futebol, instrumento de cidadania para jovens na cidade de ... · fazem parte de uma atividade...
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FÉLIS CANTALICIO DE MENESES
FUTEBOL, INSTRUMENTO DE CIDADANIA PARA JOVENS NA CIDADE DE SERRITA -PE
Serrita 2007
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FÉLIS CANTALICIO DE MENESES
FUTEBOL, INSTRUMENTO DE CIDADANIA PARA JOVENS NA CIDADE DE SERRITA-PE
Relato de Experiência apresentado ao curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialização em Esporte Escolar
Orientadora: Profª. Maria do Socorro Cecílio Sobral
Serrita 2007
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MENESES, Félis Cantalicio Futebol, Instrumento de Cidadania para Jovens na Cidade de Serrita-PE, 2007 Relato de Experiência (especialização). - Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007. Futebol. Cidadania Educação 1.Palavra chave 2. palavra chave 3. palavra chave
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FÉLIS CANTALICIO MENESES
FUTEBOL INSTRUMENTO DE CIDADANIA PARA JOVENS
NA CIDADE DE SERRITA . PE
Relato de Experiência apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília Em parceria com o Programa de
Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar pela Comissão Formada pelos professores:
Profª. Maria do Socorro Cecílio Sobral. Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central – Salgueiro-PE. Profª. Tereza Luiza de França. Leitora – Universidade de Brasília
Serrita-PE, Abril de 2007
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Dedicatória À Deus, fonte de sabedoria. À minha família pelo incentivo e carinho constantes. Aos tutores pela orientação e disponibilidade nos atendimentos. À Coordenação Pedagógica pela competência em realizar um trabalho importante para a nossa formação. À Supervisão que esteve no controle e acompanhamento das atividades de modo eficiente
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AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração deste Relato de Experiência. A tutora Maria da Graça Sevilha Invernizzi pela orientação dos módulos. Ao Coordenador Pedagógico, professor Marcelo Brito pelo empenho neste curso de Especialização em Esporte Escolar. Ao Ministério do Esporte pela oportunidade de participar de um curso de especialização à distância. À professora Lucila Souto Mayor Rondon pela orientação, paciência e respeito ao participante desta especialização. À bibliotecária da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central – FACHUSC pelo apoio técnico na pesquisa bibliográfica e na normalização do Relato de Experiência.
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“Evitamos muitos erros quando temos a humildade de aprender com a experiência dos outros”.
SUMÁRIO
I. Introdução 09
II. Leitura da Realidade Geral 10
III. Leitura da Realidade Específica 20
IV. Aspectos Relevantes do PST Positivo – Negativo 24
V. Análises, críticas e sugestões 25
VI. Conclusão 26
VII. Referências Bibliográficas 28
VIII. Anexos 29
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho está expresso o relato de uma experiência vivida no Projeto
Segundo Tempo, na cidade de Serrita-PE, que direciona a discussão sobre a relação entre futebol
e cidadania, onde o esporte Futebol é oferecido como Instrumento de Cidadania para pré
adolescentes e jovens.
Para isso, relata-se de forma breve a história do futebol no Brasil, salientando-se
que esse esporte faz parte da cultura brasileira e que exerce poder de intervir na formação geral
do cidadão, bem como é apresentado um pouco da história do Município para que o leitor tenha
uma visão do contexto onde se deu a investigação e a experiência vivenciada com o Programa
Segundo Tempo.
Durante o estudo desse caso constatou-se que a prática do futebol possibilitou a
progressão na mudança de comportamento de vários dos jovens em observação e contribuindo
assim para uma melhor qualidade de vida dos mesmos que certamente terão esse esporte como
opção esportiva durante as suas vidas.
Os resultados da observação foram obtidos através de uma pesquisa por
amostragem, onde parte do grupo foi abordada sobre seus comportamentos antes e depois que
fazem parte de uma atividade esportiva de futebol oferecida pelo Projeto Segundo Tempo no
município de Serrita-PE. Resultados esses, condizentes com as concepções dos autores e obras
citadas nesse trabalho que insistentemente, por explicações científicas, justificam que o futebol,
verdadeiramente, é um grande bem da cultura brasileira e por isso , uma forte ferramenta no
concernente a educação de criança e de jovens.
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LEITURA DA REALIDADE GERAL
Este relato de experiência foi construído a partir da idéia de que a cultura corporal
de movimento do nosso povo, de maior adesão, é o esporte e especialmente o futebol. É realmente
impressionante a forma como esse esporte é amado por um número tão expressivo de praticantes,
torcedores e espectadores em todos os recantos do Brasil. CARLOS DIAS em seu artigo científico
Futebol e Cidadania, refere-se ao tema futebol assim:
Tudo isso acontece porque o futebol é provavelmente a única unanimidade
nacional. No Oiapoq o povo come feijoada e em Chuí, ninguém liga para samba.
Mas futebol todo mundo joga, até no meio da floresta amazônica. Não importa a
idade nem o lugar. Basta uma bola – qualquer bola – e um pedaço de terreno, que
o Brasil tem de sobra. Pode ser uma rua, um quintal, o corredor da casa ou uma
praia. Com boa vontade, um par de chinelo fincado na areia transforma-se em
traves e, com imaginação, constrói-se o travessão. Não é preciso ter onze contra
onze. Pode ser cinco contra quatro, um contra um ou contra dois. Sempre se dar
um jeito. O Brasileiro joga até sozinho. Até uma folha de papel amassada se
converte numa bola boa o suficiente até para praticar embaixadas, no meio de um
escritório.
É realmente consenso geral que o futebol é a cara do brasileiro, isso se justifica por
nele está incluído a liberdade e o direito de praticá-lo ou não, independente de qualquer coisa.
Além disso a profissão de jogador de futebol é a que representa com mais justiça a população
brasileira, basta observar que nessa área o profissional só precisa ter talento que nada impedirá a
sua ascensão, seja o candidato rico ou pobre, analfabeto ou intelectual, negro ou branco, feio ou
bonito. Da mesma forma não adianta ter influência política ou econômica. Se não tem bom
domínio dos fundamentos técnicos, é melhor procurar outra profissão. Uma prova disso é a grande
quantidade de jogadores profissionais oriundos da classe popular. Nesse esporte não são exigidas
características físicas especiais como acontece em outras modalidades esportivas.
O poder que a torcida exerce sobre as decisões do clube, evidencia um alto grau de
democracia nesse esporte. Quando o time vai bem a torcida aplaude-o. Quando vai mal, ela tem
toda a liberdade para reclamar. Exige a escalação de um determinado jogador, a demissão do
técnico que não fez o seu time render. Todos os integrantes do contexto de massa, que é a torcida,
têm os mesmos direitos. Reunidos durante o jogo são todos iguais, torcedores. Isso é muito
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importante, pois nos leva a refletir sobre a beleza que é esse esporte o qual consegue, em um país
de tantas desigualdades e injustiças, tornar uma população de milhares e até de milhões de
componentes, como é o caso dos grandes times brasileiros, em cidadãos considerados moralmente
iguais e livres, podendo cada um, com toda legitimidade ter uma visão inteiramente pessoal sobre
o seu time, discordando inclusive, de autoridades em futebol como os técnicos, dirigentes,
comentaristas, árbitros, sem que sua interpretação seja considerada insolente ou inconveniente.
Sendo assim, considera-se o futebol, instrumento de cidadania. Tudo isso justifica o
interesse em discorrer sobre esse tema tão sugestivo. A grande adesão, a alegria, o sonho dos
meninos em jogar futebol permitiu o acontecer do Projeto com muito entusiasmo. Porém, se fez
necessário uma prática pedagógica com o objetivo de amenizar os problemas sociais e auxiliar na
formação da cidadania. O processo acelerado de urbanização no Brasil refletiu, em grande maioria
das cidades do país proporcionalmente de acordo com o número de habitantes de cada uma, um
inchaço da população onde a disputa por moradia, escola, saúde e emprego é constante,
aumentando o grau de desigualdade social. Dentre muitos outros fatores que acarretam esses
problemas, está a má distribuição de renda, que no Brasil talvez seja a pior do mundo. O fato é que
esses casos ferem a cidadania já que a compreendemos inerentes aos direitos citados.
JAIME PINSKY em seu livro “Cidadania e Educação” (2003, p. 18 e 19) discorre:
“A cidadania pressupõe sim, o pagamento de impostos, mas também a fiscalização de sua
aplicação; o direito a condições básicas de existência(comida, roupa, educação e atendimento de
saúde) acompanhado de zelar pelo bem comum”. Mas, o que isso tem a ver com futebol e
cidadania? Talvez Pinsky tenha deixado implícito o vocabulário relativo ao esporte como
cidadania, nas palavras educação e saúde por nos seus sentidos mais amplos, já abrangi-los, pois é
impossível, na contemporaneidade, pensar em educação e saúde sem pensar em esporte como um
instrumento para essas causas. O convívio com regras, regulamento, etc., durante as várias
peladas, partidas e campeonatos de futebol, por exemplo, é um exercício para o “viver” na escola,
na família, na rua. A sociedade vive de cumprir regras. Temos os nossos direitos, porém devemos
respeitar os do outro. No futebol, pode-se tomar a bola do adversário mas, de forma leal, sem por
exemplo, empurrá-lo nas costa. Na sociedade não é diferente, seja em qual seguimento for, temos
que cumprir regras. Ou pode-se ouvir música em casa no volume máximo e na hora que quiser?
Nos anos de 2004 e 2005 foi implantado o Projeto Segundo Tempo no Município
de Serrita-PE, e em boa hora. Pois este município não é diferente dos tantos outros do Brasil que
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têm seus problemas sociais, econômicos e políticos que interferem no cumprimento de deveres, no
gozo dos direitos, da democracia, na qualidade de vida. Observava-se, na zona urbana do
município, um grande número de pré-adolescentes e jovens envolvidos no uso de drogas,
principalmente com bebidas alcoólicas e assim projetou-se um trabalho (prática pedagógica) que
não visasse apenas índices de rendimento atlético, quantificação de resultados e seleção de
estudantes até mesmo para evitar que essa prática fosse utilizada como aparelho ideológico de
controle social.
Na modalidade de futebol havia mais de cem meninos inscritos e bem
aparentemente observava-se um avanço ou evolução no comportamento dos alunos. A
participação no esporte, através do Projeto Segundo Tempo, influenciou para transceder na busca
da melhoria da qualidade de vida deles, principalmente dos adeptos de drogas e mais
concretamente constatado, a do uso de álcoool por essa ser uma droga lícita, mais acessível às
pessoas. Os autores dos livros-textos dessa especialização mostram uma preocupação com as aulas
de educação física e com o ensino do esporte nas escolas. Insistem que devem ser voltadas para a
idéia de inclusão. O esporte deve ser oferecido a todos, sem exceção. A dinâmica das aulas deve
garantir a participação dos alunos mesmo sem necessariamente perceber que estão jogando. Esses
autores recomendam o esporte lúdico e dentro de brincadeiras. A sistematização de objetivos,
conteúdos, processos de ensino-aprendizagem e avaliação devem ter como meta a inclusão do
aluno na cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas.
“Busca-se reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as
práticas corporais, resultantes da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência”.
(Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental, 1998, p.19). Além do processo de
inclusão ou até mesmo para facilitá-lo, é preciso que a escola entenda que existe uma diferença
considerável entre educação física e esporte escolar, sendo que o primeiro é um amplo campo de
conhecimento e o segundo, é uma vivência cultural que também deve ser valorizada pela escola,
oportunizando o aluno em horário extra-escolar, afinal esporte e educação andam juntos, são
íntimos ou inerentes.
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FUTEBOL NO BRASIL
Embora 1894 seja o ano que os historiadores assinalam como o da introdução
oficial do futebol no Brasil, é certo que muito antes disso, o jogo tenha sido praticado no país,
ainda que de forma improvisada. Em 1872 ou 1873, um dos padres do colégio de São Luís, em Itu
– SP, organizou partidas entre os seus alunos. Em 1874, marinheiros ingleses teriam jogado bola
na praia de Glória, Rio de Janeiro. Há inúmeras outras referências á prática do futebol no Brasil
antes de 1894. Como por exemplo, marinheiros ingleses ainda realizaram jogos por quase todo o
litoral, havendo pelo menos provas de que tais tiveram lugar em Recife e Porto Alegre. O ano de
1894 é aceito pelos historiadores como o da introdução oficial do futebol no Brasil, porque quando
Charles Miller chegou à São Paulo, depois de fazer cursos em Southampton, Inglaterra, trazendo
bolas de couro e uniforme completo de futebol, material utilizado nos primeiros jogos que ele
mesmo organizou em Várzea do Carmo, São Paulo, entre ingleses e brasileiros da Companhia do
Gás do London Bank de São Paulo.
CHARLES MILER, introdutor oficial do futebol no Brasil, nasceu no Bairro de São
Brás, São Paulo, em 1874, de pai inglês e mãe brasileira, e morre na mesma cidade em 1953.
Concluiu seus estudos preliminares no Brasil. Depois, transferiu-se para Banister Cout School,
Southampton onde ficou conhecendo o futebol. De volta ao Brasil, Miller foi, não apenas o
introdutor da prática organizada do futebol no país, mas foi também o primeiro a se destacar
como jogador e ganhar popularidade. A jogada de amortecer a bola com a face externa do pé era
sua marca registrada, e por isso ficou conhecida como Charles.
A partir de MILER, a história do futebol brasileiro desenvolveu-se mesmo que
lentamente. Pois começou como esporte de rico. Pobres, brancos ou negros não jogavam. Era
proibido. O primeiro time que aceitou jogadores negros foi o Vasco da Gama. Por causa disso, foi
expulso da Liga de Futebol, em 1923. Dez anos mais tarde, o futebol tornou-se profissional, isto é,
os atletas passaram a receber um salário e a viver de jogar bola, sendo funcionários dos clubes.
Isso aconteceu porque perceberam que os pobres também podiam ser bons de bola e
principalmente por fisicamente estarem mais preparados, devido a vida, de trabalhos pesados, que
levavam. Sendo assim estavam mais predispostos a renderem mais dentro de campo.
Assim como o carnaval, o futebol se popularizou, virou festa, cultura, passando a
fazer parte do dia-a-dia do brasileiro e da nossa da nossa história. Pode-se até ousar em dizer que o
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futebol é a coisa mais importante da cultura popular. A copa do mundo é o maior espetáculo da
terra.
Pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ descobriram que essa agitação
toda não acontece apenas no Brasil, país pobre. Acontece também na Alemanha, Itália, Holanda e
na Espanha. Sendo assim, considera-se o futebol muito importante no mundo todo.
Insiste-se ainda no futebol como paixão nacional, partindo da influência que sofre
cada brasileiro desde o seu nascimento. O primeiro presente é uma bola. Aprendendo a falar, o pai
ensina logo o nome do seu time preferido. O futebol é transferido de geração a geração sem que
haja nenhum martírio ou sacrifício. Principalmente para a criança que fácil e com alegria absorve
essa prática. E assim começa uma relação forte entre o ser, brasileiro e esse esporte. O amor pela
bola aumenta a cada dia pois, a criança se torna jovem, jogando bola em tudo que é espaço, até
dentro de casa. Quem nunca presenciou uma criança batendo bola na sala, colocando o jarro, o
espelho ou a televisão em risco de quebrar com uma bolada? Os corredores, as calçadas, as ruas
se convertem em campos imaginários. As traves podem ser de pedras, de chinelos, de pau. As
regras são adaptadas, reinventadas de acordo com o tamanho do espaço, da quantidade de
participantes, etc. Mas, o jogo é só alegria. A fantasia, o sonho é bem presente. Durante o jogo, as
crianças se imaginam jogador de televisão, craques em uma partida narrada por eles mesmos de
forma positiva, com palavras que os elevam e os estimulam a continuar na “festa” proporcionada
por todos os participantes e que sem preocupação e sem discriminação conseguem ser felizes,
mesmo sem saber que são.
Com o objetivo de cumprir com os trabalhos finais do Curso de Especialização –
Esporte Escolar, exigido pelo Centro de Educação à Distância-CEAD, da Universidade de Brasília
– UNB, surge a idéia de relatar sobre a prática de futebol relacionado à cidadania, experiência
vivida na monitoração de pré-adolescentes e jovens de 14 a 17 anos de idade do PST em Serrita,
cidade localizada na Região Sertão Central do Estado de Pernambuco e não diferente das tantas
outras cidadezinhas do interior do Nordeste. A construção deste trabalho fornece a condição de
ampliar a concepção de que é possível através do ensino de esportes, intervir na realidade social de
uma determinada comunidade. O ensino de esportes vem sendo reformulado e transformado
mundialmente. Países como a Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Inglaterra e França têm
realizado investimentos em estudos e pesquisas, para que novas possibilidades de inclusão sejam
evoluídas.
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Na cidade de Serrita, o PST, conforme experiência de vida e investigação realizada,
o envolvimento de pré-adolescentes e jovens com o esporte demonstrou possibilidades de
inclusão, fato observado através da aplicação de questionários, depoimentos e análise de
resultados que veremos mais adiante, porque antes iremos apresentar de forma breve a história do
Município, para que o leitor aprecie melhor o contexto desse relato de experiência intitulado – O
FUTEBOL INSTRUMENTO DE CIDADANIA PARA JOVENS NA CIDADE DE SERRITA -.
MUNICIPIO DE SERRITA
O Distrito de Serrinha (atual município de Serrita), deve a sua criação à Lei
Municipal nº 02 de 16 de novembro de 1892, na “Divisão Administrativa”, em 1911, o distrito de
Serrinha figura no município de Salgueiro. Através da Lei estadual nº 1931, de 11 de setembro de
1928, apareceu como sede do recém criado município de igual nome. Pouco tempo durou, foi
extinto como distrito de salgueiro.
Em 27 de junho de 1934 – data da criação – foi restaurado o municipio de Serrinha
através do decreto estadual nº 314, recebendo parte do territorio do distrito de leopodina e
compondo-se dos 05 distritos: Serrinha, Ipueira, Cachoeirinha, Caririzinho e Terra Nova.
Em 09 de dezembro de 1938, através do Decreto-Lei Estadual nº 235, o distrito de
Terra Nova foi para o restabelecido Município de Leopodina. Em virtude do Decreto-Lei nº 952,
de 31 de dezembro de 1943, o município e o distrito de Serrinha passaram a denominar-se Serrita,
porém permaneceu a mesma divisão distrital. Administrivamente, o município de Serrita é
formado pelos distritos: sede, Ipueira e Ori e do povoamento de santa Rosa .
Anualmente, no dia 11 de Setembro, Serrita comemora a sua emancipação
politica( fonte Fiam 1996) que já é uma festa tradicional do nosso municipio como outras do
nosso calendário: Missa do Vaqueiro, festas juninas São João, São Pedro, festa da Padroeira.
MONUMENTOS HISTÓRICOS
1. Estatua do Vaqueiro Raimundo Jacó / Sede Sitio Lages – Parque de Vaquejada - Missa do
Vaqueiro
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2. Monumento ao Pe. Cicero Romão Batista na sede ( Romaria ao Horto).
3. Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
4. Cristo Redentor – Novenas de natal
5. Serra que originou o nome domunicípio.
RECURSOS POLITICOS Poder Legislativo
• Ano de criação da Câmara Municipal: 1929 • Composição da Câmara Municipal
Total de vereadores: 09
• O município de Serrita é integrante da Associação Municipalista do Sertão AMUSC –
sede Verdejante, da qual fazem parte Cedro, Mirandiba, Parnamirim, salgueiro, São José do
Belmonte, Serra Talhada, Serrita, Terra Nova , Verdejante.
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE SERRITA
Em relação a sede do Municipio de serrita, fica as margens do rio do Sitio Traíras-
Sertão Central de Pernambuco da região nordeste do Brasil – Zona tórrida – área geográfica –
1664 km 2 – Altitude 425 m limites de cidades vizinhas – limita-se ao Norte com Jardim – CE,
ao Sul com Parnamirim – PE, ao Leste com Salgueiro e Cedro – PE, e ao Oeste com Granito e
Moreilândia – PE distância do município para a capital, 544km.
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ASPECTOS SÓCIO – ECONÔMICOS
POPULAÇÃO
A População do município de Serrita segundo o SIAB de Abril de 2001 apresenta
as seguintes faixas etárias.
Zona Rural: < 1 ano 1 a 4 5 a 6 7 a 9 10 a 14 15 a 16 20 a 39 40 a 49 50 a 59 >60 Total Masc 32 578 271 463 743 700 1671 479 395 535 5867 Fem 39 522 268 695 695 1655 1655 493 416 644 5833 Total 71 1100 895 1438 1438 3326 3326 972 811 1179 11700 Zona Urbana: < 1 ano 1 a 4 5 a 6 7 a 9 10 a 14 15 a 16 20 a 39 40 a 49 50 a 59 >60 Total Masc 35 281 130 213 358 303 754 192 161 206 2633 Fem 37 279 140 175 356 290 799 211 182 271 2740 Total 72 560 270 388 714 583 1553 403 343 477 5373
A população total do município segundo o IBGE de 2000 apresenta um total de
8.909 homens, 8.930 mulheres e com uma população urbana de 4.420 pessoas e a rural com
13.419 pessoas.
A população dos idosos é de 9,7%, o número de mulheres corresponde a 50,2% da
população.
Quanto ao rendimento mensal 78% ganham até um salário mínimo, 18% entre um
e 3 salários mínimos e 4% mais de 3 salários mínimos.
CONDIÇÕES DE SANEAMENTO: Rede Pública Poço ou nascente Outros Zona Urbana 99,0% 0 1,0% Zona Rural 19,20% 23,6% 57,2 Fonte: SIAB Abril 2001 DESTINO LIXO: Coleta Pública Queimado/enterrado Céu Aberto Zona Urbana 94,1% 0,6% 5,3% Zona Rural 8,33% 23,6% 57,2%
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Fonte: SIAB Abril 2001 TRATAMENTO ÁGUA DOMICÍLIO: Filtrada Fervida Clorada Sem tratamentoZona Urbana 8,83% 0 90,0% 2,1% Zona Rural 15,3% 0,32% 53,15% 81,5% Fonte: SIAB Abril 2001 DESTINO FEZES E URINA Sistema de Esgoto Fossa Céu Aberto Zona Urbana 67,22% 23,4% 9,3% Zona Rural 8,41% 10,12% 81,41% Fonte: SIAB Abril 2001 REDE ESCOLAR
Em relação ao ano de 2001 encontram-se matriculados 2.700 alunos na zona
Urbana e 4. 151 na zona rural. Sendo oferecidos os cursos de Educação Infantil, Ensino
Fundamentalç e Ensino Médio.
Quanto a localização das escolas, 56 estão na Zona Rural e 05 na Zona Urbana. A
cidade ainda possui uma escola particular de ensino infantil e fundamental e a prefeitura
oferece transporte para os estudantes de nível superior da faculdade de salgueiro.
TIPO DE CASA: Tijolo/adobe Taipa revestida Taipa não revestida outros Zona Urbana 49,20% 37,13% 12,93% 0,04% Zona Rural 97,0% 1,3% 0,7% 0
ENTIDADES E EVENTOS DE CULTURA E LAZER
A cidade possui uma rádio comunitária que tem um alcance de 50 quilômetros, a
qual tem grande audiência, possui um estádio municipal de futebol. Há também ginásio de
esportes na Sede Há também quadras esportivas nos povoados.
Podemos contar também com salões comunitários nos quais são comemoradas
datas festivas pela população. Há também um coral de aboios na cidade.
A maior festa cultural do município é a Missa do Vaqueiro realizado no mês de
Julho.
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RECURSOS DE SAÚDE
Atualmente o município possui quatro unidades de Saúde da família, sendo uma
na zona urbana, e três na zona rural e uma unidade de Programa de Agentes Comunitários de
Saúde. Há também cinco postos de saúde na zona rural e um hospital com caráter municipal,
o qual possui um total de 31 leitos, sendo 5 cirúrgicos, 4 obstétrico, 12 clínica médica e 10
pediátricas. Assim com uma taxa de 2,6 leitos por mil habitantes. Há 0,5 médicos por mil
habitantes e 0,3 enfermeiros por mil habitantes.
ATIVIDADES ECONÔMICAS PREDOMINANTES:
Agropecuária e Mineração
Nosso Municipio conta atualmente com 53 escolas, 8 Supermercados, 6 farmácias,
141 pequenas outros estabelecimentos comerciais, 9 praças, 2 Quadras esportivas na zona urbana,
3 na zona rural, 1 estádio municipal de futebol, 1 parque aquático, 1 agência de correios, 1
agência do Banco do Brasil, 6 igrejas na zona urbana, 42 na zona rural, 1 sindicato de
trabalhadores rurais, 28 associações comunitárias etc.
A educação em Serrita nunca foi das melhores assim como a escola pública em
todo o Brasil. Educação Física então, sempre foi uma área despresada. A Universidade distante
faz o aluno parar mais cedo de estudar. Só para se ter uma idéia, no Sertão de Pernambuco a
oferta de faculdades é pequena e não tem cursos de Educação Física.
Sendo assim, a maioria das escolas trabalha a disciplina fora das propostas
expressas em PCN”s, Coletivo de Autores, autores dos módulos dessa especialização e de outras
literaturas afins.
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LEITURA DA REALIDADE ESPECÍFICA Na cidade de Serrita, o Projeto Segundo Tempo, com o apoio da Prefeitura, realizou
um trabalho esportivo com uma comunidade de mais de seiscentos alunos, oriundos de classe
popular e consequentemente, alunos de escolas públicas desse município. A atividade esportiva,
optada por eles mesmos, é o futebol, esporte de aceitação unânime por alunos nessa faixa etária. O
projeto prevê o afastamento desses jovens das práticas ilícitas, do consumo exacerbado de álcool,
a diminuição da violência e a construção de hábitos de saúde assim como a compreensão de que o
esporte é um direito de todos, sem exceção. O plano de oportunizar a todos nessa prática esportiva,
independente de ser mais técnico ou menos técnico é também o ponto que vale ser salientado pois,
o talento, nesse projeto, é valorizado, porém nunca em detrimento ao que não é talento. Os autores,
da Esporte e Sociedade (2004), ressaltam que: “O esporte por si só não inibe a violência, isto é, as
políticas sociais não podem ser isoladas, mas sim, integradas”. O esporte, neste caso, a prática de
futebol gera muitos momentos de violência, seja entre jogadores durante o jogo, ou seja, entre
torcedores antes durante e depois do jogo, no futebol profissional e no futebol amador. Porém, o
desafio é fazer esporte para amenizar os problemas sociais e como a violência é um deles, então
precisamos da escola e das outras entidades sociais que lidam com a sociedade para fazer o esporte
útil nesse sentido. A prática é bem democrática e sem cobranças excessivas, principalmente, com
relação a técnica pois, essa parte deverá ser uma conseqüência que com o tempo surgirá sem
pressão. Parte-se do jogo coletivo, que é o que eles mais gostam, para se chegar as partes. Tenta-
se, insistentemente, que os mais técnicos e os menos técnicos convivam num clima de harmonia,
reconhecendo que o que têm de diferente não os impedem de gozar dos mesmos direitos, jogar
bola.
JOÃO BATISTA FREIRE (2003, p.2), em sua obra que se caracteriza como um
livro didático para o professor ensinar futebol, alicerçado em sólido e experimentado
conhecimento teórico prático – além de ser um marco nacional em relação à pedagogia do futebol
– centra seus estudos nas brincadeiras de rua, afirmando serem elas as grandes responsáveis pelo
aprendizado de nossos craques. A todo esse processo vivido pelas crianças na rua e suas
brincadeiras com bola nos pés, ele chamou de pedagogia da rua. “Pés descalços, bolas,
brincadeiras, são alguns ingredientes mágicos dessa pedagogia de rua que ensinou um país inteiro
a jogar futebol melhor do que ninguém”.
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Indiferentemente de qualquer outra cidade do Brasil, Serrita é amante do futebol.
Seja criança, jovens, adultos, direta ou indiretamente, todos se envolvem. Todos os anos acontece
o campeonato municipal de futebol amador. A prefeitura através da Secretaria e Diretoria de
Esportes faz a competição com duração de cinco a seis meses. Trinta e duas equipes participam. A
Serrinha FM, rádio comunitária local, faz a cobertura, inclusive radia o jogo das 16:00 h do
domingo. O evento esportivo movimenta a população do município de forma extraordinária. Os
meninos de 14 à 16 anos de idade já começam a sonhar em disputar o campeonato, fazendo parte
de uma das equipes participantes. O projeto Segundo Tempo foi um escape para esses jovens que
precocemente participavam desse campeonato nas equipes de adulto, o que a princípio não seria
uma atividade saudável para eles.
O jovem de hoje está muito vulnerável principalmente as drogas e a violência.
Nesse período da vida, a necessidade de auto-afirmação, a busca por novidades e aventuras-fruto
da curiosidade e do desejo pelo novo – o espírito altamente crítico e a importância das vivências e
dos valores grupais são características marcantes que influenciam decisivamente na opção – ou
não, pelo consumo de drogas.
O grupo em estudo é formado por uma quantidade de cem pré-adolescentes e
jovens onde eles desde o início do ano de 2004 participam do Projeto Segundo Tempo. O estudo
desse caso foi feito através de amostragem de 10 jovens os quais foram sorteados para serem
entrevistados sobre a prática do futebol e obtive os seguintes resultados mostrados nos gráficos a
seguir.
Antes de fazer parte do Projeto Segundo Tempo bebiam bebida alcoólica? Desde que idade?
Em conformidade com o gráfico, obtivemos os seguintes resultados:
Grafico 1
50
2512,5 12,5
0102030405060
Bebiam antesdos 13 anos
Bebiam depoisdos 13 anos
Provaram masnão bebem
Nunca beberam
Porc
enta
gem
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50 % bebiam e iniciaram antes dos 13 anos de idade por influência dos colegas e também porque
passavam parte do seu tempo extra escola, pela rua, além de que em casa, os pais bebem.
25 % bebiam. Iniciaram depois dos 13 anos de idade. Antes dos treze anos de idade se ocupavam
em brincar . Depois dos 13, começaram a ir discotecas, forrós, festas, permitidos pelos pais. Daí
surgiu o envolvimento com bebedeiras
12,5 % Um dia provaram mas, não bebem. São mais dedicados a estudar, jogar bola, ir a igreja e
passam mais tempo com a família
12,5% nunca beberam. Também porque se dedicam mais a escola, a igreja e a família.
Perguntado se depois que fazem parte do projeto ainda bebem.
Os 37,5% que bebem menos do que antes mais os 37,5% que estão tentando deixar,
são os jovens que iniciaram o vício antes dos 13 anos de idade mais os que iniciaram depois dessa
idade, mostrados no gráfico 1. O interessante é que esse gráfico 2 mostra uma evolução no sentido
de afastá-los do consumo de álcool. Esses alunos declararam que a participação no jogo de futebol
tem feito com que se reservem mais e esperem o horário do treino, assim como no próprio jogo
sentiam a necessidade de se preparem melhor fisicamente para acompanharem os outros;
Os 25% que continuam sem beber, dificilmente se viciarão. O acesso ao álcool será retardado o
tempo necessário até que eles saiam da “zona de perigo”. Quando adultos, podem até beber mas,
socialmente, sem vício.
Sobre o que seria das suas vidas sem o futebol. Responderam:
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Grafico 3
60
24,5 15,5
020406080
Não Sabem o queseria
Seria ruim porquenão teria o que
fazer
Acha que iriabeber mais
Porc
enta
gem
60 % não sabe o que seria.
24,5 % seria ruim porque não teria o que fazer.
14,5 % acha que iriam beber mais .
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ASPECTOS RELEVANTES DO PST SERRITA É inquestionável a relevância do Projeto Segundo em qualquer que seja o
município do Brasil. Em Serrita, os gráficos mostrados nesse trabalho revelam o rendimento
positivo e termos ajudado na construção da cidadania. Muitos pontos positivos puderam ser
observados no desenvolvimento do projeto como:
• Parceria do projeto com a Escola no processo de Educar;
• Oportunidade a todos: inclusão;
• Valorização de talentos: treinamento específico;
• Revelação de talentos;
• Empregos;
• Reforço Alimentar;
• Aquisição de fardamentos, bolas, redes etc.;
• Construção da cidadania.
Porém há de se considerar, até por tudo que foi relatado sobre a falta de
profissionais acadêmicos no município, que ficou a desejar na parte da prática pedagógica.
Dentre os pontos negativos pode-se destacar:
• Falta de bolas especificas para cada categoria;
• Material encaminhado depois de bastante tempo que o Projeto de inicia;
• Deficiência na prática pedagógica;
• Falta de recurso humano.
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ANÁLISES, CRÍTICAS E SUGESTÕES
É verdade que o Brasil engatinha no seu verdadeiro crescimento econômico e que
existe uma camuflagem da sua aparência política para os países considerados grandes potências
mundiais com o fim de zelar pela imagem internacional.
No entanto há de se considerar o avanço nas políticas sociais. O Projeto Segundo
Tempo é um dos exemplos de projetos voltados para a camada popular de maior carência
econômica.
Enfim, é preciso que a idéia seja fortalecida e aperfeiçoada no sentido de ampliar e
alcançar um maior número de pessoas. No município de Serrita, por exemplo, seria possível
descentralizar ainda mais para a população da Zona Rural. Para isso é necessário mais recursos.
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CONCLUSÃO
A desilusão é um comportamento observável no jovem de hoje. A dificuldade
econômica, a falta de expectativa por não ver a sua frente, um emprego, a faculdade, um horizonte
próspero. Tudo isso e muito mais, aumenta de forma galopante, os problemas sociais. As pessoas
tendem a fugir desses problemas com o uso abusivo de drogas, principalmente o álcool por está
mais acessível, sendo essa uma droga lícita. O uso de drogas na infância e na adolescência
representa um transtorno no processo de formação da cidadania.
Pesquisas do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas /CEBRID registraram
que a experimentação de drogas vem acontecendo cada vez mais precoce, sendo que o álcool é a
mais utilizada. O último levantamento realizado junto a estudantes do ensino fundamental e do
ensino médio em 10 capitais brasileiras mostrou que na faixa etária entre 10 e 12 anos, 50% dos
jovens já haviam experimentado álcool.
Enfim, mesmo diante de tantas pedras no meio do caminho, é possível encontrar
uma luz no fim do túnel que alivie e que contribua para o bem. Há de se fazer algo para sintonizar
as crianças e jovens numa faixa de pensamentos e idéias favoráveis a um modo de vida mais digno
ao homem, ser humano. No relato, ficou claro que o futebol foi um dos instrumentos a ajudar.
Vários problemas foram sanados e certamente continuarão a serem sanados. Pelos resultados
obtidos no estudo do caso em questão, constata-se que o futebol pode sim, ser usado como
instrumento de cidadania. Porém é necessário que façamos desse esporte exatamente o que
queremos que ele seja, meio de educação e cidadania, pois o esporte, assim como o futebol, não
está em oposição a sociedade, mas sim, está junto a ela, para o bem dela.
A escola deve ser a entidade mais íntima da criança e do jovem, depois da família.
Afinal o ambiente escolar é o lugar onde o aluno passa grande período da sua vida. É louvável a
idéia de alguns políticos de aumentar o tempo do aluno na escola mas, é preciso que esse tempo
seja ocupado com atividades que o faça feliz. No estudo do caso em questão observou-se
resultados concretos com relação à contribuição dada pelo Projeto Segundo Tempo através do
futebol. O município que não é contemplado pelo Projeto Segundo deve criar espaço para a prática
de esporte fora do horário regular, dentro da escola. Ou que seja fora da escola, se não tem um
campo de futebol, uma piscina, uma quadra, por exemplo, contanto que seja de responsabilidade
da escola. Acredito este ser um caminho. Para que um professor de educação física complementar
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sua carga horária com outras disciplinas que não tem nada haver com a sua área, enquanto poderia
muito bem completar com atividade esportiva? A escola tem o poder e o dever de ocupar seus
alunos em horário extra classe com atividades saudáveis, úteis as suas vidas.
Enfim, conclui-se que o futebol não seria suficiente para atender a todos, por isso
usei tanto o termo esporte. A escola deve oferecer as atividades esportivas por cultura corporal de
escolha do aluno, ou seja, oferecer a prática do FUTSAL, do futebol, do handebol, etc. Assim seria
possível projetar um grande número de criança e jovens para um modo de vida mais saudável e
mais próximo do direito de gozar a cidadania.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAMATTA, Roberto. Universo do Futebol: Esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro –
Pinakotheke(1982).
DIAS, Carlos. Futebol e Cidadania: O esporte mais popular do país também foi no século 20, a
instituição mais democrática. Um século de esporte. Disponível em
<http.://wwwc.gazetaesportiva.net/história/século/futebol/abertura.htm>. Acesso em 04 Ago.2006.
Dimensões pedagógicas do esporte/ comissão de especialistas de educação física (Ministério do
esporte) Brasília: Universidade de Brasília/CEAD, 2004.
Esporte e sociedade/ comissão de especialistas de educação física (Ministério do esporte) 2ª edição
Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, 2004.
FREIRE, João Batista. Pedagogia do Futebol. Campinas: Autores Associados, 2003.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física/Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: MEC/SEF, 1998.
PINSKY, Jaime – Cidadania e Educação. – São Paulo: Contexto, 2003.
____________ - Práticas de Cidadania.- São Paulo: Contexto, 2004.
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ANEXOS
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SERRITA -PE