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1 GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL LEI COMPLEMENTAR Nº 016, DE 15 DE SETEMBRO DE 2003. (Redação atualizada pelas Leis Complementares nºs 17/2003, 22/2005, 24/2006, 25/2007, 44/2013, 48/2015, 49/2015, 50/2016, 54/2017 e 56/2018). “Dispõe sobre o parcelamento de solo urbano no Município de Mineiros e dá outras providências.” Faço saber que a Câmara Municipal de Mineiros, Estado de Goiás, aprovou e eu Prefeita Municipal, sanciono a seguinte lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Os projetos de parcelamento de solo urbano no Município de Mineiros, dependerão, sempre, de prévia aprovação da Prefeitura Municipal, obedecido o disposto nesta lei e nas normas federais e estaduais aplicáveis à matéria. Parágrafo único. Para efeito desta lei, considera-se parcelamento de solo urbano: I - loteamento - a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes; II - desmembramento - a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes;

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GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 016, DE 15 DE SETEMBRO DE 2003. (Redação atualizada pelas Leis Complementares nºs 17/2003, 22/2005, 24/2006, 25/2007, 44/2013,

48/2015, 49/2015, 50/2016, 54/2017 e 56/2018).

“Dispõe sobre o parcelamento de solo urbano no

Município de Mineiros e dá outras providências.”

Faço saber que a Câmara Municipal de Mineiros, Estado de Goiás,

aprovou e eu Prefeita Municipal, sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Os projetos de parcelamento de solo urbano no Município de

Mineiros, dependerão, sempre, de prévia aprovação da Prefeitura Municipal,

obedecido o disposto nesta lei e nas normas federais e estaduais aplicáveis à

matéria.

Parágrafo único. Para efeito desta lei, considera-se parcelamento de

solo urbano:

I - loteamento - a subdivisão de gleba em lotes destinados à

edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou

prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes;

II - desmembramento - a subdivisão de gleba em lotes destinados a

edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não

implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no

prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes;

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Art. 2º Só serão permitidos parcelamentos para fins urbanos, de

qualquer espécie, nas áreas urbanas e de expansão urbana, assim definidas por lei

municipal.

§ 1º Entende-se como áreas urbanas aquelas que abrangem as

edificações contínuas da cidade, das vilas e suas partes adjacentes, como tal,

fixadas no Plano Diretor e na Lei do Perímetro Urbano.

§ 2º Entende-se como áreas de expansão urbana da cidade e das vilas

as que, a critério do Município, como tal, fixadas no Plano Diretor.

§ 3º O parcelamento de áreas rurais, para fins de urbanização, desde

que considerados no perímetro urbano definido por lei municipal, dependerá,

ainda, de prévia anuência do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária) e do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).

§ 4º Não serão permitidos parcelamentos do solo:

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à

saúde pública;

III - em terrenos com aclive ou declive superior a trinta por cento;

IV - em áreas de preservação ecológica ou afetas de tombamentos,

assim definidas por lei;

V - em terrenos cujas condições sanitárias constituam prejuízo para a

saúde humana; e

VI – áreas afetadas ao tombamento pelos Poderes Públicos

Municipal, Estadual e Federal.

Art. 3º Obedecidas as normas gerais e os critérios básicos de

apresentação de projetos, de especificação técnica e de aprovação nos diferentes

órgãos de concessionárias municipais e estaduais, previstos nesta lei, o

parcelamento do solo se subordinará às necessidades locais quanto à destinação e

utilização das áreas, de modo a permitir o desenvolvimento harmônico do

Município, segundo os parâmetros de uso do solo, fixados no Plano Diretor e

demais legislações municipais.

CAPÍTULO II

DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E URBANÍSTICAS PARA OS PROJETOS

Seção I

Das Características dos Lotes

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Art. 4º Os parcelamentos do solo urbano, para fins não

exclusivamente industriais, obedecerão aos seguintes parâmetros de parcelamento,

aplicados de acordo com o estabelecido nesta Lei.

CATEGORIA DO

LOTE (2)

ÁREA DO LOTE

(m²)

TESTADA MÍNIMA

MP-1

MP-2

MP-3

MP-4

MP-5

MP-6

3000

1000

500

360

250

125

50

20

15

12

10

05 (* MP – Medida Padrão)

§ 1º Os lotes situados em esquinas, deverão obedecer às exigências

mínimas de testada e profundidade, nos limites definidos para os diferentes

logradouros e eleito o logradouro principal.

§ 2º Nenhum lote poderá ter dimensões inferiores às estabelecidas nos

parâmetros de parcelamento, aplicáveis à zona onde se situar o loteamento ou

desmembramento, inclusive as áreas destinadas ao uso público.

§ 3º A categoria de lote MP-6 corresponderá às exigências e padrões

estabelecidos em Lei Municipal específica de implantação e modelo de ocupação

dos lotes a serem permitidos em áreas e Zona Especial de Interesse Social,

definidas em Lei de Zoneamento e Plano Diretor.

§ 4º. Os atuais proprietários de imóveis de loteamento aprovados, que

tenham procedido ao desmembramento de fato do lote e existindo edificação em

ambas as frações, poderão até 30 de abril de 2019, requerer o desmembramento do

imóvel, independentemente da medida padrão constantes deste artigo, desde que

atenda à área mínima definida no inciso II, do art. 4º da Lei Federal nº 6.766/79 (Redação dada pela Lei Complementar nº 56, de 15 de maio de 2018).

§ 5º O permissivo descrito no §4º deste artigo somente se aplica aos

imóveis edificados até a data de 30 de abril de 2018, cabendo ao Executivo a

regulamentação dos meios de prova acerca desta condição. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 56, de 15 de maio de 2018).

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Seção II

Das Áreas Destinadas a Uso Público

Art. 5º As áreas destinadas a uso público, como sistemas de

circulação, implantação de equipamentos comunitários, bem como os espaços

livres para áreas verdes, serão proporcionais.

§ 1º As áreas destinadas a uso público, mencionadas no “caput” deste

artigo, não poderão constituir, em seu todo e sempre parcela inferior a trinta por

cento da gleba parcelada, sendo:

a) sete e meio por cento (7,5 %) para áreas verdes, respeitando-se os

índices ideais para impermeabilidade do solo; (Redação dada pela Lei Complementar nº

025 de 04/07/2007)

b) sete e meio por cento (7,5 %) para a instalação de equipamentos

comunitários; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

c) área remanescente será destinada ao sistema de circulação,

respeitando os padrões mínimos das quadras definidas nesta Lei.

§ 2º São considerados equipamentos comunitários, para efeito desta

Lei, os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e segurança.

§ 3º A Prefeitura não poderá alienar as áreas previstas neste artigo,

devendo assegurar-lhes o uso institucional indicado, fixadas quando do registro do

loteamento.

§ 4º As áreas destinadas à implantação de equipamentos

comunitários, sistemas de circulação e espaços livres, constituem-se patrimônio da

municipalidade, a partir do registro do loteamento em cartório, após aprovação

pelos órgãos técnicos da Prefeitura.

§ 5º A Prefeitura poderá destinar área institucional, mediante prévia

autorização legislativa, a clubes de serviços e entidades filantrópicas sem fins

lucrativos, desde que justificado o interesse público.

§ 6º A Prefeitura não poderá alienar – mas ceder, após aprovação

legislativa, área pública em regime de concessão ou permissão de uso e de

superfície conforme diretrizes firmadas pela LOM (Lei Orgânica do Município)

por tempo determinado, mediante registro cartorial de verdadeiro domínio sobre a

propriedade superficiária, separadamente da propriedade do solo, pertencente ao

poder público municipal, desde que para uso e fins comunitários, institucionais e

de equipamentos públicos de infra-estrutura.

§ 7º A Prefeitura poderá conceder o uso da porção aérea do espaço e

do subsolo, nas áreas públicas para fins de construção de garagens subterrâneas e

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publicidades aéreas, infra-estrutura para telecomunicações, saneamento e

abastecimento de água e energia, de forma gratuita ou onerosa em conformidade

com as leis de zoneamento e de incentivos ao uso do solo urbano, respeitando-se a

lei de registros públicos para a averbação do direito constituído ou de sua

extinção.

Art. 6º Caberá ao loteador executar, implantar, realizar e definir:

I – o sistema de circulação, preparo para as vias de pavimentação e a

execução da pavimentação asfáltica; (Redação dada pela Lei Complementar nº 049 de

20/11/2015)

II – a demarcação das quadras e lotes; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

III – a construção do passeio (calçadas); (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

IV – a construção de galerias sanitárias; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

V – as drenagens de esgoto e de água; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

VI – a rede de energia elétrica e telefonia; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

VII – a faixa de servidão nos lotes para passagem de rede coletora e

abastecimento público; (Redação dada pela Lei Complementar nº 049 de 20/11/2015)

VIII – a sinalização de trânsito horizontal e vertical no loteamento

conforme as normas da Superintendência Municipal de Trânsito; (Redação dada pela

Lei Complementar nº 049 de 20/11/2015)

IX – o sistema de distribuição de água. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 049 de 20/11/2015)

§ 1º A execução e implantação da pavimentação asfáltica obedecerá

aos padrões definidos no Projeto de Pavimentação Urbana do Programa Asfalto

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Novo – Cidade (PAN CD) da AGETOP, vigente em maio de 2007. (Redação dada

pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

§ 2º O loteador ao proceder a venda dos lotes, deverá manter a

demarcação através de piquetes e marcos de identificação dos mesmos. (Redação

dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

§ 3º O loteador se responsabilizará, civil e criminalmente, por todas e

quaisquer afirmações de vendas efetuadas em contratos de compra e venda ou

descrição das escrituras e dos documentos de projetos, aprovados pelo Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

§ 4º A critério do Poder Público e respeitando-se as exigências das

empresas concessionárias de serviços públicos, poderão ser decretadas como non

aedificandi as faixas onde estão implantados os serviços mencionados neste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

§ 5º Na Zona Especial de Interesse Social definida no Plano Diretor

ou Lei de Zoneamento, o Poder Público poderá participar da execução da infra-

estrutura de forma consorciada junto ao loteador, desde que o investimento do

Município não ultrapasse 50 % (cinqüenta por cento) do custo das obras de infra-

estrutura do Loteamento exigidas na presente Lei. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 025 de 04/07/2007)

§ 6º O inciso III deste artigo deverá ser construído de maneira a

deixar livre, ou seja, sem construção, um espaço de 03 (três) metros lineares no

passeio. (Redação dada pela Lei Complementar nº 049 de 20/11/2015)

§ 7º O passeio, citado no inciso III deste artigo, deverá ser construído

no modelo ecológico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 049 de 20/11/2015)

§ 8º Todos os projetos deverão ser aprovados pela Prefeitura

Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 049 de 20/11/2015)

Art. 7º Serão observadas as faixas non aedificandi de 20 (vinte)

metros de cada lado, ao longo das faixas de domínio de ferrovias, rodovias

federais, estaduais e municipais, e dutos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 025

de 04/07/2007)

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Parágrafo único. Estas áreas apenas poderão estar contidas no

percentual de áreas públicas previsto no art. 5º, §1º, no caso de terem sua

destinação pré-identificada no Plano Diretor de desenvolvimento urbano ou em

Lei de Zoneamento, para fins de lazer, recreação e preservação ambiental.

Art. 8º Será considerada non aedificandi uma faixa de trinta metros

situados à margem das águas correntes e dormentes, visando sua preservação,

ressalvadas e observadas as exigências constantes no Código Municipal do Meio

Ambiente.

Parágrafo único. Quando se tratar de córregos cuja retificação esteja

planejada pela Prefeitura, a faixa longitudinal obedecerá ao traçado adotado no

plano de retificação.

Art. 9º Nos fundos dos vales e áreas alagadiças será obrigatória a

reserva de faixas sanitárias para escoamento de águas pluviais e redes de esgotos,

além das vias de circulação, ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o

seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:

I- de trinta metros para os cursos d’água de dez metros de largura;

II- de cinqüenta metros para os cursos d’água acima de dez a

cinqüenta metros de largura;

III- de cem metros para os cursos d’água acima de cinqüenta a

duzentos metros de largura;

IV- de duzentos metros para os cursos d’água acima de duzentos a

seiscentos metros de largura; e

V- de quinhentos metros para os cursos d’água que tenham largura

superior a seiscentos metros.

Parágrafo único. Em nenhum caso os loteamentos poderão

prejudicar o escoamento das águas nos respectivos rios ou curso d’água e as obras

necessárias serão feitas obrigatoriamente nas vias públicas ou em faixas reservadas

para esse fim, pelo loteador, segundo projeto aprovado pela Prefeitura Municipal e

mediante pagamento de taxa mensal, pelo uso do logradouro público, bem como a

taxa de locação de caçambas para remoção dos entulhos gerados pelas obras do

loteamento, quando se fizer necessário.

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Seção III

Do Sistema de Circulação dos Loteamentos

Art. 10. O sistema viário do loteamento deverá respeitar as

exigências do sistema viário existente e projetado, integrando-se a ele

harmoniosamente, em seus pontos de acesso.

Art. 11. A abertura de qualquer via ou logradouro público deverá

obedecer às normas desta lei, e dependerá de aprovação prévia da Prefeitura, pelos

seus órgãos competentes e responsáveis pelo sistema viário do Município,

devendo corresponder em dimensões e conformidade com os padrões

estabelecidos no art. 12 desta Lei.

Parágrafo único. Considera-se via ou logradouro público, para fins

desta lei, todo espaço destinado à circulação e acesso para utilização da população

em geral.

Art. 12. As vias de circulação, com as respectivas faixas de domínio,

deverão se enquadrar em uma das categorias, a saber:

I - vias arteriais: mínimo de vinte e um metros e calçadas com dois

metros e mínimo de um metro de ilha ou canteiro central;

II - vias coletoras: mínimo de vinte e um metros e calçadas com o

mínimo de dois metros e mínimo de um metro de ilha ou canteiro central, salvo se

for de sentido único, poderá respeitar as dimensões do inciso III deste artigo;

III - vias de tráfego lento para uso predominante de veículos: mínimo

dez metros e meio, com calçadas de dois metros e totalizando catorze metros e

meio;

IV - vias locais de uso restrito e predominantemente de pedestres:

mínimo de sete metros e calçadas de dois metros, totalizando onze metros;

V - passagens de uso exclusivo de pedestres: três metros e meio;

VI – vias destinadas a pedestrianização deverão ter faixas de quatro

metros de passeio e leito carroçável de três metros e meio de acesso restrito de

veículos em baixa velocidade.

Parágrafo único. Nos loteamentos destinados exclusivamente para

fins industriais, as avenidas de tráfego lento deverão ter faixa de domínio mínimo

de 20 metros; e as ruas e locais de acesso aos lotes industriais, de 15 metros, sendo

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vedada quaisquer vias com faixa de domínio público de largura inferior e calçadas

mínimas de dois metros.

Art. 13. As vias de tráfego lento deverão começar e terminar em via

coletora ou de maior largura.

Art. 14. As vias locais de circulação poderão terminar nas divisas da

gleba a arruar, quando seu prolongamento estiver previsto na estrutura viária do

Plano Diretor ou quando, a juízo do órgão competente da Prefeitura, interessar à

estrutura viária.

§ 1º. As vias locais sem saída, serão permitidas desde que providas de

praças de retorno, e seu comprimento não exceda a dez vezes a largura, até o

máximo de cem metros, devendo, sempre que possível, ser prevista uma servidão

de passagem para pedestre em sua extremidade, com largura não inferior a um

metro e meio, definindo as soluções adequadas de drenagens das águas pluviais.

§ 2º. A conformação e as dimensões das praças de retorno a que se

refere o § 1º deste artigo, deverão permitir a inscrição de um círculo de diâmetro

mínimo de dezoito metros.

Art. 15. O aclive máximo permitido nas vias locais de circulação será

de trinta por cento e a declividade máxima de trinta por cento.

Parágrafo único. Em áreas excessivamente acidentadas, o aclive

máximo poderá atingir até trinta e cinco por cento nas vias das categorias I, II, III

e IV referidas no art. 12 desta lei.

Art. 16. A largura de uma via que constituir prolongamento de outra

já existente, ou constante de plano já aprovado pela Prefeitura, não poderá ser

inferior à largura desta, ainda que, pela sua função e característica possa ser

considerada de categoria inferior.

Art. 17. A divisão das vias de circulação em parte carroçável e

passeios ou calçadas, deverá acompanhar os perfis típicos padronizados pela

Prefeitura, obedecendo aos seguintes critérios:

I - a parte carroçável será composta de faixas de três metros e meio

destinada à circulação de veículo;

II - da largura total das vias, excluídas a parte carroçável e canteiro

central, quando for o caso, o restante será destinado, em partes iguais, aos passeios

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ou calçadas, que não poderão ter largura inferior a dois metros em todas as

categorias de vias, exceto para as vias locais sem saída, que podem adotar a

largura mínima de um metro e meio;

III- o detalhamento da configuração das calçadas deverá ser como

exemplificado no Plano Diretor, Código Municipal de Obras ou Código Municipal

de Posturas, reservando trinta centímetros na extensão linear para fins de

permeabilidade do solo e manutenção da rede.

Art. 18. Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos

deverão ser concordados por um arco de círculo de raio mínimo de nove metros,

conforme detalhamento no Plano Diretor ou Lei de Zoneamento.

Art. 19. Nas vias de circulação, cujo leito não esteja no mesmo nível

dos terrenos marginais, serão obrigatórios os taludes, cuja declividade máxima

será de sessenta por cento e altura máxima de dois metros para talude único, acima

disso, deverá ser criado patamar de um metro e meio de largura a cada um metro e

meio de altura, até atingir o nível do terreno natural.

§ 1º Os taludes devem ser substituídos por muros de arrimo ou

contenção, às expensas do loteador, quando esses excederem a sessenta por cento

de inclinação e possuírem altura superior a dois metros;

§ 2º Na ocorrência da obra definida no § 1º deste artigo, será

obrigatório a apresentação de projeto devidamente assinado pelo responsável

técnico credenciado, habilitado e registrado no CREA.

Art. 20. A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua

denominação oficial, só poderá ser feita após requerimento de avaliação e a

conseqüente aprovação de conformidade pelo órgão da Prefeitura Municipal,

designado para este fim.

Seção IV

Das Quadras

Art. 21 A maior dimensão das quadras não poderá ser superior a 200

(duzentos) metros. (Redação dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

Art. 22. Para os loteamentos industriais fora dos limites urbanos, as

quadras poderão ser maiores de cento e cinqüenta metros, dependendo para isso de

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prévia aprovação do órgão municipal, serão constituídos sob a forma legal que

rege a lei de condomínios, obedecendo aos seguintes requisitos:

I - o arruamento deverá ser retilíneo e de comprimento adequado ao

fluxo de veículos de transporte de carga;

II - sejam pavimentadas de forma adequada ao tipo de tráfego e

providas de rede coletora de águas pluviais;

III - a inclinação das vias deverá obedecer ao descrito no art. 15 e

parágrafo único desta lei;

IV - sejam providas de rede de iluminação e projeto aprovado pela

concessionária pública;

V – sejam providas de bueiros, guias e sarjetas;

VI – sejam providas de captação e abastecimento de rede de água;

VII - as vias devem ser providas de passeios ou calçadas, conforme

descrito no parágrafo único do art. 12 desta Lei;

VIII - as restrições descritas no § 4º do art. 2º e inciso III, do art. 17,

ambos desta Lei.

Seção V

Disposições Técnicas Especiais

Art. 23. Os parcelamentos para fins industriais e outros capazes de

poluir as águas ou a atmosfera, deverão também obedecer às normas e leis ditadas

pelos órgãos estaduais, pelo Código Municipal de Meio Ambiente, leis e normas

estadual e federal de controle ambiental e serem aprovados pela Secretaria

Municipal do Meio Ambiente.

§ 1º Os loteamentos mencionados neste artigo, devem apresentar

projeto de tratamento de esgoto, águas servidas e memorial descritivo,

transferindo para o adquirente a responsabilidade e obrigatoriedade da

apresentação de projetos, em conformidade com as Leis Ambientais e Sanitárias,

descritas para tratamento de esgoto específico para cada tipo de indústria.

§ 2º O loteador deverá informar em projeto, as normas legais a serem

cumpridas, para a implantação das indústrias no loteamento pelo adquirente, junto

aos órgãos públicos, para uma prévia avaliação pela Prefeitura e Secretaria

Municipal do Meio Ambiente.

Art. 24. Serão submetidas à prévia anuência do Município e do

Estado os parcelamentos que estiverem sob as seguintes condições:

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I - localizados em áreas de interesse social, proteção cultural,

histórica, paisagística, ecológica e arqueológica, assim definidas por legislação

municipal, estadual ou federal;

II - localizados em áreas limítrofes de Município, ou que pertençam a

mais de um Município;

III - loteamentos industriais de qualquer dimensão;

IV – loteamentos atingidos pela interferência de faixa de segurança

de linhas de transmissão e distribuição de energia, ficarão sujeitos à observação

dos seguintes critérios:

a) nas áreas de terras situadas nas faixas de segurança das linhas

de transmissão e distribuição de energia elétrica de alta tensão, é proibido seu

uso para habitação, comércio e indústria, bem como para recreação, esporte,

lazer e quaisquer outras atividades que implique concentração de pessoas;

b) é proibido também o uso das áreas mencionadas na alínea “a”

deste inciso, para qualquer outro fim que implique modificação do perfil do

terreno em prejuízo da estabilidade das estruturas das linhas de transmissão e

distribuição ou alterem a altura cabo/solo entre as torres.

c) o uso das áreas objeto desta Lei para fins não mencionados nas

alíneas anteriores, somente poderá ser permitido mediante parecer favorável da

empresa concessionária dos serviços de energia elétrica;

d) em caso de terrenos atingidos por faixa de segurança de linhas

de transmissão e distribuição de energia elétrica de alta tensão, poderá a área

abrangida ser utilizada para arruamento, desde que observadas as normas

técnicas estabelecidas pela empresa concessionária dos serviços de energia

elétrica, à qual será apresentado o projeto de parcelamento para prévia análise e

aprovação;

e) observar-se-á as seguintes larguras de faixa de segurança:

1. seis metros quando a rede possuir 13,8 KV e 34,5 KV;

2. doze metros quando a rede possuir 69 KV;

3. dezesseis metros quando a rede possuir 138 KV;

4. trinta e cinco metros quando a rede possuir 230KV.

Art. 25. Caberá ao loteador promover a arborização das vias do

loteamento ou arruamento, em conformidade com as exigências de porte de

arborização e restrições de algumas espécies que possam comprometer a

urbanização, conforme indicado no Plano Diretor, Código de Posturas, Lei de

Zoneamento, Código Municipal do Meio Ambiente e outras legislações

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municipais que abordem a questão de padrões ideais e especificações para a

arborização urbana.

Art. 26. Os cursos d’água não poderão ser aterrados, canalizados ou

tabulados, sem prévia anuência da Prefeitura e do órgão estadual competente.

Art. 27. Os parcelamentos não poderão receber denominação igual à

utilizada para identificar outros setores ou bairros da cidade já existentes e a

nomeação das ruas deverá passar por aprovação dos órgãos competentes da

Prefeitura.

CAPÍTULO III

DO PROCESSAMENTO

Seção I

Da Consulta Prévia

Art. 28. Para efeito de aprovação de projeto de parcelamento de terra,

deverá ser feita consulta prévia à Prefeitura.

§ 1º No ato da consulta prévia, o interessado apresentará os seguintes

documentos:

I - prova de domínio sobre o terreno;

II - 2 (duas) vias da planta do imóvel, em cópia plotada ou cópia

heliográfica, na escala de 1:1000, assinadas pelo proprietário ou representante

legal e por profissional habilitado no CREA da região e em disquete ou CD,

apresentando o projeto, em DWG, contendo:

a) descrição da propriedade, da qual constem a denominação, área,

limites e situação e outras características essenciais;

b) localização exata dos cursos d’água e nascentes existentes no

imóvel ou os mais próximos a ele;

c) curvas de nível de 1m em 1m (um metro em um metro), amarradas

a um sistema de coordenadas, referidas ao sistema cartográfico nacional;

d) marcação de todas as vias de comunicação existentes ou

projetadas numa faixa de quinhentos metros ao longo do perímetro do terreno,

bem como da via de circulação de interesse local mais próxima;

e) levantamento planialtimétrico, com indicação de bosques,

monumentos naturais e árvores de porte existentes no sítio;

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f) levantamento planialtimétrico, com indicação das construções

existentes, linhas de transmissão de energia, adutoras, obras, instalações e serviços

de utilidade pública existentes no local ou numa faixa de cem metros ao longo do

perímetro do terreno;

g) indicação do uso predominante a que se destinará o loteamento; e

h) outras indicações que possam interessar à orientação geral do

parcelamento, a critério do órgão competente da Prefeitura, especialmente as

indicadas no Plano Diretor, Lei de Zoneamento, que possam definir para a área a

ser parcelada à proporção necessária de lotes destinados ao uso para comércio e

serviço, induzindo os equipamentos unitários necessários quando previstos.

§ 2º Quando se dispuser a parcelar parte do terreno, ou for

proprietário de uma maior área contígua ao parcelamento em questão, o requerente

deverá apresentar as plantas referidas no inciso II abrangendo a totalidade do

imóvel.

§ 3º Sempre que se fizer necessário, a critério do órgão competente da

Prefeitura, poderá ser exigida a extensão do levantamento planialtimétrico ao

longo do perímetro do terreno até o limite de cem metros.

Art. 29. O encaminhamento de projetos de parcelamento está

condicionado à viabilidade de abastecimento de água das áreas parceladas, bem

como ao esgotamento das águas pluviais.

Parágrafo único. No caso do abastecimento d’água estar afeto a

empresa concessionária fora dos limites urbanos definidos pelo Plano Diretor, é

necessário parecer do SAAE sobre a viabilização e o projeto de fossa séptica para

ser aprovado, fiscalizado e expedido o Alvará de conformidade após a execução

pelo próprio SAAE ou outro órgão designado pela Prefeitura.

Art. 30. A Prefeitura indicará em seguida, na planta apresentada, as

seguintes diretrizes para:

I - vias de circulação do sistema viário básico do Município, de modo

a permitir o enquadramento e entrosamento do sistema proposto;

II - faixas para escoamento de águas pluviais;

III - reserva, especificação e localização aproximada de áreas

institucionais e áreas livres, prevista na Seção II, do Capítulo II da presente Lei.

IV - indicação da proporção do número de lotes por zona, conforme o

art. 5º e seus parágrafos desta Lei.

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V - atendimento às exigências dos arts. 6º e seus parágrafos e 25 desta

Lei e o comprometimento do loteador descrito e devidamente assinado nos

documentos de projeto, encaminhadas para a aprovação pelo Poder Público

Municipal.

Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo

máximo de um ano, durante o qual o requerente deverá apresentar o projeto

definitivo, observando-se o art. 5º da Lei Federal nº. 10.257/01 (Estatuto da

Cidade) sob pena de reinício do processo.

Seção II

Do Projeto

Art. 31. Orientado pelas diretrizes oficiais, consubstanciadas na

consulta prévia (Capítulo III, seção I) e dentro do prazo de um ano, o loteador

apresentará para a aprovação do parcelamento os seguintes documentos:

I - Prova de domínio sobre o terreno, com relação cronológica dos

títulos devidamente transcritos desde vinte anos na forma da legislação federal em

vigor;

II - Certidões negativas:

a) dos tributos federais, estaduais e municipais relativas ao imóvel;

b) das ações reais referentes ao imóvel no período de dez anos;

c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra

a administração pública.

III - Certidões:

a) dos cartórios de protestos de título, em nome do loteador pelo

período de dez anos;

b) de ações pessoais relativas ao loteador pelo período de dez anos;

c) de ônus reais relativos ao imóvel; e

d) de ações penais relativas ao loteador, pelo período de dez anos.

IV - autorização expressa do credor hipotecário, quando o terreno

estiver gravado em hipoteca; e

V - o projeto, que deverá ser apresentado em quatro vias - uma das

quais em papel plotado em vegetal - escala 1:1000 e nos padrões de folhas

definidas pela ABNT- (Associação Brasileiras de Normas Técnicas).

§ 1º O projeto, assinadas todas as quatro cópias por profissional

devidamente habilitado no CREA e pelo proprietário ou seu representante legal,

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acompanhado da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), devidamente

paga no órgão e deverá conter:

I - planta de locação ou de situação do parcelamento sem escala,

indicando os pontos de referência, no campo específico do carimbo na folha de

projeto;

II - indicação do sistema viário local, os espaços abertos para

recreação e usos institucionais e comunitários e suas respectivas áreas, descritos

em forma de tabela informando dimensões e áreas totais;

III - subdivisão das quadras em lotes, com a respectiva numeração,

dimensão, áreas e percentual correspondente;

IV - indicações dos afastamentos exigidos, devidamente cotados;

V - indicação das dimensões lineares e angulares do projeto, raios,

curvas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias em curva, bem como

outros elementos necessários à sua perfeita definição;

VI - perfis longitudinais e transversais de todas as vias de

comunicação e praças nas seguintes escalas: horizontal de 1:1000; vertical de

1:100;

VII - indicações de marcos de alinhamento e nivelamento, localizadas

nos ângulos ou curvas de vias projetadas, amarradas à referência de nível existente

e identificável do Município;

VIII - projeto de pavimentação das vias e praças;

IX - projeto da rede de escoamento de águas pluviais, indicando o

local de lançamento e forma de prevenção dos efeitos deletérios;

X - projeto de sistema de esgoto sanitário, indicando o local do

lançamento dos resíduos, ligando à rede pública e indicação da faixa de servidão

sanitária no interior dos lotes;

XI - projeto de distribuição de água potável, indicando a fonte de

captação, de abastecimento e volume, dimensionamento da rede e da faixa de

servidão nos logradouros;

XII - projeto de iluminação pública;

XIII – o projeto de arborização das vias de circulação deverá conter a

especificação das espécies, espaçamento das covas e dimensão das copas;

XIV - indicação das servidões e restrições especiais que,

eventualmente, gravem os lotes ou edificações; e

XV - memorial descritivo e justificativo do projeto, contendo a

relação definitiva das quadras, lotes, arruamentos e respectivas áreas, bem como

cronograma de execução das obras ao encargo do loteador descritas nos incisos

VIII a XIII;

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XVI – Certidão Negativa da empresa ou profissional autônomo

inscrito no município e o respectivo comprovante do recolhimento do ISSQN

sobre o serviço do Projeto.

§ 2º O nivelamento exigido deverá tomar por base, a referência de

nível (RN) oficial.

§ 3º Para atuarem no Município de Mineiros como responsáveis

técnicos, os profissionais regidos pelo CREA devem providenciar a devida

inscrição e cadastramento no órgão responsável pelas aprovações e licenciamentos

de projetos e obras da Prefeitura, apresentando cópia autenticada da Carteira de

Registro e prova de regularidade perante o CREA, com o devido recolhimento de

tributo sobre serviços no município, sede do loteamento, onde o profissional

deverá estar cadastrado.

§ 4º O proprietário do loteamento obrigar-se-á a manter responsável

técnico habilitado até o termo de conclusão das obras do referido loteamento.

Art. 32. As plantas e detalhes para aprovação não deverão constar

quaisquer outros elementos ou ilustrações além dos abaixo relacionados:

I - todos os elementos relacionados nos incisos do § 1º do art. 31;

II - indicação do norte verdadeiro e magnético;

III - indicação da área total, da área loteada, das áreas das vias de

circulação, da área reservada para usos públicos e da proporção dos diferentes

tipos de lotes; e

IV - compromisso contendo os seguintes dizeres, assinado pelo(s)

proprietário(s): “Desde a data da inscrição deste loteamento no Cartório do

Registro de Imóveis, passarão a integrar o domínio da Prefeitura Municipal as

áreas destinadas a vias de circulação, praças, jardins e recreação, bem como as

destinadas a usos institucionais ou públicos. O processamento de guias de

transmissão de propriedades, bem como a concessão de “habite-se” para qualquer

construção realizada nos lotes ou em áreas de propriedade privada, ficam

condicionados à expedição, por parte da Prefeitura, de certidão de aprovação do

loteamento e de documento de aceitação definitiva das obras a serem realizadas

constantes do Decreto de aprovação do projeto de loteamento. Outrossim, ficam

caucionados os lotes, que não poderão ser vendidos ou hipotecados antes da

emissão do documento de aceitação por parte do Poder Municipal”.

Art. 33. A Prefeitura poderá autorizar a execução, por etapas, dos

projetos de parcelamento, desde que seja assegurado a cada comprador o pleno

uso e gozo dos equipamentos e infra-estrutura previstos para o parcelamento.

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Neste caso, o termo de acordo a que se refere o item IV do art. 32 definirá as áreas

correspondentes a cada etapa e as condições de liberação de cada área

convencionada, atendendo os dispositivos das Seções I a IV, Cap. II, da Lei

Federal nº. 10.257/01 (Estatuto da Cidade) e demais dispositivos pertinentes.

Seção III

Dos Atos de Aprovação do Projeto e Garantias

Art. 34. Uma vez aprovado o projeto de parcelamento, serão

elaborados e formalizados os seguintes atos:

I - Termo de Acordo;

II - Decreto de Aprovação do Projeto; e

III – Autorização do Poder Legislativo. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 050, de 03/03/2016 – suspensa por decisão judicial)

Parágrafo único. Para cumprimento do disposto no inciso III deste

artigo, o Poder Executivo Municipal deverá encaminhar projeto de Lei solicitando

autorização do Poder Legislativo para a aprovação de novos loteamentos

implantados no município, devendo a Lei ser aprovada em Plenário pela maioria

simples dos parlamentares. (Redação dada pela Lei Complementar nº 050, de 03/03/2016)

Art. 35. Pela assinatura do Termo de Acordo, o loteador obriga-se a:

I - executar no prazo mínimo de dois anos, sem qualquer ônus para a

Prefeitura, as seguintes obras:

a) abertura, terraplanagem e pavimentação asfáltica das vias de

circulação e praças, com os respectivos marcos de alinhamento e nivelamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 025 de 04/07/2007)

b) meio-fio, guias de pedra ou concreto e calçamento em todas as vias

e praças;

c) canalização para drenagens de águas pluviais;

d) drenagem, aterros, pontes, pontilhões e bueiros que se fizerem

necessários;

e) arborização do parcelamento, com mudas de porte acima de um

metro e meio, na proporção mínima de duas árvores por cada cem metros

quadrados de área destinada a uso privado, em conformidade com o art. 25 desta

Lei;

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f) construção de jardins, parques, praças e quaisquer outros

equipamentos previstos no projeto de parcelamento submetido à Prefeitura, tais

como clubes, piscinas, campos e quadras de esporte, quando se tratar de projetos

de condomínios;

g) quaisquer outras obras oriundas de atendimento dos dispositivos da

presente Lei;

h) abertura de poços artesianos nos casos em que não exista um

sistema de abastecimento d’água ou previsão de sua construção no prazo de dois

anos, e providenciar exame que comprove a sua qualidade e adequação para o

consumo humano, bem como a construção de reservatório exclusivo para o

loteamento;

i) rede de esgotos sanitários ou sistema de fossa séptica para cada

habitação, de acordo com o parágrafo único do art. 29 desta Lei;

II - facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura durante a

execução das obras e serviços, manter diário de ocorrência de obras atualizado,

registrado e assinado pelo profissional responsável na ocasião das visitas;

III - não outorgar qualquer escritura definitiva de venda de lotes,

antes de concluídas as obras previstas no inciso I deste artigo e de cumpridas as

demais obrigações impostas por Lei ou assumidas no Termo de Acordo;

IV - fazer constar nos compromissos de compra e venda de lotes as

condições de que só poderão receber construções depois de executadas as obras

previstas no inciso I deste artigo e demais obrigações impostas por lei ou

assumidas no Termo de Acordo;

V - fazer constar das escrituras definitivas ou dos compromissos de

compra e venda dos lotes, as obrigações dos serviços e obras previstas no inciso I

deste artigo, com a responsabilidade solidária dos adquirentes ou compromissários

compradores, na proporção da superfície de suas áreas;

VI - delimitar e identificar, por intermédio de marcos, cada parcela

individualizada.

§ 1º No caso de projeto de parcelamento a ser executado por etapas, o

Termo de Acordo referido neste artigo, deve também, atender o que dispõe a Lei

Federal nº. 10.257/01, para os loteamentos urbanos:

I - definir cada etapa do projeto total de modo a assegurar a cada

comprador o pleno uso e gozo dos equipamentos previstos para o parcelamento;

II - definir o prazo total de execução de todo o projeto, as áreas e os

prazos correspondentes a cada etapa;

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III - estabelecer as condições de liberação das áreas correspondentes

a cada etapa; e

IV - indicar as áreas dadas em garantia, em proporção com as etapas

do projeto.

Art. 36. O Decreto de aprovação do projeto de parcelamento deverá

conter:

I - dados que caracterizem e identifiquem o parcelamento;

II - as condições em que o parcelamento foi aprovado;

III - indicação das áreas destinadas a logradouros, usos institucionais

e áreas livres, as quais se incorporam automaticamente ao patrimônio municipal

como bens de uso comum, sem ônus de qualquer espécie para a Prefeitura;

IV - indicação das áreas a serem postas em garantia da execução das

obras;

V - anexo do qual conste a descrição das obras a serem realizadas e

um cronograma de sua execução físico-financeira.

Seção IV

Do Registro e da Fiscalização

Art. 37. Após a lavratura do decreto de aprovação, a Prefeitura

entregará ao loteador a certidão de loteamento com os seguintes objetivos:

I - lavratura de escritura de hipoteca das áreas postas como garantia

da execução das obras indicadas no inciso IV do art. 36 desta Lei e que devem ser

descritas na escritura;

II - registro do loteamento no Cartório do Registro de Imóveis;

III - emissão do alvará de licença para execução do arruamento, que

será averbado no Cartório de Registro de Imóveis, a partir do dia que se aperfeiçoa

a inscrição do loteamento projetado;

Parágrafo único. A emissão do Alvará de Licença para a execução

das obras, estará vinculado ao pagamento do ISSQN sobre o serviço de obras e de

direção técnica do responsável habilitado pelo CREA-GO.

Art. 38. Uma vez realizadas as obras de que trata o inciso I do art. 35,

a Prefeitura Municipal, a requerimento do interessado, e após as competentes

vistorias, liberará as áreas dadas em garantia ou a caução depositada em Banco.

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§ 1º A liberação das áreas postas em garantia não poderá ser parcial, e

somente ocorrerá quando todas as obras estiverem realizadas proporcionalmente a

cada área convencionada;

§ 2º Fica o loteador comprometido a fixar placa no local do

empreendimento, divulgando o número do Alvará de Licença expedido pela

Prefeitura, o autor do projeto e o responsável técnico pela execução.

Art. 39. Caso as obras não tenham sido realizadas no prazo de dois

anos, a contar da data da aprovação do parcelamento, a Prefeitura poderá,

utilizando-se dos instrumentos contidas nas Leis nº. 6.766/79 e nº.10.257/01:

I - decretar a nulidade do ato de aprovação do projeto;

II - executar as obras por sua conta, cobrando do loteador, por meios

administrativos ou judiciais, os custos das obras acrescidos de quarenta por cento a

título de administração.

Parágrafo único. Na imposição de penalidades durante a execução

das obras, a Fiscalização Municipal observará o que dispõe a legislação do Código

Municipal de Posturas, Código de Obras, Código de Vigilância Sanitária, Decretos

e Leis a níveis Municipal, Estadual e Federal pertinentes, aplicáveis às edificações,

urbanização e a propriedade.

Seção V

Das Modificações

Art. 40. O loteador poderá requerer modificação total ou parcial do

projeto de arruamento ou loteamento aprovado, desde que:

I - sejam obedecidas as normas legais e regulamentares;

II - seja obtida a anuência dos titulares de direito sobre as áreas

vendidas ou compromissadas à venda, quando for o caso;

III – decreto do Prefeito aprovando o plano e projeto modificativo,

quando julgados aceitáveis pelo órgão competente da Prefeitura, de acordo com as

prescrições desta Lei;

IV – visto do Prefeito nas plantas modificadas;

V – licença para executar o plano modificativo, assinado pelo

Prefeito.

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CAPÍTULO IV

DOS PARCELAMENTOS IRREGULARES

Art. 41. A Prefeitura impedirá, ou fará demolir pelos meios legais, as

edificações ou construções em lotes que contravenham esta lei ou o Plano Diretor,

inclusive em áreas de interesse social, se não há conflito ou sobreposições de

interesse, ou em loteamentos inscritos irregularmente após esta lei, ou o já

existente na área urbana, ainda não regularizados, que não contemplam as

exigências desta Lei, promovendo judicialmente o cancelamento das inscrições

irregulares e a responsabilidade civil e criminal dos infratores.

Art. 42. Os proprietários, compromissários compradores e

compromissários cessionários, ou seus sucessores, a título singular ou universal,

de imóveis pertencentes aos loteamentos de que trata esta lei, ficam obrigados à

observância das restrições urbanísticas do direito de construir constantes desta Lei,

incluindo na regularização requerida do Loteamento ou das vias de circulação, o

ressarcimento ao Poder Público das áreas públicas nas proporções descritas nesta

Lei, possíveis no próprio loteamento ou em outro setor urbano, no caso destas

inexistirem.

§ 1º Em glebas com a área inferior a três mil metros quadrados, a

reserva de áreas públicas comunitárias e de áreas verdes, poderá ser dispensada

mediante comprovação de existência no entorno próximo de aproximadamente um

raio de duzentos metros, oferta suficiente de áreas verdes e equipamentos

comunitários que supram a nova demanda.

Art. 43. Os loteamentos que, na data da publicação desta lei, já

tiveram sido iniciados de acordo com o projeto aprovado pela Prefeitura

Municipal, ficam isentos de penalidades das exigências, devendo porém, atender a

Prefeitura em aspectos que garantam a segurança, higiene e saúde, edificações,

transportes e aos direitos sociais e as contidas nesta Lei.

§ 1º Os loteamentos já inscritos, mas não iniciados até a data da

publicação desta lei, serão submetidos a um processo de revisão da aprovação

segundo os padrões físico-urbanísticos, fixados pelo presente diploma legal.

§ 2º Será expedida a licença para construir em locais que não

possuam sarjetas, drenagens e pavimentação para posterior execução e cobrança

de imposto por contribuição de melhorias, desde que atendidas as exigências desta

Lei, nos aspectos referentes ao parcelamento da terra e obrigatoriedade da

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aplicação por parte do Poder Público, dos termos definidos como garantias de

ressarcimento.

CAPÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Seção I

Dos Instrumentos em Geral

Art. 44. Para os fins desta lei, serão utilizados, entre outros

instrumentos:

I- planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e

de desenvolvimento econômico e social;

II - planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

microrregiões; e

III - planejamento municipal, em espécie:

a) plano diretor;

b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;

c) zoneamento ambiental;

d) plano plurianual;

e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

f) gestão orçamentária participativa;

g) planos, programas e projetos setoriais;

h) planos de desenvolvimento econômico e social;

IV- institutos tributários e financeiros:

a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU;

b) contribuição de melhoria;

c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

V- institutos jurídicos e políticos:

a) desapropriação;

b) servidão administrativa;

c) limitações administrativas;

d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;

e) instituição de unidades de conservação;

f) instituição de zonas especiais de interesse social;

g) concessão de direito real de uso;

h) concessão de uso especial para fins de moradia;

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i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

j) usucapião especial de imóvel urbano;

l) direito de superfície;

m) direito de preempção;

n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;

o) transferência do direito de construir;

p) operações urbanas consorciadas;

q) regularização fundiária;

r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos

sociais menos favorecidos;

s) referendo popular e plebiscito.

VI - Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo prévio de

Impacto de Vizinhança (EIV).

§ 1º Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela

legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta lei.

§ 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse

social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com

atuação específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis

públicos poderá ser contratada coletivamente.

§ 3º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio

de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle

social, garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da

sociedade civil.

Seção II

Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios

Art. 45. Lei municipal específica para área incluída no Plano Diretor

poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do

solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as

condições e os prazos para implementação da referida obrigação.

§ 1º Considera-se subutilizado o imóvel:

I- cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no Plano

Diretor ou em legislação dele decorrente.

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§ 2º O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal

para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no Cartório

de Registro de Imóveis.

§ 3º A notificação far-se-á:

I- por funcionário do órgão competente do Poder Público Municipal,

ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha

poderes de gerência geral ou administração;

II- por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de

notificação na forma prevista pelo inciso I.

§ 4º Os prazos a que se refere o caput deste artigo não poderão ser

inferiores a:

I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto

no órgão municipal competente; e

II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras

do empreendimento.

§ 5º Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a

lei municipal específica a que se refere o caput deste artigo poderá prever a

conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o

empreendimento como um todo.

Art. 46. A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa

mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento,

edificação ou utilização previstas no art. 5º desta Lei, sem interrupção de

quaisquer prazos.

Seção III

Do IPTU progressivo no tempo

Art. 47. Em caso de descumprimento das condições e dos prazos

previstos na forma do caput do art. 45 desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas

previstas no § 5º do art. 45 desta lei, o município procederá à aplicação do

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) progressivo no

tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

§ 1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei

específica a que se refere o caput do art. 45 desta Lei e não excederá a duas vezes

o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por

cento.

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§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja

atendida em cinco anos, o município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até

que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8º da

Lei nº. 10.257/01;

§ 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à

tributação progressiva de que trata este artigo.

Seção IV

Da desapropriação com pagamento em títulos

Art. 48. Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem

que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou

utilização, o município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com

pagamento em títulos da dívida pública.

§1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pela Câmara

Municipal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais,

iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de

seis por cento ao ano.

§ 2º O valor real da indenização:

I- refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o

montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área

onde o mesmo se localiza após a notificação de que se trata o § 2º do art. 45 desta

Lei;

II- não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros

compensatórios.

§ 3º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para

pagamento de tributos.

§ 4º O município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel

no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao

patrimônio público.

§ 5º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente

pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros,

observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.

§ 6º Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do § 5º

deste artigo as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização

previstas no art. 45 desta Lei.

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CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 49. Na zona urbana, enquanto os leitos das ruas e logradouros

projetados não forem aceitos pela Prefeitura, na forma desta Lei, ao seu

proprietário será lançado para pagamento de imposto territorial, com relação à área

das referidas vias de comunicação e logradouros, como terrenos não edificados.

Art. 50. Não caberá à Prefeitura qualquer responsabilidade pela

diferença de medidas dos lotes ou quadras que o interessado venha constatar, em

relação às medidas dos loteamentos aprovados.

Art. 51. A demarcação e o desmembramento de terrenos, bem como a

elaboração de projetos de parcelamento do solo, executados como prestação de

serviços a terceiros, não será permitida por servidores da Prefeitura Municipal de

Mineiros.

Art. 52. Em qualquer caso de incorporação de terreno será

indispensável a sua aprovação pela Prefeitura, mediante apresentação de projeto,

elaborado por profissional devidamente habilitado.

§ 1º A aprovação e licença pela Prefeitura serão necessárias, ainda

que se trate de pequena faixa ou parte de um lote para ser incorporado a outro lote;

§ 2º No caso a que se refere o § 1º deste artigo, a aprovação do

projeto só será permitida quando a parte restante do lote compreender uma porção

que possa constituir lote independente, com forma, área e dimensões segundo as

prescrições estabelecidas no art. 4º desta Lei;

§ 3º De todo e qualquer projeto de incorporação ou desmembramento

de lotes que ultrapasse a incorporação de duas unidades ou a subdivisão em mais

de duas unidades, deverão constar:

I. indicação de toda a testada da quadra, com os respectivos

imóveis;

II. indicação da situação atual e situação pretendida;

III. locação das edificações por ventura existentes nos lotes.

§ 4º A incorporação de faixas de terreno ou o desmembramento de

um lote em dois, deverá ser requerido mediante justificativa da modificação do

fato, acompanhado da documentação relacionada nos incisos I e II do art. 31 desta

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Lei e croqui explicativo contendo as dimensões atuais e as pretendidas, indicação

das vias para a localização do lote;

§ 5º A critério da Prefeitura, através do órgão designado para a

análise dos processos, poderá ser julgado e exigido um croqui técnico para as

situações de lotes que apresentem angulações ou topografias irregulares,

necessitando de demarcação por técnico habilitado e parecer declaratório de que

ficam a incorporação ou desmembramento em regularidade com o art. 4º desta

Lei.

§ 6º Para atender as recomendações desta Lei, o profissional deverá

obedecer as exigências contidas no § 3º do inciso V do art. 31.

Art. 53. Os projetos de implantação de condomínio residencial que

corresponde ao agrupamento de unidades uni-habitacionais ou de edifícios pluri-

habitacionais, obedecerão, no que couber às determinações desta Lei, no Plano

Diretor, Lei de Zoneamento e Código de Obras do Município.

Art. 54. As infrações das disposições da presente Lei darão ensejo à

cassação do Alvará, a embargo administrativo da obra e à aplicação das

disposições penais previstas na legislação federal específica.

Art. 55. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE MINEIROS-GO. Aos

15 dias do mês de setembro de 2003.

Laci Machado Rezende

Prefeita Municipal