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GABARITO / 6 TRU 003: Mecânica das Estruturas II T1000 e T2000 3a. Prova 17/11/2006
( ) (2 Pontos) 1a. Questão: Seja a treliça da figura, composta de barras de mesma rigidez axial EA , e sujeita à carga vertical Q posicionada no nó central inferior. Use o teorema de
Clapeyron e a energia de deformação para obter o deslocamento vertical do ponto de aplicação da carga.
Solução: a- Forças normais nas barras: aplicando Ritter, e sendo a força cortante na primeira metade do vão igual a 2/QV = e o momento no centro do vão igual a 2/QaM = , obtém-se:
QQV
N65
6024 −=×
−=−=,sinα
e QQa
QahM
N64
32
75021 ==×
==,
Por outro lado, o equilíbrio do nó central inferior obriga a ter-se QN =3 , pois as duas barras
horizontais não conseguem equilibrar a carga vertical. Ver a figura seguinte.
Com isto, pode-se calcular a energia de deformação acumulada na treliça (ver a Tabela):
EAaQ
EA
lNU jj
N
25
1
2
827
21
21
== ∑
Q a a
h=3a/4
α
4 3 5
1 2
Q/2 Q/2
Q
N2=N1 N1
N3=Q
Dados: mma 3104×=
NQ 310200×= 2310200 mmNE /×=
2750 mmA =
º,,arctan 8736750 ==α
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Tabela j Nº. de repetições:
r jN jl
jj lrN 2
21, 2 Q
64
a
aQaQ 22
7264
3632
=
3 1 Q a
43
aQaQ 22
7254
43
=
54, 2 Q
65
− a45
aQ2
72125
aQaQlrN jj
225
1
2
827
72243
==∑
O trabalho realizado pela carga Q é estocado na treliça em forma de energia de deformação, sem
perda por calor ou por energia cinética (vibração). Logo, aplicando Clapeyron determina-se o deslocamento vertical da carga atuante:
EAaQ
Q v
2
827
21
21
=δ , ou seja, mmEAQa
v 1875010200
10410200827
827
3
33
=××
×××==δ
( ) (3 Pontos) 2a. Questão: Considere o pilar auto-equilibrado da figura, sujeito a duas forças
verticais 1F , de mesma linha de ação e ambas com excentricidades iguais a 10l . No que segue,
use o Teorema de Castigliano e considere unicamente a energia de deformação por flexão da barra maior DE (as duas barras menores, AD e BE, têm ∞→EI ).
Solução:
F1
F1
B
A
C
l/2
l/2
l/10
l/10
E
D
x
Assim sendo, pede-se calcular:
a- Qual a diminuição ABδ da distância vertical original
dos pontos A e B? b- Qual o deslocamento horizontal do ponto C do pilar?
Dados: mml 3106×= , 212104055 NmmEI pilar ×= ,)( ,
NF 61000921 ,=
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a- Notando que foi aplicado na estrutura um par de forças, o teorema de Castigliano dá o deslocamento relativo entre ambas (se fosse pedido apenas, p. ex., o deslocamento vertical da força em A, teria quer ser aplicada nesse ponto apenas uma força fictícia, e não duas).
Sendo ∫= dxEIM
U2
21
e pelo teorema de Castigliano 1F
UAB ∂
∂=δ , tem-se:
∫∫∫∫ ∂∂
=∂∂
=∂∂
∂∂
=∂
∂=
llll
AB dxFM
MEI
dxFM
MEI
dxFM
MM
EIdx
FM
EI 0 1100 1
2
0 1
2 12
21
21
21
[δ
Como 1010 1
1 lFM
ectelF
xM =∂∂
== ,)( , resulta EIlF
dxlF
EIdx
FM
MEI
ll
AB 10010011 3
1
0
21
0 1
==∂∂
= ∫∫δ .
mmAB 40104055100
1010610009212
33
=××××
=,
)(,δ
Esta é a medida da aproximação entre si das duas forças. Cada qual se desloca verticalmente
mm20 .
Note-se que é em geral preferível derivar primeiro e integrar depois, e não o contrário!
F1
F1
B
A
C
l/2
l/2
l/10
l/10
E
D
x
M=F1l/10
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b- A determinação do deslocamento horizontal em C é feita através de uma força horizontal 2F
fictícia aplicada nesse ponto. Essa força terá de ser retirada da estrutura, pois não faz parte do sistema de forças aplicadas. O diagrama de momento fletor está dado na figura seguinte. Note-se que para a integral a ser feita, interessa neste diagrama apenas a função )(xM , a não ser que se
use a Tabela de Kurt-Beyer, quando interessarão os pontos de máximos.
O teorema de Castigliano agora se escreve:
022 →
∂∂
=F
hC FU
δ .
Como se mostrou no item anterior, a derivada da energia de deformação em relação à força 2F
resulta na integral do produto 2F
MM
∂∂
× . Observando que em M se deve anular a força 2F , e
que na derivada 22
xFM =
∂∂
não aparece 2F (e por isso nela não há força a anular), tem-se,
considerando a simetria do diagrama de momento fletor:
EIlFl
EIlF
dxxlF
EIdx
FM
MEIF
U l l
FhC 8022
110210
212
3121
2
0
2
0
1
2022
===∂∂
×=
∂∂
= ∫ ∫→
])([/ /
δ
Comparando com o resultado anterior, vê-se que este deslocamento é 25180100 ,/ = vezes
maior. Logo, mmhC 50=δ .
F1
F1
B
A
C
l/2
l/2
l/10
l/10
E
D
x
F2
F2/2
F2/2
M=F1l/10+F2l/4
M(x)=F1l/10+F2x/2
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( ) (2,5 Pontos) 3a. Questão: Seja a viga contínua da figura, uma vez hiperestática, sujeita a
momentos 0M aplicados nos apoios extremos.
a- Use o teorema de Menabrea para obter a reação X do apoio interno B. Considere apenas
a energia de deformação por flexão. b- Desenhar o diagrama de momento fletor.
Dados: mlkNmM 101000 == , .
Solução: Conforme o teorema de Menabrea (aplicável a estruturas hiperestáticas), a energia de deformação
),( XMUU 0= , função do carregamento, passa por um mínimo para a variável X , pois o
deslocamento vertical do apoio B é zero, ou seja:
0==∂∂
vBXU
δ
Dada a função )(xM , cf. se lê no desenho acima, obtém-se como na questão anterior, e já
observando a simetria:
dxXM
MEI
l
∫ ∂∂
=0
10 , ou
kNl
MX
dxxX
xdxMsejaoudxxx
XMlll
3010100
33
02
022
0
0
2
00
00
−=−=−=
=+=×+ ∫∫∫ ,,)(
O sinal negativo indica que a reação em C é dirigida para cima, ao contrário do pressuposto. Note que a rigidez EI não aparece na equação de X . b- O diagrama de momento fletor é poligonal, pois em cada vão a força cortante é constante. Em A
tem-se a reação kNX
152
−= . Logo, em B o momento fletor vale:
kNmlX
MlM 50101510020 −=×−=+=)( , tração na fibra superior.
l
M0 M0
l
X xx
A B C
X/2 X/2 M(x)=M0+Xx/2 para x�l
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( ) (2,5 Pontos) 4a. Questão: Na viga isostática e contínua da figura seguinte, aplica-se na
rótula E um par de momentos EM . Sendo constante a rigidez à flexão da viga, pede-se:
a- Determinar o deslocamento vertical vDδ no ponto D causado pelo par de momentos. Use o
PTV e a tabela de Kurt-Beyer. Nesta tabela 50,=α é a posição relativa do vértice do
triangulo. b- Retira-se agora o par de momentos e aplica-se em D uma força vertical Q . Nesta
condição, obter a rotação relativa Eϕ na rótula E, usando o teorema de Betti-Maxwell.
Dados: 47253 1014410106 mmImmNEmml ×==×= ,/,
NQNmmM E36 1064010320 ×=×= ,
Solução:
a- Para obter o deslocamento vertical em D, vDδ , produzido pelo par de momentos EM , aplicado
em E, considera-se a mesma viga sujeita a uma força virtual unitária em D. Tem-se, assim, dois sistemas, o real e o virtual, cujos respectivos momentos fletores estão dados na figura seguinte.
100
X xx
A
B
C
X/2 X/2 M(x)=M0+Xx/2 para x�l
-50
100
Q
A B E D
C
Eϕ
ME
A B D C
l/2 l/2 l/2 l/2
vDδ
E
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Aplicando o PTV, tem-se o trabalho virtual realizado pela força virtual unitária (do segundo sistema)
ao longo do deslocamento real vDδ (do primeiro sistema) dado por:
∫∫ ∫ =××+=×ll l
lvD dxMM
EIdx
EIM
dxMEIM
00
2 101 δ
Tabela KB: 84
250161 2lMl
MlEI EEvD =××+= )(),(δ , ou
mmEI
lM EvD 10
10144108
106103208 75
2362
=××××××
== )(δ
b- Nos dois sistemas de forças das figuras iniciais desta questão, um deles pode ser considerado virtual, e o outro real. A força Q do segundo sistema realiza um trabalho virtual ao longo do
deslocamento vDδ do primeiro, enquanto o par de momentos EM do primeiro sistema realiza um
trabalho virtual ao longo da rotação relativa Eϕ do segundo, e estes trabalhos são iguais entre si
(teorema de Betti-Maxwell). Logo:
EEvD MQ ϕδ = , donde mradradMQ
vDE
E 2010201010320
10640 36
3
=×=×××
== −δϕ
É mais fácil compreender o teorema de Betti-Maxwell através do PTV, como segue ( 1M é o
momento fletor do primeiro sistema, produzido pelo par EM , 2M é o momento fletor do segundo
sistema, produzido por Q ):
(a) O sistema 1 é real, enquanto o sistema 2 é virtual: iEEe dxMEIM
M τϕτ === ∫ 21 .
(b) O sistema 2 é real, enquanto o sistema 1 é virtual: ivDe dxMEIM
Q τδτ === ∫ 12 .
Como a estrutura é elástica linear, as duas integrais iτ que representam os trabalhos internos
são iguais. Portanto, EEvD MQ ϕδ = . Note-se que o PTV foi aplicado 2 vezes.
A B D C E
EMMEM2 1
1/2 1/2
l/2 l/2
Momentos reais M
Momentos virtuais M
l/4