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GABINETE DO DEPUTADO DARCISIO PERONDI PMDB/RS RELATOR DA PEC 241/2016 - NOVO REGIME DE AJUSTE FISCAL EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16 1) Descontrole no pagamento de benefícios sociais: o governo anterior estava interessado em expandir ao máximo a distribuição de dinheiro público, sem se preocupar se as pessoas que recebiam eram realmente necessitadas. O alvo era atingir o maior número possível de eleitores e não o de resolver problemas sociais. O custo disso se tornou altíssimo e a eficácia dos programas caiu. 816 mil beneficiários de auxílios-doença estão sem perícia há mais de dois anos. Isso significa que a pessoa pode já estar curada da doença que deu direito a receber o benefício, mas continua recebendo do INSS. 1,2 milhão de aposentados por invalidez estão na mesma situação: mais de dois anos sem perícia. A condição de invalidez pode ter sido revertida ou a invalidez alegada pode não ser suficiente para garantir a aposentadoria, mas o benefício continua ativo. Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo: A Medida Provisória 739/2016 criou um sistema de mutirão para rever esses benefícios sem perícia médica, o que deve gerar uma redução de despesa de pelo menos R$ 4 bilhões por ano. O Benefício de Prestação Continuada, que paga 1 salário mínimo a idosos e deficientes físicos de baixa renda, também está com fraco controle do cadastro de beneficiários. Pela lei, deveria haver revisão do cadastro a cada dois anos. Mas não é feita essa revisão desde 2008. A despesa com esse benefício cresceu muito nos últimos anos, passando de R$ 22 bilhões em 2010 para R$ 49 bilhões em 2015. Um crescimento de 56% acima da inflação. Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo: Está sendo preparada não apenas a revisão do cadastro, como também o cruzamento da base de dados com informações de vários outros cadastros (Receita Federal, INSS, folha de pagamento do setor público, etc), para ver se os beneficiários têm emprego, imóveis, carros, etc. Será exigido que o beneficiário tenha CPF e que esteja registrado no Cadastro Único de beneficiários de programas sociais. A avaliação de deficiência física e de carência social para os candidatos a novos benefícios será mais rigorosa. Seguro-defeso: paga 1 salário mínimo ao pescador artesanal em períodos de proibição de pesca para proteção de reprodução das espécies. O cadastro de pescadores chegou a ter 1,3 milhão de pescadores registrados. Alto índice de fraude. Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo: Uma primeira revisão cadastral feita pela Secretaria da Pesca excluiu 258 mil pessoas, com economia anual de quase R$ 1 bilhão. Novas revisões cadastrais devem reduzir substancialmente o total de pessoas

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GABINETE DO DEPUTADO DARCISIO PERONDI PMDB/RS RELATOR DA PEC 241/2016 - NOVO REGIME DE AJUSTE FISCAL

EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

1) Descontrole no pagamento de benefícios sociais: o governo anterior estava interessado

em expandir ao máximo a distribuição de dinheiro público, sem se preocupar se as pessoas que recebiam eram realmente necessitadas. O alvo era atingir o maior número possível de eleitores e não o de resolver problemas sociais. O custo disso se tornou altíssimo e a eficácia dos programas caiu.

816 mil beneficiários de auxílios-doença estão sem perícia há mais de dois anos. Isso significa que a pessoa pode já estar curada da doença que deu direito a receber o benefício, mas continua recebendo do INSS.

1,2 milhão de aposentados por invalidez estão na mesma situação: mais de dois anos sem perícia. A condição de invalidez pode ter sido revertida ou a invalidez alegada pode não ser suficiente para garantir a aposentadoria, mas o benefício continua ativo.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

A Medida Provisória 739/2016 criou um sistema de mutirão para rever esses benefícios sem perícia médica, o que deve gerar uma redução de despesa de pelo menos R$ 4 bilhões por ano.

O Benefício de Prestação Continuada, que paga 1 salário mínimo a idosos e deficientes físicos de baixa renda, também está com fraco controle do cadastro de beneficiários. Pela lei, deveria haver revisão do cadastro a cada dois anos. Mas não é feita essa revisão desde 2008. A despesa com esse benefício cresceu muito nos últimos anos, passando de R$ 22 bilhões em 2010 para R$ 49 bilhões em 2015. Um crescimento de 56% acima da inflação.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Está sendo preparada não apenas a revisão do cadastro, como também

o cruzamento da base de dados com informações de vários outros cadastros (Receita Federal, INSS, folha de pagamento do setor público, etc), para ver se os beneficiários têm emprego, imóveis, carros, etc. Será exigido que o beneficiário tenha CPF e que esteja registrado no Cadastro Único de beneficiários de programas sociais. A avaliação de deficiência física e de carência social para os candidatos a novos benefícios será mais rigorosa.

Seguro-defeso: paga 1 salário mínimo ao pescador artesanal em períodos de proibição de pesca para proteção de reprodução das espécies. O cadastro de pescadores chegou a ter 1,3 milhão de pescadores registrados. Alto índice de fraude.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Uma primeira revisão cadastral feita pela Secretaria da Pesca excluiu

258 mil pessoas, com economia anual de quase R$ 1 bilhão. Novas revisões cadastrais devem reduzir substancialmente o total de pessoas

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

com direito a receber Seguro-Defeso, e o cadastro deve caminhar para menos de 400 mil pescadores.

Haverá revisão dos defesos: muitos deles não são eficientes para proteger a reprodução dos peixes e são mantidos apenas para que seja pago o seguro.

Programa Bolsa Família com indícios de fraude concentrada em algumas localidades do País:

Embora a média nacional de fraudes seja baixa, há municípios em que o índice de fraudes chega a 40% do total de benefícios.

Um único CPF de cadastrador incluiu pessoas no Bolsa Família em 25 estados diferentes.

Um único CPF de cadastrador incluiu 25 mil pessoas em um só dia.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Amplo cruzamento de bases de dados para depurar cadastro e entender a forma de operação dos fraudadores. Serão cruzados dados de INSS, SIAPE, SISOB, CNPJ, FGTS, CPF, RAIS, CAGED, declarações de isentos da Receita Federal, TSE e folhas de pagamento do setor público estadual e municipal.

2) Despesas não pagas Ao assumir, o Governo Temer encontrou diversas despesas já realizadas e não pagas:

Ao final de 2015 estavam acumulados R$ 54,3 bilhões de “restos a pagar” do PAC.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Esses restos a pagar serão reduzidos em R$ 7,6 bilhões ao longo de

2016 e em R$ 5 bilhões em 2017. Gradativamente, dentro da capacidade de pagamento, as dívidas serão quitadas.

R$ 2,6 bilhões de atraso no pagamento de tarifas bancárias referentes a serviços prestados ao governo. A maior parte devida à Caixa Econômica, por serviços de pagamentos de benefícios sociais. Desse total, R$ 700 milhões se referem a taxas bancárias do Fies devidas pelo Ministério da Educação – MEC. Esse valor corresponde a cerca de 2% do valor da mensalidade financiada, que deveria ter sido paga pelo governo aos Bancos, agentes do Programa.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Valores incluídos para pagamento no orçamento de 2016. Em relação ao FIES, o MEC decidiu repassar o pagamento da tarifa

bancária às instituições de ensino, que assumiram o encargo a partir

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

do mês passado, possibilitando uma economia de R$ 400 milhões em tarifas neste segundo semestre. O Ministério também solicitou crédito suplementar para quitar o débito.

R$ 6 bilhões em contribuições e aportes atrasados aos organismos internacionais dos quais o Brasil faz parte. Em diversas ocasiões, o governo anterior pagava um valor mínimo devido a organismos internacionais, às vésperas da viagem da Presidente, para que ela pudesse participar de eventos em um organismo internacional sem o constrangimento da cobrança.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Metade dessa dívida será quitada ao longo de 2016, quitando-se os

restantes nos orçamentos futuros. Está sendo feito um pente fino para que o Brasil se retire de entidades internacionais sem relevância.

O Ministro da Saúde acaba de anunciar que deve R$ 3,5 bilhões aos estados e municípios. Esses governos subnacionais ampliaram a prestação de serviços de saúde sob a promessa de receberem contrapartida do Governo Federal, que não foi paga.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Os débitos serão checados e equacionados nos próximos orçamentos.

3) Criação de empresas estatais e inchaço da máquina pública

De 2003 a 2015 o Governo Federal criou 41 empresas estatais, que geraram prejuízo acumulado de R$ 8 bilhões e gastaram R$ 5,4 bilhões em salários. São empresas as mais diversas, desde a Ceitec, destinada a produzir semicondutores, até a Hemobras, voltada a produzir derivados de sangue e que está longe de ser capaz de cumprir a missão para a qual foi criada.

Os principais prejuízos gerados por essas novas estatais desde a sua criação: Petroquímica Suape: R$ 3 bilhões Petrobras Biocombustíveis: R$ 2,1 bilhões Petrobras Angola: R$ 536 milhões Hemobras: R$ 267 milhões Petrobras Tanzânia: R$ 167 milhões Ceitec (semicondutores): R$ 67 milhões

A Hemobras é um exemplo típico de desperdício e corrupção. Seu presidente e outros dirigentes foram indiciados por corrupção. Durante operação da polícia federal, maços de dinheiro foram jogados pela janela de um apartamento. A PF afirma que o dinheiro veio do apartamento do presidente da empresa. A Hemobras não conseguiu desenvolver os produtos para os quais foi criada.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Está em andamento um programa de redução da participação estatal na economia, por meio de privatizações e concessões.

4) Inchaço do emprego público

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

Aumento de 23% no número de servidores ativos da União entre 2004 e 2015: passaram de 991 mil para 1.217 mil: aumento de 226 mil ativos.

Os picos de contratação de servidores aconteceram em anos eleitorais, como mostra o gráfico a seguir.

Crescimento Anual do Número de Servidores Ativos da União (mil pessoas)

Entre 1997 e 2006, o número de servidores do Ministério da Educação cresceu em apenas 4 mil pessoas. De 2006 a 2015 o aumento foi de 106 mil! O Gráfico abaixo mostra a aceleração das contratações.

Número total de servidores do Ministério da Educação (mil pessoas)

Fonte: Boletim Estatístico de pessoal

-3,2

18,4

8,4

17,4

36,3

43,7

19,6

-0,7

21,6

48

16,7

-10

0

10

20

30

40

50

60

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal

175 179

285

0

50

100

150

200

250

300

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5) Expansão de programas de forma acelerada e sem avaliação de eficiência

O Ministério da Educação criou e ampliou programas que serviram como vitrine eleitoral, sem, contudo, avaliar sua eficácia. O gasto com o Pronatec e outros programas de formação de mão de obra cresceu mais de 1.500% entre 2004 e 2014; com o Fies cresceu 1.110%; com o Ciência sem Fronteira e seus similares cresceu 562%. Esse ritmo é insustentável financeiramente, como mostra a Tabela abaixo. A despesa total do Ministério da Educação cresceu quase 300% acima da inflação entre 2004 e 2014, sem que os indicadores de qualidade da educação tenham se movido significativamente. Foram construídas 18 novas universidades federais sem que houvesse planejamento quanto ao custo de manutenção e de folha de pagamento dessas escolas no futuro. Agora quase todas estão em crise financeira.

Despesa do Governo Federal em Educação: 2004-2014(R$ bilhões de 2014)

Fonte: Siafi

Houve um claro erro de alocação das despesas na área da educação que deveriam se concentrar nos ensinos infantil, fundamental e médio, que é a base da educação superior. Sabe-se que o país possui elevada deficiência nesses níveis. O indicador brasileiro de qualidade da educação básica (IDEB) para o ensino médio, por exemplo, permanece sem qualquer melhora desde 2011, com índice de 3,7 em 2015, quando a meta estipulada pelo antigo governo era de alcançar 4,3. O gráfico abaixo ilustra a distância entre os índices alcançados e as metas almejadas.

2004 2014

Variação

acima da

inflação

2004-2014

Pessoal e encargos sociais 11,9 29,7 150%

Concessão de financiamento

estudantil – FIES e antecessores

1,1 13,8 1110%

Complementação da União ao

FUNDEF/FUNDEB

0,8 10,9 1206%

Funcionamento e Investim. em

inst. federais de ensino superior

2,5 8,8 245%

Educação profissional e

tecnológica (Pronatec e

antecessores)

0,4 7,1 1535%

Bolsas de estudo no país e no

exterior – ensino superior

(Ciência sem Fronteiras e outros

programas)

0,8 5,1 562%

Outros 6,8 18,8 175%

Total 24,5 94,2 285%

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) – observado vs. meta: 2005-2015

Fonte: Ministério da Educação

Ainda na área de educação, temos que o Fundo de Garantias de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) foi criado para permitir a alavancagem do governo para a concessão de crédito estudantil. Para cada um real aportado pelo governo, a Lei permite que sejam emprestados 10 reais em crédito, o que significa que o governo estimou um nível de inadimplência de 10% para o FIES. A experiência internacional demonstra que tal percentual é muito maior. Caso isto ocorra, as garantias serão exercidas e o governo terá que fazer aportes ao Fundo. Atualmente o FGEDUC garante R$ 45 bilhões em contratos e os primeiros dados disponíveis de inadimplências desses financiamentos revelam um índice superior a 40%.

Os financiamentos do FIES foram dados sem qualquer preocupação em focalizar os empréstimos para os alunos mais pobres, para os cursos de maior potencial de empregabilidade, ou para as universidades com melhor avaliação. Na prática, o governo subsidiou vários estudantes que poderiam pagar pelos cursos e formou profissionais para profissões sem demanda no mercado de trabalho.

6) Utilização dos fundos de pensão para interesses políticos

O relatório final da CPI dos fundos de pensão aponta que os maiores fundos de pensão das estatais — Postalis (dos funcionários dos Correios); Petros (Petrobras); Funcef (Caixa Econômica Federal) e Previ (Banco do Brasil) — acumularam perdas de R$ 113,5 bilhões, nos últimos cinco anos.

Boa parte desse prejuízo vem de ingerência política nos fundos, que levou à sua participação em projetos patrocinados pelo Governo e que fracassaram.

O prejuízo está sendo jogado nas costas dos trabalhadores. O Fundo de Pensão dos Correios, por exemplo, aprovou contribuição adicional de 14% a ser paga pelos trabalhadores da ativa e pelos aposentados.

3,4 3,5 3,6 3,7 3,7 3,73,4 3,5

3,73,9

4,3

5,2

0

1

2

3

4

5

6

2005 2007 2009 2011 2013 2015

Observado Meta

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Os fundos de pensão da Caixa (Funcef), Petrobras (Petros) e Banco do Brasil (Previ) foram levados a investir na empresa de fabricação de sondas, Sete Brasil, nascida de uma proposta do Governo, voltada a oferecer sondas para o pré sal e que está em recuperação judicial desde junho, com dívida de R$ 19,3 bilhões, e que reportou prejuízo de R$ 26 bilhões em 2015.O fundo de investimentos em participações (FIP) Sondas, que reúne a maioria dos sócios da Sete Brasil, entre os quais os fundos de pensão estatais, reconheceu até o primeiro trimestre deste ano uma perda de R$ 5,16 bilhões no investimento feito na companhia.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Nova legislação, em tramitação no Congresso, blinda os fundos de

pensão de influência política. Já foi aprovada a lei de responsabilidade das estatais, que blinda essas

empresas de influência política.

7) Investimentos públicos inacabados e com custos estourados:

PAC: o Saneamento: Os dados do PAC 1 (2007/2010) e do PAC 2 (2011/2014) consolidados

revelam que dos R$ 62 bilhões previstos para investimentos em saneamento, até 2014, somente R$ 4,2 bilhões foram executados. O montante representa menos de 7% do total.

o Rodovias, ferrovias e hidrovias: Menos de 40% das obras prometidas ficaram concluídas.

Rodovias: apenas 34,5% foram concluídas. Ferrovias: apenas 36% foram concluídas. Hidrovias: apenas 38% foram concluídas.

o Eixo energia: das 725 obras prometidas, apenas 254 foram entregues (35%).

Principais projetos do PAC: o Usina de Belo Monte, com previsão inicial para março/2014, começou a operar

parcialmente em 2016, mas ainda não está concluída. O custo, estimado em R$ 7 bilhões, está na casa de R$ 30 bilhões. A obra também está sob investigação no âmbito da Operação Lava Jato.

o Pavimentação de 1.024 km na BR-163 (entre MT e PA): apenas 53 km foram pavimentados até 2012. O custo previsto de R$ 1,5 bilhões foi alterado pra R$ 4,4 bilhões.

o Transposição do Rio São Francisco: tinha previsão inicial de ficar pronta em 2012, com custo de R$ 5 bilhões, mas se arrastou ao longo dos anos. Entre 2005 e 2015, R$ 9,5 bilhões foram aplicados e a obra ainda não está pronta.

o Refinaria Abreu e Lima: A Refinaria, orçada em US$ 2,4 bilhões, custou mais de US$ 18 bilhões (equivalentes a cerca de R$ 58 bilhões). Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou superfaturamento de R$ 1 bilhão em dois dos quatro contratos analisados. Alvo da Operação Lava Jato, a refinaria Abreu e Lima deu um prejuízo de, ao menos, US$ 3,2 bilhões à Petrobras.

o Trem de Alta Velocidade (TAV - Rio - São Paulo - Campinas): mesmo não saindo do papel, custou pelo menos R$ 1 bilhão. O cálculo considera o que já foi gasto com os estudos de viabilidade econômica do empreendimento, contratação de consultoria e a

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

estimativa de gasto da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) com o projeto executivo do trem-bala.

o Sistema de Logística do Etanol (SP/GO/MT/MG): Custo previsto de R$ 6,2 bilhões. Na primeira etapa, cerca de 25% do traçado original do projeto foi inaugurado em agosto de 2013 e parou nos 352 quilômetros dos dois trechos iniciais, entre Ribeirão Preto e Paulínia (SP) e entre Ribeirão Preto e Uberaba (MG).

o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj (RJ): A obra, orçada em US$ 8,5 bilhões está parada há cerca de dois anos devido às investigações da Operação Lava Jato. Pelo cronograma inicial da Petrobras, a primeira unidade do Comperj deveria estar em funcionamento em agosto de 2016.

o Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - Angra 3 (RJ): A obra, prevista para estar concluída em 2019, foi suspensa em setembro de 2015 devido à dificuldade de caixa da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, provocada pelas investigações da Operação Lava Jato. Segundo a estatal, foram executados até agora 67% do cronograma da obra civil e 60% do cronograma de implantação do projeto. Já foram alocados R$ 5,9 bilhões no empreendimento e ainda são necessários outros R$ 5 bilhões para concluir o projeto.

o Refinarias Premium I e II (CE e MA): Apresentada como a maior obra prevista no PAC 1, a Refinaria Premium 1, que seria erguida no Maranhão, teve o projeto cancelado em 2015. O motivo apresentado pela Petrobras foi a falta de viabilidade do projeto. Além dela, o projeto da refinaria Premium 2, no Ceará, também foi cancelado. Segundo a empresa, somente para preparação dos terrenos, foram investidos R$ 2,8 bilhões nos dois Estados, dinheiro perdido que não será recuperado.

o Ferrovia Transnordestina (PE/CE/PI): Idealizada para ligar o sertão nordestino ao litoral, a ferrovia deveria estar pronta em 2010, porém, é uma das mais atrasadas do PAC, com apenas 55% de execução até 2015, segundo balanço de dezembro. São 1.753 km que seguem em execução. Já foram liberados à obra R$ 6,1 bilhões, sendo R$ 3 bilhões aportados pela Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). A obra tem investimento previsto de R$ 11 bilhões.

8) Má gestão em empresas estatais:

BNDES: o Entre 2003 e 2013 o BNDES emprestou, a juros subsidiados, US$ 8,3 bilhões para

construção de infraestrutura em outros países, sendo que 76% foram para Cuba, Angola, Argentina e Venezuela. Enquanto isso o Brasil permanece com infraestrutura precária.

o 66% do total dos recursos emprestados a juros subsidiados, pelo BNDES, em 2012-13, foram para grandes empresas, que têm condições de tomar recursos em outras fontes, no Brasil e no exterior, e que se apropriaram de subsídios custeados pelo contribuinte brasileiro.

Petrobras: sete anos após a descoberta do Pré-sal, ela é hoje a pior entre as grandes petroleiras do mundo, envolvida em escândalos de corrupção e de apropriação de recursos para fins político-partidários. o O governo usou a empresa para:

segurar a inflação, congelando os preços dos combustíveis fazer política externa, criando subsidiárias em países comandados por

governos de esquerda

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EXEMPLOS DE DESCONTROLE E DESPERDÍCIO DE RECURSOS PÚBLICOS NO GOVERNO ANTERIOR – VERSÃO ATUALIZADA 20/9/16

subsidiar empresas do setor naval, sem condições de competir com suas rivais estrangeiras, obrigando a Petrobras a comprar equipamentos e insumos mais caros e de baixa qualidade

acomodar sindicalistas (em meio à maior crise financeira de sua história, a Petrobras tenta se livrar de um esqueleto que pode chegar a R$ 30 bilhões em ações trabalhistas, resultado de medidas tomadas pelo setor de recursos humanos da companhia quando era comandado pelo sindicalista Diego Hernandes, que deixou a companhia em 2012.)

o Caso Pasadena: a Petrobrás pagou US$ 1,18 bilhão pela refinaria que em 2005 foi comprada pela Astra Oil por apenas US$ 42,5 milhões.

o Prejuízo de R$ 21,5 bilhões em 2014 e R$ 34,9 bilhões em 2015. A Petrobras também reportou prejuízo de R$ 1,2 bilhão no 1º trimestre de 2016, sendo o terceiro trimestre seguido de perdas da estatal.

Eletrobras: o Apresentou prejuízo de 6,2 bilhões em 2013, R$ 3,0 bilhões em 2014 e R$ 14,4 bilhões

em 2015. o As ações nominais (ELET3) da Eletrobras tiveram queda de 70% no seu valor, saindo

de R$ 15,68 em fevereiro de 2012 para R$ 4,65 em agosto de 2015, enquanto as ações preferenciais (ELET6) tiveram uma queda de 56% em igual período, de R$18,38 para R$7,68.

o A necessidade de recursos para investimentos em expansão de geração e transmissão entre 2016 e 2020 é da ordem de R$ 50 bilhões, e não há recursos para tal.

o A empresa contratou operações de crédito com garantia da União e há risco de faltar recursos para pagamento, o que faria com que o Tesouro fosse chamado para honrar os compromissos assumidos.

o Retirada das ações da empresa do mercado de Nova York (ADRs) pela entidade reguladora norte-americana (Security Exchange Comission – SEC) por incapacidade da empresa de apresentação de documentação completa relativa ao impacto dos atos corruptos investigados pela Operação Lava Jato no balanço da empresa.

o A empresa tem apresentado dificuldade de captar recursos no mercado, pois não possui garantias financeiras a oferecer e não tem boas perspectivas de fluxo de caixa futuro.

o A construção da usina nuclear de Angra 3 foi responsável por prejuízo de R$ 4,97 bilhões no balanço de 2015. Empresa não tem recursos para continuar essa obra.

o Distribuidoras da Eletrobras geraram prejuízo de R$ 5,0 bilhões em 2015. Concessões de distribuição de energia sob controle da Eletrobras apresentam dificuldades financeiras em decorrência de baixa rentabilidade de mercado, alto endividamento, problemas de gestão, inadimplência alta e elevadas perdas não técnicas de energia (“gatos”).

9) Fundo Soberano Brasileiro: fonte de grandes prejuízos

Os países que são grandes produtores de petróleo, e acumulam muitos recursos nos cofres públicos, costumam criar “fundos soberanos”. Esses fundos guardam poupança de rendas temporárias, como as do petróleo, para serem gastas em favor das gerações futuras.

No Brasil, o governo anterior criou o fundo soberano antes de ter a renda do petróleo. Para colocar dinheiro nesse fundo, tomou empréstimo no mercado, pagando elevadas

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GABINETE DO DEPUTADO DARCISIO PERONDI PMDB/RS RELATOR DA PEC 241/2016 - NOVO REGIME DE AJUSTE FISCAL

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taxas de juros de mercado e aplicou o dinheiro na aquisição de ações de empresas estatais. Obviamente os juros custaram mais caro que o rendimento das ações.

O Fundo, que era dono de R$12 bilhões em ações da Petrobras, viu seu valor cair cerca de 40%, e acabou vendendo essas ações na baixa, depois de ter comprado na alta.

Apenas por conta da desvalorização de ações da Petrobrás, o Governo assumiu perdas de R$ 4 bi no FSB.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

O Fundo Soberano será extinto, para se estancar essa fonte de prejuízos. Os R$ 2 bilhões em ações do saldo restante serão vendidos e o dinheiro usado para reduzir a dívida pública.

10) Atraso no Pagamento dos Bancos Públicos: financiamento de despesas públicas à base de acúmulos bilionários de atrasos nos pagamentos aos bancos públicos (pedaladas fiscais)

Os atrasos de repasses a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios de programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial. Na prática, os bancos públicos foram obrigados a utilizar seu capital próprio para financiar os programas sociais, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

As pendências do Tesouro Nacional com bancos públicos e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) somavam R$ 57 bilhões no final de 2015.

Plano Safra: Os atrasos do governo em pagar as equalizações de juros do Plano Safra aos bancos públicos, também parte das “pedaladas fiscais”, oneraram a União em R$ 450 milhões em 2015, e também representam operações de crédito do governo junto a bancos públicos, o que é vedado por lei.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Não há mais acúmulo de dívidas junto a bancos e fundos públicos.

11) Controle dos Preços de combustíveis e energia elétrica

Entre 2010 e 2014 o governo anterior segurou os preços dos combustíveis, como forma de conter a inflação artificialmente. Isso gerou vários problemas: prejuízos bilionários para a Petrobras (que importava o combustível a preço mais caro do que vendia internamente), desestruturação do setor de etanol (cujos preços deixaram de ser competitivos com a gasolina), incentivo ao consumo de combustíveis poluentes.

Quando já não era mais possível segurar os preços, dado o crescimento do prejuízo imposto à Petrobras, foi feito um grande reajuste de preços, com grande impacto na inflação, que chegou a quase 11% ao ano.

No caso da energia elétrica, o governo atropelou as atribuições da ANEEL, que deveria ser responsável pela política de preços, e publicou a MP 579, com objetivo de reduzir o preço da energia ao consumidor. Segundo essa MP, as geradoras de energia deveriam reduzir o preço de venda, em troca da antecipação da renovação de suas concessões. Várias geradoras não aceitaram, e deixaram de vender energia no mercado regulado, passando a vendê-la no mercado livre. O preço da energia disparou e as distribuidoras

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tiveram prejuízos bilionários. Posteriormente o governo foi obrigado a reajustar a conta de energia.

A redução do preço da energia foi feita durante um período de seca, quando o preço deveria ter aumentado, para estimular os consumidores a poupar. O país só não teve um novo apagão porque a economia caiu em uma grande recessão, que reduziu o consumo de energia.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Não há mais represamento de preços públicos.

12) Bolsa empresário: o governo aumentou a sua dívida pública em 10% do PIB para dar crédito subsidiado a grandes empresas:

Entre 2010 e 2014 o governo fez diversos empréstimos ao BNDES. Esses empréstimos eram em títulos públicos, que custam ao Tesouro o equivalente à taxa Selic. Mas o governo emprestava ao BNDES cobrando taxas menores, em geral a TJLP. O custo dessa política (explícito e implícito) foi de R$ 323 bilhões, sendo R$ 123 bilhões ocorrido entre 2008 e 2015 e mais R$ 200 bilhões que serão arcados até 2060.

Seu objetivo era aumentar o investimento na economia, mas este na verdade caiu. O que ocorreu foi que as empresas que tomaram crédito subsidiado no BNDES simplesmente pararam de tomar crédito (mais caro) de outros bancos. Em vez de ter havido aumento do investimento total, o que houve foi uma substituição das fontes de financiamento, com alto custo para o erário.

A maior parte do crédito (mais de 60%) foi concedido a grandes empresas, em geral escolhidas a dedo pelo governo. Eram as chamadas empresas “campeãs nacionais”. Em vez de dar financiamento a empresas mais promissoras e inovadoras, o BNDES financiou aquelas que tinham maior conexão política com o governo.

Em março de 2016, o saldo devedor do BNDES com o Tesouro era de R$ 516 bilhões, o equivalente a 10% do PIB.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Não há mais empréstimos do Tesouro ao BNDES. O BNDES devolverá parte dos títulos ao Tesouro no valor de R$ 100

bilhões, o que representará redução da dívida pública.

13) Programa de Sustentação do Investimento – PSI: outra modalidade de “bolsa empresário”:

O PSI foi criado em 2009 como resposta à crise econômica, visando estimular o investimento. Ele consistia em pagamento ao BNDES e aos bancos privados de um subsídio para que estes fizessem empréstimos a taxas abaixo do mercado. Deveria ter sido encerrado logo em seguida, pois a economia se recuperou fortemente em 2010. Mas o programa foi mantido até 2016. Seu custo, somente no período 2010-2015, foi de R$ 36 bilhões, representado pelo valor pago ao BNDES e aos demais bancos, para compensá-los pelos empréstimos feitos abaixo das taxas de mercado.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

O PSI foi encerrado. O estoque de financiamento será revisto com objetivo de reduzir os

subsídios

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14) Expansão desenfreada dos gastos tributários (renúncias fiscais)

A bolsa empresário também foi realizada por meio das renúncias tributárias com a criação de diversos e complexos regimes tributários especiais. A criação desses regimes especiais careceu de transparência e foi feita sem critérios de avaliação da efetividade desses benefícios.

Apenas a título de ilustração, a renúncia tributária da desoneração da folha de pagamento alcançou 0,5% do PIB. A eficiência dessa política é questionável, pois, mesmo nos setores em que se registram aumentos no emprego, cada emprego gerado ou preservado custou aos cofres públicos R$63.000, de acordo com estudos do Ministério da Fazenda, comparado com um salário médio do trabalhador de R$20.400 por ano.

Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

O governo está realizando uma ampla revisão de todos os benefícios tributários para avaliar a necessidade de manutenção

Custo da política de desonerações de tributos federais, em R$ bilhões de 2015

Fonte: Receita Federal

15) Construção de estádios para a Copa do Mundo em cidades sem tradição de futebol:

Para a Copa do Mundo foram construídos estádios de futebol em cidades sem tradição no esporte, o que converteu tais estádios em elefantes brancos, de alto custo de manutenção para as administrações locais, além do elevado custo de construção.

O custo total dos doze estádios da Copa foi de R$ 8,3 bilhões, mais R$ 1 bilhão em obras no entorno dos estádios. Vários deles, especialmente os dos estados do Nordeste, viraram um grande peso financeiro para a administração pública, que tenta renegociar a dívida junto ao BNDES.

O custo nas cidades de baixa tradição futebolística, que caracterizam os elefantes brancos (Brasília, Manaus, Cuiabá e Natal) somou R$ 3 bilhões.

Somente no estádio de Brasília, o déficit anual (custo de manutenção menos receitas geradas por eventos) é de R$ 6 milhões.

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16) Endividamento e Crise nos Estados

Com objetivo de compensar as desonerações tributárias realizadas pela União com os impostos compartilhados (IPI e CIDE), além de financiar as obras para a Copa do Mundo pelo Estados, o Governo Federal decidiu expandir de forma descontrolada as autorizações para concessão de garantias para as operações de crédito dos entes federados.

Pelas estatísticas fiscais dos estados, foi observado, na verdade, que essas receitas financeiras não foram utilizadas para expansão dos investimentos, mas para a ampliação das despesas de pessoal. Ou seja, pegou-se receitas de operações de crédito para financiar gastos primários e permanentes, o que gerou graves problemas financeiros aos estados quando esse processo de endividamento foi interrompido em 2015.

No processo de avaliação da capacidade de pagamento dos estados para a concessão de garantias por parte da União, utiliza-se um critério objetivo que atribui notas de A a D, onde A e B revelam que o estado tem boa capacidade de pagamento para honrar os compromissos dessa obrigação financeira e as notas C e D informam que o estado não possui capacidade de pagamento. O Tesouro Nacional só está autorizado para fazer empréstimos para estados com notas C e D se o Ministro da Fazenda conceder excepcionalidade a essa avaliação. Observou-se, na prática, que a exceção virou regra. Os montantes de operações autorizadas para estados com baixa capacidade de pagamento se tornaram maiores que para os estados com boa capacidade, como mostrado no gráfico abaixo. Ou seja, deu-se garantias para estados que já se sabia que não teriam condições de pagamento futura. Esse é um dos motivos da crise pela qual passam os estados.

Atualmente, por meio das liminares junto ao STF, os estados deixam de repassar R$ 3 bilhões por mês ao Governo Federal, o que piora a situação fiscal do setor público como um todo.

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Esse problema está sendo resolvido pelo novo governo:

Está em andamento o processo de renegociação das dívidas dos estados,

por meio da ampliação dos prazos de pagamentos, mas com a exigência de contrapartida por parte dos estados, com objetivo de controle de suas despesas.

O Ministério da Fazenda está mais rigoroso em seus critérios para concessão de garantias para as operações de crédito dos estados e municípios, limitando o total de garantias da União a R$ 17 bilhões para empréstimos de entes subnacionais em 2016. Tal valor representa menos da metade da média autorizada no triênio 2012-2014, período de maior concentração de garantias e no qual a exceção se tornou regra.