fuzileiros navais

Upload: grupo-taescrito

Post on 07-Mar-2016

4 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

f

TRANSCRIPT

Fuzileiros Navais - PORTUGAL

Fuzileiros Navais - PORTUGAL

Fuzileiro naval com sua famosa boinaOs fuzileiros constituem uma das foras militares mais bem preparadas e eficazes das Foras Armadas Portuguesas com capacidade para intervir em qualquer parte do globo. Disponveis para qualquer misso, desde misses humanitrias no estrangeiro at interveno na defesa da costa portuguesa, representam a infantaria ligeira da Marinha de Guerra Portuguesa. Este artigo abordar a sua formao, misso, orgnica e equipamentos.Histria e MissesO Corpo de Fuzileiros portugueses possui quase quatro sculos de histria. Ao longo do tempo a evoluo da doutrina que envolve o emprego destas foras mudou e com ela verificaram-se importantes alteraes na estrutura dos fuzileiros, no seu treino e nas suas misses, tornando-se num corpo de infantaria de elite com capacidade para executar vrias misses.

Tiveram a sua origem no corpo de fuzileiros mais antigo do mundo, o espanhol "Tercio da Armada". Quando da sua criao, em 1621, representaram um aumento da capacidade de combate da marinha portuguesa, em especial no Brasil, onde era urgente a necessidade de desembarcar tropas para garantir a segurana dos colonos. As misses atribudas aos fuzileiros consistiam na defesa da costa e guarnio dos vasos de guerra portugueses.

Revelaram-se de extrema utilidade nos combates navais travados contra outras marinhas rivais at ao incio do sculo XVIII. Foi alis neste sculo que a estrutura orgnica dos fuzileiros recebeu uma importante alterao, passando a ser constituda por uma unidade de artilharia e duas de infantaria.

Quando das invases francesas a "Brigada Real de Marinha" - nome atribudo ao Corpo de Fuzileiros na altura - que acompanha a famlia real na sua viagem para o Brasil, e cuja presena iria originar o homlogo brasileiro, o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira.

O fato de Portugal possuir colnias tornava a existncia dos fuzileiros um imperativo, pois o carter das suas misses fazia destes a fora militar mais indicada para garantir a defesa das colnias africanas. O seu contributo para a explorao do territrio africano e afirmao da soberania portuguesa inegvel, tendo realizado entre os sculos XIX e XX vrias misses nos territrios ultramarinos.Durante a Guerra Colonial (1961 a 1974), houve a necessidade de infiltrar tropas de elite no territrio africano e praticar a guerra de guerrilha. Mais uma vez a polivalncia desta fora militar ficou provada ao serem das principais foras mobilizadas para os combates.

Com o 25 de Abril de 1974 e o fim da guerra em frica, d-se a sua reestruturao de modo a responder aos novos cenrios e misses. A descolonizao leva a uma redefinio da doutrina dos fuzileiros tendo em vista o cenrio da Guerra Fria entre a URSS e os EUA com os seus aliados.

Neste novo cenrio surge o Destacamento de Aes Especiais, similar a outras unidades estrangeiras, tendo como funo executar operaes de alto risco recorrendo a um pequeno nmero de homens, mas com grande capacidade de combate.

A sua criao, em 1985, d aos fuzileiros um novo papel em caso de conflito, passando a estar capacitados para realizar misses de grande importncia no cenrio estratgico atual, como operaes de resgate, incurses em territrio inimigo, reconhecimento, sabotagem, entre outras. A preparao e treino especializado destes homens constante e engloba vrias reas.

O Destacamento de Aes Especiais recebe instruo em mergulho, natao de combate, explosivos, vrios tipos de armas, rappel e fast-rope, escalada, pra-quedismo, heli-assalto, defesa pessoal, conduo de vrios veculos, prestao dos primeiros-socorros, tcnicas de evaso e outras tcnicas teis s misses especficas destes. Durante o processo de seleo, os voluntrios so avaliados fsica e psicologicamente em funo da capacidade necessria para fazer face s adversidades inerentes sua misso. O treino com unidades da Armada contribui tambm para aprofundar a experincia e preparao destes homens.

Assim, so regulares os exerccios conjuntos em que se recorre aos helicpteros Super Lynx da Armada e aos submarinos da classe "Albacora", que fornecem um meio de desembarque e embarque rpido e mvel til realizaes de operaes em territrio hostil.

Em 1993 de novo alterada a estrutura do Corpo de Fuzileiros. O Decreto de Lei n49/93, publicado a 23 de Fevereiro de 1993, fixa o Corpo de Fuzileiros com um efetivo mximo de 2000 homens e atribui-lhe como misses a projeo de foras militares em terra a partir do mar, vigilncia e defesa da costa portuguesa e das instalaes militares portuguesas e da NATO situadas no territrio nacional, cooperao em misses de interesse pblico, destacamentos a bordo de unidades navais da Armada de modo a garantir a segurana nestas e executar misses em terra se necessrio, cooperao tcnico-militar com os pases de expresso portuguesa ou membros da NATO.

Em 1995, foi definida a atual estrutura operacional, compreendendo uma orgnica de dois batalhes de infantaria, unidades de apoio e logstica, e respectivos rgos de comando.

O ano de 1998 constituiu para os fuzileiros um grande desafio s suas capacidades. Devido guerra civil na Guin-Bissau, Portugal necessitava de evacuar os cidados portugueses a residentes para salvaguardar a sua segurana. A mobilizao de foras militares foi significativa. Os trs ramos destacaram meios e tropas para executarem a operao de resgate e apoio s populaes civis. A grande responsabilidade foi sem dvida para a Marinha Portuguesa a quem coube fornecer os navios necessrios evacuao dos refugiados, pois por via area tal revelava-se impossvel.

Entre corvetas, fragatas, um navio reabastecedor e um navio porta-contentores civil, o "Ponta de Sagres", a frota inclua ainda fuzileiros que garantiram a segurana dos refugiados durante os desembarques e embarques nos navios portugueses, uma misso arriscada tendo em conta a vulnerabilidade face a ataques vindos da costa. Felizmente a operao correu bem e sem nenhum percalo.

Os fuzileiros foram ainda destacados para as misses de paz nos Balcs, com o envio de uma companhia.

Mas a mais importante misso de paz - ainda a decorrer - foi em Timor-Leste, onde apoiaram a populao timorense durante o processo de transio para independncia deste pas. A recepo das populaes locais foi calorosa e durante a presena contnua da misso da ONU em Timor, as tropas portuguesas tem cooperado na reconstruo das infra-estruturas (como escolas e hospitais), tendo tambm sido iniciada a cooperao tcnico-militar com as FALINTIL (o "embrio" das futuras foras armadas timorenses) na qual os fuzileiros tm dado um enorme contributo e mostrado grande dedicao.

Toda a operao militar foi preparada antecipadamente, e inclusive colocada a hiptese, numa primeira fase (muito antes do envio da misso da ONU), de enviar dois navios de guerra, uma corveta e uma fragata, e cem fuzileiros. A prontido de apenas 48 horas desta tropa de elite ditou a sua escolha para um eventual envio na altura. Contudo, tal no veio a realizar-se. O treino das tropas destinadas misso de Timor foi longo. Durante alguns meses realizaram-se vrios exerccios e treinos englobando operaes simuladas de desembarque nas praias timorenses e de progresso em terreno hostil.

A primeira unidade militar portuguesa a chegar a Timor foi um contingente de fuzileiros destinado ao apoio operao de presena naval, transportado pela fragata "Vasco da Gama" da Armada. Aps o seu regresso a Portugal, foi rendida pela fragata "Hermenegildo Capelo" (da classe "Joo Belo").

Mais recentemente os fuzileiro demonstraram a sua vertente no apoio s populaes civis durante as cheias em Moambique. O seu apoio foi de grande importncia para o salvamento das populaes afetadas pela catstrofe natural.

As misses de paz revelam ser sempre uma experincia gratificante para os militares envolvidos e enriquecedora do ponto de vista humano, alm da vertente operacional, pois fornecem Armada uma experincia e conhecimentos importantes para o melhoramento do treino dos militares e uma melhor adaptao face aos desafios estratgicos do novo sculo.

Em 2000 realizaram-se em Portugal vrios exerccios com foras internacionais, dos quais se destaca o famoso Linked Seas. Aproveitando este exerccio os fuzileiros utilizaram navios de desembarque da Frana e Espanha. A experincia transmitidas pelos homlogos destes pases e a presena das tropas portuguesas nestes navios permitiu o contacto com novos procedimentos de desembarque e de conduo de operaes anfbias.

Em 2001 decorreu em Portugal um exerccio combinado entre foras militares portuguesas e norte-americanas cujo objetivo era simular um ataque a um centro de comunicaes pertencente a uma rede de trfico de droga. Conjuntamente com foras militares norte-americanas o Destacamento de Aes Especiais realizou uma misso de assalto envolvendo helicpteros SA-330 Puma da Fora Area, em cooperao com outro meios navais. Um importante ponto deste exerccio foi a execuo pela primeira vez de um salto de pra-quedas para gua pelo Destacamento de Aes Especiais.

Aos exerccios constantes dos fuzileiros, juntam-se a experincia adquirida ao longo da histria deste corpo, contribuindo com um conjunto de conhecimentos vitais para a realizao com sucesso de operaes de combate e de apoio s populaes dentro e fora do territrio portugus.

Estrutura Operacional do Corpo de FuzileirosAtualmente o dispositivo operacional do Corpo de Fuzileiros ronda os 1500 homens, distribudos por 2 batalhes de infantaria e vrias unidades de apoio e logstica. Os fuzileiros esto colocados na Base Naval de Alfeite, onde esto aquarteladas as principais unidades do corpo e vrios vasos de guerra da marinha portuguesa.

A coordenao destas unidades cabe ao Comando do Corpo de Fuzileiros, cuja misso garante a prontido e operacionalidade destas unidades. A , criada em 1961, assegura a formao militar e tcnica dos fuzileiros, recebendo anualmente 2 cursos de voluntrios, cada um incorporando 200 homens cada.Durante o curso, os voluntrios recebem formao tcnica em relao aos equipamentos e so sujeitas a provas fsicas de elevado grau de exigncia. Nestas provas o companheirismo demonstrado pelos cadetes, que para ultrapassar as provas recorrem ao trabalho de equipa. A estrutura operacional dos fuzileiros, juntamente com uma descrio das misses de cada unidade, est representada no seguinte quadroBatalho de Fuzileiros n1Este batalho constitudo por 2 companhias, constitui uma unidade de reforo do Corpo de Fuzileiros. Em tempo de paz garante o treino de tropas, inclusive a preparao para uma participao em misses de paz. Constitui uma unidade operacional de reserva em caso de conflito.

Batalho de Fuzileiros n2Esta unidade constituda por 3 companhias, com uma prontido de 48 horas, constitui uma fora com capacidade para combate de infantaria ligeiro e misses de desembarque. Esta unidade, semelhana de todas as restantes, caracteriza-se pela sua grande mobilidade.

Companhia de Apoio de FogosFornece o apoio de fogo a operaes de desembarque e progresso no terreno, na sua orgnica constam meios de luta anti-tanque, como o caso dos msseis Milan (com 5 lanadores), e ainda morteiros (que inclui 36 morteiros pesados). Tem ainda como misso o reconhecimento e vigilncia do campo de batalha.

Companhia de Apoio de Transporte TcticosEsta unidade garante a mobilidade caracterstica do Corpo de Fuzileiros recorrendo a veculos mdios e ligeiros at 10 toneladas. Atua em conjunto com outras unidades, servindo de unidade de apoio a operaes do Batalho Ligeiro de Desembarque.

Unidade de Meios de DesembarqueCabe a esta fornecer a capacidade de desembarque anfbio dos fuzileiros recorrendo aos meios orgnicos da unidade, que incluem lanchas de desembarque mdias, botes e veculos anfbios Larc-5 (5 veculos) de transporte e apoio logstico. Garante ainda a instruo de contingentes militares e o apoio a misses militares ou atividades civis e de interesse pblico.

Unidade de Polcia NavalTem como misso garantir a proteo e policiamento das instalaes da Marinha e da NATO e de vasos de guerra e da NATO.

Destacamento de Aces Especiais (D.A.E.)Criado em 1985, este destacamento constitudo aproximadamente por 20 homens, e constitui a unidade de elite da Marinha, permitindo a execuo de misses de alto risco e intervenes especiais fora e dentro da costa portuguesa. uma unidade de alta preparao e com equipamento relativamente moderno, destacando-se os sub-fuzis MP-5 e espingardas automticas M-16. Tem como principais misses a realizao de incurses anfbias em terreno hostil, reconhecimento, aes de sabotagem, recuperao de refns e prestao de cuidados humanitrios urgentes em locais de difcil acesso, ou elevado risco. Pode actuar a partir dos helicpteros e submarinos portugueses ou de outras unidades de superfcie e em ambientes NBQ.

Armamento e meiosAlm do intensivo treino e preparao que os fuzileiros portugueses recebem, outro elemento essencial para a eficcia operacional do Corpo de Fuzileiros o seu armamento e equipamento. Apesar da sua maior parte no ser moderno e em alguns casos ser at obsoleto, os fuzileiros tiram dele um enorme rendimento, como provam os exerccios conjuntos entre estas foras e as de outros pases. Espera-se, contudo, que tal situao mude, pois a LPM (Lei de Programao Militar) prev o reequipamento do Batalho Ligeiro de Desembarque e do Destacamento de Aes Especiais.

Na sua maioria, o equipamento provm da indstria blica estrangeira, embora englobe tambm armamento e equipamentos produzidos pela indstria blica portuguesa.Como principal armamento dos fuzileiros surge a arma individual, a espingarda automtica G-3 de fabrico nacional sob-licena, tambm em uso nos restantes ramos. O seu calibre, 7,62mm, mais apropriado para combates na selva, o que perfeitamente compreensvel, pois a sua aquisio foi feita tendo em conta os combates da Guerra Colonial travados nos territrios das ex-colnias. No entanto, no atual contexto estratgico este calibre tornou-se obsoleto tendo sido adotado um novo, o 5,56mm, que se tornou o calibre padro das armas individuais dos pases membros da NATO. Devido s facilidades logsticas de usar o mesmo calibre e as qualidades operacionais deste est prevista a aquisio de novas armas individuais. Como arma individual, igualmente usada a pistola austraca Glock 17 de 9mm e o MP5SD6, que completam as Walther MPK usadas at agora.

Fuzileiros portugueses em marchaSe bem que em menor nmero, existe ainda disponvel a M-16 A2 de 5,56mm, nas verses com lana-granadas de 40mm e culatra retrtil. Para apoio de fogo so utilizadas as metralhadoras mdias MG-42 de 7,62mm que garantem um poder de fogo preciso e mvel para as unidades de infantaria.

Os fuzileiros dispem ainda de outros meios que garantem um grande poder de fogo s foras desembarcadas. Ao servio da Companhia de Apoio de Fogos esto os morteiros mdios de 81mm e pesados de 120mm que garantem um alcance de at 5 km, enquanto que o canho sem recuo Carl Gustaf de 84mm oferece alguma capacidade anti-tanqe. Contam ainda com os msseis filoguiados Milan, para luta anti-tanque dedicada, de fcil emprego e transporte.

O uniforme tambm uma parte importante do equipamento dos fuzileiros. O atual de boa qualidade e na sua maioria de origem portuguesa. Recentemente foi adquirido um novo capacete com maior proteo.

O Corpo de Fuzileiros possui veculos de transporte tticos, como viaturas ligeiras todo-o-terreno e caminhes Mercedes e Berliet e a Polcia Naval usa ainda motocicletas para efeitos de vigilncia. Para transporte anfbio pode recorrer-se aos veculos Larc-5, embora no possuam grande capacidade de desembarque. Conseguem transportar at 20 pessoas ou 4,5 toneladas de carga, com uma velocidade mxima de 48 km/h em terra e 14 km/h no mar.

Para desembarque de veculos pesados e de grande nmero de fuzileiros, a marinha conta com 3 LDG (Lanchas de Desembarque Grandes) Classe "Bombarda" de construo nacional, com uma autonomia de 2.600 milhas e capacidade para 120 homens ou 350 toneladas de carga. Para misses menores existem as LDM 100 e 400, com 50 e 48 toneladas respectivamente.

Fuzileiros portugueses se deslocam rapidamente em um bote inflvelArmamento levePistola Glock 17 a 9 mmPistola - Metralhadora Walther MPK de 9 mmCarabina M16A2 de 5.56 mm com lana-granadas M203 de 40 mmFuzil Automtico G36 de 5.56 mmFuzil Automtico G3 de 7.62 mmFuzil de preciso MSG90 de 7.62 mmMetralhadora ligeira MG43 de 5.56 mmMetralhadora ligeira MG3 de 7.62 mmMetralhadora MP5 de 9 mmArmas anticarroCanho sem recuo Carl Gustaf de 84 mmMssil Anti-Carro MilanMetralhadora Pesada Browning 12.7 mmMorteirosMorteiro Mdio de 81 mmMorteiro Pesado de 120 mmMeios de desembarqueBote Tipo IIILancha de Desembarque Pequena (LDP)Lancha de Desembarque Mdia (LDM)Lancha de Desembarque Grande (LDG) Lancha Anfbia LARC-5Lancha RpidaFuturo do Corpo de Fuzileiros

Segundo a marinha, os fuzileiros continuaro a ser uma tropa de elite de emprego ligeiro, semelhana dos Royal Marines. As novas aquisies iro certamente influenciar a sua filosofia de ao.

Um grande passo ser a incorporao de um navio de transporte de tropas e de desembarque do tipo LPD (Landing Plantaform Dock) - que a Armada ainda no possui - pois permitir realizar operaes de desembarque em larga escala com o uso de helicpteros e meios de desembarque, inclusive de veculos anfbios e carros de combate. At ao momento, os fuzileiros recorrem a unidades de combate da armada para transporte de tropas e material. O navio reabastecedor "Brrio" e as fragatas "Vasco da Gama", ainda que no apropriados para a misso, tm-se destacado em misses de assalto com o uso das suas pistas para helicpteros, que permitem o emprego dos helicpteros mdios Super Lynx. Este navio tem a capacidade mxima de transporte de 400 a 600 homens com o seu respectivo armamento e equipamento, podendo intervir em operaes humanitrias, na recolha de refugiados, no transporte de ajuda humanitria, bem como em misses de manuteno de paz. Graas sua pista e hangar podero transportar at 6 helicpteros do porte do NH-90 e com a sua doca seca podero transportar lanchas de desembarque e blindados anfbios. O navio pode ainda executar as misses de navio hospital e de comando de foras.

Caso a compra de trs novos submarinos se realize, a capacidade de execuo de operaes especiais pelo Destacamento de Aes Especiais ser substancialmente reforada, pois os novos submarinos tero capacidade para desembarcar um grupo de homens sem ter de emergir.

Na orgnica esperam-se algumas mudanas. H inteno de criar uma unidade para engenharia de praia e outra para defesa area. Estas unidades so essenciais, para preparar o desembarque de viaturas e material mais pesados numa praia. Uma opo que garante mobilidade e no acarreta os elevados custos caractersticos dos modernos sistemas de defesa areo, o mssil Mistral.

Na capacidade de combate, o armamento e veculos so tidos como prioridade para preencher as lacunas atuais. Um exemplo disso so os atuais morteiros de 120mm Tampella, cujo alcance limitado.

Atualmente o mercado possui opes dentro do calibre de 120mm cujo alcance varia entre os 10 e 13km, sendo possvel o seu reboque por um jipe. Uma arma individual uma aquisio que s poder ser feita em funo da escolha dos outros ramos das foras armadas, embora fique j claro que no se abandonar por completo o calibre 7,62mm (pensa-se usar as MG-3 como complemento nova arma).Por fim, h a inteno de equipar o Corpo de Fuzileiros com meios blindados, num total de at 30 viaturas blindadas. Estes blindados com vrias verses num s modelo sero atribudos ao Batalho Ligeiro de Desembarque e tero como misso o transporte de fuzileiros, desembarques anfbios, escolta, reconhecimento, comando e comunicaes, entre outras. Neste campo o mercado oferece vrias opes. Porm as facilidades logsticas oferecidas pelos blindados de rodas tornam a escolha deste tipo mais aconselhvel. A famlia MOWAG Piranha (tambm usada pelos US Marines na verso LAV-25) a mais adequada para equipar os fuzileiros. Dado que so viaturas destinadas a desembarques anfbios ser aconselhvel uma verso 6x6 ou 8x8 com capacidade anfbia. A exposio meditica que as misses de paz normalmente facultam deram j os seus frutos. O Corpo de Fuzileiros recebeu em 2001 mais de 1200 voluntrios para se alistarem superando assim o problema de falta de homens que se tem verificado nos ltimos anos.

Para concluir, convm recordar que o que distingue os fuzileiros de outras tropas existentes no ramo terrestre o seu elevado grau de preparao e de resistncia necessrias sua sobrevivncia numa situao de combate real. A experincia e a longa histria desta fora militar insubstituvel e faz dos fuzileiros uma arma de valor reconhecido.