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Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

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REPERCUSSÃO GERAL

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 3

2. FUNDAMENTO LEGAL________________________________________________ 4

3. FINALIDADES________________________________________________________ 5

4. NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA O EXAME _________________________ 5

5. VIGÊNCIA ___________________________________________________________ 5

6. PROCESSAMENTO QUANTO AOS RECURSOS MÚLTIPLOS_____________ 6 6.1. No STF _________________________________________________________________ 6

6.1.1. Procedimentos na Presidência do STF _________________________________________ 6 6.1.2. Procedimentos nos Gabinetes dos demais Ministros do STF_______________________ 6

6.2. Nos Tribunais e Turmas Recursais de origem _____________________________ 7 6.2.1. Recursos extraordinários _____________________________________________________ 7 6.2.2. Agravos de instrumento ______________________________________________________ 8

7. COLETÂNEA DE DECISÕES ORIGINADAS DE SESSÕES JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS _____________________________________________________ 9

7.1 Vigência do instituto _____________________________________________________ 9 7.2 Questões constitucionais ainda não decididas ou sem jurisprudência dominante no STF___________________________________________________________ 9 7.3 Questões constitucionais com jurisprudência dominante no STF __________ 10 7.4 Efeitos da repercussão geral sobre os agravos de instrumento ____________ 11 7.5 Presunção de repercussão geral _________________________________________ 12 7.6 Cautelares e processos sobrestados em razão de reconhecimento repercussão geral__________________________________________________________ 12 7.7. Súmula vinculante tem efeito impeditivo de recurso ______________________ 12

8. QUESTÕES PRÁTICAS QUANTO AO ACOMPANHAMENTO DAS DECISÕES DE REPERCUSSÃO GERAL ____________________________________________ 13

9. CANAL DA REPERCUSSÃO GERAL __________________________________ 13

ANEXO 1. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E MÉRITO JULGADO ____________________________________________________ 15

ANEXO 2. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E JURISPRUDÊNCIA DO STF REAFIRMADA, PARA APLICAÇÃO DOS EFEITOS DO REGIME DOS ARTS. 543-A E 543-B, DO CPC_________________________ 49

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ANEXO 3. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA_________ 57

ANEXO 4. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E MÉRITO PENDENTE DE JULGAMENTO _________________________________ 63

ANEXO 5. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL EM ANÁLISE NO PLENÁRIO VIRTUAL___________________________________________________ 75

ANEXO 6. RELATÓRIOS ESTATÍSTICOS PRODUZIDOS PELA ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA DO STF____________________________________ 79

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Atualizado em 24/8/2009

REPERCUSSÃO GERAL 1. APRESENTAÇÃO

A Emenda Constitucional 45/2004 incluiu entre os pressupostos de admissibilidade dos recursos extraordinários a exigência de repercussão geral da questão constitucional suscitada e foi regulada mediante alterações no Código de Processo Civil e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

As características do novo instituto demandam comunicação mais direta entre os órgãos

do Poder Judiciário, principalmente no compartilhamento de informações sobre os temas em julgamento e feitos sobrestados e na sistematização das decisões e das ações necessárias à sua plena efetividade.

Nesse sentido, esta sistematização de informações destina-se a auxiliar na padronização

de procedimentos no âmbito do Supremo Tribunal Federal e dos demais órgãos do Poder Judiciário, de forma a atender os objetivos da reforma constitucional e a garantir a racionalidade dos trabalhos e a segurança dos jurisdicionados, destinatários maiores da mudança que ora se opera.

O instituto encontra-se em franca utilização, tendo Supremo Tribunal Federal

reconhecido repercussão geral em 140 matérias e recusado em outras 40.

Análise da existência de Repercussão Geral

78%

22%

Matérias com repercussão geral reconhecidaMatérias com repercussão geral negada

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Dentre as matérias que tiveram a repercussão geral reconhecida, 32 já tiveram o mérito

julgado e outras 13 reafirmaram a jurisprudência dominante na Corte.

Análise da existência de Repercussão Geral

23%

9%

68%

Com mérito julgadoCom mérito julgado (reafirmada jurisprudência)Com mérito pendente

2. FUNDAMENTO LEGAL

CF/88, artigo 102, § 3º, acrescido pela Emenda Constitucional nº 45/2004

CPC, artigos 543-A e 543-B, acrescidos pela Lei nº 11.418/06.

RISTF o artigos 322-A e 328, com a redação da Emenda Regimental nº 21/07; o artigo 328-A, com a redação da Emenda Regimental nº 23/08 e da Emenda

Regimental nº 27/2008; o artigo 13, com a redação da Emenda Regimental n° 24/08 e da Emenda

Regimental nº 29/2009; o artigo 324, com a redação da Emenda Regimental nº 31/2009.

Portaria 138/2009 da Presidência do STF.

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3. FINALIDADES

Delimitar a competência do STF, no julgamento de recursos extraordinários, às questões constitucionais com relevância social, política, econômica ou jurídica, que transcendam os interesses subjetivos da causa.

Uniformizar a interpretação constitucional, sem exigir que o STF decida múltiplos casos idênticos sobre a mesma questão constitucional.

4. NATUREZA E COMPETÊNCIA PARA O EXAME

A existência da repercussão geral da questão constitucional suscitada é pressuposto de admissibilidade de todos os recursos extraordinários, inclusive em matéria penal.

Exige-se preliminar formal de repercussão geral sob pena de não ser admitido o recurso

extraordinário.

A verificação da existência da preliminar formal é de competência concorrente dos Tribunais de origem, Turmas Recursais ou Turmas de Uniformização e do STF.

A análise sobre a existência ou não da repercussão geral, inclusive o reconhecimento de

presunção legal de repercussão geral, é de competência exclusiva do STF. 5. VIGÊNCIA

A preliminar formal de repercussão geral é exigida nos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados a partir de 3 de maio de 2007, data da entrada em vigor da Emenda Regimental 21/07 ao RISTF, que estabeleceu as normas necessárias à execução das disposições legais e constitucionais sobre o novo instituto (QO-AI 664.567, Min. Sepúlveda Pertence).

Os recursos extraordinários anteriores não devem ter seu seguimento denegado por

ausência da preliminar formal de repercussão geral.

Os recursos extraordinários e respectivos agravos de instrumento anteriores e posteriores a 3 de maio de 2007, quando múltiplos, sujeitam-se a sobrestamento, retratação e reconhecimento de prejuízo sempre que versarem sobre temas com repercussão geral reconhecida pelo STF. Os que estiverem pendentes no STF poderão também ser devolvidos à origem. (art. 543-B, §§1º e 3º, QO-AI 715.423, Min. Ellen Gracie; QO-RE 540.410, Min. Cezar Peluso)

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6. PROCESSAMENTO QUANTO AOS RECURSOS MÚLTIPLOS 6.1. No STF 6.1.1. Procedimentos na Presidência do STF a. Através da Secretaria Judiciária do STF, identificam-se e devolvem-se à origem os recursos extraordinários e respectivos agravos de instrumento múltiplos, interpostos de acórdãos posteriores a 3 de maio de 2007, e correspondentes agravos, de assuntos levados à discussão sobre repercussão geral, que, assim, sequer serão distribuídos; b. Nega-se seguimento aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados a partir de 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumento que não contenham preliminar formal de repercussão geral a sustentá-la; c. Nega-se distribuição ou seguimento aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos posteriores a 3 de maio de 2007, e respectivos agravos de instrumento, que tiveram repercussão geral rejeitada; d. Também por meio da Secretaria Judiciária, identificam-se e devolvem-se à origem os recursos extraordinários e respectivos agravos de instrumento múltiplos, interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007, desde que seus temas tenham repercussão geral reconhecida pelo STF; e. Prioriza-se a pauta dos processos com repercussão geral reconhecida. f. Dá-se publicidade à decisão sobre repercussão geral no DJE e no portal do STF. 6.1.2. Procedimentos nos Gabinetes dos demais Ministros do STF a. Submete-se um único recurso extraordinário de cada matéria à análise da repercussão geral, em Plenário Virtual ou por Questão de Ordem no Plenário presencial. Os demais recursos sobre a mesma matéria poderão ser devolvidos aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem, ou sobrestados no STF. Em se tratando de recurso de acórdão publicado anteriormente a 3 de maio de 2007 a possibilidade de devolução fica condicionada ao reconhecimento da repercussão geral da matéria; b. Rejeitada a repercussão geral, recusa-se o recurso extraordinário (§ 3º do art. 102, da Constituição Federal). c. Reconhecida a repercussão geral, processa-se o recurso, pedindo-se, ao fim, dia para julgamento do RE selecionado ou de outro(s) sobre o mesmo tema. d. Eventuais recursos extraordinários múltiplos que ainda sejam recebidos no Gabinete podem ser devolvidos à origem ou permanecer sobrestados até decisão do mérito do leading case.

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e. É possível ao Relator, no STF, determinar o sobrestamento, nas instâncias de origem, de processos que versem sobre matéria com repercussão geral reconhecida, ainda que não tenham chegado à fase de recurso extraordinário. (QO-RE 576.155, Min. Ricardo Lewandowski) f. Julgado o mérito do leading case, os recursos extraordinários de decisões contrárias a este entendimento, que não forem objeto de retratação na origem, serão julgados no STF (CPC, art. 543-B, § 4º). 6.2. Nos Tribunais e Turmas Recursais de origem 6.2.1. Recursos extraordinários a. Verifica-se se o RE trata de matéria isolada ou de matéria repetitiva (processos múltiplos).

a.1. Quanto às matérias isoladas, realiza-se diretamente o juízo de admissibilidade, exigindo-se, além dos demais requisitos, a presença de preliminar de repercussão geral, sob pena de inadmissibilidade.

a.2. Quanto aos recursos extraordinários múltiplos:

a.2.1. Selecionam-se cerca de três recursos extraordinários representativos da controvérsia, com preliminar de repercussão geral e que preencham os demais requisitos para sua admissibilidade, os quais deverão ser remetidos ao STF. Os demais processos sobre o tema devem ser mantidos sobrestados, inclusive os que forem interpostos a partir de então (§ 1º do art. 543-B do CPC). Não há necessidade de prévio juízo de admissibilidade dos recursos que permanecerão sobrestados. (Artigo 328-A, § 1º, do RISTF, inserido pela Emenda Regimental 23/2008). a.2.2. Se a seleção ainda não foi feita para um assunto específico, mas já houve pronunciamento do STF quanto à repercussão geral do assunto em outro recurso, é desnecessária a remessa de recursos representativos da mesma controvérsia, podendo ocorrer o imediato sobrestamento de todos os recursos extraordinários e agravos de instrumento sobre o tema. A identificação dessa hipótese se dá pela consulta às matérias com repercussão geral reconhecida, no portal do Supremo Tribunal Federal.

b. Proferida a decisão sobre repercussão geral no STF, surgem duas possibilidades: b.1. se o STF decidir pela inexistência de repercussão geral, consideram-se não admitidos os recursos extraordinários e eventuais agravos de instrumento interpostos de acórdãos publicados após 3 de maio de 2007 (§ 2º do art. 543-B do CPC). Os recursos extraordinários e eventuais agravos de instrumento interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 devem ser remetidos ao STF para distribuição e julgamento;

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b.2. se o STF decidir pela existência de repercussão geral, aguarda-se a decisão do Plenário sobre o mérito do assunto, sobrestando-se os recursos extraordinários anteriores ou posteriores ao marco temporal estabelecido:

b.2.1. se o acórdão de origem estiver em conformidade com a decisão que vier a ser proferida, consideram-se prejudicados os recursos extraordinários, anteriores e posteriores (§3º do art. 543-B do CPC); b.2.2. se o acórdão de origem contrariar a decisão do STF, encaminha-se o recurso extraordinário, anterior ou posterior, para retratação (§3º do art. 543-B do CPC).

6.2.2. Agravos de instrumento 6.2.2.1. Os agravos de instrumento interpostos das decisões que inadmitiram recursos extraordinários, já sujeitos ao requisito legal da repercussão geral, podem ser sobrestados quando relativos aos assuntos já encaminhados à decisão sobre repercussão geral (Artigo 328-A, § 1º, do RISTF, inserido pela Emenda Regimental 23/2008). 6.2.2.2. Decidida a questão da repercussão geral no Plenário Virtual, surgem as seguintes possibilidades: a) negada a repercussão geral, os agravos ficam prejudicados, assim como os REs; b) admitida a repercussão geral, os agravos ficam sobrestados, assim como os REs, até o julgamento do mérito do leading case, surgindo, então as seguintes hipóteses:

b.1) se a decisão do STF, no julgamento do mérito do leading case, seguir a mesma orientação dos acórdãos recorridos, ficam prejudicados os agravos e os REs (§3º do art. 543-B do CPC); b.2) se a decisão do STF, no julgamento do mérito do leading case, seguir em sentido diverso dos acórdãos recorridos, abrem-se duas possibilidades:

b.2.1) se não se verificar hipótese de retratação da própria decisão de inadmissibilidade do RE (art. 328-A, § 1º do RISTF), o agravo deve ser remetido ao STF; b.2.2) se for exercido o juízo de retratação nos agravos (admitindo-se o RE), abre-se a possibilidade da retratação do próprio acórdão recorrido (§3º do art. 543-B do CPC).

c) os agravos de instrumento pendentes no STF em 13/03/2008 serão por estes julgados (art. 2º da ER 23/2008).

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7. COLETÂNEA DE DECISÕES ORIGINADAS DE SESSÕES JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS 7.1 Vigência do instituto I – delimitação temporal da incidência do novo regime – 3 de maio de 2007

A exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007. (QO-AI 664.567, Min. Sepúlveda Pertence) II – possibilidade de sobrestamento, retratação e inadmissibilidade na origem, de recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007, se a matéria tiver repercussão geral

Apreciada e reconhecida, pelo Supremo Tribunal Federal, a relevância de determinada controvérsia constitucional, aplicam-se igualmente aos recursos extraordinários anteriores a 3 de maio de 2007 os mecanismos previstos nos parágrafos 1º e 3º do art. 543-B, do CPC (sobrestamento, retratação, reconhecimento de prejuízo). Expressa ressalva quanto à inaplicabilidade, nessa hipótese, do teor do parágrafo 2º desse mesmo artigo, que trata da negativa de processamento fundada em ausência de repercussão geral.

Os Tribunais, Turmas Recursais e Turmas de Uniformização estão autorizados a adotar, quanto aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 03.05.2007, e aos seus respectivos agravos de instrumento, os mecanismos de sobrestamento, retratação e declaração de prejuízo, previstos no art. 543-B, do CPC. (QO-AI 715.423, Min. Ellen Gracie) III – possibilidade de devolução para sobrestamento, retratação e inadmissibilidade na origem, dos recursos extraordinários já distribuídos e interpostos de acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007, se a matéria tiver repercussão geral.

Os recursos extraordinários já distribuídos, interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007, poderão ser devolvidos para sobrestamento, retratação ou reconhecimento de prejuízo na origem, desde que a questão constitucional neles suscitadas tenha repercussão geral reconhecida (QO-RE 540.410, Min Cezar Peluso). 7.2 Questões constitucionais ainda não decididas ou sem jurisprudência dominante no STF I – Possibilidade de apreciação da repercussão geral via Plenário Virtual

A apreciação da presença ou não da repercussão geral das questões constitucionais ainda não decididas ou sem jurisprudência dominante no STF dar-se-á pelo Plenário Virtual (artigos 323 e seguintes, do RISTF). II – Possibilidade de apreciação da repercussão geral via Questão de Ordem

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Em havendo necessidade, o relator do recurso extraordinário ou respectivo agravo de instrumento poderá suscitar o exame da repercussão geral das matérias ainda não decididas, por questão de ordem, no Plenário presencial (QO-AI 664.567, Min. Sepúlveda Pertence, QO-AI 715.423, Min. Ellen Gracie).

III – Possibilidade de se trocar o leading case

É possível que o processo em que a repercussão geral foi reconhecida não possa ser levado a julgamento de mérito (em razão de homologação de desistência, por exemplo). Nesse caso, o Ministro relator poderá selecionar outro de matéria idêntica que lhe tenha sido distribuído para que nele encaminhe no exame da matéria de fundo (despacho de 21/6/2008 no AI 716.509, Min. Marco Aurélio, substituindo o RE 567.948 pelo RE 591.145). IV – Possibilidade de se tratar sobre duas matérias em um mesmo processo

Nos recursos em que são levantadas várias questões jurídicas, é possível que o Tribunal reconheça a repercussão geral quanto a um determinado tema, inclusive julgando o mérito, e rejeite a repercussão geral quanto a outro. Isto se verifica, por exemplo, quando parte da matéria é constitucional e parte é infraconstitucional. No RE 567.454, Min. Carlos Britto, houve reconhecimento de repercussão geral no Plenário Virtual, quanto à questão da competência da Justiça Estadual e respectivos Juizados Especiais, para decidir sobre a possibilidade de cobrança de assinatura básica de telefonia. Por ocasião do julgamento de mérito, o Tribunal conheceu parcialmente do recurso, para negar-lhe provimento na parte conhecida, positivando a competência da Justiça Estadual e Juizados Especiais, deixando de conhecer da questão infraconstitucional - possibilidade da cobrança. Na seqüência, o Tribunal, por questão de ordem suscitada pelo Min. Cézar Peluso, decidiu aplicar o regime da inexistência da repercussão geral à parte não conhecida do recurso, por se tratar de questão infraconstitucional. 7.3 Questões constitucionais com jurisprudência dominante no STF I – Matérias com jurisprudência dominante no STF deverão ter análise de repercussão geral em decisão Plenária, via Questão de Ordem, onde se poderá propor a reafirmação da jurisprudência

A apreciação da presença ou não de repercussão geral de questões constitucionais já examinadas pela Corte em julgados anteriores que formam jurisprudência dominante será feita através de questão de ordem, a ser suscitada pelo Presidente, nos recursos não distribuídos, ou pelos Relatores, nos já distribuídos.

Da QO sobre matérias com jurisprudência dominante poderá resultar: a) reconhecimento da repercussão geral; b) reafirmação da jurisprudência da Corte nos julgados anteriores; c) uma vez reconhecida a repercussão geral e reafirmada a jurisprudência quanto ao

mérito, autorização para os Tribunais, Turmas Recursais e de Uniformização adotarem os procedimentos de retratação e reconhecimento do prejuízo aos recursos extraordinários e agravos de instrumento correspondentes que versem sobre a mesma questão constitucional.

d) negada a repercussão geral, declaração de prejuízo aos recursos extraordinários e agravos de instrumento correspondentes, no STF ou na origem;

e) reconhecida a repercussão geral, mas não reafirmada a jurisprudência, seguimento pelo procedimento comum de tramitação para o recurso extraordinário is à julgamento, ouvindo-se a PGR quando for o caso e solicitando-se oportunamente a inclusão em pauta do tema. (QO-RE 579.431, QO-RE 582.650, QO-RE 580.108, Min. Ellen Gracie)

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7.4 Efeitos da repercussão geral sobre os agravos de instrumento I – O sobrestamento deve acontecer antes do juízo de admissibilidade, nos Tribunais e Turmas Recursais de origem

Os Tribunais não devem emitir juízo de admissibilidade sobre os recursos extraordinários já sobrestados, nem sobre os que venham a ser interpostos, até que o STF decida os que tenham sido selecionados, que tratam da mesma matéria.

Este procedimento evitará a interposição de agravos de instrumento que ao cabo ficariam

prejudicados com o exame da repercussão geral (art. 328-A do RISTF, inserido pela Emenda 23/2008, após o decidido na sessão plenária de 19/12/2007, por proposta do Min. Cezar Peluso).

II – Os agravos de instrumento podem ser sobrestados quando a matéria dos recursos extraordinários de onde se originaram, tiver reconhecida a repercussão geral ou estiver pendente de exame.

Os agravos de instrumento interpostos deverão ficar sobrestados quando a matéria dos REs correspondentes tiver reconhecida a repercussão geral ou estiver pendente de análise (art. 328-A, § 1º, do RISTF, inserido pela Emenda 23/2008, após o decidido na sessão plenária de 19/12/2007, por proposta do Min. Cezar Peluso).

III – Serão apreciados pelo STF os agravos de instrumento já distribuídos, sobre temas de repercussão geral, pendentes de julgamento em 13/03/2008.

Os agravos de instrumento pendentes no Supremo Tribunal Federal na data de publicação da Emenda Regimental 23/2008, isto é, 13/03/2008, serão por este julgados. Este é o marco temporal, portanto, para a eventual devolução de agravos à origem, nas matérias de repercussão geral (art. 3º da ER 23/2008 ao RISTF).

IV – possibilidade de devolução à origem dos agravos de instrumento sobre temas de repercussão geral, encaminhados ao STF após 13/03/2008.

Não serão distribuídos, mas sim devolvidos aos tribunais, os agravos de instrumento que, em descumprimento da norma de sobrestamento estabelecida, forem remetidos a esta Corte. (Sessão Administrativa realizada em 19/06/2008)

V – Agravos de instrumento também podem ser declarados prejudicados na origem.

O Tribunal ou Turma de origem julgará prejudicado o agravo se a matéria de que trata o recurso extraordinário correspondente tiver recusada a repercussão geral pelo STF (art. 328-A, § 1º, do RISTF, inserido pela Emenda 23/2008, após o decidido na sessão plenária de 19/12/2007, por proposta do Min. Cezar Peluso). VI – Remessa ao STF de agravos de instrumento, quando for caso de juízo de retratação e o recurso extraordinário tiver sido inadmitido na origem.

Se o mérito da mesma questão constitucional suscitada no recurso extraordinário que deu origem ao agravo de instrumento for julgado em sentido contrário ao do entendimento do Tribunal ou Turma de origem, só serão remetidos ao STF os agravos de instrumento em que a Presidência ou Vice-Presidência na origem não se retratar no juízo de admissibilidade que originou o agravo. (art. 328-A, § 2º, do RISTF, inserido pela Emenda 23/2008, após o decidido na sessão plenária de 19/12/2007, por proposta do Min. Cezar Peluso).

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7.5 Presunção de repercussão geral I – Exigência de preliminar formal de repercussão geral no recurso, ainda que a decisão na origem seja contrária à entendimento dominante no STF, ou que o tema de fundo tenha sido considerado relevante em outro processo.

Ainda que a matéria do recurso tenha sido considerada de repercussão geral em outro processo ou que decisão na origem seja contrária à jurisprudência dominante no STF, situação em que a lei presume a existência de repercussão geral, não fica a parte dispensada de formular a preliminar formal correspondente, nem deve o Tribunal de origem, à falta deste requisito objetivo, dar trânsito ao recurso, presumindo a respectiva presença. (AgR-RE 569.476, Min. Ellen Gracie)

II – Necessidade de reafirmação da jurisprudência dominante em decisão plenária, para que seja possível aos Tribunais a aplicação dos efeitos da repercussão geral – retratação/inadmissibilidade. O reconhecimento da repercussão geral, pela presunção, em decisão monocrática ou de Turma, não produz os efeitos objetivos do novo regime, provocando indefinidamente, novas decisões sobre idênticos temas.

Não é o recurso ou o acórdão de origem, mas a questão constitucional suscitada que terá ou não repercussão geral.

Ainda que a lei presuma a presença da repercussão geral sempre que a decisão na origem

for contrária a entendimento dominante no STF, é conveniente que o Relator do feito no STF submeta ao Colegiado a análise de repercussão geral e a eventual reafirmação da jurisprudência.

Evita-se com isto que decisões monocráticas ou de Turma se sucedam indefinidamente

sobre os mesmos temas e que ocorram eventuais interpretações divergentes sobre o que configura jurisprudência dominante.

Assim, antes da utilização, pelo Relator, da faculdade que decorre do art. 557 do CPC

(decisão monocrática), é importante que a matéria seja examinada, quanto à repercussão geral, pelo Plenário, garantindo-se os efeitos objetivos que daí decorrem sobre o novo controle difuso de constitucionalidade, vale dizer, evitando que permaneçam sendo remetidas ao STF as mesmas questões constitucionais (QO-RE 579.431, QO-RE 582.650, QO-RE 582.108, Min. Ellen Gracie). 7.6 Cautelares e processos sobrestados em razão de reconhecimento repercussão geral

Sobrestado recurso extraordinário sobre matéria cuja repercussão geral foi reconhecida, é

da competência do Tribunal de origem conhecer e julgar ação cautelar tendente a dar ao recurso extraordinário efeito suspensivo. (QO-MC-AC 2.177, Min. Ellen Gracie) 7.7. Súmula vinculante tem efeito impeditivo de recurso

A súmula vinculante constitui um plus em relação à súmula impeditiva de recurso,

contendo também este efeito. Assim, é possível negar admissibilidade, inclusive nos Tribunais de

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origem, aos recursos interpostos contra decisões que apliquem preceito contido em súmula vinculante (RE 565.714, Min. Cármen Lúcia, que originou a Súmula vinculante nº 4)

Se a Súmula vinculante tiver sua origem em precedente julgado sob o regime da

repercussão geral é possível a aplicação dos § 1º e 2º do art. 543-B do CPC. 8. QUESTÕES PRÁTICAS QUANTO AO ACOMPANHAMENTO DAS DECISÕES DE REPERCUSSÃO GERAL

As decisões do STF sobre Repercussão Geral serão publicadas no Diário da Justiça Eletrônico sob a rubrica “Repercussão Geral”, em área especialmente destinada a este fim.

Uma vez publicadas, as decisões também ficarão disponíveis no portal do STF, no “menu”

Jurisprudência, item “Repercussão Geral”.

Qualquer interessado poderá acompanhar o andamento dos julgamentos no Plenário Virtual também através do portal do STF, no menu Jurisprudência, item “Repercussão Geral”.

As experiências exitosas dos Tribunais no gerenciamento dos feitos sobrestados podem

ser informadas ao STF, por canal de comunicação específico, em área reservada no portal do STF, endereço www.stf.jus.br/portal/repercussaogeral, mediante prévio cadastramento.

O Informativo do STF trará, semanalmente, os julgamentos sobre repercussão geral, em

capítulo específico. 9. CANAL DA REPERCUSSÃO GERAL

Foi criado um espaço reservado, no portal do Supremo Tribunal Federal, para o intercâmbio periódico de informações entre o STF, os Tribunais Superiores, os Tribunais de segundo grau e as Turmas Recursais de Juizado Especial, no que respeita aos procedimentos relacionados à repercussão geral.

O acesso ao canal da repercussão geral se dá mediante autenticação pelo endereço http://www.stf.jus.br/portal/repercussaogeral.

Este espaço, inserido no portal do STF, viabilizará:

a) comunicações regulares sobre procedimentos relacionados à implantação da repercussão geral nos recursos extraordinários;

b) indicação das matérias que, presentes em maior número de processos, aguardam o pronunciamento do STF em recurso extraordinário;

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c) encaminhamento de questionamentos ou sugestões acerca da implantação do instituto da repercussão geral;

d) acompanhamento dos assuntos em análise de repercussão geral, tão logo iniciado o julgamento, e daqueles com decisão sobre este pressuposto de admissibilidade já concluído, no Plenário Virtual do STF.

Como o espaço é de acesso reservado ao Poder Judiciário, faz-se necessário o cadastramento dos órgãos.

Para a obtenção de login e senha de acesso, deve ser indicado um endereço eletrônico institucional (ex. [email protected]), preenchendo-se formulário no próprio sítio acima indicado. Ao endereço eletrônico indicado será remetida a senha inicial de acesso e as primeiras informações sobre o funcionamento deste novo canal do Poder Judiciário.

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ANEXO 1. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E MÉRITO JULGADO

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

1 Competência. Justiça do Trabalho e Justiça Estadual. Art. 114, I e IX da CF. Decisão sobre forma de pagamento dos créditos previstos no quadro geral de credores e no plano de recuperação judicial. VRG Linhas Aéreas S/A. Recuperação judicial e falência. Lei nº 11.101/2005.

RE 583.955-RG Min. Ricardo 21/06/08

RE 583.955 ADI 3.934

Min. Ricardo 27/05/09 28/05/09

2 Imposto de Renda. Pessoa Jurídica. Contribuição Sobre o Lucro Líquido. Compensação. Limite Anual. Artigos 42 e 58 da Lei nº 8.981/95. Artigos 15 e 16 da Lei nº 9.065/95. Artigos 145, § 1º, 148, 150, inciso IV, 153, inciso III, e 195, inciso I, alínea c, da CF.

RE 591.340-RG

Min. Marco Aurélio 10/10/08 RE 344.994 Min. Marco

Aurélio 25/03/09

3 Previdenciário. Auxílio-reclusão. Súmula 5 da Turma Regional de Uniformização do Tribunal Regional Federal, segundo a qual para fins de concessão do auxílio-reclusão, o conceito de renda bruta mensal se refere à renda auferida pelos dependentes e não a do segurado recluso. Ofensa aos arts. 194, parágrafo único, I e III, 201, I e II (redação anterior à EC 20/98), e IV (redação dada pela EC 20/98), da mesma Carta, e ao art. 13 da EC 20/98.

RE 587.365-RG Min. Ricardo 14/06/08 Mesmo processo

25/03/09

4 Mandado de Segurança. Cabimento. Impetração de mandado de segurança contra decisão de juiz de juizado especial que defere medida liminar. Cabimento nas Turmas Recursais.

RE 576.847-RG Min. Eros 03/05/08 Mesmo processo 20/05/09

5 Servidor Público. Extensão aos inativos da Gratificação de Desempenho de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho – GDASST. Lei n 10.483/2002. Medida Provisória n. 198/2004, convertida na Lei n. 10.971/2004.

RE 572.052-RG Min. Ricardo 26/04/08 Mesmo processo 11/02/09

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

6 Previdência social. Aposentadoria. Limitação da contagem de tempo de serviço realizado sob condições especiais. Lei n. 9.876/99. Preenchimentos dos requisitos antes da Emenda Constitucional n 20/98. Art. 202 da Constituição da República e art. 3º da Emenda Constitucional n. 20/98. Direito adquirido.

RE 575.089-RG Min. Ricardo 26/04/08 Mesmo processo 10/09/08

7 COFINS. Isenção. Sociedades Civis de prestação de serviço. Processo legislativo (Lei complementar e lei ordinária). Revogação da isenção da Cofins prevista na Lei Complementar n. 70/91 em favor das sociedades civis de prestação de serviços pela Lei n. 9.430/96. Alegação de vício formal, pois lei ordinária não pode revogar lei complementar.

RE 575.093-RG

Min. Marco Aurélio 26/04/08 RE 377.457

RE 381.964 Min. Gilmar 17/09/08

8 Poder Judiciário. Competência. Ação de interdito proibitório. Acesso de funcionários e clientes a agência bancária fechada em decorrência de movimento grevista. Competência para o julgamento da ação. Justiça Comum X Justiça do Trabalho.

RE 579.648-RG Min. Direito 26/04/08 Mesmo processo 10/09/08

9 Direito Eleitoral. Inelegibilidade do ex-cônjuge de prefeito reeleito. Art. 14, § 7º da CF . Dissolução do casamento no curso do mandato eletivo do prefeito.

RE 568.596-RG Min. Ricardo 19/04/08 Mesmo processo 01/10/08

10 Nepotismo. Independência dos poderes. Princípio da moralidade. Necessidade de lei em sentido formal. Aplicação aos Poderes Executivo e Legislativo da Resolução n. 7/2005 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre a nomeação de parentes para ocupar cargos comissionados e funções de confiança. SÚMULA VINCULANTE nº 13

RE 579.951-RG Min. Ricardo 19/04/08 Mesmo processo 20/08/08

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

11 Prisão civil de depositário infiel. Alienação fiduciária. RE 562.051-

RG Min. Peluso 16/04/08 RE 349.703 RE 466.343

Min. Ilmar Galvão Min. Peluso

03/12/08

12 Precatório. Pequeno valor. Fracionamento de precatório para o pagamento de custas processuais por meio de requisição de pequeno valor. Art. 100, § 4º, da Constituição da República.

RE 578.695-RG Min. Ricardo 04/04/08 Mesmo processo 29/10/08

13 Tributário. IPI. Produto isento ou tributado à alíquota zero. Creditamento. Princípio da Não-cumulatividade.

RE 562.980-RG Min. Ricardo 29/03/08 Mesmo processo 06/05/09

14 Acórdão. Publicidade. Dispensa de lavratura de Acórdão.

Constitucionalidade do art. 118, § 3º, do Regimento Interno do Superior Tribunal Militar. Dispositivo que permite aos membros daquele tribunal não lavrarem acórdão e divulgar apenas o resultado do julgamento mediante certidão.

RE 575.144-RG Min. Ricardo 28/03/08 Mesmo processo 11/12/08

15 Servidor Público. Estabilidade financeira. Direito adquirido. Incorporações de adicionais por tempo de serviço ou parcela relativa a função ou a cargo comissionado. Alteração, por lei, da forma de cálculo das parcelas incorporadas. Art. 5º, inc. XXXVI, da CF. Repercussão geral. Art. 543-A, §3º do CPC e art. 323, § 1º do RISTF. Acórdão recorrido de acordo com a jurisprudência. Presunção de ausência de repercussão geral. Interpretação a contrario sensu do art. 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil. Estabilidade financeira. Matéria pacificada no Supremo Tribunal Federal.

RE 563.965-RG Min. Cármen 22/03/08 Mesmo processo 11/02/09

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

16 ICMS. Repartição de receitas. Repartição de receitas do ICMS entre o Estado e os Municípios. Arts. 158, inc. IV, e 160 da Constituição da República. Programas de incentivo à indústria e comércio com base na concessão de isenções tributárias. Direito dos municípios à sua parcela na arrecadação do ICMS sem a dedução da isenção parcial ou total.

RE 572.762-RG Min. Ricardo 22/03/08 Mesmo processo 18/06/08

17 Poder Judiciário. Competência. Contratação temporária de servidores públicos. Conflito de competência para o exame de ações ajuizadas por esses servidores: justiça comum x justiça trabalhista. Arts. 37, inc. IX, e 114 da Constituição da República.

RE 573.202-RG Min. Ricardo 22/03/08 Mesmo processo 21/08/08

18 Iluminação pública. Contribuição de custeio de iluminação pública. Competência legislativa e princípio da isonomia. Constitucionalidade de lei municipal que institui a cobrança da contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública. Art. 149-A da Constituição da República.

RE 573.675-RG Min. Ricardo 22/03/08 Mesmo processo 25/03/09

19 Apagão elétrico de 2002. Criação de encargos emergenciais pela Lei n. 10.438/2002 e cobrados até 2006. Constitucionalidade. Natureza jurídica de taxa e não de tarifa.

RE 576.189-RG Min. Ricardo 22/03/08 Mesmo processo 22/04/09

20 Processo legislativo. Decretos 26.118/2005 e 25.975/2008-DF. LODF. Constitucionalidade de decretos distritais que reestruturam autarquia distrital e criam cargos públicos. Inobservância do processo legislativo previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal.

RE 577.025-RG Min. Ricardo 22/03/08 Mesmo processo 11/12/08

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

21 Direito a educação. Cobrança de taxa de matrícula em universidades públicas. Art. 206, inciso IV, da Constituição da República. SÚMULA VINCULANTE nº 12

RE 567.801-RG Min. Direito 06/03/08 RE 500.171 e

outros Min. Lewandowski

13/08/08

22 Poder Judiciário. Competência. Execução de contribuições previdenciárias. Competência da Justiça do Trabalho para executar as contribuições sociais decorrentes do reconhecimento de vínculo empregatício, independentemente de estas terem sido expressamente previstas na decisão homologatória de acordo ou condenatória. Eventual conflito entre o art. 114, VII (EC 45), e Súmula 368, item I, do TST.

RE 569.056-RG Min. Direito 29/02/08 Mesmo processo 11/09/08

23 Servidor público. Remuneração. Base de cálculo do adicional de insalubridade. Utilização do salário mínimo. Vedação de vinculação contida no art. 7º, inc. IV, da Constituição da República. SÚMULA VINCULANTE nº 4

RE 565.714-RG Min. Cármen 09/02/08 Mesmo processo 30/04/08

24 Direito do consumidor. Serviço de telefonia. Cobrança de pulsos. Discriminação de pulsos excedentes à franquia mensal. Competência da Justiça Federal. Competência regulatória da Anatel.

RE 561.574-RG

Min. Marco Aurélio 17/12/07 RE 571.572 Min. Gilmar 08/10/08

RE 560.626-RG Min. Gilmar 12/12/07 Mesmo processo 12/06/08

25 Tributário. Prescrição e decadência. Prescrição intercorrente. Arts 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991. Art. 5º do Decreto-lei n. 1.569/77. Art. 146, inc. III, da CF. Prescrição intercorrente. Constitucionalidade dos dispositivos. SÚMULA VINCULANTE nº 8

RE 559.943-RG Min. Cármen 28/11/07 Mesmo processo 12/06/08

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

26 Servidor público. Militar. Remuneração. Constitucionalidade do art. 18, § 2º, da MPr 2.215-10/2001 que fixa o soldo daqueles que prestam o serviço militar inicial obrigatório inferior ao salário mínimo. SÚMULA VINCULANTE nº 6

RE 570.177-RG Min. Ricardo 12/12/07 Mesmo processo 30/04/08

27 Inelegibilidade. Membro do Ministério Público Estadual. Vedação do exercício de atividade político-partidária. Registro de candidatura. Alegação de possibilidade de reeleição. EC nº 45/2004. CF, arts. 5º, XXXVI, 14, § 5º. 128, § 5º, II, “e”.

RE 597.994-RG-QO Min. Ellen 04/06/09 Mesmo processo 04/06/09

28 Direito do consumidor. Serviço de telefonia. Assinatura básica. Competência da Justiça Federal. Competência regulatória da Anatel.

RE 567.454-RG Min. Britto 28/02/08 Mesmo processo 17/06/09

29 Extensão a aposentados do pagamento da Gratificação por Atividade de Magistério – GAM. Lei Complementar Estadual 977/05. EC 41/03, art. 7º. Direito à paridade de proventos de inatividade com vencimentos pagos aos servidores ativos.

RE 590.260-RG Min. Ricardo 21/11/08 Mesmo processo 24/06/09

30 CPMF. Cobrança. Princípio da anterioridade. Alíquota de 0,38%, nos noventa dias posteriores à publicação da Emenda Constitucional n. 42/2003, ou seja, no período compreendido entre 1º.1.2004 a 31.3.2004. Acórdão recorrido que entendeu se submeter à anterioridade nonagesimal a majoração da alíquota.

RE 566.032-RG Min. Gilmar 04/04/08 Mesmo processo 25/06/09

31 COFINS. Majoração de alíquota. Necessidade de Lei complementar. Lei nº 9.718/98, artigo 8º. AI 715.423-

QO Min. Ellen 11/06/08 RE 527.602

Min. Eros Grau Rel. p/ acórdão

Min. Marco Aurélio

05/08/09

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Repercussão geral reconhecida no: Mérito julgado no: Matéria

Processo Relator Data Processo Relator Data

32 IPI. Crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados. Art. 1º do Decreto-lei n. 491/1969. Art. 41, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

RE 577.302-RG Min. Ricardo 14/04/08 RE 561.485

RE 577.348 Min. Ricardo 13/08/09

MATÉRIAS COM MÉRITO DA REPERCUSSÃO GERAL JULGADO 1. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO E JUSTIÇA ESTADUAL. ART. 114, I E IX DA CF. DECISÃO SOBRE FORMA DE PAGAMENTO DOS CRÉDITOS PREVISTOS NO QUADRO GERAL DE CREDORES E NO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. VRG LINHAS AÉREAS S/A. RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA. LEI Nº 11.101/2005.

Compete à Justiça Comum o julgamento de execução de créditos trabalhistas contra empresas em processo falimentar ou em recuperação judicial. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que mantivera decisão, proferida em conflito de competência entre a Justiça do Trabalho e a Justiça Estadual Comum, que reputara ser da 1ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro a competência para julgar ação proposta pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas - SNA e associações de comissários, mecânicos de vôo e pilotos das empresas Varig e Nordeste Linhas Aéreas. Alegava-se, na espécie, ofensa aos incisos I a IX do art. 114 da CF.

Preliminarmente, asseverou-se que o debate relativo às condições de admissibilidade do recurso e à existência de repercussão geral estaria superado, ante o pronunciamento da Corte quanto à relevância constitucional do tema sob análise. Afirmou-se, ainda, não caber ao Supremo examinar — em recurso extraordinário em que se discute a exegese do art. 114 da CF, na redação que lhe deu a EC 45/2004 —, se o art. 60 da Lei 11.101/2005 estabeleceria, ou não, a sucessão de créditos trabalhistas, haja vista tratar-se de matéria totalmente estranha aos autos. Acrescentou-se, no ponto, que, no julgamento da ADI 3934/DF, acima relatado, a Corte já teria declarado a constitucionalidade do referido dispositivo.

Quanto à questão de fundo, salientou-se que, no âmbito infraconstitucional, o assunto seria atualmente disciplinado pelos §§ 1º e 2º do art. 6º da Lei 11.101/2005, os quais complementados pelo art. 76, e seu parágrafo único, do mesmo diploma legal. Observou-se que, tanto no regime anterior (Decreto-lei 7.661/45, artigos 7º, §§ 2º e 3º, e 23) quanto no atual, o legislador ordinário teria adotado o

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entendimento no sentido de que, decretada a falência — e agora deferida a recuperação judicial —, a execução de todos os créditos, inclusive os de natureza trabalhista, deveria ser processada no juízo falimentar. Afirmou-se que tais regras consagrariam o princípio da universalidade do juízo falimentar, que exerce uma vis attractiva sobre todas as ações de interesse da massa falida, caracterizando a sua individualidade.

Explicou-se que, num processo falimentar, o patrimônio da empresa nem sempre corresponde ao montante de suas dívidas, razão por que a regra da individualidade na execução dos créditos poderia ensejar a obtenção de vantagem indevida por certos credores em prejuízo dos demais. Dessa forma, estaria afastada a regra da execução individual dos créditos, instaurando-se, em substituição, o concurso de credores, a permitir a concretização do princípio da par condicio creditorum, que garante tratamento isonômico a todos os credores de uma mesma categoria na percepção do que lhes é devido. Dessa maneira, instalar-se-ia, no processo de falência, o denominado juízo universal, a atrair todas as ações aptas a afetar o patrimônio da empresa em processo de quebra ou recuperação judicial. Registrou-se que o juízo universal da falência atrairia apenas os créditos consolidados, estando excluídas, portanto, as ações que demandam quantia ilíquida, as trabalhistas e as de natureza fiscal, as quais terão prosseguimento nos juízos especializados (Lei 11.101/2005, art. 6º, §§ 1º, 2º e 7º).

Aduziu-se, também, que, de acordo com o art. 83, I e VI, c, da Lei 11.101/2005, os créditos de até 150 salários mínimos teriam tratamento preferencial, sendo transformados em quirografários os que superassem esse valor. Mencionou-se, ainda, o disposto no art. 54 do aludido diploma legal, segundo o qual, o plano de recuperação judicial, aprovado pelo juízo da falência, não poderia prever prazo superior a 1 ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho, anteriormente vencidos, e nem prazo superior a 30 dias para o pagamento, até o limite de 5 salários mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial, vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido. Assim, a Lei 11.101/2005 teria se mantido fiel ao princípio da par condicio creditorum no tocante aos créditos trabalhistas, contemplados com a devida precedência sobre os demais, em decorrência de sua natureza alimentar. Por sua vez, a Justiça do Trabalho teria conservado a jurisdição cognitiva sobre tais créditos cuja execução, quando líquidos, ficariam a cargo da Justiça Comum, uma vez instaurado o processo falimentar. O novo diploma teria ampliado a possibilidade de os empregados receberam o que lhes é devido, ao inserir no ordenamento jurídico o instituto da recuperação judicial, o qual teria por escopo manter em atividade as empresas que estivessem passando por dificuldades de caráter conjuntural, tendo em conta a função social que exercem. Por fim, após afastar qualquer violação aos incisos I a IX do art. 114 da CF, esclareceu-se, quanto a esse último inciso, que ele teria apenas outorgado ao legislador ordinário a faculdade de submeter à competência da Justiça do Trabalho outras controvérsias, além das taxativamente previstas nos incisos anteriores, desde que oriundas da relação de trabalho. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Carlos Britto, que davam provimento ao recurso.

Leading case: RE 583.955, Min. Ricardo Lewandowski. 2. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS E LEI 8.981/95 - 1

Em conclusão de julgamento, o Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 4ª Região, que reconhecera a validade da limitação da compensação incidente sobre o lucro real, bem como da limitação da compensação para determinação da base de cálculo da contribuição social, conforme estabelecem os artigos 42 e 58 da Medida Provisória 812/94, posteriormente convertida na Lei 8.981/95 (“Art. 42. A partir de 1º de janeiro de 1995, para efeito de determinar o lucro real, o lucro líquido

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ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda, poderá ser reduzido em, no máximo, trinta por cento. ... Art. 58. Para efeito de determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro, o lucro líquido ajustado poderá ser reduzido por compensação da base de cálculo negativa, apurada em períodos-base anteriores em, no máximo, trinta por cento.”) — v. Informativo 369. Entendeu-se que a lei em exame veio assegurar às empresas um benefício fiscal que viabilizou a compensação de prejuízos apurados em exercícios anteriores.

A Min. Ellen Gracie, em voto-vista, acrescentou tratar-se, na espécie, de utilização dos prejuízos acumulados até 31.12.94 e não de dedução de prejuízos correspondentes ao exercício corrente. Observou que, em relação aos prejuízos verificados no ano-base/91, haveria possibilidade de compensação em até 4 anos-calendário subseqüentes (Decreto-lei 1.598/77); no ano-base/92, sem fixação de prazo (Lei 8.383/91); no ano-base/93, em até 4 anos-calendário subseqüentes (Lei 8.541/92), não tendo sido alterada essa estrutura pela Lei 8.981/95, que apenas impôs restrição à proporção com que os prejuízos poderiam ser apropriados a cada apuração do lucro real. Salientou que, em matéria de imposto de renda, a lei aplicável é a vigente na data do encerramento do exercício fiscal e que os recorrentes tiveram modificada pela Lei 8.981/95 uma mera expectativa de direito. Asseverou que o conceito de lucro é o que a lei define, não necessariamente o que corresponde às perspectivas societárias ou econômicas. Assim, o Regulamento do Imposto de Renda - RIR, que antes permitia o desconto de 100% dos prejuízos fiscais, para efeito de apuração do lucro real, passou, com a Lei 8.981/95, a limitar essas compensações a 30% do lucro real apurado no exercício correspondente. Aduziu ser somente por benesse da política fiscal que se estabelecem mecanismos como o ora analisado, por meio dos quais se autoriza o abatimento de prejuízos verificados, mais além do exercício social em que constatados. Frisou que, como todo favor fiscal, ele se limita às condições fixadas em lei, a qual definirá se o benefício será calculado sobre totalidade, ou não, do lucro líquido. Em razão disso, até que encerrado o exercício fiscal, ao longo do qual se forma e se conforma o fato gerador do imposto de renda, o contribuinte possui mera expectativa de direito quanto à manutenção dos patamares fixados pela legislação que regia os exercícios anteriores. Considerou não se estar diante, portanto, de qualquer alteração de base de cálculo do tributo, a exigir lei complementar, nem de empréstimo compulsório, não havendo ofensa aos princípios da irretroatividade ou do direito adquirido. Concluiu que a Lei 8.981/95 não incide sobre fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência e que os prejuízos havidos em exercícios anteriores não são fato gerador algum, mas meras deduções cuja projeção para exercícios futuros foi autorizada nos termos da lei, a qual poderá ampliar ou reduzir a proporção de seu aproveitamento. Vencido o Min. Marco Aurélio, relator, que dava provimento ao recurso, para declarar a inconstitucionalidade do art. 42 da citada lei, no que postergou a compensação dos prejuízos.

Leading case: RE 344.994, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau. 3. AUXÍLIO-RECLUSÃO E RENDA BRUTA DO SEGURADO PRESO

A renda a ser considerada para a concessão do auxílio-reclusão de que trata o art. 201, IV, da CF, com a redação que lhe conferiu a EC 20/98, é a do segurado preso e não a de seus dependentes (CF: “Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: ... IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;”). Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, proveu dois recursos extraordinários interpostos pelo INSS para reformar acórdãos proferidos por Turma Recursal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina, que aplicara o Enunciado da Súmula 5 da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais, segundo o qual “para fins de concessão do auxílio-reclusão, o conceito de renda bruta mensal se

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refere à renda auferida pelos dependentes e não à do segurado recluso”, e declarara a inconstitucionalidade do art. 116 do Regulamento da Previdência Social [Decreto 3.048/99: “Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais).”], que teve como objetivo regulamentar o art. 80 da Lei 8.213/91.

Asseverou-se que o inciso IV do art. 201 da CF comete à Previdência Social a obrigação de conceder “auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda”, e que se extrai, de sua interpretação literal, que a Constituição limita a concessão do citado benefício às pessoas que estejam presas, possuam dependentes, sejam seguradas da Previdência Social e tenham baixa renda. Observou-se que, caso a Constituição pretendesse o contrário, constaria do referido dispositivo a expressão “auxílio-reclusão para os dependentes de baixa renda dos segurados”. Aduziu-se que o auxílio-reclusão surgiu a partir da EC 20/98 e que o requisito “baixa renda”, desde a redação original do art. 201 da CF, ligava-se aos segurados e não aos dependentes. Ressaltou-se, ademais, que, mesmo ultrapassando o âmbito da interpretação literal dessa norma para adentrar na seara da interpretação teleológica, constatar-se-ia que, se o constituinte derivado tivesse pretendido escolher a renda dos dependentes do segurado como base de cálculo do benefício em questão, não teria inserido no texto a expressão “baixa renda” como adjetivo para qualificar os “segurados”, mas para caracterizar os dependentes. Ou seja, teria buscado circunscrever o universo dos beneficiários do auxílio-reclusão apenas aos dependentes dos presos segurados de baixa renda, não a estendendo a qualquer detento, independentemente da renda por este auferida, talvez como medida de contenção de gastos.

Acrescentou-se que um dos objetivos da EC 20/98, conforme a Exposição de Motivos encaminhada ao Congresso Nacional, seria o de restringir o acesso ao auxílio-reclusão, haja vista que o constituinte derivado ter-se-ia amparado no critério de seletividade que deve reger a prestação dos benefícios e serviços previdenciários, a teor do art. 194, III, da CF, para identificar aqueles que efetivamente necessitam do aludido auxílio. Nesse sentido, tal pretensão só poderia ser alcançada se a seleção tivesse como parâmetro a renda do próprio preso segurado, pois outra interpretação que levasse em conta a renda dos dependentes, a qual teria de obrigatoriamente incluir no rol destes os menores de 14 anos — impedidos de trabalhar, por força do art. 227,§ 3º, I, da CF —, provocaria distorções indesejáveis, visto que abrangeria qualquer segurado preso, independentemente de sua condição financeira, que possuísse filhos menores de 14 anos. Por fim, registrou-se que o art. 13 da EC 20/98 abrigou uma norma transitória para a concessão do citado benefício e que, para os fins desse dispositivo, a Portaria Interministerial MPS/MF 77/2008 estabeleceu o salário de contribuição equivalente a R$ 710,08 (setecentos e dez reais e oito centavos) para o efeito de aferir-se a baixa renda do segurado, montante que superaria em muito o do salário-mínimo hoje em vigor. Esse seria mais um dado a demonstrar não ser razoável admitir como dependente econômico do segurado preso aquele que aufere rendimentos até aquele salário de contribuição. Vencidos os Ministros Cezar Peluso, Eros Grau e Celso de Mello, que desproviam o recurso.

Leading case: RE 587.365, Min. Ricardo Lewandowski, RE 486.413, Min. Ricardo Lewandowski

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4. MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO. IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO DE JUIZ DE JUIZADO ESPECIAL QUE DEFERE LIMINAR

Não cabe mandado de segurança contra decisão interlocutória proferida em Juizado Especial. Essa foi a orientação firmada pela maioria do Tribunal, ao negar provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão de Turma Recursal Cível e Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que indeferira a petição inicial do mandado de segurança da recorrente — impetrado contra decisão liminar concedida em primeiro grau, no âmbito dos Juizados Especiais —, extinguindo o feito sem julgamento do mérito. Asseverou-se que a Lei 9.099/95 está voltada à promoção de celeridade no processamento e julgamento das causas cíveis de complexidade menor, razão pela qual consagrou a regra da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Não caberia, por isso, nos casos por ela abrangidos, a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de instrumento ou a utilização do instituto do mandado de segurança, cujos prazos para interpor e impetrar, respectivamente, não se coadunam com os fins pretendidos pela Lei 9.099/95. Aduziu-se ser facultativa a opção pelo rito sumaríssimo, com as vantagens e limitações que a escolha acarreta. Asseverou-se, ademais, que a admissão do mandado de segurança ensejaria ampliação da competência dos Juizados Especiais, o que caberia exclusivamente ao Poder Legislativo. Por fim, afastou-se a ofensa ao princípio da ampla defesa, haja vista a possibilidade de impugnação das decisões interlocutórias quando da interposição de recurso inominado. Vencido o Min. Marco Aurélio, que provia o recurso, por considerar estar-se diante de exceção alcançada pela Lei 1.533/51, já que, não obstante essa lei revelar como regra o não cabimento de mandado de segurança contra decisão judicial, tal previsão pressuporia a possibilidade de ter-se recurso contra essa decisão, o que, na espécie, não se teria. Concluía, assim, que o afastamento do mandado de segurança importaria o afastamento da própria jurisdição.

Leading case: RE 576.847, Min. Eros Grau 5. GRATIFICAÇÃO: DISPENSA DE AVALIAÇÃO E EXTENSÃO AOS INATIVOS

O Tribunal, por maioria, manteve acórdão de Turma Recursal de Juizado Especial Federal, que entendera que a Gratificação de Desempenho de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho - GDASST, instituída pela Lei 10.483/2002, deveria ser estendida aos inativos no valor de 60 pontos, a partir do advento da Medida Provisória 198/94, convertida na Lei 10.971/2004, que alterou sua base de cálculo. O acórdão recorrido, fundado no princípio da isonomia, ainda declarara a inconstitucionalidade do art. 7º da Lei 10.971/2004, que determinou que essa gratificação seria devida aos aposentados e pensionistas no valor correspondente a 30 pontos.

Salientou-se, de início, que a Lei 10.483/2002 estabeleceu, em seu art. 5º, que a GDASST teria como limites mínimo e máximo os valores de 10 e 100 pontos, respectivamente, e assegurou, aos aposentados e pensionistas, a percepção da gratificação no valor de 10 pontos. Com o advento da Lei 10.971/2004, a GDASST passou a ser paga, indistintamente, a todos os servidores da ativa, no valor equivalente a 60 pontos, até a edição do ato regulamentador do processo de avaliação, previsto no art. 6º da Lei 10.483/2002, tendo os inativos obtido uma majoração na base de cálculo da gratificação de 10 para 30 pontos. Asseverou-se que, para caracterizar a natureza pro labore faciendo da gratificação, é necessário que haja edição da norma regulamentadora que viabilize as avaliações de desempenho, sem as quais a gratificação adquire um caráter de generalidade, que determina a sua extensão aos servidores inativos. Salientando a inexistência, até a presente data, de norma regulamentadora da Lei 10.483/2002 — que permitisse a realização das avaliações de desempenho institucional e coletivo para atribuição de uma pontuação variável da gratificação, aos servidores em atividade —, entendeu-

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se que a GDASST teria se transformado numa gratificação de natureza genérica, extensível, portanto, aos servidores inativos, desde o momento em que os servidores ativos passaram a recebê-la sem a necessidade da avaliação de desempenho. Aduziu-se, entretanto, a partir de ressalva no voto do Min. Cezar Peluso, a possibilidade de sobrevir o regulamento, estabelecendo, sem ferir direito adquirido e sem reduzir vencimentos, os critérios de avaliação, portanto, de 60 a 100 pontos. Reputou-se revogado, por conseguinte, o dispositivo que garantiu o valor mínimo da gratificação em 10 pontos. Vencido o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso extraordinário.

Leading case: RE 572.052, Min. Ricardo Lewandowski 6. PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO DE APOSENTADORIA E IMPOSSIBILIDADE DA ADOÇÃO DE SISTEMA HÍBRIDO

O Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 4ª Região, em que contribuinte do INSS, ao argumento de direito adquirido, pretendia fosse reconhecido, para fins de sua aposentadoria, o tempo de serviço exercido em condições especiais, isto é, de mecânico, com o acréscimo de 40%, somado ao tempo de serviço comum, relativamente a períodos que especificava, inclusive os trabalhados após a edição da EC 20/98, observadas as regras anteriores a ela para o cálculo do benefício. Esclareceu-se, inicialmente, não estar em discussão a contagem do tempo de serviço em condições especiais, reconhecido nas instâncias inferiores, por se tratar de matéria de natureza fática que demandaria reexame do conjunto probatório.

Na linha de precedentes da Corte, entendeu-se não ser lícito aos segurados do INSS mesclar as vantagens de dois regimes distintos de aposentadoria, beneficiando-se das vantagens decorrentes de um sistema híbrido. Ademais, salientou-se a jurisprudência pacífica no sentido de que o aposentado possui direito adquirido ao quantum de seus proventos calculado com base na legislação vigente ao tempo da aposentadoria, mas não aos critérios legais com base em que esse quantum foi estabelecido, porque não há direito adquirido a regime jurídico. Asseverou-se não se ignorar que o direito adquirido pressupõe o atendimento de todas as condições para a obtenção da aposentadoria, como, na espécie, ocorrera. Entretanto, aduziu-se que, ante o princípio tempus regit actum, o tempo de serviço ou de contribuição obtido depois do advento da EC 20/98 não se rege mais pela disciplina legal que vigorava anteriormente, passando a sujeitar-se à nova ordem por ela instaurada. Concluiu-se que se o segurado quiser agregar tempo de serviço posterior à EC 20/98, tem de se submeter ao novo ordenamento, com observância das regras de transição. Vencido o Min. Marco Aurélio que, tendo em conta não se estar diante de situação jurídica concreta em que pretendida a complementação do tempo considerado o período posterior a EC 20/98, provia o recurso, ao fundamento de que, em razão de o recorrente ter completado o tempo de aposentadoria em período anterior à emenda — possuindo, portanto, direito adquirido à jubilação antes de seu advento —, benefícios outros dela decorrentes seriam a ele extensíveis. Em seguida, o relator apresentou proposta de súmula vinculante sobre a matéria, tendo o Min. Marco Aurélio se manifestado sobre a necessidade de prévia submissão do teor do verbete à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 575.089, Min. Ricardo Lewandowski. 7. ISENÇÃO DE COFINS E REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA

Em conclusão, o Tribunal, por maioria, desproveu dois recursos extraordinários, e declarou legítima a revogação da isenção do recolhimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social sobre as sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, prevista no art. 6º, II, da LC 70/91, pelo art. 56 da Lei 9.430/96 (“Art. 56. As sociedades civis de prestação de

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serviços de profissão legalmente regulamentada passam a contribuir para a seguridade social com base na receita bruta da prestação de serviços, observadas as normas da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991.”) — v. Informativos 436, 452 e 459.

Considerou-se a orientação fixada pelo STF no julgamento da ADC 1/DF (DJU de 16.6.95), no sentido de: a) inexistência de hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinária, espécies normativas formalmente distintas exclusivamente tendo em vista a matéria eventualmente reservada à primeira pela própria CF; b) inexigibilidade de lei complementar para disciplina dos elementos próprios à hipótese de incidência das contribuições desde logo previstas no texto constitucional. Com base nisso, afirmou-se que o conflito aparente entre o art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios hierárquicos, mas, sim, constitucionais quanto à materialidade própria a cada uma dessas espécies normativas. No ponto, ressaltou-se que o art. 56 da Lei 9.430/96 é dispositivo legitimamente veiculado por legislação ordinária (CF, art. 146, III, b, a contrario sensu, e art. 150, § 6º) que importou na revogação de dispositivo inserto em norma materialmente ordinária (LC 70/91, art. 6º, II). Concluiu-se não haver, no caso, instituição, direta ou indireta, de nova contribuição social a exigir a intervenção de legislação complementar (CF, art. 195, § 4º). Vencidos os Ministros Eros Grau e Marco Aurélio que davam provimento aos recursos, para que fosse mantida a isenção estabelecida no art. 6º, II, da LC 70/91. Em seguida, o Tribunal, por maioria, rejeitou pedido de modulação de efeitos. Vencidos, no ponto, os Ministros Menezes Direito, Eros Grau, Celso de Mello, Carlos Britto e Ricardo Lewandowski, que deferiam a modulação, aplicando, por analogia, o disposto no art. 27 da Lei 9.868/99. O Tribunal também rejeitou questão de ordem que determinava a baixa do processo ao STJ, pela eventual falta da prestação jurisdicional, vencidos o Min. Marco Aurélio, que a suscitara, e o Min. Eros Grau. Por fim, o Tribunal acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Gilmar Mendes, relator, para permitir a aplicação do art. 543-B do CPC, vencido o Min. Marco Aurélio. Não participou da votação nas questões de ordem o Min. Joaquim Barbosa, ausente naquele momento.

Leading case: RE 377.457, Min. Gilmar Mendes; RE 381.964, Min. Gilmar Mendes. 8. JUSTIÇA DO TRABALHO. AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO E GREVE

É da competência da Justiça do Trabalho o julgamento de interdito proibitório em que se busca garantir o livre acesso de funcionários e de clientes a agências bancárias sob o risco de serem interditadas em decorrência de movimento grevista. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, proveu recurso extraordinário interposto pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais que entendera ser da competência da Justiça Comum o julgamento de ação de interdito proibitório ajuizado pela agência bancária recorrida. Considerou-se estar-se diante de ação que envolve o exercício do direito de greve, matéria afeta à competência da Justiça Trabalhista, a teor do disposto no art. 114, II, da CF. Asseverou-se tratar-se de um piquete, em que a obstrução, a ocupação, ocorrem como um ato relativo à greve. Vencido o Min. Menezes Direito, relator, que desprovia o recurso, por reputar ser da Justiça Comum a competência para julgar o feito, ao fundamento de que o pedido e a causa de pedir do interdito proibitório não envolveriam matéria que pudesse vincular o exercício do direito de greve à proteção do patrimônio. Alguns precedentes citados: CJ 6959/DF (DJU de 22.2.91); AI 611670/PR (DJU de 7.2.2007); AI 598457/SP (DJU de 10.11.2006); RE 238737/SP (DJU de 5.2.99).

Leading case: RE 579.648, rel. orig. Min. Menezes Direito, rel. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia.

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9. INELEGIBILIDADE. DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE CONJUGAL NO CURSO DO MANDATO O Tribunal negou provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral que, por

unanimidade, desproveu o Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 26.033 e reafirmou sua jurisprudência no sentido de que “A dissolução da sociedade conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista o art. 14, § 7º, da CF”. A decisão recorrida assentou que “Se a separação judicial ocorrer no curso do mandato eletivo, o vínculo de parentesco persiste para fins de inelegibilidade até o fim do mandato, inviabilizando a candidatura do ex-cônjuge ao pleito subseqüente, na mesma circunscrição, a não ser que o titular afaste do cargo seis meses antes da eleição”.

Leading case: RE 568.596, Min. Ricardo Lewandowski. 10. VEDAÇÃO AO NEPOTISMO E APLICAÇÃO AOS TRÊS PODERES

O Tribunal deu parcial provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte que reputara constitucional e legal a nomeação de parentes de vereador e Vice-Prefeito do Município de Água Nova, daquela unidade federativa, para o exercício dos cargos, respectivamente, de Secretário Municipal de Saúde e de motorista. Asseverou-se, inicialmente, que, embora a Resolução 7/2007 do CNJ seja restrita ao âmbito do Judiciário, a vedação do nepotismo se estende aos demais Poderes, pois decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF, tendo aquela norma apenas disciplinado, em maior detalhe, aspectos dessa restrição que são próprios a atuação dos órgãos jurisdicionais. Ressaltou-se que o fato de haver diversos atos normativos no plano federal que vedam o nepotismo não significaria que somente leis em sentido formal ou outros diplomas regulamentares fossem aptos para coibir essa prática, haja vista que os princípios constitucionais, que não configuram meras recomendações de caráter moral ou ético, consubstanciam regras jurídicas de caráter prescritivo, hierarquicamente superiores às demais e positivamente vinculantes, sendo sempre dotados de eficácia, cuja materialização, se necessário, pode ser cobrada por via judicial. Assim, tendo em conta a expressiva densidade axiológica e a elevada carga normativa que encerram os princípios contidos no caput do art. 37 da CF, concluiu-se que a proibição do nepotismo independe de norma secundária que obste formalmente essa conduta. Ressaltou-se, ademais, que admitir que apenas ao Legislativo ou ao Executivo fosse dado exaurir, mediante ato formal, todo o conteúdo dos princípios constitucionais em questão, implicaria mitigar os efeitos dos postulados da supremacia, unidade e harmonização da Carta Magna, subvertendo-se a hierarquia entre esta e a ordem jurídica em geral.

Aduziu-se que art. 37, caput, da CF/88 estabelece que a Administração Pública é regida por princípios destinados a resguardar o interesse público na tutela dos bens da coletividade, sendo que, dentre eles, o da moralidade e o da impessoalidade exigem que o agente público paute sua conduta por padrões éticos que têm por fim último alcançar a consecução do bem comum, independentemente da esfera de poder ou do nível político-administrativo da Federação em que atue. Acrescentou-se que o legislador constituinte originário, e o derivado, especialmente a partir do advento da EC 1/98, fixou balizas de natureza cogente para coibir quaisquer práticas, por parte dos administradores públicos, que, de alguma forma, buscassem finalidade diversa do interesse público, como a nomeação de parentes para cargos em comissão ou de confiança, segundo uma interpretação equivocada dos incisos II e V do art. 37 da CF. Considerou-se que a referida nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência, haja vista a inapetência daqueles para o trabalho e seu completo despreparo para o exercício das funções que alegadamente exercem.

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Frisou-se, portanto, que as restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, permitindo, em conseqüência, ao Judiciário exercer o controle dos atos que transgridam os valores fundantes do texto constitucional. Com base nessas razões, e fazendo distinção entre cargo estritamente administrativo e cargo político, declarou-se nulo o ato de nomeação do motorista, considerando hígida, entretanto, a nomeação do Secretário Municipal de Saúde.

Leading case: RE 579.951, Min. Ricardo Lewandowski. Súmula Vinculante nº 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º

grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 11. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA E DEPOSITÁRIO INFIEL. PRISÃO CIVIL.

Em conclusão de julgamento, o Tribunal concedeu habeas corpus em que se questionava a legitimidade da ordem de prisão, por 60 dias, decretada em desfavor do paciente que, intimado a entregar o bem do qual depositário, não adimplira a obrigação contratual — v. Informativos 471, 477 e 498. Entendeu-se que a circunstância de o Brasil haver subscrito o Pacto de São José da Costa Rica, que restringe a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia (art. 7º, 7), conduz à inexistência de balizas visando à eficácia do que previsto no art. 5º, LXVII, da CF (“não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;”). Concluiu-se, assim, que, com a introdução do aludido Pacto no ordenamento jurídico nacional, restaram derrogadas as normas estritamente legais definidoras da custódia do depositário infiel. Prevaleceu, no julgamento, por fim, a tese do status de supralegalidade da referida Convenção, inicialmente defendida pelo Min. Gilmar Mendes no julgamento do RE 466343/SP, abaixo relatado. Vencidos, no ponto, os Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Eros Grau, que a ela davam a qualificação constitucional, perfilhando o entendimento expendido pelo primeiro no voto que proferira nesse recurso. O Min. Marco Aurélio, relativamente a essa questão, se absteve de pronunciamento.

Na linha do entendimento acima fixado, o Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário no qual se discutia a constitucionalidade da prisão civil do depositário infiel nos casos de alienação fiduciária em garantia (DL 911/69: “Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação de depósito, na forma prevista no Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código de Processo Civil.”) — v. Informativos 304, 449 e 498. Vencidos os Ministros Moreira Alves e Sydney Sanches, que davam provimento ao recurso.

Seguindo a mesma orientação firmada nos casos supra relatados, o Tribunal negou provimento a recurso extraordinário no qual se discutia também a constitucionalidade da prisão civil do depositário infiel nos casos de alienação fiduciária em garantia — v. Informativos 449, 450 e 498.

Leading case: RE 349.703, Min. Ilmar Galvão, rel. p/ acórdão Min. Gilmar Mendes; RE 466.343, Min. Cezar Peluso.

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12. FRACIONAMENTO DE PRECATÓRIO: CUSTAS PROCESSUAIS E REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR Em conclusão de julgamento, o Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário em que se discutia a possibilidade de se

fracionar, ou não, o valor de precatório, em execução de sentença, com o objetivo de lograr-se o pagamento de custas processuais por meio de Requisição de Pequeno Valor - RPV. O acórdão recorrido adotara o fundamento de que é possível a expedição de RPV para pagamento das custas processuais devidas ao titular da serventia privatizada, desde que o seu crédito individual não supere o limite estabelecido pelo art. 87 do ADCT. O Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul - IPERGS, ora recorrente, alegava violação aos artigos 87, I, do ADCT e 100, § 4º, da CF — v. Informativo 520. Considerou-se que, no caso concreto, a pensionista, ora recorrida, seria parte ilegítima para executar as custas processuais, haja vista que, por ser beneficiária da justiça gratuita, não as teria antecipado. Destacou-se que, por essa razão, estaria descaracterizada a possibilidade de enfrentamento da questão sob a perspectiva da repercussão geral. O Min. Ricardo Lewandowski, relator, diante disso, reformulou seu voto anterior. Vencido o Min. Joaquim Barbosa, que dava provimento ao recurso.

Leading case: RE 578.695, Min. Ricardo Lewandowski. 13. IPI: ISENÇÃO OU ALÍQUOTA ZERO E COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS

Antes da vigência da Lei 9.779/99, não era possível o contribuinte se creditar ou se compensar do IPI quando incidente o tributo sobre os insumos ou matérias-primas utilizados na industrialização de produtos isentos ou tributados com alíquota zero. Essa foi a orientação firmada pela maioria do Tribunal ao prover dois recursos extraordinários interpostos pela União contra acórdãos do TRF da 4ª Região que reconheceram o direito de compensação dos créditos do IPI em período anterior ao advento da referida lei — v. Informativo 511. Prevaleceu o voto do Min. Marco Aurélio, relator.

Observou o relator que, ante a sucessividade de operações versadas nos autos, perceber-se-ia o não envolvimento do princípio da não-cumulatividade, conclusão essa que decorreria da circunstância de o inciso II do § 3º do art. 153 da CF surgir pedagógico ao revelar que a compensação a ser feita levará em conta o que devido e recolhido nas operações anteriores com o cobrado na subseqüente. Para ele, atentando-se apenas para o princípio da não-cumulatividade, se o ingresso da matéria-prima ocorre com incidência do tributo, há a obrigatoriedade do recolhimento, mas, se na operação final verifica-se a isenção, não existirá compensação do que recolhido anteriormente em face da ausência de objeto. Frisou que o que o aludido dispositivo constitucional contempla é a compensação, considerando os valores devidos, ou seja, o que recolhido anteriormente e o que é cobrado na operação subseqüente.

Asseverou, ademais, salientando mostrar-se uno o sistema tributário, a necessidade de se levar em conta que, no tocante ao ICMS, a Constituição Federal seria explícita ao prever que a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes (CF, art. 155, § 2º, II, a). Em razão desse contexto a revelar o sistema, somente em 1999, até mesmo em observância à exigência instrumental do § 6º do art. 150 da CF, teria vindo à balha a Lei 9.779/99, estabelecendo o que seria a compensação, com outros tributos, considerada a mesma pessoa jurídica, de possível crédito, e remetendo à Lei 9.430/96. Daí, antes da Lei 9.779/99 não haveria base, quer sob aspecto interpretativo em virtude do princípio da não-cumulatividade, quer sob o aspecto legal expresso, para concluir-se pela procedência do direito ao creditamento, tendo em conta a isenção. Em síntese, presente o princípio da não-cumulatividade — do qual só se poderia falar quando houvesse a dupla

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incidência, sobreposição —, a possibilidade de o contribuinte se creditar, na situação analisada, somente teria surgido com a edição da Lei 9.779/99. Vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski, relator, e Cezar Peluso, que desproviam o recurso. Vencido, em parte, o Min. Eros Grau que lhe provia parcialmente, ao fundamento de que apenas no caso da isenção, que é benefício fiscal, e não no da alíquota zero, técnica fiscal, seria justificável, no período anterior à vigência da Lei 9.779/99, a manutenção do crédito discutido.

Leading case: RE 562.980, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio 14. ART. 118, § 3º, DO REGIMENTO INTERNO DO STM E LAVRATURA DE ACÓRDÃO

O Tribunal deu provimento a recurso extraordinário interposto contra decisão proferida pelo Superior Tribunal Militar - STM que, com base no art. 118, § 3º, de seu Regimento Interno (“Art. 118 ... §3º O resultado do julgamento será certificado nos autos pela Secretaria do Tribunal Pleno”), deixara de lavrar acórdão relativo a agravo regimental e demais recursos que a ele se seguiram, registrando o julgamento dos mesmos por meio de certidões. Entendeu-se que a falta de formalização do acórdão, com base em norma regimental, configura ato atentatório à garantia constitucional da publicidade dos atos processuais, bem como afronta o direito consagrado no art. 93, IX, da CF, segundo o qual todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas.

Considerou-se não observada, também, a garantia prevista no art. 8º, 5, da Convenção Americana de Direitos Humanos, internalizada pelo Decreto 678/92, que estabelece que “o processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça”. Esclareceu-se, no ponto, que o Pacto de San José da Costa Rica ingressou no ordenamento legal pátrio como regra de caráter supralegal ou, até mesmo, como norma dotada de dignidade constitucional, segundo recente entendimento expressado por magistrados do Supremo (HC 87585/TO e RE 466343/SP, j. em 4.12.2008).

Aduziu-se que o princípio da publicidade é garantia essencial de todo o cidadão, que integra o devido processo legal e dá efetividade aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Asseverou-se, ademais, que qualquer restrição aos direitos e garantias fundamentais, quando expressamente autorizada pelo texto constitucional, somente pode ser concretizada por meio de lei formal. Por fim, afirmou-se que, em razão de o dispositivo regimental questionado não vedar, em nenhum momento, a lavratura de acórdão da decisão colegiada em agravo regimental, não caberia falar em inconstitucionalidade da norma, pois o problema não estaria na lavratura da certidão, mas na falta de lavratura do acórdão, único documento hábil a tornar pública a vontade da Corte. RE provido para determinar seja lavrado o respectivo acórdão da decisão em comento. Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio, que dava provimento ao recurso e também declarava a inconstitucionalidade da norma questionada.

Leading case: RE 575.144, Min. Ricardo Lewandowski. 15. FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO E INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO

Por não vislumbrar ofensa à garantia de irredutibilidade da remuneração ou de proventos, e na linha da jurisprudência do Supremo no sentido de não haver direito adquirido à manutenção à forma de cálculo da remuneração, o que importaria em direito adquirido a regime jurídico, o Tribunal, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário interposto, por servidora pública aposentada, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. Na espécie, com a edição da Lei Complementar Estadual 203/2001, o cálculo das gratificações da recorrente deixou de ser sobre a forma de percentual, incidente sobre o vencimento, para ser transformado em valores

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pecuniários, correspondentes ao valor da gratificação do mês anterior à publicação da lei. Considerou-se que a Lei Complementar 203/2001 teria preservado o montante percebido pela recorrente, tendo, inclusive, expressamente garantido que “os índices da revisão geral da remuneração dos servidores públicos serão obrigatoriamente aplicados aos adicionais e gratificações que passam a ser representados por valores pecuniários”. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio que davam provimento ao recurso.

Leading case: RE 563.965, Min. Cármen Lúcia. 16. ICMS. REPARTIÇÃO DE RECEITAR

Repartição de receitas do PRODEC entre o Estado e os Municípios. Leis 7.320/88 e 11.345/2000 (SC). Restituição aos municípios das diferenças de valores retidos em razão do PRODEC.

A fim de que a autonomia política conferida aos entes federados pela Constituição seja real, efetiva, e não virtual, é imprescindível que sua autonomia financeira seja preservada, não se permitindo, quanto à repartição de receitas tributárias, condicionamento arbitrário por parte do ente responsável pelos repasses a que os Municípios têm direito.

No que respeita à titularidade dos impostos compartilhados, esclareceu-se que o tributo já nasce, por expressa determinação constitucional, com dois titulares no que tange ao produto de sua arrecadação, e que o fato de o Estado-membro possuir competência tributária em relação ao ICMS não lhe confere superioridade hierárquica relativamente ao Município quanto à participação de cada entidade no produto de arrecadação desse imposto.

Leading case: RE 572.762, Min. Ricardo Lewandowski. 17. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM

O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho - TST que entendera ser competente a Justiça do Trabalho para julgar pretensão deduzida pela recorrida, admitida como professora, pelo Estado do Amazonas, sob o regime de contratação temporária prevista em lei local (Lei 1.674/84). Na espécie, a recorrida ajuizou reclamação trabalhista, na qual pleiteia o reconhecimento de vínculo trabalhista e as verbas dele decorrentes, ao fundamento de que teria sido contratada pelo regime especial da Lei 1.674/84, mas que, em decorrência das prorrogações sucessivas desse contrato, esse vínculo teria se transmudado automaticamente num vínculo celetista.

Aplicou-se a orientação fixada pelo Supremo em vários precedentes no sentido de que compete à Justiça Comum estadual processar e julgar causas instauradas entre a Administração Pública e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da CF/88 com fundamento no art. 106 da CF/67, na redação que lhe conferiu a EC 1/69. Asseverou-se que esse entendimento foi reafirmado em inúmeros precedentes, já sob a égide da vigente Carta Magna. Enfatizou-se, ademais, que várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígio entre servidores temporários e a Administração Pública perante a Justiça do Trabalho afronta a decisão do Pleno na ADI 3395 MC/DF (DJU de 10.11.2006), na qual referendada cautelar que suspendeu liminarmente toda e qualquer interpretação conferida ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

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Mencionou-se, também, o que afirmado no julgamento da Rcl 5381/AM (DJE 8.8.2008), no sentido de que, depois da decisão proferida na ADI 2135 MC/DF (DJE de 7.3.2008), que suspendera os efeitos da EC 19/98 para retornar ao regime jurídico único, não haveria como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esse tipo de contratação pelo regime da CLT. Por fim, asseverou-se que a prorrogação indevida no contrato de trabalho de servidor temporário não transmuda esse vínculo original, de natureza tipicamente administrativa, num vínculo trabalhista.

Aduziu-se que a prorrogação do contrato, nessas circunstâncias, seja ela expressa ou tácita, em que se opera a mudança do prazo de vigência deste, de temporário para indeterminado, pode até ensejar nulidade ou caracterizar ato de improbidade, com todas as conseqüências que isso acarreta, mas não alterar a natureza jurídica do vínculo. Vencido o Min. Marco Aurélio que afirmava que a competência seria definida pela causa de pedir e pelo pedido, e, tendo em conta que, no caso, a recorrida ajuizara uma reclamação trabalhista, evocando, a partir do princípio da realidade, a existência do vínculo empregatício, reputava ser da Justiça do Trabalho a competência para dirimir o conflito de interesses.

Leading case: RE 573.202, Min. Ricardo Lewandowski. 18. COSIP E PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

O Tribunal, por maioria, desproveu recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina contra acórdão do tribunal de justiça local que, em ação direta de inconstitucionalidade estadual, declarara a constitucionalidade da Lei Complementar 7/2002, editada pelo Município de São José, que instituiu Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública - COSIP. Alegava o recorrente, em síntese, que por ser a hipótese de incidência do tributo o consumo de energia elétrica, restringindo o sujeito passivo da obrigação aos respectivos consumidores, haveria ofensa ao princípio da isonomia, uma vez que o serviço de iluminação pública seria prestado indistintamente a todos os cidadãos. Sustentava, ainda, que o fato de um contribuinte consumir mais ou menos energia elétrica não significaria que ele seria mais ou menos beneficiado pela iluminação pública, inexistindo, portanto, relação entre o que a lei chamou de “níveis individuais de consumo mensal de energia elétrica” e o custo de serviço de iluminação pública. Entendeu-se que a COSIP constitui um novo tipo de contribuição que refoge aos padrões estabelecidos nos artigos 149 e 195 da CF, ou seja, é uma exação subordinada a disciplina própria (CF, art. 149-A), sujeita, contudo, aos princípios constitucionais tributários, haja vista enquadrar-se inequivocamente no gênero tributo. Ressaltou-se que, de fato, como a COSIP ostenta características comuns a várias espécies de tributos, não haveria como deixar de reconhecer que os princípios aos quais estes estão submetidos também se aplicam, modus in rebus, a ela. Destarte, salientou-se que, apesar de o art. 149-A da CF referir-se apenas aos incisos I e III do art. 150 da CF, o legislador infraconstitucional, ao instituir a contribuição em análise, considerada a natureza tributária da exação, estaria jungido aos princípios gerais que regem o gênero, especialmente o da isonomia (art. 150, II) e o da capacidade contributiva (art. 145, § 1º).

Considerou-se, entretanto, que, uma vez admitida a constitucionalidade do art. 149-A da CF, que previu a possibilidade da contribuição para o custeio de iluminação pública na própria fatura de energia elétrica, o art. 1º da Lei Complementar 7/2002 — ao eleger como contribuintes da COSIP os consumidores residenciais e não residenciais de energia elétrica, situados na área urbana e na área rural do Município de São José — não teria ofendido o princípio da isonomia, o qual, em razão das particularidades da exação em tela, haveria de ser aplicado com o devido temperamento. Afirmou-se, ainda, que, atendidos os demais princípios tributários e os critérios de razoabilidade e proporcionalidade, nada haveria de inconstitucionalidade em se identificarem os sujeitos passivos da obrigação em função

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de seu consumo de energia elétrica, tendo sido, inclusive, essa a intenção do constituinte derivado ao criar o novo tributo, conforme relatório da PEC 559/2002. Explicou-se que, por ser a iluminação pública um serviço público uti universi, isto é, de caráter geral e indivisível, prestado a todos os cidadãos, indistintamente, não seria possível, sob o aspecto material, incluir todos os seus beneficiários no pólo passivo da obrigação tributária. Observou-se que, de toda sorte, os principais beneficiários do serviço sempre seriam aqueles que residem ou exercem as suas atividades no âmbito do Município ou do Distrito Federal, ou seja, pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, identificáveis por meio das respectivas faturas de energia elétrica.

Aduziu-se, também, que a lei complementar em questão instituiu um sistema progressivo de alíquotas ao estabelecer, em seu art. 2º, como base de cálculo da contribuição o valor da Tarifa de Iluminação Pública — apurado mensalmente e correspondente ao custo mensal do serviço de iluminação pública, variando as alíquotas conforme a qualidade dos consumidores de energia elétrica e quantidade de seu consumo —, mas o teria feito com respeito aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva dos sujeitos passivos. Asseverou-se que a igualdade, no direito tributário, deve ser compreendida no sentido de proporcionalidade, pois constituiria um verdadeiro absurdo pretender-se que todos pagassem o mesmo tributo, ou seja, quanto à aplicabilidade do postulado da isonomia às contribuições, elas estariam submetidas ao princípio da igualdade geral, que, todavia, não incidiria no momento de sua instituição, mas na forma de rateio do respectivo encargo financeiro. Frisou-se a plausibilidade da alegação de que não haveria critério seguro de discriminação para se conferir a determinado contribuinte uma carga maior, mas reputou-se — diante do silêncio da Constituição Federal no que concerne à hipótese de incidência da contribuição de iluminação pública, liberando o legislador local a eleger a melhor forma de cobrança do tributo, e tendo em conta o caráter sui generis da exação — razoáveis e proporcionais os critérios escolhidos pelo diploma legal impugnado para estabelecer a sua base de cálculo, discriminar os seus contribuintes e fixar as alíquotas a que estão sujeitos. Concluiu-se que o Município de São José, ao empregar o consumo mensal de energia elétrica de cada imóvel, como parâmetro para ratear entre os contribuintes o gasto com a prestação do serviço de iluminação pública, buscou realizar, na prática, a almejada justiça fiscal, que consiste, precisamente, na materialização, no plano da realidade fática, dos princípios da isonomia tributária e da capacidade contributiva, porquanto seria lícito supor que quem tem um consumo maior tem condições de pagar mais. Rejeitou-se, por fim, a argumento de que a base de cálculo da COSIP se confundiria com a do ICMS, já que a contribuição em exame não incidiria propriamente sobre o consumo de energia elétrica, mas corresponderia ao rateio do custo do serviço municipal de iluminação pública entre contribuintes selecionados segundo critérios objetivos, pelo legislador local, com amparo na faculdade que lhe conferiu a EC 39/2002. Vencido o Min. Marco Aurélio, que provia o recurso, declarando incidentalmente a inconstitucionalidade da norma, ao fundamento de que esta teria criado uma taxa de iluminação pública.

Leading case: RE 573.675, Min. Ricardo Lewandowski. 19. LEI 10.438/2002: ENCARGO DE CAPACIDADE EMERGENCIAL E CONSTITUCIONALIDADE - 1

O Tribunal negou provimento a dois recursos extraordinários interpostos contra acórdãos que reconheceram a constitucionalidade dos encargos previstos na Lei 10.438/2002, ao fundamento de que tais exações possuiriam natureza jurídica de preço público e não de tributo. Pretendia-se, na espécie, o reconhecimento da inconstitucionalidade do Encargo de Capacidade Emergencial, também conhecido como “seguro-apagão”, de que trata o art. 1º do referido diploma legal. Esclareceu-se, inicialmente, que, em 2001, em virtude da redução da geração de energia elétrica pelas usinas hidroelétricas, ante os baixos níveis pluviométricos registrados, o Governo adotou certas

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providências para assegurar a continuidade da prestação desse serviço, dentre as quais, a instituição do debatido encargo, por meio da Medida Provisória 14/2001, convertida na Lei 10.438/2002, tendo por objetivo financiar, por rateio entre os consumidores, os custos, inclusive de natureza operacional, tributária e administrativa, relativos à aquisição de energia elétrica e à contratação de capacidade de geração ou potência pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial - CBEE. Aduziu-se que a Lei 10.438/2002 previu dois tipos de obrigações de responsabilidade dos consumidores atendidos pelo Sistema Elétrico Nacional Interligado: a) o adicional tarifário específico e b) a parcela das despesas incorridas com a compra de energia no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, tendo sido a matéria regulada pela Resolução 249/2002 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a qual, por sua vez, dispôs sobre três modalidades de encargos: a) o Encargo de Capacidade Emergencial; b) o Encargo de Aquisição de Energia Elétrica Emergencial e c) o Encargo de Energia Livre Adquirida no MAE.

Explicou-se que o Encargo de Capacidade Emergencial resultaria do rateio dos custos incorridos com a contratação de capacidade de geração ou de potência pela CBEE; o Encargo de Aquisição de Energia Elétrica Emergencial decorreria do rateio dos custos resultantes da aquisição de energia elétrica pela CBEE, e o Encargo de Energia Livre Adquirida no MAE derivaria do rateio das despesas originadas da compra de energia no âmbito deste pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas de geração e de distribuição até dezembro de 2002. Asseverou-se que tais encargos não se enquadrariam na definição de tributo contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, por não possuírem o requisito de compulsoriedade. Esclareceu-se que os referidos encargos eram cobrados dos consumidores finais de energia elétrica atendidos pelo Sistema Interligado Nacional, com exceção apenas dos consumidores de baixa renda, ou seja, a obrigação de pagar tais encargos estava diretamente ligada à hipótese de tratar-se, ou não, o obrigado de consumidor de energia elétrica provinda daquele sistema. Destarte, esses encargos não seriam de pagamento compulsório, já que os consumidores poderiam se valer de outros meios para a aquisição de energia elétrica que não a proveniente do Sistema Interligado Nacional, estando a corroborar com essa tese o disposto no art. 176, § 4º, da CF e no Decreto 2.003/96, que o regulamentou. Em suma, reputando razoável e legítimo admitir que a energia elétrica consumida por alguém possa originar-se de sistema de geração próprio ou de terceiro, dissociado do Sistema Interligado Nacional, concluiu-se que os encargos instituídos pela Lei 10.438/2002 não apresentariam a compulsoriedade típica das espécies tributárias, não estando sujeitos, por essa razão, aos princípios e regras constitucionais que regem os tributos. Afirmou-se que tais encargos, embora tivessem o caráter de prestações pecuniárias correspondentes à utilização de um serviço público — e, nesse sentido, aproximar-se-iam do conceito de taxas —, na verdade, configurariam tarifas ou preços públicos, em virtude do caráter facultativo da fruição do bem que remuneravam.

Em seguida, frisou-se que tanto a taxa quanto o preço público constituem um pagamento realizado em troca da fruição de um serviço ou bem estatal, divisível e específico, sendo a primeira caracterizada pela compulsoriedade, já que resulta de uma obrigação legal, enquanto que o segundo, pela facultatividade, já que decorre de uma relação contratual. Além disso, observou-se que as receitas das taxas ingressam nos cofres do Estado, mas as provenientes dos preços públicos integram patrimônio privado dos entes que atuam por delegação do Estado. Ao referir-se à Exposição de Motivos que acompanhou a citada Medida Provisória 14/2001, convertida na Lei 10.438/2002, e do próprio texto desses diplomas normativos, considerou-se que as ações financiadas com a receita decorrente desses encargos pretenderam assegurar o aumento da capacidade de geração e oferta de energia elétrica, bem como evitar interrupções abruptas em seu fornecimento, garantindo o pleno atendimento da demanda. Tendo isso em conta, reputou-se forçoso convir que tais encargos representariam uma contraprestação pecuniária pelo consumo de energia elétrica advinda do Sistema Interligado Nacional, além de constituir um meio para

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custear a continuidade da prestação do serviço. Também não se vislumbrou óbice em classificar os encargos em questão como tarifa ou preço público, haja vista o destino de sua arrecadação, dado não integrarem o orçamento público. Reportou-se, no ponto, à orientação firmada pela Corte no julgamento da ADC 9 MC/DF (DJU de 23.4.2004), no sentido de que seria compatível com a ordem constitucional o valor arrecadado como tarifa especial ou sobretarifa relativa ao consumo de energia elétrica acima das metas estabelecidas pela Medida Provisória 2.152/2001, e que a Constituição de 1988 teria introduzido considerável mudança no tratamento conferido à tarifa, que passou a ser objeto de uma política tarifária, deixando de equivaler a um simples preço público

Aduziu-se que a Resolução 249/20002 dispôs que os encargos examinados seriam cobrados de forma individualizada e identificados na fatura de energia elétrica dos consumidores (artigos 3º, § 2º, 5º, § 2º, e 12, § 3º), destinando-se às concessionárias, permissionárias e autorizadas. Registrou-se que os valores recolhidos a título de Encargo de Capacidade Emergencial e de Encargo de Aquisição de Energia Elétrica Emergencial seriam repassados à CBEE para o pagamento dos custos com a aquisição de energia elétrica e a contratação de capacidade de geração ou de potência de energia elétrica, e os correspondentes ao Encargo de Energia Livre Adquirida no MAE seriam empregados pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas para saldar as transações nele realizadas, por meio de um mecanismo de liquidação. Asseverou-se que, não obstante os valores recolhidos passassem pela CBEE ou pelo MAE, em nenhum momento integrariam um fundo especial, razão por que não se vislumbrou a alegada ofensa ao princípio da não-afetação, salientando-se, ainda, que a renda proveniente desses encargos também não constituiria receita pública. Rejeitou-se, da mesma forma, a apontada afronta aos princípios da moralidade, da isonomia, da proporcionalidade ou da razoabilidade, porquanto, em virtude de os encargos terem sido criados com o escopo de viabilizar a continuidade dos serviços de geração e distribuição de energia elétrica no âmbito do Sistema Interligado Nacional, seria perfeitamente compatível com a ordem natural das coisas que fossem cobrados daqueles que dela se utilizaram, e na medida do respectivo consumo. Por fim, apontou-se a impossibilidade de os custos, que levaram à cobrança dos encargos debatidos, serem suportados exclusivamente pelos agentes do Sistema Interligado Nacional, responsáveis pela geração e transmissão de energia, visto que isso prejudicaria consideravelmente e de forma ilegítima o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos realizados entre eles e o Estado, na qualidade de permissionários ou concessionários.

Leading case: RE 576.189, Min. Ricardo Lewandowski. 20. CRIAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS E DECRETOS DISTRITAIS

O Tribunal negou provimento a recurso extraordinário interposto pelo Governador do Distrito Federal contra acórdão proferido pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça local, que julgara procedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade contra os Decretos distritais 26.118/2005 e 25.975/2005, ao fundamento de que, nos termos da Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF, somente por meio de lei ordinária, regularmente aprovada pela Câmara Legislativa, poderia o Chefe do Poder Executivo tratar de matéria referente à criação de cargos públicos e reestruturação de entidade autárquica.

Reputou-se, inicialmente, cabível a propositura da citada ação direta, haja vista que, embora o constituinte não tenha incluído o DF no art. 125, § 2º, da CF, que atribui competência aos Tribunais de Justiça dos Estados para instituir a representação de inconstitucionalidade em face das constituições estaduais, a LODF apresenta a natureza de verdadeira constituição local, ante a autonomia política, administrativa e financeira que a Constituição Federal confere a esse ente federado. No mérito, entendeu-se que o acórdão impugnado estaria em consonância com a Constituição Federal, que não admite a criação de cargos públicos por decreto.

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Leading case: RE 577.025, Min. Ricardo Lewandowski. 21. TAXA DE MATRÍCULA E GRATUIDADE DO ENSINO PÚBLICO

O Tribunal, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário interposto por universidade federal contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que concluíra que a cobrança de taxa de matrícula dos estudantes da recorrente, cujos recursos seriam destinados a programa de assistência para alunos de baixa condição sócio-econômica-cultural, estaria em confronto com o art. 206, IV, da Constituição Federal, que prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

Considerou-se não ser possível admitir que as universidades públicas, mantidas integralmente pelo Estado, criem obstáculos de natureza financeira para o acesso dos estudantes aos cursos que ministram, a pretexto de subsidiar alunos carentes.

Reconheceu-se que o legislador constituinte, ciente do fato de que o ensino público superior é acessível predominantemente pelas classes sociais detentoras de maior poder aquisitivo, buscou produzir mecanismos que superassem essa desigualdade de acesso, dentre os quais a gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais (CF, art. 206, IV).

Reputou-se, também, não ser razoável a cobrança impugnada, haja vista que tanto a Constituição Federal (“Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.”) quanto a Lei 9.394/96 (art. 70, V, VI e VIII), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, garantem às universidades públicas os recursos necessários para a consecução de seus fins, inclusive para a eventual assistência de estudantes mais necessitados.

Asseverou-se, no ponto, que se aceitasse a tese da recorrente no sentido de que a sociedade deveria compartilhar com o Estado os ônus do ensino dado em estabelecimentos oficiais e da manutenção de seus alunos, ela teria de contribuir duplamente para a subsistência desse serviço público essencial, isto é, com o pagamento dos impostos e da aludida taxa. Vencidos a Min. Cármen Lúcia que dava provimento ao recurso, ao fundamento de que essa taxa seria consentânea com a Constituição Federal, tendo em conta, sobretudo, o princípio da solidariedade, e os Ministros Eros Grau, Celso de Mello e Gilmar Mendes, Presidente, que acompanhavam a divergência.

Leading case: RE 500.171, Min. Ricardo Lewandowski. Súmula Vinculante 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no artigo 206, inciso IV, da

Constituição Federal. 22. JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E ALCANCE

A competência da Justiça do Trabalho, nos termos do disposto no art. 114, VIII, da CF, limita-se à execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores objeto de acordo homologado que integrem o salário de contribuição, não abrangendo, portanto, a execução de contribuições atinentes ao vínculo de trabalho reconhecido na decisão, mas sem condenação ou acordo quanto ao pagamento das verbas salariais que lhe possam servir como base de cálculo (“Art. 114. ... VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;”).

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Com base nesse entendimento, o Tribunal desproveu recurso extraordinário interposto pelo INSS em que sustentava a competência da Justiça especializada para executar, de ofício, as contribuições previdenciárias devidas, incidentes sobre todo o período de contrato de trabalho, quando houvesse o reconhecimento de serviços prestados, com ou sem vínculo trabalhista, e não apenas quando houvesse o efetivo pagamento de remunerações. Salientou-se que a decisão trabalhista que não dispõe sobre pagamento de salário, mas apenas se restringe a reconhecer a existência do vínculo empregatício não constitui título executivo no que se refere ao crédito de contribuições previdenciárias.

Assim, considerou-se não ser possível admitir uma execução sem título executivo. Asseverou-se que, em relação à contribuição social referente ao salário cujo pagamento foi determinado em decisão trabalhista é fácil identificar o crédito exeqüendo e, por conseguinte, admitir a substituição das etapas tradicionais de sua constituição por ato típico, próprio, do magistrado. Ou seja, o lançamento, a notificação, a apuração são todos englobados pela intimação do devedor para o seu pagamento, porque a base de cálculo para essa contribuição é o valor mesmo do salário que foi objeto da condenação. Já a contribuição social referente ao salário cujo pagamento não foi objeto da sentença condenatória, e, portanto, não está no título exeqüendo, ou não foi objeto de algum acordo, dependeria, para ser executada, da constituição do crédito pelo magistrado sem que este tivesse determinado o pagamento do salário, que é exatamente a causa e a base da sua justificação.

O Min. Ricardo Lewandowski, em acréscimo aos fundamentos do relator, aduziu que a execução de ofício de contribuição social antes da constituição do crédito, apenas com base em sentença trabalhista que reconhece o vínculo empregatício sem fixar quaisquer valores, viola também o direito ao contraditório e à ampla defesa. Em seguida, o Tribunal, por maioria, aprovou proposta do Min. Menezes Direito, relator, para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas próximas sessões. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio, que se manifestava no sentido da necessidade de encaminhamento da proposta à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 569.056, Min. Menezes Direito. 23. SALÁRIO MÍNIMO COMO BASE DE CÁLCULO OU INDEXADOR DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Servidor público. Adicional de insalubridade: base de cálculo e indexador. Vinculação ao salário mínimo. Inconstitucionalidade. Em recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que assentara a legitimidade

da adoção do salário mínimo como base de cálculo e indexador do adicional de insalubridade, o STF declarou a não-recepção da expressão “salários mínimos” contida no caput do art. 3º da Lei Complementar 432/85 do Estado de São Paulo, e no § 1º do mesmo dispositivo legal (“Art. 3º - O adicional de insalubridade será pago ao funcionário ou servidor de acordo com a classificação nos graus máximo, médio e mínimo, em percentuais de, respectivamente, 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento), que incidirão sobre o valor correspondente a 2 (dois) salários mínimos. § 1º - O valor do adicional de que trata este artigo será reajustado sempre que ocorrer a alteração no valor do salário mínimo.”).

Entendeu-se que os dispositivos impugnados estão em confronto com a vedação prevista na parte final do inciso IV do art. 7º da CF, que, segundo vários precedentes da Corte, existe com o objetivo de evitar o uso do salário mínimo como fator de indexação, para que, com essa utilização não se crie empecilho ao aumento dele em face da cadeia de aumentos que daí decorreriam se admitida a vinculação (CF: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais ... IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, ..., sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”).

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Em que pese o reconhecimento da não-recepção dos dispositivos legais, o Tribunal negou provimento ao recurso extraordinário, mantendo o acórdão que autorizava a utilização do salário mínimo no caso concreto, asseverando que a alteração da base de cálculo do adicional de insalubridade e do correspondente critério de reajuste dependerá de lei de iniciativa do Poder Executivo, e que não cabe ao Poder Judiciário atuar como legislador positivo, para substituir os critérios legais de cálculo. A relatora, Min. Cármen Lúcia, durante a sessão e após os debates, reajustou seu voto, que inicialmente previa a conversão em reais do valor do salário mínimo e a sua atualização por índices oficiais, para assentar a impossibilidade da substituição do parâmetro até que o legislador o faça.

Leading case: RE 565.714, Min. Cármen Lúcia Súmula Vinculante nº 4 - Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador

de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. 24. COBRANÇA DE PULSOS TELEFÔNICOS ALÉM DA FRANQUIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL

O Tribunal afastou a alegação de que, ante a necessidade da inclusão da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, na lide, seria da Justiça Federal a competência para julgar o feito, nos termos do art. 109, I, da CF. Salientando a ausência de manifestação expressa de interesse jurídico ou econômico pela ANATEL, entendeu-se que a competência seria da Justiça Estadual. Esclareceu-se que a situação não configuraria hipótese de litisconsórcio passivo necessário a justificar a inclusão da ANATEL no pólo passivo, haja vista que este é estabelecido pela natureza da relação jurídica ou por determinação legal, sendo insuficiente que a decisão a ser proferida no processo possa produzir efeitos sobre esfera jurídica de terceiro.

Em seguida, rejeitou-se a assertiva de que a tramitação do processo em Juizado Especial Estadual implicaria afronta ao disposto no art. 98, I, e no art. 5º, II, LIV e LV, da CF. Aduziu-se que a definição da lide não passa por dilação probatória complexa, nem pela produção de prova pericial, bastando a análise dos documentos e sua confrontação com as normas jurídicas aplicáveis. Além disso, a verificação da possibilidade da cobrança de pulsos além da franquia, sem a devida discriminação das ligações realizadas, constitui matéria exclusivamente de direito e está, portanto, no âmbito de competência dos Juizados Especiais (CF, art. 98, I), não se podendo falar, por conseguinte, em violação aos princípios do devido processo legal, ampla defesa, contraditório e legalidade, cuja incidência, para o deslinde da causa, seria reflexa.

Por fim, quanto à matéria de fundo, o Tribunal não conheceu do recurso no que se refere à alegação de ofensa ao art. 37, XXI, da CF, por considerar que o tema de fundo é infraconstitucional, regido pelas normas legais de direito do consumidor. Vencido, neste ponto, o Min. Marco Aurélio, que reputava não se estar diante da disciplina de tema que seria estritamente legal, mas que teria raiz básica na Constituição Federal no que se diz que a decisão de origem não teria ficado limitada à proteção querida pela Carta de 1988 ao consumidor.

Leading case: RE 571.572, Min. Gilmar Mendes. 25. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Apenas lei complementar pode dispor sobre normas gerais – como prescrição e decadência em matéria tributária, inclusive na fixação de prazos e na definição das causas de suspensão ou interrupção da prescrição. Inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91 que fixavam em 10 anos os prazos de decadência e prescrição das contribuições de Seguridade Social. Aplicabilidade dos prazos

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de 5 anos, previstos no CTN. Inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 5º do Decreto-Lei 1.569/77, que determinava que o arquivamento das execuções fiscais de créditos tributários de pequeno valor seria causa de suspensão do prazo prescricional.

Leading cases: RE 560.626, RE 556.664 e RE 559.882, Min. Gilmar Mendes; RE 559.943, Min. Cármen Lúcia. Súmula vinculante nº 8 – São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei

8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.

26. PAGAMENTO DE SOLDO INFERIOR AO MÍNIMO Não se estende às praças que prestam serviço militar inicial obrigatório a garantia do salário mínimo contida na Constituição

Federal (“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:... IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;... VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;”). Essa foi a conclusão do Tribunal ao negar provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão de Turma Recursal de Juizado Especial Federal que, com base em enunciado de súmula do próprio Juizado, reputara constitucional o art. 18, § 2º, da Medida Provisória 2.215-10/2001, que possibilita o pagamento de soldo inferior a um salário mínimo a praça que presta serviço militar inicial obrigatório. Salientando que a Constituição Federal, ao tratar dos militares, tanto na sua redação original quanto na dada pela EC 18/98, não fez remissão aos incisos IV e VII do art. 7º da CF, entendeu-se inexistente a alegada violação ao princípio da isonomia. Asseverou-se que, diversamente do que ocorre com os trabalhadores urbanos e rurais, bem como os servidores civis, aos quais os artigos 7º, IV, e 39, § 2º (atual § 3º, na redação da EC 19/98), da CF, asseguram remuneração nunca inferior ao salário mínimo, aos militares não teria sido conferida essa garantia constitucional. Afirmou-se que a aprovação da EC 18/98, que suprimiu dos militares a qualificação de servidores públicos, não teria tido caráter exclusivamente terminológico, e que as regras pertinentes ao regime jurídico dos servidores públicos apenas se aplicariam aos militares quando o texto constitucional expressamente assim o previsse (CF, art. 142, § 3º). Afastando, de igual forma, ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana ou a outro postulado constitucional, destacou-se que os recrutados para o serviço militar obrigatório exerceriam um verdadeiro múnus público, um dever do cidadão no tocante a sua pátria, e se submeteriam a treinamento militar, por tempo determinado, percebendo do Estado todas as condições necessárias para bem cumprir essa obrigação constitucional. Precedente citado: RE 198982/RS (DJU de 19.4.2002). RE 570177/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 30.4.2008.

Leading case: RE 570.177, Min. Ricardo Lewandowski Súmula vinculante nº 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças

prestadoras de serviço militar inicial.

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27. INELEGIBILIDADE. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. VEDAÇÃO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA. POSSIBILIDADE DE REELEIÇÃO. EC Nº 45/2004.

O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral - TSE que, dando provimento a recursos especiais eleitorais, indeferira o registro da candidatura da ora recorrente ao cargo de Prefeita, ao fundamento de ser ela inelegível, em razão de pertencer a Ministério Público estadual, estando dele licenciada, mas não afastada definitivamente. Alegava a recorrente ofensa aos artigos 5º, XXXVI, 14, § 5º, e 128, § 5º, II, e, da CF. Sustentava, em síntese, que os membros do Ministério Público que ingressaram na carreira após 1988 e que já estavam no exercício de mandato eletivo quando do advento da EC 45/2004 possuiriam direito adquirido à reeleição, e que referida emenda, ao estabelecer limitações à atividade político-partidária de membros do Ministério Público, não poderia comprometer esse direito adquirido. Na espécie, a ora recorrente ingressara na carreira do Ministério Público em 14.8.90. Tendo se licenciado do cargo para concorrer às eleições de 2004, exercera o mandato de Prefeita no período de 2005 a 2008. Em 2008, concorrera à reeleição ao cargo, ainda vinculada ao Ministério Público, saindo-se vencedora. O registro da candidatura fora deferido perante o juízo eleitoral e mantido pelo Tribunal Regional Eleitoral - TRE, tendo o TSE cassado essas decisões.

Preliminarmente, por votação majoritária, reconheceu-se a repercussão geral da matéria debatida. Asseverou-se haver uma questão constitucional evidente, já que tudo teria sido decidido com base em normas constitucionais, que repercutiria para além dos direitos subjetivos questionados. Considerou-se que não só poderia haver repetição em outros casos, como que, na situação dos autos, cuidar-se-ia, também, do direito de eleitores que exerceram seu direito/dever de votar, acreditando no sistema então vigente. Vencidos, no ponto, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, que não vislumbravam a existência dessa repercussão geral e, salientando tratar-se de hipótese excepcionalíssima e irreproduzível, reputavam que a análise do direito adquirido questionado estaria limitada pelo aspecto temporal, não sendo aplicável a eleições posteriores à citada emenda constitucional.

Quanto ao mérito, entendeu-se estar-se diante de uma situação especial, ante a ausência de regras de transição para disciplinar a situação fática em questão, não abrangida pelo novo regime jurídico instituído pela EC 45/2004. Tendo em conta que a recorrente estava licenciada, filiada a partido político, já tendo sido eleita para exercer o cargo de Prefeita na data da publicação dessa emenda, concluiu-se que ela teria direito, não adquirido, mas atual à recandidatura, nos termos do § 5º do art. 14 da CF (“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.”). Vencidos, no mérito, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os Ministros Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Celso de Mello, que negavam provimento ao recurso. Ressaltaram que, antes da EC 45/2004, admitia-se que, licenciado, o membro do parquet podia se filiar e concorrer, mas que, após tal emenda, em face da absoluta proibição da atividade político-partidária por membros do Ministério Público, prevista no art. 128, § 5º, II, e, da CF, de aplicação imediata e linear, se desejasse exercer atividade político-partidária, deveria exonerar-se ou aposentar-se, não havendo se falar em direito adquirido ao regime anterior à emenda, para beneficiar a recorrente, nem em direito dela ou do eleitorado assegurado pela norma viabilizadora da reeleição. Aduziram que, a cada eleição, para requerer o registro de sua candidatura, o postulante a cargo eletivo deveria demonstrar a satisfação das condições de elegibilidade, o que não se dera no caso.

Leading case: RE 597.994, Min. Ellen Gracie, rel. p/ acórdão Min. Eros Grau

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28. DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TELEFONIA. ASSINATURA BÁSICA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA REGULATÓRIA DA ANATEL.

O Tribunal, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão de Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado da Bahia que reconhecera a ilegalidade da cobrança da tarifa básica de assinatura do serviço de telefonia fixa. Aplicou-se a orientação firmada no julgamento do RE 571572/BA (DJE de 13.2.2009), que entendera ser da Justiça estadual a competência para processar e julgar a ação, ante a ilegitimidade da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL para compor o pólo passivo da demanda. A referida decisão ainda reputara cabível o processamento da causa no Juizado Especial, porque a matéria seria exclusivamente de direito, dispensando instrução complexa, e, ainda, que o tema concernente à relação de consumo e o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão se revestiria de natureza infraconstitucional, não ensejando a abertura da via extraordinária. Asseverou-se que, não obstante a distinção entre a questão de fundo apreciada naquela oportunidade (pulsos além da franquia) e o mérito do presente recurso (legalidade da cobrança de assinatura básica mensal), os fundamentos daquele incidiriam, haja vista que a controvérsia dos autos fora estabelecida apenas entre o consumidor e a concessionária de serviço público, não havendo se falar, portanto, em interesse, jurídico ou econômico, da ANATEL. Reconheceu-se, assim, a competência da Justiça estadual, admitindo-se o processamento da causa no Juizado Especial e assentando-se a natureza infraconstitucional dos temas alusivos à relação de consumo e ao contrato de concessão. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Eros Grau que davam provimento ao recurso, por considerar que a causa seria de complexidade maior, tendo em conta questionamento que diria respeito ao conteúdo econômico-financeiro do contrato estabelecido (CF, art. 37, XXI), a ensejar a competência da Justiça comum, propriamente dita, já que se teria de partir para a prova pericial, para saber da importância da parcela em questão no contrato de concessão, incompatível com a atuação dos Juizados Especiais.

Leading case: RE 567.454, Min. Carlos Britto

29. EXTENSÃO A APOSENTADOS DO PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO – GAM. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 977/05. EC 41/03, ART. 7º. DIREITO À PARIDADE DE PROVENTOS DE INATIVIDADE COM VENCIMENTOS PAGOS AOS SERVIDORES ATIVOS

A Gratificação por Atividade de Magistério - GAM, instituída pela Lei Complementar estadual 977/2005, estende-se aos servidores que ingressaram no serviço público antes da publicação das Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003 e se aposentaram após a EC 41/2003, observados os requisitos estabelecidos nos artigos 2º e 3º da EC 47/2005, bem como respeitado o direito de opção pelo regime transitório ou pelo novo regime. Com base nesse entendimento, o Tribunal proveu, em parte, recurso extraordinário interposto contra acórdão que reputara legítima a extensão do pagamento da GAM aos autores que se aposentaram até a data da publicação da EC 41/2003, ao fundamento de que o art. 7º da referida emenda constitucional teria assegurado o direito à paridade de proventos de inatividade com os vencimentos pagos aos servidores ativos apenas àqueles que já recebiam proventos de aposentadoria ou pensão na data da publicação da EC 41/2003. Asseverou-se, inicialmente, que a GAM deveria ser estendia aos professores inativos, haja vista que a

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legislação de regência não teria explicitado, em nenhum de seus dispositivos, quaisquer circunstâncias especiais ou requisitos para o seu recebimento, alcançando ela, sem exceção, todos os servidores do quadro do magistério paulista em atividade. Considerou-se, assim, que a Lei Complementar 977/2005 teria instituído verdadeiro aumento de vencimentos aos servidores do referido quadro de magistério, aplicando-se o disposto no art. 40, § 8º, da CF.

Prosseguindo, aduziu-se que a EC 41/2003 extinguiu o direito à paridade dos proventos para os servidores que ingressaram no serviço público após a sua publicação, tendo-o, entretanto, assegurado aos que estavam na fruição da aposentadoria na data de sua publicação, estendendo-lhes quaisquer vantagens ou benefícios posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão (EC 41/2003, art. 7º). Observou-se que, relativamente aos servidores que ingressaram no serviço público antes da EC 41/2003 e se aposentaram após a sua edição, seria necessário observar a incidência de regras de transição fixadas pela EC 47/2005, a qual complementou a reforma previdenciária com efeitos retroativos à data de vigência da EC 41/2003 (EC 47/2005, art. 6º). Explicou-se que, nesses casos, duas situações ensejariam o direito à paridade e à integralidade de vencimentos, quais sejam, a dos servidores que ingressaram, de modo geral, no serviço público antes da EC 41/2003, e a dos servidores que ingressaram antes da EC 20/98. No ponto, ressaltou-se que, no que tange aos primeiros, o art. 2º da EC 47/2005 teria garantido a integralidade e a paridade desde que atendidos, de forma cumulativa, estes requisitos: 1) 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher; 2) 35 anos de contribuição, se homem; 30, se mulher; 3) 20 anos de efetivo exercício no serviço público, e 4) 10 anos de carreira e 5 anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria. Acresceu-se, ainda, a redução, em 5 anos, nos limites de idade e de tempo de contribuição para os professores do ensino infantil, fundamental e médio. Já no que respeita aos segundos, o direito à paridade e à integralidade teria sido assegurado pelo art. 3º, parágrafo único, da EC 47/2005, desde que presentes estas condições: 1) 35 anos de contribuição, se homem, e 30, se mulher; 2) 25 anos de efetivo exercício no serviço público, 15 anos de carreira e 5 anos no cargo em que se der a aposentadoria e 3) idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, III, a, da CF, de 1 ano de idade para cada ano de contribuição que exceder os limites acima descritos.

Leading case: RE 590.260, Min. Ricardo Lewandowski

30. CPFM. ALÍQUOTA DE 0,38%. EC 42/2003. ANTERIORIDADE NONAGESIMAL O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª

Região que reconhecera ser indevida a cobrança da CPMF em alíquota de 0,38%, nos 90 dias posteriores à publicação da EC 42/2003. Entendeu-se não haver majoração da alíquota de modo a atrair o disposto no art. 195, § 6º, da CF, haja vista que a EC 42/2003 teria apenas mantido a alíquota de 0,38% para o exercício de 2004 sem instituir ou modificar a alíquota diferente da que os contribuintes vinham pagando. Explicou-se que os contribuintes, durante o exercício financeiro de 2002 e 2003, vinham pagando a contribuição de 0,38% e não a de 0,08%. Considerou-se que, no máximo, haveria uma expectativa de diminuição da alíquota para 0,08%, mas que o dispositivo que previa esse percentual para 2004 teria sido revogado antes de efetivamente ser exigível, ou seja, antes do início do exercício financeiro de 2004. Afastou-se, ainda, ofensa à segurança jurídica, princípio sustentador do art. 195, § 6º, da CF, na medida em que o contribuinte, há muito tempo, já pagava a alíquota de 0,38%, não tendo, por conseguinte, sofrido ruptura com a manutenção dessa alíquota durante o ano de 2004. Por fim, salientou-se que, se a prorrogação de contribuição não faria incidir o prazo nonagesimal, conforme reiterados

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pronunciamentos da Corte, quando se poderia alegar expectativa do término da cobrança do tributo, por maior razão não se deveria reconhecer a incidência desse prazo quando havia mera expectativa de alíquota menor. Vencidos os Ministros Carlos Britto, Marco Aurélio e Celso de Mello, que desproviam o recurso, ao fundamento de que a EC 42/2003, ao revogar o inciso II do § 3º do art. 84 do ADCT, incluído pela EC 37/2002, o qual previa a alíquota de 0,08% da CPMF para o exercício financeiro de 2004, não teria apenas prorrogado a cobrança dessa contribuição, mas também majorado sua alíquota, causando surpresa aos contribuintes e afrontando o princípio da anterioridade nonagesimal.

Leading case: RE 566.032, Min. Gilmar Mendes

31. COFINS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. NECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR. LEI Nº 9.718/98, ARTIGO 8º. O Plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou o entendimento da Corte no sentido da inconstitucionalidade do parágrafo 1º do

artigo 3º da Lei 9.718/98, que alargou a base de cálculo do PIS e da Cofins, para reconhecer que a receita bruta (faturamento) seria a “totalidade das receitas auferidas” pelas empresas.

A decisão, tomada no julgamento do Recurso Extraordinário 527602, seguiu o entendimento do ministro Marco Aurélio, para quem o novo conceito de faturamento criado pelo dispositivo questionado – uma lei ordinária, foi além do que previu a Constituição Federal – que determinava a necessidade de uma lei complementar para tal.

Já o artigo 8º da mesma lei, que aumentou a alíquota da contribuição, de 2% para 3%, foi considerado constitucional pela Corte, uma vez que não existe a necessidade de lei complementar para tratar do aumento da alíquota.

Os ministros se mantiveram fiéis a uma série de REs julgados recentemente pela Corte que tratavam deste assunto – como os recursos 357950, 390840, 358273, 346084 e 336134.

Leading case: RE 527.602, Min. Eros Grau, relator para o acórdão Min. Marco Aurélio

32. IPI. CRÉDITO-PRÊMIO DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. ART. 1º DO DECRETO-LEI N. 491/1969. ART. 41, § 1º, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS.

O Tribunal desproveu dois recursos extraordinários em que se discutia o termo final de vigência do crédito-prêmio do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados, instituído pelo Decreto-Lei 491/69. Prevaleceu o voto do Min. Ricardo Lewandowski, relator, que entendeu que o aludido incentivo fiscal teria vigorado até 5.10.90, a teor do disposto no art. 41, § 1º, do ADCT (“Art. 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios reavaliarão todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor, propondo aos Poderes Legislativos respectivos as medidas cabíveis. § 1º - Considerar-se-ão revogados após dois anos, a partir da data da promulgação da Constituição, os incentivos que não forem confirmados por lei.”). O relator, inicialmente, fez um breve histórico sobre a evolução do crédito-prêmio em nosso ordenamento jurídico. Asseverou que o IPI foi instituído pela Lei 4.502/64, tendo o Governo, a fim de estimular as exportações, editado, em seguida, o Decreto-Lei 491/69, que permitiu, às empresas fabricantes e exportadoras de produtos manufaturados, “a título de estímulo fiscal”, por prazo indeterminado, o ressarcimento de tributos pagos internamente mediante a constituição de créditos tributários sobre suas vendas ao exterior, incentivo esse denominado “crédito-prêmio”.

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Aduziu o relator que, depois, o Decreto-Lei 1.248/72 ampliou o incentivo para incluir as operações nas quais o industrial vendesse a sua produção no mercado interno a empresa comercial exportadora (produtor-vendedor), desde que destinada ao exterior, mas que o Decreto-Lei 1.894/81 acabou excluindo esse produtor-vendedor do conjunto de beneficiários. Quanto às normas concernentes à vigência temporal do crédito-prêmio do IPI, registrou que foi editado o Decreto-Lei 1.658/79, que reduziu gradualmente o crédito-prêmio até a sua extinção definitiva em 30.6.83, porém, antes de sobrevir o termo final por ele estabelecido, outros diplomas teriam sido editados, dispondo sobre o prazo de vigência do aludido incentivo. No ponto, citou o Decreto-Lei 1.722/79, que autorizou o Ministro de Estado da Fazenda a reduzir, paulatinamente, o incentivo fiscal, até 30.6.83, o Decreto-Lei 1.724/79, que, promovendo nova alteração na sistemática, revogou as disposições em contrário e delegou ao Ministro de Estado da Fazenda a atribuição de fixar a data de extinção do incentivo, e o Decreto-Lei 1.894/81, que restabeleceu o estímulo fiscal sem prazo de vigência, estendendo-o às empresas exportadoras de produtos de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno, delegando, novamente, ao Ministro da Fazenda poderes para extingui-lo. Com base nessas autorizações, disse que o Ministro da Fazenda editou diversas Portarias, tratando do crédito-prêmio do IPI, dentre as quais se destacaria a Portaria 176/84, a qual determinou a extinção definitiva do referido incentivo em 1º.5.85. Afirmou, ainda, que, de 1985 até a promulgação da CF/88 (art. 41, § 1º, do ADCT), nenhuma outra norma teria sido editada tratando expressamente da vigência do crédito-prêmio do IPI, havendo, entretanto, o Decreto-Lei 2.413, de 10.2.88, reconhecido, implicitamente, que o incentivo fiscal teria se mantido íntegro até aquela data.

O relator informou, em seguida, que o Supremo teria declarado a inconstitucionalidade parcial do art. 1º do referido Decreto-Lei 1.724/79 e do inciso I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/81, por considerar que a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para reduzir, suspender ou extinguir o incentivo em questão afrontaria o art. 6º da CF/67, alterada pela EC 1/69 (RE 186623/RS, DJU de 12.4.2002; RE 186359/RS, DJU de 10.5.2002; RE 180828/RS, DJU de 14.3.2003), o que teria levado o Senado Federal a editar a Resolução 71/2005, a qual suspendeu a execução das expressões declaradas inconstitucionais. Ante a profusão de normas relativas ao crédito-prêmio e a superveniente declaração de inconstitucionalidade parcial dos aludidos dispositivos, três soluções diferentes teriam passado a ser defendidas e adotadas pelos especialistas e tribunais: 1) o crédito-prêmio teria sido revogado em 30.6.83 pelo Decreto-Lei 1.658/79; 2) o crédito-prêmio teria sido extinto em 5.10.90, nos termos do art. 41 do ADCT, em especial diante de seu caráter setorial; 3) o crédito-prêmio continuaria em vigor até hoje, haja vista que, por não possuir natureza setorial, não teria sido abrangido pelo art. 41 do ADCT. Para o relator, ao declarar inconstitucional apenas a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para promover a redução, suspensão ou extinção do crédito-prêmio, as decisões do Supremo teriam preservado a competência daquele para aumentar o incentivo, bem como a norma que o instituiu sem prazo definido de vigência (DL 491/69). Assim, com fundamento no princípio da conservação dos atos jurídicos, essa declaração parcial de inconstitucionalidade não só não teria expungido o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como teria tornado indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, no entanto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT.

Em seguida, o Min. Ricardo Lewandowski, tendo em conta o disposto na norma transitória, e asseverando que incentivos ou estímulos fiscais são todas as normas jurídicas ditadas com finalidades extrafiscais de promoção do desenvolvimento econômico e social que excluem total ou parcialmente o crédito tributário, afirmou que a natureza de estímulo fiscal do crédito-prêmio estaria claramente evidenciada tanto por essa definição quanto pela terminologia utilizada pelos sucessivos textos normativos que trataram do tema, desde o Decreto-Lei 491/69. Ressaltou, ademais, o fato de o crédito-prêmio ter sido criado com o objetivo de promover o desenvolvimento de um setor determinado da economia, qual seja, o setor industrial, por meio do incentivo à exportação de produtos manufaturados. Aduziu que,

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ao elaborar o art. 41 do ADCT, os legisladores constituintes teriam pretendido rever todos os incentivos fiscais vigentes à época, com exceção dos de natureza regional. Concluiu o relator que, por ser um incentivo fiscal de cunho setorial, o crédito-prêmio do IPI, para continuar vigorando, deveria ter sido confirmado, portanto, por lei superveniente no prazo de dois após a publicação da CF/88, e que, como isso não ocorreu, teria sido extinto, inexoravelmente, em 5.10.90. Por fim, o Tribunal deliberou no sentido de adotar as regras do art. 543-B do CPC.

Leading cases: RE 561.485 e RE 577.348, Min. Ricarso Lewandowski

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ANEXO 2. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E JURISPRUDÊNCIA DO STF REAFIRMADA, PARA APLICAÇÃO DOS EFEITOS DO REGIME DOS ARTS. 543-A E 543-B, DO CPC

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Matéria Processo Relator Data

1 Benefício Previdenciário. Pensão por morte. Lei nº 9032/95. Constituição Federal, artigos 5º, XXXVI e 195, § 5º. RE 597.389 RG-QO Min. Gilmar 22/04/09

2 Pena. Dosimetria. Reconhecimento de atenuantes. Fixação de pena abaixo do mínimo estabelecido para o tipo penal. RE 597.270 RG- QO Min. Peluso 26/03/09

3 IPTU. Progressividade antes da EC/29. Localização e valor venal do imóvel. Função social da propriedade. Constituição Federal, artigos 2º, 30, I e III, 145, § 1º, 156, § 1º e 182, § 4º.

AI 712.743 RG-QO Min. Ellen 12/03/09

4 Servidores inativos. GDATA e GDASST. Critérios de cálculo. Aplicação aos servidores inativos dos critérios estabelecidos aos ativos, de acordo com a sucessão de leis de regência.

RE 597.154 RG-QO Min. Gilmar 19/02/09

5 Taxa de coleta, remoção e destinação de lixo. Base de cálculo. Localização geográfica e metragem do imóvel. Base de imposto. Requisitos de divisibilidade e especificidade do serviço público. Lei municipal de Campinas nº 6.355/90. CF/88, artigo 145, inciso II.

RE 576.321-RG-QO Min. Ricardo 04/12/08

6 Precatório. Juros de mora. Período entre a expedição do precatório e a data de seu efeito vencimento. Art. 100, § 1º da CF. RE 591.085-RG-QO Min. Ricardo 04/12/08

7 Servidor Público. Abono. Complementação à remuneração para garantir a percepção do mínimo legal. Impossível calcular-se a incidência das vantagens pessoais do servidor sobre o abono. Artigos 7º, IV, VI e VII; 39, § 3º; 5º, LV e 93, IX, todos da CF.

RE 572.921-RG-QO Min. Ricardo 13/11/08

8 Servidor Público. Pagamento de proventos em importância inferior ao salário mínimo vigente. Artigos 7º, IV e VII e 39, § 3º, todos da CF. RE 582.019-RG-QO Min. Ricardo 13/11/08

9 Inconstitucionalidade de exigência de depósito prévio como pressuposto de recurso administrativo, declarada nos autos do RE 389.383, RE 390.513.

AI 698.626-RG-QO Min. Ellen 02/10/08

10 PIS. COFINS. Inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 RE 585.235-RG-QO Min. Peluso 10/09/08

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Matéria Processo Relator Data

11 Validade do termo de adesão firmado por titular de conta vinculada de FGTS, que, na via administrativa, negociou com a CEF o pagamento das diferenças de correção monetária relativas aos Planos Econômicos. Súmula vinculante nº 1.

RE 591.068-QO Min. Gilmar 07/08/08

12 Afastamento de disposição expressa em observância da cláusula de reserva de plenário. Art. 97 da CF. SÚMULA VINCULANTE nº 10 RE 580.108-QO Min. Ellen 11/06/08

13 Sistema financeiro nacional. Limitação de juros a 12% ao ano. Auto-aplicabilidade do art. 192, §3º da Constituição Federal, na redação vigente anteriormente à EC 40/2003. Súmula 648 do STF. SÚMULA VINCULANTE nº 7

RE 582.650-QO Min. Ellen 11/06/08

REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DA CORTE

1. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE E PERÍODO ANTERIOR À LEI 9.032/95 O Tribunal resolveu questão de ordem suscitada pelo Min. Gilmar Mendes, Presidente, em recurso extraordinário interposto pelo

INSS, do qual relator, para: a) reconhecer a repercussão geral da questão constitucional analisada — revisão de pensão por morte constituída antes da edição da Lei 9.032/95 —, pela inegável relevância jurídica e econômica do tema, com reflexos sobre uma multiplicidade de processos que ainda tramitam nas instâncias ordinárias e especial; b) reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que a revisão de pensão por morte e demais benefícios, constituídos antes da entrada em vigor da Lei 9.032/95, não pode ser realizada com base em novo coeficiente de cálculo estabelecido no referido diploma legal; c) dar provimento ao recurso extraordinário; d) devolver aos respectivos tribunais de origem os recursos extraordinários e agravos de instrumento, ainda não distribuídos nesta Suprema Corte e os que aqui chegarem, versando sobre o tema em questão, sem prejuízo da eventual devolução, se assim entenderem os relatores, daqueles que já estão a eles distribuídos (RISTF, art. 328, parágrafo único), com a ressalva do voto do Min. Marco Aurélio, quanto à não-aplicação do regime da repercussão geral aos recursos protocolados em data anterior à regulamentação do referido instituto; e e) autorizar os Tribunais, Turmas Recursais e de Uniformização a adotar os procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC, especificamente a retratação das decisões ou a inadmissibilidade dos recursos extraordinários, sempre que as decisões contrariarem ou se pautarem pela jurisprudência desta Casa e forem contrastadas por recursos extraordinários.

Leading case: RE 597.389-QO, Min. Gilmar Mendes

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2. ATENUANTES GENÉRICAS E FIXAÇÃO DA PENA ABAIXO DO MÍNIMO LEGAL O Tribunal resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer a existência de repercussão geral da matéria discutida em recurso

extraordinário — fixação da pena abaixo do mínimo legal por força de circunstâncias atenuantes genéricas — e reafirmar a jurisprudência da Corte quanto à impossibilidade dessa fixação. No mérito, o Tribunal negou provimento ao recurso. O Min. Cezar Peluso, relator, fez, ainda, considerações sobre a tese, pela qual teria simpatia, de as minorantes especiais — que atuam na 3ª fase de cálculo da pena —, bem como as circunstâncias concretas de cada caso — as quais não se confundiriam com as atenuantes genéricas previstas — poderem conduzir a pena abaixo do mínimo legal.

Asseverou, no ponto, ser necessário fazer uma distinção entre as atenuantes genéricas e as circunstâncias especiais de cada caso. Afirmou que as atenuantes genéricas, que estão previstas na lei, não caracterizariam situações tais que, por si sós, justificariam a redução da pena aquém do mínimo legal. Aduziu que, por sua vez, as circunstâncias particulares de cada caso, se não consideradas, implicariam ofensa à individualização da pena e ao devido processo legal, em termos substantivos, haja vista que influiriam com a questão de tratamento justo de cada caso. Tendo em conta, contudo, não ser esta a situação do caso analisado, concluiu que, se a Corte decidisse rever sua jurisprudência, teria de tomar certas cautelas, em face do risco de deixar a cada juiz a definição da pena para cada crime. Em seguida, o Tribunal, por maioria, resolveu outra questão de ordem, no sentido de, nos habeas corpus que tratem do assunto ora analisado, autorizar o relator a decidir o pedido monocraticamente (RISTF, art. 21). Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio, que entendia não caber essa autorização.

Leading case: RE 597.270-QO, Min. Cezar Peluso

3. PROGRESSIVIDADE DO IPTU E PERÍODO ANTERIOR À EC 29/2000 O Tribunal, ao dar provimento a agravo de instrumento e convertê-lo em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º), resolveu

questão de ordem no sentido de reconhecer a existência de repercussão geral da matéria discutida no apelo extremo — progressividade do IPTU antes da EC 29/2000 — e ratificar o entendimento firmado na Corte sobre o tema, a fim de que sejam adotadas as disposições do art. 543-B do CPC. Ressaltou-se que, em relação ao período posterior à citada emenda constitucional, houve o reconhecimento da repercussão geral no RE 586693/SP (DJE de 12.9.2008), e que a matéria está sendo apreciada no Plenário no RE 423768/SP. Quanto ao período anterior, objeto do presente recurso, observou-se que a questão constitucional já foi examinada pela Corte e gerou a edição da Súmula 668 (“É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana.”), orientação consolidada que continua a ser aplicada por ambas as Turmas do Tribunal.

Leading case: AI 712.743-QO, Min Ellen Gracie

4. GDATA E GDASST: EXTENSÃO AOS INATIVOS O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário interposto pela União no sentido de: a) reconhecer a repercussão

geral da questão constitucional analisada — aplicabilidade aos inativos de critérios de pontuação relativos à Gratificação de Desempenho e Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, instituída pela Lei 10.404/2002, com as alterações da Lei 10.971/2004, e à GDASST, que

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substituiu a GDATA para os servidores da carreira da Seguridade Social e do Trabalho da Administração Pública Federal com o advento da Lei 10.483/2002; b) reafirmar a jurisprudência consolidada nesta Corte na linha do que decidido no julgamento do RE 476279/DF (DJU de 15.6.2007), de modo que a fixação da GDATA/GDASST, quanto aos servidores públicos inativos, obedecerá a critério variável de acordo com a sucessão de leis de regência, para que a GDATA seja concedida aos servidores inativos nos valores correspondentes a 37,5 pontos, no período de fevereiro a maio de 2002; de junho de 2002 a abril de 2004, a concessão se faça nos termos do art. 5º, II, da Lei 10.404/2002; e, no período de maio de 2004 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação (art. 1º da Medida Provisória 198/2004, convertida na Lei 10.971/2004), a gratificação seja concedida aos inativos nos valores referentes a 60 pontos; c) devolver aos respectivos tribunais de origem os recursos extraordinários e agravos de instrumento, ainda não distribuídos no Supremo, e que versem sobre matéria apreciada na presente questão de ordem, sem prejuízo da eventual devolução, se assim entenderem os relatores, daqueles feitos que já estejam a eles distribuídos (RISTF, art. 328, parágrafo único); d) autorizar os Tribunais, Turmas Recursais e de Uniformização a adotar os procedimentos relacionados à repercussão geral, especificamente a retratação das decisões ou a inadmissibilidade dos recursos extraordinários, sempre que as decisões contrariarem ou se pautarem pela jurisprudência do Supremo e forem contrastadas por recursos extraordinários. No mérito, o Tribunal, por maioria, desproveu o recurso. Vencido o Min. Marco Aurélio que o provia por considerar constitucional o tratamento diferenciado, hoje, presentes servidores na ativa e inativos. Em seguida, o Tribunal deliberou enviar, à Comissão de Jurisprudência, proposta de súmula vinculante sobre a matéria.

Leading case: RE 597.154-QO, Min. Gilmar Mendes

5. TAXA DE COLETA DE LIXO E BASE DE CÁLCULO O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgara inconstitucional a taxa de

coleta, remoção e destinação de lixo instituída pelo Município de Campinas, para: a) reconhecer a existência de repercussão geral relativamente à questão constitucional versada no recurso; b) ratificar o entendimento firmado pelo Tribunal sobre o tema; c) denegar a distribuição dos demais processos que versem sobre a matéria, determinando a devolução dos autos à origem para a adoção dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

Quanto ao mérito, por maioria, o Tribunal deu provimento ao recurso. Reportou-se à jurisprudência da Corte segundo a qual as taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos. Citou-se, ademais, a orientação fixada no sentido de que a taxa que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre uma base e a outra, não ofende o § 2º do art. 145 da CF. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio que o desproviam. O relator, em seguida, apresentou proposta de novas súmulas vinculantes e a remeteu à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 576.321-QO, Min. Ricardo Lewandowski

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6. PRECATÓRIO E INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário interposto contra acórdão que considerara que os juros de mora

incidem no período compreendido entre a data da expedição e a do pagamento do precatório, quando realizado até o final do exercício seguinte, para: a) reconhecer a existência de repercussão geral relativamente à questão constitucional versada no recurso; b) ratificar o entendimento firmado pelo Tribunal sobre o tema, no sentido de que, somente se descumprido o prazo constitucional previsto para o pagamento dos precatórios, qual seja, até o final do exercício seguinte, poder-se-á falar em mora e, em conseqüência, nos juros a ela relativos, como penalidade pelo atraso; c) denegar a distribuição dos demais processos que versem sobre a matéria, determinando a devolução dos autos à origem para a adoção dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

Quanto ao mérito, por maioria, o Tribunal deu provimento ao recurso. Vencido o Min. Marco Aurélio que o desprovia. O relator, em seguida, apresentou proposta de nova súmula vinculante e a remeteu à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 591.085-QO, Min. Ricardo Lewandowski

7. INCIDÊNCIA DE VANTAGENS SOBRE A SOMA DO VENCIMENTO COM O ABONO E VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO

O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário — interposto contra acórdão que assegurara a servidores públicos estaduais o recebimento de abono como complemento ao vencimento-base a fim de garantir a percepção do mínimo legal, mas impedira a incidência de gratificações e outras vantagens sobre o resultado da soma do vencimento com o abono —, para: 1) reconhecer a existência de repercussão geral relativamente à questão constitucional versada no recurso; 2) reafirmar sua jurisprudência no sentido de que a incidência de gratificações e outras vantagens sobre o resultado da soma do vencimento com o abono — este utilizado para se atingir o salário mínimo — contraria o art. 7º, IV, da CF, por implicar vinculação nele vedada; 3) negar provimento ao recurso; e 4) autorizar a devolução dos autos dos demais recursos sobre o tema, para os fins do art. 543-B, § 3º, do CPC.

O relator, em seguida, apresentou proposta de nova súmula vinculante e a remeteu à Comissão de Jurisprudência. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e Carlos Britto que reconheciam a existência da repercussão geral, e davam provimento ao recurso. O Min. Marco Aurélio considerou que, ante a circunstância de os servidores terem alcançado, por força de lei, um vencimento básico todo próprio, distinto do primitivo — que deixou de existir no mundo jurídico, por força de lei —, não se poderia ter o cálculo dos acessórios considerado o inexistente, ou seja, o básico primitivo suplantado. O Min. Carlos Britto, após asseverar que o inciso IV do art. 7º da CF consagra o que se poderia chamar de mínimo existencial, o qual se contraporia para suplantar a cláusula financeira da reserva do possível, entendia que as gratificações deveriam ser calculadas sobre esse mínimo existencial, que só haveria de ser o mínimo acrescido do abono, mediante lei.

Leading case: RE 572.921-QO, Min. Ricardo Lewandowski

8. GARANTIA DE SALÁRIO MÍNIMO E REMUNERAÇÃO TOTAL O Tribunal resolveu questão de ordem em recurso extraordinário interposto pelo Estado de São Paulo contra acórdão do tribunal de

justiça local, que entendera que o salário-base do servidor não pode ser inferior ao mínimo constitucional, para: 1) reconhecer a existência de repercussão geral relativamente à questão constitucional versada no recurso; 2) reafirmar sua jurisprudência no sentido de que a

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garantia do salário mínimo, a que se referem os artigos 7º, IV, e 39, § 3º, da CF, corresponde ao total da remuneração percebida pelo servidor e não ao seu salário-base; 3) dar provimento ao recurso; e 4) autorizar a devolução dos autos dos demais recursos sobre o tema, para os fins do art. 543-B, § 3º, do CPC. O relator, em seguida, apresentou proposta de nova súmula vinculante e a remeteu à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 582.019-QO, Min. Ricardo Lewandowski

9. DEPÓSITO PRÉVIO COMO CONDIÇÃO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE.

O Tribunal resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer repercussão geral da questão constitucional, reafirmar a jurisprudência da Corte acerca da inconstitucionalidade da exigência de depósito prévio para admissibilidade de recursos na esfera administrativa, e autorizar os Tribunais e Turmas Recursais à aplicação do disposto no art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil. Em seguida, o Tribunal decidiu encaminhar proposta de súmula vinculante à Comissão de Jurisprudência. Leading case: AI 698.626-QO, Min. Ellen Gracie

10. BASE DE CÁLCULO DA COFINS E INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 3º, § 1º, DA LEI 9.718/98

O Tribunal resolveu questão de ordem no sentido de reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional,

reafirmar a jurisprudência da Corte acerca da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, que ampliou a base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, e negar provimento a recurso extraordinário interposto pela União. Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio, que entendia ser necessária a inclusão do processo em pauta. Em seguida, o Tribunal, por maioria, aprovou proposta do Min. Cezar Peluso, relator, para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor será deliberado nas próximas sessões. Vencido, também nesse ponto, o Min. Marco Aurélio, que se manifestava no sentido da necessidade de encaminhar a proposta à Comissão de Jurisprudência.

Leading case: RE 585.235-QO, Min. Cezar Peluso.

11. VALIDADE DO TERMO DE ADESÃO DA LC 110/2001 PARA PAGAMENTO DE DIFERENÇAS DE FGTS. SÚMULA VINCULANTE 1

O Tribunal, por maioria, resolveu questão de ordem suscitada em recurso extraordinário, pelo Min. Gilmar Mendes, Presidente, no sentido de reconhecer a repercussão geral da questão constitucional nele analisada, concernente à ofensa ao ato jurídico perfeito por decisão que desconsidera a validade dos acordos comprovadamente firmados com a Caixa Econômica, decorrentes do termo de adesão previsto na LC 110/2001, que trata de correção monetária dos saldos em conta do FGTS. O Tribunal também reafirmou a jurisprudência da Corte quanto ao tema, citando o Enunciado 01 de sua Súmula Vinculante (“Ofende a garantia constitucional do ato termo de adesão instituído pela Lei Complementar nº 110/2001.”), e denegou a distribuição do recurso, bem como de todos os demais versando a mesma matéria, determinando, ainda, a devolução dos autos à origem para adoção dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3º, do Código de

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Processo Civil. Vencido, parcialmente, o Min. Marco Aurélio que não aplicava o novo regime da repercussão geral aos recursos interpostos em data anterior à regulamentação desse instituto.

Leading case: RE 591.068-QO, Min. Gilmar Mendes.

12. CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DA RESERVA DO PLENÁRIO O Tribunal acolheu questão de ordem, suscitada pela Min. Ellen Gracie, para assentar procedimento próprio para análise da

repercussão geral e implantação dos correspondentes efeitos, relativamente às matérias com jurisprudência dominante na Corte, e para negar a distribuição de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 2ª Turma, do Superior Tribunal de Justiça, que, sem observância da cláusula de reserva de Plenário, afastou, em decisão de Turma, a incidência da Lei Complementar 118/2005, segundo a qual o prazo para repetição do indébito tributário fluiria do recolhimento indevido do tributo, para reconhecer incidente o prazo de 5 anos para fins de repetição do indébito tributário, contado do termo final previsto no art. 105, § 4º, do CTN (tese dos 5 + 5).

QO resolvida no sentido de negar a distribuição do RE, por envolver questão em que constatada a repercussão geral, bem como de todos os demais recursos que versem essa mesma matéria, com devolução dos autos à origem, para adoção do novo regime de julgamento, previsto no art. 543-B, do CPC. Vencido o Min. Marco Aurélio que rejeitava a questão de ordem, para assentar o não cabimento da devolução, salientando que a jurisprudência da Corte, quanto à matéria, sequer estaria pacificada mediante verbete de súmula.

Leading case: RE 580.108-QO, Min. Ellen Gracie. Súmula vinculante nº 10 – Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que,

embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

13. AUTO-APLICABILIDADE DO ART. 192, § 3º, DA CF

O Tribunal acolheu questão de ordem, suscitada pela Min. Ellen Gracie, para assentar procedimento próprio para análise da repercussão geral e implantação dos correspondentes efeitos, relativamente às matérias com jurisprudência dominante na Corte, e para negar a distribuição de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 5ª Turma Recursal, dos Juizados Especiais Estaduais da Bahia, que reconhecera a auto-aplicabilidade do art. 192, § 3º, da CF, na redação vigente anteriormente à EC 40/2003, firmando orientação no sentido de que a Constituição não limitou a 12% ao ano os juros no âmbito do Sistema Financeiro Nacional — v. Informativo 502.

Considerou-se a existência de jurisprudência pacificada e do Enunciado da Súmula 648 do STF em posição contrária à do acórdão recorrido. QO resolvida no sentido de negar a distribuição do RE, por envolver questão em que constatada a repercussão geral, bem como de todos os demais recursos que versem essa mesma matéria, com devolução dos autos à origem, para adoção do novo regime de julgamento dos recursos extraordinários e agravos, previsto no art. 543-B, do CPC. Vencido, na questão, o Min. Marco Aurélio. Leading case: RE 582.650-QO, Min. Ellen Gracie. Súmula vinculante nº 7 - A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar

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ANEXO 3. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA

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Matéria Processo Relator Data

1 Contribuição social para a manutenção da Seguridade Social. Cooperativas de trabalho. Contribuição sobre as importâncias pagas, distribuídas ou creditadas a seus cooperados. Art. 1º, II, da Lei Complementar 84/96. Lei revogada após EC 20/98.

RE 593.919-RG Min. Lewandowski 08/05/09

2 Direito tributário. Execução fiscal. Prescrição. Decretação de ofício. Ausência de intimação da Fazenda Pública. RE 583.747-RG Min. Direito 06/03/09

3 Empréstimo. Consignação em folha de pagamento autorizada pelo mutuário, no limite de 30% da remuneração. Dignidade da pessoa humana e proteção do salário face à ausência de interesse do recorrente no prosseguimento dos descontos.

RE 584.536-RG Min. Ellen 05/12/08

4 Rescisão de contrato de trabalho. Diferença decorrente da incidência dos expurgos inflacionários reconhecidos pela LC 100/2001 na multa de 40% sobre os depósitos do FGTS. Responsabilidade do empregador. Prescrição.

RE 584.608-RG Min. Ellen 05/12/08

5 Administrativo. Gratificação de atividade institucional autônoma concedida aos Procuradores do Estado de Minas Gerais. Extensão aos Procuradores da Fazenda do Estado.

RE 593.388-RG Min. Direito 28/11/08

6 Direito tributário. Imposto de renda de pessoa física. Incidência sobre rendimentos pagos acumuladamente. Alíquota aplicável. RE 592.211-RG Min. Direito 07/11/08

7 Direito processual civil. Defensoria Pública representando litigante vencedor em demanda ajuizada contra o próprio Estado ao qual o referido órgão está vinculado. Honorários advocatícios. Condenação incabível.

RE 592.730-RG Min. Direito 07/11/08

8 Administrativo. Servidor Público. Remuneração. Reajuste. Plano Collor. 84,32%. Leis distritais 38/89 e107/90. Limitação temporal. RE 576.121-RG Min. Lewandowski 24/10/08

9 Constitucional. Artigos 1º e 2º da Lei Complementar n. 110/2001. art. 37, § 6º, da Constituição da República. Correção monetária do FGTS: Índices abaixo da inflação real. Responsabilidade objetiva do estado. Impossibilidade de se instituir tributo para custear o ônus financeiro decorrente da responsabilidade objetiva.

RE 571.184-RG Min. Cármen 17/10/08

10 Direito administrativo. Servidor público. Alteração do regime celetista para o estatutário. Direito previsto no estatuto dos servidores públicos. RE 575.526-RG Min. Cármen 17/10/08

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Matéria Processo Relator Data 11 Administrativo. Militar. Possibilidade de acumulação de dois cargos

públicos na área de saúde. Cargo de enfermeiro militar com outro de mesma natureza no âmbito municipal.

RE 592.658-RG Min. Direito 10/10/08

12 Direito tributário. Contribuição social destinada ao Incra. Exigibilidade das empresas urbanas. RE 578.635-RG Min. Direito 26/09/08

13 Servidor público federal cedido a Município. Direito de recebimento de gratificação criada por lei municipal. RE 586.166-RG Min. Ellen 05/09/08

14 Processual. Assistência judiciária gratuita. Pessoas jurídicas. Requisitos para concessão do benefício. RE 589.490-RG Min. Direito 29/08/08

15 Tributário. Contribuições sociais. PIS e COFINS. Base de cálculo. Deduções fixadas em lei para as revendedoras de veículos usados. Tratamento diferenciado em relação às indústrias. Isonomia tributária.

RE 585.740-RG Min. Direito 03/08/08

16 IPI. Selo de controle do imposto. Ressarcimento. Artigo 3º do Decreto-lei nº 1.437/75. Ausência de recepção pela Carta de 1988. Declaração na origem.

RE 559.994-RG Min. Marco Aurélio 07/06/08

17 Administrativo. Ensino superior. Diploma obtido no exterior. Reconhecimento automático. RE 584.573-RG Min. Lewandowski 07/06/08

18 Administrativo. Responsabilidade civil do estado. Eventual demora, excessiva e injustificada, na concessão de aposentadoria de servidor público. Indenização pelo período trabalhado após expirado o prazo considerado razoável pelo Tribunal de origem para apreciação do pedido de aposentadoria.

RE 584.186-RG Min. Direito 17/05/08

19 Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Emendas nºs 13/1996 e 17/1997 à Lei Orgânica do Distrito Federal. Simetria. Constituição Federal. Bens públicos. Desafetação. Consulta à população interessada. Licitação.

RE 561.994-RG Min. Marco Aurélio 09/05/08

20 Administrativo. Servidor público. Estadual. Auditor fiscal. Estorno na remuneração. Subsídio do Governador. EC 41/2003. Superveniência da EC 47/2005. Subsídio do desembargador.

RE 576.336-RG Min. Lewandowski 07/05/08

21 Contrato de exclusividade de fornecimento de produtos derivados de petróleo firmado entre distribuidora e revendedora de combustíveis. Abuso de poder econômico e ato jurídico perfeito.

RE 573.181-RG Min. Cármen 26/04/08

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Matéria Processo Relator Data 22 Administrativo. Servidor público. Desvio de função. Discussão acerca

do direito à diferença de remuneração. RE 578.657-RG Min. Direito 26/04/08

23 Art. 7º, XXIV da CF. Trabalhador rural. Prescrição. Aplicabilidade. Contrato de trabalho anterior à EC 28/2000, mas extinto após a respectiva publicação. Ação trabalhista proposta após a referida emenda.

RE 570.532-RG Min. Lewandowski 19/04/08

24 Arts. 37, XVI, b; 42, §1º e 142, §3º, II e VIII, CF. Militar. Possibilidade de acumulação com cargo de magistério. RE 579.720-RG Min. Lewandowski 19/04/08

25 Extensão de benefício a servidores públicos inativos. Bônus calculado com base na freqüência dos professores em atividade. Leis complementares do Estado de São Paulo.

RE 565.713-RG Min. Cármen 06/03/08

26 Responsabilidade civil do Estado. Ação de indenização contra a União. Duplicidade na emissão de CPF. Inscrição nos cadastros de restrição ao crédito do número do CPF do autor. Danos morais.

RE 570.690-RG e RE 570.846-RG

Min. Direito e Min. Lewandowski 29/02/08

27 Equiparação entre Procuradores de autarquia e Procuradores do estado para fins de cálculo do teto remuneratório. Acórdão recorrido que não admite a equiparação com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

RE 562.581-RG Min. Cármen 09/02/08

28 Mandado de segurança. Redução de ofício da multa fixada pelo juiz. Art. 461, §6º, CPC. RE 556.385-RG Min. Direito 12/12/07

29 Código de Defesa do Consumidor. Danos materiais e morais. Confederação Brasileira de Futebol. RE 565.138-RG Min. Direito 12/12/07

30 Lei distrital 2.740/2001. Instalação de semáforo com dispositivo de acionamento pelos próprios pedestres, nas faixas nela especificadas. Constitucionalidade.

RE 565.506-RG Min. Cármen 12/12/07

31 Títulos da dívida agrária. Adoção do prazo de 20 anos para pagamento de parcelas em dinheiro fixada por sentença judicial em processo de desapropriação. Constitucionalidade.

RE 565.653-RG Min. Cármen 12/12/07

32 Competência para decretação da desapropriação. RE 566.198-RG Min. Cármen 12/12/07 33 Exigência de cobrança amigável prévia à execução fiscal. Art. 71 do

Código Tributário do Município de Campo Grande. Recepção pela CF/88.

RE 568.657-RG Min. Cármen 12/12/07

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Matéria Processo Relator Data 34 Direito do consumidor. Serviço de telefonia. Assinatura básica. RE 567.454-QO Min. Peluso 18/06/09 35 IPTU progressivo, TIP e TCLLP. Inconstitucionalidade da cobrança.

Modulação dos efeitos da declaração incidental de inconstitucionalidade de lei municipal.

RE 592.321-RG Min. Peluso 02/08/09

36 Índice de correção monetária. Verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada. Matéria infraconstitucional.

RE 582.504-RG Min. Peluso 2/8/209

37 IPI. Crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados. Art. 1º do Decreto-lei n. 491/1969. Art. 41, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Matéria infraconstitucional.

RE 577.302-RG Min. Ricardo 13/08/09

38 Processual civil. Pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de Cortes diversas. Ausência de repercussão geral em questão constitucional. Matéria infraconstitucional.

RE 598.365-RG Min. Britto 15/08/09

39 Restituição de valores descontados da remuneração do funcionalismo público local a título de aplicação do redutor salarial previsto na Lei Complementar estadual nº 61/2001. Matéria infraconstitucional

RE 588.944-RG Min. Peluso 15/08/09

40 Contrato de participação financeira e subscrição de ações de telefonia, com complementação dos títulos acionários. Apuração. Matéria infraconstitucional

AI 729.263-RG Min. Peluso 15/08/09

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ANEXO 4. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E MÉRITO PENDENTE DE JULGAMENTO

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Matéria Processo Relator Data

1 Tributário. Demonstrações financeiras. Correção monetária. Julho e agosto de 1994. Constitucionalidade do artigo 38 da Lei nº 8.880/94. RE 595.107-RG Min. Direito 29/05/09

2 Direito tributário. Contribuições previdenciárias. Artigo 22, inciso IV, Lei nº 8.212/91. Redação conferida pela Lei nº 9.876/99. Serviços prestados por cooperativas. Exigibilidade.

RE 595.838-RG Min. Direito 15/05/09

3 Servidor público aposentado. Reingresso no servidor público por concurso antes da EC 20/98 e falecimento após. Acumulação de pensões por morte. RE 584.388-RG Min. Ricardo 08/05/09

4 Tributário. Servidor público. 13º salário, 1/3 de férias, horas extraordinárias e os adicionais de caráter permanente. Natureza de remuneração. Base de cálculo da contribuição destinada ao custeio do sistema de previdência do servidor público. Ausência de contraprestações específicas ou proporcionais não torna inválida a tributação. Caráter solidário do sistema previdenciário.

RE 593.068-RG Min. Joaquim 08/05/09

5 Mandado de segurança. Competência para julgamento. Mandado de segurança substitutivo de recurso. Art. 108, I, c da CF. RE 586.789-RG Min. Ricardo 24/04/09

6 Servidores militares. Inativos entre EC 20/98 e EC 41/03. Cobrança de contribuição previdenciária sobre pensões e proventos. Regime especial. Equiparação com servidores civis.

RE 596.701-RG Min. Ricardo 24/04/09

7 Direito administrativo. Concurso público. Candidato aprovado entre as vagas previstas no edital. Direito à nomeação. Poder discricionário da administração pública.

RE 598.099-RG Min. Direito 24/04/09

8 Contas de prefeito. Competência da Câmara Municipal. Parecer prévio do Tribunal de Contas. Art. 31 da CF. RE 597.362-RG Min. Eros 10/04/09

9 Administrativo. Servidor público. Estado de Mato Grosso. Verba de incentivo de aprimoramento à docência. Possibilidade de extensão aos professores inativos.

RE 596.962-RG Min. Direito 10/04/09

10 Penal. Trancamento de ação penal em habeas corpus fora das hipóteses legais. Ofensa ao princípio do juiz natural. RE 593.443-RG Min. Marco

Aurélio 20/03/09

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Matéria Processo Relator Data

11 Direito do trabalho. Plano de demissão voluntária. Chancela sindical e autorização em acordo coletivo. Adesão. Efeitos. Ato jurídico perfeito. Artigos 5º, inciso XXXVI, e 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal.

RE 590.415-RG Min. Direito 06/03/09

12 Direito do trabalho. Plano de demissão voluntária. Chancela sindical e autorização em acordo coletivo. Adesão. Efeitos. Ato jurídico perfeito. Artigos 5º, inciso XXXVI, e 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal.590186

RE 593.818-RG Min. Joaquim 27/02/09

13 Servidor público. Competência jurisdicional. Complementação de aposentadoria. Legitimidade de contribuição previdenciária. Lei estadual. Constituição Federal, artigo 114.

RE 594.435-RG Min. Marco Aurélio 14/02/09

14 Precatório. Fracionamento. Litisconsórcio ativo facultativo. Individualização de créditos. Requisição de pequeno valor. Constituição Federal, artigo 100, §§ 3º e 4º, e artigo 87 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Semelhante ao RE 564.132)

RE 568.645-RG Min. Direito 07/02/09

15 Ação Direta de Inconstitucionalidade Estadual. Lei n. 1.952, de 20.12.95, do Município de Paulínia. Lei municipal que proíbe a queima de palha de cana-de-açúcar e o uso do fogo em atividades agrícolas. Matéria de meio ambiente. Função suplementar do município. Existência de lei estadual em sentido contrário, permitindo a queima.

RE 586.224-RG Min. Eros 12/12/08

16 IPI. Creditamento. Alíquota zero. Produto não tributado e isenção. Rescisória. Admissibilidade na origem. Decisão rescindenda baseada na jurisprudência majoritária de então, reconhecendo o direito do creditamento. (Semelhante ao RE 562.980-RG)

RE 590.809-RG Min. Marco Aurélio 14/11/08

17 Embargos à execução. Fazenda Pública. Art. 4º da Medida Provisória 2.180-35/2001. Art. 1º-B à Lei 9.494/97. Prazo de 30 dias. 730 do CPC e 884 da CLT. RE 590.871-RG Min. Ricardo 14/11/08

18 Direito Administrativo. Anulação de ato administrativo cuja formalização tenha repercutido no campo de interesses individuais. Poder de autotutela da administração pública. Necessidade de instauração de procedimento administrativo sob o rito do devido processo legal e com obediência aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

RE 594.296-RG Min. Direito 14/11/08

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Matéria Processo Relator Data

19 Empregado. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. Despedida imotivada. Sociedade de economia mista e empresa pública. Reintegração. Orientação Jurisprudencial nº 247 do TST. CF/88, art. 41 e 173, § 1º.

RE 589.998-RG Min. Ricardo 07/11/08

20 Precatório. Parcelamento. Juros legais (moratórios e compensatórios). Incidência durante o prazo de pagamento das parcelas do ADCT, art. 78. RE 590.751-RG Min. Ricardo 07/11/08

21 Direito Processual Civil. Lei Estadual 11.608/2003-SP. Preparo. Porte de Remessa e Retorno. INSS. Isenção. Conceito de taxa judiciária. CF/88, artigos 5º, incisos XXXV, XXXVI e LV, 24, inciso IV, 93, inciso IX, 98, § 2º, e 145, inciso II.

RE 594.116-RG Min. Direito 07/11/08

22 Conflito de competência. Juizado Especial Federal e Juízo Federal da mesma Seção Judiciária. Art. 105, I, “d”, da CF. RE 590.409-RG Min. Ricardo 24/10/08

23 Penal. Circunstâncias Judiciais. Maus antecedentes. Art. 59 do CP. Processos em curso. Presunção de não-culpabilidade. (Ver RE 593.818-RG) RE 591.054-RG Min. Marco

Aurélio 24/10/08

24 Responsabilidade civil objetiva. Empresa privada prestadora de serviço público. Terceiro não-usuário do serviço. Art 37, § 6º da CF. RE 591.874-RG Min. Ricardo 24/10/08

25 Militar. Art. 142, § 3º, X, DA CF. Lei sobre ingresso nas forças armadas. Curso de formação de soldados. Art. 9º da Lei nº 11.279/2006. Limite de idade. Fixação em edital.

RE 572.499-RG Min. Cármen 17/10/08

26 Direito à Saúde. Direito intertemporal. Aplicação retroativa de leis sobre planos de saúde. Lei nº 9.656/98. Ato jurídico perfeito (art. 5º, inc. XXXVI, da CF) RE 578.801-RG Min. Cármen 17/10/08

27 Direito Eleitoral. Prestação de contas. Cabimento de Recurso Especial Eleitoral. Art. 121, § 4º da CF. RE 591.470-RG Min. Cármen 17/10/08

28 ISS. Incidência. Arrendamento Mercantil. Leasing. RE 592.905-RG Min. Eros 17/10/08 29 Tributário. Imunidade Recíproca. Sociedade de Economia Mista. Entidades que

prestam serviços de saúde. Hospitais. Entidade de interesse Público. Art. 150, IV da CF.

RE 580.264-RG Min. Joaquim 10/10/08

30 Honorários advocatícios. art. 29-C da Lei 8.036/90. MP 2.164/2001. Ações entre o FGTS e os titulares de contas vinculadas.

RE 581.160-RG Min. Ricardo 10/10/08

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Matéria Processo Relator Data

31 ISS. Inclusão na base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. Conceito de Faturamento. RE 592.616-RG Min. Direito 10/10/08

32 Precatório. Aquisição por terceiro. Compensação com débito tributário. Art. 78, § 2º, do ADCT. RE 566.349-RG Min. Cármen 03/10/08

33 Precatório. Expedição antes da EC 37/2002. Conversão em requisição de pequeno valor. Art. 100, da CF. Art. 87 do ADCT. RE 578.812-RG Min. Ricardo 03/10/08

34 Contravenção Penal. Posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto. Art. 25 da LCP (Decreto-Lei nº 3.688/41). Arts. 3°, inc. IV, e 5°, caput e inc. LVII, da CF.

RE 583.523-RG Min. Peluso 03/10/08

35 Penal. Agravante da reincidência. Não recebimento pela CF/88. “bis in idem”. Art. 5º, inciso XLVI da CF. RE 591.563-RG Min. Peluso 03/10/08

36 Extinção do processo sem julgamento de mérito, em face da ausência de interesse de agir do Município, tendo em vista o pequeno valor da execução fiscal. Arts. 2º e 156, ambos da CF. CF concede poderes aos municípios para instituir o IPTU. Poder Judiciário não poderia aplicar lei estadual que autoriza o Poder Executivo a não executar os débitos com valor igual ou inferior a 30% (trinta por cento) do Maior Valor de Referência (MVR).

RE 591.033-RG Min. Ellen 26/09/08

37 CSSL - Contribuição Social Sobre o Lucro. Majoração de alíquota. Emenda Constitucional nº 10/96. Princípio da anterioridade nonagesimal. RE 587.008-RG Min. Direito 12/09/08

38 Competência. Justiça do Trabalho. Arts. 105, inciso I, d, e 114, da Constituição Federal. Efeitos da execução após a instituição do regime jurídico único dos servidores públicos federais (Lei 8.112/90).Coisa julgada inconstitucional. Inexistência de direito adquirido a reajusta. Sentença que considerou devido, aos servidores da Justiça Eleitoral no Ceará, o reajuste de 84,32% referente ao Plano Collor (março/90).

RE 590.880-RG Min. Ellen 05/09/08

39 IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. Incidência. Ações de companhias abertas e das conseqüentes bonificações emitidas. Art. 1º, IV, da Lei 8.033/90. RE 583.712-RG Min. Ricardo 29/08/08

40 IOF- Imposto sobre Operações Financeiras. Incidência nos contratos de mútuo onde não participem instituições financeiras. “Factoring”. Artigo 13 da Lei nº 9.779/99.

RE 590.186-RG Min. Direito 29/08/08

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Matéria Processo Relator Data

41 Execução contra a Fazenda Pública. Embargos, Art. 741 do Código de Processo Civil. Aplicação no âmbito dos juizados. Arts. 5º, caput, e inciso XXXVI (coisa julgada e ato jurídico perfeito), e 195, § 5º (pré-existência de custeio). Coisa julgada inconstitucional. Aplicação retroativa da Lei nº 9.032/95. Majoração percentual da pensão por morte concedida antes da vigência. RE 415.454 e RE 416.827.

RE 586.068-RG Min. Ellen 03/08/08

42 IPTU. Alíquota progressiva posterior à EC 29/2000. Isonomia e capacidade contributiva. Lei municipal nº 10.250/2001-SP. Reserva de Plenário. RE 586.693-RG Min. Marco

Aurélio 28/06/08

43 ICMS. Alíquota. Princípio da anterioridade. Art. 150, III, "b" da CF. Lei estadual que prorroga majoração de alíquota estabelecida em lei anterior. Leis nº 9.903/97 e 11.813/2004 de São Paulo.

RE 584.100-RG Min. Ellen 21/06/08

44 ICMS. Alíquota. Lei estadual que prorroga majoração de alíquota estabelecida em lei anterior. Proibição de vinculação de receita de impostos. Art. 167, IV da CF. Leis nº 9.903/97 e 10.136/98 de São Paulo.

RE 585.535-RG Min. Ellen 21/06/08

45 Previdenciário. Aposentadoria por invalidez precedida de auxílio-doença. Fixação da renda mensal inicial. Apuração do Salário-de-benefício. Art. 29 da Lei nº 8.213/91, com redação da Lei nº 9.876/99. Aplicação a benefícios concedidos antes da vigência. Inciso XXXVI do art. 5º; § 5º do art. 195, caput e os §§ 1º, 3º e 4º do art. 201, todos da Constituição Federal.

RE 583.834-RG Min. Britto 14/06/08

46 Precatório. Juros de mora. Incidência no período compreendido entre a data da feitura do cálculo e a data da expedição da requisição de pequeno valor. RE 579.431-QO Min. Ellen 11/06/08

47 PIS e COFINS. Base de cálculo. Exclusão das vendas a prazo inadimplidas. Art. 195, I, b da CF. Capacidade contributiva e não confisco. RE 586.482-RG Min. Direito 07/06/08

48 IPI. Base de cálculo. Descontos incondicionados. Art. 14, §2º, Lei nº 4.502/64, com redação do art. 15 da Lei nº 7.798/89. Necessidade de Lei Complementar. Art. 146. inciso III, alínea a e Art. 150, inciso I da CF.

RE 567.935-RG Min. Marco Aurélio 24/05/08

49 Sindicatos e Associações. Legitimidade para ajuizar ação, na qualidade de substitutos processuais. Desnecessidade de autorização do filiado. Art. 5º, XXI e XXXVI, e Art. 8º, III da CF

RE 573.232-RG Min. Ricardo 17/05/08

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Matéria Processo Relator Data

50 PIS e COFINS. Importação. Lei nº 10.865/2004. Contribuições sociais. Exigência de lei complementar para a disciplina de PIS e COFINS sobre a importação.

RE 565.886-RG Min. Marco Aurélio 08/05/08

51 Previdência social. Revisão de benefício previdenciário em decorrência da majoração do teto de benefícios efetuada pela Emenda Constitucional n. 20/98. Aplicação aos benefícios anteriormente concedidos.

RE 564.354-RG Min. Direito 03/05/08

52 Contribuição previdenciária. Inclusão do salário-maternidade na base de cálculo da contribuição previdenciária incidente sobre a remuneração. Arts. 195, § 4º, e 154, inc. I, da Constituição da República.

RE 576.967-RG Min. Joaquim 26/04/08

53 Contribuição social sobre o lucro e imposto sobre a renda. Dedução do valor equivalente à Contribuição Social sobre o Lucro da base de cálculo da CSSL e do IRPJ. Lei nº 9.316/96, art. 1º, parágrafo único.

RE 582.525-RG Min. Joaquim 26/04/08

54 ICMS na base de cálculo. PIS e COFINS. Inclusão do ICMS na base de cálculo. RE 574.706-RG Min. Cármen 25/04/08

55 PIS e PASEP. Recepção do art. 12 da Lei Complementar 7/1970 e do art. 3º da Lei Complementar 8/1970. Sujeição das empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica ao recolhimento do PASEP. Tratamento prejudicial para empresas públicas em relação às empresas privadas.

RE 577.494-RG Min. Ricardo 19/04/08

56 CPMF. Imunidade. Receitas de exportação. Imunidade das receitas decorrentes de operações de exportação, prevista no art. 149, § 2º, inc. I, da Constituição da República (nos termos posteriores à EC 33/2001). Incidência da CPMF.

RE 566.259-RG Min. Ricardo 04/04/08

57 Imposto de exportação. Constitucionalidade da Resolução n. 15/2001 da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, que majora alíquotas do imposto de exportação. Competência privativa do Presidente da República. Art. 153, § 1º, da Constituição da República.

RE 570.680-RG Min. Ricardo 04/04/08

58 Servidor público. Extensão da Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia – GDACT aos servidores inativos e pensionistas em seu grau máximo.

RE 572.884-RG Min. Ricardo 04/04/08

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Matéria Processo Relator Data

59 Contribuições sociais. Cobrança da contribuição para custeio da assistência médico-hospitalar cobrada pelo PSEMG. RE 573.540-RG Min. Gilmar 04/04/08

60 Ação civil pública. Ministério Público. Legitimidade. Débito Tributário. Detrimento do patrimônio público e da ordem tributária. Legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública para questionar acordo realizado entre a Fazenda Pública e o contribuinte para pagamento de dívida tributária. Art. 129, incs. III e IX, da Constituição da República.

RE 576.155-RG Min. Ricardo 04/04/08

61 Servidor Público. Militar. Transferência de ofício. Transferência de servidor ex officio. Direito de matrícula em universidade pública ao servidor transferido, na hipótese de, apesar de cursar em universidade particular na localidade de origem, não existir universidade particular na localidade destino que ofereça o mesmo curso. Art. 206, inc. I, da Constituição da República.

RE 576.464-RG Min. Ricardo 04/04/08

62 Crimes hediondos. Progressão de regime em crime hediondo cometido antes da Lei n. 11.464/2007. Cumprimento de um sexto da pena. RE 579.167-RG Min. Direito 04/04/08

63 Precatório. Execução provisória. Expedição de precatório antes do trânsito em julgado da execução. Aplicação do art. 475-O do Código de Processo Civil. Art. 100. EC 30/2000.

RE 573.872-RG Min. Ricardo 22/03/08

64 Servidor público. Concurso Público. Natureza do Controle externo exercido pelo TCE. Competência de tribunal de contas estadual para negar registro de servidor aprovado em concurso público municipal. Autonomia municipal. Art. 31, § 1º, da Constituição da República.

RE 576.920-RG Min. Ricardo 22/03/08

65 Contribuições sociais. Imunidade. Entidades beneficentes de assistência social. Imunidade ou isenção tributária relativa às contribuições sociais. Art. 195, § 7º, da Constituição. Dúvida quanto à possibilidade de ser regulada por lei ordinária. Constitucionalidade do art. 55 da Lei n. 8.212/91.

RE 566.622-RG Min. Marco Aurélio 23/02/08

66 Instituições financeiras. Capitalização de juros. Constitucionalidade da Medida Provisória 2.170-36 quanto à capitalização mensal dos juros. Conflito com o art. 62 da Constituição.

RE 568.396-RG Min. Marco Aurélio 23/02/08

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Matéria Processo Relator Data

67 COFINS. Constitucionalidade da cobrança da COFINS com fundamento na Lei n. 10.833/2003, resultado da conversão da Medida Provisória n. 135/2003. RE 570.122-RG Min. Marco

Aurélio 23/02/08

68 Débito fiscal. Notas fiscais. Administração e fiscalização. Exigência de garantia para a impressão de documentos fiscais. Óbice ao regular exercício da atividade empresarial. Eventual conflito da exigência com as decisões proferidas pelo Tribunal nos REs 434.987 e 413.782.

RE 565.048-RG Min. Marco Aurélio 22/02/08

69 Servidor público. Remuneração. Base de cálculo de adicional por tempo de serviço. Art. 37, inc. XIV, da Constituição da República. Interpretação do citado dispositivo constitucional posterior à promulgação da EC 19/98. RE 563.708-RG Min. Cármen 09/02/08

70 Servidor público. Militar. Previdência. Aposentadoria especial de policiais contida no art. 1º, inc. I, da Lei Complementar n. 51/1985. Eventual conflito com o art. 40, § 4º (EC 20/1998), da Constituição da República.

RE 567.110-RG Min. Cármen 09/02/08

71 Previdência social. Benefício assistencial de prestação continuada. Idoso. Renda per capita familiar inferior a meio salário mínimo. Art. 203, inc. V, da Constituição da República. Alteração do critério objetivo de aferição do estado de pobreza modificado para meio salário mínimo, ante o disposto nas Leis n. 9.533/97 e 10.689/2003. Comprovação da miserabilidade por outros critérios que não os adotados pela Lei n. 8.742/93, declarada constituição pelo STF na ADI 1.232.

RE 567.985-RG Min. Marco Aurélio 09/02/08

72 Precatório. Fracionamento de precatório judicial para pagamento de parte incontroversa. Alegada violação do art. 100, §§ 1º e 4º, da Constituição da República.

RE 568.647-RG Min. Marco Aurélio 09/02/08

73 Nepotismo. Processo legislativo. Lei municipal. Controle de constitucionalidade de lei municipal proibitiva da prática de nepotismo na administração pública. Alegação de vício de iniciativa.

RE 570.392-RG Min. Cármen 09/02/08

74 Servidor Público. Férias. Direito de servidor público comissionado a perceber férias não gozadas acrescidas de um terço. RE 570.908-RG Min. Cármen 09/02/08

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Matéria Processo Relator Data

75 Servidor público. Militar. Concurso Público. Restrição a candidato que responda a processo criminal (existência de denúncia) Presunção de inocência. Concurso Público para a formação de Cabos da Polícia Militar do Distrito Federal. Vedação à participação de candidatos denunciados pela prática de crime de falso testemunho ou falsa perícia.

RE 560.900-RG Min. Joaquim 08/02/08

76 ITCD. Alíquota progressiva. Art. 18 da Lei Estadual n. 8.821/1989 – RS. RE 562.045-RG Min. Ricardo 01/02/08 77 Taxa de extinção de incêndio. Tributário. Administração e fiscalização. Taxa

pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndios. Estado de Minas Gerais.

RE 561.158-RG Min. Marco Aurélio 17/12/07

78 Honorários advocatícios. Precatório. Fracionamento de precatório. Execução autônoma de honorários advocatícios fixados em sentença. (Semelhante ao RE 568.645-RG)

RE 564.132-RG Min. Eros 17/12/07

79 Administrativo. Responsabilidade objetiva. Ato omissivo. Indenização. Revisão geral anual. Responsabilidade civil do Estado. Indenização decorrente do descumprimento do art. 37, inc. X, da Constituição da República.

RE 565.089-RG Min. Marco Aurélio 17/12/07

80 Contribuição previdenciária patronal. Incidência de contribuição previdenciária patronal sobre folha de salários. Abrangência da expressão “folha de salários”. Art. 195, I, da CF.

RE 565.160-RG Min. Marco Aurélio 17/12/07

81 Servidor público. Remuneração. Compensação com aumentos posteriores do reajuste de 11,98% decorrente da errônea conversão da URV. Inobservância da Lei nº 8.880/94.

RE 561.836-RG Min. Eros 12/12/07

82 CSSL. Exportação. Imunidade. Direito de o sujeito passivo da CSSL excluir da base de cálculo as receitas oriundas das operações de exportação realizadas a partir da Emenda Constitucional n. 33/2001.

RE 564.413-RG Min. Marco Aurélio 05/12/07

83 Contribuição para a seguridade social. Responsabilidade solidária. Necessidade de lei complementar para definir responsabilidade tributária solidária. Art. 13 da Lei n. 8.620/93. Responsabilidade solidária de sócio de empresa por cotas de responsabilidade limitada.

RE 567.932-RG Min. Marco Aurélio 05/12/07

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Matéria Processo Relator Data

84 Tributário. Prescrição e decadência. Repetição de indébito. Arts. 3º e 4º da Lei Complementar 118/2005. Repetição de indébito tributário. Retroatividade de lei de interpretação. Expressão “observado, quanto ao artigo 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional”, constante do artigo 4º, segunda parte, da Lei Complementar nº 118/2005.

RE 561.908-RG Min. Marco Aurélio 03/12/07

85 Seguridade social. Saúde. Assistência. Medicamento de alto custo. Fornecimento. Condenação de Estados ou Municípios ao custeio de medicamentos não fornecidos pelo sistema de saúde pública.

RE 566.471-RG Min. Marco Aurélio 03/12/07

86 PIS e COFINS. Importação. Art. 7º, I, da Lei n. 10.865/2004. Inclusão do ICMS na base de cálculo. RE 559.607-QO Min. Marco

Aurélio 26/09/07

87 IPI. Constitucionalidade do Decreto n. 2.917/98. Adoção do princípio da seletividade para a fixação de alíquotas do IPI RE 567.948-RG Min. Marco

Aurélio 05/06/09

88 IR. Exportações incentivadas a partir do exercício financeiro de 1990, ano-base 1989. Lei 7.988/99, art. 1º, I. Majoração da alíquota. Princípios da anterioridade e da irretroatividade.

RE 592.396-RG Min. Ricardo 05/06/09

89 Convocação de juízes. Câmara ou turmas compostas majoritariamente por juízes convocados. Nulidade no julgamento. Princípios do juiz natural e do duplo grau de jurisdição.

RE 597.133-RG Min. Ricardo 05/06/09

90 Penal. Conflito de leis no tempo. Aplicabilidade da causa de diminuição prevista no parágrafo 4º do artigo 33 da Lei 11.343/2006 sobre pena cominada com base na Lei 6.368/76. Combinação de regras mais benignas. Separação de poderes.

RE 596.152-RG Min. Ricardo 05/06/09

91 ICMS. Incidência. Importação de equipamento médico por sociedade civil não-contribuinte do imposto. EC 33/2001. Art. 155, § 2º, IX, “a” da CF. RE 594.996-RG Min. Eros 13/06/09

92 Assistência social. Concessão de benefício a estrangeiro residente no país. RE 587.970-RG Min. Marco Aurélio 26/06/09

93 ICMS. Base de cálculo. Fornecimento de energia elétrica. Inclusão dos valores pagos a título de demanda contratada (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS.

RE 593.824-RG Min. Ricardo 02/08/09

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

74

Matéria Processo Relator Data

94 PIS e COFINS. Isenção. Revogação. Sociedades cooperativas. Medida Provisória n. 1.858/99. Lei Complementar n. 70/91. RE 598.085-RG Min. Eros 02/08/209

95 Constitucionalidade do § 1º do art. 11 da Lei 10.637/2002 e § 1º do art. 12 da Lei 10.833/2003. Direito de aproveitamento de créditos calculados com base nos valores dos bens e mercadorias em estoque, no momento da transição da sistemática cumulativa para a não cumulativa da contribuição para o PIS e da COFINS

RE 587.108-RG Min. Ricardo 15/08/209

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

75

ANEXO 5. ASSUNTOS COM REPERCUSSÃO GERAL EM ANÁLISE NO PLENÁRIO VIRTUAL

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

76

Repercussão em análise no Processo relacionado Matéria

Processo Relator Processo Relator Vista 1 Valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do

Código Penal. Fixação da pena-base pelo juízo sentenciante. Ofensa aos arts. 5°, inc. XLVI, e 93, inc. IX, da CF. Princípio da individualização da pena. Réu primário e de bons antecedentes. Matéria infraconstitucional.

AI 742.460-RG Min. Peluso --- --- ---

2 Posse de substância entorpecente para uso próprio. Atipicidade da conduta. Princípio da insignificância. Matéria infraconstitucional.

AI 747.522-RG Min. Peluso --- --- ---

3 Poder de investigação do Ministério Público RE 593.727-RG Min. Peluso HC 84.548 Min. Marco Aurélio Min. Peluso

4 Imposto de Renda. Resultados financeiros. Contratos de Swap para fins de Hedge. Art. 5º da Lei nº 9.779/99. RE 596.286-RG Min. Marco

Aurélio --- --- ---

5 Honorários advocatícios. Execução contra a Fazenda Público não embargada. Execução de sentença proferida em ação coletiva. Medida Provisória nº 2.180/2001. RE 420.816. Matéria infraconstitucional.

RE 599.903-RG Min. Cármen --- --- ---

6 Possibilidade de imposição de efeitos próprios de sentença penal condenatória à transação penal prevista na Lei nº 9.099/95. Liberdade e propriedade. Princípios do devido processo legal, contraditório e presunção de inocência.

AI 762.146-RG Min. Peluso --- --- ---

7 Concessão de justiça gratuita. Declaração de hipossuficiência. Presunção. Matéria infraconstitucional AI 759.421-RG Min. Peluso

8 Conversão de servidor de conselho de fiscalização profissional sob o regime da CLT em regime estatutário. Pensionista. Aplicação da Lei previdenciária nº 9.449/98. Pensão decorrente do falecimento de seu marido nos termos da Lei 8.112/90 ou de acordo com a legislação previdenciária. Matéria infraconstitucional

RE 584.737-RG Min. Ellen

9 Competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada.

RE 586.453-RG Min. Ellen

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

77

10 Constitucionalidade do recolhimento do FGTS no caso de contratação sem concurso público, prevista no art-19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2164-41/2001

RE 596.478-RG Min. Ellen ADI 3.127 Min. Peluso

11 Prisão preventiva. Flagrante. Tráfico de drogas. Crime hediondo. Cabimento de liberdade provisória sem fiança RE 601-384-RG Min. Marco

Aurélio

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

79

ANEXO 6. RELATÓRIOS ESTATÍSTICOS PRODUZIDOS PELA ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA DO STF

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

MÊS 2007 2008 2009 Diferença * 2007 2008 2009 Diferença * 2007 2008 2009 Diferença *JAN 7.162 9.108 4.426 -4.682 11.545 7.423 3.166 -4.257 21.103 6.503 2.937 -3.566FEV 7.297 9.122 6.872 -2.250 6.559 7.112 3.688 -3.424 6.260 6.973 3.456 -3.517MAR 10.669 9.402 6.877 -2.525 9.188 7.742 4.671 -3.071 9.014 7.398 4.145 -3.253ABR 11.003 8.197 6.679 -1.518 8.507 6.843 4.147 -2.696 8.500 6.367 3.528 -2.839MAI 12.482 9.805 9.010 -795 11.622 7.408 7.056 -352 11.048 7.230 4.726 -2.504JUN 11.026 9.249 10.077 828 9.333 6.123 7.815 1.692 8.337 5.611 5.318 -293JUL 9.532 7.248 7.227 -21 9.523 4.405 5.044 639 8.258 3.762 3.537 -225

TOTAL 69.171 62.131 51.168 -10.963 66.277 47.056 35.587 -11.469 72.520 43.844 27.647 -16.197

* Diferença de 2009 em relação a 2008Fonte_2008/2009: Portal de Informações GerenciaisFonte_2007: Sistema Informatizado do STF

Atualizado até: 31/07/2009

PROCESSOS PROTOCOLADOS, AUTUADOS E DISTRIBUÍDOSComparativo 2007 X 2008 X 2009

PROTOCOLADOS AUTUADOS DISTRIBUÍDOS

69.171 62.131

51.168

10.963

66.277

47.056

35.587

11.46972.520

43.844

27.647

16.197

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Qua

ntid

ade

2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009

Protocolados Autuados Distribuídos

Protocolo X Autuação X Distribuição

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

PROTOCOLADOS AUTUADOS DISTRIBUÍDOSTotal 51.168 35.587 27.647

Diferenças 15.581 23.521

7692

Fonte: Portal de Informações Gerenciais

DIFERENÇA NA QUANTIDADE DE PROCESSOSPROTOCOLADOS x AUTUADOS x DISTRIBUÍDOS

Acumulado no Ano de 2009

Atualizado até: 31/07/2009

51.168

35.587

15.581

27.647

23.521

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

PROTOCOLADOS AUTUADOS DISTRIBUÍDOS

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

MêsAI RE AI RE AI RE

Jan 9380 11486 4.078 2.347 1.965 671Fev 3.016 2.720 3.584 2.661 1.800 549Mar 4.800 3.538 4.100 2.737 2.219 1.092Abr 4.532 3.504 3.129 2.641 2.022 697Mai 5.579 4.810 3.739 2.845 3.090 831Jun 3.960 3.738 3.066 1.917 3.379 858Jul 5.015 2.947 2.514 1.124 2.418 671Ago 5.337 4.315 2.663 1.167Set 4.208 3.414 2.883 1.487Out 5.202 4.129 2.815 981Nov 3.781 3.329 3.114 959Dez 2.097 1.778 2.098 665

Subtotal 56.907 49.708 37.783 21.531 16.893 5.369TOTAL

Dados de 2009 atualizados até 31 de julho

Fonte: Portal de Informações Gerenciais do STF

Agravos de Instrumento e Recursos Extraordinários Distribuídos

2007 2008 2009

106.615 59.314 22.262

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Agravos de Instrumento

2007 2008 2009

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Recursos Extraordinários

2007 2008 2009

ANEXO II

Processos distribuídos por origem

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TST 1.483 890 802 537 1.018 233 4.9632 STJ 241 295 415 324 193 99 1.5673 TSE 12 15 8 19 24 9 874 STM 2 5 2 3 1 2 15

0 0 0 0 0 0 1.738 1.205 1.227 883 1.236 343 6.632

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TST 573 1.376 551 335 989 548 668 155 426 276 334 528 6.7592 STJ 164 428 374 201 283 309 162 129 221 218 416 59 2.9643 TSE 7 15 30 37 20 8 3 8 12 13 7 15 1754 STM 4 3 1 6 2 3 2 3 2 1 1 28

748 1.822 956 579 1.294 868 835 295 661 507 758 603 9.926

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TST 110 431 376 340 677 748 316 2.9982 STJ 264 287 301 166 163 228 248 1.6573 TSE 4 9 9 7 19 37 6 914 STM 4 2 1 1 3 5 16

378 731 688 514 860 1.016 575 0 0 0 0 0 4.762

TOTAL

2008

TOTAL

SEQ. ORIGEM 2009

SEQ. ORIGEM

TOTAL

TOTAL

Processos Distribuídos por ORIGEMTRIBUNAIS SUPERIORES

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

TOTALORIGEMSEQ. 2007

TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

Processos Distribuídos por ORIGEMTRIBUNAIS SUPERIORES

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

Processos Distribuídos com Preliminar de RG - 2009

110

340

748

316

248

6

677

376

431

228

163166

264287 301

4 9 9 73719

0

100

200

300

400

500

600

700

800

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009TST STJ TSE STM

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 Tribunal de Justiça - São Paulo 1.055 1.337 817 904 790 467 5.3702 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Sul 852 917 884 1.042 972 566 5.2333 Tribunal de Justiça - Rio De Janeiro 259 339 301 509 303 189 1.9004 Tribunal de Justiça - Minas Gerais 320 380 186 330 226 155 1.5975 Tribunal de Justiça - Distrito Federal 209 106 217 143 124 51 8506 Tribunal de Justiça - Santa Catarina 93 120 107 163 111 98 6927 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Norte 80 108 175 146 109 25 6438 Tribunal de Justiça - Paraná 73 129 85 109 127 33 5569 Tribunal de Justiça - Goiás 69 101 73 155 74 18 490

10 Tribunal de Justiça - Mato Grosso do Sul 62 79 77 104 83 66 47111 Tribunal de Justiça - Amazonas 20 69 56 34 30 16 22512 Tribunal de Justiça - Bahia 26 47 28 35 48 31 21513 Tribunal de Justiça - Sergipe 44 50 33 33 27 15 20214 Tribunal de Justiça - Mato Grosso 7 27 21 26 31 12 12415 Tribunal de Justiça - Ceará 4 3 20 51 16 21 11516 Tribunal de Justiça - Paraíba 13 19 9 31 20 10 10217 Tribunal de Justiça - Acre 3 5 6 9 66 6 9518 Tribunal de Justiça - Espírito Santo 21 21 12 24 2 13 9319 Tribunal de Justiça - Rondônia 32 21 9 13 7 11 9320 Tribunal de Justiça - Pernambuco 14 26 14 10 17 10 9121 Tribunal de Justiça - Maranhão 16 25 10 11 11 16 8922 Tribunal de Justiça - Pará 4 14 20 14 10 11 7323 Tribunal de Justiça - Piauí 9 11 20 10 12 3 6524 Tribunal de Justiça - Alagoas 2 11 9 7 6 4 3925 Tribunal de Justiça - Roraima 4 6 4 3 3 2026 Tribunal de Justiça - Amapá 1 2 7 2 6 1827 Tribunal de Justiça - Tocantins 3 4 3 1 11

0 0 0 0 0 0 3.292 3.976 3.204 3.921 3.232 1.847 19.472

Processos Distribuídos por ORIGEMJUSTIÇA ESTADUAL - Tribunal de Justiça

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

SEQ. ORIGEM TOTAL2007

TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Sul 1.083 594 834 772 825 586 318 392 354 361 485 155 6.7592 Tribunal de Justiça - São Paulo 650 613 627 796 572 491 333 552 574 518 461 334 6.5213 Tribunal de Justiça - Minas Gerais 350 240 278 359 432 309 373 396 398 436 382 258 4.2114 Tribunal de Justiça - Rio De Janeiro 263 414 320 534 421 350 302 401 336 236 155 104 3.8365 Tribunal de Justiça - Santa Catarina 111 81 129 95 84 71 70 51 45 57 38 25 8576 Tribunal de Justiça - Distrito Federal 69 65 88 104 88 77 49 40 75 74 87 38 8547 Tribunal de Justiça - Paraná 65 89 112 75 72 57 57 57 48 46 46 37 7618 Tribunal de Justiça - Mato Grosso do Sul 72 51 82 84 47 81 43 67 39 25 37 37 6659 Tribunal de Justiça - Amazonas 24 19 47 52 57 51 61 65 96 65 48 12 597

10 Tribunal de Justiça - Paraíba 30 51 55 56 77 219 11 21 8 4 39 7 57811 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Norte 32 66 91 26 47 41 24 18 33 38 23 16 45512 Tribunal de Justiça - Bahia 46 25 33 40 18 39 24 55 15 23 73 18 40913 Tribunal de Justiça - Goiás 30 39 44 47 45 30 24 31 25 28 35 20 39814 Tribunal de Justiça - Sergipe 27 28 25 26 31 18 11 26 36 18 29 8 28315 Tribunal de Justiça - Espírito Santo 30 10 71 34 25 12 17 9 15 7 18 17 26516 Tribunal de Justiça - Ceará 7 18 30 12 28 12 26 27 15 22 59 8 26417 Tribunal de Justiça - Rondônia 22 20 18 44 21 14 9 11 9 16 8 16 20818 Tribunal de Justiça - Pernambuco 23 7 9 20 13 10 10 23 7 16 11 17 16619 Tribunal de Justiça - Mato Grosso 8 10 19 15 22 16 14 6 14 9 12 12 15720 Tribunal de Justiça - Maranhão 12 8 9 15 6 3 16 3 3 18 11 5 10921 Tribunal de Justiça - Pará 6 13 13 12 6 6 5 9 8 6 2 2 8822 Tribunal de Justiça - Piauí 4 8 4 3 1 4 4 2 29 4 6323 Tribunal de Justiça - Acre 6 5 7 5 3 9 2 2 5 3 5 2 5424 Tribunal de Justiça - Roraima 3 8 3 4 2 9 5 7 3 1 3 4825 Tribunal de Justiça - Alagoas 9 4 4 2 3 4 4 2 6 2 3 1 4426 Tribunal de Justiça - Tocantins 2 3 5 3 3 1 3 2 2 3 2727 Tribunal de Justiça - Amapá 2 2 2 4 2 1 1 2 16

2.984 2.490 2.955 3.237 2.950 2.523 1.815 2.272 2.174 2.033 2.101 1.159 28.693TOTAL

2008

Processos Distribuídos por ORIGEMJUSTIÇA ESTADUAL - Tribunal de Justiça

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

SEQ. ORIGEM TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ1 Tribunal de Justiça - São Paulo 346 284 381 304 424 495 262 2.4962 Tribunal de Justiça - Minas Gerais 273 216 331 292 287 406 389 2.1943 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Sul 177 75 184 255 405 381 389 1.8664 Tribunal de Justiça - Rio De Janeiro 132 179 136 114 180 191 264 1.1965 Tribunal de Justiça - Paraná 42 38 61 66 80 81 72 4406 Tribunal de Justiça - Distrito Federal 62 21 83 60 90 63 55 4347 Tribunal de Justiça - Santa Catarina 36 28 40 52 92 68 54 3708 Tribunal de Justiça - Mato Grosso do Sul 36 15 45 41 17 43 40 2379 Tribunal de Justiça - Amazonas 13 22 31 13 58 40 22 199

10 Tribunal de Justiça - Rio Grande do Norte 20 15 27 29 36 19 32 17811 Tribunal de Justiça - Goiás 31 26 12 10 35 40 18 17212 Tribunal de Justiça - Mato Grosso 30 8 19 16 26 18 17 13413 Tribunal de Justiça - Bahia 7 19 31 11 21 26 8 12314 Tribunal de Justiça - Pernambuco 16 13 13 14 23 19 17 11515 Tribunal de Justiça - Espírito Santo 6 13 12 10 33 21 15 11016 Tribunal de Justiça - Sergipe 12 12 19 12 21 17 11 10417 Tribunal de Justiça - Ceará 2 13 11 6 12 41 6 9118 Tribunal de Justiça - Rondônia 7 12 13 10 12 16 7 7719 Tribunal de Justiça - Paraíba 9 15 14 1 27 5 5 7620 Tribunal de Justiça - Piauí 12 4 25 7 5 9 11 7321 Tribunal de Justiça - Maranhão 13 4 6 9 8 13 3 5622 Tribunal de Justiça - Pará 7 7 3 6 3 7 1 3423 Tribunal de Justiça - Alagoas 3 3 2 6 4 3 5 2624 Tribunal de Justiça - Acre 3 4 2 8 5 2 2425 Tribunal de Justiça - Roraima 1 6 1 1 2 2 1326 Tribunal de Justiça - Tocantins 1 4 2 1 827 Tribunal de Justiça - Amapá 1 1 2 1 5

1.297 1.043 1.513 1.348 1.910 2.032 1.708 0 0 0 0 0 10.851TOTAL

Processos Distribuídos por ORIGEM

SEQ. ORIGEM

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009JUSTIÇA ESTADUAL - Tribunal de Justiça

TOTAL2009

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

Processos Distribuídos por ORIGEMJUSTIÇA ESTADUAL - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

262

495

424

304

346

284

381406

389

287292

273 216

331 381 389405

177

184

75

255264

180

191

114132 136

179

0

100

200

300

400

500

600

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009Tribunal de Justiça - São Paulo Tribunal de Justiça - Minas GeraisTribunal de Justiça - Rio Grande do Sul Tribunal de Justiça - Rio De Janeiro

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TRF - 4ª REGIÃO 608 1.107 961 1.039 671 391 4.7772 TRF - 3ª REGIÃO 494 577 418 541 400 178 2.6083 TRF - 1ª REGIÃO 204 237 328 317 250 138 1.4744 TRF - 5ª REGIÃO 139 131 177 181 158 66 8525 TRF - 2ª REGIÃO 102 179 182 134 146 88 831

TOTAL 0 0 0 0 0 0 1.547 2.231 2.066 2.212 1.625 861 10.542

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TRF - 4ª REGIÃO 350 340 459 454 537 299 228 222 339 310 352 197 4.0872 TRF - 3ª REGIÃO 225 287 345 245 339 234 86 222 236 176 158 135 2.6883 TRF - 1ª REGIÃO 184 134 288 230 322 118 85 166 227 127 137 132 2.1504 TRF - 2ª REGIÃO 61 93 128 131 182 145 120 99 153 123 121 102 1.4585 TRF - 5ª REGIÃO 68 194 160 166 164 125 60 75 130 126 67 86 1.421

TOTAL 888 1.048 1.380 1.226 1.544 921 579 784 1.085 862 835 652 11.804

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 TRF - 4ª REGIÃO 214 100 316 227 253 289 263 1.6622 TRF - 3ª REGIÃO 155 70 116 152 153 154 58 8583 TRF - 1ª REGIÃO 73 98 146 111 158 92 151 8294 TRF - 2ª REGIÃO 77 57 131 87 90 93 54 5895 TRF - 5ª REGIÃO 43 25 87 47 72 76 36 386

TOTAL 562 350 796 624 726 704 562 0 0 0 0 0 4.324

2007

SEQ. ORIGEM

Processos Distribuídos por ORIGEMJUSTIÇA FEDERAL

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

ORIGEMSEQ. TOTAL

TOTAL2008

SEQ. ORIGEM 2009 TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

Processos Distribuídos por ORIGEM JUSTIÇA FEDERAL

Processos Distribuídos com Preliminar de Repercussão Geral - TRF's

0

100

200

300

400

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009TRF - 4ª REGIÃO TRF - 3ª REGIÃO TRF - 1ª REGIÃOTRF - 2ª REGIÃO TRF - 5ª REGIÃO

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 BAHIA 181 22 11 437 146 273 1.0702 RIO DE JANEIRO 107 192 2 349 101 174 9253 RIO GRANDE DO SUL 137 340 102 188 47 35 8494 PARANÁ 64 109 41 118 33 9 3745 SANTA CATARINA 106 35 23 36 15 9 2246 MINAS GERAIS 43 39 10 10 33 5 1407 DISTRITO FEDERAL 1 2 2 27 21 80 1338 ESPÍRITO SANTO 27 2 3 26 32 7 979 SERGIPE 20 21 9 4 13 2 69

10 SÃO PAULO 23 6 8 25 4 1 6711 PERNAMBUCO 9 4 1 24 1 3912 MATO GROSSO 6 8 4 15 1 3 3713 PARAÍBA 10 10 2014 ALAGOAS 4 1 3 5 1 1 1515 AMAZONAS 2 6 1 2 1116 RIO GRANDE DO NORTE 2 9 1117 GOIÁS 5 1 3 918 CEARÁ 2 1 1 419 MARANHÃO 1 1 1 1 420 TOCANTINS 2 1 321 PARÁ 2 222 ACRE 1 123 PIAUÍ 1 124 RORAIMA 1 1

TOTAL 0 0 0 0 0 0 734 804 233 1.268 463 604 4.106

Processos Distribuídos por ORIGEMTURMAS RECURSAIS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

TOTALSEQ. ORIGEM 2007

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 BAHIA 321 240 908 45 115 3 4 2 1 1.6392 RIO DE JANEIRO 174 57 68 31 49 18 10 4 22 7 14 3 4573 PARANÁ 14 44 102 52 80 22 8 3 26 13 3 7 3744 RIO GRANDE DO SUL 22 49 59 86 20 27 6 3 3 11 5 4 2955 GOIÁS 2 19 3 179 3 14 14 25 13 1 2736 SANTA CATARINA 16 63 9 12 10 4 34 51 14 5 14 38 2707 SERGIPE 7 2 2 72 52 24 13 14 2 2 7 2 1998 ESPÍRITO SANTO 22 1 54 35 23 7 7 27 5 4 1859 DISTRITO FEDERAL 70 3 7 4 8 3 5 6 3 2 5 7 123

10 PERNAMBUCO 2 7 18 23 14 12 6 2 1 8511 MINAS GERAIS 13 30 8 1 1 5 3 4 8 7312 SÃO PAULO 15 4 6 1 13 3 4 1 4713 MATO GROSSO 2 2 2 16 3 2 1 3 2 3314 PARAÍBA 1 11 1 8 1 2 2415 MATO GROSSO DO SUL 1 1 1 8 1 1216 CEARÁ 1 1 4 2 817 RIO GRANDE DO NORTE 1 1 4 1 718 AMAZONAS 1 2 2 519 MARANHÃO 1 1 3 520 ACRE 1 1 1 1 421 TOCANTINS 2 1 322 ALAGOAS 1 123 AMAPÁ 1 124 PARÁ 1 125 PIAUÍ 1 1

TOTAL 681 511 1199 320 444 355 123 127 110 106 79 70 4.125

SEQ. ORIGEM

Processos Distribuídos por ORIGEMTURMAS RECURSAIS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

TOTAL2008

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ1 SANTA CATARINA 54 25 14 13 26 14 10 1562 RIO DE JANEIRO 24 13 32 2 2 23 963 RIO GRANDE DO SUL 4 10 24 4 1 14 12 694 SERGIPE 7 4 15 2 1 30 3 625 PARANÁ 8 9 11 5 4 14 3 546 ESPÍRITO SANTO 2 8 1 7 3 6 2 297 MINAS GERAIS 1 1 6 12 8 288 DISTRITO FEDERAL 1 1 2 3 5 6 4 229 PERNAMBUCO 1 2 8 5 2 18

10 GOIÁS 2 1 5 1 2 1111 SÃO PAULO 4 2 1 1 812 BAHIA 2 3 513 ALAGOAS 1 1 1 314 PARAÍBA 2 1 315 AMAZONAS 2 216 MATO GROSSO 2 217 RIO GRANDE DO NORTE 2 218 CEARÁ 1 119 PIAUÍ 1 120 TOCANTINS 1 1

TOTAL 108 78 115 40 56 108 68 0 0 0 0 0 573

SEQ. ORIGEM 2009

Processos Distribuídos por ORIGEMTURMAS RECURSAIS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

Processos Distribuídos por origemTurmas Recursais Juizados Especiais Federais

0

20

40

60

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

2009SANTA CATARINA RIO DE JANEIRORIO GRANDE DO SUL SERGIPEPARANÁ

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total1 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL RIO DE JANEIRO 1.5872 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL SÃO PAULO 1.0203 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL BAHIA 9124 JUIZ DE DIREITO SÃO PAULO 6865 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS MINAS GERAIS 6326 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS RIO DE JANEIRO 5047 1º TRIBUNAL DE ALCADA SÃO PAULO 4548 TURMA RECURSAL DE BARBACENA/MG MINAS GERAIS 451

9 CONSELHO RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. RIO DE JANEIRO 386

10 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL PARANÁ 33811 TURMA REC.JUIZ.ESP.CÍV/CRIMINAIS DE CATAGUASES/MG MINAS GERAIS 26012 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS RIO GRANDE DO SUL 25213 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS PARANÁ 21514 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS SANTA CATARINA 19815 TURMA REC. ÚNICA JUIZADOS ESP. CIV. E CRIM. PARANÁ PARANÁ 18016 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL MINAS GERAIS 16117 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ESPÍRITO SANTO 16018 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS SÃO PAULO 14619 TRIBUNAL DE ALCADA MINAS GERAIS 14120 2º TRIBUNAL DE ALCADA SÃO PAULO 14021 TRIBUNAL DE ALCADA PARANÁ 14022 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL RIO GRANDE DO SUL 10023 TRIBUNAL DE ALCADA SÃO PAULO 9924 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL PARAÍBA 9825 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL DISTRITO FEDERAL 9526 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL MATO GROSSO DO SUL 9327 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL PARÁ 8028 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS GOIÁS 7929 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL MARANHÃO 7030 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR SÃO PAULO 6931 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL SÃO PAULO 6632 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS BAHIA 6133 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PERNAMBUCO 5634 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS PARAÍBA 5235 COLEGIO REC.DOS JUIZADOS ESP.CIVEIS - VITORIA/ES ESPÍRITO SANTO 4836 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR MINAS GERAIS 4637 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO SÃO PAULO 4238 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL SANTA CATARINA 4239 2ª TURMA REC. M. DOS JUIZADOS ESP. CÍV. E CRIM./MS MATO GROSSO DO SUL 4140 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COM.GUARATINGUETÁ/SP SÃO PAULO 4141 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR RIO GRANDE DO SUL 4142 1º COL.REC.DOS JUIZ.ESP.CIV.DA COM. DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 4043 1ª TURMA RECURSAL CIVEL DO JUIZADO ESPECIAL/RS RIO GRANDE DO SUL 3844 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL RIO GRANDE DO SUL 3845 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS MATO GROSSO 3746 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL RIO GRANDE DO NORTE 3647 1º COLEGIO REC.DOS JUIZADOS ESP.CIVEIS - RECIFE/PE PERNAMBUCO 3448 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL GOIÁS 3149 1ª TURMA REC.JUIZADOS ESP.COMARCA JUIZ DE FORA/MG MINAS GERAIS 2850 COLEGIO REC.DOS JUIZADOS ESP.CIVEIS DE BAURU/SP SÃO PAULO 2851 TURMA RECURSAL CIVEL E CRIMINAL - COM. DE SAO LUIS MARANHÃO 28

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

52 1ª TURMA REC.MISTA DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE/PB PARAÍBA 2753 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS ESPÍRITO SANTO 2454 2ª TURMA REC JUIZ ESP CIVEIS COMARCA PORTO ALEGRE RIO GRANDE DO SUL 2355 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS DISTRITO FEDERAL 2256 TURMA RECURSAL DE GOVERNADOR VALADARES/MG MINAS GERAIS 2157 2ª TURMA REC JUIZADOS ESP COMARCA JUIZ DE FORA/MG MINAS GERAIS 2058 2ª TURMA RECURSAL MISTA DE CAMPINA GRANDE/PB PARAÍBA 2059 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL RIO DE JANEIRO 1860 TURMA RECURSAL DE JUIZ DE FORA/MG MINAS GERAIS 1861 3ª TURMA RECURSAL CIVEL DO JUIZADO ESPECIAL/RS RIO GRANDE DO SUL 1662 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS AMAPÁ 1563 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL CEARÁ 1564 3º COLEGIO REC.JUIZ.ESP.CIVEIS DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 1465 JUIZ FEDERAL SÃO PAULO 1466 JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE VOTORANTIM SÃO PAULO 1467 2ª TURMA REC.DO JUIZ.ESP.CIVEL DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 1368 4ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.DA COM.DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 1369 COLEGIADO REC. JUIZADOS ESP. DO ESTADO DA BAHIA BAHIA 1370 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS ALAGOAS 13

71 TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DO AMAPÁ AMAPÁ 13

72 1ª TURMA DE RECURSOS - CAPITAL/SC SANTA CATARINA 1273 JUIZ DE DIREITO MATO GROSSO DO SUL 1274 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS PARÁ 1275 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS SERGIPE 1276 TURMA JULGADORA DA 3ª REGIÃO - ANÁPOLIS/GO GOIÁS 1277 TURMA RECURSAL DE VARGINHA/MG MINAS GERAIS 1278 TURMA RECURSAL MISTA DA 4ª REGIÃO - SOUSA/PB PARAÍBA 1279 1ª TURMA REC.DOS JUIZ.ESP.CIVEIS DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 1180 1ª TURMA REC.MISTA DA COMARCA DE JOAO PESSOA/PB PARAÍBA 1181 1º TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO SÃO PAULO 1182 2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS/PA PARÁ 1183 3ª TURMA REC JUIZADOS ESP COMARCA JUIZ DE FORA/MG MINAS GERAIS 1184 1ª TURMA REC. DOS JUIZADOS ESP. CIVEIS E CRIM./DF DISTRITO FEDERAL 1085 2ª TURMA REC. MISTA DA COMARCA DE JOAO PESSOA PARAÍBA 1086 3ª TURMA REC.MISTA JUIZ.ESP.CÍVEIS.CRIM.DE MS MATO GROSSO DO SUL 1087 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL AMAZONAS 1088 TURMA REG. UNIF. JUR. NAS TURM. REC. JEF 1ª REGIÃO AMAZONAS 1089 3ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.DA COM.DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 990 COLEGIO REC.DA COMARCA DE SAO JOSE DO RIO PRETO SÃO PAULO 991 COLÉGIO RECURSAL DE LIMEIRA / SP SÃO PAULO 992 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL MINAS GERAIS 993 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE TUPÃ SÃO PAULO 994 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS PERNAMBUCO 995 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL MINAS GERAIS 996 6ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.DA COM.DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 897 COLÉGIO RECURSAL DA 23ª CIRCUNSCRIÇÃO- BOTUCATU/SP SÃO PAULO 898 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CEARÁ 899 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS MATO GROSSO DO SUL 8100 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS TOCANTINS 8101 1ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.E CRIMINAIS COM.DE NATAL RIO GRANDE DO NORTE 7102 2ª TURMA DE RECURSOS CIVEIS - COM.DE BLUMENAU/SC SANTA CATARINA 7

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

103 2ª TURMA REC. DOS JUIZADOS ESP. CIVEIS E CRIM./DF DISTRITO FEDERAL 7104 3ª TURMA RECURSAL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE PARAÍBA 7105 COLEGIO REC.DO JUIZ.ESP.CIVEL- COM.DE SANTO ANDRE SÃO PAULO 7106 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CIVEL DA COM.DE SAO CARLOS/SP SÃO PAULO 7107 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS RORAIMA 7108 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL ALAGOAS 7109 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL SERGIPE 7110 TURMA RECURSAL MISTA DA COMARCA DE PATOS - PB PARAÍBA 7111 1ª TURMA REC. JUIZ. ESP. CRIMINAL - BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 6112 1ª TURMA REC MISTA JUIZADOS ESP CIVEIS E CRIM MS MATO GROSSO DO SUL 6113 2ª TURMA REC.DOS JUIZ.ESP.CIV. E CRIM.DE NATAL/RN RIO GRANDE DO NORTE 6114 2ª TURMA REC. JUIZADOS ESP CIVEIS / RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO 6115 2º COLEGIO REC.DOS JUIZ. ESP.CIVEIS DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 6116 7ª TURMA REC DO JUIZ. ESP. CÍVEL COM. B. HORIZONTE MINAS GERAIS 6117 COLEGIO REC.DOS JUIZ.ESP.CIVEL DE PIRASSUNUNGA/SP SÃO PAULO 6118 COLEGIO RECURSAL DE MARILIA/SP SÃO PAULO 6119 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL RIO GRANDE DO SUL 6120 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL RONDÔNIA 6121 COL. REC. DO JEC. DA COMARCA DE SÃO CAETANO DO SUL SÃO PAULO 6122 JUIZO DE DIR.1ªVARA FEITOS FAZ.PUBLICA COM.SANTOS SÃO PAULO 6123 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO GOIÁS 6124 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO PIAUÍ 6125 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS RIO GRANDE DO NORTE 6126 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL ESPÍRITO SANTO 6127 1ª TURMA REC.CRIM.JUIZADOS ESP.RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL 5128 1ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CÍV.ESTADO DO RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO 5129 1ª TURMA REC MISTA JUIZADOS ESP CIVEIS E CRIM MS PARAÍBA 5130 2ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.E CRIM. ESTADO DA BAHIA BAHIA 5131 5ª TURMA REC.DO JUIZ.ESP.CIVEL DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 5132 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CIVEL DA COM.DE VOTUPORANGA SÃO PAULO 5133 COL. REC. JUIZADO ESP. CÍVEL MOGI DAS CRUZES-SP SÃO PAULO 5134 TRIBUNAL DE ALCADA RIO GRANDE DO SUL 5135 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO BAHIA 5136 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO ESPÍRITO SANTO 5137 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS RONDÔNIA 5138 TURMA REC.DO JUIZADO ESP.CIVEL DA COM.DE LAVRAS/MG MINAS GERAIS 5139 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL TOCANTINS 5140 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS/PA PARÁ 4141 2º TRIBUNAL DE ALCADA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO SÃO PAULO 4

142 4ª TURMA REC. DO CONS. REC. DOS JUIZ. ESP. CÍV. E CRIM. DA COM. DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. RIO DE JANEIRO 4

143 COLÉGIO REC.DO JUIZ.ESP.CIVEL DA COM.DE PIRACICABA SÃO PAULO 4144 COLÉGIO REC.JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ARAÇATUBA/SP SÃO PAULO 4145 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COM. SÃO VICENTE/SP SÃO PAULO 4146 COLÉGIO RECURSAL 43ª CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA/SP SÃO PAULO 4147 CONSELHO REC DOS JUIZ. ESP CIV CRIM RIO DE JANEIRO RIO DE JANEIRO 4148 JUIZ DE DIREITO MINAS GERAIS 4149 JUIZ DO TRABALHO SÃO PAULO 4150 TRIBUNAL DE ALCADA DO ESTADO DE MINAS GERAIS MINAS GERAIS 4151 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO MATO GROSSO 4152 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO RIO DE JANEIRO 4153 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS AMAZONAS 4

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

154 TURMA REC.JUIZ. ESP.CIV.E CRIM.DE POUSO ALEGRE/MG MINAS GERAIS 4155 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL ACRE 4156 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL RONDÔNIA 4157 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL RIO DE JANEIRO 4158 2ª TURMA RECURSAL CÍVEL - CUIABÁ/MT MATO GROSSO 3159 3ª TURMA RECURSAL DA COM.DE JOAO PESSOA/PB PARAÍBA 3

160 6º COLÉGIO REC. DO JUIZ. ESP. CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 3

161 8ªTURMA REC.J.ESP.REL.CONSUMO COM. BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 3162 COLEGIO REC.DA 4ªCIRC.JUDIC.DA COM.DE BARUERI-JEC SÃO PAULO 3163 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COM. TAUBATÉ/SP SÃO PAULO 3164 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE GUARUJA/SP SÃO PAULO 3165 CÓLEGIO RECURSAL DE LINS SÃO PAULO 3166 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PARANÁ 3167 COLÉGIO RECURSAL JUIZ.ESP.CÍVEL DA COMARCA JUNDIAI SÃO PAULO 3168 COL.REC.JUIZ.ESP.CÍVEIS 44ª CIRC. JUD.GUARULHOS/SP SÃO PAULO 3169 CONS REC. DOS JUIZADOS ESP. CIVEIS E CRIMINAIS RIO DE JANEIRO 3170 TRIBUNAL DE ALCADA CRIMINAL SÃO PAULO 3171 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DISTRITO FEDERAL 3172 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO SANTA CATARINA 3173 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIAO/SP SÃO PAULO 3174 TURMA RECURSAL CÍVEL DA CAPITAL / SE SERGIPE 3175 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL GOIÁS 3176 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL SANTA CATARINA 3177 TURMA RECURSAL ÚNICA DE CURITIBA/PR PARANÁ 3178 1ª TURMA RECURSAL CÍVEL - CUIABÁ/MT MATO GROSSO 2179 1ª TURMA RECURSAL DE DIVINÓPOLIS - MG MINAS GERAIS 2180 2ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.E CRIM. FORTALEZA/CE CEARÁ 2181 4ª TURMA DE REC.CIVEIS DE CRICIUMA/SC SANTA CATARINA 2182 4º COL.REC DOS JUIZ.ESPECIAIS CÍVEIS DE SAO PAULO SÃO PAULO 2183 5ª TURMA DE RECURSOS CIVEIS - COMARCA DE JOINVILLE SANTA CATARINA 2184 5ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.E CRIM. FORTALEZA/CE CEARÁ 2185 COLÉGIO REC. DA COMARCA SÃO JOÃO DA BOA VISTA/SP SÃO PAULO 2186 COLÉGIO REC. DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE SANTOS SÃO PAULO 2187 COLÉGIO REC. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL COM. DE JAÚ/SP SÃO PAULO 2188 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COMARCA DE OSASCO SÃO PAULO 2189 COLÉGIO RECURSAL CRIMINAL DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 2190 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE JI-PARANÁ/RO RONDÔNIA 2191 COLÉGIO RECURSAL DE ITAPETININGA/SP SÃO PAULO 2192 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL MARANHÃO 2193 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PARAÍBA 2194 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELO HORIZONTE/MG MINAS GERAIS 2195 JUIZ DE DIREITO ESPÍRITO SANTO 2196 JUIZO DE DIR.2ªVARA FEITOS FAZ.PUBLICA COM.SANTOS SÃO PAULO 2197 JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE REGENTE FEIJÓ/SP SÃO PAULO 2198 TRIBUNAL DE ALCADA DO ESTADO DO PARANA PARANÁ 2199 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR DO ESTADO DE SAO PAULO SÃO PAULO 2200 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO RIO GRANDE DO SUL 2201 TURMA JULGADORA DA 1ª REGIÃO - GOIÂNIA/GO GOIÁS 2202 TURMA REC.CIV.JUIZ.ESP.REL.CONSUMO/BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 2203 TURMA RECURSAL 1ª REGIÃO - MACEIÓ/AL ALAGOAS 2204 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIM.DO ESTADO DO MARANHÃO MARANHÃO 2

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

205 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL PERNAMBUCO 2206 TURMA RECURSAL DA 2ª REGIAO - ARAPIRACA/AL ALAGOAS 2207 TURMA RECURSAL DE MURIAÉ/MG MINAS GERAIS 2208 TURMA RECURSAL JUIZ.ESP.CIVEL DA COMARCA DE ARAXA MINAS GERAIS 2209 TURMA REG. UNIF. JUR. NAS TURM. REC. JEF 1ª REGIÃO RORAIMA 2210 1ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.CRIM.COM.DE UBERLANDIA MINAS GERAIS 1211 1ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CÍVEL COMARCA DE CONTAGEM/MG MINAS GERAIS 1212 1ª TURMA RECURSAL CIVEL DO JUIZADO ESPECIAL/RS PARAÍBA 1213 1º TRIBUNAL DE ALCADA MINAS GERAIS 1214 2ª TURMA REC.CIVELDOS JUIZ.ESP.DE CUIABA/MT MATO GROSSO 1215 2ª TURMA REC.DO JUIZADO ESPECIAL DE DIVINOPOLIS MINAS GERAIS 1216 2ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.CRIM.COM.DE UBERLANDIA MINAS GERAIS 1217 2ª TURMA REC. JUIZ. ESP. CRIMINAL - BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 1218 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO PIRAÍ-RJ RIO DE JANEIRO 1219 2º TRIBUNAL DE ALCADA SANTA CATARINA 1220 3ª TURMA REC.CIVEL DOS JUIZ.ESPECIAIS DE CUIABA MATO GROSSO 1221 3ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.CRIM.COM.DE UBERLANDIA MINAS GERAIS 1222 3ª VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DO DISTRITO FEDERAL RIO DE JANEIRO 1223 4ª TURMA DE REC.CIVEIS DE CRICIUMA/SC RIO DE JANEIRO 1224 4ª TURMA REC JUIZADOS ESP COMARCA JUIZ DE FORA/MG MARANHÃO 1225 4ª TURMA REC JUIZADOS ESP COMARCA JUIZ DE FORA/MG MINAS GERAIS 1226 5ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA - DF RIO DE JANEIRO 1227 5º COL.REC DOS JUIZ.ESPECIAIS CÍVEIS DE SAO PAULO SÃO PAULO 1228 6ª TURMA REC.JUIZ.ESP.CIV.E CRIM. FORTALEZA/CE CEARÁ 1229 ADVOGADO GERAL DA UNIÃO TOCANTINS 1230 COLEGIO REC.DO JUIZ.ESP.CIV.DA COM.DE RIO CLARO/SP SÃO PAULO 1231 COLEGIO REC.DO JUIZ.ESP.CIVEL DE MOJI-MIRIM/SP SÃO PAULO 1232 COLÉGIO REC. JUIZ. ESP. CIVEIS DE PRES.PRUDENTE/SP SÃO PAULO 1233 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CIVEL COMARCA GUARULHOS/SP SÃO PAULO 1234 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COM. ARARAQUARA /SP SÃO PAULO 1235 COLÉGIO REC.JUIZ.ESP.CÍVEL DA COM. ITÚ/SP SÃO PAULO 1236 COLEGIO RECURSAL CRIMINAL DO RECIFE PERNAMBUCO 1237 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE ASSIS SÃO PAULO 1238 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE BRAGANÇA PAULISTA SÃO PAULO 1239 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE FERNANDOPOLIS/SP SÃO PAULO 1240 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE FRANCA/SP SÃO PAULO 1241 COLEGIO RECURSAL DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO RONDÔNIA 1242 COLÉGIO RECURSAL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO/SP SÃO PAULO 1243 COLEGIO RECURSAL DA COMARCA DE SOROCABA SÃO PAULO 1244 COLÉGIO RECURSAL DE ANDRADINA - SP SÃO PAULO 1245 COLÉGIO RECURSAL DE ITANHAÉM/SP SÃO PAULO 1246 COLÉGIO RECURSAL DE PRESIDENTE VENCESLAU/SP SÃO PAULO 1247 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DISTRITO FEDERAL 1248 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL MATO GROSSO DO SUL 1249 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL RIO GRANDE DO NORTE 1250 COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL SANTA CATARINA 1251 COL. REC. JUIZADO ESP. CÍVEL MOGI DAS CRUZES-SP RIO GRANDE DO SUL 1

252 CONSELHO RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. MARANHÃO 1

253 FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DO PARANA SÃO PAULO 1254 JUIZADO ESP. CIVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE MINAS GERAIS 1255 JUIZADO ESPECIAL CIVEL E CRIMINAL - COMARCA SÃO PAULO 1

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

256 JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE BELO HORIZONTE/MG RIO GRANDE DO SUL 1257 JUIZ DE DIREITO ALAGOAS 1258 JUIZ DE DIREITO CEARÁ 1259 JUIZ DE DIREITO RIO DE JANEIRO 1260 JUIZ DE DIREITO RIO GRANDE DO SUL 1

261 JUIZ DE DIREITO DO SERVIÇO ANEXO DAS FAZENDAS DE PIRACICABA/SP SÃO PAULO 1

262 JUIZ DO TRABALHO CEARÁ 1263 JUIZ FEDERAL ALAGOAS 1264 JUIZ FEDERAL MINAS GERAIS 1265 JUIZ FEDERAL SANTA CATARINA 1266 JUIZO DE DIR.DAS EX.FISC.MUNIC.DA CAPITAL/SP SANTA CATARINA 1267 JUIZO DE DIR.DAS EX.FISC.MUNIC.DA CAPITAL/SP SÃO PAULO 1268 JUIZO DE DIR.DO OFIC.DAS EXEC.FISCAIS ESTADUAIS/SP SÃO PAULO 1269 JUIZO DE DIREITO DE PAULINIA/SP SÃO PAULO 1270 JUÍZO DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO - PARACATU/MG SANTA CATARINA 1

271 SERVIÇO ANEXO DAS FAZENDAS COMARCA DE ARAÇATUBA/SP BAHIA 1

272 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DISTRITO FEDERAL 1273 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SÃO PAULO 1

274 TERCEIRA TURMA REC. MISTA DOS JUIZADOS ESP. CÍVEIS E CRIMINAIS DE CAMPO GRANDE/MS MATO GROSSO DO SUL 1

275 TRIBUNAL DE ALCADA ALAGOAS 1276 TRIBUNAL DE ALCADA DISTRITO FEDERAL 1277 TRIBUNAL DE ALCADA CRIMINAL RIO GRANDE DO NORTE 1278 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR RIO DE JANEIRO 1279 TRIBUNAL DE JUSTICA MILITAR DO EST.DE MINAS GERAIS MINAS GERAIS 1280 TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS RIO GRANDE DO SUL 1281 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO AMAZONAS 1282 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO MARANHÃO 1283 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO PARANÁ 1284 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO RORAIMA 1285 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1Oª REGIAO/DF DISTRITO FEDERAL 1286 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL BAHIA 1287 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL MINAS GERAIS 1288 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL RIO DE JANEIRO 1289 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL SÃO PAULO 1290 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS ACRE 1291 TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS MARANHÃO 1292 TURMA NAC.DE UNIFORMIZAÇAO DOS JUIZ.ESP.FEDERAIS DISTRITO FEDERAL 1293 TURMA NAC.DE UNIFORMIZAÇAO DOS JUIZ.ESP.FEDERAIS SANTA CATARINA 1294 TURMA REC. DOS JUIZ.ESP.CIV. CRIMINAIS DE MANAUS AMAZONAS 1295 TURMA REC.DOS JUIZ.ESP.CIVEIS E CRIM.DE PARACATU MINAS GERAIS 1296 TURMA RECURSAL CIVEL DA COMARCA DE TERESINA/PI PIAUÍ 1297 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL AMAPÁ 1298 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL MATO GROSSO 1299 TURMA RECURSAL CÍVEL E CRIMINAL PIAUÍ 1300 TURMA RECURSAL CIVEL E CRIMINAL - COM. DE SAO LUIS MINAS GERAIS 1301 TURMA RECURSAL DA 2ª REGIÃO - ARAPIRACA/AL ALAGOAS 1302 TURMA RECURSAL DE BARBACENA/MG DISTRITO FEDERAL 1303 TURMA RECURSAL DE BARBACENA/MG RIO DE JANEIRO 1304 TURMA RECURSAL DE CONSELHEIRO LAFAIETE/MG MINAS GERAIS 1

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ORGÃO DE ORIGEM PROCEDÊNCIA Total

Distribuídos por ORIGEMOUTROS

Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

305 TURMA RECURSAL DE FORMIGA/MG MINAS GERAIS 1306 TURMA RECURSAL DE PASSOS - MG MINAS GERAIS 1307 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DISTRITO FEDERAL 1308 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL PARÁ 1309 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL RONDÔNIA 1310 TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL SÃO PAULO 1311 TURMA RECURSAL MISTA DA COMARCA DE PATOS - PB DISTRITO FEDERAL 1312 VARA FEDERAL RIO GRANDE DO SUL 1313 VARA FEDERAL SÃO PAULO 1314 VARA OUTRAS SÃO PAULO 1

11.790TOTAL

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ASSUNTO QTDE. % % Acumulado

1

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | REAJUSTES DE REMUNERAÇÃO, PROVENTOS OU PENSÃO

1.750 1,87% 1,87%

2 OUTROS 1.542 1,65% 3,52%

3

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS

852 0,91% 4,43%

4 1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | ATOS PROCESSUAIS | NULIDADE 829 0,89% 5,31%

5

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES | CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS | COFINS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO | BASE DE CÁLCULO

711 0,76% 6,07%

6

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/ IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO | FATO GERADOR/INCIDÊNCIA

701 0,75% 6,82%

71 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO DE SENTENÇA

677 0,72% 7,54%

8

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | IPTU/ IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO | ALÍQUOTA | ALÍQUOTA PROGRESSIVA

673 0,72% 8,26%

9

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/ IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO

668 0,71% 8,97%

101 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES | CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS | SERVIDORES INATIVOS

645 0,69% 9,66%

11 1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR | ISENÇÃO 642 0,69% 10,35%

121 - DIREITO DO TRABALHO | RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA / SUBSIDIÁRIA | TOMADOR DE SERVIÇOS / TERCEIRIZAÇÃO

639 0,68% 11,03%

13 1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | RECURSO | CABIMENTO 615 0,66% 11,69%

50 Assuntos mais incidentes nos RE e AI em tramitação Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ASSUNTO QTDE. % % Acumulado

50 Assuntos mais incidentes nos RE e AI em tramitação Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

14

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | TETO SALARIAL

611 0,65% 12,34%

15 1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES | CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 584 0,62% 12,97%

16

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO | EXPURGOS INFLACIONÁRIOS / PLANOS ECONÔMICOS | POUPANÇA

545 0,58% 13,55%

17 1 - DIREITO CIVIL | RESPONSABILIDADE CIVIL | INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL 545 0,58% 14,13%

181 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | RECURSO | REGULARIDADE FORMAL

539 0,58% 14,71%

19

1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | PARTES E PROCURADORES | SUCUMBÊNCIA | HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

533 0,57% 15,27%

20

1 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE �2 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | RMI - RENDA MENSAL INICIAL, REAJUSTES E REVISÕES ESPECÍFICAS | REAJUSTES E REVISÕES ESPECÍFICOS

496 0,53% 15,80%

211 - DIREITO DO TRABALHO | APOSENTADORIA E PENSÃO | COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA / PENSÃO

493 0,53% 16,33%

22

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | IPI/ IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO

483 0,52% 16,85%

231 - DIREITO DO CONSUMIDOR | CONTRATOS DE CONSUMO | BANCÁRIOS | EXPURGOS INFLACIONÁRIOS / PLANOS ECONÔMICOS

478 0,51% 17,36%

24

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | GRATIFICAÇÃO INCORPORADA / QUINTOS E DÉCIMOS / VPNI

452 0,48% 17,84%

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ASSUNTO QTDE. % % Acumulado

50 Assuntos mais incidentes nos RE e AI em tramitação Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

25

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | MILITAR | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

439 0,47% 18,31%

26

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | REGIME ESTATUTÁRIO | ENQUADRAMENTO

430 0,46% 18,77%

271 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA | COMPETÊNCIA

423 0,45% 19,22%

28

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES | CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS | COFINS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR | ISENÇÃO

418 0,45% 19,67%

291 - DIREITO DO CONSUMIDOR | CONTRATOS DE CONSUMO | TELEFONIA | ASSINATURA BÁSICA MENSAL

377 0,40% 20,07%

30

1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO | EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO | ADEQUAÇÃO DA AÇÃO / PROCEDIMENTO

364 0,39% 20,46%

31

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | REAJUSTES DE REMUNERAÇÃO, PROVENTOS OU PENSÃO | ÍNDICE DA URV LEI 8.880/1994

358 0,38% 20,84%

321 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | APOSENTADORIA

355 0,38% 21,22%

33

1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO DE SENTENÇA | CONSTRIÇÃO / PENHORA / AVALIAÇÃO / INDISPONIBILIDADE DE BENS

348 0,37% 21,59%

34

1 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO DE SENTENÇA | VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO

341 0,36% 21,95%

351 - DIREITO DO TRABALHO | CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO | FGTS | CORREÇÃO MONETÁRIA

338 0,36% 22,32%

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ASSUNTO QTDE. % % Acumulado

50 Assuntos mais incidentes nos RE e AI em tramitação Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

36

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | GRATIFICAÇÕES DA LEI 8.112/1990

337 0,36% 22,68%

371 - DIREITO CIVIL | OBRIGAÇÕES | INADIMPLEMENTO | JUROS DE MORA - LEGAIS/CONTRATUAIS | LIMITAÇÃO DE JUROS

328 0,35% 23,03%

38

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO �2 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | REVISÃO GERAL ANUAL (MORA DO EXECUTIVO - INCISO X, ART. 37, CF 1988)

327 0,35% 23,38%

39

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/ IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA | RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

323 0,34% 23,72%

40

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ISS/ IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO | FATO GERADOR/INCIDÊNCIA

323 0,34% 24,07%

411 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | PENSÃO

316 0,34% 24,40%

42

1 - DIREITO TRIBUTÁRIO | IMPOSTOS | ICMS/ IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS �2 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CRÉDITO TRIBUTÁRIO | BASE DE CÁLCULO

308 0,33% 24,73%

431 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO | BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE | BENEFÍCIO ASSISTENCIAL (ART. 203,V CF/88)

303 0,32% 25,06%

441 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO | PROCESSO E PROCEDIMENTO | PROVAS

301 0,32% 25,38%

45 1 - DIREITO CIVIL | EMPRESAS | ESPÉCIES DE SOCIEDADES | COOPERATIVA 289 0,31% 25,69%

Supremo Tribunal FederalPresidência

Assessoria de Gestão Estratégica

SEQ. ASSUNTO QTDE. % % Acumulado

50 Assuntos mais incidentes nos RE e AI em tramitação Período: 1/Jul/2007 a 31/Jul/2009

46

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | ATOS ADMINISTRATIVOS | IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

281 0,30% 25,99%

471 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO

281 0,30% 26,29%

48

1 - DIREITO CIVIL | EMPRESAS | ESPÉCIES DE SOCIEDADES | ANÔNIMA �2 - DIREITO CIVIL | OBRIGAÇÕES | ESPÉCIES DE CONTRATOS | COMPRA E VENDA �3 - DIREITO DO CONSUMIDOR | CONTRATOS DE CONSUMO | TELEFONIA

281 0,30% 26,59%

49

1 - DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | SERVIDOR PÚBLICO CIVIL | SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS | DIÁRIAS E OUTRAS INDENIZAÇÕES

274 0,29% 26,88%

501 - DIREITO TRIBUTÁRIO | CONTRIBUIÇÕES | CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS | CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

272 0,29% 27,17%

51 OUTROS 68.190 72,83% 100,00%

93.628

Fonte: Portal de Informações Gerenciais do STF

100,00%Total

Supremo Tribunal Federal

Gabinete da Presidência

Presidente do Supremo Tribunal Federal Ministro Gilmar Mendes Tel.: (61) 3217.4161 Secretário-Geral da Presidência Luciano Felício Fuck e-mail: [email protected] Tel.: (61) 3217.4181 Fax: (61)3217.4526 Gabinete da Presidência Juíza Federal Auxiliar Taís Schilling Ferraz e-mail: [email protected] [email protected] Tel.: (61) 3217.4678 Fax.: (61) 3217.4429 Assessora da Presidência Christine Oliveira Peter da Silva e-mail: [email protected] Tel.: (61) 3217.4165