futebol portugal magazine #4

36
À CONQUISTA DE PARIS #4 www.futebolportugal.clix.pt CHAMPIONS LEAGUE - LA BUNDESLIGA - DERBYS EUROPEUS - SCOUT 30/09/13

Upload: futebol-portugal

Post on 08-Apr-2016

228 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Análise ao fim-de-semana futebolistico, antevisão da semana de Liga dos Campeões e muito mais

TRANSCRIPT

Page 1: Futebol Portugal Magazine #4

À CONQUISTADE PARIS

#4www.futebolportugal.clix.pt

CHAMPIONS LEAGUE - LA BUNDESLIGA - DERBYS EUROPEUS - SCOUT

30/09/13

Page 2: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

VISÃO SOCIAL

TWEETS DA SEMANA

@diego11capel

@cristiano

@rcatalao

@porfss

Quero deixar uma mensagem de apoio ao Van der Gaag e deselhar-lhe rápidas melhoras e força neste momento mais dificil! Animo campeão

Que dia único para Portugal! Os nossos atletas João Sousa no ténis e Rui Costa no ciclismo fiz-eram história hoje.

Se amanhã algum dos desportivos fizer manchete com Benfica, FC Porto ou Sporting perco a esper-ança no jornalismo português.

Grande Carlos!! O #Moreirense so sofreu 4 golos e se ganhar hoje junta-se ao Porto B em 1º.

Page 3: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

POSTS DA SEMANA

Licá

Diego Lopez

“Nos Dragões de Ouro”

WIN LOSE OR TIE MADRIDISTA TILL I DIE !VENCENDO, PERDENDO OU EMPATANDO, MADRI-DISTA ATÉ Á MORTE

Page 4: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Há semanas assim. Onde uns não merecem ganhar, empatam – tudo certo; onde outros não conseguem

marcar, lá aparece forma de ganhar. O Benfica cai, como é bom de ver, no primeiro caso. Apático, sem chama, sem ideias, deixou ficar dois pontos diante de um Belenenses que estava perfeitamente ao seu alcance mas que, à semelhança de tantos outros que têm passado pela Luz, conseguiu bater o pé a uma formação em tudo superior. Melhor dizendo: em tudo, menos na arte de marcar golos.

A noite até parecia bem encaminhada. Nos primeiros minutos, dois cantos a nosso favor deixavam antever que o serão não traria nada de bom ao onze do Restelo, que até já se apresentava sem o seu principal dínamo, um tal de Miguel Rosa, ainda a contas com uma lesão. Incitado pelo público e pelo pouco temor que os azuis de Belém lhe incutiam, o Benfica lançou-se no ataque sem grandes preocupações defensivas, mas aquele filme começava a ganhar contornos de déjà-vu.

O nosso domínio era pouco convincente e, aos poucos, percebia-se que o Belenenses

COMPLICAR É SIMPLES EHABITUAL

VISÃO VERMELHA

EDUARDO PEREIRAFOTO: DPI.PT

Page 5: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

ia tendo cada vez menos pudores em aproximar-se da baliza de Artur, procurando o tal golo que, habitualmente, lança o caos entre as nossas hostes e atira a equipa para um abismo de nervos. Ainda assim, marcámos primeiro e alimentámos a ilusão de que Cardozo começaria, ali mesmo, a marcar golos em catadupa, como vem fazendo desde que vestiu o manto sagrado pela primeira vez. Foi sol de pouca dura. Os visitantes alcançaram o empate num lance irregular – bastaria ver que a bola foi cabeceada na direcção de Fredy, em claro fora-de-jogo e só o facto de este se ter desviado permitiu que ela seguisse na direcção da baliza. Artur talvez pudesse ter feito mais – talvez… – mas a má decisão do árbitro estava, uma vez mais, tomada.

A importância de arrumar a equipa

A partir daqui, veio ao de cima o pior que temos visto no Benfica desde Maio. Jogadores acomodados, criatividade nula, velocidade a tender para zero e um treinador incapaz de perceber onde é que a equipa está a falhar. Alguns exemplos: Matic foi, na última temporada, um soberbo número 6, incansável na recuperação de bola e no lançamento do ataque. Este ano, colocado na posição de 8 – que, segundo consta, seria o seu lugar natural – tem passado ao lado daquilo que lhe vimos na última temporada e, não jogando mal, acaba por não ter exibições ao nível das melhores que já fez de águia ao peito. Fejsa é um jogador importante, sim, mas parece-me que, ao adiantar Matic em demasia, acabamos por alinhar com dois jogadores “médio-bons” que, juntos, não dão um Matic de 2012/13.

Markovic caminha a passos largos para ser um caso semelhante. O jovem sérvio, no corredor central, rubricou lances que rapidamente lhe valeram comparações – justas – com João Vieira Pinto. O golo em Avalade, de tão bom, é assustadoramente parecido com um lance em que o “menino de ouro” deixou meia-dúzia de alemães pelo caminho antes de ver o seu golo de génio ser travado por um Köpke que não merecia tamanha honra. Encostado à esquerda, porém, Markovic não desequilibra, não faz a diferença, não passa de mais um que tenta lançar bolas para a área, na esperança que um dos pontas-de-lança a empurrem para a baliza. Tal atrocidade só pode ser justificada, uma vez mais, pela incorrigível teimosia de Jorge Jesus em adaptar jogadores a novas posições.Por comparação com a temporada passada, temos também o exemplo de um Enzo Pérez, que ainda não revelou o mesmo grau de importância, e Maxi Pereira, que até se mantém ao mesmo nível. Isto seria bom se o nível de Maxi, no ano passado, tivesse sido positivo. Esta época, André Almeida já demonstrou ter uma entrega e uma frescura – mental e física – que o uruguaio tem vindo a perder mas, mesmo assim, a boa exibição diante do Anderlecht não lhe valeu a titularidade. Isto aplica-se também a Siqueira, que cedeu o lugar a um Cortez esforçado, é certo, mas sem a acutilância que o ex-Granada vinha dando àquele corredor nos últimos encontros.

O mal está no clube, não na equipa

Com seis jornadas já disputadas – três vitórias, dois empates, uma derrota – estamos já a cinco pontos do FC Porto e três do Sporting e o pior de tudo é que isto ameaça não ficar por aqui. O Benfica parece, por estes dias, um comboio de carga sem travões a descer uma montanha, sem que Vieira ou Jesus consigam demonstrar capacidade para assumir os comandos. Na mesma semana em que o presidente veio apontar baterias à final da Liga dos Campeões, a equipa demonstrou, inequivocamente, que Vieira não sabe do que fala ou que, se sabe, não se preocupa em demonstrá-lo aos sócios e adeptos.

Mais preocupante ainda, circula já no YouTube um vídeo que testemunha que, na última Assembleia Geral, uma campainha foi usada para interromper as intervenções de sócios com linhas de pensamento diferentes da da direcção, sob o pretexto de não se enquadrarem no Relatório e Contas. Este tipo de comportamento, como é fácil de entender, prefigura um grosseiro atropelo aos estatutos e à história de um clube que sempre fez ponto de honra em afirmar-se democrático e que, felizmente, será sempre maior do que aqueles que o representam. Vieira, ao permitir atitudes como a ausência de cumprimento ao Presidente da República em dia de final da Taça de Portugal, passa claramente a mensagem de que não compreende este tipo de questões. Jesus, ao confrontar fisicamente agentes da autoridade, assina por baixo. Como exigir, depois, a Luisão ou Cardozo que não procurem resolver conflitos com base no confronto físico?

Numa época que, para mim, começou a ser mal planeada ainda antes do final da anterior, com um plantel desequilibrado, com uma falta de militância gritante nas bancadas, com uma direcção agarrada ao poder e com adversários que vão beneficiando de erros inexplicáveis de arbitragem para somar pontos em dias difíceis, olhar para o futuro do Benfica é um exercício preocupante. Mas pode ser que o tempo me venha mostrar que estou errado e, nesse caso, terei todo o gosto em lavar a boca com sabão.

Page 6: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Expectativa e ansiedade são dois sentimentos comuns a qualquer dia em que o nosso grande amor

sobe ao relvado, contudo nesta semana estes dois ganhavam contornos muito particulares. O Sporting vinha de um empate em casa com o Rio Ave, ao que se juntou uma aparente apatia da equipa nesse encontro e que mereceu um puxão de orelhas por parte de Bruno de Carvalho. O presidente pediu uma resposta dos seus jogadores no jogo com o Sporting de Braga, uma equipa sempre muito difícil de bater em casa mas que nos últimos tempos era presa frequente do leão. Assim podemos dizer que eu era um homem dividido: por um lado ansiava pela tal reacção da equipa e o regresso às vitórias, mas por outro havia aquela preocupação relativamente a um adversário que, grande ou não, é uma equipa de qualidade e que causa sempre muitos transtornos a quem a visita.

“Mas será que têm mesmo 10 jogadores?!”, pensava eu enquanto via todas as iniciativas do ataque leonino esbarrarem, ou em Eduardo, ou num desmancha-prazeres qualquer, vestido

REGRESSOÀS VITÓRIAS EM BRAGA

VISÃO VERDE

FRANCISCO FERREIRA GOMESFOTO: DPI.PT

Page 7: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

de vermelho.”

Leonardo Jardim fez subir ao relvado do Estádio AXA uma equipa com algumas novidades, e se o regresso de Rojo dificilmente poderia ser visto como uma surpresa, o mesmo não se pode dizer da entrada para o onze inicial de Diogo Salomão. Segundo o treinador leonino, a entrada de Salomão para o onze tinha em vista uma maior capacidade de posse e controlo da bola, algo que, vistas bem as coisas, acabou por não acontecer. A falta de entrosamento do jovem extremo era natural, assim como a vontade de Salomão em aproveitar a oportunidade para mostrar serviço, uma atitude que, aparentemente, parece faltar a certos e determinados extremos peruanos com o número 18 nas costas… não sei se sabem de quem estou a falar. Individualidades à parte, a verdade é que dificilmente poderíamos ter começado melhor o jogo; cinco minutos volvidos e um canto batido por Jefferson encontrava a cabeça de Montero que não se fez rogado e inaugurou o marcador. À natural euforia e descarga de adrenalina derivadas do golo marcado juntou-se na minha cabeça uma pergunta: “E agora? Vamos repetir o jogo do Rio Ave ou a equipa vai se manter unida e concentrada?”. Digamos, em abono da verdade, que os minutos seguintes ao golo de Montero não foram propriamente agradáveis; não digo com isto que fomos sufocados ou empurrados para a nossa zona defensiva (nem nada que se pareça), mas o facto é que o Braga criou algumas situações de aperto que punham a nu algumas debilidades defensivas da nossa equipa; a assídua exploração dos flancos através de combinações entre extremo e lateral por parte dos homens de Jesualdo Ferreira disparavam o meu sistema nervoso e antecipavam momentos difíceis para os leões.

“A juntar a isto esteve a falta de inspiração (sejamos simpáticos) de Carrillo; o peruano teve muita bola mas nem sempre tomou a melhor decisão. Fez-me lembrar aqueles alunos que estão sempre a levantar o braço, acabando por dar sempre a resposta errada.”

O Sporting não conseguia ter bola, e a pressão alta que tentava fazer deixava muito espaço à frente da defesa, convidando os arsenalistas a explorar essa situação. E foi numa desses casos que o Braga acabou por empatar; Alan, com espaço e tempo para abrir uma PME, rematou em arco e fez o 1-1. Vejo o golo e a primeira repetição: “Então Patrício?! Isso nem parece teu!”, mas ao ver o lance de frente para a baliza consegui reparar na forma como a bola foi batida, como que escondendo-se atrás de Rojo para aparecer de repente do desamparado guardião. O Braga empatava com justiça mas a imediata expulsão de Aderlan Santos veio deitar por terra a estrutura da sua equipa.

A partir daí começou um jogo totalmente diferente. Vendo-se em superioridade numérica e com uma hora para jogar, o Sporting assumiu o controlo do jogo; nota para

a forma como Leonardo Jardim abordou esta situação. Ao contrário do que se poderia esperar, o técnico madeirense manteve a estrutura e o equilíbrio da equipa como se esta estivesse a jogar contra onze, algo que, para além de prevenir eventuais surpresas do adversário, transmitia alguma calma à equipa, impedindo-a de partir desenfreadamente para o ataque.

“O segundo golo e a minha consequente explosão de alegria contagiou o meu sobrinho que, com apenas dois anos, sorria enquanto via o tio aos saltos pela casa. Foi a primeira pessoa para quem olhei depois do golo…não esquecerei essa imagem tão cedo.”

Mas isto não quer dizer que Jardim não quisesse ganhar. Ao intervalo o treinador fez entrar Wilson Eduardo e o fluxo ofensivo do Sporting ganhou outro fulgor. Contudo, as jogadas eram quase sempre as mesmas: bolas para os flancos, flexão para o meio e tentativa de remate. “Mas será que têm mesmo 10 jogadores?!”, pensava eu enquanto via todas as iniciativas do ataque leonino esbarrarem, ou em Eduardo, ou num desmancha-prazeres qualquer, vestido de vermelho. A juntar a isto esteve a falta de inspiração (sejamos simpáticos) de Carrillo; o peruano teve muita bola mas nem sempre tomou a melhor decisão. Fez-me lembrar aqueles alunos que estão sempre a levantar o braço, acabando por dar sempre a resposta errada.

O tempo passava e parecia não haver remédio, até que chegou o minuto 86 e uma mudança de ditado. Cédric encheu-se de fé, rematou de longe e fez o 1-2, provando que o melhor ataque…era a defesa. O segundo golo e a minha consequente explosão de alegria contagiou o meu sobrinho que, com apenas dois anos, sorria enquanto via o tio aos saltos pela casa. Foi a primeira pessoa para quem olhei depois do golo…não esquecerei essa imagem tão cedo.

Page 8: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Numa noite de Inverno na cidade invicta, os milhares de adeptos da equipa da casa abandonaram o recinto sem

o coração mais quente: continua a faltar chama ao dragão. O FC Porto venceu o Vitória de Guimarães com um golo de Josué, na conversão de uma grande penalidade.

Foi a equipa da casa que apresentou mais alterações no onze inicial. Do jogo com o Estoril, Defour e Varela ficaram no banco, com Quintero e Josué a assumirem a titularidade. E para além das substituições, uma mudança táctica. Lucho passava a jogar mais atrasado no terreno, formando a dupla central do meio-campo com Fernando e Quintero assumia uma posição mais avançada, atrás de Jackson Martinez. O Vitória trouxe o mesmo sistema de jogo usado contra o Benfica, com uma alteração na defesa. A entrada de Moreno para a saída de Abdoulaye.30 minutos à moda da casa

Depois de algumas críticas quanto à forma da equipa, Paulo Fonseca apostou numa entrada forte da sua equipa que assumiu o controlo do jogo após o apito inicial. A equipa da casa exerceu uma forte pressão face a uma equipa vitoriana que tinha dificuldades em trocar a

PRENDA DE ANOS QUE SOUBE A POUCO

VISÃO AZUL

JOÃO MIRANDAFOTO: DPI.PT

Page 9: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

bola, optando sistematicamente pelo jogo directo, à procura da sua referência atacante, Maazou.

Logo nos primeiros minutos, Jackson Martinez enviou uma bola ao poste da baliza de Douglas, depois de um bom cruzamento de Mangala. E depois do poste, Douglas. O guarda-redes brasileiro rubricou uma boa exibição perante o campeão nacional. Jackson, Otamendi e Lucho tiveram oportunidades para inaugurar o marcador mas Douglas esteve sempre no sítio certo para evitar o golo da equipa da casa. Ainda dentro dos primeiros quinze minutos, o Vitória incomodou Hélton pela primeira e única vez na primeira parte da partida. Leonel Olímpio rematou de longe mas o guarda-redes brasileiro defendeu sem dificuldades.

Licá também apareceu para tentar o golo mas o seu remate passou ao lado da baliza de Douglas. O recém-internacional português rubricou a sua exibição menos conseguida desde que enverga a camisola do FC Porto. Depois de uns bons trinta minutos, a equipa da casa foi perdendo o ritmo, passando a controlar apenas o jogo. O Vitória conseguia respirar melhor mas não conseguia criar perigo. E chegava ao fim uma primeira parte interessante e que viria a ser bem melhor do que o segundo tempo.

Segunda parte e grande penalidade

As duas equipas subiram ao relvado sem qualquer alteração no onze. Paulo Fonseca e Rui Vitória lançavam os primeiros jogadores para aquecimento quando o momento do jogo aconteceu. Aos 51 minutos, Quintero num bom lance individual, entra na grande área vitoriana e cai, depois de um contacto com o defesa Luís Rocha. Pedro Proença nada assinalou, mas o seu árbitro auxiliar assinalou falta e o chefe da equipa de arbitragem indicou a marca de grande penalidade. Contudo, as imagens televisivas ajudam a perceber que é Quintero que procura o contacto com o defesa vitoriano. Chamado para a conversão da grande penalidade, Josué não perdoa e marca o primeiro e único golo da partida. Já com Varela em campo, que substituiu o desinspirado Licá, o FC Porto passava a controlar a posse de bola, evitando a tentativa do Vitória em chegar ao empate.

Entra Defour, começam os assobios

Apesar de uma exibição bem menos conseguida na segunda parte, o FC Porto continuava a ter o apoio das bancadas para chegar ao segundo golo e a um maior descanso na partida. Porém, o ambiente mudou aos 68 minutos, quando Paulo Fonseca decidiu tirar Quintero do campo, fazendo entrar Defour na partida. A substituição foi marcada por assobios, já que o público do Dragão entendeu a substituição como uma tentativa de segurar o resultado, quando os adeptos queriam o avolumar do marcador. A partira da substituição, a equipa azul e branca recebeu alguns assobios em determinados períodos do jogo e no fim da partida.Até ao fim da partida, o FC Porto apenas criou perigo em duas ocasiões. Um remate de Josué para uma boa defesa de Douglas e um lance em que Jackson Martinez deixa

a bola escapar, quando já estava na cara do guarda-redes brasileiro. Nestes momentos da partida, o Vitória conseguia chegar bem mais perto da baliza de Hélton do que tinha conseguido na primeira parte. Os lances de bola parada sucediam-se mas o lance de maior perigo foi um remate para fora de Maazou. Nota de destaque para a estreia de Tiago Rodrigues no Estádio do Dragão, mas frente ao FC Porto. Carlos Eduardo foi a outra estreia. Entrou para o lugar de Fernando no último terço da segunda parte, vestindo pela primeira vez a camisola dos campeões nacionais em jogos oficiais.

O FC Porto é líder isolado da Liga Zon Sagres com 16 pontos e o Vitória mantém os 7 pontos que tinha antes do início da partida. Na próxima jornada, o FC Porto desloca-se a Aveiro, para defrontar o recém-promovido Arouca. O Vitória recebe o Marítimo.

Page 10: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Ao 43º jogo do campeonato, eis que surge o 1º que não teve qualquer golo, uma das melhores marcas das

últimas temporadas onde o 1º nulo surgiu bem mais cedo. Este foi apenas o 2º jogo em que a Académica de Coimbra não perdeu esta temporada, depois de ter vencido o Belenenses na quarta jornada, pontuando pela segunda vez consecutiva perante o seu público. Já o Arouca comprova a sua subida de produção, neste que foi o regresso de Pedro Emanuel a Coimbra (onde venceu uma Taça de Portugal), pontuando em 3 dos últimos 4 jogos onde sofreu apenas 1 golo, o da derrota em casa perante o Sporting de Braga.

CURTASDÉBORA ESPÍRITO SANTO

AROUCA E ACADÉMICA NO PRIMEIRO NULO DA TEMPORADAO Estoril Praia deslocou-se ao Algarve

e, frente ao Olhanense, cifrou o triunfo que lhe confere o 4º lugar

na Primeira Liga. O resultado começou a desenhar-se logo aos 3 minutos por Pedro Galvão, assistido por Evandro, numa jogada rápida. Aos 22, a equipa algarvia empatou a partida. O italiano Dionisi aproveitou alguma confusão na defesa da equipa adversária, marcando para o Olhanense. O golo da vitória do Estoril aconteceu no segundo tempo, mais propriamente aos 63 minutos, por Rúben Fernandes. O jogador encontrava-se isolado e não teve dificuldade em colocar o seu coletivo em vantagem, na sequencia de um canto que finalizou de cabeça. A equipa de Marco Silva beneficiou de mais oportunidades de concretização, mas Ricardo, guarda redes do Olhanense, impediu que o Estoril conseguisse ampliar a vantagem.

ESTORIL VENCE E MAN-TÉM-SE NA “EUROPA“

Muitos golos e algum frenezim à mistura, foram estes os condimentos do primeiro resultado vencedor da equipa orientada

por Costinha. O festival de golos no Estádio dos Barreiros começou logo aos 3 minutos, e a favor da equipa da casa. Derley concretiza, numa jogada em que consegue ultrapassar a defesa pacense e bater o guarda redes António Filipe. Nos restantes minutos do primeiro tempo, a equipa da casa continuou pressionante, no entanto, sem mais finalizações. A segunda parte trouxe um turbilhão de golos, onde 3 deles aconteceram apenas num espaço de 3 minutos. Caetano empatou para o Passos, Derley volta a colocar o Marítimo em vantagem, e Bebé concretiza o 2x2. Ao minuto 61, Igor Rossi marca o terceiro para a equipa orientada por Pedro Martins, mas Manuel José, aos 73, volta a empatar a partida num lance de bola parada. Quando tudo parecia estar decidido, Igor Rossi, autor de um dos golos do Marítimo, marcou na própria baliza e permitiu que o Paços de Ferreira saísse da Madeira com a sua primeira vitória no campeonado nacional.

PAÇOS VENCE PELA PRIMEIRA VEZ

1º - FC Porto - 16 pontos2º - Sporting - 14 pontos3º - Sp. Braga - 12 pontos4º - Estoril - 11 pontos5º - Benfica - 11 pontos

Page 11: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

CROMOSDA BOLA

Page 12: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

A necessidade de uma resposta ‘cabal’ é, por estes dias, a necessidade de Paulo Fonseca

no FC Porto. A horas de receber o Atlético Madrid os indicadores que vêm sendo dados pela equipa não são, de forma alguma, esclarecedores sobre as hipóteses azuis e brancas, numa fase-de-grupos em que os bons resultados em casa são uma enorme prioridade. Se o poderio colchonero e russo não bastasse já para colocar a Dragão de guarda, às más exibições fora de casa somou-se, nesta passada sexta-feira, uma segunda-parte horrível frente ao Vitória de Guimarães. Os alertas vão sendo dados e os opositores ao sistema de jogo instaurado por Paulo Fonseca vêm na pouca solidez do FC Porto ‘fantasmas’ que podem atirar os dragões para níveis bem mais humildes em relação à última época.

Já de há muitos anos para cá que o futebol portista se mede pelas competições europeias em que está inserido. Um mau campeonato é por norma significado de fraqueza na Europa e a um bom campeonato é exigido que a equipa se apresente com bom nível pelo Velho

SEM CILINDROS EM V, FUNCIONARÁ O GTI DE PAULO FONSECA?

VISÃO EUROPEIA

NÉLIO MOREIRAFOTO: DPI.PT

Page 13: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

Continente a fora. Se nos reportarmos às duas épocas mais próximas, veremos que, com Vítor Pereira na equipa, uma primeira época de várias indefinições não deixou sequer a equipa passar da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. A Liga Europa acabou, depois, por também não ser solução confirmando, com a goleada às ‘duas-mãos’ do Manchester City, a real instabilidade da equipa.Na segunda época do espinhense, as cabeças no lugar e uma equipa “à imagem” do herdeiro de AVB, fizeram com que o ‘sonho’ voltasse a estar presente. Para mais, faltou à equipa a solidez mostrada no Dragão, pois nos jogos fora (PSG e Málaga) o ‘controle’ apregoado por Vítor, pura e simplesmente, não apareceu.

E esses são indicadores fundamentais. Primeiro, o de que a equipa será, imediatamente, posta à prova na Champions. E segundo, o de que os jogos fora serão a principal base desse duro-teste.

E a julgar pelas exibições fora-de-portas, ao FC Porto falta-lhe o controle, falta-lhe ‘asfixiar’ o adversário para que os adeptos azuis se possam sentir ‘em casa’ nas deslocações da sua equipa. E o responsável? esse é claramente aquele a quem todos irão elogiar se a tendência se inverter, ou aquele a quem todos pedem agora satisfações pela quebra no rendimento geral de uma equipa que ambiciona, sempre, altos voos.

Assim duas legitimidades impõem-se mas também... chocam. A de que o técnico pode, e deve, testar o sistema que o fez subir a pulso no futebol português, e a de que os adeptos têm o direito de querer a equipa a ‘atacar com mais um’ e de ‘defender com mais um’ também. Confusos? Passo a explicar:

O triângulo invertido de Vítor Pereira levava a que Moutinho fosse mais um a chegar à área e levava também a que o internacional português fosse mais um, na hora da perda da bola, a pressionar e a não deixar sair o adversário. Isso levava a que a criação de oportunidades do adversário fosse reduzida a números ‘nulos’. Lembram-se da recepção ao Málaga? Lembram-se da recepção ao Benfica e ao PSG? O Porto não criava por aí além, mas com o controle, em muito ajudado pelo triângulo invertido, criava sempre mais... que o adversário.

Com Fernando e Defour, com Lucho, sozinho e facilmente anulável, a organização ofensiva reflecte-se na falta de um elemento na chegada à área e na falta de um elemento no momento da perda da bola, tornando assim o ‘duplo-pivot’ no ‘lugar do morto’ no fraco GTI que tem sido este FC Porto. Jogue quem lá jogar (esta sexta-feira foi Lucho) ele imediatamente desaparece nas imediações de um Fernando que sempre foi inútil na construção de jogo azul e branca.

O cenário é assim difícil para Paulo Fonseca que, como dissemos acima, tem a tal legitimidade para querer fazer valer o seu sistema. A atenuante é que essa ‘experiência’ tem tempo limitado. Nenhum sistema se perpetua pelo infinito e, mais, nenhum sobreviverá à falta de resultados. E se bem que esses têm sido até óptimos, ninguém

em boa vontade esperará que tanta má exibição não seja castigada com perdas de pontos. E é aqui, como explicámos, que a Champions League entra. Este Atlético não é aquele que Jesualdo trucidou em 2009 e é até mais forte onde este FC Porto é mais fraco.

Tem a palavra Paulo Fonseca. E se o técnico esconde alguma na ‘manga’, o jogo da terça-feira será o ideal para a mostrar. Sob pena de ser julgado como um.. bluff.

Onze provável do Porto – Helton, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Lucho, Licá, Jackson e Varela

Grupo C, 2ª jornada: FC Porto – Atlético de Madrid, Terça-Feira, 1 de Outubro, 19:45h, TVI

Page 14: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

O Parque dos Princípes vai ser palco de um duelo de titãs. De um lado os milionários do Paris

Saint-Germain que ainda não perderam nesta temporada. Em dez jogos oficiais, o clube francês venceu sete e empatou três. Do outro o Benfica, que manteve todos os jogadores importantes da época passada, e leva uma série de seis encontros sem perder.

Apesar desta série positiva, os homens de Jesus continuam a apresentar um nível de exibições bastante inconstante. Começaram por perder na Madeira, vencer o Gil Vicente (de forma sofrida) e empatar em Alvalade. Seguiram-se duas vitórias convincentes (sobre Paços de Ferreira e Anderlecht) em que a equipa começou a ganhar confiança, a melhorar as exibições, a apresentar bom futebol, a ganhar com qualidade e a reconquistar os adeptos.

Mas quando tudo parecia ir bem, os “encarnados” voltaram a ter dificuldades para ganhar em Guimarães e, no passado sábado, protagonizaram uma exibição paupérrima e empataram, de forma surpreendente, com o recém-promovido Belenenses.

CONQUISTAR PARIS PELA PRIMEIRA VEZ

VISÃO EUROPEIA

NÉLIO MOREIRAFOTO: DPI.PT

Page 15: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

O clube fez um esforço para manter as pedras fulcrais do plantel e ir buscar mais soluções para as diversas posições. Mas, ao contrário do que se pudesse pensar, os jogadores não estão a apresentar o nível exibicional que tiveram durante a temporada passada.

Pelo que, a instabilidade exibicional (e de resultados) dos benfiquistas, a juntar a outros factores como a invencibilidade parisiense, o poderio do ataque adversário e mesmo a tradição não deixam antever um jogo fácil na próxima quarta-feira.

Um ataque de respeito

O PSG costuma alinhar com três homens no eixo do ataque, todos capazes de amedrontar qualquer defesa. Edinson Cavani foi o melhor marcador da Série A, no ano passado, e já leva cinco golos pelos parisienses. Zlatan Ibrahimovic é sempre um perigo à solta, tendo sido o melhor marcador da Ligue 1, na temporada passada, e também o foi por duas vezes em Itália. Depois ainda há o desiquilibrador Ezequiel Lavezzi.O técnico Laurent Blanc pode ainda dar-se ao luxo de deixar, no banco, jogadores como Jérémy Ménez, Javier Pastore e o jovem Lucas Moura, um atacante talentoso que foi mesmo considerado um dos craques do Brasileirão, em 2011.

Já no tridente do meio-campo costumam alinhar Marco Verratti (um jovem promissor, já comparado a Andrea Pirlo), o possante Blaise Matuidi e o experiente Thiago Motta, que vai fazer o seu 52º jogo na Champions.

Contudo, o problema maior está na defesa. Thiago Silva está lesionado e falha a partida de quarta-feira, e Alex também está em dúvida. Se, nas laterais, Maxwell e Gregory van der Wiel têm presença quase assegurada, no centro residem as maiores dúvidas de quem vai jogar, com Camara e Marquinhos a serem os prováveis substitutos.

PSG nunca perdeu com equipas portuguesas

PSG e Benfica já se encontraram por duas vezes para a Liga Europa (extinta Taça UEFA). A 8 de Março de 2007, os parisienses venceram por 2-1 para a primeira mão dos oitavos-de-final. Simão colocou os “encarnados” na frente mas os franceses deram a volta pela dupla Pauleta e Frau. Cerca de quatro anos depois, e também na mesma fase da prova, registou-se uma igualdade a um. O Benfica voltou a estar na frente, com um golo de Gaitán, mas permitiu que os franceses empatassem por Bodmer.

Curiosamente, em ambas as ocasiões, o clube português acabou por seguir em frente na competição.

Mas o Parque dos Princípes é um verdadeiro inferno para as equipas portuguesas. Em quatro jogos, os parisienses registaram três vitórias (duas contra o FC Porto, em 2004 e 2012, e uma frente ao Boavista, em 2002) e um empate (diante do Sporting de Braga, em 2009).

Apesar desses condicionalismos, os “encarnados” vão contar, dentro de campo, com a experiência de atletas como Luisão (vai fazer o seu 45º jogo na Liga dos Campeões) e de Óscar Cardozo (que conta com 20 encontros realizados e 11 golos apontados na principal prova de clubes da UEFA). E fora dele com o apoio de largas centenas de emigrantes portugueses.

Onze provável do Benfica – Artur, André Almeida, Luisão, Garay, Siqueira, Matic, Fejsa, Markovic, Gaitán, Djuricic e Cardozo.

Grupo C, 2ª jornada: PSG – Benfica, quarta-feira, 2 de outubro, 19:45h, Sporttv 1

Últimos confrontos PSG – Benfica

Taça UEFA, 1/8 de final: 2-1, 8 de março de 2007;Liga Europa, 1/8 de final: 1-1, 17 de março de 2011.

Últimos confrontos PSG – equipas portuguesas

Taça UEFA, 3ª eliminatória: 2-1 (Boavista), 26 de novembro de 2002;Champions, Fase de Grupos: 2-0 (FC Porto), 20 de outubro de 2004;Taça UEFA, 1/8 de final: 0-0 (Braga), 12 de março de 2009;Champions, Fase de Grupos: 2-1 (FC Porto), 4 de dezembro de 2012.

Page 16: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Vagner(Estoril)

Cedric(Sporting)

Mauricio(Sporting)

Josué(FC Porto) Quintero

(FC Porto)

Montero(Sporting)

ESTATÍSTICAS

MELHOR ATAQUE

1 – Sporting – 152 – FC Porto – 123 – Estoril – 124 – Marítimo - 105 – Nacional – 9

MELHOR DEFESA

INDISCIPLINA

GOLOS NA 1ª PARTE

Caetano(P. Ferreira)

1 – FC Porto – 32 – Sporting – 43 – Gil Vicente – 54 – Sp. Braga – 65 – Benfica - 6

1- Arouca 22 A 1 V2- Gil Vicente 20 A 3 V3- Belenenses 19 A 3 V4- Olhanense 18 A 2 V5- Porto 18 A 0 V

1 – Sporting – 7 2 – Estoril – 73 – FC Porto – 54 – Sp. Braga – 55 – Nacional – 5

GOLOS NA 2ª PARTE

1- Sporting 82- Marítimo 83- Porto 74- Benfica 65- Paços de Ferreira 6

DAVID BASTO

Page 17: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

Vagner(Estoril)

Quintero(FC Porto)

Ricardo(P. Ferreira)

R. Ferreira(Maritimo)

André Leão(P. Ferreira)

Caetano(P. Ferreira)

Derley(Maritimo)

1 – Kay (Belenenses) – 4 2- Mladen (Olhanense)- 43- Edimar (Rio Ave)- 44- Marcelo Goiano (Académica)- 35- Josué (Porto)- 3

MAIS GOLOS SOFRIDOS

1- José Sá (Marítimo)- 122- Ricardo (Académica)- 93- Vágner (Estoril)- 94- Ricardo (Olhanense)- 85- Matías Degra (P. Ferreira)- 7

MELHOR MARCADOR

1- Fredy Montero (Sporting)- 72- Evandro (Estoril) - 53- Derley (Marítimo) - 54- Jackson Martínez (Porto)- 55- Josué (Porto)- 3

MAIS AMARELOS

Page 18: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

A confirmação feita pelo Bayern de Munique, no dia 16 de Janeiro deste ano, de que Pep Guardiola

seria o treinador para a temporada 2013/14 teve um enorme impacto não só na imagem do clube bávaro, mas também na própria imagem do campeonato alemão, a Bundesliga. O destaque que a notícia teve em toda a comunicação social foi tremendo e, no que diz respeito ao Bayern, foi bem visível por toda a internet, principalmente nas redes sociais, o “boost” de popularidade que o clube ganhou.

O fenómeno Guardiola foi prontamente “medido”: nas horas seguintes ao anúncio da sua contratação o clube ganhou 15 mil novos amigos no Facebook, três vezes mais que no dia anterior, e o “post” do mesmo anúncio atingiu os 180 mil “likes”; no Twitter o impacto atingiu números ainda mais estratosféricos, tendo o Bayern passado de 1000 seguidores por dia para uns incríveis 10.000! Esta é a face visível da contratação de Pepe Guardiola, sem qualquer dúvida uma vitória fantástica para o Bayern Munique. Mas, e talvez ainda mais que o clube alemão, é a Bundesliga que está de parabéns, pois não é novidade

“LA BUNDESLIGA”

ANDRÉ SÁFOTO: DPI.PT

Page 19: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

para ninguém que o Bayern é um colosso mundial (está no top 10 dos melhores clubes do mundo) e qualquer treinador sabe que tem possibilidades de ganhar, por exemplo, o maior troféu europeu (Liga dos Campeões) ao serviço do conjunto bávaro; o que terá convencido o treinador espanhol, que divide com Mourinho o estatuto de melhor treinador do Mundo, terá sido a evolução do campeonato alemão nos últimos 4/5 anos, espelhada no aumento da competitividade entre os clubes participantes. Isto é facilmente confirmado pela quebra da hegemonia interna do próprio Bayern (ainda que no ano passado tenha ganho todos os troféus que disputou) por parte do renascido Borussia Dortmund, que ganhou dois campeonatos consecutivos (2010/11 e 2011/12). Há 4 anos tinha sido o Wolsburgo a levantar o troféu. Esta alternância nos vencedores é altamente saudável e faz com que, consequentemente, grandes atletas e treinadores se interessem por estes campeonatos. Este crescimento sustentado da Bundesliga, apoiado obviamente no aumento de espectadores nos estádios (o Dortmund tem a melhor assistência média de toda a Europa) e no aumento das receitas das transmissões televisivas (o modelo de negociação dos direitos de transmissões televisivas adoptado na Alemanha é o modelo colectivo, o qual permite uma distribuição equititativa das receitas), conheceu a sua derradeira fase nos últimos 5 anos. Foi nessa altura que o Bayern conseguiu a contratação de Franck Ribery, no auge da sua carreira e pretendido por todos os maiores clubes europeus; continuou depois com a contratação de Arjen Robben, também pelo Bayern e ainda em fase ascendente na carreira; Diego, pelo Wolsburgo; Huntelaar e Raúl, pelo Schalke 04; Van Niistelroy, pelo Hamburgo; já no início desta temporada foi o Bayern a conseguir de novo ganhar a corrida aos outros colossos europeus e contratar Javi Martínez; e o Dortmund conseguiu manter um dos melhores pontas de lança da actualidade, Lewandowski. Mas não foi só através da contratação de estrangeiros conceituados que a Bundesliga evoluiu: uma parte importantíssima dessa evolução foram e são os jogadores alemães e estrangeiros formados nos clubes alemães nos últimos anos, como por exemplo: Mezut Ozil, Khedira, Muller, Kroos, Badstuber, Reus, Marin, Gotze, Hummels, Lewandowski, Neuer, Leno, Schurrle, Perisic, entre tantos outros.

Voltando ao Bayern e à difícil missão de Guardiola, é de facto complicadíssimo igualar a pretérita temporada. Heynckes “quis” complicar a vida ao seu sucessor e conseguiu-o de forma inequívoca. Embora tenha consciência que tudo leva o seu tempo, tacticamente Guardiola pretende incutir o modelo do “tiki taka” do Barcelona no conjunto bávaro. Para tal conseguiu resgatar Thiago Alcântara ao clube catalão (opção algo criticada pela abundância de centro-campistas de qualidade no Bayern), opta por jogar com Lahm no meio campo e abdicou do “panzer” alemão Mário Gomez. A contratação de um dos melhores jogadores alemães do momento, Mario Gotze, ao Dortmund, traz imensa qualidade ao conjunto, mas em boa verdade foi decidida antes da chegada de Guardiola. Até ao momento o treinador espanhol disputou dois troféus: perdeu o primeiro, a Supertaça alemã, frente ao Dortmund; e ganhou o segundo, a Supertaça Europeia,

frente ao Chelsea de Mourinho. No campeonato partilha a liderança com o grande adversário interno, o Borussia Dortmund, à passagem da sétima jornada. No ano passado o Bayern terminou o campeonato 25 (!) pontos à frente do Dortmund: conseguirá Guardiola sequer aproximar-se desta marca?

O Dortmund, embora menos exuberante, continua a trilhar o seu caminho de forma imperturbável: já conquistou o primeiro troféu disputado nesta época e partilha o primeiro lugar do campeonato com o Bayern, após sete jornadas, sem qualquer derrota. Em relação à época passada, não só a manutenção de Lewandowski no plantel para esta temporada, mas também as contratações de Mkhitaryan e Aubameyang, parecem fazer esquecer a saída da “jóia da coroa”, Gotze, para o rival Bayern. O Dortmund parece ter consolidado a sua posição tanto a nível interno como a nível europeu.

O Leverkusen continua igual à época passada: terceiro lugar no campeonato, atrás de Bayern e Dortmund. Aliás, é curioso verificar as semelhanças da classificação do campeonato anterior com a do actual, ao fim de 7 jornadas: os três primeiros são os mesmos, pela mesma ordem, e com relativa distância dos demais. Curioso reparar que o Bayer perdeu dois jogadores fulcrais da época passada, Schurrle e Carvajal, para o Chelsea e Real Madrid, respectivamente, mas tem mantido a boa forma. Reforçou-se pouco (apenas o coreano Son, uma das revelações da pretérita Bundesliga, e Spahic, bom central bósnio), mas bem.

Schalke 04 e Wolsburgo correm por fora. Apesar de ambos terem começado mal o campeonato, talvez ainda consigam lutar pelos lugares cimeiros. A luta pelo título parece já estar perdida mas tudo o que seja abaixo disso ainda é alcançável. O Schalke contratou um jogador de peso, Kevin Boateng, ao Milão, e manteve Huntelaar, Draxler e Farfán. Já o Wolsburgo, que conta com o português Vieirinha e com os “ex-portugueses” Benaglio e Felipe Lopes, contratou Luiz Gustavo ao Bayern e manteve Diego e Perisic. “La Bundesliga” provou de uma vez por todas que quer ser vista como uma das 3 melhores ligas do mundo e tem tudo para consegui-lo.

Page 20: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

A estrela maior do Tottenham Hotspur da época 2012/2013 rumou a Madrid e com isso os

adeptos tremeram com o facto de a equipa já não poder conseguir atingir os bons resultados que Gareth Bale tinha trazido para os “spurs” de André Villas Boas.A novela foi uma constante durante todo o Verão e como desfecho o galês assinou pelo Real Madrid por uma quantia astronómica (relata-se que chega aos 100 milhões). No entanto, e enquanto isso, o Tottenham aproveitou para arrumar a casa e com o lucro que obteve trouxe novas caras para White Hart Lane, pensando na conquista de um lugar que dê acesso à Champions League e a um bom trajecto na Europa League.

O “ajuste” no balneário

A equipa de André Villas Boas na época passada pecava por ter poucas soluções, e as que tinha não eram as melhores tendo em conta certas posições. Assim, para esta época foram vários os jogadores que saíram do plantel como Huddlestone (Hull City), Parker (Fulham), Caulker (Cardiff

A ERAPÓS BALE

DANIEL TEIXEIRAFOTO: DPI.PT

Page 21: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

City), Gallas (sem clube), Dempsey (Seattle Sounders) e a estrela da equipa Bale (Real Madrid).Se o último saiu graças a um negócio absolutamente impossível de recusar, os outros saem todos pela porta pequena, sem terem sido opções viaveis os suficientes para se manterem no plantel e lutarem por um lugar. Gallas foi opção sempre criticável no eixo da defesa, Parker não conseguia impor o seu jogo, Huddlestone não correspondeu o talento que tinha dentro do relvado e Dempsey nunca foi o avançado (ou até mesmo o apoio atacante) que o Tottenham necessitava.Os “spurs” ainda viram sair Essou-Ekotto e Tom Carroll por empréstimo para o Queens Park Rangers e Livermore rumou ao Hull City, também a título de empréstimo.Foi quase como uma vassourada no plantel que ficou da época passada, de modo a procurar outras soluções, algo que foi possível com o investimento neste Verão.

O investimento recorde

José Mourinho apelidou o Tottenham de “campeão da época de transferências” e o título é bem empregue. Para a época 2013/2014 o Tottenham bateu o recorde da sua maior transferência, agora registada em 30 milhões de euros. Para sobrepôr a este facto, este valor foi gasto por duas vezes (Soldado e Erik Lamela).Para vestir as cores da equipa de White Hart Lane destacam-se 7 reforços e dois regressos: Soldado (Valência) e Erik Lamela (Roma) foram os reforços mais caros, mas o Tottenham ainda contratou Paulinho (Corinthians), Chadli (Twente), Capoué (Toulouse), Chiriches (Steua Bucareste) e Eriksen (Ajax); Rose regressa de empréstimo do Sunderland para tomar conta do lado esquerdo da defesa e Townsend volta do Queens Park Rangers para lutar por um lugar nas laterais ofensivas.Foi um grande investimento, mas ao mesmo tempo foi algo bem distribuído pelo terreno. Chiriches e Rose vêm dar novo fôlego a uma defesa que bem precisa de juventude e futuro, Capoué e Paulinho são opções de luxo para juntar a Dembelé no centro do terreno, Lamela é a coqueluche que vem “fazer” de Bale, Eriksen é o talento criador que faltou no ano passado e Soldado é o goleador que o Tottenham suspirava por ter quando só tinha Defoe e Adebayor como soluções.Com este investimento de alto valor André Villas Boas tem assim um plantel mais vasto e com mais talento a aproveitar, capaz de lutar quase taco a taco para os melhores lugares da Premier League com os outros concorrentes.

Muito talento ofensivo a ser visto

É um facto que Bale (o maior perigo atacante do ano passado) já não é do Tottenham, mas mesmo assim a equipa conta com jogadores talentosos (e jovens) que juntando aqueles que chegam esta época podem ser preponderantes em qualquer jogo.Do ano passado ficaram Holtby, Lennon e Sigurdsson para o meio campo ofensivo e agora juntam-se Lamela pronto a ficar com um espaço no onze (e quem sabe o sucessor de Bale), e com ele veio Chadli focado em ficar com uma

das faixas, Townsend motivado para demonstrar serviço e ainda vem Eriksen a querer o lugar de nº10 atrás do ponta de lança. Todos eles são jovens com vontade de mostrar serviço e talento não lhes falta.No ataque surge Soldado, vindo de Valência. O candidato com mais qualidade para ficar com o lugar de “9” e consequente goleador dos “spurs”. Defoe é sempre um avançado pronto a ajudar e é a escolha a seguir ao espanhol; Adebayor teve carta branca para sair do clube, mas acabou por ficar. No entanto não deve passar de terceira escolha para Villas Boas.Grandes talentos para muitas posições, o treinador português tem o que se pode chamar de uma boa dor de cabeça.

Olhos na Premier e Europa League

Com um plantel renovado o Tottenham visa terminar esta época nos lugares de acesso à Champions League, depois de ter falhado essa meta no ano passado acabando por estar esta temporada na Liga Europa.Ainda assim, os “spurs” são vistos como candidatos a vencer essa prova europeia. O grupo que calhou em sorte (Grupo K com Tromso, Sheriff e Anzhi) abre boas perspectivas de passagem aos 16 avos de final e a partir dai criar o seu percurso rumo a final que se realizará em Turim, no dia 14 de Maio.Na Premier League o título parece mais complicado de alcançar, tendo em conta a concorrência de peso que Manchester City, United e mesmo Chelsea podem oferecer. Assim a equipa foca-se em alcançar um lugar que lhes garanta a Liga dos Campeões, chegando assim ao maior palco europeu a nível de clubes.

Page 22: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Na sua primeira passagem pelo Chelsea, José Mourinho trouxe consigo a força destrutiva de 10

furacões. Nesta segunda passagem, o Special One traz consigo traz pouco mais do que uma brisa ligeira”. É desta forma que a imprensa inglesa olha para o regresso de José Mourinho a Londres, depois de três tempestuosos anos ao serviço do Real Madrid que deixaram mais dissabores que propriamente boas recordações. Volvidas três épocas o tão esperado regresso. A verdade é que esta nova aventura de Mourinho está longe de ser a mais desejada. Que significa isso, considerando que o clube está colado aos da frente, em quarto lugar a apenas quatro pontos do líder Arsenal?

A verdade é que o técnico português tarda em colocar os “blues” a jogar à sua imagem, à imagem que habituou os adeptos do Chelsea e que os fizeram suspirar por Mourinho aquando das passagens de Benítez, Ancelotti, Hiddink ou Roberto Di Matteo. Seis jogos, três vitórias, dois empates e uma derrota, resultados que igualam o pior arranque dos últimos anos, nomeadamente o de 2007, o primeiro da era pós-Mourinho. A juntar a isso, uma derrota

MOURINHO CONTRA A HISTÓRIA

RICARDO BATISTAFOTO: DPI.PT

Page 23: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

surpreendente frente a um acessível Basileia, na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, por 2-1.

És tu, Mourinho?

Seja como for, se há técnico que não tem muito mais a provar é José Mourinho e, apesar das dificuldades em encontrar um onze inicial estável e que lhe dê garantias absolutas, tudo pode mudar de um momento para o outro. E o técnico de Setúbal é o homem certo para essa necessária mudança. Na última jornada da Premier League, os “blues” deram uma bela imagem de si, num bem disputado que terminou com um empate a um golo e que colocou frente-a-frente dois antigos companheiro, que se defrontaram pela primeira vez enquanto treinadores principais . José Mourinho e André Villas-Boas, que na véspera do encontro protagonizaram uma amena troca de palavras entre ambos, colocaram, por maioria de razões, os egos em campo. Villas-Boas tentava separar-se (de vez) da imagem de “eterno” adjunto de Mourinho que a determinada altura quis mais do que ser observador de jogos.

Empate de ouro

E foi um Tottenham em grande plano aquele que se apresentou frente ao Chelsea. Gylfi Sigurdsson deu, logo aos 19 anos, expressão ao que seria o domínio dos “spurs” durante toda a primeira parte, a que o Chelsea apenas conseguiu responder na segunda parte, por intermédio de John Terry. A estratégia sofreu novo revés a nove minutos do final com uma controversa expulsão de Fernando Torres.

Limitações a meio-campo

Neste encontro, saltaram à vista algumas limitações do conjunto de José Mourinho, nomeadamente Frank Lampard e Obi Mikel à frente do quarteto defensivo, que está longe de ser garantia de solidez defensiva e muito a equipa se tem ressentido desse factor. Juntando a isso, três homens mais adiantados no apoio a Fernando Torres (Samuel Eto’o está longe de ser uma solução como foi Drogba em tempos para Mourinho): Ramires, Óscar e Hazard são jogadores de inegável valor mas que em conjunto estão ainda longe de dar as garantias que, por exemplo, Juan Mata confere em campo. Aliás, o golo do Chelsea nasce precisamente dos pés do internacional espanhol que, por coincidência ou não, está a atravessar o mesmo complexo que sofreu o guarda-redes Casillas no último ano de José Mourinho em Madrid: é incompreensível que deambule entre a condição de suplente e a não convocação. Mata sabe como agitar o jogo, é dos jogadores mais rápidos e esclarecidos com a bola nos pés, dá sentido ao jogo do Chelsea, sobretudo no controlo a meio-campo. A sua ausência torna demasiado vulnerável o último reduto. Para terça-feira, frente ao Steaua de Bucareste, em jogo do E da Liga dos Campeões, os “blues” terão necessariamente de deixar uma melhor imagem que a que deixou frente aos suíços do Basileia.

Page 24: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

O Liverpool regressou, este domingo, aos triunfos, depois de três jogos em que averbou duas derrotas (uma

delas para a Taça da Liga) e um empate, no jogo que marcou a estreia de Luis Suárez em partidas da Premier League desta temporada, após cumprir dez jogos de castigo em virtude da expulsão em jogo da época passada em que mordeu Ivanovic. E que melhor estreia poderia querer o uruguaio que fez dois dos três golos com que a sua equipa derrotou o Sunderland por 1-3 (o primeiro foi de Sturridge e com o braço) com Giaccherini a marcar para os da casa. Com este triunfo o Liverpool é agora segundo (a par do Tottenham) a dois pontos do líder.

CURTASFRANCISCO BAIÃO

LIVERPOOL REGRESSA AOS TRIUNFOSO Machester United voltou a perder,

este sábado, na receção ao West Bromwich Albion por 1-2, averbando

a segunda derrota consecutiva na prova e a terceira em seis jogos, caindo para um impensável 12º lugar na classificação e já a oito pontos do líder Arsenal. Com van Persie ainda a recuperar de lesão (começou no banco e entrou para a última meia hora de jogo), os de Manchester viram-se em desvantagem no arranque da segunda parte com um golaço de Amalfitano que galgou vários metros com a bola. Rooney ainda empataria logo depois num livre direto mas seriam mesmo os visitantes a conquistar os 3 pontos com um golo de Berahino dez minutos mais tarde.

MANCHESTER UNITED DE MAL A PIOR

O Arsenal deslocou-se ao Liberty, terreno do Swansea, para alcançar a 5ª vitória consecutiva na liga e assumir, de forma

isolada, a liderança da prova, fruto dos seus 15 pontos alcançados entre a 2ª e a 6ª jornada da Premier League. Os gunners só chegaram à vantagem na segunda parte com um golo de Gnabry, vantagem ampliada logo depois por intermédio de Ramsey. O Swansea ainda reduziria, já nos últimos dez minutos de jogo por intermédio de Bem Davies, mas o triunfo já não fugiria aos londrinos, assim como a liderança da prova.

ARSENAL SOMA E SEGUE ISOLADO

1º - Arsenal – 15 pontos2º - Liverpool – 13 pontos3º - Tottenham – 13 pontos4º - Everton - 12 pontos5º - Chelsea – 11 pontos

Page 25: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

Page 26: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Em dia de derby, a capital espanhola enche-se de sentimentos próprios e únicos, oferecidos por um

desporto impar.Real Madrid e Atlético de Madrid defrontaram-se no passado Sábado num jogo que acabou em lição táctica. A equipa de “Cholo” Simeone foi mais forte durante os 90 minutos, mais organizada, mais lutadora, mais ambiciosa, mais equipa, acabando por vencer pelo resultado mínimo, 0-1.

Ao Real Madrid, faltou praticamente tudo, começando por um plano de jogo bem definido, suportado por um estudo previamente elaborado.

É triste quando um treinador não entende a equipa adversária, e num derby, é um insulto ao futebol!

Ancelotti começa a ficar sem tempo, e nem o oásis turco abafa tamanha passividade e incompreensão, no que toca ao estilo de jogo merengue.O onze apresentado pelo italiano no passado sábado, denotou uma preocupante falta de estudo da equipa adversária. Como vem sendo habitual, e já referenciado

ODERBYMADRILENO

VISÃO BLANCA

JOSÉ ALBERTO PINTO LOPESFOTO: DPI.PT

Page 27: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

em análises prévias, a equipa parte para os jogos completamente desequilibrada. O meio campo ainda não funciona, está confuso e sem soluções. Como já aqui tínhamos avisado, Ancelotti não sabe como e onde encaixar Khedira, se apoiando os defesas centrais, se avançando em apoio ao ataque, ou ambos. O certo é, que ofensivamente, a dupla Khedira, Arbeloa, não funciona.Contra uma equipa coesa, forte no meio campo e com um estilo de jogo directo, a chave está nas alas. Para entrar num último terço em que o adversário defende com 8 jogadores, é necessário abrir o jogo, puxando os médios defensivos e os centrais para zonas mais laterais, originando mais espaços interiores e obrigando o adversário a errar.

A ideia de Ancelotti era lutar pela meio campo desde o inicio do jogo, mas não é possível dominar um meio campo dando-lhe apenas musculo.Simeone é mais que um treinador, é a alma deste Atlético de Madrid.

Os colchoneros jogam com um sistema de jogo à imagem de Simeone, compacto, com transições rápidas em bloco e directas aos dois avançados. O seu 4-4-2 desdobrado em 4-3-3 é claro, previsível, mas ao mesmo tempo difícil

de ultrapassar. A sua equipa de gala não conta com jogadores de características naturais de extremo. Tanto Arda como Koke, são jogadores mais interiores, de apoio rápido aos dois avançados e exímios em segundas bolas.Tendo isso em conta, a opção de Ancelotti por Arbeloa deixa de fazer sentido, provocando mesmo uma desvantagem numérica. Não por estar em baixo de forma, mas principalmente pelos espaços que normalmente ocupa no terreno. Arbeloa tem dificuldade em chegar ao último terço, é lento e fraco no 1 para 1 e ofensivamente não ajuda na construção de jogo.

O Atlético defende muito recuado e compacto, não permite espaços entre linhas e todos os sectores jogam em sintonia. Este sistema de jogo para além de sufocar a equipa adversária evita a entrada nas costas da sua defesa. Os seus laterais dão profundidade ao jogo, dando equilíbrio à equipa no apoio ofensivo.

Mais uma vez Ancelotti não percebeu, e voltou a errar ao introduzir um meio campo musculado, destrutivo em vez de construtivo, que não se sente confortável com pouco espaço entrelinhas e menos, obrigado a jogar no ultimo terço do campo.

Page 28: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Não percebemos o porquê de sentar Modric no banco de suplentes, algo se passa com o croata.

Mais uma vez fica a dúvida da posição de Khedira, se joga como médio defensivo, médio ofensivo, ou box-to-box. Certo é, que no jogo do passado sábado, e por incrível que pareça, vimos o alemão de batuta na mão, assumindo o papel de organizador de jogo. Não acreditamos que tenha sido uma decisão do técnico italiano, mas sim, uma decisão tomada naturalmente dentro do campo. Illarra sentia-se perdido, muitas vezes confuso, com bastante timidez e falta de confiança em tarefas ofensivas.

Khedira, sente-se cómodo jogando em todo o campo, apoiando o ataque e a defesa, mas sem tarefas de organizador. O alemão foi obrigado a tapar muitos buracos no meio campo defensivo, a organizar jogo durante toda a primeira parte e ainda, a ocupar posições de extremo direito no ataque. Uma autentica descoordenação!

A equipa não encontrava espaços, Ronaldo, Isco e Di Maria, sentiam-se totalmente encurralados. Mais uma vez ficou claro que CR7 não se sente confortável com este novo sistema de jogo, em que o obriga a jogar numa posição mais adiantada, de costas para a baliza, com menos espaços para criar desequilíbrios.Nota negativa para as substituições de Ancelotti.Depois de uma primeira parte triste por parte dos merengues, onde nada funcionou, Ancelotti esperou pelo intervalo para somente mexer na equipa. Somente mexer na equipa porque nada mudou, aliás, queimou uma substituição! A troca de Illarra por Modric, é compreensível e é uma maneira de assumir o erro do onze inicial, nem que tenha como consequência, desmotivar um jogador que tenta crescer no plantel. Naturalmente que as coisas melhoraram, mas tendo em conta a primeira parte, era impossível piorar!

A troca de Di Maria por Bale, para alem de desmotivar um dos melhores do Real Madrid dos últimos jogos, mostra nitidamente que o técnico italiano não estava a perceber o jogo. Não era isso que o Real necessitava, não era Di Maria que estava a ter um mau dia. O argentino simplesmente não tinha apoio, não tinha espaços, e com Bale em campo, nada mudava e seria mais do mesmo! Foi uma substituição totalmente queimada!

Após a troca por troca, veio a desconexão total.

A equipa pedia profundidade pela ala esquerda, pedia velocidade, pedia juventude, pedia Carvajal. O técnico italiano ainda colocou o jovem espanhol em aquecimento, mas com apenas uma substituição possível, preferiu colocar Morata em campo. Aqui, Carlo volta a errar. Não com a entrada de Morata, mas sim, com a saída de Isco. Com um resultado desfavorável e a 15 minutos do final

da partida, decide cortar pela raiz toda a criação de jogo e conexão com o ataque. Ronaldo mais recuado, Benzema a passear pelo centro do terreno e Arbeloa sem saber para onde ir, fazem dos 15 minutos finais, um desespero de bolas perdidas, com uma excepção, Álvaro Morata!O jovem de 20 anos, acabou sendo o melhor em campo do lado merengue. Raça, amor à camisola, velocidade e sobretudo uma luta constante na primeira bola, faz deste jovem um serio candidato à titularidade, aliás, é isso que pede o Santiago Bernabéu!O jogo até poderia ter acabado com o mesmo resultado, mas por respeito a um estádio desolado, o mínimo que se exigia a Ancelotti, era tentar o tudo por tudo. Morata por Arbeloa, passando para um 3-4-3, talvez fosse a opção certa.

Diego Lopez continua esplendoroso

O guarda-redes espanhol voltou a provar a sua qualidade, evitando um resultado mais dilatado.

Tiago o único português que passou no exame.

Um Tiago enorme encheu o campo, organizou e distribuiu o jogo. Defensivamente, teve pouco trabalho, e mesmo quando já estava bastante desgastado fisicamente, Ancelotti ajudou o ex-internacional português, retirando Isco do seu radar. Lembramos que Tiago decidiu abandonar a Selecção das Quinas em 2011, justificando a decisão com motivos pessoais.Contrariando as declarações de Cristiano Ronaldo, Ancelotti é o único culpado da derrota.

Os madridistas começam a ficar saturados de experiencias, e pedem mais ao técnico italiano. No passado Sábado faltou o que já desde o primeiro jogo vem faltando, uma identidade no estilo e uma leitura correcta do jogo. Contra o Copenhaga, Ancelotti terá que fazer as pazes com os adeptos, e talvez a única maneira será arriscar num onze ofensivo, bem aberto nas alas, e se possível, com Morata a titular.

Page 29: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

O Villareal perdeu, este domingo, na deslocação a Sevilha para defrontar o Bétis por uma bola a zero, falhando

o assalto ao terceiro lugar, pertença do Real Madrid, naquela que foi a primeira derrota do submarino amarelo neste campeonato, em época de regresso ao convívio entre os grandes do futebol espanhol. Um golo do nigeriano Nosa Igiebor foi o bastante para que os andaluzes somassem o seu segundo triunfo no campeonato, resultado que lhes permite posicionar-se a meio da tabela.

CURTASFRANCISCO BAIÃO

VILLAREAL FALHA ASSALTO AO PÓDIO

O Barcelona não vacila e alcança o sétimo triunfo em sete jogos, continuando no topo da

classificação a par do Atlético Madrid, ao bater o Almeria, por 0-2 com mais um golo de Messi que, no entanto, sairia lesionado à meia hora de jogo e estará de fora nas próximas semanas. O segundo golo da equipa catalã seria marcado, na segunda parte, por intermédio de Adriano, impondo a quarta derrota ao Almeria, única equipa que ainda não venceu qualquer partida esta temporada na Liga BBVA.

BARÇA NÃO FACILITA, MAS PERDE MESSI

O Valencia recebeu e venceu, este sábado, no Mestalla, o Rayo Vallecano por uma bola a zero com golo de Jonas, numa partida em

que apenas João Pereira alinhou dos portugueses do plantel (Ricardo Costa e Postiga estiveram ausentes). Depois de quatro derrotas consecutivas (uma para a Liga Europa e três para o campeonato), o Valencia já vai no terceiro triunfo seguido, resultado que permite à equipa ascender ao sexto posto da classificação com 12 pontos, a 4 do terceiro lugar pertença do Real Madrid.

VALENCIA CONTINUA RECUPERAÇÃO

1º - Barcelona – 21 pontos2º - Atlético Madrid – 21 pontos3º - Real Madrid – 16 pontos4º - Villareal – 14 pontos5º - Athletic – 12 pontos

Page 30: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

O SONHOCONTINUA

NUNO TEIXEIRAFOTO: DPI.PT

Equilíbrio como nota dominante

Mais duas jornadas passadas e o Calcio continua ao rubro, se é verdade que as estrelas têm vindo a desertar para outras paragens, mais verdade é que a competitividade achou a bota um bom local para se estabelecer. À boleia deste incremento de competitividade chegou o Napoli (eu sei que em português é Nápoles, mas não resisto a utilizar o nome original) que ao fim de 6 jornadas ocupa um sólido 2º lugar a 2 pontos dos gladiadores romanos.

Primeiro acidente de percurso

Depois da sensacional vitória em San Siro, os tiffosi napolitanos encheram o San Paolo para receber o modesto Sassuolo, nada melhor que um jogo “calminho” para recuperar da intensidade de Milão, ou não fosse este um estreante na Série A que tinha acabado de ser humilhado na própria casa por uns contundentes 7 golos do outro rival de Milão. Este pensamento algo arrogante era partilhado por mim e por grande parte dos apaixonados adeptos sulistas, enganámo-nos redondamente!!! Com Higuain e Pandev na frente atacante, a turma napolitana mostrou grande desinspiração, e nem o adiantamento no marcador logo cedo (minuto 14) por Dzemaili serviu de alguma coisa, o empate chegou logo depois (minuto 20) com Zaza a ter esse protagonismo. O 1-1 adormeceu a equipa e esta não foi capaz de estender ao relvado do San Paolo a ambição de conquistar o ceptro, as oportunidades escassearam e nem as entradas de Insigne e Callejon espicaçaram o conjunto azul, que podia mesmo ter sofrido um dissabor maior que este empate a 1 bola.

Vitória com a Champions na cabeça

Ainda um pouco atordoados com a desilusão de Quarta-Feira (em italiano Mercoledi) a equipa napolitana foi ao Luigi Ferrari visitar o Génova, que sendo sempre um adversário complicado (com a atenuante de jogar em casa) está a realizar um inicio de época desolador, ocupando o 15º lugar com apenas 4 pontos. Avisado das consequências dos facilitismos Benitez deve ter dado um grande puxão de orelhas aos seus comandados, pois estes entraram a todo o gás e sem surpresa nenhuma ao 25º minutos já venciam por 2-0. Com Champions Terça-Feira o treinador espanhol decidiu dar uso à rotatividade do plantel, que a venda de Cavani possibilitou, de modo a que Higuain e Hamsik tivessem a possibilidade de aquecer o banco de suplentes, e a verdade é que não foram precisas as duas estrelas da companhia para diferenciar o marcador, uma vez que estava lá Pandev pronto para bisar.

Bem ao seu estilo Benitez limitou-se a controlar o resto da partida, de modo a não ter sobressaltos no marcador e a possibilitar a gestão física do plantel.

O objectivo mantém-se

Estamos na 6º jornada e a equipa já vê quase todos os rivais pelo retrovisor, ainda há um longo caminho a percorrer e muitos percalços para ultrapassar, contudo, Benitez está a montar uma squadra cada vez mais consistente que já aprendeu que os campeonatos se ganham (ou perdem) contra os pequenos; a chegada à vice-liderança já está concluída, agora é ultrapassar o último posto e o resto é conversa.

Page 31: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

Page 32: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

A campeã Juventus teve, este fim-de-semana, um duelo intenso com o grande rival da cidade de Turim

(o Torino), conseguindo vencer por 0-1 com golo do francês Pogba no início da segunda parte, resultado que lhe permite manter a desvantagem de dois pontos para a liderança da prova. A equipa da Juventus receberá, no próximo fim-de-semana o AC Milan em mais uma partida que se prevê escaldante e que poderá ser uma das últimas oportunidades para Allegri manter o seu lugar aos comandos da equipa de Milão.

CURTASFRANCISCO BAIÃO

JUVENTUS VENCE O DERBIA Roma continua o seu percurso sem mácula na Serie A ao alcançar a sexta vitória em seis partidas e, desta feita,

com direito a exibição de gala coroada com goleada de 5-0 frente ao Bolonha, resultado que lhe permite ser, neste momento, líder isolado do campeonato, melhor ataque e melhor defesa do campeonato. Com uma primeira meia hora arrasadora (onde chegou aos 3-0 com golos de Florenzi, Gervinho e Benatia), a equipa da capital italiana chegaria à goleada nos segundos 45 minutos com mais um de Gervinho e outro de Ljalic.

ROMA DE ENCANTAR

O Sassuolo alcançou, este fim-de-semana, o segundo empate desta temporada na Serie A, voltando a travar, tal como no primeiro ponto

que havia conquistado, um candidato aos lugares europeus do campeonato europeu. Se é verdade que, juntamente com Bolonha e Sampdoria, o Sassuolo é uma das equipas que ainda não conheceu o sabor da vitória esta temporada, a verdade é que, na mesma semana em que travou a marcha triunfal do Nápoles, impondo um empate no San Paolo (únicos pontos perdidos pela equipa de Rafa Benítez neste campeonato), o Sassuolo consegue um empate frente à Lazio (Pereirinha alinhou os 90 minutos) a duas bolas, num jogo em que esteve a perder por 0-2.

SASSUOLO VOLTA A TRAVAR EUROPEU

1º - Roma – 18 pontos2º - Nápoles – 16 pontos3º - Juventus – 16 pontos4º - Inter – 14 pontos5º - Fiorentina – 11 pontos

Page 33: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

ESTE ESPAÇO PODE SER SEUCONTACTE-NOS ATRAVÉS DE:http://futebolportugal.clix.pt/contacto

Page 34: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Todos os clubes, grandes ou pequenos, têm o seu departamento de scouting, quer para recrutar

jogadores para as camadas jovens, quer para encontrar jogadores para as equipas principais, de preferência com uma boa relação qualidade/preço. No entanto, este é um trabalho que não é infalível, como é óbvio. Muitas vezes, por uma razão ou por outra, os clubes tiveram a possibilidade de recrutar jogadores que se tornaram autênticos craques uns anos mais tarde e não o fizeram. Trazemos hoje alguns desses casos, que envolveram clubes portugueses.

1. Giovanni

Na pré-temporada de 1993/94, ainda durante “reinado” de Pimenta Machado, chegou ao Vitória de Guimarães um brasileiro desconhecido, de seu nome Giovanni Silva de Oliveira. O médio ofensivo vinha treinar à experiência, procurando convencer o treinador Bernardino Pedroto. O jovem atleta até deixou boas indicações, mas o clube minhoto não o considerou prioritário, uma vez que não era o tipo de jogador que procuravam. Regressou então ao Brasil,

QUANDO OSCOUTINGFALHOU

VISÃO DE SCOUT

NUNO MELO E CASTROFOTO: DPI.PT

Page 35: Futebol Portugal Magazine #4

21/04/2012

onde dois anos depois ingressou no Santos, clube em que explodiu como jogador, despertando o interesse dos catalães do Barcelona que na época de 1996/97 o contrataram. Esteve em Espanha três épocas e formou um tridente atacante de luxo juntamente com o português Luis Figo e Ronaldo. O criativo brasileiro conquistou dois campeonatos e duas Taças do Rei, até entrar em conflito com o treinador holandês Louis Van Gaal e se transferir para os gregos Olympiacos, onde conquistou cinco campeonatos em cinco épocas. Pelo Brasil, somou 20 internacionalizações e marcou seis golos, tendo sido convocado para o Mundial de 1998, onde alinhou em apenas um jogo. A perda para os minhotos terá sido um pouco atenuada pelo facto de terem contratado para a mesma posição o esloveno Zahovic.

2. Ronaldinho Gaúcho

Ronaldinho Gaúcho, médio criativo brasileiro que foi considerado o melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, esteve perto de jogar no Estrela da Amadora. O motivo pelo qual o génio canarinho não ingressou nos juniores do clube da Reboleira foi de origem financeira. Nomeadamente por causa de mil euros por mês.

Recuando no tempo, em Roberto Assis, irmão de Ronaldinho, tinha sido contratado pelo Estrela depois de uma passagem muito discreta pelo Sporting. Em conversas constantes, nunca parava de elogiar as qualidades do irmão, na altura craque do Grémio de Porto Alegre, e inclusivamente hoje em dia é o seu empresário. Numa dessas conversas, aconselhou a contratação do Ronaldinho aos dirigentes do Estrela, que ficaram de analisar a possibilidade. No entanto as exigências de Ronaldinho, que queria mil Euros por mês, casa e carro, levaram a direção do Estrela a recusar receber o jogador.

É de salientar que na altura o júnior mais bem pago do Estrela da Amadora ganhava 100 Euros por mês, e o clube não tinha capacidade de pagar dez vezes mais ao brasileiro.

3. Deco

O mágico luso-brasileiro que brilhou no FC Porto, Barcelona e Chelsea chegou a Portugal na época de 1997/1998 para jogar no Benfica, juntamente com o compatriota Cajú. O Benfica enviava, anualmente, um olheiro à Copa de São Paulo, um torneio para jogadores jovens que se realizava no mês de janeiro. Em 1997 foi Toni, na altura diretor desportivo, a viajar para o Brasil e a assistir ao torneio.

As qualidades de Deco chamaram a atenção do técnico português, que fez notar que o jogador que já tinha uma maturidade técnica e leitura de jogo que iriam fazer dele um grande jogador. Nessa altura o Benfica tentava descobrir pérolas no Brasil, colocando os jogadores a rodar no Alverca. No entanto, para Deco a situação foi vista como uma despromoção, que o jogador não aceitou bem.

Ainda assim realizou uma grande época no Alverca, tendo saído para o Salgueiros, num negócio onde Luís Carlos e Nandinho fizeram o caminho inverso. Deco teve depois a carreira que todos conhecemos. Ainda hoje Toni descreve esta situação como um erro histórico cometido pelo Benfica.

4. Pepe

Estávamos na época de 2002/2003 quando a Alvalade chega o defesa central do Marítimo Pepe, na altura com 19 anos. Pepe integrou a pré-temporada dos leões, antes de ser decidida a sua contratação. A ideia era dar-lhe a oportunidade de tentar convencer Laszlo Bölöni, numa altura em que o Sporting procurava um defesa.

Apesar do valor do atleta não ter sido posto em causa, a diferença de verbas entre as duas SAD inviabilizou o negócio e o jogador regressou ao Marítimo. Na altura não foi divulgada a quantia que os insulares pretendiam pelo jogador, mas terá sido um montante certamente muito abaixo dos 30 milhões de Euros que o Real Madrid pagou ao Porto pelo passe do jogador em 2007. Pepe é ainda hoje titular no eixo da defesa dos merengues.

5. Thiago Silva

Foi em 2005 que os olheiros do FC Porto descobriram o defesa brasileiro, motivados pelo seu porte físico, o poder de antecipação e a disciplina táctica. O jogador chegou ao Porto em 2005, integrado no projecto de futuro dos portistas, na altura campeões europeus.

O jogador ficaria apenas um ano no Dragão e foi catalogado como grande desilusão. Integrado na equipa B, o jogador perdera a capacidade física, não acompanhava o ritmo dos colegas e queixava-se imenso. Foi vendido no Verão de 2006 ao Dínamo de Moscovo, integrado no negócio que levou para Moscovo Costinha, Derlei e Maniche.

Thiago Silva tinha tuberculose, e o que foi surpreendente foi que o gabinete médico dos portistas nunca conseguiu diagnosticar o problema. Os médicos do Dinamo de Moscovo rapidamente perceberam o problema do jogador, e estabeleceram um plano de recuperação. Esteve vários meses afastado dos relvados, tendo estado inclusivamente em isolamento, devido ao frio na capital moscovita.

Meio ano depois estava curado, regressou ao Brasil para jogar no Fluminense, daí seguiu para o Milan e depois para o Paris Saint Germain, tornando-se o mais caro defesa de sempre, uma vez que os franceses pagaram mais de 60 milhões de Euros pelo brasileiro.contrar jogadores para as equipag e queixava-se imenso. Foi vendido no Vertistas, mna çr para encontrar jogadores para as equipa

Page 36: Futebol Portugal Magazine #4

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

ED

ITO

RIA

L FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

COORDENAÇÃO: Francisco Baião e Carlos Maciel

EDITOR CHEFE: Francisco Baião

DIRECÇÃO DE ARTE: Carlos Maciel

REDACÇÃO: João Miranda, Francisco Ferreira Gomes, Eduardo Pereira, Débora Espírito Santo, Nélio Moreira, Marco Morais, André Sá, Daniel Teixeira, José Alberto Pinto Lopes, Francisco Baião, Ricardo Batista, Nuno Teixeira, Nuno Melo e Castro e David Baltazar

A FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE NÃO SE FAZ RESPONSÁVEL DA OPINIÃO

DOS SEUS COLABORADORES

futebolportugal.clix.pt

FUTEBOLPT