessidade de estoque de materiais e transporte, execuo de junta,

    solda e concretagem, velocidade de execuo, produtividade da mo

    de obra e resduos gerados.

    Realizar o estudo envolvendo estruturas pr-moldadas, comparando o

    emprego de elementos moldados no canteiro de obras e aqueles

    executados por empresa terceirizada.

  • 41

    8. ANEXOS

    Anexo A - Distribuio de custos por etapas.

    .

    Fonte: Construtora de Maring.

  • 42

    Anexo B Distribuio de custos por etapas.

    Fonte: Construtora de Maring.

  • 43

    Anexo C Oramento realizado por uma terceira empresa com o valor do BDI.

    Fonte: Construtora de Maring.

  • 44

    9. REFERNCIAS

    ABNT. NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

    ABNT. NBR 6122. Projeto e execuo de fundaes. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.

    ABNT. NBR 9062. Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-fabricado. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

    ABNT. NBR 12721. Avaliao de custos de construo para incorporao imobiliria e outras disposies para condomnios edilcios. Rio de Janeiro, 2005.

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