FUT LANCE! 65

F!

ro com cada vez mais força. Mas com avontade que encara os atacantes adver-sários, Bailie supera os percalços do cre-púsculo de sua carreira profissional e se-gue firme na defesa do Linfield FC.

“Eu pensei, no Natal em me aposentar.As pernas já estão cansadas, a pesar umpouco. Na temporada passada tive mui-tas lesões, que acabaram me atrapa-lhando um pouco, justamente por teremsido uma após a outra. Mas eu não tenhodúvida da minha habilidade. Se eu nãoachasse que pudesse contribuir mais pa-ra o Linfield, ou jogar o meu melhor, eu játeria parado. Nunca se pode dizer nun-

contrar jogadores que continuem poranos defendendo as mesmas cores. Amaioria deles, assim que supera as cate-gorias de base (às vezes, antes disso) e sedestaca por um curto período entre osprofissionais, arruma as malas e vai em-bora. Ou, principalmente no caso brasilei-ro, são vendidos para sanar as dívidas doclube. Em primeiro lugar, dois dos moti-vos que o mantiveram fiel ao tradicionaltime de Windsor Park foram o respeito ea identificação com os torcedores.

“Acredito ser importante que o joga-dor fique e se desenvolva em um clubesó. Mas isso nem sempre é possível, jáque por diversas razões a pessoa sentea necessidade de ir para outro lugar, ouo clube, em que está, precisa passá-loadiante. Eu continuei no Linfield porquesempre fui muito bem tratado. Eu tenhouma ótima relação com a torcida. Os fãssempre foram ótimos comigo e eu sou

muito agradecido pelo apoio que elesme deram durante todos esses anos”,afirma o zagueiro-zagueiro em seu dis-curso curto, uma característica típicados jogadores da posição, que não po-dem dar moleza.

“Eu também quis seguir minha carrei-ra aqui porque estava jogando pela equi-pe de maior sucesso e, é claro, ganhan-do constantemente medalhas e, comocapitão, levantando troféus de campeãoem nome do Linfield. Eu tive muita sor-te por poder jogar no clube top da Irlan-da do Norte por tanto tempo. Semprehá uma competição saudável, de quali-dade, por uma vaga entre os titulares.”

No esplendor de seus 39 anos, ele ain-da não definiu o momento em que irápendurar suas gastas chuteiras. Algoque quase aconteceu na última tempo-rada, por conta das tantas lesões queatacam a experiente carcaça do zaguei-

Ele é verdadeiramente umaLENDA VIVA. Não só pela suacarreira vitoriosa, mas tambémpor sua LEALDADE ao Linfield,sua longetividade no clube. Eleé um grande jogador.

ca para o futebol. Bons tempos virão pe-la nossa frente, tenho certeza.”

Assim como fez São Patrício, santopadroeiro da Ilha da Irlanda, o recordis-ta mundial Noel Bailie conquistou milha-res de fiéis, em especial os do LienfieldFC, com sua perseverança e entrega aoclube. Apesar de nunca ter defendido aseleção de seu país, o zagueiro pode serconsiderado um ídolo nacional, que con-quistou diversos títulos em seus 24 anose mais de mil partidas de serviços pres-tados aos Blues. Uma marca que o recor-dista do planeta bola não planeja dar co-mo definitiva tão cedo. Ainda bem.

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BAILIE_FUTL! 29/10/2010 17:08 Página 65