fúria abissal

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O segundo livro completo da série "Ventos Incertos"

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Capitulo 1:Somos atacados pelas faxineiras do colégio -Isso mesmo que você ouviu, Jullie está aqui na cidade, por isso devemos ficar em estado de emergência! – Avisou Cassandra – Ouvimos o som do sinal badalar, o inicio da primeira aula,aquilo era música para meus ouvidos,depois de enfrentar uma penca de monstros o que eu mais precisava era ver uma boa e velha aula de português, mas quando fui entrar na sala uma menina esbarrou em mim com força,meu ombro ficou dolorido por um tempo mas logo passou.Nos sentamos assim: nas duas primeiras cadeiras das fileiras do canto Stella e Lilith,atrás delas eu e Cassandra. No momento que a professora passou pela porta sala olhou diretamente para nosso grupinho, mais especificamente para Lilith, ela a fumegava com o olhar até que quebrou o gelo e resolveu falar: -Porque ficaram tanto tempo fora? E quem é essa garota? – Indagou a Professora – -Na verdade nós fomos salvar... – Falei com a verdade pulando da minha boca – -... Salvar as crianças carentes professora, fomos até uma casa de apoio e ficamos de voluntários porque nossas mães perceberam que eles estavam precisando, quanto a ela – Continuou Stella – É Lilith Lancaster, está fazendo intercâmbio do Ca... nada A professora ficou meio desconfiada, porém deu as boas-vindas para nós quatro e continuou a dar sua matéria normalmente, estamos aprendendo orações subordinadas adverbiais, e eu tenho muita dificuldade, por isso Stella me ajuda bastante, quanto a Lilith era quase cômico vê-lá fazendo uma coisa que nunca havia tentado, mas resolvi ajuda-lá, e por sorte ela prestava atenção e pegava tudo rapidinho, quanto a Cassandra estava quieta em sua carteira rabiscando alguns corações, ela devia estar com muita saudade de Bill. Quando a professora me viu de pé perto de Lilith ,deduziu que estivesse conversando e me mandou sentar. Era muito bom ouvir as pessoas conversando, as canetas caindo, o barulho de papel sendo amassado e até mesmo o barulho que fazia na lousa quando a professora escrevia algo, fiz os exercícios e copiei tudo direitinho e no maior capricho. O sinal badalou novamente indicando mudança de aula eu já via a professora de história se aproximando,quando ela terminou de arrumar suas coisas sobre sua mesa,comecei a ouvir barulhos iguais a terremotos: -Vocês ouviram isso? – Perguntei para elas – -Ouvi sim e vem lá do ginásio – Respondeu Lilith – -Precisamos de uma distração – Aconselhou Stella –

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-Professora! –Disse Cassandra chamando a atenção da professora – Nós quatro precisamos ir ao banheiro -Vocês quatro? –Respondeu a professora caçoando-a – -Nós estamos com desarranjo intestinal coletivo, os médicos estão discutindo isso agora mesmo. No congresso mundial, nos deixe ir! -Tudo bem... então voltem logo! – Ordenou a professora – Depois que saímos da sala eu não entedia o que era desarranjo intestinal e resolvi perguntar: -O que é desarranjo intestinal coletivo? -Diarréia de varias pessoas, tonto – Respondeu Cassandra – -Não acredito que você conseguiu convencer a professora com isso mais tudo bem pelo menos estamos fora, agora até o ginásio de esportes! A medida que íamos nos aproximando do ginásio os barulhos ficavam cada vez mais altos e intensos,de repente comecei a sentir uma dor de cabeça terrível ia rápido e voltava rápido até que atingiu seu auge,via a palavra “Ilusão” escrita em uma espécie de fumaça no ar,então voltei ao normal,estava deitado no chão e as três garotas estavam olhando diretamente para meus olhos que por sinal estavam coçando.Das visões que já tive essa foi a mais esquisita de todas,só a palavra ilusão escrita no ar não respondia nenhuma das minhas perguntas. Apoiei-me a uma parede e me levantei, saímos em disparada em direção ao ginásio, atravessando o pátio e cruzando a cantina,quando toquei a maçaneta da grande porta do ginásio,ouvi passos lentos e pesados vindo em direção á porta, me afastei um pouco a tempo de uma das faxineiras da escola explodir a porta, isso mesmo uma senhorinha de um metro e quarenta e cinco de altura estourou uma porta daquele tamanho, porém ela estava completamente alterada,seus olhos pareciam olhar o fundo de minha alma,seus caninos inferiores cresceram deixando-a parecendo um javali,e não era só uma,eram três,elas empunhavam,vassouras e esfregões,se não estivesse lá,teria dado muita risada,mas na situação na qual me encontrava,estava com tanto receio que os cabelos da minha nuca ficaram de pé,existia alguns alunos no ginásio,mas pela tranqüilidade que eles estavam deduzi que eles não estavam vendo aqueles monstros.Não podia me transformar em serpente no meio do pátio da escola,Cassandra não podia fazer mágica,estávamos praticamente de mãos atadas. As faxineiras arremeçaram um balde d’agua em direção a Lilith que com rapidez esquivou-se com um mergulho, o balde passou zunindo pelos seus cabelos acinzentados,quando tocou a parede sentimos o chão tremer ele havia feito um buraco na parede,se acertasse Lilith ia machucar. A faxineira urrou de ódio e avançou em nossa direção, por sorte elas eram lentas, o que nos deu tempo de pensar em alguma coisa, Stella estava tirando

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todos do ginásio,Lilith estava chamando atenção das faxineiras enquanto eu e Cassandra iamos até um corredor vazio para podermos lutar. É claro que enquanto corríamos Cassandra tropeçou no meu pé me levando a cair ao seu lado: -Valeu em! – Comentei – -Foi mal, to com a cabeça nas nuvens – Disse Cassandra meio tonta – -Eu sei que você está com saudades do Bill, mas agora não é hora de ficar com a cabeça no mundo do Lua! – Adverti – Ela concordou Ajudei ela a se levantar e continuamos correndo,quando chegamos em uma parte vazia da escola ela tirou o cajado da mochila,como ela fez isso eu não sei,porque ele era comprido e normalmente não caberia na mochila,enfim,sentia minhas pernas colarem,meus braços se juntarem ao meu corpo,meu olfato transferindo-se para a língua bifurcada,e minha visão mudar,Cassandra já estava como um imponente lobo branco,mas não podia me comunicar com ela,afinal,eu não sabia falar “lobês” e ela não sabia falar “cobrês”. Não era comum em uma pequena escola ver uma serpente de sete metros e um lobo do tamanho de um urso correndo pelos corredores, fomos cautelosos porque eu conseguia ver o calor das pessoas através das paredes,quando abrimos a porta do ginásio,uma corrente de vento atingiu nossos rostos. Lilith e Stella, já como águias, estavam lançando poderosas rajadas de ventos nas faxineiras, que pareciam nem sentir e continuavam a avançar em direção a Stella,uma delas arremessou dois esfregões com tanta força que cravou as asas de Stella na parede,a faxineira saltou muito alto e a pegou pelo pescoço trazendo-a até o chão,ela se debatia em torno dos braços da “dócil” senhora,mas quanto mais ela se debatia mais ela apertava: -Me de a chave! – Disse a faxineira com uma voz rouca e duplicada – -Não de a ela – Soluçou Stella que foi brutalmente transformada em humana – -Mas nem está comigo! – Retruquei transformando-me em humano – -Olhe em seu pescoço – Ordenou – De fato, a chave estava pendurada em meu pescoço, eu a tirei e fui indo em direção a ela que já estava com a mão estendida,quando ia por a chave em sua mão ouço um barulho de vidro se quebrando,avistei uma sombra muito rápida passando pelas faxineiras derrubando-as e libertando Stella,quando a sombra parou,eu vi o que era, ou melhor, quem era, e me deixou de queixo caído ao ver aquele familiar lobo vermelho ou como prefiro chamar meu amigo Bill.

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Capitulo 2: A diretora quer nos matar Bill foi derrubando as faxineiras em alta velocidade enquanto Stella se recuperava e voltava ao ponto mais alto do ginásio com medo daquela mesma situação ocorresse novamente, Bill voltou a ser um menino, tirou sua foice das costas, que estava presa com uma fita de couro preta, e investiu contra as faxineiras que já estavam se levantando, ele as decapitou com um só golpe e elas se desfizeram no ar como fumaça, Bill caiu de joelhos no chão porque pois muita força para se impulsionar em busca de um ataque veloz e brutal. Enquanto ele se levantava, Cassandra foi correndo em direção a ele, então praticamente se jogou em cima de Bill levando ele novamente ao chão. Ela o abraça e o beijava na bochecha freneticamente: -Eu também estava com saudades, mas... Por gentileza você pode sair de cima de mim? – Pediu Bill com uma voz rouca – Quando Cassandra o deixou levantar ele veio diretamente a mim, parou, respirou um pouco e antes que ele pudesse falar eu me antecipei: -Como você sabia que precisávamos de ajuda? E como sabia qual escola nós estávamos? -Psiu! – Disse Bill – Não é obvio? Você não é o único que pode ver o futuro, um dia depois que vocês saíram seu pai me chamou e disse que vocês iam precisar de mim, mas não foi só por isso que vim além de que eu estava com saudades da Cassandra, ele ainda me disse que vocês precisam voltar a Lusterpurge, seu pai já está sabendo sobre Jullie na cidade e quer conversar muito serio conosco, mas ele disse que o grupo todo deveria estar junto. -Nós não podemos ir ainda! – Exclamou Stella transformando-se em menina – -Porque não? – Perguntamos todos ao mesmo tempo olhando com cara de interrogação pra ela – -Há uma tradição na escola,quando chegamos à oitava serie,temos que participar do baile de outono. -Baile de outono? – Indagou Bill – -Sim,se algum aluno ousar em não comparecer o mesmo é expulso da escola e a minha mãe e a mãe da Cassandra meio que nos obrigarão a participar – Respondeu Stella – -Quando é o baile? – Perguntou Bill – -Daqui dois dias – Disse Cassandra – -Ai que legal! Mas não comprei um vestido ainda, Stella... Será que você pode me emprestar um? – Pediu Lilith – -Claro que sim! Na quarta-feira depois da escola vem na minha casa que nós nos arrumamos.

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-E você Bill? Onde vai ficar? – Perguntei – -Eu ainda não sei mais vou decidir ao longo do dia -Fica na minha casa! –Sugeriu Cassandra – Err... Acho que minha mãe não vai deixa ,Stella... -Não olha pra mim – Cortou Stella – -Por favor, nunca mais te peço nada -Ah! Ta bom, mas nunca mais me peça nada -É,eu já sei onde vou ficar! – Exclamou Bill – E obrigado por sua gentileza Stella Depois disso Bill deu um abraço em Cassandra e pulou pela janela quebrada de onde veio, e nós nos dirigimos para a sala de aula que devia estar no fim da quarta aula, enquanto íamos em direção a sala a diretora nos encontrou e nos mandou para sua sala na hora do intervalo antes de entrar na sala Cassandra pois a mão no meu ombro e disse: -Acho que Jullie está agindo! -Porque você diz isso? -Aquelas faxineiras lá no ginásio não passaram de ilusões, você viu o jeito que se dispersaram no ar? Isso é típico de uma ilusão. -Temos que ficar mais atentos! -Mais atentos ao que Sr.Van Darsen? – Disse o professor de Biologia – -Eu disse pra Cassandra que apesar da sua aula ser interessante temos que prestar muita atenção nela – Disse com esperança que ele acreditasse - Ele fez uma careta, mas pareceu que entendeu como uma piada e nos deixou entrar, Stella e Lilith já estavam sentadas em seus respectivos lugares, o professor já estava finalizando sua aula. Depois de uns dez minutos a coordenadora entra na sala e diz: -Por gentileza professor, preciso retirar quatro alunos Sr. Van Darsen,Srta.Clown Srta. Anglezarke e Srta.Lancaster por gentileza me acompanhem até a diretoria,Solange quer vê-los em sua sala. Nos levantamos apreensivos e acompanhamos a coordenadora pelos corredores do colégio,quando passamos por um deles reconhecemos alguns alunos que estavam no ginásio na hora do incidente,eles nos olhavam com raiva e com medo. No momento que chegamos à sala da diretora sua cadeira atrás da mesa estava de costas para nós: -Sentem! – Exclamou a diretora – Havia quatro cadeiras cada um sentou em uma, quando Stella se sentou a diretora virou a cadeira com violência e me olhou no fundo dos olhos e disse: -Vocês podem me relatar o que houve hoje no ginásio?

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-Não houve nada, somente que tivemos que tirar os poucos alunos que estavam no ginásio porque pensamos que a estrutura iria ruir – Disse Cassandra – -Mentira! Como vocês explicam as faxineiras terem atacado vocês? -Nós nunca dissemos nada sobre faxineiras diretora! –Respondi – -Eu sei por que ela disse isso, ela já sabia das faxineiras, ou melhor, foi ela que as mandou, não é mesmo? Jullie? – Declarou Lilith – -Jullie, quem é essa? – Perguntou a diretora aflita – -Ostendo sum is sudo veritable is vultus* – Recitou Cassandra retirando seu cajado da mochila e mirando na diretora – Um pó brilhoso saiu do cristal do cajado de Cassandra indo em direção a diretora, toda a mágica se grudou na roupa de Solange depois de um tempo nem conseguíamos vê-la mais de tanto pó que a cobria,de repente ele caiu e no lugar da diretora uma menina familiar apareceu tossindo,era Jullie eu a reconheci, eu só a vi uma vez, mas sua imagem ficou bem gravada na memória: -Então nos encontramos novamente Dante? – Disse Jullie – -Porque você apareceu no labirinto? Porque está nos perseguindo? – Respondi – -Em primeiro lugar eu apareci no labirinto porque simplesmente eu sou Jullie, Dama das ilusões, faço o que bem entendo, não estou perseguindo vocês estou perseguindo aquela chave – Explicou Jullie apontando para meu pescoço – -Mais é muito convencida mesmo! E se nós nos recusarmos a lhe dar a chave? –Provocou Lilith – -O que houve no ginásio foi uma pequena dose do que eu posso fazer, se vocês se recusarem eu simplesmente mato todos vocês começando por você – Ameaçou Jullie apontando para Lilith – -Mas só por cima do meu cadáver! – Declamei já retirando as espadas da mochila – Num movimento rápido tirei as duas espadas e ia pular por cima da mesa para cravá-las no peito de Jullie, mas as espadas a atravessaram como se fosse feita se fumaça: -O que é você? – Perguntou Stella – -Eu já disse que sou a dama das ilusões... -Já,duas vezes – Disse Lilith interrompendo-a – -Como ousa sua mortal? Dante, quero que leve a chave para Lusterpurge e me encontre no coliseu, caso contrario quem vai sofrer as conseqüências será seu pai. Minha vontade era de estrangular aquela garota mais quando pensei nisso uma fumaça azul se evidenciou no ar levando Jullie com ela. Lá estávamos eu, Stella, Lilith e Cassandra diante de muito pó e uma sala toda quebrada, o silencio permaneceu por um tempo, começamos a ouvir ruídos e gemidos vindos de dentro da gaveta da mesa que ainda estava intacta,quando fui vê-lá eu não

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acreditava no que via achava que minha mente estava me pregando uma peça,uma gaveta de mesa comum teria no máximo cinqüenta centímetros de profundidade, contudo essa devia ter uns sete metros, a diretora Solange estava toda amarrada em seu fundo, eu fechei a gaveta e olhei embaixo dela pra ver se tinha alguma ligação com o chão e nada, não tinha como ela ter aquela profundidade, mas como já vimos de tudo não era uma gaveta que ia me impressionar: -Stella, lembra que eu te disse que meu sonho era ter uma vida como os personagens da televisão, cheia de lutas e mágica? – Lembrei – -Lembro sim por quê? -Estou reconsiderando esse meu sonho, de vez em quando, eu odeio a magia Depois de leves sorrisos Cassandra usou um feitiço e tirou Solange da gaveta ela estava meio tonta, Stella a desamarrou e perguntou: -Como isso aconteceu? -Eu estava montando alguns comunicados e um homem alto apareceu, disse que era pai de um aluno, se aproximou de mim, depois disso só me lembro de acordar e estar naquela gaveta, e como uma gaveta pode ter tanta profundidade? -Nós queremos saber também – Caçoou Cassandra – -Psiu! Cassandra! Olha como fala, esse incidente nunca vai ter acontecido, o futuro não ficará corrompido se tudo for convertido! – Recitou Stella – De repente a diretora ficou desmaiada no chão as mesas e cadeiras quebradas estavam se concertando toda a bagunça sendo devidamente guardada, quanto a nós,aparecemos dentro da sala de aula,exatamente onde o professor tinha parado a matéria quando a coordenadora o interrompeu: -Você é uma feiticeira? Como nós voltamos no tempo? – Perguntei – -Quer que eu faça isso com você também? Não, não sou uma feiticeira e não voltamos no tempo, minha mãe tinha me feito decorar essa rima dizendo que um dia iria usá-la, ontem ela me lembrou que poderia ser útil, esses três versos funcionam para apagar um pensamento recente de alguém ou alguma coisa,os anciãos usaram este feitiço no mortais para apagar nosso continente do resto do mundo – Respondeu Stella – Depois que Stella disse isso comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte. Vai rápido e volta rápido quando atingiu seu auge, pude ver meu pai andando de um lado para o outro com um de seus generais ao seu lado: -Eles não vão dar conta – Disse meu pai – -É claro que vão! Eles enfrentaram o Leviatã! – Respondeu o General –

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-Mas não é a mesma coisa, eles tiveram ajuda da caixa de pandora, agora vão estar sozinhos, eu deveria ir ajudá-los -Majestade, se você for vai ser pior, ”Ele” vai pressentir você e destroná-los mais facilmente, se eles forem sem o senhor, eles tem o elemento surpresa -Você tem razão! Espera, estou sentindo uma coisa, Dante é você? De repente a visão foi cortada com tapa brutal de Lilith em minhas costas, todos da sala me olhavam espantados, o professor estava com um das sobrancelhas levantadas como se ele quisesse dizer “ta pensando o que?” a minha sorte foi que o sino do recreio tocou e todos os alunos menos nós quatro saíram correndo para a cantina o professor não tardou a sair deixando somente nós na sala: -O que eu fiz? – Perguntei – -Deixe-me ver, você ficou repetindo uma conversa com duas vozes muito diferentes alguma coisa do tipo, eles não vão conseguir, uma eu tenho certeza que era a voz do seu pai e a outra era masculina também, mas eu não conheço o que foi isso tudo? – Explicou e Perguntou Lilith - -Depois de um tempo convivendo, você já sabe que o Dan viaja de vez em quando, mas dessa vez ele teve uma visão – Respondeu Cassandra – No momento que estávamos indo para o pátio por causa do intervalo senti um leve puxão em minha blusa,quando me virei para ver quem era,uma menina de mais ou menos sete anos olhou dentro dos meus olhos, seus globos estavam vermelhos como sangue: -Vocês não vão escapar! Seus ossos vão perecer no inferno junto com o de todos os malfeitores que vão engolir suas almas, e eternamente você será perseguido e perturbado – Avisou a criança com uma voz dupla, rouca, antiga e maléfica – -Como é que é? – Perguntei assustado – -Coft,Coft O que foi? – Disse a criança tossindo – Porque vocês estão me olhando? De repente uma cratera se abriu diante de nossos pés, de dentro dela uma luz negra irradiou a escola,quando fui olhar dentro dela uma criatura subiu lentamente e ficou sobrevoando a cratera,ele tinha os dentes caninos inferiores alongados,seus olhos eram pequenos,usava uma espécie de calça até a canela roxa escura,tinha uma coroa,uma bota,peitoral e braceletes feitos em ouro,empunhava um machado com seu gume alongado para baixo e na mão esquerda uma espada completamente torcida,mas me chamou atenção que sua tonalidade de pele era verde clara: -Você falhou! Sua vida aqui terminou! – Disse a ele olhando para a criança – -Eu quero minha mãe! – Gritava a criança paralisada de medo – -Quem é você? –Demandou Cassandra –

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A criatura fingiu não ouvir. Ele pois sua espada na bainha,com a mesma mão,ele agarrou a criança pelo pescoço,quando ia tirar as espadas da mochila,a criatura já levava a criança por cratera abaixo,a grande fenda que estava no chão se fechou instantaneamente sem deixar nenhum rastro,eu acho que o resto da escola não viu a cena porque todos continuavam com suas atividades normais.

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Capitulo 3: Eu ouço vozes

Eu não via a hora desse dia terminar,já havia acontecido tantas coisas,logo de manhã fomos atacados por faxineiras depois descobrimos que nossa diretora era Jullie e no intervalo uma criança foi assassinada por alguém que nunca tinha visto.Mas minha frustração foi recompensada com o badalar do fim do período,aquilo era musica para meus ouvidos,queria chegar em casa e contar para minha mãe tudo que havia presenciado e ainda de alguma maneira precisava contatar meu pai também. Enquanto descíamos em direção ao portão de saída, um faxineiro que por lá passava começou a nos encarar, até que não agüentando mais Lilith disse: -Já chega! Eu não agüento mais por hoje! Se você é um monstro ou algo do tipo pode começar a falar! -Eu? Monstro? Eu só estava olhando para vocês porque o cadarço dela – Disse o faxineiro apontando para os pés de Stella – está desamarrado -E precisava ficar nos encarando? Enfim, desculpe pelo “elogio” dela. Não é mesmo Lilith – Censurei-a – Ela ficou toda vermelha, estava mais linda que nunca, isso me deu um sentimento esquisito, era de proteção e ao mesmo tempo de arrependimento e amor. Eu a envolvi em meus braços com intuito de conforta-lá, todos nós estávamos cansados, não agüentávamos mais um monstro, porém devemos tomar cuidado com um detalhe, estamos no mundo real, temos que deixar os mortais sem informação sobre Lusterpurge. Enquanto esperávamos nossas mães chegar para nos buscar, pude conversar direito com Lilith, coisa que em casa não era possível: -Se vai ao baile com quem? –Perguntou Lilith – -Ué? Eu vou com você! –Respondi – -Você não me convidou! Sem convite eu não vou! -Então ta! Lilith me daria a grande honra de ser meu par no baile de outono? -Vou pensar no seu caso -Tem certeza? Depois que disse isso um novo sentimento ia me consumindo, um sentimento de amor porém era um amor muito mais intenso, no portão da saída eu só via eu e ela, ninguém mais, me aproximei lentamente, puis uma das minhas mãos em volta de seu pescoço, aproximei meu rosto do dela, ela olhava diretamente para mim, mas dessa vez não fiquei nervoso, aproximei meus lábios dos dela, aqueles globos vermelhos que causavam medo em todos que os encontravam agora estavam fixos em mim, seu olhar era profundo nossos olhos estavam

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presos um no outro e se não bastasse, nossos hálitos já estavam se encontrando,já estava conseguindo sentir as borboletas em meu estômago , quando meus lábios tocaram os do dela o resto do mundo pareceu apagar,meu corpo estava colado com o dela,sentia seu batimento cardíaco acelerado e acho que ela sentia o mesmo,não queria que aquele momento terminasse Quando nossos corpos se distanciaram alem de ter sentido tristeza ao ter terminado senti também vergonha do que ela ia comentar: -Tudo isso é pra me convencer? – Disse ela – -Sim...Quer dizer não...Mais ou menos.. -Não precisa ficar nervoso, já conseguiu e a honra será minha, não é todo o dia que vou para um baile acompanhada de um príncipe -Príncipe? Eu? -Um dia você vai ser rei de Lusterpurge não é? Por enquanto você é só príncipe Eu me esquecia desse detalhe e as pessoas insistiam em lembrar, sempre quis fazer algo de importante com minha vida e ia fazer um dia eu seria rei e ainda do continente mais mágico de todos, pelo menos todos que eu conhecia. Ouvimos o som da buzina do carro de minha mãe corremos em direção a ele, Dakota estava sentada no banco da frente, eu e Lilith fomos no de trás,espera ai! Dakota? Veio nos buscar na escola? Ela não tinha Ballet hoje de manhã? Antes que pudesse falar minha mãe me cortou: -Antes que pergunte, Dakota veio hoje comigo porque sua aula foi cancelada e ela me disse que quer passar mais tempo com a Lilith -Claro! Eu ia adorar –Respondeu Lilith – -Mãe, mudando de assunto, eu preciso falar com você quando chegar em casa,é meio urgente – Disse – -Pode falar agora -É sobre P-Lus,P-Ter,P-Pur,P-Ge -Ok! -Ninguém me conta nada nessa família – Disse Dakota furiosa – Lilith ficou o tempo todo falando com minha mãe sobre o baile, falando que ia ser super legal que ela ia ter ajuda de Stella para se arrumar e etc. Quando chegamos em casa minha mãe disse para Lilith subir e ficar com Dakota em seu quarto,enquanto isso eu e ela íamos conversar,depois que ouvi a porta do quarto se fechar contei tudo que houve para minha mãe,sobre as faxineiras,da aparição de Jullie e da intervenção de alguma coisa no mundo real: -Já era esperado que Jullie agisse desse jeito, quanto a criatura, pela sua descrição eu tenho um palpite tomara que esteja errada. – Disse minha mãe aflita – -Quem seria seu palpite? – Perguntei –

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-Darts Doom, o lorde da morte, ele é muito agressivo e maligno, porém muito cauteloso com sua função,porém seu lugar de origem não é nessa dimensão, tem alguma coisa muito estranha acontecendo. -Porque ele virou lorde da morte? Afinal, deve ser muito chato a única pessoa pra conversar você mesmo que matou -Há muito tempo atrás antes da águia do lobo e da raposa assumirem o posto de autoridades supremas, três criaturas dominavam Lusterpurge, Fontaine, Byron e Gladys, reza a lenda que Fontaine teve um casal de filhos, Byron teve um menino e por fim Gladys teve seu filho,porem ele foi dominado pelo poder das trevas e denominou-se Darts Doom.Quando completou vinte e um anos Fontaine e Byron exigiram o exilamento do filho maligno,a única chance de salvar seu filho da morte seria pondo-o nesse cargo,logo depois Gladys morreu de angustia,com apenas dois representantes a supremacia antiga foi vencida pela águia pelo lobo e pela raposa,assim feito eles tomaram o poder e continuam a mandar.Há uma profecia que diz que a filha de Fontaine e o filho de Byron um dia iram se encontrar e se apaixonar e esse filho que será gerado por essa união colocara a velha supremacia de volta ao poder -Nossa, alem de Darts Doom algum outro foi identificado? -Por enquanto não, mas os pesquisadores puseram essa pesquisa como principal, em poucos dias pelo menos um será descoberto,por isso que logo após o baile de outono iremos partir De repente tudo ficou preto uma dor de cabeça instantânea tomou conta de mim,rapidamente tudo escureceu a minha volta e via as seguintes letra embaralhadas: Eilluj e a outra palavra era: Riatsala e uma voz de um menino dizendo “O espelho de minha irmã resolve a codificação” e enfim minha visão se esclareceu,eu estava sentado na mesma posição. As visões em um geral não estavam me ajudando como antes, eu só tinha letras embaralhadas e uma frase ,estava com dificuldades em me concentrar hoje então resolvi escrever a visão,guardá-la e ir dormir mais cedo.

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Capitulo 4:Vingança tenebrosa

No momento no qual me encontrava, estava procurando informações e pistas até em sonhos, eu queria resolver esse enigma. Por sorte o raciocínio pareceu aparecer por mágica, as palavras estavam ao contrario porque a voz na visão dizia alguma coisa sobre espelhos então as palavras deviam ser JULLIE e ALASTAIR,meu deus! Se for o que estou pensando os dois são filhos de Fontaine, Alastair se esqueceu de nos contar esse detalhe, precisava contar para meu pai e para minha mãe. Sai correndo do quarto, deviam ser umas 05h30min da manhã e praticamente todos já estavam acordados,quando ia descer as escadas ouço uma voz feminina me chamando do corredor,era Lilith: -O que houve? Parece que você viu um fantasma – Perguntou Lilith – -É pior! Eu descobri os dois filhos da deusa Fontaine -E... Quem são? -Jullie e Alastair -Faz sentido, Jullie herdou os poderes da mãe, porém Alastair não é tão poderoso, isso é duvidoso, contudo fale com sua mãe sobre isso, aposto que ela ira saber a resposta – Aconselhou Lilith – Desci as escadas correndo, fui até a cozinha, minha mãe já estava de pé preparando o café: -Mãe! Minha visão revelou os nomes dos filhos de Fontaine! -Isso é um milagre, quem são? -Alastair Lum Hell e Jullie Lum Hell,nós conhecemos o Alastair quando fomos ao território da Necrófaga,mas ela o matou. -Preciso falar com seu pai ainda hoje, ele precisa tomar uma atitude. Depois disso nos preparamos para ir a escola como sempre minha mãe levou Lilith e eu,quando passamos pela porta principal vimos Stella pulando que nem uma doida,corremos até ela para ver se algo havia acontecido: -O que foi Stella? –Perguntou Lilith – -Eu vou ser a DJ do baile,oba! -Como foi Bill na sua casa? – Perguntei – -A principio minha mãe não gostou muito,depois que fomos dormir que não gostou fui eu,ele solta pum a noite toda,ronca que nem um trator, não consegui dormir nada essa noite – Resmungou Stella – -Mas é sua mais duas noites! –Disse Lilith – -Fale com a Cassandra que ela ta te devendo duas! – Aconselhei – -Duas? Duas é muito pouco uma quinze mil pelo menos

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Depois de ter dito isso, nós nos dirigimos para a sala de aula, mas o que eu havia estranhado é que não víamos Cassandra por lugar nenhum por isso resolvi perguntar: -Stella, você sabe da Cassandra? -Infelizmente sei, ela cabulou aula para poder ficar com Bill – Respondeu Stella com ar de desapontamento – Quando entramos na sala o professor e o resto da turma já nos olhava com cara feia, no momento no qual sentamos o professor se dirigiu a Stella olhou-a no fundo dos olhos e perguntou: -Onde está a Srta.Clown? -Eu não sei professor – Disse Stella dando um ar de incerteza – -Você não pode me enganar! Onde ela está? –Perguntou o professor á Stella enraivecido – -Ela atrasou porque o carro da mãe dela... Explodiu! A sorte que ela não estava dentro – Respondi – -Explodiu? Tem certeza? Enfim deixa quieto – Finalizou o professor – Depois de todas as aulas o sinal tocou graças a deus nenhum monstro nos achou hoje, e por sorte amanha não haveria aula por causa do baile, Lilith ia para a casa de Stella se arrumar, eu ia aproveitar esse meio tempo que ela não esta em casa para comprar nossas alianças de namoro. Após chegarmos em casa minha mãe me chamou para conversar com ela na cozinha: -Consegui falar com seu pai, ele disse que já estava rastreando Jullie, ele viu que você estava observando-o e ainda sabe por que Darts Doom apareceu na sua escola -Por quê? -Alguém criou uma “ponte” entre a dimensão de Darts Doom e a nossa.Quanto a sua visão ele diz que faz sentido Alastair e Jullie serem irmãos afinal você disse que ele tinha mil e quinhentos anos,Jullie deve ter mais ou menos isso de idade Estava me sentindo igual a quando me contaram sobre Lusterpurge, com dor de cabeça de tanta informação ao mesmo tempo. Depois que tivemos um almoço agradável e uma longa tarde de conversas fui deitar cedo, apesar de nenhum monstro vir nos atacar estava exausto porque tinha acordado muito cedo. No dia seguinte pude acordar a hora que quis,abri os olhos e lembrei que minha mãe já tinha levado Lilith para a casa de Stella, porém, vi dois olhos dourados me observando a fundo,logo vi a franja loira e o sobretudo vermelho:

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-Bill, o que você esta fazendo aqui? – Perguntei assustado – -Calma Dan! Eu vim até sua casa por dois motivos, primeiro elas não queriam que um menino as atrapalhasse, e segundo, eu nunca fui para um baile e infelizmente preciso de uma roupa para vestir – Disse Bill rapidamente – -Então quer dizer que você precisa de mim? – Perguntei rindo da situação – -Preciso – Respondeu Bill em tom de desanimação – -Só espera eu tirar o pijama, tomar café escovar os dentes e sair com minha mãe que eu te ajudo. Depois de ter dito isso e ter ido ao banheiro desci tomei meu café da manhã e sai com minha mãe em busca das alianças de namoro. Quando chegamos à loja logo bati o olho em uma de ouro branco com detalhes em dourado: -Posso ver aquela ali? – Perguntei ao vendedor – -Só um minuto senhor – Respondeu indo até e vitrine – Ele me entregou uma delas eu a examinei cautelosamente, eu realmente havia gostado do anel, mas quando o coloquei no dedo ele pareceu ser feito para mim e se eu conhecia Lilith ela gostaria também, no momento que chegamos ao caixa minha mãe queria pagar todavia, não a deixei porque eu tinha um dinheirinho guardado e queria usá-lo na joia. Chegando em casa eu já via Bill brincando com Dakota a qual só teria aula a tarde, ele estava todo cheio de lacinhos e todo maquiado, não perdendo a oportunidade peguei o celular e tirei sua foto essa foi a cena mais cômica que já havia presenciado,depois dele ter tomado banho e tirado todos aqueles lacinhos fui ver se Felix havia deixado algo para trás,falando nele porque minha mãe o expulsou de casa? Pedi um minuto a Bill fui até o quarto de minha mãe e perguntei: -Mãe, porque você expulsou o Felix daquele jeito? -Porque você esta me fazendo essa pergunta? – Perguntou minha mãe dando a entender que estava aflita – -Eu só quero saber, porque pareceu muita crueldade o que você fez com ele -Está vendo isso? – Disse ela tirando a blusa das costas – Foi ele que me fez As costas de minha mãe estavam toda cortada, com marcas de cintadas e o pior com queimaduras, eu já tinha minha vingança em mente, eu sabia que ele morria de medo de cobras e eu podia ser uma: -Onde esse cretino está morando? – Perguntei enraivecido – -No prédio no final da rua, o que você vai fazer? Fingi não ouvir a ultima parte e sai batendo a porta de casa arrastando Bill comigo, queria que ele trancasse a porta de seu apartamento para ele não ter escapatória.

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Enquanto subíamos pelo elevador meus pensamentos fumegavam em minha mente mais eu não queria feri-lo fisicamente, mentalmente já é outra historia. Quando chegamos no apartamento,a porta estava destrancada eu e Bill entramos silenciosamente,ele trancou a porta e desligou a força da casa,ouvimos Felix gritando: -Quem está ai? – Gritava ele – Fui até seu quarto, ele viu que era eu pela pouca claridade que entrava pela fresta da janela: -Dante? O que você veio fazer aqui? – Perguntou – -Você acha muito legal ferir pessoas mais fracas que você? -Do que você está falando moleque? Olha que te dou uma surra -Creio que isso seria impossível, a partir de agora meu ódio vai materializar seu medo Ele se aproximou de mim com o punho já formado, para ele era tarde de mais a minha forma de Serpente já estava assumida, as listras douradas refletiam a pouca luz que bruxelavam nas paredes,até eu teria medo de mim mesmo, eu o via bem a abaixo de mim, nessa hora Bill ligou a luz dando ainda mais ênfase a altura que estava dele: -Socorro! –Gritava e tremia Felix – Transformei-me em humano novamente e olhei-o de cima: -Se eu souber que você fez mais algo errado a alguém você não vai sentir só o poder de minha aparição mais vai sentir também meu veneno – Disse a ele que estava estirado aos meus pés.

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Capitulo 5: O Baile de Outono

Dei as costas para ele e o deixei estirado no chão, tenho certeza que isso deve ter dado um impacto profundo em seu emocional e era exatamente isso que eu queria. Depois que cheguei em casa minha mãe já veio até mim e perguntou: -O que você fez? -Bati um papo com ele – Respondi rindo – -Papo? Você quase o fez se mijar nas calças,até eu fiquei com medo do jeito que você falou com ele –Disse Bill no maior entusiasmo – Minha mamãe me olhou com cara de agradecimento e ao mesmo tempo de admoestação, mas ficou por aquilo mesmo. Subi com Bill até meu quarto, tinha que ajudá-lo a se vestir mais não tinha muitas roupas sociais fora que ele era mais alto que eu, e não encontrei nada de Felix em casa: -Err... Bill... Eu não tenho nada que te sirva – Disse mostrando meu armário – -Eu já imaginava por isso peguei isso – Retrucou Bill me mostrando um terno preto que ele havia pegado emprestado de Felix – -OK. Agora gravata eu tenho é só escolher uma delas – Apontei a uma pequena gaveta onde guardava as gravatas – E eu vou vestir isso – Informei a ele tirando o smoking preto que havia comprado não fazia muito tempo – Depois de um tempo estávamos prontos para ir ao baile. Quando chegamos à escola ficamos mais ou menos uma hora esperando as meninas, porém a espera valeu a pena. Bill quase babou quando viu Cassandra comigo foi quase a mesma coisa em relação a Lilith. Stella estava com um longo cor-de-rosa,com uma flor no meio de seu peito Cassandra estava com um vestido curto lilás e liso, e Lilith também estava com um longo,tomara-que-caia vermelho,Stella assumiu seu lugar na mesa de som e Lilith e Cassandra se aproximaram de nós: -Vocês estão muito bonitas – Disse olhando para as duas – -É! –Disse Bill boquiaberto examinando Cassandra – -Peguem seus parceiros e suas parceiras e já vamos começar aquecendo com uma boa e velha valsa – Alertou Stella no microfone – -Me daria a honra? – Pedi me curvando e esticando a mão para Lilith – -A honra é toda minha – Respondeu ela me dando sua mão – Bill agarrou Cassandra trazendo-a colada ao seu corpo, a valsa havia começado, Lilith encostou sua cabeça em meu peito à medida que dançávamos,nossos corações pareciam estar conectados,eu sentia seus batimentos e ela devia estar sentindo os meus, enquanto a musica tocava eu lembrava os momentos que passei com ela em Lusterpurge que provavelmente voltaríamos a tê-los

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amanha. Seus olhos vermelhos me olhavam calorosamente, resolvi fechar os olhos e me aproximar de seu rosto, passei a perna nela deixando-a suspensa no ar e a beijei, ficamos um tempo daquele jeito e ficaríamos mais se não fosse um canhão de luz e uma voz familiar dizendo: -Ei vocês dois! Chega né! Isso é um ambiente publico – Anunciou Stella – Depois que a valsa parou que nós resolvemos sentar tirei as alianças do bolso e mostrei a Lilith: -Para você – Presenteei-a – -Não precisava gastar seu dinheiro comigo Dan! – Agradeceu Lilith – Logo depois de lhe entregar o presente ela se aproximou de mim e me deu um caloroso e confortante abraço, ficamos assim por algum tempo, de repente sinto batidas aceleradas vindas do coração de Lilith, ela estava tensa: -O que foi? – Perguntei Preocupado – -Estava pensando no que vamos enfrentar daqui para frente, a guerra vai ser longa e cansativa – Continuou Lilith – Devemos estar prontos! O baile estava extremamente animado, mas uma coisa me incomodava, Stella não estava aproveitando nada do baile que ela fazia questão de ir, pedi para um dos alunos ficar no lugar dela por uns instantes. Ela desceu e ficou conosco, o novo DJ havia gostado tanto do oficio que ficou a noite toda animando o pessoal da oitava serie, após algumas horas o baile estava quase terminando quando Bill e Lilith resolveram trocar de roupa e devolve-las aos respectivos donos, depois que eles saíram virei para Cassandra e perguntei: -Você sabe do que meu pai quer de nós? -Como eu vou saber? Você que é filho dele! – Respondeu Cassandra – Ficamos esperando por mais dez minutos e Lilith apareceu com sua jaqueta e sua calça jeans, logo em seguida Bill apareceu e me devolveu o Smoking de Felix, naquela hora a minha vontade era tacar fogo naquilo, mas eu tinha modos, eu ia esperar chegar em casa. Mamãe chegou falou com Stella e Cassandra depois disse para mim e Lilith entrarmos no carro que ela iria nos levar para casa.

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Capitulo 6: Dakota visita Lusterpurge Quando chegamos em casa disse que ia acomodar Lilith no quarto de Dakota porém ela disse para sentarmos no sofá porque havia uma coisa muito importante que ela gostaria de nos informar: -A situação está saindo do controle, o conselho não está dando conta, Darts Doom cortou a comunicação entre o mundo real e Lusterpurge, não posso falar com seu pai para ver o que devemos fazer a seguir. – Disse mamãe andando de um lado a outro da sala – -Luna, acho que eu sei um jeito – Anunciou Lilith – Dan, lembra que por acidente seu pai conseguiu se conectar com sua mente durante uma das visões? -Lembro, mas acho quase impossível acontecer de novo -O que te custa tentar? -Lilith as visões não são coisas controláveis, elas acontecem involuntariamente! – Expliquei-a – -Na verdade não – Contrariou mamãe – A chave que eu te dei esta em seu bolso, pegue-a. Quando puis a mão no bolso aquela chave estava novamente lá,acho que minha mãe esqueceu de contar que a chave ia ficar me seguindo: -Tá e agora? – Perguntei – -Repita comigo: Key of prodigium,ligue as mentes de Vlad Van Darsen e Dante Van Darsen nesse momento desesperado. Repeti as palavras sem muito entusiasmo, a chave começou a flutuar em minha mão e foi direto para minha cabeça,e entrou em minha cabeça,perdi a firmeza nas pernas e cai,mas antes que atingisse o chão senti como se fosse teletransportado para o castelo de meu pai,o lugar estava exatamente como antes,meu pai estava pensando sentado em seu trono,de repente um relógio espiritual se ergueu a minha frente marcando cinco minutos,deduzi ser o tempo que podia permanecer ali,corri até o trono e disse: -Pai, o que esta acontecendo? -Dante? O que esta fazendo aqui? Pensei que Darts Doom havia cortado qualquer jeito de comunicação entre os dois mundos -Ele cortou quase qualquer meio, usei a Key of prodigium.A mamãe pediu para você me repassar as atualizações dos problemas que estão acontecendo aqui em Lusterpurge -Detectamos uma anomalia abaixo do oceano, ainda não sabemos o que significa e quanto a Jullie descobrimos que ela não é irmã de Alastair como você me descreveu, ainda não sabemos onde ele está e também não sabemos do paradeiro de Alastair, amanhã todos devem vir aqui o mais rápido possível.

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De repente o relógio badalou me puxando para seu centro, senti estar caindo e caindo até que quando pensei que ia atingir o chão me encontrei deitado em um tapete com alguns detalhes em mosaico,quando virei pra cima Lilith e mamãe estavam me olhando,contei tudo a elas até mesmo antes de levantar: -Lilith, na minha agenda eu tenho anotado os telefones de Stella e da Cassandra, ligue para elas e diga que amanha vamos viajar – Disse mamãe – Lilith balançou a cabeça em sinal de afirmação e foi para cozinha ligar para as duas, eu estava precisando descansar, alem do baile, a chave drenou muita energia minha, pedi licença a minha mãe e subi ao meu quarto, me joguei sobre a cama e cai em sono profundo. Quando abri os olhos no dia seguinte Lilith, Cassandra,Bill e Stella estavam me encarando,cai da cama assustado e disse: -Vocês não me deixam em paz nem quando estou dormindo? -Não – Disseram todos ao mesmo tempo – Desci as escadas e como estava dormindo ainda tropecei em alguma coisa e cai em cima de um monte de malas, mamãe estava em pé ao meu lado me ajudando a levantar: -Qual é a da quantidade de malas? -São malas de todo mundo, não sabemos quanto tempo devemos permanecer em Lusterpurge – Continuou Mamãe – Tome café para podermos ir! Fiz o que ela mandou, tomei meu café da manhã reforçado e fui até a sala, onde Cassandra estava com a cabeça apoiada no ombro de Bill, Stella estava conversando com Lilith, e Dakota de cabeça para baixo no sofá, mas uma coisa me surgiu à cabeça, com quem Dakota iria ficar? Por isso perguntei para minha mãe: -Mãe, quem vai ficar com Dakota? -Ela vai conosco – Afirmou mamãe – -Como assim? É muito perigoso para ela! –Contrariei-a – -Ela vai ficar com seu pai, ele vai protegê-la como ninguém -Luna, cadê o Sr.Levi? –Perguntou Stella interrompendo sua conversa com Lilith – -Quem disse que vamos de barco? -Sinceramente eu não conheço outro jeito – Informou Cassandra – -Mas eu conheço –Interrompeu Mamãe retirando uma espécie de orbe de sua bolsa – Vlad me deu isso da ultima vez que estivemos em Lusterpurge, disse que era para ser usado somente quando fosse necessário, e precisamos chegar muito rápido ao castelo. -E como uma bola de vidro vai nos levar ao Castelo mais rápido? –Perguntei –

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-Todos toquem no orbe, Dakota me de a mão Eu fui o ultimo a tocar o orbe porque não queria que ninguém ficasse para traz,quando o toquei,tudo a minha volta brilhou intensamente, tão intensamente que não conseguia ver minha mãos a frente de meus olhos,e me sentia caindo,pensei que não ia parar de cair,até que atingi o chão com força,só não me estilhacei porque cai em cima de uma almofada. Levantei-me e vi que estávamos no Hall principal do castelo de meu pai, subimos as escadas que levavam até a sala do trono, abri a porta com violência e fui direto ao meu pai, lhe dei um abraço para logo depois se levantar e nos dirigir a palavra: -Como vocês já devem saber Jullie não é o pior problema agora. Darts Doom se envolveu demais com o mundo real, coisa que não é de sua natureza, alem disso detectamos uma anomalia abaixo do oceano. -E o que você acredita ser essa anomalia? – Perguntou Cassandra – -Ninguém sabe nossos radares não alcançam aquela profundidade, por isso, peço que vocês me acompanhem para verificar essa anomalia... -Eu acho que você não deve ir Vlad – Disse uma bola de luz com uma voz feminina – -Qual é a da bola de luz falante? – Perguntou Bill – -Ela é minha conselheira, foi desenvolvida no laboratório, mas porque você acha que não devo ir? – Indagou Papai segurando a bola em suas mãos – -Não sabemos o que há por lá, você é o Monarca de Lusterpurge, sua essência e fácil de ser percebida -Mas não posso deixá-los ir sozinhos – Discordou meu pai – -Se você for, vai piorar ainda mais a situação –Aconselhou a bolinha se dispersando no ar – -Nós topamos – Afirmei – -Você bateu a cabeça? Estamos falando de Darts Doom, ele é comandante dos mortos, vocês não podem ir assim e está decidido,por hora,vou mostrar o castelo a Dakota com sua mãe,enquanto isso,não arrumem confusão! – Alertou papai – Dakota ficou meio apreensiva no começo, mas segurou na mão de meu pai e de minha mãe e os três saíram do salão onde nós estávamos Stella virou para todos nós e disse: -Vocês estam pensando o mesmo que eu? –Perguntou Stella – -Se for uma nova missão, então sim, estou pensando o mesmo que você, e estou dentro! – Comentei – -Mal posso esperar mais uma aventura – Disse Lilith – -Vocês vão precisar de mim! – Afirmou Cassandra – -Mas como? Quando?E nem sabemos onde fica isso– Perguntou Bill –

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-Eu já sei! Vamos partir logo após todos aqui do castelo adormecer, Cassandra e Bill dêem um jeito de descobrir onde fica esse lugar, Stella e Lilith procurem como ir até lá e eu vou atrás de alguns artefatos, ok? – Sugeri – -Ok! – Todos responderam – -Então vamos começar agora! –Disse Lilith – Depois que ela disse isso, Cassandra e Bill saíram do castelo e foram em busca do laboratório para saber onde ficava a anomalia, Stella e Lilith foram para o subsolo do castelo para saber se existe algum meio de transporte aquático, e eu fui até a sala de batalha para ver se achava algo que pudesse nos ajudar.

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Capitulo 7:Lilith sabe pilotar um submarino Fui andando pelos corredores sempre sendo cumprimentado pelos funcionários chegava até a ser um pouco irritante, de repente vi escrito em uma das portas “Artefatos para batalha”,quando girei a maçaneta vi que ela estava trancada,mas dessa vez a maldita chave ia servir para alguma coisa, puis a mão no bolso, novamente ela estava lá e abri a porta,por fora parecia somente um simples armarinho de vassouras,mas por dentro era um mausoléu,vários tipos de lanças,espadas e coisas do tipo. Enquanto passeava pelo corredor ia admirando cada tipo de arma, e todas tinham sua descrição, vi uma espécie de livro em sua capa estava escrito que foi utilizado por uma das anciãs no aprisionamento de Lilavati, retirei o vidro com cuidado e peguei o livro, andando um pouco mais a frente vi uma bolsa igual a de Cassandra,a qual cabia tudo o que você imaginasse só que a bolsa era masculina,peguei-a e puis o livro dentro. Quando pensei ter chegado ao fim da sala, ela se abriu mais ainda e uma infinidade de armas estavam a minha frente, subi uma escada que parecia aquelas escadas de bibliotecas, e encontrei um colar cujo o pingente era uma águia,estava dizendo que pertenceu a uma das arqueiras imortais da águia,ele aumenta o campo de visibilidade do usuário,continuei subindo a escada, e na ultima prateleira me deparo com outra corrente só que o pingente dela era de um lado um rosto sorridente e do outro um enraivecido,dizia que quando mudava de lado o usuário dava lugar ao seu alter-ego,fui colocando tudo na bolsa. Desci a escada e fui para um lugar que parecia uma capela, lá só tinha um item em um pedestal, era uma pulseira com quatro pentagramas em sua volta, dizia que recuperava a energia do usuário quando terminasse de executar uma invocação e tinha mais um enorme texto em outra língua que não era em latim,quando toquei a pulseira me senti um pouco tonto mas logo a coloquei na bolsa e agora só faltava eu procurar alguma coisa para mim,procurei,procurei e procurei e nada de achar alguma coisa até que bato a cabeça em uma prateleira,nela havia um anel com uma pedra de Âmbar enorme,só estava escrito para ser usado nos momentos mais desesperadores,resolvi pegar esse anel mesmo e sair rápido da sala antes que alguém me visse,tranquei a porta com minha chave e fui até meu quarto deixar a bolsa,mas quando abro a porta dele,Lilith,Stella,Cassandra e Bill já estão sentados em uma salinha do meu quarto conversando: -Começaram a reunião sem mim? Valeu em! – Comentei – -Acabamos de chegar, sente-se aqui! – Disse Lilith batendo a palma da mão em um lugar ao seu lado –

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-E então? O que vocês conseguiram? – Perguntei já me sentando ao lado de Lilith. -Descobrimos a localização exata da anomalia temporal, porém ela fica em uma profundidade absurda – Informou Cassandra – -Então o único meio de transporte que encontramos e se encaixa perfeitamente com a situação é um submarino – Completou Stella – -Que ótimo em, mas o problema é... Alguém sabe pilotar um submarino? –Caçoou Bill – -Eu sei! – Disse Lilith – -Você não sabe nem fazer uma conta de multiplicação, quanto mais dirigir um submarino – Censurou Cassandra – -Cassandra, cala a boca! Deixa ela tentar – Adverti-a – Mas eu consegui algumas coisas que podem nos ajudar,Stella achei esse colar que aumenta seu campo de visão,vai ser útil para suas flechas,Bill achei uma corrente também para você poder controlar Eurynomus a nosso favor,Cassandra achei esse livro que foi usada por uma das anciãs para trancar Lilavati no templo e para Lilith achei essa pulseira que recupera energia depois de toda a invocação. Entreguei os artefatos na ordem que os tirei da bolsa,mas quando Lilith colocou sua pulseira ela se sentiu tonta e desmaiou,tentamos acordá-la, mas sem sucesso, Cassandra abriu seu livro e achou um encantamento no qual tirava maldiçoes, depois que ela concluiu o feitiço Lilith acordou: -Achou melhor você tirar essa pulseira por enquanto – Advertiu Stella retirando a pulseira de Lilith – Stella jogou a pulseira na minha bolsa e fomos em direção a cozinha para fazermos um estoque de comida, pois não sabíamos quanto tempo íamos demorar a voltar.

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Capitulo 8:Um adeus me destrói Depois de arrumarmos as mochilas partimos para o subsolo onde se encontravam os transportes, quando chegamos lá existia cada carro que eu nem sabia que haviam sido inventados e outros que devia ser movidos a carvão,então chegamos ao submarino, mas me perguntei uma coisa, nós estávamos em terra firme, como íamos levar um treco daquele tamanho para o mar aberto e ainda fora de Lusterpurge: -Antes que vocês perguntem, o submarino vem equipado com um sistema de teletransporte único, ou seja, sou pode ser usado uma vez e seu lugar foi ajustado para ele se transportar a 5 metros de profundidade no oceano,teremos ainda uma viagem de mais ou menos uns três dias– Informou Lilith como se lesse meus pensamentos – Stella retirou as chaves do submarino do bolso para abri-lo, então uma escada desceu para que pudéssemos subir a bordo, lá dentro havia um corredor com sete quartos, um dos quartos resolvemos deixar para colocarmos nossas coisas e os outros ficariam um para cada um,Cassandra queria dormir no mesmo quarto que Bill e ele concordou porem eu,Stella e Lilith discordamos afinal,eles eram namorados mas só nos faltava mais um neném para cuidar. Lilith foi para a cabine de comando e me chamou para ir com ela, eu disse que não entendia nada de submarino, mas ela insistiu. Quando chegamos a sala de comando havia botões por todos os lados, alguns piscando e outros não,Lilith sentou-se na cadeira de piloto e eu na do co-piloto: -Eu não agüento mais a Cassandra – Resmungou Lilith – -Por quê? O que aconteceu? - Perguntei aflito – -Ela fica me caçoando, fala que sou burra e estou querendo provar o contrario só que ela não se convence -Com o tempo você se acostuma, ela é assim mesmo -Eu não sei se vai ter esse “tempo” que você está dizendo -Do que você está falando? -Parece que você também esta me tratando diferente, eu não sei te explicar mais você está -Eu estou sem palavras, eu não sei o que dizer, eu só peço que você... -Nós vamos sair hoje ou não? – Bronqueou Bill que já estava só de roupa intima e roupão – -Já vamos, só estou arrumando as coordenadas e quer saber? Fala para aquela sua namoradinha ir para a... Ponte que partiu, pronto falei! – Xingou Lilith – -Como você ousa falar assim da Cassandra sua sem teto – Disse Bill com um tom de voz mais elevado –

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-Cala a boca Bill, você também e sem teto, você mora com meu pai, e você Lilith eu sei que está magoada com Cassandra, mas não fala assim dela, antes dela ser “namoradinha” do Bill ela é minha amiga... -O que está acontecendo? – Disse Stella entrando na cabine e bocejando – -Stella me ajuda aqui, os dois tão praticamente travando uma briga generalizada -Gente calma, qual é o motivo da briga? –Disse Stella se entre pondo entre Bill e Lilith – -Ela que começou a falar mal da Cassandra! -A Cassandra que vive me xingando! -Motivos não faltam não é? – Caçoou Bill medindo Lilith com os olhos – -Seu! – Disse Lilith já tirando sua adaga do cinto – Nunca vi tanta raiva estampada no rosto de alguém, os olhos de Lilith pegavam fogo, se ela tivesse visão a laser, Bill já seria um monte de nada, mas ele estava calmo como se fizesse aquilo de propósito até que soltou uma risada sarcástica,não agüentei,parti pra cima dele derrubei-o no chão a porta da cabine abriu e comecei a golpea-lo com meus punhos e ele fazia o mesmo, em momento nenhum nem ele nem eu pensávamos em matar um ao outro, eu só queria que ele parasse de ser assim com Lilith e ele queria provar que era mais forte que eu, Stella gritava para pararmos pelo amor de deus,se ela se entreposse entre eu e ele provavelmente ela levaria múltiplos golpes até que senti um raio me puxando para um dos quartos e vi o quarto se trancando,era Cassandra executando um de seus feitiços, estávamos sozinhos no quarto: -O que aconteceu? -Bill conseguiu me tirar do serio – Disse com a respiração ofegante – -Mas como ele conseguiu te tirar do serio? -Ele e Lilith estavam discutindo por sua causa, e o pior, durante a discussão Lilith já estava com a mão em sua adaga e Bill calmo e quando ele soltou uma risada, para mim foi a gota d’agua e parti para cima dele foi só isso -Só isso, o problema é que vocês não raciocinam primeiro vocês dois não podem estar feridos não sabemos o que vamos enfrentar daqui pra frente, segundo vocês deixam todos desesperados, Stella deve estar lá na sala desesperada para não deixar Bill e Lilith brigaram e eu fico dividida aqui por que meu namorado e meu melhor amigo brigarem brutalmente desse jeito? Que isso! Vocês parecem dois bichos, algo deve ser feito e vai ser feito agora! Vou falar com Bill e tentar acalmá-lo e você tenta conversar com Lilith e da uma força pra Stella que ela deve estar preocupada com você. Apesar de não demonstrar eu sentia que Cassandra estava muito abalada com o que havia acontecido aquela noite, fui até a cabine, Bill já estava no quarto dele e Stella estava consolando Lilith que estava chorando, quando me aproximei ela levantou da cadeira e me deu um abraço aliviador:

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-Sua boca, está sangrando – Alertou Lilith colocando o dedo indicador em certo ponto dos meus lábios – -Você está feliz? Espero que esteja! –Bronqueou Stella – -Me desculpe pequenininha, mas ele me tirou do serio, Lilith não merece esse tipo de coisa... – Disse para Stella sendo interrompido por ela – -Então sobre a Lilith, ela tem uma coisa a te dizer -Dan, eu estou indo embora –Soluçou Lilith – -Mas eu te amo você não pode ir – Afirmei segurando no braço de Lilith – -Eu também te amo e é pelo meu amor por você que estou indo embora, já programei o submarino ele vai para as coordenadas corretas, espero te encontrar algum dia Dante Van Darsen – Finalizou Lilith encostando sua cabeça em meu ombro e começando a chorar – Ela me deu um abraço forte e saiu pela porta do submarino, mas quando fui tentar correr atrás dela o veiculo de transportou e as portas se lacraram, eu não estava acreditando que Lilith havia me deixado, meus sentimentos estavam completamente abalados, eu não estava sentindo nada a minha volta, era como se eu estivesse no vácuo total,isolado e sozinho. Com dificuldade fui até minha cama e tentei pegar no sono.

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Capitulo 9: Stella desafia um soldado Eu não conseguia fechar os olhos, eu ainda não me conformava que Lilith havia partido daquele jeito, até que senti meus olhos pesarem e consegui dormir, mas tive pesadelos terríveis nessa noite, sonhava com a morte de todos meus amigos e Lilith ter ido embora por causa de outro menino, ao fundo ouvia uma voz chamando meu nome, mas não queria acordar, era como se tivessem tirado um pedaço de mim, até que me jogaram da cama e eu cai com tudo no chão: -Já chegamos! – Informou Cassandra – -Mas só uma noite de viagem? – Perguntei ainda meio zonzo – -Uma? Você apagou por três dias, você deixou todos nós preocupados, vamos levante-se, temos que ir – Ordenou Cassandra – Me dirigi até a sala principal e dei de cara com Bill que tentou me pedir desculpas mas tinha uma coisa que queria falar para ele: -Espero que esteja feliz! Lilith foi embora por sua causa -Me desculpe, não era minha intenção! -Eu vou ser o próximo a ir embora e resolver a anomalia sozinho, essa missão é minha e se eu ficar com você,eu posso ferir a todos novamente ,e espero que você não cruze meu caminho de novo por enquanto – Disse isso olhando Bill com superioridade – Depois que disse isso, peguei minhas coisas coloquei a bainha das espadas gêmeas e sai do submarino por um compartimento especifico para isso, mas antes de abrir a segunda porta que daria para o mar vi que dentro da mochila havia uma espécie de bolha de ar que se eu a posse no rosto provavelmente poderia respirar de baixo d’água, enquanto me distanciava do submarino sinto uma mão forte prensando meus ombros,era Stella com essa mesma bolha e uma mochila lilás nas costas: -Onde você pensa que vai? – Alegou ela – -Estou indo embora não quero causar problemas a mais ninguém e preciso esfriar a cabeça matando todo o tipo de coisa que ver pela frente -Se não posso te impedir, eu vou com você, sem mim você irá morrer em três minutos! -Obrigado, uma companhia como a sua é ótima em um momento como o qual estou passando, mas você vai deixar sua melhor amiga para ir comigo? -Ela tem o Bill pra cuidar dela e não posso deixar você sozinho, apesar disso ser difícil para mim, sinto que algum dia nós iremos reencontrar Cassandra

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Estava aliviado por ter Stella ao meu lado, não havia ninguém melhor que ela para me ajudar a finalizar essa missão, de repente meus pensamentos fora cortados com Stella gritando: -Dan, olhe! – Disse ela apontando para um lugar a uns 20 metros abaixo de nossos pés – Quando olhei a primeira coisa que meus olhos encontraram foi um brilho de alta intensidade que chegava a cegar, depois que meus olhos se acostumaram com o brilho intenso, vi um enorme castelo todo feito de coral, e em sua volta havia pequenas casas, mas não são casas que seria comum você ver enquanto anda na rua, seus telhados eram feitos de enormes conchas e a maioria das paredes delas tinha coloração azul ou verde bem vivo,nós víamos quase todos os animais marinhos rodeando a cidade,e os moradores eram sereias e netunos,alguns estavam em bigas puxadas por narvais: -Não pode ser! – Clamou Stella – -O que não pode ser? – Respondi – -Atlântida, era pra ter sido completamente riscada do mapa, reza a lenda que Atlântida tinha de tudo para se tornar a maior civilização do mundo ocidental, mas depois que os atlantis foram tomados pela ganância e pela inveja os deuses decidiram riscar Atlântida do mapa, foi uma noite de terror para esse povo, inundações, terremotos e erupções, até que pelo que foi descoberto até hoje, Atlântida havia sido completamente destruída, precisamos ir lá saber como eles sobreviveram. Eu não ia discordar de Stella afinal, ela havia deixado a melhor amiga para arriscar sua vida ao meu lado, nos aproximamos nadando, mas quando chegamos muito perto dos enormes portões de corais de Atlântida, quatro soldados nos cercaram: -Quem são vocês? E o que querem aqui? – Perguntou um deles – -Ela é Stella Anglezarke e eu sou Dante Van Darsen, nós viemos parar aqui por acaso, nós viemos resolver a anomalia temporal -Vocês do mundo da superfície sentiram também? Acompanhem-me, tenho que lhes mostrar uma coisa, Subam aqui – Disse outro soldado batendo na biga – Depois que subimos na biga, entramos em Atlântida, eu nunca tinha visto um lugar tão harmonioso e confortável em toda minha vida, por onde nós passávamos as pessoas cumprimentavam com um sorriso no rosto: -Vejam ali! – Disse o soldado apontando para um garoto de no máximo uns cinco anos – Ficamos observando o garoto por uns dez minutos o soldado pediu para nós esperarmos, de repente o menino começou a envelhecer em segundos, depois

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de uns dois minutos ele já estava com a aparência de um senhor de oitenta anos, até que caiu no chão e se desfez: -O que está acontecendo? – Perguntou Stella horrorizada – -Isso já esta virando epidemia aqui em Atlântida, não sabemos sua cura nem como se manifesta no organismo da vitima, mas imaginamos que deva ser culpa da anomalia temporal, e como ela está perto da cidade seu efeito e maior aqui do que no seu mundo. -E porque vocês não mandaram ninguém ver qual é a causa da anomalia? -Perguntei – -Já mandamos nossos melhores homens, mas não encontramos nenhuma criatura aquática que suportasse a radiação, mas não sabemos nada sobre criaturas da superfície. -Olha escuta aqui, criatura é a sua mãe! E se vocês sofreram desse jeito, provavelmente nós vamos morrer. – Alertou Stella – -É essa a idéia! – Finalizou o soldado – Ele pegou no meu braço e no de Stella e já estava direcionando a biga para o castelo,quando estávamos a menos de dez metros dele,um estranho de capa e capuz preto,pulou na biga deu um soco no rosto do soldado e nos disse para pular,mas as antas esqueceram que estavam de baixo d’água e quando pulamos ficamos lá parados até que esse sujeito nos levou para um beco,ele nadava muito rápido,afinal com cauda de peixe até Flint Blood nadaria naquela velocidade,o sujeito disse para não fazermos nenhum barulho de repente um esquadrão de uns trinta soldados passaram na avenida principal com seus tridentes apontados para frente: -Você é doida menina? – Continuou ele – Vocês quase foram mortos! -Quem é você? –Perguntei a ele – -Por enquanto não posso falar, mas cuidado com os guardas daqui para frente, tome usem isso! – Disse ele tirando dois tipos de coleiras – Com elas vocês podem assumir a forma de um atlantis e respirar de baixo d’água sem essa bolha ridícula, porém devo ressaltar duas coisas, primeira: Essas coleiras foram desenvolvidas para funcionarem somente dentro de Atlântida e segunda: Para ativar o mecanismo de transfiguração vocês devem dar a mão para o atlantis que querem se transfigurar, contudo lembrem-se de deixá-lo desacordado porque é meio impossível existir duas pessoas iguais não é mesmo? – Disse o sujeito que saiu igual a um jato direto para o castelo – Enquanto conversava com ele percebi que ele usava uma mascara metade cinza chumbo e metade preta, e seus olhos eram de coloração verde esmeralda, eu já havia visto esses olhos antes. Saímos discretamente a procura de dois atlantis para que pudéssemos seqüestrá-los e assumir seus lugares,entramos em uma casa na qual havia somente um casal,só que ocorreu um erro não esperado,eles nos

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cumprimentaram,mas quando a mulher me cumprimentou eu assumi a forma dela e o mesmo aconteceu com Stella só que com o marido dessa mulher,Stella tirou seu arco das costas e deu um tiro sonífero em cada um e os pois para dormir no quarto: -Acho que isso não era pra acontecer! – Disse Stella desesperada tocando suas axilas peludas – -Agora eu posso falar que eu sou mais bonita que você, mas to com uma vontade de comprar um monte de sapatos e roupas, eita o que eu to dizendo? É realmente não era para acontecer esse tipo de coisa – Comentei –

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Capitulo 10:Lagrimas no calabouço Depois de nos acostumarmos com o corpo do sexo oposto vimos um mensageiro passando pela janela anunciando que a apresentação do príncipe Dylan seria daqui alguns minutos e que todos os atlantis deveriam comparecer, para não levantarmos suspeitas fomos até a avenida principal ao seu fundo dava para ver o castelo, já havia uma grande multidão em volta da entrada principal aguardando algum sinal, até que um dos soldados saiu com uma trombeta em forma de concha e anunciou: -Com vocês, sua majestade o rei Sebastian De repente um senhor de ombros largos com dois braceletes de ouro e uma coroa feita de âmbar cobrindo os cabelos grisalhos sai do castelo, Stella puxou minha mão para baixo para reverenciá-lo como todos da cidade estavam fazendo: -Como vocês sabem, hoje é um dia muito especial para meu filho mais velho, hoje ele irá se tornar príncipe de Atlântida, apresento a vocês meu filho Dylan -Anunciou o rei – Da superfície vemos uma biga dourada sendo puxada por um cavalo marinho esverdeado de mais ou menos dois metros de comprimento,quando a biga atingiu o chão vimos que um jovem da nossa idade de cabelos verdes azulados,olhos verdes esmeralda manipulava um tridente azul claro e sua calda era de coloração verde petróleo. O jovem desceu da biga e se juntou ao rei: -É uma honra ser nomeado príncipe de Atlântida, um dia espero exercer um trabalho tão bem feito quanto o de meu pai – Declarou o jovem com uma voz firme – Ele tinha a mesma voz e os mesmos olhos do sujeito que vimos hoje mais cedo, de repente nossas gargantilhas começaram a falhar,com rapidez peguei as duas ultimas bolhas de respiração que ainda tinha no bolso e puis na frente de meu rosto e na frente do rosto de Stella,a principio ninguém percebeu mas depois que minha cauda de sereia começou a se separar e virarem duas pernas todos perceberam,o príncipe veio nadando igual a um míssil para ficar entre o pai dele e eu e Stella: -Esses bisbilhoteiros do mundo da superfície devem ser destruídos – Disse o rei Sebastian com o tridente incandescente apontado para nós -Eles podem salvar nosso povo, eu confio neles! –Contestou Dylan – -Você é só uma criança, eu sou rei aqui –Continuou o rei olhando para os guardas – Prendam eles!

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-Eu não vou deixar! – Declarou Dylan apontando seu tridente para o chão – O tridente atirou contra o chão e gerou uma quantidade considerável de poeira,quando pensei que algo ia acontecer,a poeira baixou, mas Stella e Dylan não estavam mais lá e todos os guardas e o rei estavam com seus tridentes apontados para mim, que ótimo, ele havia me esquecido: -Parece que você ficou de fora! – Disse o rei Sebastian com a ponta de seu tridente dourado em meu pescoço – Prendam ele – E vocês, procurem a garota – Ordenou o rei apontando para outro grupo de soldados – Os cincos soldados que sobraram me escoltaram para o castelo, havia um que ficava furando minhas costas com o tridente até que me enchi e respondi: -Esse negocio tem ponta! Filho da P... Paula - Disse ao soldado que não entendeu muito bem mais retirou o tridente das minhas costas – O castelo por dentro era um lugar simplesmente maravilhoso, as janelas eram abertas para os seres marinhos passearem livremente pelo seu hall, no meio dele havia o rosto de um homem que eu acreditava ser Poseidon, mas resolvi perguntar: -Quem é ele? -Ele é Oceanus! O titã dos mares – Respondeu um dos soldados – -E Poseidon? -Nunca diga esse nome! – Respondeu o rei enraivecido – Poseidon e seus irmãos afundaram Atlântida do mapa por puro ciúme, se não fosse Oceanus nós não existiríamos Descemos uma pequena escada atrás do trono, lá haviam vários criaturas marinhas presas,golfinhos mortos de fome,cavalos marinhos tristes e alguns atlantis amedrontados,eles me puseram numa cela com um tubarão branco de uns três metros: -Seu julgamento e ao cair da noite –Disse o rei – -Se ele sobreviver né majestade –Cochichou um dos guardas para o rei – O rei soltou um leve sorriso e trancou a porta que dava na escada, o tubarão ficou encolhido, ele tinha um aspecto horrível parecia amedrontado com a minha presença, ele estava tão magro que não devia comer a um bom tempo, me aproximei dele,quando cheguei perto ele nem ofereceu resistência,ficou só me olhando com seus enormes olhos amarelos, mas não sei o que me deu eu não estava com nem um pouco de medo, eu passei a mão em sua cabeça e ele pareceu gostar porque começou a esfregar a cabeça em minhas mãos: -Você quer sair daqui amigo? – Perguntei a ele –

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Ele pareceu entender e mexeu a cabeça em sinal de afirmação ele até abriu um sorriso contagiante, fui até o corredor e procurei a chave com os olhos, mas não a encontrei: -Ela não está aqui! – Disse uma voz feminina – -Quem está ai? – Perguntei preocupado – -Eu aqui! –Disse uma mulher balançando o braço na primeira cela – -E você sabe como sair daqui? -Não, mas sei que a chave fica no bolso de um soldado que vem nos fiscalizar de trinta em trinta minutos -E como pegamos a chave dele? -Eu não sei! Lembrei-me da chave maldita que vivia me seguindo, puis a mão no bolso e por sorte a encontrei, mas quando a retirei do bolso uma dor de cabeça espontânea veio, ela vinha e voltava,por causa dela meu corpo paralisou e minha visão escureceu,vi Cassandra chorando dentro de uma sala e Bill abraçado com ela, ela dizia que devia ia atrás do que achava certo e Bill respondia que ela não voltaria viva, de repente a visão mudou e vi Lilith a beira de um vulcão, ela havia me contado que suas asas não suportavam o calor e ela saltou a fumaça do vulcão havia engolido-a, e enfim vi o tubarão a minha frente tentando me reanimar com rabadas,mas soltei a chave fui para um canto e comecei a me sentir fraco e sem vontade de continuar vivendo,e o pior que tudo era culpa minha,se eu não existisse nunca teria conhecido Lilith e ela não estaria se matando,Stella não estaria em perigo e Cassandra estaria feliz ao lado de Bill,deixei algumas lagrimas escorrerem pelo meu rosto o tubarão viu e se colocou entre meu braço e minha costela,debrucei sobre ele e comecei a soluçar.

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Capitulo 11:Sou sentenciado a morte

Depois de um tempo percebi que não valia a pena ficar ali chorando,quando me aproximei das barras elas simplesmente derreteram e saíram de nosso caminho,montei no tubarão e fui fazendo o mesmo com as barras de todas as celas: -Como você fez isso? – Perguntou a mulher – -Não sei, mas se você demorar mais vão nos pegar – Respondi a ela – De repente uma explosão ocorre entre mim e a atlantis, era Stella e Dylan, ela se aproximou de mim sem temer o tubarão e me abraçou: -Não preciso mais da ajuda de vocês, chegaram tarde! – Falei para ela – -O que fizeram com você? – Perguntou a mim – -O Haroldo está dizendo que ele pegou numa chave apagou, chorou e ficou desse jeito – Comentou Dylan – -O que você viu? – Perguntou Stella – -Nada que seja importante e essa coisa tem nome?! – Disse olhando para o tubarão – O tubarão me olhou com os olhos cheios de lagrima como se tivesse se ofendido e abaixou a cabeça, Stella se distanciou um pouco: -Me diga! – Berrou Stella me dando um tapa na cara com raiva – -A próxima vez que você fizer isso, você vai apodrecer no inferno! – Praguejei-a – Stella começou a chorar intensamente, aquilo já estava virando uma novela mexicana, contei toda a visão para ela: -Meu deus, por isso que ele está desse jeito, eu preciso fazer alguma coisa para ele voltar ao normal – Disse Stella a Dylan – -Stella, eu não entendo muito de poderes psíquicos, mas no estado que ela está se você fizer alguma coisa que ele não goste você vai se machucar olhe os olhos dele, estam completamente brancos – Alertou Dylan – Talvez se diminuirmos um pouco sua energia ele melhore, mas é só um talvez e não sei como -Mas eu sei! – Respondeu Stella – Stella pegou no bolso de sua calça a pulseira que havia dado a Lilith, arrancou os quatro pingentes e os jogou a minha volta, os pingentes flutuaram a minha volta formando um quadrado, de repente um raio correu por eles, tentei escapar, mas tomei um choque e voltei para o meio, comecei a me sentir fraco e desmaiei.

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Quando acordei me sentia meio tonto e com uma luz muito forte na cara, mas me sentia do mesmo jeito a macumba de Stella não havia funcionado, eu estava sentado em uma cadeira, a minha frente o rei em uma espécie de mesa para juízes, ao lado dele vários jurados e atrás de mim uma platéia com uns dez mil atlantis, o lugar parecia um coliseu nas duas laterais haviam portas do tamanho do Cristo Redentor mais ou menos, mas porque um lugar tão enorme com portas tão enormes somente para dizer se sou culpado ou não, alguma coisa tem: -Você foi culpado de invadir Atlântida e de tentar nos destruir! O que tem a dizer sobre isso? – Disse o rei apontando o tridente para mim – -Majestade, eu só tenho uma coisa a dizer, como euzinho iria destruir todos vocês? Parem e pensem um pouco! – Aleguei – O rei ficou irado a Atlântida toda tremeu e ele ordenou: -Soltem as Krakens imediatamente! – Ordenou ele com os olhos em chamas – Os solados assentiram e sumiram por um tempo, depois ouvimos um grunhido estridente, o som quase estourou meus tímpanos de repente as duas portas se romperam e duas criaturas idênticas e completamente exclusivas surgiram no salão, a parte de cima era semelhante ao de uma mulher humana com uma pele meio esverdeada e putrificada, seus braços eram avermelhados e um deles segurava uma lança maior que eles próprios,onde era para existir cabelo haviam quatro chifres pequenos e avermelhados,dois de cada lado e o cabelo eram dois tentáculos grossos cheios de ventosas,elas tinham varias marcas negras pelo rosto e pelo tronco,e a parte de baixo era de um polvo com vários tentáculos grossos,cada tentáculo devia ter uns vinte metros e eram da mesma cor dos braços,aqueles bichos eram enormes,eles não cabiam no coliseu e nem sei como eles cabiam no oceano,eles eram muito altos,de repente um deles se aproximou de mim eu corri para um lugar no qual eles não pudessem me ver mas em vão o coliseu era todo redondo,e não estava conseguindo nadar para cima porque havia corrente com pedras amarradas ao meu pé. Quando pensei que tudo estava perdido vejo a sombra de uma biga dourada puxada por um majestoso cavalo marinho verde, pairando sobre o coliseu a biga tocou o chão e Dylan que dirigia o automóvel me disse para subir a bordo da biga, perguntei onde estava Stella e ele disse que ela estava em segurança. A biga começou a ganhar altitude até que saiu do coliseu, as duas Krakens saíram na mesma velocidade de um torpedo atrás de nós: -Dante, fique repelindo a rajadas de dor das Krakens com suas espadas – Aconselhou Dylan – -Como se quer que eu faça isso? Olha o tamanho daquelas coisas

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-Confie em mim, vem aqui – Ordenou ele me puxando para ficar de costas para ele – Movimente as espadas formando um circulo isso repelira as baforadas das Krakens A Kraken que estava mais longe lançou uma baforada verde fosforescente, eu sentia o calor dela a uns dez metros, girei as espadas como Dylan aconselhou a grande maioria do pó que estava contido na baforada foi repelido pelo movimento das espadas, mas uma parte atingiu meu rosto. Parecia que minha pele ia apodrecer e cair sobre minha mão Senti uma mão em minha bochecha, a mão parecia ter sugado toda a dor que estava sentindo,quando me levantei vi que Dylan estava desmaiado, eu tentei reanimá-lo com empurrões e cutucões, mas ele não respondia, eu não conhecia o garoto porem por algum motivo em sentia que havia algo que nos ligava, um ódio me consumiu, o grande cavalo marinho estava desnorteado até que sem intenção chocou-se contra uma pedra e ficou desacordado e a biga completamente espedaçada, e as Krakens continuavam se aproximando mais e mais, me lembrei do que Stella havia falado para a diretora quando Jullie a trancou em uma gaveta tinha alguma coisa haver com futuro ser convertido para nada ficar corrompido, mas será que se falasse os versos corretamente funcionaria com monstros de cinqüenta metros? Resolvi tentar:

- Esse incidente nunca vai ter acontecido, o futuro não ficará corrompido, se tudo for convertido -Espera ai! Isso não saiu da minha boca – Hesitei – As Krakens pararam se entreolharam e voltaram para Atlântida, a voz que disse isso veio de trás de um enorme coral e era muito familiar,quando digo muito é muito mesmo,fui nadando até o coral e quando cheguei lá me debrucei sobre ele e vi o que havia atrás,me deparei com um peixe de cabelos lisos e castanhos: -Miau! Que dizer Muu! Ah, esquece– Disse o peixe – -Você pode ser muito poderosa, mas com transformação você é uma desgraça – Caçoei o peixe de listras brancas – -Desculpe ta! Eu nunca virei peixe na vida! O peixe transformou-se em um menino de olhos dourados estava usando um sobretudo vermelho e carregava uma foice nas costas: -Boa tentativa, você ainda esta com seu cabelo, Cassandra -Eu te odeio – Dizia Cassandra enquanto transformava-se em menina novamente – -Primeiramente obrigado por salvar minha vida e porque você esta aqui? E como consegue respirar em baixo d’água?

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-Eu respiro em baixo d’água graças a uma antiga receita que encontrei no livro que você me deu era um poção para possibilitar a respiração em baixo d’água dos seres humanos e estou aqui por que acho pura burrise você e Stella irem sozinhos para solucionar um problema que seu pai não pode. Cassandra tinha razão, não sabíamos o que era a anomalia, precisávamos dela. Lembrei-me que Dylan ainda estava desacordado, levei Cassandra onde a biga havia colidido,quando chegamos lá uma esfera de luz estava saindo de sua boca,a esfera deve ter o tamanho de uma bolinha de gude: -Minha nossa! Ele está muito mal – Disse Cassandra colocando uma das mãos na testa de Dylan – -Por quê? O que é essa bolinha de gude luminosa saindo da boca dele? -Não é uma bolinha de gude luminosa seu idiota, é a aura dele -E você pode por de volta? -Eu não... Mas você pode! – Alegou Cassandra olhando no fundo dos meus olhos – -Você que faz mágica eu só corto as coisas, não posso fazer isso -É claro que pode,você é mais poderoso do que pensa,limpe sua mente por completo, aponte a mão esquerda para o corpo de Dylan e diga Ostendo sum

-Pra que isso? – Hesitei prestando atenção na aura de Dylan que ficava cada vez mais clara – -Vai logo nosso tempo tá acabando! Como se fosse fácil limpar a mente,quando dizem para nós limparmos nossas mentes ai que todos os pensamentos aparecem,estava fazendo meu máximo de esforço e quando por um momento consegui deixar a mente limpa repeti as palavras: -Ostendo sum! – Anunciei com a mão esquerda apontada para o corpo de Dylan – Contornos verdes fosforescentes começaram a brilhar em torno de minha mão assumindo o formato da mesma, depois esses contornos prenderam a aura de Dylan em uma espécie de casulo brilhoso e o casulo atravessou o corpo do príncipe de Atlântida

Ele abriu os olhos e cuspiu sangue que logo se desfez na água, eu estava me sentindo meio tonto,como se tivesse usado minhas ultimas reservas de energia,mal conseguia bater as pernas para continuar nadando: -Obrigado, err... Menina do cajado – Disse Dylan olhando para Cassandra – -Não fui eu que te salvei menino do tridente -Dante? Stella não me disse nada sobre você usar magia -Relaxa que ela também não me contou, e Cassandra como você sabia que eu podia fazer mágica e não me disse?

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-Você não pode fazer “mágica”, eu encontrei Stella no laboratório e achei uns exames que os pesquisadores fizeram com você, os exames indicam que há uma área a mais em seu cérebro, essa área permite que você projete algumas coisas de sua mente, mas isso gasta muito de sua mana. -Mana? – Perguntamos eu e Dylan ao mesmo tempo – -Mana é a energia vital de todo o ser mágico, cada ser mágico tem certa quantidade de energia própria e se ela se esgota você pode ficar desacordado ou morrer -E onde consegue mais mana? – Hesitei – -Tudo no mundo possui mana, desde uma pedra até um animal, que usa a mana em combate geralmente a retira de um cajado ou de um amuleto, ou há alguns seres malignos que retiram a mana de outras pessoas até elas falecerem -Mas como eu renasci o Dylan se eu só posso projetar coisas? -Tecnicamente você não o renasceu você moveu a aura de volta para o corpo dele, agora você precisa descansar, eu sei que você está tonto e cansado -Ultima pergunta, eu posso projetar pessoas? -Depois de anos de treino eu creio que possa, mas lembre-se é uma projeção,você não pode trazer a pessoa até você,é como se você criasse um clone dela -Como você sabe tudo isso? E mais alguém pode fazer isso? -Eu não agüento mais essas perguntas, eu sei por que há um relato no livro que você me deu de um antigo sacerdote que descobriu ser possível a projeção de pensamentos, e até hoje só você e esse sacerdote podem fazer isso. -Posso fazer uma ultima pergunta? -Ah, que saco, pergunta -Então eu faço o mesmo que Jullie? -Tecnicamente não, Jullie faz ilusões, ilusões não são solidas e fora que com mil e quinhentos anos de pratica, as ilusões de Jullie são perfeitas e instantâneas -Você fala de um jeito como se a conhecesse pessoalmente – Comentou Dylan – -E conheço,quando vim a Lusterpurge da primeira vez,minha mãe me pois em uma escola para aprendizes de feiticeiros e Jullie foi uma instrutora,porem ela estava mais velha e com aparência de instrutora,ela me colocou na frente de toda a turma e me pediu para lutar com ela,na época não conhecia muitos truques,tentei arremessar uma das mesas nela mas antes dos objetos encostarem nela eles sumiam era como se ela estivesse protegida por um véu sombrio,ela apontou o espelho para mim e me vestiu de palhaça,eu morro de medo de ser o centro das atenções e ainda Jullie me vestir de palhaça no meio de toda a sala foi extremamente humilhante,e desde aquele dia estou atrás dela e vou fazer aquela vadia pagar por o que fez,mas agora quero ver Stella,onde ela está? -Então, err... Ela ta no meu quarto – Disse Dylan com as mãos acariciando a cauda – -Onde você mora? – Hesitou Cassandra – -É ai que vem a parte engraçada da história, eu moro no castelo

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-Ai que fofo, vamos ir saltitando pedir para o rei que mandou duas criaturas pré-históricas nos matar para entrarmos em sua casa mais especificamente no quarto do seu único filho para resgatarmos nossa amiga, genial! -Olha, saltitando é impossível, mas eu já pensei em tudo – Continuou Dylan direcionando seus grandes olhos verdes diretamente para mim – Ninguém entra no meu quarto desde que eu tinha cinco anos, parece que todos têm medo de lá, bom enfim a noite depois que todos dormirem nós entraremos -E os guardas? – Perguntei – -É ai que entra a magia de Atlântida,quando se aproximar do anoitecer eu conto a vocês,por hora, eu vou até o castelo buscar algo para nós comermos

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Capitulo 12:Cinco espelhos me ajudam

Eu não sei por qual motivo me sentia feliz perto do Dylan, com Bill sempre sentia aquele sentimento de competição, vencer o tempo todo e etc... Mas com ele era diferente, sabia que se quisesse podia ficar horas conversando com vossa alteza e provavelmente ele me ouviria pacientemente, e o engraçado era que, ele que era o príncipe de Atlântida até esquecia esse detalhe, já o Bill fazia questão de contar a todos todas suas conquistas e depois pensei em Lilith a visão de te-lá visto se suicidando no vulcão era apavorante, eu conheço uma pessoa que mesmo se Lilith estivesse morta eu poderia me comunicar com ela: -Você sabe como trazer Alastair aqui? -Que pergunta sem noção, mas mesmo se soubesse ele está morto não existe feiticeiro nenhum que pode trazer um morto, o que mais se aproxima e a comunicação entre o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos... -E você... -Não eu não sei fazer isso, você acha que tenho quantos anos? Mil e quinhentos? -Mudando de assunto, Bill tentou te impedir quando você resolveu vir? -Tentou e muito, disse que eu ia morrer e ia ser loucura partir sozinha -E porque ele não veio com você? Cassandra virou de costas para mim e pensei que ela ia começar a chorar, mas respirou fundo: -Bill se sentiu culpado de Lilith e você terem partido daquele jeito e nós resolvemos nos dividir, eu vim ajudar você e Stella há resolver a anomalia e o Bill foi atrás de Lilith pedir desculpas -Bill? Pedir desculpas? Hoje não é 1º de abril não, estamos no começo de novembro! -Eu nunca o vi daquele jeito antes, ele estava falando serio Vocês devem estar pensando, como respirou fundo? E Como nós conseguimos conversar e nos ouvir tão bem ou daqui a pouco como vamos comer? Primeiro, Cassandra jogou um feitiço nela para poder respirar em baixo d’água por isso ela pode “respirar fundo”. Segundo, a bolha que estava usando tinha uma espécie de amplificador e decodificador de som, então ouvia Cassandra e Dylan perfeitamente e Terceiro eu não faço idéia como vamos comer: -O que você trouxe nessa bolsinha? – Perguntei – -Só as coisas de sempre, nada de especial -Cassandra, porque você me xinga e/ou ridiculariza tanto? -Não se trata de xingar ou ridicularizar é que eu sou assim,não sei se é sem querer ou de propósito,além de tudo nossa amizade foi meio que imposta né?

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-Stella nos obrigou, mas pelo menos paramos de brigar -É -Falando em briga, porque não batalhamos? -Aqui? -Sim, eu deixo você escolher o campo --Eu Cassandra Clown estou desafiando Dante Van Darsen para uma batalha de eliminação de vidas no campo de batalha, Campo! Revele-se! –Recitou Cassandra – Todos os corais, algas marinhas e peixes começaram a tremular, até ficarem indescritíveis, depois o cenário subaquático deu lugar a uma planície com quatro espelhos flutuantes de uns três metros, o campo era o mais simples que já tinha visto, porem aqueles espelhos me intrigavam, eu não sabia o que Cassandra pretendia com eles, sem aviso prévio ela gritou já. O campo devia ter uns vinte e poucos metros e o sol brilhava fortemente, por isso via Cassandra só outro lado do campo movimentando o cajado em círculos, tirei as espadas gêmeas da bainha e fui com feracidade para um ataque frontal,quando estava perto saltei com os braços abertos e as espadas empunhadas,mas foi inútil porque alguma coisa havia me acertado. Cassandra havia invocado um troll e infelizmente ele estava empunhando um bastão dos Lakers, por sorte ele acertou as espadas e não eu, meu único armamento havia voado aos ares me deixando completamente indefeso em relação a Cassandra e seu troll,se tirasse o cajado dela,não ia adiantar muito por causa daquela coisa toda de mana eu sabia que devia usar os espelhos mas não sabia como. Cassandra gargalhou alto, olhei a minha esquerda e vi um enorme espelho mostrando o reflexo da minha adversária, fiquei com raiva e bati com força nele, a feiticeira voou uns três metros e caiu no chão com um estrondo, os espelhos podiam ser como armas, sai correndo para pegar minhas espadas a tempo de ver Cassandra se levantar e ficar imóvel pensando em uma estratégia mais complexa,recuperei minhas espadas e me virei para não ficar de costas para o inimigo,mas Cassandra não esta mais lá,fechei os olhos e apurei meus ouvidos contudo não havia barulho nem de passos,quando abri os olhos um espelho se ergueu a minha frente,primeiramente ela mostrava meu reflexo vi Cassandra correndo,olhei para trás mas não a vi. Eu não sei como ela estava correndo por dentro dos espelhos, mas não sabia qual ela estava porque todos mostravam exatamente a mesma cena, se eu quebrasse o espelho certo com Cassandra dentro provavelmente eu ganharia a batalha, mas se escolhesse o errado? Ela poderia vir e me atacar de surpresa, verifiquei se a chave que minha mãe me dera ainda estava comigo, e estava, será que ela podia me ajudar em alguma coisa? Mamãe só disse que ela abre todas as portas e abre dimensões, porém quando a toquei na cela de Atlântida eu tive a visão da morte de Lilith, joguei a chave para cima e alguma coisa aconteceu, a chave refletiu os raios solares diretamente para os

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espelhos, contudo um deles não estava refletia a luz,cravei as duas espadas em seu vidro e imediatamente tudo começou a se contorcer e depois que se distorceu de novo voltamos a barreira de corais que estávamos e eu estava com minha velha amiga bolha e Cassandra me olhando pasma: -Como... Você sabia sobre... Essa brecha no encanto? -Eu não sabia, foi sem querer Antes que pudéssemos comentar algo sobre a batalha avistamos Dylan montado em um tubarão de olhos dormentes com o tridente na mão esquerda e na direita uma mochila, ele se aproximou de nós e nos dirigiu a palavra: -Eu não vou poder ficar aqui por muito tempo, e infelizmente só puder pegar isso -O que houve? – Perguntei – -Fui verificar se Stella precisava de alguma coisa e meu pai me pegou no meio do caminho, se a água pudesse pegar fogo provavelmente Atlântida estaria enfrentando um incêndio, enfim ele ficou furioso comigo por ter defendido vocês e me pois em um quarto trancado,em conheço bem o castelo e sabia que lá havia um alçapão que levava ao porão e escapei -Uma coisa está me intrigando, porque você ficou contra se povo defendendo a Stella e o Dan? – Hesitou Cassandra – -Eu não fiquei contra meu povo senhora sabe-tudo os Atlantis nunca quiseram destruir ninguém, meu pai que está muito preocupado com essa epidemia e perde a razão, eu não achava certo matar duas pessoas só porque elas se recusaram a fazer uma coisa que seria trabalho da monarquia -Entendo... Quem é esse seu amigo das profundezas? -O tubarão? – Disse Dylan apontando para o tubarão – Meu melhor amigo até hoje, esse é o Haroldo você já o conhece não é mesmo Dante – Lembro ele cravando seus olhos em mim – -Peças desculpas a ele imediatamente! – Finalizou Dylan – Dylan movimentou seu tridente e um tornado de bolhas apareceu e o engoliu, depois de um tempo o tornado se dispersou levando o menino de cabelos azulados com ele. Quando olhei para minha volta me deparei com Haroldo, Dylan se esqueceu completamente de seu melhor amigo ou o deixou de propósito, ele me olhava triste e esperançoso como se esperasse que eu dissesse algo para animá-lo, acho que devia pedir desculpas pelo jeito rude que agi nas masmorras, mas a culpa não era minha eu vi Lilith... Até em minha mente a voz interior falhou, senti um arrepio correr minha coluna. Fiquei encarando o nada por um tempo, de repente vi a mão de Cassandra jogando bolhas em mim: -Ta em qual mundo? -Gostaria de estar em qualquer um, menos nesse

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-Alguma visão? -Quando estava preso no calabouço do coliseu, tive uma visão de Lilith se jogando em um vulcão. -Err... Ela não pode voar? -Nenhuma asa suporta o calor do topo de um vulcão -Eu... Sinto muito – Consolou-me Cassandra pondo um de seus braços no meu ombro – Mas o que melhor para esquecer a dor do que comida! Balancei a cabeça em sinal de afirmação, então ela abriu a mochila que Dylan havia nos deixado, o que me espantou era que por cima do ombro de Cassandra eu só podia ver bolhas do tamanho de minha cabeça dentro da mala, ela retirou uma e me mostrou. Dentro da bolha existia uma lata de coca-cola flutuando dentro dela, eram comidas “embolhadas”, retirei da mala uma bolha que continha um sanduíche de queijo, puis minha mão dentro dela e o alimento estava seco, trouxe o sanduiche bolha perto de minha boca e as duas bolhas se conectaram, e então pude comer e com o refrigerante foi a mesma coisa, estava com tanta fome que devo ter devorado umas cinco bolhas sanduiches e três coca-bolhas,depois de satisfeitos vi Haroldo cutucando a mala com o focinho,quando olhei dentro havia três sacos de alguma coisa com nome shark show,deduzi ser ração para ele,quando abri um dos sacos,vislumbrei cinco peixes espadas ensangüentados,Haroldo estava lambendo o lábios,ofereci o saco para ele que veio como um torpedo em minha direção,suas duas fileiras de dentes pontiagudos podiam me fazer em pedaços em poucos segundo porém ele só tinha olhos para os peixes espadas,Cassandra abriu os dois outros sacos e os jogou ao alto para flutuarem acima de nossas cabeças: -O que fazemos agora? – Perguntei – -Esperamos o anoitecer, Dylan provavelmente vira e nos mostrara a “magia” de Atlântida

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Capitulo 13:Peixes ao resgate Ficamos esperando por horas, eu olhava o sol se por, os peixes nadando e se alimentando nos corais, até um pingüim apareceu e ficou brincando de pega-pega com o cajado de Cassandra, Haroldo aproveitou e tirou uma soneca depois de ter comido toda aquela ração ao vê-lo dormindo me passou pela cabeça porque ele estava no calabouço se era o melhor amigo de Dylan? Eu iria tirar minha duvida em poucos segundos porque vi uma grande quantidade de bolhas começarem a se unir e girar freneticamente e antes que Dylan pudesse sair do meio das bolhas Cassandra colocou dois dedos em minha testa, depois seus dedos começaram a brilhar em roxo e por fim ela encostou no meio do tornado de bolhas,elas se uniram e formaram uma grande,por sua vez ela eclodiu e um jato d’água nos atingiu,e quando voltamos a olhar uma cena tremeluzia a nossa frente era Bill ele estava escalando uma montanha negra,mais precisamente um vulcão: -Bill? – Hesitei tocando a cena que desfocou-se e focou-se novamente – -Não encosta ai! – Advertiu Cassandra – Bill você está bem? -Se bem você quer dizer morto de cedo e calor então sim, nunca estive melhor – Respondeu Bill do outro lado da cena – -Tem alguma noticia de Lilith? -Ainda não, mas sinto que estou perto, sinto o cheiro dela a distancia e não parece estar longe -Você não precisava se arriscar assim – Comentei – -Não estou fazendo por você, estou fazendo por mim, foi realmente um erro o que fiz e preciso concertá-lo -Cuidado, ok? -Vou ter cuidado amor, em breve vamos nos ver, ah Dan tenho uma coisa para te falar, eu... De repente a cena sumiu como se a ligação tivesse caído, as bolhas se juntaram novamente e Dylan apareceu como se estivesse prendido a respiração por uns três anos: -O que era aquilo? – Hesitei – -Um Glocall -Glo o que? -Glocall e quase igual a uma chamada 3G de celular, só que só pode ser feita com a mistura de duas manas e um portal já aberto, usei o poder de Dylan de se teletransportar e a sua mana para executar o Glocall, mas você mesmo viu que não dura muito e antes que você pergunte não da pra fazer de novo.

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-Muito obrigado em, fiquei preso na linha do Frenzy e quase perdi o fôlego você sabe que não pra respirar lá -Gente espera ai! Glocall, Frenzy, mana é muita coisa para memorizar, o que é Frenzy? -Frenzy é uma estrada mágica que é utilizada para se mover mais depressa quando me transformo em bolhas, entro no Frenzy e nado no seu Mar em Fúria por uma curta distancia então saio por essa porta que Cassandra fechou, enquanto estou no Frenzy é como se o tempo parasse aqui no mundo real -Olha eu realmente não sei se posso chamar isso aqui de real,mas uma coisa me veio a cabeça,porque Haroldo estava na prisão se ele é seu melhor amigo? – Perguntei – -Então... Meu pai achava que ele era perigoso para ficar comigo, meu pai é do tipo superprotetor e etc daí simplesmente o trancou naquela cela eu fiquei muito triste por isso visitava-o diariamente e passava horas lá. -Me desculpe a pergunta indelicada, mas, e sua mãe? Você nunca fala dela – Indagou Cassandra – -Eu nunca a conheci, Caroline Greenom, meu pai conta que ela era uma mulher fantástica, mais linda que qualquer sereia e mais delicada que uma flor de cerejeira, ele diz que ela vivia no castelo e um dia quando eu ainda era um bebe, Atlântida foi atacada por Poseidon, meu pai e seus soldados lutavam bravamente contra ele, mas sem sucesso, minha mãe gastou toda sua mana e conjurou algo que era impossível, os limites mágicos da cidade de Atlântida. Nada podia passar por ele sem ser convidado, impenetrável, com isso ela se sacrificou para salvar a cidade, me orgulho dela e me orgulho também de me chamar Dylan Worgnoster Greenom, Filho de Sebastian Worgnoster e Caroline Greenom -Por um lado da para entender porque seu pai protege tão bem você e Atlântida ele não quer que o sacrifício de sua mãe seja em vão – Consolou Cassandra – -Enfim, está na hora de pegarmos Stella e irmos resolver aquela anomalia -Você também vai? -É claro que sim, eu quero ajudar minha cidade a sair do caos, o que vou fazer a seguir pode ser meio desagradável, mas é necessário – Alegou Dylan enquanto apontava seu tridente azul na minha direção – -O que você vai fazer? -Me desculpe – Afirmou Dylan enquanto colocava uma das mãos nos olhos e virava a cara – Um raio dourado saiu de seu tridente e me acertou em cheio,comecei a me sentir cada vez menor e mais achatado minha pernas se juntaram e afinaram até parecerem um arpão,meu corpo estava tão achatado que eu passaria por baixo de uma porta fechada e eu não via meus braços,a sensação era horrível porque eu já tinha mudado de forma varias vezes mas nunca fui obrigado a fazer isso,me sentia preso dentro do corpo de sei lá o que,mas pelo menos podia

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Respirar embaixo d’água e nadar com alta velocidade, quando olhei em volta só visualizei Haroldo, uma tartaruga e Dylan que se matava de dar risada: -Vocês ficaram tão lindos, vocês não fazem idéia -E você deve estar adorando né seu retardado – Resmungou a tartaruga com a voz de Cassandra – -E você só sabe fazer criaturas aquáticas pelo jeito né – Disse – -Parem de reclamar, eu sou muito bom com transformações, enfim vamos para o castelo E lá vamos nós, um adolescente meio humano meio peixe, uma tartaruga feiticeira um tubarão bonzinho e uma arraia tonta ao resgate de Stella, passaram por varias barreiras de corais, a luz da lua resplandecia quando era refletida pelas pedra que ficavam no fundo,e de repente um castelo dourado se ergueu a nossa frente depois um enorme portão e varias casas,quando atingimos o portão Dylan falou com os soldados e passamos ilesos,nadamos pela avenida principal,comecei a perceber que em todas as casas,os atlantis tinham o costume de ler historias para seus filho dormirem a noite,todas as casas a cena se repetia. Quando chegamos ao castelo Dylan apontou para cima,nós nadamos para cima até atingir a ultima torre lá havia uma sacada com uma menina olhando a lua por ela,era Stella,seus cabelos dançavam por causa da água,ela começou a nos acenar compulsivamente,entramos pela sacada em um quarto enorme,devia ter um pé direito de uns 4 metros e mais ou menos uns cinqüenta metros quadrados,a cama era aquelas de casal,mas de um casal de obesos,havia detalhes nas paredes de conchas,algas marinhas e pedras nas prateleiras haviam vários porta retratos o que mais me chamou atenção era um antigo retrato que mostrava um bebe de olhos verde e cabelos azulados,uma mulher de vestido longo de cor púrpura com um olhar meigo o verde de seus olhos brilhavam como dez esmeraldas e de mão dadas com ela uma menina de uns cinco anos ela tinha os cabelos negros como a própria escuridão,o engraçado era que ela estava de cara emburrada como se não gostasse de tirar fotos: -Quem são esses? – Hesitei apontando para as pessoas – -Meu pai e eu quem mais seria? -Vocês não estão vendo a mulher de vestido e a criança emburrada? -Não,acho que não foi só o corpo que se transformou em raia – Caçoou Cassandra – -Cala a boca Cassandra,acho que seria bom se você nos colocasse de volta ao normal não é mesmo Dylan? -É pra já! Ele apontou o tridente novamente para mim só que dessa vez em vez de um raio me atingir,um raio dourado saiu de mim e foi direto para o tridente e senti meu corpo se desgrudar e voltar ao normal,mas estava sem a bolha,percebendo

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meu desespero Dylan me acertou com outro raio de seu tridente,e me deu guelras no pescoço: -Obrigado, olá Stella -Graças a deus você está bem Dante e Cassandra porque e como voltou? Cassandra contou tudo que havia ocorrido conosco na batalha e as comidas bolhas o Haroldo a conexão com Bill e tudo.

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Capitulo 14: Uma Nova Profecia Bom dia leitores sou Stella Anglezarke [Eu sei que você já disse isso, mas fica quieto Dante Van Darsen] Vamos dizer que eu vou descrever a história a partir de agora, arremessei o Dan do computador, mas não se preocupem ele está bem. Onde a história parou mesmo? Ah ok. Me lembrei Dante estava fascinado pelo retrato e teimava com a mulher de vestido e a menina de cara feia, nós não enxergávamos nada disso, talvez a batalha com Cassandra o deixasse cansado: -Gente, acho que devemos descansar essa noite provavelmente vamos enfrentar uma coisa antiga e poderosa amanhã – Sugeri – -Stella tem razão, devemos aproveitar essa noite de sono o máximo que pudermos – Concordou Dante – -Eu não sei se essa idéia é tão boa assim, afinal meu pai pode vir aqui a qualquer momento -E se sairmos do castelo? – Cogitou Cassandra – -Tive uma idéia, meus avós paternos não concordam com algumas atitudes de meu pai por isso não moram no castelo, talvez se eu explicar a eles o que esta acontecendo eles nos deixem passar a noite em sua casa Todos nós assentimos, peguei minha mochila e coloquei meu arco encantado na bainha em minhas costas e partimos o problema era, o príncipe de Atlântida acompanhado de dois foragidos e uma desconhecida, boa coisa não ia acontecer, saímos pela grande sacada e vislumbramos a cidade subaquática de noite, era muito linda, eu provavelmente viveria lá se não fossem esses motivos: a) Eu estava foragida b) O mundo inteiro estava em perigo c) Muitas pessoas morreram por causa da nova doença d) Não largaria meus amigos e minha família para viver lá

Meu aniversario estava se aproximando, não que isso era importante no momento no qual estávamos eu ia fazer quinze anos e entre os dois eu era a mais velha por isso de vez em quando eu sou chamada de chata ou até mesmo de vovó, da pra acreditar? Cassandra passou a ser minha melhor amiga a partir da sexta serie já o Dan, vocês não fazem idéia do quanto nós brigávamos eu nem me lembro porque nem ele que está aqui do meu lado lembra, mas no final da sexta ficamos muito amigos e continua até hoje e provavelmente até ficarmos realmente velhos, e Dylan que eu acabara de conhecer tinha se tornado um grande aliado também, quando ele me salvou do exercito e me trouxe para seu quarto ele me

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contou coisas de sua família de como não conheceu sua mãe e que tínhamos a semelhança de sermos filhos únicos,e antes que eu termine essa seção de reflexão quanto ao incidente no calabouço,bem... Vocês viram como ele estava alterado, não viram? Eu fiquei desesperada tanto com ele estar maligno daquele jeito quanto com a morte de Lilith, ela era muito minha amiga, sempre me pedindo dicas para conquistá-lo, depois de nos conhecer ela ficou mais amável e feliz e agora simplesmente se foi, trágico Quando me dei conta já estávamos sobre a casa dos avós de Dylan,ele apontou para baixo com seu tridente azul celeste,descemos em espiral até uma simpática casinha com um telhado feito de uma enorme concha vermelha,as paredes externas eram verdes-água e em baixo das janelas haviam vasos de vários tipos de plantas marinhas. Dylan deu três batidas na pequena porta de madeira, as batida soaram ritmadas e depois de um tempo a porta se abriu e de dentro dela uma gentil e fofa senhora, vestia um pijama rosa quase branco de tanto ser lavado, o pijama só ia até a cintura, o resto era sua pequena cauda cor de gelo: -Vovó! – Exclamou Dylan dando um baita abraço na senhora – -Dylan? Quanto tempo meu querido, e continua tão magrinho – Retrucou a velhinha – -Vó esses são Dante, Cassandra e Stella -Que amigos lindos, mas pelo que vejo, eles não são daqui – Lembrou a vovó Worgnoster apontando para nossas pernas – -Então, sobre isso eu preciso falar com você é muito importante – Depois Dylan nos olhou – Enquanto converso com minha avó, vão para a sala que meu avô deve estar lendo o jornal, ah e antes que me esqueça ela é Carmella Worgnoster e meu avô se chama Alastor Worgnoster Dylan se dirigiu passou pelo hall de entrada e seguiu pela direita onde devia ser a cozinha, a casa era pequena e aconchegante, no hall de entrada havia um tapete vermelho deduzi ser de uma dessas dinastias ai,passando por um arco de cimento estávamos na sala ,lá havia dois sofás um de três lugares e outro de dois,e no canto uma cadeira de balanço onde um sujeito balançava freneticamente e bebia uma xícara de café quente,Dan se virou e uma palavra uma expressão saiu de sua boca e consegui decifra-lá “ Eu também não sei” era o que ele estava tentando dizer,acho que ele se referia a como o senhor podia tomar uma xícara de café e ler jornal se estávamos de baixo d’água, enfim, Alastor abaixou o jornal e nos convidou a sentar,nós três sentamos no sofá de dois lugares,foi uma cena ridícula por isso sai de entre os dois e sentei no de três,porém sentei em cima de uma daquelas agulhas de crochê: -Pobre Carmella, às vezes esquece de guardar os materiais de seu crochê – Comentou Alastor para me tranqüilizar – -Sr.Worgnoster, Dylan me contou que você é um ótimo conselheiro,nós estamos precisando de um – Lembrei –

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-Não sou modesto, mas se vocês estão precisando acho que posso ajudar a e, por favor, vocês podem me chamar de vovô? -Sr... Vovô precisamos de alguma informação que nos indique o filho de Byron para podermos descobrir o antigo enigma – Explicou Cassandra – -Primeiro, é obvio que vocês estão procurando pela pessoa errada, e digo mais as peças vão se revelar quando chegar a hora certa -E quanto a anomalia? O Senhor sabe alguma coisa? – Hesitou Dante – -Saber é uma palavra forte, mas eu sinto que a anomalia tem alguma coisa haver com algo mais antigo do que o próprio oceano, e sinto também que o mundo mágico e o mundo real estão prestes a ver a maior batalha de todos os tempos. Nem Atlântida será poupada os limites mágicos provavelmente enfraqueceram Depois de ter dito isso ele pegou sua xícara de café e ficou bebericando-o até que Dylan e sua avó apareceram na sala de estar: -Alastor, a hora chegou – Exclamou Carmella para o marido – -Já? Pensei que tínhamos mais tempo! -Que hora? – Hesitou Dylan – -Querido, seu pai me pediu para protegê-lo o máximo que puder, mas essa velha cauda não vai muito longe, por isso – Assoviou Carmella – Uma amiga minha ira acompanhá-los Nós todos saímos pela porta como a vovó indicou depois de cinco minutos lá parados vimos alguma coisa vindo rápido do horizonte, era grande e brilhava quando se aproximou desceu e ficou parada nos olhando,era uma mulher de cabelos cumpridos, ela era toda azul um pouco diferente da água, brilhava fortemente e estava usando uma blusa de manga morcego, e sua cauda de sereia era maior do que todas que eu já havia visto devia ter uns dois metros: -Não pode ser... – Exclamou Cassandra – -Pode ser sim ela é o espírito da água, um dos quatro espíritos da natureza, se chama Titânia – Disse Carmella – -Obrigado pela recepção calorosa senhora Carmella, é sempre bom estar na companhia da senhora – Comentou Titânia com uma voz celestial – -Você não vai fazer companhia a ela – Contrariou Alastor – Você vai acompanhar eles – Falou apontando para nós – -Stella Anglezarke, Dante Van Darsen e Cassandra Clown – Afirmou Titânia analisando-nos com suas grandes orbitas azuis vazias – -Lady Titânia,bem ou mal? -Muito bem! Fiquei sabendo que vocês derrotaram o Leviatã e a Necrófaga -Uma dessas afirmações está certa já a outra, infelizmente nós não derrotamos o Leviatã só colocamos ele em um sono profundo – Explicou Dante – -Mesmo assim, já é muito, e vocês precisam da minha ajuda exatamente para fazer o que?

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-Nós queremos resolver o problema da anomalia temporal, Lady Titânia – Falei – -Esse problema vem me intrigando também, mas não sei conseguiremos chegar lá,afinal há radiação perto da anomalia Quando olhei para o lado vi os olhos castanhos de Dante perderem a cor, e sua pele estar pálida como o gelo, ele estava tendo uma visão e creio que pelo jeito que ele se debatia não podia ser boa,o nariz dele começou a sangrar,eu peguei um lencinho que sempre carregava comigo e comecei a estancar o sangramento,de repente sua pela começou a recuperar a cor e seus olhos também,ele se levantou e esfregou a cabeça com a mão direita como se tivesse acabado de bate-lá: -O que você viu? – Hesitei – -Eu não vi nada, eu ouvi e acho que ouvi uma nova profecia -Qual é? – Indagou Titânia – - O filho ancestral se revelara

E pela maldição de seu pai preso ficara

A antiga disputa vai despertar

O herói começara a delirar

Quando seu verdadeiro amor cativo ficar

-Droga, acho que essa profecia é comigo – Afirmou Cassandra – -Por quê? – Inquiri – -Simples, você por enquanto não tem um verdadeiro amor e Lilith... Bem, as profecias nunca são muito claras, mas estou com a impressão que essa profecia está fora de ordem, e que seus versos vão demorar a acontecer -Assim espero – Disse Titânia – Enfim, melhor vocês descalçarem, teremos um dia duro amanhã Titânia deu um leve sorriso e partiu nadando como um torpedo em direção ao nada, a lua cheia brilhava fortemente, dava para ver seus raios atravessando a água e terminando na areia. Quando entramos,dona Carmella mostrou o quarto em que íamos dormir,porém só existia dois quartos então obrigamos Dante e Dylan a dormirem na sala,mas antes resolvemos jogar meu jogo favorito,Verdade ou Desafio eu e Cassandra fomos a sala com uma garrafa vazia de coca-cola,nos sentamos em um circulo e girei a garrafa,Dylan pergunta e Cassandra responde: -Verdade, Desafio, Ponto ou Conseqüência? -Verdade -Deus não sei nada de você! – Exclamou Dylan – Dante cochichou algo no ouvido de Dylan e sua cara mudou de duvida para maligna:

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-É verdade que você ficou com medo quando ele – Disse Dylan apontando para o Dante– e Stella fugiram? -É claro! Mais pela Stella... -Ei! – Trovejou Dante – -Tá, fiquei com medo pelos dois, próxima Dylan girou a garrafa e caiu em Cassandra perguntar para o Dante -Verdade, Desafio, Ponto ou Conseqüência? -Desafio -Há! Não devia ter escolhido essa – Falou Cassandra com um sorriso que ia de orelha a orelha – Meu desafio é: De você dar um beijo na Stella -Ah! Qual é! – Afirmamos eu e Dante – -Você que escolheu desafio Dante -Eu acho que não devemos forçar ninguém a fazer nada – Comentou Dylan – -Eu acho que devemos sim! – Ordenou Cassandra – -Tá! Vamos acabar logo com isso Ele se levantou se aproximou de mim e se ajoelhou nossas bolhas de respiração se uniram e pude sentir sua respiração nervosa,quando os lábios dele tocaram os meus senti uma coisa muito boa,é claro que não o amava,ele era como se fosse um irmão mais novo para mim,mas beijo sempre é bom,quase pude ouvir Lilith em minha mente gritando,Não!Não!Não! Seus olhos castanhos estavam fechados e percebi que ele também tinha gostado, sinal que eu não beijava tão mal assim, depois nossos lábios se destocaram e ele ficou me olhando confuso,se levantou e foi ao seu lugar e se sentou,Cassandra e Dylan bocejavam então resolvi fazer a ultima rodada: -Sem girar a garrafa eu quero perguntar para o Dylan – Afirmei – -Para mim? OK,Quero ponto! -Que nota você dá de beleza pra mim e pra Cassandra e de amizade pro Dan? -Olha... Para o Dante de amizade dou 8,0 por não conhecê-lo muito bem ainda,para Cassandra eu dou 7,5 e pra Stella... 5,0 -Por sorte Bill não está aqui – Comentou Dante – -5,0? Eu não acredito! Que humilhação – Praguejei-o e sai da sala para o quarto,confesso que deixei algumas lagrimas escorrerem do meu rosto –

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Capitulo 15: Espiamos o mundo afora

Eu não sei por qual motivo chorei pelo 5,0 que tomei na verdade e desafio do Dylan, se fosse o Dan ou o Bill eu provavelmente os espancaria, enfim fui para o quarto e ouvi passos aos meus calcanhares, fechei a porta com força e me joguei na cama de baixo do beliche, a porta se abriu e Dante surgiu no quarto: -Não é comum você chorar por um motivo tão idiota -Poxa vida! Todas as meninas se arrumam e gastam todo o dinheiro no cabelo ou em maquiagem para ficarmos bonitas para vocês e como podem ser tão insensíveis? 5,0? Que nota você me daria? 6,0? -Ã....7,5? -Obrigado pela tentativa! -Ah, qual é Stella, ele nem te conhece direito, você é muito mais linda por dentro do que por fora... Opa... -Você sempre foi péssimo para me consolar! -Vem aqui – Disse Dante levando minha cabeça ao seu peito – Eu não sou muito bom em consolar, mas não sou frio como sua amiga,aposto que ela deve estar acabando com Dylan a uma hora dessas,contudo porque você ficou tão abatida com uma nota de um jogo? -Eu não sei, foi meio automático Eu não sei como mas via minha lagrimas se misturando com a água salgada,realmente o Dan não sabia consolar mas pelo menos tentou,isso me deixa mais que feliz,agora vou acertar as contas com aquela sereia de olhos verdes Afastei-me de Dante e me dirigi a sala, Cassandra xingava Dylan de todos os palavrões conhecidos, por um lado fiquei com dó,Dan saiu do quarto e se interpôs entre Cassandra e Dylan: -Já chega! Gente é a opinião dele! Parem de fazer tempestade em um copo d’água! – Declarou Dante – Depois de ter dito isso seus olhos mudaram de cor, de castanho escuro para um verde esmeralda, eram muito parecidos com os de Dylan: -Dante? – Indagou Dylan – -Por ora não, Cassandra? Quanto tempo em palhaçinha – Disse Dante com uma voz misturada com a de uma menina – -Jullie! O que você está fazendo aqui? – Exclamou Cassandra – -Acho que a pergunta mais adequada seria: O que vocês estão fazendo aqui? Me da náusea de ver que vocês estão assumindo um problema que não é de vocês só para permanecerem unidos

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-Não foi só por isso, não podemos deixar todos morrerem! – Falei – -Stella, vocês nem sabiam o que era essa anomalia e o que ela transmitia de mal até vocês encontrarem Atlântida, vou dar a vocês uma dica, suspendam essa missão, vocês estão mexendo com princípios cósmicos e estragando meu plano -Estragando seus planos? – Perguntou Dylan – -Mais um integrante de uma família real se juntando a vocês? Que lindo! Eu vou dizer um pouco de cada um, Cassandra mexer com magia pode acabar com você principalmente quando você não consegue nem movimentar uma esfera da vida, Stella, você foi muito burra quando negou a oferta de Fen, e só a negou por causa de seus “amigos”, se liga menina, daqui alguns anos Dante e Cassandra vão estar noivos e você? Virar tia? E Dante teve amor a primeira vista por alguém que não o ama... -Mentira, Lilith o amava eu sou testemunha disso – Contradisse – -Amava-o tanto que partiu, e não terminei todas as batalhas vencidas por ele foram por sorte, com a Necrófaga foi Alastair, com Lilavati foi com a ajuda de Eurynomus e o arco mágico, contra Solaria foi a flecha da morte e o Leviatã não foi derrotado. -Vai embora Jullie, não precisamos de você – Trovejou Cassandra – -Acho que precisam sim! Vou dar a vocês esse presente – Ofereceu Jullie fazendo surgir um espelho em sua mão – Este espelho mostrara o que vocês desejarem ver, e também se em algum momento vocês quiserem voltar a ter uma vida normal sem poderes e monstros é só pedir a ele, mas lembre-se de duas coisas, a primeira esse espelho está sob o controle de Dante e se alguém tentar roubá-lo será mandado a mim e eu o executarei e segundo se vocês desejarem a vida normal, suas almas serão encaminhadas para corpos de pessoas da mesma faixa etária e sexo, mas não sei qual país vocês podem acabar -Porque está nos ajudando? – Perguntei – -Motivos pessoais, adeus e vou dar a vocês mais um presente.... Os olhos de Dante deixaram de ficar verdes e ficaram brancos, ele estava tendo outra visão, depois de uns trinta segundos tendo convulsões ele voltou ao normal e sua pele recuperou a tonalidade: -O que houve? – Indagou Cassandra – -Eu recebi alguns números: 1-2/2-5/3-4/4-1/5-3 -Deve ser a combinação de alguma coisa, mas o que? – Refletiu Dylan – -Eu não sei, mas o que esse espelho está fazendo em minha mão? Expliquei tudo a ele, da aparição de Jullie e do aviso que ela nos deu e o aconselhei a usar o espelho que por sinal era muito parecido com aquele de “A Bela e a Fera” só que era dourado: -O que eu nós precisamos ver? -Não sei, pede qualquer coisa – Disse Cassandra – -Espelho mágico, por favor, me mostre a anomalia temporal

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O vidro do espelho começou a retorcer nossos reflexos e brilhou em dourado,quando o brilho baixou vislumbramos o oceano,mas estava muito escuro, o que me chamou atenção era um grande corte que lá havia, o corte parecia uma cratera no meio do nada e lá dentro estava uma mistura de preto e roxo, então o espelho voltou a mostrar nossos reflexos: -Adorei ele! – Elogiei – -Vamos tentar outra cena, Espelho mágico, por favor, nos mostre Bill Blood O espelho distorceu nossos reflexos e brilhou em dourado novamente, vimos Bill correndo pela neve e sendo perseguido por uma centena de monstros, entre eles: Trolls, Ogros, Feiticeiras, Mistrais, Eskeltons e Julyfers e comandando todos havia um Hyrus Já vou explicar li tudo sobre esses quatro últimos em um livro de monstros de Lusterpurge: Mistrais: São espíritos que não conseguiram achar o caminho para o céu e por isso perambulam pela terra e enchem o saco dos vivos, são feitos de prisma, o que os torna ainda mais perigosos Eskeltons: São esqueletos que se desprenderam da carne enquanto ainda eram vivos e está sempre a procura de um novo hospedeiro Julyfers: Imagine um vampiro, agora imagine um vampiro no corpo de rinoceronte com asas de inseto e membros de um orangotango, agora imagine esse bicho com uma língua de tamanduá, eles são muito perigosos visto que se alcançarem sua cumprida língua em volta do pescoço de sua vitima, eles sugam todo o seu poder até mata-lá ou no melhor das hipóteses deixa-lá louca Hyrus: São raros hoje em dia, deve existir uma meia dúzia, são sacerdotes de longas asas negras de dragão, sua pele era tão pálida que era roxa, usava uma túnica púrpura e empunhava uma lança elétrica coberta de arame farpado, eles se alimentam dos sonhos bons das pessoas e levam os pesadelos Bill corria em sua forma de lobo o mais rápido que podia e pelo visto não iam demorar em alcançá-lo: -Temos que fazer alguma coisa! Ele vai morrer – Exclamou Cassandra – -O que? Não podemos fazer nada, e outra conheço Bill, ele vai dar um jeito – Disse – O espelho voltou a mostrar nosso reflexo e a respiração de Dante estava ofegante, provavelmente o espelho devia ter drenado sua mana,resolvemos ir cada um para seu canto,no momento que entrei no quarto e deitei na cama de baixo do beliche Cassandra cravou seus rasgantes olhos castanho escuro: -O que foi? – Perguntei – -Porque você ficou tão ofendida com a nota do Dylan? -Eu já disse aconteceu automaticamente! -Esse “automaticamente” tem nome -Tem é? E o que seria?

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-Amor -Eu? Amando? Ele? Puft! Você é louca, mudando de assunto o que Jullie disse me deixou intrigada, é verdade, nós não sabíamos ao exato o que essa anomalia trazia de mal e simplesmente fomos,acho que devemos ser mais racionais em nossas escolhas daqui pra frente -Pois é,e o assunto ancestral no qual estamos mexendo,sinto que tem algo a ver com o terceiro verso da profecia “A antiga disputa vai despertar”, isso desperta certa curiosidade em mim, contudo os dois fatos que mais me assustaram hoje,foram a-) Quais motivos pessoais Jullie teria para nos dar um presente? b-) Porque quando ela disse que ia dar mais um presente e o Dan teve uma visão de números? Não faz sentido Stella, na missão passada foi tão mais fácil, nós estávamos todos unidos, agora temos dois mortos e um em perigo, quantos vão ter que morrer nessa missão para conclui-lá? Isso me da medo Stella,muito medo -Calma Cassandra, amanha vamos resolver essa anomalia e depois partiremos para encontrar Bill antes que a profecia se realize – Tranquilizei-a – Não é tão fácil quanto parece, Bill está cercado de monstros e espera... Cassandra pegou um pedaço de papel, não me pergunte como o papel não estraga em baixo d’água. Procurou e achou uma pena e começou a fazer alguns desenhos e escrever algumas coisas: -Hyrus não agem por conta própria eles precisam de uma boa quantidade de Zyíons ou até sangue -O que são Zyíons? -Zyíon é a moeda utilizada em qualquer civilização que usa magia,

Lusterpurge e Atlântida, por exemplo, são moedas com um ZZZZ de um lado e

do outro seu valor, são eles: 1, 5, 10, 20, 50, 100 e 500, mas a pergunta é quem pagou o Hyrus? -Talvez o espelho mágico nos responda – Lembrei – Saímos em disparada do quarto e fomos a sala, Dylan já estava de olhos fechados, porém Dante estava acordado tentando dormir: -O que foi? – Perguntou Ele – -Nós precisamos usar o espelho mágico de novo – Inquiriu Cassandra – -Esse espelho acaba com a minha energia! -Mas você ainda tem a minha – Alegou Cassandra – -O que? – Perguntei ao mesmo tem que Dante – -Levante-se e fique de frente para mim – Ordenou Cassandra – -Tá e agora? – Obedeceu Dante – -Eu Cassandra Clown transfiro metade da minha mana para Dante Van Darsen

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Os dois se deram as mãos e uma energia muito forte tomou conta da sala, de repente um raio preto saiu dos olhos de Cassandra e foram para os olhos de Dante, ela se desequilibrou e só não caiu porque ele estava de mãos dadas com Cassandra Dante tirou o espelho que estava em baixo de uma almofada no sofá e recitou: -Espelho mágico, nos mostre quem pagou a Hyrus para ir atrás de Bill Nossos reflexos se torceram, mas o espelho não brilhou em vez disso um rosto apareceu,parecia aquela mascara de teatro de feliz e triste: -Caro amo, sem uma rima fazer, o suspeito não vai poder ver -Um espelho que gosta de rimas que cafona – Comentei – -Hyrus foi pago e incumbido a uma tarefa fazer, e nós queremos saber, caro espelho, quem o fez e por qual motivo, espelho eu quero entender! -Seu pedido é uma ordem! – Alegou o espelho – O espelho tremeluziu e uma luz dourada se espalhou por toda a casa,de repente vimos um sujeito que tinha os dentes caninos inferiores alongados,seus olhos eram pequenos,usava uma espécie de calça até a canela roxa escura,tinha uma coroa,uma bota,peitoral e braceletes feitos em ouro,empunhava um machado com seu gume alongado para baixo e na mão esquerda uma espada completamente torcida,era Darts Doom,mas ele parecia tão infeliz: -Bill Blood já foi executado? – Perguntou Darts Doom – -Ainda não meu senhor – Alegou um Mistral que estava logo atrás de seu trono de crânios – -Malditos! – Trovejou, ele fechou uma das mãos o Mistral gritou de dor e desapareceu – Eurynomus não perde por esperar O espelho brilhou em dourado e novamente passou a refletir nosso reflexo, Cassandra estava tão pálida que estava refletindo a luz da lua: -O que foi? – Perguntei – -Fa... Fa... Faz sentido, Da...Darts Do...om ir atrás de Bill quer dizer Eurynomus,afinal existe uma antiga rixa... Droga! “A antiga disputa vai despertar”

é a disputa entre Eurynomus e Darts Doom -O que você está dizendo? – Indagou Dante – -Reza a lenda que Eurynomus destruiu o reino de Darts Doom, o inferno, e libertou todas as almas que estavam lá presas, para Darts Doom isso foi o cumulo do absurdo e como o inferno fica em outra dimensão dificultando ainda mais sua aparição no mundo real ele não pode achar Eurynomus, mas alguém ou alguma coisa o informou que o demônio encarnou em Bill,se Darts Doom conseguir arrastar Bill para o inferno,Eurynomus não terá a menor chance

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-Por um lado faz sentido, porque se Darts Doom arrastar Bill para o inferno ele ficara preso completando o verso “Quando seu verdadeiro amor cativo ficar”, temos que resolver a anomalia rápido para podermos ir atrás de Bill o quanto antes – Exclamou Dante – -Cassandra, porque Darts Doom não fez nada enquanto Eurynomus estava destruindo o inferno? E por qual motivo o demônio destruiu o inferno – Perguntei – -Simples, Darts Doom ficou trancado em um espelho enquanto Eurynomus destruía o inferno e quem nós conhecemos que faz travessuras com os espelhos? -Jullie Lum Hell – Completou Dante – -Correto, e Eurynomus só destruiu o inferno para provar que tinha poder, mas Jullie o ajudou, por isso que alguns mortais tem medo de espelhos,quando Darts Doom foi aprisionado ele ficava vagando pelos espelhos do mundo em busca de uma saída,há quem diga que o viu no espelho de sua casa. -Bom, já matamos dois versos da profecia só faltam três – Exclamei –

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Capitulo 16:Passeio pela fortaleza

Depois de toda nossa discussão sobre a profecia, eu e Cassandra fomos para o quarto e o Dan permaneceu lá na sala, o quarto tinha dois beliches de mogno maciço, uma fita de conchas enfeitando as paredes do quarto, uma pequena

janela que dava para o castelo e um tapete com um WWWW marcado em

prateado, deitei no beliche da esquerda e Cassandra no da direita, pensei que não ia conseguir pregar o olho essa noite, mas no momento que deitei meus olhos pesaram e dormi profundamente. Tive um sonho estranho, eu estava sozinha em uma sala que por sinal não é uma sala comum, ela deveria ter uns trinta e cinco metros de pé direito, lá havia doze tronos em U, e eu estava em seu centro, no teto vi figuras de constelações e galáxias em movimento, as paredes eram do mesmo jeito e a da esquerda atrás de um dos tronos vi a terra e logo após todo o sistema solar, não havia ninguém sentado nos tronos que por sinal deviam ter uns sete metros de altura por uns três de largura, no topo de cada trono brilhava um símbolo, senti uma mão me tocar nos ombros,quando virei vislumbrei uma linda moça de uns vinte anos,cabelos loiros até a altura da cintura, vestia aquelas roupas gregas, branca

até o chão presa no ombro com um botom com esse símbolo : -É meio tarde para uma moça linda como você estar vagando sozinha por uma sala como essa – Disse a moça com uma voz aveludada e angelical – -Eu dormi e simplesmente vim parar aqui -Você está sonhando? Interessante, você sabe onde está? -Não faço a menor idéia, mas quem a projetou é um ótimo arquiteto -Não não minha querida, você está na fortaleza zodíaca -Fortaleza... Zo... Zodíaca? -Sim, você acha que o zodíaco é só um modo que os mortais encontraram para denominar-se? As marcas no universo já dizem muito sobre nós, olhe as constelações -E você só pode ser a Virgem - Sou eu sim -E porque as pessoas falam sobre esses signos? Que relação vocês tem com elas? -Não são todos, mas as pessoas realmente boas são protegidas por seu zodíaco correspondente, nós observamos vocês e meus irmãos o protegem como podem -Eu acho que não está dando muito certo -Não critique nosso trabalho sem saber o que está acontecendo, Jullie Lum Hell ia carbonizar o corpo de Dante Van Darsen, meu irmão sagitário o salvou. -Se são assim tão poderosos porque não acabam com a luta que está prestes a começar?

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-Não podemos intervir dessa maneira minha querida, mas quando houver um desequilíbrio cósmico, interviremos -Mas eu não entendi ainda pra que vocês existem -Eu adoro sua sinceridade, o Zodíaco existe para manter o equilíbrio universal, veja – Apontou Virgem para uma porta dourada – A porta na qual ela me apontou devia pesar umas vinte toneladas de ouro maciço, Virgem empurrou a porta como se ela fosse feita de algodão, do lado de fora estendia-se uma curta estrada de paralelepípedos vermelhos,Virgem me levou dar uma volta por lá, a esquerda viasse um gramado verde e salpicado pelo orvalho,tochas dos dois lados erguiam-se a cada três passos,ao longe vi uma arvore de cerejeira,minha flor favorita,corri pela grama para vê-lá,tive a impressão que havia deixado a Virgem para trás,mas quando cheguei a ponto de toca-lá alguma coisa me pegou pelos calcanhares,tropecei e cai,ouvi os passos da Virgem pelo orvalho,ela vinha lentamente e soltava um breve sorriso: -Estrela dos desejos, não toque nela por gentileza - O que é uma estrela dos desejos? -Ela mostra seus desejos mais escondidos, eu, por exemplo, estou vendo uma pomba branca -Eu não vi casa nenhuma aqui e também não faço idéia como chegar, onde que vocês vivem? -As casas ficam pra lá minha querida, me acompanhe, por favor, Voltamos a estrada de paralelepípedos vermelhos por mais alguns metros e chegamos a uma vila de templos,passamos por três e entramos em um,todos os templos eram quase iguais,por fora tinham três andares,três quadrados um em cima do outro de diferentes tamanhos,no topo duas retas iam se cruzando até chegar em seu ponto máximo,lá uma espécie de pedestal com um globo cor de rosa que irradiava luz,olhei para os outros templos e cada um tinha um orbe de cor diferente e com um símbolo,não pude distingui-los era muito alto,Virgem me convidou a entrar,lá era frio e só existia uma coisa,uma longa escadaria com aquela de templos astecas,subimos e no topo encontramos uma luz vinda do teto iluminado somente uma almofada que estava em outro pedestal,lá havia o mesmo orbe cor de rosa que estava do lado de fora do templo,mas como estava perto pude saber que era o símbolo de virgens: -O que é isso? – Perguntei – -Minha essência, minha vida como você quiser chamar, ai eu descanso e recarrego minhas energias tenho que proteger essa esfera com tudo que tiver se cair em mãos erradas ou ser destruída, minha imortalidade acaba e eu desapareço,mas não passo muito tempo aqui,geralmente como todos ocupo quase meu tempo todo na fortaleza -Você é tão pequena para um lugar tão alto, e digo o mesmo para a fortaleza acho que você não alcança aquele trono

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-Eu só fiquei desse tamanho para te dar mais conforto, meu tamanho real é dez metros e o de todos os membros do Zodíaco -E vocês vivem sozinhos nesse lugar? -Sim, é um pouco triste, mas sim vivemos Saímos do templo e enquanto voltávamos para a fortaleza, só percebi agora que em volta viasse estrelas, cometas e asteróides, esse lugar ficava no meio do universo,quando pensei que íamos subir as escadas da fortaleza,contornamos-a e quatro cristais de uns vinte metros de altura erguiam-se, estavam todos mandando energia para o meio, lá um buraco negro resplandecia: -Você havia me perguntado como chegar aqui não é mesmo? Olhe a frente, esse é um buraco negro interligado a varias passagens na Terra, e eu sei que há uma na escola de vocês, mas não sei onde e também sei que há uma em Lusterpurge -Interessante, mesmo dormindo não paro de receber informações, e só pra saber, você é real mesmo? -Sou tão real quanto você Stella Anglezarke, e tenho certeza que voltaremos a nos ver, por ora, tome cuidado, muito muito cuidado,vimos que a estrada vai ser difícil para você e quem esta a sua volta,e um conselho as coisas nem sempre são o que parecem,vou me certificar para ninguém chegar aqui por meio dos sonhos... Stella, Stella, Stella – Gritava a Virgem, mas com a voz de Cassandra – Tudo ficou preto e de repente abri os olhos, primeiramente vi dois olhos castanhos, um olho verde e dois castanhos escuro me olhando, depois os esfreguei e vi que: Dante, Cassandra, Dylan, Alastor e Carmella me olhavam assustados: -Nossa em, você hibernou – Exclamou Dante – -Que horas são – Indaguei – -12h00min – Respondeu Dylan – -Caramba, mas tenho algo mais importante para dizer – Informei – Contei tudo a eles, todos os passos que dei com a Virgem, a estrela dos desejos, os protegidos, sobre o Zodíaco ser real e tudo sem cortes: -Stella, acho que isso foi só um sonho – Avisou Cassandra – -Não pode ter sido só um sonho, foi muito real -Todos nós estamos estressados com tudo que está acontecendo, provavelmente sua mente a mandou para um lugar tranqüilo e fantástico – Explicou Dan – -Acho melhor vocês todos tomarem um bom café da manhã – Ofereceu Carmella – -Porque pode ser o ultimo... – Resmungou Cassandra – Carmella e Alastor foram à frente, suas caudas de atlantis jogavam bolhas em nós, saímos do quarto passamos pela sala, fomos ao hall e viramos a

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esquerda, acho que a cozinha era o maior cômodo da casa,era toda feita de azulejos brancos,duas janelas grandes faziam com que não se precisasse de energia elétrica,na parede do fundo um fogão,uma geladeira e um microondas,ai vem a pergunta,como eles utilizavam energia elétrica em baixo d’água? A mesa estava posta para sete pessoas, com vários tipos de pães e bolos, os copos estavam com uma bebida azul fosforescente, por uma das janelas surgiu uma mulher toda azul com uma cauda de sereia de dois metros, Titânia: -Que bebida é essa? – Perguntou Dante – -Lagrimas de Hidrogrifo – Respondeu Dylan – Ajuda na recuperação da energia vital e na reconstituição da mana perdida -O que é exatamente um Hidrogrifo? – Indagou Cassandra – -Hidrogrifos são criaturas belíssimas, eles são metade águia metade Atlantis, tem a cauda verde e o rosto e patas acinzentadas – Explicou Alastor – -E onde que esse bicho vive, porque nunca vi nenhum enquanto mergulhava com meu pai – Disse Cassandra – -Eles só aparecem se alguém está precisando muito deles e se a pessoa tiver coração puro, mas agora vamos comer -Eu estou faminta – Comentou Titânia – Quando a primeira gota de lagrima de Hidrogrifo desceu pela minha garganta já me sentia mais poderosa, alem de ter um gosto ótimo, os pães e bolos estavam perfeitos, eu havia me empanturrado, não sabia quando seria a próxima vez que comeríamos, ou melhor, se comeríamos novamente

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Capitulo 17:Somos julgados pela morte Peguei minha mochila que estava no quarto e Cassandra pegou sua bolsa da marca: Se-entrar-cabe e fomos em direção a porta, lá Dylan já estava com seu tridente empunhado e Dante com suas espadas gêmeas no cinto e o espelho na mochila: -Como vamos passar por toda essa gente sem sermos notados? – Perguntei – -Eu já pensei nisso, eu sou o espírito d’água não sou? -Desculpe ser grosso, mas idai? – Caçoou Dante – -É só transformar vocês em água, vocês saem de Atlântida e pronto -Acho que eu prefiro escovar os dentes de um Leviatã – Comentou Cassandra – -Eu acho que tenho uma idéia! – Respondeu Dante – Ele colocou a mão no bolso e tirou uma espécie de chave púrpura no topo dela havia o yin-yang: -O que é isso? – Hesitei – -Eu ganhei da minha mãe enquanto voltávamos para casa abordo do LP Sea,ela disse que abre dimensões,será que posso abrir um portal daqui até o lado de fora de Atlântida? – Indagou Dante – -Não custa tentar! – Disse Dylan – Dante fechou os olhos e se concentrou a chave em sua mão começou a brilhar, o yin-yang girava tão rápido que até se misturavam, de repente a chave saiu da mão de Dante e começou a girar sozinha, então ela explodiu e no lugar da explosão um vórtice verde começou a girar no meio da sala de estar: -Quem quer ir primeiro? – Perguntou Dante – -Quem o fez é claro – Falei – -Obrigado pelo incentivo – Resmungou – Dante foi nadando até o portal passou por ele e sumiu, depois um a um, e eu fiquei por ultima, estava um pouco apreensiva, mas fui. Lá dentro era quente e seco, diferente de onde estávamos que era bem molhado, comecei a engatinhar pelo túnel até que vi a água novamente lá ao fundo,passei pelo portal e ele se desfez,girei 180° e vislumbrei os portões dourados de Atlântida a uns cinco quilômetros de onde nos encontrávamos, a chave de Dante funcionou com perfeição: -Estam vendo? Atlântida fica sobre aquela rocha – Explicou Titânia – A anomalia se encontra em baixo dela –

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De fato, uma rocha do tamanho Staple Center servia de base para a majestosa cidade de Atlântida, nós contornamos a rocha, mas houve certo momento que Titânia nos mandou parar: -A água aqui em baixo está contaminada e só há um jeito de passar por aqui sem sermos infectados. -Não vai ser preciso virar água não é mesmo Lady Titânia – Indagou Dante – -Por sorte não Duas laminas de cristal cresceram de seus pulsos e ficaram acopladas a sua mão, ela balançou a lâminas em um grande circulo e depois de um tempo me vi presa dentro de uma bolha, meus amigos, Dylan e Titânia também a utilizavam: -Essa bolha vai nos levar direto para a anomalia, é só esperar A bolha começou a ir cada vez mais para as profundezas, acho que se estivéssemos do lado de fora a pressão nos esmagaria. Tudo em volta começou a escurecer até que não puder ver mais nada, acho que a bolha tinha algum tipo de luz interna, porque eu me via perfeitamente, mas não via nada lá fora. De repente um grande rasgo roxo surgiu a nossa frente, ele devia ter uns vinte e cinco metros de cumprimento, uns dez de altura e profundidade desconhecida porque lá dentro só viasse uma mistura de roxo bem escuro com preto, ouvi a voz de Titânia dizendo para se segurar que nós íamos entrar e eu me perguntei como assim entrar? Nós não íamos fecha-lá? Minha bolha transporte começou a aumentar a velocidade me deixado colada uma de suas extremidades,então a bolha atravessou o rasgo,vi um lugar que acho que não vou conseguir descrever com exatidão,mas vou tentar: Um portão negro e vermelho com cabeça de demônio erguia-se ao fundo,seis chifres negros surgiram,três a esquerda e três a direita,o chão era todo feito de lava com algumas pedras carbonizadas boiando no rio da morte,no teto vimos um céu de almas esverdeadas e fosforescentes,atrás da porta de retalhos vermelho uma luz negra tomava conta do salão onde estávamos,as bolhas eclodiram em cima de um chão carbonizado,precisávamos atravessar o rio de lava para chegar ao outro lado: -Ótimo, agora se morrermos nem precisaremos sair daqui – Comentou Dylan – Dylan estava diferente, ela não estava com sua cauda azul petróleo, mas sim com duas pernas e um par de botas escondendo seus pés usava uma túnica branca que ia até os joelhos e flutuava atrás, utilizava também um par de luvas cinzas e já estava com seu tridente pronto para disparar,Titânia também estava um pouco diferente,seu vestido alongou-se e cobri-a seu corpo até a altura do joelho,sua cauda havia se separado e ela ganhou pernas:

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-Por quê? – Perguntei – -Você não vê? Estamos no inferno, literalmente – Afirmou Cassandra – -Darts... – Disse Dante – -Não diga o nome dele aqui, onde nós estamos, se seu nome for dito ele é chamado, então vamos chamá-lo apenas de DD – Explicou Titânia – Eu tentei me transformar em águia para ir voando sobre a lava, mas alguma coisa me bloqueava, então tentei ir do jeito antigo, pulei sobre a primeira pedra, não parava de olhar para frente, saltei para a segunda que estava a minha esquerda, contudo quando fui colocar meu pé direito na terceira pedra ela tremulou, meu rosto ficou a menos de dez centímetros da lava fervente quando sinto garras a minhas costas, um falcão roxo havia me pegado e começou a me levar para o fim,quando cheguei bem perto dos portões me virei para conferir se meus amigos estavam bem,Cassandra, Dylan e Titânia olhavam pasmos para Dante que tinha uma marca florescente na cor púrpura brilhando em sua testa, o símbolo parecia uma flecha, mas não pude distingui-lo porque estava muito longe, Dylan foi o próximo ele vinha com cautela e em uma das pedras que ele pisou, ele escorregou e quase caiu na lava também, mas usou seu tridente como alavanca e se arremessou, por sorte caiu bem ao meu lado, foi a vez de Titânia, ela cravou suas laminas de gelo na parede e começou a vir,e até que veio depressa. Depois Cassandra,ela examinou,examinou e examinou para ver se havia alguma outra possibilidade, até que quase puder ver uma lâmpada se acender em sua cabeça, ela pegou de dentro de sua bolsinha, remexeu-a e encontrou um livro preto antigo,ela começou a folheá-lo até achar a pagina que queria,recitou alguns versos em latim com seu cajado apontado para a lava, e uma espécie de tornado veio do nada e Cassandra subiu nele, o tornado a trouxe até meu lado, Dante pensou também e resolveu fazer igual Titânia tirou as espadas da bainha que estava em seu cinto e as cravou na parede, veio vindo lentamente, até que com muito esforço conseguiu chegar. Nós esperamos ele recuperar o fôlego para prosseguirmos. Dylan empurrou a porta e de repente um salão enorme se ergueu, o que não entendi é que parecia que estávamos em um banco só que bem maior, varias fileiras de cadeiras com espíritos sentados nelas, algumas almas pegando senhas, e ainda outros espíritos falando com Eskeltons atendentes, as Eskeltons estavam vestidas como aeromoças, e estavam atrás de uma parede vidro, uma delas chamou no microfone: -Todos os espíritos com bilhetes brancos compareçam ao julgamento, espíritos com

bilhetes dourados entrem a porta á esquerda, Obrigado.

Essa foi a cena mais estranha que já presenciei, e olha que já vi muita coisa esquisita,uns duzentos espíritos se dirigiram para a tal porta a esquerda,espiei e pela porta vi um lindo jardim com uma grama verde um pequeno lago e muitas

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Arvores,acho que os espíritos bons iam parar nesse lugar,em compensação as outras almas andavam de um lado para o outro,aflitas e amedrontadas: -Precisamos entrar naquela sala – Disse apontando para a porta do julgamento – Nos aproximamos de uma das Eskeltons e perguntamos para ela como podíamos entrar naquela sala: -Morram e voltem depois! – Resmungou ela – Saímos de perto dela,e cochichamos que seria melhor se nós nos disfarçássemos,pedimos para Cassandra e ela apontou seu cajado para nós e um pó verde brilhoso apareceu e grudou em nós, estávamos parecendo espíritos, nos metemos nos meio deles e entramos na sala, na sala vislumbramos um grande trono de ossos vazio, ao lado esquerdo dele Lilavati, Lilavati? Nós a havíamos enfraquecido alguns meses atrás e a trancado na pedra novamente, pelo jeito Darts Doom libertou-a e a trouxe aqui para ser sua jurada, ao lado de Lilavati, um Hyrus diferente daquele que vimos no espelho perseguindo Bill, do lado direito do trono de ossos, a própria morte, ela usava um manto negro tão leve como fumaça, o que dava para ver em seu rosto era muito amedrontador, era completamente branco e não havia olhos, era um esqueleto completamente sombrio, ele empunhava uma foice pronta para decepar um exercito, a foice era diferente da de Bill, era negra com um cabo trabalhado, retalhos em rubi, safira e esmeralda era uma arma sinistramente linda e ainda mais para a direita da morte um homem de óculos escuros e jaqueta de couro iguais aquelas que os motoqueiros em seu peito um símbolo

brilhava em azul claro, esse símbolo: assim finalizando o conselho. Atrás dos quatro vimos um rio esverdeado com almas girando, girando e girando por ele, a cena era assustadora, os espíritos em si não eram feios, mas naquele rio eles estavam sofrendo muito, até que por um instante pensei ter visto uma alma familiar, mas desencanei a nossa esquerda uma grande balança, caberia uns cinco adultos juntos em pé em cima dela, atrás de todos nós uma enorme porta com grande de aço o piso é todo feito de mármore negro. De repente todos os espíritos param de gralhar, olhamos para o trono de ossos e Darts Doom apareceu sentado com uma taça de vinho, nós estávamos bem no meio das almas penadas, ficamos com receio de Lilavati nos vir e acabar com nosso disfarce, um gongo deu inicio ao julgamento, uma lista apareceu na mão de Darts Doom e ele disse o primeiro nome, uma garotinha de uns nove anos se colocou a frente de todos, Darts Doom aproximou se rosto do da menininha: -E então? Como você morreu? – Perguntou Darts Doom – -Uma bala perdida me acertou – Respondeu –

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-E o que você fez da sua vida? -Fui para a escola e fiz amigos -Meus jurados o que vocês acham? – Indagou Darts Doom virando sua atenção para a morte – -Alma destruída! – Exclamou Lilavati – -Trabalho forçado até o fim dos tempos – Opinou a morte – -Eu acho que devemos repensar os fatos, ela é sua uma criança não teve tempo de fazer nada de importante – Disse o homem de óculos escuros – -Sua bondade me da náusea Aquarius, até parece que ainda está do lado do zodíaco novamente. – Acusou Darts Doom – -Não meu senhor, faça o que achar certo – Respondeu Aquários – -Sua sentença é,trabalho forçado até o fim da vida! – Sentenciou Darts Doom – Não podia acreditar, a virgem confiava plenamente em todos os membros do Zodíaco e esse traidor vem e ajuda Darts Doom a torturar essa criança,eu não agüentei,peguei meu arco e disparei contra a cabeça de Aquários, antes que a flecha atravessasse seu crânio, ele se desfez em pó brilhoso azul: -Quem ousa? – Trovejou Darts Doom irado – -Eu reconheço esssssssa flecha em qualquer lugar, é Ssssstella Anglezarke, meu sssssenhor - -Uma amiga de Eurynomus, aqui no meu território? Isso é mais que bom – Declarou Darts Doom com um sorriso de orelha a orelha – -E advinha, ela não está sozinha! – Afirmou Dante saindo do meio dos espíritos e ficando ao meu lado – -E a namorada de Eurynomus? Serve para você? – Comentou Cassandra aparecendo ao lado de Dante – -Aaaaaaa,a namorada de Eurynomus,e melhor ainda os queridinhos do Zodíaco aqui? Acho que isso vai provar meu poder a eles – Trovejou Darts Doom – Darts Doom arremessou seu machado em minha direção, senti um empurrão e vi um vulto branco passando por mim e desviando a machado para outro lado, era Dylan, ele conseguiu repelir o ataque de Darts Doom facilmente,Titânia saiu do meio dos espíritos com um enorme salto,ela foi parar ao lado de Lilavati que praguejou-a em latim,Titânia pegou Lilavati e começou a bate-lá na parede,era nossa deixa,Dylan partiu para cima do Hyrus com um trovão de seu tridente,Cassandra disparava múltiplos raios de energia contra a morte que os desviava facilmente com sua foice,Dante saltou como uma bala em direção ao pescoço de Darts Doom,sinceramente eu nunca gostei do combate com espadas,sempre achei monótono e sem graça,mas isso mudou depois que vi Dante em combate,ele sempre foi muito criativo com suas seqüência de golpes,mas não pude ficar admirando sua batalha porque Cassandra precisava de mim,disparei uma flecha contra o rosto da morte que ficou um pouco tonta e veio em minha direção,rolei para baixo e disparei mais uma saraivada de

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flechas contra as costas da morte,Cassandra foi ajudar Dante com Darts Doom,Dylan estava se saindo bem contra o Hyrus,ele dava cada soco na cara do vampiro que dava até dó,tentei uma técnica nova,mentalizei uma explosão sônica,puxei a corda de meu arco e uma flecha branca de energia foi disparada contra a morte,em seu percurso ela fazia um barulho parecido com um grito,e quando acertou a morte,ela explodiu com tanta força que todos os espíritos que estavam no salão se desfizeram,em contrapartida estava me sentindo mais fraca. Dante investiu sanguinariamente contra Darts Doom, Titânia não parava puxar o cabelo e bater na cara de Lilavati, e o Hyrus estava quase derrotado, a morte apontou seus dedos esqueléticos para baixo e um exercito de esqueletos ergueu-se da terra, Cassandra lançava inúmeras bolas de fogo para bloquear o avanço do exercito, e eu deixava a morte presa contra uma das paredes, até que vejo um corpo vindo a uns 50 km/h em direção a parede,era o Dante,Darts Doom o havia arremessado contra a parede,Dante se levantou e gritou eu já sei! No entanto Darts Doom já havia conjurado um exercito de Mistrais para se unir ao exercito de esqueletos da morte, olhei de lampejo para Dylan e ele já estava ao meu lado e o Hyrus já estava desfeito, Titânia arremessou Lilavati no rio das almas penadas atrás de Darts Doom,quando seu corpo tocou aquele rio,ele se desfez, Titânia estava um pouco arranhada, mas estava bem, Titânia fez suas laminas aparecerem de seus pulsos novamente e partiu para cima de Darts Doom,enquanto eu,Dante,Cassandra e Dylan detonávamos com o exercito de esqueletos e Mistrais. Dylan fez uma onda de água erguer-se e derrubar metade dos inimigos, Cassandra lançava trepadeiras para prender o exercito, Eu e Dante nos encubemos de ficar dando cobertura, puis minhas costa junta com as dele e enquanto disparava flechas para um lado, ele destruía monstros do outro, depois de alguns minutos, todo o exercito não passava de uma pilha de pó, verifiquei Titânia para ver se estava tudo bem, mas não estava ela sangrava muito e não havia feio muito estrago em Darts Doom, ele a arremessou em uma parede e depois corremos até ela. Nos ajoelhamos e coloquei minha mão em sua testa,ela estava gelada: -Eu não vou poder cumprir minha promessa – Comentou Titânia – -Que promessa? – Indagou Dylan – -A promessa de protegê-lo -É claro que vai é só continuar calma De repente sua cabeça deitou e seu coração parou de bater, seu azul forte ficou um azul desbotado, e depois Titânia virou uma poça d’água, os olhos verdes de Dylan ardiam em fúria eu só havia visto uma raiva tão grande quando Lilith matou a Necrófaga. Dylan girou seu tridente e um imenso furacão surgiu e

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engoliu Darts Doom e então o tornado se desfez levando-o com ele: -Você o... Matou? – Perguntei – -Infelizmente não posso matá-lo, mas ele vai ficar longe daqui por um tempo e poderemos raciocinar com calma – Falou Dylan com a respiração extremamente ofegante – -Ok, os livros dizem que o inferno ficava em outra dimensão, a pergunta é, quem o trouxe para essa dimensão? -Aquários – Disse enraivecida – -Não Stella, deve ser alguém ou alguma coisa mais poderosa que ele – Comentou Dante – -Mas o que seria mais poderoso que ele? – Indagou Dylan – -Jullie talvez? – Supôs Dante – -Jullie é mais fraca que os membros do Zodíaco, tenho certeza! – Falei – -Por enquanto, vamos procurar como mandar isso aqui de volta para sua dimensão – Comunicou Cassandra – -Espera! O que temos de pista? – Perguntei – -Bom... Sabemos que a anomalia não passava do inferno que foi trazido para nossa dimensão, não sabemos por que e quem o trouxe, e algo me diz que o suposto presente de Jullie tem haver com a supremacia antiga,o que será que Alastor quis dizer com “Vocês estão procurando pela pessoa errada” – Explicou Dante – -Eu me sinto forte suficiente para arrebentar qualquer monstro, afinal, colocamos a morte pra correr! – Exclamou Dylan – -Devagar ai o maquina mortífera! – Continuou Cassandra – Nós só conseguimos obter sucesso porque pegamos todos de surpresa e Titânia estava nos ajudando a morte pode matar todos nós com um estalar de dedos, e provavelmente ela voltara e Darts Doom também.

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Capitulo 18: O Inferno Inferior

[Cai fora, já fico muito tempo contando a história, os leitores gostam mais de mim como narrador então tchau Stella] Oi de novo, eu sei que vocês cansaram da Stella contando a história por isso eu Dante que vou narrar daqui para frente. Deixe me ver ela já contou da nossa ida até a sala de espera, o julgamento, e a batalha, ok já me lembrei Avistamos um alçapão em frente ao trono de Darts Doom, quando o abrimos uma escada interminável descia ainda mais fundo em espiral,fui à frente com Stella, Cassandra e Dylan quase grudados em mim, eu não enxergava nada, mas repentinamente uma bolinha de luz apareceu,iluminou o caminho e ficou repousada em meu ombro: -Vocês não deviam ter desrespeitado as ordens do senhor Vlad! – Exclamou a bola de luz com uma voz feminina – -E deixar essa anomalia aberta? – Contradisse – -Alem de vocês terem roubado armas, documentos confidenciais e um submarino vocês estão correndo grande perigo! -Que tipo de perigo? – Perguntou Stella – De repente as paredes tremeram, sentamos nos degraus ao canto em busca de proteção, um trovão ribombou no fundo da escadaria fez um barulho insuportável. Cassandra conjurou um feixe de luz e atirou-o para baixo, o feixe continuou caindo até não conseguirmos ver mais seu brilho: -Eu avisei! Eu avisei! Agora não da mais tempo – Alertou a bolinha – -Responde o que é isso, coisa redonda – Caçoou Cassandra – -Bem... Depois que Jullie e Eurynomus destruíram o inferno, Darts Doom se aliou a um demônio, ou melhor, a uma rainha, Demettria Strange,a regente das almas mas em uma de suas brigas o inferno foi dividido em dois,o superior e o inferior,desde então existem duas mortes e dois governantes -E qual é mais forte? – Indaguei – -Lady Demettria,óbvio -Lady? – Enfrentou Dylan – A bolinha mergulhou no abismo e sumiu,eu tinha certeza de que isso não era um bom sinal,de repente uma forte dor de cabeça me veio,ia e voltava,apoiei minha cabeça na parede e a dor chegou ao seu auge, lá vinha informação. Eu vi Lilith correndo por um denso gramado, ela estava toda machucada e suja, então se refugiou atrás de uma arvore um segundo antes de uma lança passar rente a sua orelha esquerda.

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Ela sentou, respirou fundo e retirou uma espécie de coração dourado de seu peito,abri-o e lá dentro uma coisa que quase me fez chorar,olhos e cabelos castanhos compunham o rosto mais familiar que já havia visto,o meu,ela beijou o colar,tirou a adaga de seu cinto e saiu de trás das arvores e partiu para cima de alguma coisa que nunca havia visto antes,uma espécie de leão com armadura brilhante empunha uma lança e na outra mão um escudo,tinha longas asas brancas e caninos afiados o bastante para dilacerar um diamante.Uma coisa que observei que achei muito estranho eras que em vez da juba,ele tinha um longo cabelo ruivo. Ele soltou um rugido tão forte que minha visão tremulou e sumiu, estava novamente sentado em um degrau da escada, mas quando olhei para cima o alçapão havia desaparecido, contei toda minha visão para Stella, Cassandra e Dylan que me observavam atentamente: -Você ainda está com o espelho de Jullie? – Perguntou Stella – -Sim... – Disse depois que uma idéia me surgiu– Retirei o espelho do cinto e o ordenei a mostrar Lilith, o espelho brilhou em dourado, revelando todos os cantos obscuros da escada, era um cenário aterrorizante, se eu desse mais um passo a frente, despencaria em um abismo sem fundo, a escada a qual nos encontrávamos tinha somente cinco largos degraus, na parede oposta a que estávamos dois esqueletos pendurados pelos braços pendiam sobre o abismo, voltando ao espelho. O que o espelho me mostrou era exatamente igual ao que eu havia visto, Lilith saiu de trás de uma arvore e partiu para cima da besta que não hesitou em desviar o golpe com a lança de bronze, Lilith foi arremessada longe, a criatura levantou a mão calmamente e um buraco abriu sob os pés da guerreira de cabelos acinzentados, ela foi puxada para dentro do abismo e ele se fechou,a criatura alada saiu voando pelos céus tranquilamente.E o espelho voltou a nos mostrar nosso reflexo: -Lilith... Está... Viva? – Hesitei com um aperto em meu coração – -Não vou lhe dar falsas esperanças Dan, não sabemos o porquê de Jullie ter nos dado esse espelho, mas há sim uma chance dela estar viva... E em perigo... – Explicou Cassandra – Isso foi a melhor coisa que o espelho poderia me mostrar, eu devo ter tirado umas quatro toneladas de preocupação de cima das minhas costas, só por saber que há uma chance de Lilith estar viva: -Eu sei que você deve estar feliz, mas lembre-se, se a visão foi verdadeira, ela foi capturada por alguma coisa que nem eu sei o que é – Afirmou Cassandra – -Mas eu sei! – Urrou uma voz feminina antiga e poderosa –

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De repente as paredes começaram a tremer, pensei que a estrutura iria ruir, fechei os olhos e esperei,depois de alguns instantes o barulho parou,abri os olhos e não vi o que imaginava, quatro paredes de pedra com uns sete metros ergueram-se a nossa volta, atrás só víamos uma parede de pedra bege,a esquerda e direita seis tochas fincadas em uma parede de pedra acinzentada com musgo espalhado por toda sua extensão,à frente uma porta vermelha de uns 3 metros. O que mais me chamava a atenção era a atmosfera, fria e densa, o lugar me dava a impressão de que nunca mais seria feliz.Quando nos aproximamos da porta vermelha um castelo astral ergueu-se ao fundo,primeiramente pensei ser uma simples miragem,mas após alguns segundos sua estrutura firmou-se,o castelo continha duas torres laterais de tijolos acinzentados,e a estrutura central também da mesma cor,só os telhados e topos das torres que eram azul-marinho, só isso que o muro nos permitia ver. A grande diferença entre os dois infernos era o clima e o sentimento que nele continha. O superior era quente e agressivo, já o inferior era exatamente o oposto, congelante e depressivo, mesmo com meus amigos bem ao meu lado, me sentia mais sozinho e triste do que nunca. Andamos com cautela, Dylan a minha direita, Stella grudada aos meus ombros e Cassandra atrás de Dylan, já estava preparado para o desconhecido, com as duas mãos sobre os cabos das espadas gêmeas, a feiticeira benevolente e o príncipe de Atlântida já empunhavam seus cajados e tridentes, beijei a aliança em meu dedo e abri a porta calmamente. Atrás dela não mudou tanta coisa como imaginei, o castelo estava sobre uma montanha de cadáveres, esqueletos e resto de não sei o que, duas grandes criaturas de mantos negros davam voltas em torno das torres, não ia demorar muito para eles nos acharem. Fui verificar a firmeza da montanha, e por sorte era forte o suficiente para ser escalada, mas precisaríamos ser criativos, eu não sabia o que eu podia projetar, só obtive sucesso uma vez,quando salvei Stella,porém foi em um momento de pânico e outra,o que poderia nos ajudar agora? Pedi a Stella que lançasse uma flecha para distrair a criaturas que estavam guardando o castelo, eu não sei o que ela fez, a flecha que foi lançada pareceu ter vida própria, mudou de direção e ribombou contra as criaturas de modo que parecesse que a direção de onde ela foi mandada fosse a reversa da qual estávamos. Olhei para todos os lados em busca de respostas e nada me vinha a mente, nossas transformações estavam por algum motivo bloqueadas, não imagino qual objeto simples possa nos ajudar.

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De repente uma cena me veio à mente, tirei a mochila das minhas costas,sentei no chão e comecei a revira-lá, depois de um tempo achei o que estava procurando,uma pequena caixa preta de veludo.Fechei a mochila,fiquei de pé e abri,lá dentro um anel de prata com uma grande pedra alaranjada brilhando violentamente,o anel de âmbar que tinha pegado da sala de armamentos do meu pai...Essa frase me atingiu como uma pontada,eu roubei cinco itens do castelo do meu pai que mal conhecia direito,será que ele me perdoará? Tirei o anel da caixa e coloquei no polegar, me senti um pouco tonto no inicio, mas logo passou. Segundo passo, eu não sabia o que o anel fazia e se soubesse como ativaria-o. Esfreguei,assoprei,cuspi e arremessei sem sucesso,quando puis a mão na testa para consolar minhas tentativas falhas,o anel começou a brilhar mais violentamente do que quando o encontrei. Um feixe de luz laranja se projetou para fora do anel em linha reta, a linha ia da nossa frente até o castelo espectral no topo da montanha, e de repente a luz se extinguiu e uma familiar construção artificial estava lá em pleno funcionamento, uma escada rolante. Tão famosa entre os adolescentes por estar principalmente em shoppings,quando ia beijar o anel em agradecimento,ele havia sumido. Coloquei o pé no primeiro degrau para verificar a segurança. Por sorte estava tudo ok, aconselhei a subirmos um de cada vez, fui à frente, ia me distanciando cada vez mais dos meus amigos e o pior, comecei a ter uma dor de cabeça forte e uma intensa tontura quando as duas atingiram seus auges, me sentei no degrau e sabia que lá vinha visão Vi uma grande guerra sendo travada entre os guerreiros conseguia ver Cassandra e Stella ela lutavam incansavelmente, eu estava sobrevoando a situação como uma pomba, avancei um pouco e me vi lutando ao lado de uma menina de longos cabelos vermelhos,olhos de cor alaranjada,aqueles olhos eram extremamente amedrontadores,usava uma jaqueta com uma manga rasgada por baixo uma blusa com o nome de uma banda,a calça também rasgada,ela invocava demônios que jamais pensei em ver, usando seu bracelete.De repente ela se afastou um pouco e o mesmo monstro que havia raptado Lilith apareceu as minhas costas,pegou sua lança,cravou em meu dorso sumiu.Eu cai de costas no chão com um enorme corte em minhas costas,a menina ruiva se aproximou de mim ajoelhou-se,mediu a temperatura e uma lagrima escorreu de seu rosto.A chuva fina escorri sobre meu corpo que ia perdendo o poder e a vida,até que não passou de uma casca vazia e sem vida,e então a visão sumiu e eu já estava no topo da escada rolante. Eu fiquei meio tonto, eu não queria acreditar que aquela visão ia se tornar realidade havia tantas coisas que ainda gostaria de fazer, lugares para visitar uma vida inteira ainda pela frente, mas eu sei que as visões podem mudar de acordo com as escolhas que tomamos então se conhecer uma menina ruiva naquela situação não vou sair de perto dela. Stella, Cassandra e Dylan subiram as escadas sem perceber.

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Stella agachou olhou no fundo dos meus olhos, de certo modo quando ela me olhava assim todas as coisas ruins que se passavam em minha mente simplesmente sumiam, ela perguntou o que eu havia visto e eu respondi que não estava preparado para contar por enquanto e pedi para eles não pressionarem, Stella balançou a cabeça desapontada e se levantou, me levantei logo em seguida e olhei a minha volta, a escada rolante havia sumido e as duas criaturas gêmeas que a alguns minutos atrás sobrevoavam o castelo estavam retornando em nossa direção,como estava mais alto pude ver bem como eram,deviam ter uns 2 metros e meio,um leve manto negro cobriam todo seu corpo,exceto pelas mãos que eram gigantescas e putrificadas,a única coisa que era possível vem em sua face eram os caninos alongados e amarelos,parecia o de um javali e cheirava pior que um,uma das criaturas me olhou respirou fundo e disse: -Humanos... Vivos....O que fazem aqui? -Viemos tentar solucionar o problema da anomalia – Retrucou Stella – -Anomalia... O que ser isso? – Perguntou a outra criatura com voz rouca e demoníaca – -Bom... Uma espécie de campo radioativo se abriu bem na área onde estamos e essa radiação esta matando todos os atlantis, precisamos encontrar um jeito de fecha-lá antes que seja tarde de mais – Expliquei – -Eu...Permitir...Não....Poderei – Trovejou a Criatura – Ela ergueu a mão e antes que pudesse sacar as espadas ouvi ela dizendo esquife

dimensional,primeiramente um pentagrama surgiu embaixo do meus pés.alguma força me fez sentar e por fim um monte de corpos de cadáveres começaram a surgir da terra e se juntar formando uma cúpula em volta de mim,tentei bater gritar e esmurrar mas nada ocorria,estava preso no meio de um monte de cadáveres Fiquei com as mãos a frente do corpo, porque qualquer coisa podia saltar da escuridão e me atacar, mas após um tempo, acho que por magia do esquife, desmaiei. Comecei a ter os piores pesadelos da minha vida, monstros horríveis invadiam toda Nova Iorque, sangue para todos os lados, encantamentos, flechas e armas sendo disparados, um verdadeiro caos, Minha cidade natal estava em ruínas, comecei a entrar em desespero pois não sabia o que podia fazer para ajudar,eu espero que não tenha sido uma visão e/ou um estigma De repente um apertão em meu corpo despertou-me, a criatura que havia me atacado fechou sua enorme mão em volta do meu corpo e me arremessou dentro de uma das celas, e a trancou, a cela era escura com alguns pontos de claridade, meu corpo estava todo machucado como se estivesse envolvido em uma briga com uns 573 gatos, minha camiseta azul e minha calça jeans bem

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danificadas,coloquei a mão em minha boca e a vi sangrar,meu braço doía muito e pesava umas três toneladas,me arrastei até um canto da cela. Eu suspirava baixo com a dor que estava sentindo, e o pior, não sabia o que haviam feito comigo enquanto estava desmaiado, de repente um crânio sai do canto oposto da cela e vem em direção do meu pescoço, não tinha como esquivar ou como combatê-lo, seria meu fim, o crânio mordeu meu pescoço, brilhou em dourado e sumiu levando com ele minha dor e meus ferimentos: -Alguém está ai? – Sussurrei para o canto – -Alguém não, EU que estou aqui – Respondeu uma voz muito familiar – -Você? Não é possível! Acho que devem ter me dado alguma droga porque você... Você... Morreu! – Disse – -Eu não “morri” só minha alma que foi extraída do meu corpo, não posso morrer, sou imortal. Das sombras os cabelos negros cadilac emergiam em conjunto com os orbes preto ônix, Alastair estava de pé bem a minha frente, ele estava com o rosto todo machucado, com alguns cortes quase cicatrizando e alguns bem recentes, ele se levantou com dificuldade e iria cair se não o ajudasse: -Obrigado, ai... Não sou mais o mesmo desde aquele dia – Resmungou ele com a dor visivelmente estampada em seu rosto pálido – -Que “Aquele dia”? -O dia que visitei vocês na batalha contra o Leviatã -Espera! Eu vi quando você morreu por aquele raio, mas até agora não entendi suas aparições no lago de cristal e no abismo de Lusterpurge -É uma longa história -Não vamos sair daqui tão cedo -Nessas circunstâncias... Tudo começou depois que fui atingido por meu próprio raio, fui mandado para o inferno superior, mas meu corpo pode ser destruído, já minha alma só pode ser torturada nunca destruída enfim, voltando... Demettria invadiu o inferno superior dizendo que queria ser a regente da minha alma, Darts Doom bateu o pé falando que não que eu o pertencia, Demettria fez ele desmaiar e me trouxe para essa cela,mas não estou sozinho... Do mesmo canto onde Alastair estava quando o encontrei duas orbes azuis vieram para a luz juntamente com um cabelo esbranquiçado com pontas cor de rosa,logo após a expressão triste de uma garotinha,quando ela ficou completamente sob a pouca luz que iluminava a cela pude vê-lá nitidamente,ela devia ser um pouco menor que Dakota e um pouco mais jovem,usava um cachecol com listras brancas e lilases,um casaco lilás e rosa todo rasgado juntamente com a calça lilás e rosa,a luva fúcsia era a única coisa que permanecia intacta em seu visual,até ,mesmo seu tênis branco estava danificado.Ela se agarrou no braço de Alastair e fechou os olhos:

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-Calma Sarah, ele é meu amigo, não vai te machucar – Acalmou-a – -Te machucaram também? – Perguntou Sarah com um pouco de fraquejamento na voz – -Bastante, mas Alastair me curou, e você? Como veio parar aqui? – Hesitei – -Eu... Não estou preparada... -Tudo bem, quando sairmos daqui você me conta! -Não querendo ser o queijo podre na sua geladeira da esperança, mas acho que não vamos sair daqui tão cedo -Por quê? -Bom... Já estou aqui a alguns dias e não encontrei oportunidade de fugir -Você está com sua mágica funcionando não está? -No momento só estou conseguindo fazer encantamentos simples -Nós temos uns aos outros, vamos pensar em alguma coisa, e você Sarah, se sabe alguma coisa de batalha ou algo que possa nos ajudar? Se não souber tudo bem -Uma amiga minha me deu um artefato, mas não sei como ativá-lo. Ela tirou do bolso uma espécie de carta e me entregou, ela devia ter uns 15 cm x 5 cm na parte frontal a carta possuía um monte de correntes saindo de um buraco negro, e a no verso esse símbolo

É óbvio que o desenho principal da carta era muito mais caprichado, mas esse símbolo me chamou atenção, não sei por qual motivo, e resolvi pergunta para Sarah: -Sarah, você conhece esse símbolo? – Perguntei mostrando-a o verso da carta – -Todas as cartas da minha amiga têm esse símbolo -Cartas? – Hesitou Alastair – -Sim, ela tem um baralho dessas ai,ela disse que um menino de sangue real iria saber como usá-la -Mas... Isso é impossível como sua amiga sabia que nos encontraríamos? – Indaguei assustado – -Ué você que deveria achar isso normal vai ver ela também pode ver o futuro – Afirmou Alastair – -Mesmo que isso seja verdade, eu não sei usar essa... De repente vi tudo ficando preto sem dor de cabeça alguma ou algum aviso prévio simplesmente apaguei, estava deitado sobre um gramado coberto por

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orvalho,me levantei olhei para os lados e um sujeito de longos cabelos castanhos olhar confortante e túnicas gregas me olhava com um leve sorriso no rosto,quando levantei-me vi que ele apesar de ter uns quarenta anos ele devia ter quase dois metros: -Vi que você se encontra em uma situação muito desesperado não é mesmo rapaz? – Perguntou – -Há sete segundos eu estava, mas agora não estou entendendo nada -Vou tentar esclarecer as coisas para você, eu sou Sagittarius ou você deve me conhecer como Sagitário, as pessoas puras as vezes passam por aqui quando estão precisando urgentemente de respostas -Agora piorou a situação, Stella havia comentado que falou com a Virgem porém não a levamos a serio -E porque não? -Por que estávamos tão estressados com tudo acontecendo ao mesmo tempo por isso não podíamos esperar muita coisa de nossas mentes, e Lorde Sagitário o que posso fazer para salvar meus amigos, e o que posso fazer para fechar a anomalia? -Shhhh... Sua cabeça está como o oceano, sempre em movimento, mas se você acalmar a água... -Eu poderei ver meu reflexo? -Exato! Por isso se acalme e focalize somente aquele símbolo no verso da carta Quando falam pra você não pensar em nada ai que te vem tudo a mente, estava pensando até nos pesquisadores de Lusterpurge, o Sagitário apontou os dois dedos para meus olhos e os desceu devagar, minha mente ficou completamente vazia, então uma palavra me vem à cabeça, Devillians

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Capitulo 19: Fuga em massa do inferno Abro os olhos e Sagitário havia desaparecido, comecei a andar sobre os paralelepípedos avermelhados,quando prestei atenção a minha volta vi que o lugar onde eu estava ficava em algum canto do universo,e não era tão longe, eu vi a Terra um pouco longe, mas vi. Devillians, o que isso quer dizer? Um encantamento? Nome de alguma marca? De repente tudo começou a tremer, bati a cabeça com tudo no chão e reabri os olhos mas dessa vez estava na cela ao lado de Sarah e Alastair: -Por quanto tempo apaguei? – Perguntei – -Por uns três segundos – Respondeu Alastair – -Só? Tem certeza? -Sim você meio que bateu a cabeça no chão e já esta de volta -Bom eu acho que sei como ativar a carta, mas não sei o que vai acontecer -Vamos tentar! -Espera! Nós só temos um tiro. Alastair preciso que você chame a atenção dos guardas para outro lado -Eu vou tentar -Sarah, fique atrás de mim -Certo! Alastair segurou seu bastão com dificuldade e disparou um raio de energia negativa que passou entre as grades da cela e foi parar do outro lado da masmorra, ele caiu de joelhos, ajudei-o a levantar mirei a carta para as barras de ferro da cela e disse: -Devillians! Nada aconteceu,gritei mais três vezes e nada acontecia,parei e pensei e se Devillians for um nome de alguém: -Pelo nome de Devillians E novamente nada aconteceu, uma voz na minha cabeça disse povo talvez Devillians seja nome de um povo -Pelos poderes dos Devillians A carta começou a brilhar em púrpura até que três correntes saíram dela e se enroscaram nas barras, as correntes começaram a puxar as barras até que elas cederam e foram puxadas para dentro da carta, com isso a carta desapareceu e

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nossa cela ficou completamente aberta,segurei firme a mão de Sarah e saímos correndo para o lado oposto do qual Alastair havia lançado seu encantamento,o corredor era extenso,frio e deserto ou nós éramos os únicos prisioneiros ou todos os outros estavam com medo e se escondendo nas sombras. Vislumbrei um feixe de luz apertei o passo e saltei com Alastair aos meus calcanhares e Sarah a minha esquerda, cai com força em cima de um chão de granito negro revestido de pedras preciosas, levantei-me e verifiquei se todos estavam bem,quando vi o corredor que atravessamos,avistei as duas criaturas que me prenderam, rapidamente recorri a uma habilidade que não queria usar tão cedo, mentalizei uma porta de três toneladas revestida de titânio e aço,forcei bem o pensamento e a porta simplesmente escapou da minha mente e foi parar exatamente na passagem que queria,trancando as duas criaturas,eu não tinha certeza se isso ia segura-las por muito tempo,por isso apesar de cansado,ordenei a Alastair e Sarah para continuarmos,a nossa frente um porta negra com vários rostos esculpidos.Alguns poucos detalhes em bronze e outros em esmeraldas. Coloquei o ouvido na porta para saber se era seguro, e ouvi Stella gritando de medo, chutei a porta de cinco metros com toda minha força e ela abriu com um estrondo, Stella estava sendo enforcada contra o chão por uma criatura feminina que não vou conseguir descrevê-la com perfeição, ela tinha um cabelo liso e um pouco rosado, ombreiras e asas cumpridas e roxas com a ponta de cristal verde água, um cristal fúcsia na testa de onde saia duas hastes prateadas formando uma espécie de tiara, sua tonalidade de pele era um azul mesclado com roxo, e seus olhos eram a parte mais assustadora, eram completamente brancos e emanava maldade usava um colar de ossos com um pingente de crânio, uma saia que ia da cintura até o fim de seu corpo impossibilitava ver a parte inferior de seu corpo, usava uma cota pequena que cobria somente seus peitos e seus braços deixando seu tórax de fora, ela se levantou libertando Stella me olhou de um jeito meio amedrontado e disse: -Fiery Dust

-Como? -As espadas, Fiery e Dust

-Err... OK mas quem é você? -Você não sabe quem sou eu? Eu não acredito! – Ela pois umas das mãos na cabeça e a outra ela estalou os dedos – Lus e Dus! As duas criaturas que estavam me perseguindo apareceram ajoelhadas ao lado da demonia: -Pronto.... Senhora – Disse a primeira – -Dus,você não havia capturado ele? -Eu... Sim... Escapou... Não... Como – Respondeu Dus – -É... Sim – Completou Lus –

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-E o pior não disseram quem eu era para esses humanos idiotas... Alastair, não tinha te visto ai meu amor -Oi Ex-Familiar – Retrucou Alastair corado – -Argh, não sou sua Ex-Familiar e seus idiotas, idiotas, idiotas temos um monte de celas sobrando vocês ainda tem a capacidade de colocar os meus prisioneiros mais poderosos na mesma cela? Acho que vou ter que fazer isso sozinha Ela abriu a mão e um abismo abriu sob as duas criaturas, depois se fechou trancando as duas criaturas nele: -Se quer uma coisa bem feita deve faze-lá pessoalmente – Falou a tirana para si mesma – Bem... Eu sou Demettria, a imperatriz do inferno inferior -Com licença dona imperatriz toda poderosa, você deveria tomar um banho, você ta fedendo – Caçoou Cassandra – -Aaaaaa, sua feiticeira nojenta você vai pagar caro por isso Demettria rapidamente levantou a mão e um pentagrama roxo surgiu em baixo de Cassandra, ela ajoelhou e começou a tossir incansavelmente, Dylan invadiu o circulo e tirou ela de lá, Cassandra já estava quase sem ar, com raiva Demettria lançou um raio azul em Dylan que se transformou em um estatua de granito,ela girou com suas mãos abertas formando um circulo no chão o circulo foi aumentando e ia jogando todos para fora dele,e por mim ele simplesmente passou ileso: -Não posso feri-lo por causa dessa droga de Fiery Dust, mas se você solta-las por vontade própria ai já é outra historia -Fiery Dust? As espadas?, porque soltaria!? Ela estalou os dedos e a estatua de Dylan apareceu entre nós: -Seu amigo não virou estatua veja – Disse ela apontando para um lado onde o corpo de Dylan estava lá caído – Simplesmente a alma dele que foi trancada nessa estatua, e se ela for destruída a alma dele vai junto, a escolha é sua você ou ele Olhei para trás e vi Stella e Cassandra gritando alguma coisa, mas não pude entendê-las por causa da mágica do circulo. Dylan havia arriscado sua vida ao me curar do veneno das Krakens,não podia deixá-lo lá para morrer.Pensei em tudo que ainda podia acontecer em minha vida depois de lá,eu ia me formar ir para a faculdade,ter uma família e morrer quando fosse idoso,contudo depois desses dias que passei com meus amigos destruindo monstros percebi que você nunca pode deixar alguém para trás mesmo que isso custe sua vida,ajoelhei-me e uma lagrima escorreu pelo meu rosto: -Você venceu – Sussurrei soltando as espadas –

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Ela estalou os dedos e a estatua desapareceu e o corpo de Dylan surgiu ao lado de Stella,Demettria fechou os olhos e o cristal que estava no topo de sua testa começou a brilhar,depois de alguns instantes todo o brilho que se concentrava nele transformou-se em um raio que atingiu meu peito,fui jogado em uma das paredes do circulo. Comecei a sentir algo sendo extraído do meu corpo,todo meu poder estava indo embora,minhas energias se esgotando,dizem que quando você está a beira da morte sua vida passa como um flash e foi exatamente o que aconteceu comigo,vi o dia que fiquei amigo de Stella e Cassandra,vi também quando encontramos Bill,Lilith e Dylan e vi uma menina desconhecida se aproximando do meu corpo,um ser de luz com cabelos longos e loiros a pele clara como a neve uma túnica branca cobria todo seu corpo ela ficou ao meu lado deitada por um tempo,espera se era para mim morrer eu já deveria estar morto,e mergulhado na escuridão total contudo ainda continuava lá deitado ao lado de uma estranha garota virei para ela e a garota pareceu estar muito feliz com toda essa minha reflexão: -Vai dar tudo certo – Disse ela – Ela entrou no meu corpo como um espírito, meu corpo ficou todo negro e completamente nu, eu estava me sentindo não sei quantas milhões de vezes mais poderoso, sabia que poderia destruir qualquer que estava naquela sala estranha, eu não lembrava porque tinha ido parar ali,não sabia quem eram aquelas garotas atrás de mim e também não sabia quem era aquela rainha a minha frente,só sentia vontade de usar meus poderes: -Nãoooooooooo! Isso é impossível – Gritou a rainha roxa – Levantei a mão e chicotes das trevas surgiram do chão e agarram o ser roxo que estava a minha frente, fui flutuando até ela e ordenei que os chicotes apertassem o máximo que fosse possível,após alguns minutos uma força das trevas explodiu por toda a sala e a rainha não estava mais lá,me virei e senti que devia destruir todos que estavam na sala,mas quando ia conjurar algumas correntes,uma estranha voz veio a minha mente: Já chega Way ela sabia meu nome Way, as trevas em forma de ser mágico,mas aquela voz me fazia pensar,que deveria regressar de onde vim,vi o corpo de um garoto de cabelos castanhos estirado sobre o chão,ele era muito parecido comigo,coloquei a mão em seu coração e tudo começou a brilhar. De repente acordei e recuperei a memória e todas as minhas energias, mas não lembrava nada que havia acontecido, Demettria não estava mais lá, Stella veio até mim ela estava toda machucada, um misto de lagrimas com sangue ia se derramando pelo seu rosto: -Eu to bem, calma

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Ela de afastou de mim e uma luz começou a brilhar do meu peito e de repente a menina que havia visto um pouco antes de apagar surgiu a minha frente, ela me olhou com uma emoção meio estranha, era um misto de felicidade com tristeza, ela avaliou os destroços virou-se para mim e disse: -Se você não tivesse percebido minha presença jamais teria sobrevivido -Quem é você? – Perguntei – -Eu sou Lys -Da pra você me explicar o que aconteceu aqui? Porque acho que perdi alguma coisa – Pedi – -Há quase quinze anos atrás quando você nasceu seu pai desejava muito que você fosse um guerreiro muito poderoso e recorreu a Way, o deus das trevas que lhe desse parte de seu poder,Way quis tirar vantagem disso e desde então mora no seu coração,por isso que de vez em quando você tem algumas pinceladas de maldade em algumas de suas atitudes,quando soube disso fui correndo até você para saber se o nível de escuridão estava alto,e sim estava pior do que eu imaginava,por isso eu Lys deusa da luz estou em seu coração desde então,para impedir que Way tome conta de você, o que ocorreu aqui foi simples,Demettria quase drenou sua alma e sua essência mas quando você percebeu a minha presença pude servir como alma para que seu corpo não morresse e me descuidei com isso Way escapou e por sorte só trancou Demettria em um abismo,eu ainda não sei o que o fez parar,enfim agora suas escolhas que vão definir o que predominara o bem ou o mal,por isso cuidado! Vou fazer o possível, mas o poder de Way é equivalente ao meu, se você tomar decisões malignas ele tomara conta de você novamente e não sei se teremos a mesma sorte. -Muito obrigado Lys, você salvou minha vida durante todos esses anos, não sei como lhe agradecer -Eu acho que sou eu que devo lhe agradecer, você é um menino incrível Dante, possui poderes muito alem da compreensão mortal e é benevolente tem uma vida encantadora, a luz emana de você, não sei se voltaremos a nos ver pessoalmente, mas sempre que precisar sabe onde me encontrar – Disse Lys que foi sumindo aos poucos – -Todo mundo tem um pouco de luz e trevas dentro de si, mas com o Dante e sempre muito, ele tem muita luz e muita escuridão – Afirmou Cassandra – -Podia acontecer alguma coisa boa agora não é? – Falei – Um buraco rubro de abriu no teto e a luz do sol apareceu,um corpo foi caindo,corri para segura-lo,eu e ele ou melhor ela,caímos no chão,ela estava toda cortada,seus olhos vermelhos olhavam diretamente para mim,depois de tanto caos e tantas batalhas,minha espera foi recompensada,Lilith estava lá,viva aos meus braços: -Da... – Disse ela fechando os olhos –

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Cassandra correu e colocou a mão na testa dela, virou para mim com um sorriso esperançoso e disse: -Pode ficar tranqüilo,ela só esta dormindo,deve estar exausta, mas e agora? Como saímos daqui? Do mesmo buraco rubro uma carruagem dourada com alguns detalhes verdes surgiu,ela não era puxada por nada simplesmente uma carruagem arredondada dando voltas sobre nossas cabeças,ela não podia ser inimiga pelo jeito dela,a carruagem pousou e um homem bronzeado de mais ou menos 1,90 de altura,com ombros largos e uns braços que deviam ser do tamanho da minha coxa,cabelo alaranjado,óculos escuros,jaqueta de couro e calça jeans compunham seu visual a fivela de seu cinto havia este símbolo

Ele olhou para nós com um sorrido radiante, e disse: -Olá crianças! -Quem é você? – Perguntou Dylan – -Ora! Não está me reconhecendo? Sou seu protetor, Leão ou se quiser só Leo -Aleluia coisas boas começaram a acontecer – Falei – -Quase, eu só vou poder levar vocês para fora daqui,a parte do oceano fica com vocês ok? -OK – Dissemos todos – -E mais uma coisa, acho que nessa carruagemzinha não vai caber todos nós, vamos redecorar – Disse ele estralando os dedos – De repente a carruagem se transformou em um veiculo um tanto quanto original, era uma espécie de esfera, e sua parte frontal era transparente, tinha o banco do motorista a frente, e exatamente seis bancos e uma cama atrás: -Vamos? – Perguntou Leão tirando um daqueles controles elétricos de carros de seu bolso – O controle fez bip,bip e uma porta se abriu em formato de escada para que pudéssemos subir na esfera que estava a uns 5 metros de altura,Leão tirou Lilith de meus braços e a colocou deitada na cama,cada cadeira tinha um nome Dylan,Stella e Dante,fiquei com a cadeira da janela,Stella olhou de bico pra mim e cruzou os braços,o Leão falou e lá vamos nós! E a esfera saiu destruindo outro canto do teto, ele não sabia dirigir muito bem.

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Capitulo 20:Terra Firme em fim

De repente a esfera se mudou de forma novamente, para um submarino, o Leão ordenou para que puséssemos as mascaras de oxigênio e saíssemos que ele já havia nos levado longe demais, obedecemos sem hesitar, enquanto colocava a mascara em Lilith uma coisa me veio a mente, não cumprimos nosso objetivo,solucionar a anomalia: -Leão, acho que em breve devemos voltar lá – Disse – -Por quê? -No meio de toda a confusão esquecemos nosso objetivo principal,solucionar a anomalia -Creio que isso não será necessário -Do que você está falando? -Bom... Digamos que algum membro do zodíaco tenha sugerido ao cabeça dura de um outro membro do zodíaco que a anomalia era algo que devíamos intervir,eu sou muito persistente sabe -Muito obrigado, agradeço em nome de todos os atlantis – Falou Dylan e deu um abraço no Leão – -Vocês são muito novos para se envolverem com magia desse porte, nós vamos silenciar a radiação da anomalia por enquanto e depois descobriremos que foi o causador -Você tem algum palpite? – Perguntou Cassandra – -Infelizmente tenho e espero que esteja errado, é hora de vocês descerem Peguei Lilith nos braços e entrei numa espécie de sala para a saída do submarino, despedi do leão e abri a porta que dava para o oceano, por sorte ele não havia nos deixado tão fundo, um conseguia ver o casco de alguns barcos, vi se todos estavam ao meu lado e me deparei com Dylan em sua forma natural, a cauda azul petróleo e os olhos verdes brilhavam como nunca, ele disse que ia esticar a nadadeira e que nos alcançaria mais pra frente, não duvidei, afinal ele devia nadar umas dez vezes mais rápido que nós. Fui nadando somente com as pernas, pois estava segurando Lilith, Cassandra e Stella me ajudavam a ir em direção a superfície, paramos depois de uns dez minutos para descalçarmos, foi o momento em que Dylan nos alcançou ele veio como uma bala, nunca vi algo tão rápido dentro d’água, nadamos por mais alguns minutos e coloquei a cabeça para fora d’água,a sensação mais maravilhosa da minha vida,o por do sol brilhava intensamente a brisa quente batia em meu rosto molhado,olhei para os lados e não acreditava na sorte que havia tido,um píer verde e branco com duas pizzarias sobre o mar,devíamos estar a uns dez metros de Ilhabela,ou alguns conhecem como ilha se são Sebastião, eu conheço muito bem aqui,por que nossa família passava as férias aqui,minha avó tem casa perto da casa,eu sempre gostei do Brasil,se tivesse que mudar para algum lugar do mundo,seria o Brasil,nadamos até o píer,eu subi depois ajudei Stella,Cassandra, Sarah e Alastair quando fui

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ajudar Dylan ele desceu as profundezas e ia dar um impulso para sair,acho que ele não tinha muita firmeza nos braços,quando ele ia sair ele bateu com a cabeça em alguma parede entre a superfície e o oceano,uma mão gigante e azul escura veio do fundo agarrou Dylan e começou a puxa-lo para baixo: -Cassandra faz alguma coisa – Gritou Stella – -Não posso fazer nada -Alastair? – Disse Sarah – -Estou sem mágica -Me da isso aqui – Falei pegando o cajado da mão de Cassandra – Bati o cajado de Cassandra com raiva contra a superfície do mar, ouvi um plec

pensei que o cristal que havia no topo do cajado havia se partido pela quantidade de estilhaços que voaram na direção oposta na qual estávamos, mas me enganei algo no mar quebrou, o oceano estremeceu e Dylan foi jogado para fora igual a um míssil, ele ainda estava com sua cauda: -O que houve? – Perguntei – -Você pergunta pra mim? – Replicou Stella – -Interessante... Cassandra e eu somos feiticeiros e não pudemos executar um contra-feitiço e Dante que é só um guerreiro pode -Eu sei lá só bati o cajado da Cassandra no mar – Disse – -Você estilhaçou alguma coisa, eu vi – Completou Sarah – -O que importa é que todos estão bem – Continuou Stella – E agora? O que fazemos? -Dêem um jeito de sumir com a cauda do Dylan que eu vou à esquina fazer um telefonema

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Capitulo 21: O Reflexo [Vem Stella, acho melhor você contar essa parte] Voltei gente! Estavam com saudades? Eu estava! Mas não vamos ficar aqui de papo que tenho novidades para contar. Me levantei e fiquei olhando o por do sol,Dante já havia me falado do Brasil,mas nunca tive a oportunidade de visitar e fiquei encantada,uma água verde brilhante o por do sol vermelho e a brisa batendo sobre os coqueiros finalizam a paisagem perfeita,mas não podia ficar lá admirando o lugar,nós precisávamos fazer a cauda do Dylan desaparecer antes que alguém a visse: -Quando nós chegamos lá no inferno você conseguiu fazer sua cauda desaparecer, por que não faz agora? – Perguntei – -Eu não sei o que esta acontecendo, o ambiente daqui contem muito mais resistores de magia do que lá no inferno,fora que acho que aquela coisa que me agarrou retirou parte da minha energia Alastair e Cassandra conversavam entre eles, depois de alguns instantes, ela o abraçou e estalou os dedos e uma fumaça rosada desceu dos céus e parou bem ao nosso lado uma majestosa égua branco de olhos rosados, Daisy havia atendido ao chamado de Cassandra: -É aqui que me despeço, acho que voltaremos a nos ver,até lá,adeus -Como assim? Nem chegou direito já vai embora? -Preciso levar Sarah para seus familiares, depois retornarei a Lusterpurge -Alastair antes que me esqueça, Dante me disse de você ter comentado com ele antes de vocês irem enfrentar a Necrófaga que você era filho de um dos três da supremacia antiga, você se referiu a Byron, Gladys e Fontaine? – Perguntou Cassandra – -Estava sim, mas não posso falar nada mais que isso, não posso adiantar a profecia -Como você sabe da profecia? -Jullie me visitou, ela contou do espelho que deu para o Dante e também sobre a profecia -Mas ela é ruim, não se deve confiar nela – Comentou Dylan – -Eu não confio, mas o que ela me disse está certo, tanto eu como ela somos seres imortais e há uma lei que nos proíbe de adiantar profecias, mesmo se soubermos, do mesmo jeito que os membros do zodíaco não vão poder ajudar nesse assunto -Não pode dar uma dica? – Pedi – -Eu não, mas uma coisa eu posso garantir, no total são quatro filhos, três são regidos pelas trevas, mas um se destacou, o mais poderoso de todos não usa a escuridão, já falei demais

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Alastair colocou Sarah em Daisy e subiu logo após, se despediu de nós com um aceno de mão e a égua entrou em uma espécie de buraco negro surgido do nada, me ajoelhei para verificar se Dylan estava bem, ele mexia a cauda um pouco aflito, os olhos verdes dele refletiam o intenso vermelho do por do sol. De repente sinto dois braços em torno do meu pescoço praticamente me enforcando,quando viro para trás para ver quem é,quase retribui o abraço de urso, Lilith chorava de alegria ao me abraçar: -E então Lilith, como sobreviveu? O que fez? Porque partiu daquela maneira? -Calma Stella, eu não devia ter partido, eu nem me lembro porque de eu ter feito aquilo, foi pura sorte eu ter sobrevivido, e ter ido parar no mesmo lugar onde vocês estavam. Lilith estava um pouco diferente, sua voz estava um pouco mais grossa e o jeito de se expressar, enfim eu percebia algo diferente nela, mas podia ser coisa da minha cabeça,conversamos por pouco tempo e Dante voltou correndo através do píer de madeira: -Tenho boas noticias... Lilith... Você acordou? Juro que por poucos segundos vi os olhos de Dante brilhar mais intensamente que estrelas, ele correu ainda mais rápido e praticamente se jogou em cima de Lilith, com um abraço só que nós estávamos muito perto da borda, e não havia grade nenhuma, os dois caíram de uma altura de dois metros direto no mar, olhei para baixo e nada deles voltarem, comecei a ficar preocupada, mais de repente vi as cabeças de Dan e Lilith emergirem d’água, o engraçado era que Lilith não havia se molhado,os dois saíram do oceano pela escadinha ao nosso lado e se sentaram ao meu lado: -Porque você não se molhou? – Perguntou Cassandra – -Eu não sei, não fiz nada de mais Por um lampejo de olhar vejo Dylan mirar seu tridente contra Lilith e disparar um raio de energia dourado, ela começou a brilhar violentamente os olhos de Dante fumegavam de raiva, antes que ele pudesse fazer alguma besteira segurei-o pelo braço, deve ter doído, pois cravei minhas unhas com força, Lilith havia parado de brilhar, mas não era bem Lilith que estava lá, mas sim uma menina de longos cabelos negros e olhos verdes flutuando e dando risada, uma ilusão de Jullie, eu acho que quem estava com mais ódio no momento era Cassandra, eu sentia seus desejos de morte mesmo estando a uns cinco metros dela: -Conseguiram escapar das garras dos meus primos? -Jullie, porque você fez isso? – Perguntei – -Simples, eu estou com a verdadeira Lilith

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-Ela morreu dentro de um vulcão – Disse Cassandra – -Correção: Ela quase morreu dentro de um vulcão, eu sabia que a nojentinha ia tentar se matar para fugir de mim, mas fui mais rápida e capturei-a -O que você quer com ela? – Indagou Dante – -eu quero troca-lá pela Key of prodigium

-E como posso saber se realmente você está com a Lilith? -Veja você mesmo Jullie apontou o espelho para nós e Lilith apareceu toda acorrentada dentro dele, ela estava de cabeça baixada, lagrimas caiam no chão ela estava dizendo bem baixinho: -O Sanctissima Dei, cupio et esse meorum, adesto

O Espelho sumiu da mão de Jullie com uma explosão de fumaça prateada, ela parou de flutuar e ficou admirando o por do sol, depois voltou a nos olhar, ela falava mais era como estivesse no mudo, o único que podia ouvir era Dante, Jullie bateu palmas acima da cabeça e desapareceu. Eu tive a impressão de que coisas ruins iam acontecer em breve, comecei a perceber que Dylan estava tremendo de frio, abracei-o para ver se ele melhorava, seu corpo estava frio como um iceberg, e sua cauda úmida como a própria água,fiquei lá abraçada com ele. Sentia o calor deixando meu corpo, ele estava frio como um iceberg, de repente começou a brilhar em azul, me afastei e fiquei observando enquanto seu corpo levitava, e por fim sua luz se extinguiu levando com ela a cauda atlantis azul-petroleo, A mesma roupa que ele vestia quando nós estávamos no inferno cobria seu corpo, mas ele não conseguia levantar, algo me dizia que ele não confiava nas próprias pernas. Ajudei-o a se levantar, coloquei-o sentado no banco e fiquei ao lado dele: -O que houve? -Acho que não posso ficar com frio em terra firma -Entendo... E você não consegue andar? -Eu não compreendo... Quando lutamos lá embaixo eu me movia tão bem, pensava que era muito fácil andar,mas aqui é muito diferente,acho que é a gravidade Desci as escadas e vi Cassandra que estava sentada no ultimo degrau que levava ao mar, levitando um pouco de água e deixando-a cair e assim sucessivamente e Dante... Espera! Cadê ele? No momento que subi vi que ele estava segurando as espadas gêmeas em uma das mãos e a outra estava nas costas: -Onde você estava?

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-Isso é para você – Disse ele estendendo a mão que estava nas costas – Não espere grande coisa. Ele me entregou uma pequeno passarinha lilás de olhos azuis, a barriga dele era branca com uma listra negra,muito fofo,ele saiu voando da minha mão e ficou repousado em meu ombro: -Onde você o pegou? -Eu não “peguei” ele, desculpa a listra negra na barriga dele, foi o segundo animal que faço. Eu me lembro da primeira conjuração dele,foi no inferno e para me salvar,o falcão rubro que havia agarrado minha blusa,acho que gastou muita magia para poder criar o passarinha,afinal ele estava suando: -Mas porque está me dando isso? -Ué,hoje é seis de novembro Com tantas confusões e batalha havia me esquecido do meu aniversario, eu estava fazendo quinze anos, de longe não era ali que eu me imaginava nesse dia, contudo não desejava estar em outro lugar, estava com as pessoas mais especiais da minha vida, acabei de enfrentar um bando de monstros, estou muito cansada mais muito feliz, sei que todas as adolescentes gostariam de estar no meu lugar. De certa forma, me sentia culpada por estar tão feliz, Cassandra estava preocupada com Bill, isso se ele ainda estivesse vivo [Não querendo ser pessimistas] E o Dante, coitado, acabou de ter uma grande desilusão, mas por águia tudo vai dar certo.

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Capitulo 22:Informações Importantes Dylan levantou-se com dificuldade, se apoiou em nossos ombros e pudermos continuar. Nossas roupas já estavam quase secas, por isso não tivemos muito problema em entrar no carro da avó de Dante que já nos esperava no local combinado: -O que... Vocês estão fazendo aqui? Vocês não têm aula não? -Senhora, é meio complicado... Coisas estão acontecendo e queremos saber o que é! – Explicou Cassandra – -Vlad sabe que vocês vieram? -Há essa hora deve estar sabendo... – Disse – -... E não de uma forma positiva – Completou Dante – Vó vamos para casa nos deixe descansar um pouco que eu te explico todos os detalhes. -Ta, mas devemos levar esse menino para o hospital – Exclamou a avó apontando para Dylan – O que aconteceu que ele não pode andar? -É que ele é de... Não pude continuar a frase porque Dylan com um olhar me disse um grande texto, pelo jeito ele não queria que eu contasse a mais ninguém sobre Atlântida, porque ela permaneceu em harmonia durante todo esse tempo, e a interferência humana poderia danificar isso. -Ele quebrou a perna. Os outros pareceram ler minha mente e concordaram, entramos no carro e em poucos minutos estávamos na casa, ela tinha dois portões de madeira, um de pedestre e o outro de veículos, bege por fora, uma garagem bem ampla e um quiosque, ao fundo do corredor direito uma escada. Perguntei onde era o banheiro que precisava tomar banho urgente, eu entrei em um e Cassandra no outro, devo ter demorado uma hora no banho, coloquei minhas roupas e fui até a sala, lá Dante meio deitado no sofá, a avó dele em uma daquelas cadeiras de balanço, Dylan em uma poltrona e o que me chamou atenção foi que Luna estava de pé ao lado do sofá: -Luna!! – Abracei-a – -Estou feliz por estar viva Stella – Respondeu – -O que houve? -Espere Cassandra sair do banho que já vamos conversar,pegue,tomei a liberdade de passar na casa de vocês e pegar algumas roupas. Peguei as roupas e fui me trocar,quando sai Cassandra já estava sentada no sofá,me sentei ao lado dela e observei enquanto Luna andava de um lado para o outro:

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-Vocês têm idéia do que fizeram? -Tentamos resolver a anomalia – Respondeu Dante – -Valeu a pena arriscar a vida de vocês para isso? Valeu a pena irritar Darts Doom? Valeu a pena banir Demettria? E mais, vocês mexeram com algo muito antigo. Estou decepcionada -Luna nós tentamos salvar a todos – Justifiquei – -Tem certeza? A meu ver vocês só roubaram armas do arsenal de Vlad e quase morreram e outra como vocês acharam que iriam sobreviver com magias tão básicas? E ainda estou sabendo que estão sem Bill e Lilith, vocês estavam em três!? -Quatro – Contradisse Dante – -Que fosse dez, reconheço que vocês possuem grandes poderes, mas não sabem usá-los, tudo que vocês fizeram vai ter um impacto sobre nossa realidade, eu espero que o Zodíaco resolva tudo isso. -Você já sabia que o Zodíaco existia? – Perguntou Cassandra – -É claro que sim, Aquários me visita freqüentemente... -Essa não! – Falamos nós quatro – -Por quê? O que houve? -Quando estivemos com Darts Doom, um dos membros do seu conselho infernal era Aquários – Expliquei – -Isso... Não é possível, Aquários como qualquer membro do Zodíaco é leal ao seu trabalho -É verdade eu o vi – Confirmou Dylan – -O que mais vocês viram? Dante narrou tudo o que nos aconteceu menos a parte de Lilith, essa eu tive que contar, excluímos Atlântida da nossa historia dissemos que encontramos Dylan no meio do caminho e ele quis ajudar: -Mãe, não pude deixar de hesitar em relação a um coisa,quando estávamos batalhando com Demettria ela disse algo relacionado a Fiery Dust,o que isso significa. -Interessante... Monstros das trevas têm mais facilidade em perceber objetos mágicos, mas não entendo, Fiery Dust é um cajado utilizado na primeira guerra mágica, não tem nada a ver com suas espadas. Deve ter sido só um blefe mas devemos ficar espertos quanto a isso.Agora devemos retornar a Lusterpurge -Não podemos! – Exclamou Dante – -Porque? – Perguntamos todos – -Jullie disse que trocaria Lilith pela chave do prodígio hoje a noite lá no píer... -Você não pode! A chave é um dos artefatos mais poderosos de todos -Para mim Lilith é mais importante -Ela pode estar mentindo ou pode até estar armando uma emboscada -É um risco que vou ter que correr -Talvez não – Disse a avó de Dante –

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Ela se levantou fui até a cozinha e retornou com um pendulo de cristal, ela, pois a frente dos olhos de Dante que parecer hipnotizado pelo cristal, seus olhos ficaram brancos e ele caiu deitado no sofá, depois de uns cinco minutos ele acordou e o cristal desaparecer da mão da anciã: -Tive uma visão, Jullie não vai romper o acordo, eu vou encontrar com ela hoje Dante foi andando de cabeça baixa para o banheiro, e Dylan me pediu para que o levasse a praia, por sorte ela ficava no fim da rua, por que apesar dele não ser gordo pesava pra caramba e nós estávamos em duas, chegamos e nos sentamos na areia mesmo: -Vou andar um pouco, querem vir? – Ofereceu Cassandra – -Vamos ficar por aqui mesmo – Recusei – Eu gostava muito da criatividade da Cassandra, ela havia aprendido a transformar o cajado em uma pulseira assim ficava fácil de carregar, a pulseira brilhou e logo deu lugar a um cumprido cajado, o cristal resplandecia em sua ponta: -O sol está quase se pondo não é? -É... é sim – Respondi – -De Atlântida não podemos ver um coisa tão linda como essa -É realmente fantástico mesmo -A e obrigado por não contar a ninguém sobre Atlântida significa muito para mim e para meu povo -Não foi nada Fui deslizando a mão para frente e se querer passei por cima da dele, fiquei vermelha como uma pimenta e ele também, Dante me enchia a paciência dizendo que eu mudava de cor toda à hora, só que não entendi porque, afinal já abracei vários meninos e nunca fiquei vermelha, o que será que estava acontecendo comigo? -Me desculpe... – Dissemos – -A culpa não foi sua... – Dissemos juntos de novo – -Da para parar isso ta ficando irritante... – Falamos juntos novamente – -Desculpa – Desculpou-se ele – -Ah, tudo bem acontece – Dei um sorriso meio sem graça – Mas... Depois que tudo isso acabar o que você vai fazer? -Ficar de castigo para o resto da minha vida -Kkkkk,Sério. -É sério -Pena que isso tenha sido culpa nossa

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-Tecnicamente a culpa é minha, mas não me arrependo, afinal salvei meu povo e conheci você... Vocês – Disse Dylan – -Entre em contato comigo... Conosco depois que você ir Um furacão de areia se formou a direita de Dylan, ele se jogou em cima de mim para me proteger, e Cassandra saiu de dentro dele: -Que lindinhos vocês dois -Fica quieta, não é o que você está pensando -Sei... Bom vamos voltar para a casa da avó do Dan a essa hora ele já deve ter terminado o banho Voltamos para a casa da avó de Dante, por sorte,Dylan estava mais acostumado com nossa atmosfera e pode ir andando,mancando, na verdade. Quando entramos, Dante estava vestindo uma armadura de bronze completa, estava pronto para estilhaçar o primeiro monstro que viesse pelo caminho: -Porque tudo isso? – Perguntou Cassandra – -Eu tenho certeza de que vou ter que lutar para sair vivo hoje a noite Era incrível ver como ele estava mudado desde antes de virmos a Lusterpurge,mais confiança era visível,mas alem disso,seu poder estava incrivelmente forte,os pequenos objetos ao nosso redor se afastavam,como se estivessem com medo: -Espere seu inútil – Anunciou Cassandra – Imagine você indo negociar com Jullie vestindo essa armadura, ela vai perceber que você quer “lutar” -Infelizmente a nariguda tem razão, preciso dar uma disfarçada nessa coisa Cassandra levantou o cajado, colocou-o no peito de Dante e começou a recitar algumas palavras,uma rajada de vento passou por minhas pernas e no momento que acertou ele,sua armadura tremulou e deu lugar a uma nova roupa,um tênis Nike,calca jeans e uma camisa cor-de-rosa dizendo “eu amo o tchutchucão”,não contive meu riso e comecei a gargalhar junto com os outros dois,ele ficou vermelho de raiva,Dante levantou a mão esquerda na direção de Cassandra e ela deu uma leve brilhada.Acima dos cabelos de Cassandra uma pomba pronta para dar-lhe uma presenteada,e o pássaro não hesitou sujando-a completamente,por fim saiu voando: -Eu também sou bom com esse negocio de magia – Caçoou Dante – Luna saiu de casa e nos encontrou no quintal,eu e Dylan rindo,Dante com a camiseta rosa e Cassandra toda suja,ela só não os matou porque...pra falar ao certo eu não sei:

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-Cassandra,se não for pedir muito,troque a camiseta do Dante e você – lançou olhar fuzilador sobre Dante – De um jeito de limpa-la,estamos meio sem tempo e você sabe disso! Eles fizeram exatamente o que a Sra. Van Darsen ordenou,Cassandra mudou a camiseta para uma azul escura e um jaqueta também azul,e o presentinho de repente desapareceu como se nunca tivesse existido,Cassandra mexeu nos cabelos para conferir se ainda estavam limpos: -Como me vestir com roupas normais vai me proteger de Jullie? – Hesitou Dante – -Não é uma roupa normal,é sua armadura,mas esta enfeitiçada para parecer uma roupa comum. -Interessante,obrigado Cassandra.Tenho que ir agora,me desejem boa sorte -Boa sorte e volte vivo – Disse – -Lembre-se,Jullie e mestra nas ilusões ela vai tentar te confundir,por isso,preste atenção aos detalhes – Advertiu Cassandra – -Sei que vai conseguir resgatar sua namorada,boa sorte! – Incentivou Dylan.

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Capitulo 23: Armadilha quase perfeita

[Sai Stella,você não sabe contar essa parte da historia,oi denovo gente,Dante continuando] Minha mãe me levou até o lugar marcado por Jullie e me entrou a chave: -Boa sorte e cuidado – Disse ela me dando um beijo na bochecha – Sai do carro com a chave na mão e as espadas gêmeas na bainha,provavelmente eu passava a impressão de segurança para meus amigos na maioria das vezes, mas não era totalmente verdade,eu estava com mais medo do que queria admitir, estava sentindo as batidas aceleradas do meu coração,meu suor frio, minhas mãos tremendo,mas não podia fraquejar,Lilith dependia de mim,espero que de tudo certo. Caminhei floresta adentro,ate chegara a uma clareira,havia uma pequena fogueira crepitando seu fogo através de oito bancos feitos de pedras,as sombra bruxelavam nas arvores,o cenário estava perfeito para um filme de terror da Warner.No banco mais afastado,uma menina de longos cabelos negros,olhos de esmeralda se arrumava em frente a um espelho de mão,quando percebeu meu reflexo,Jullie se levantou e deu a volta pela fogueira: -Olá Dante Van Darsen,vamos direto ao ponto,onde está minha chave? -Antes quero lhe fazer algumas perguntas -Prossiga... – Bufou Jullie – -Porque me deu aquele espelho lá na casa dos Worgnoster? -Não é obvio? Todos tem a hora certa de morrer,e aquela não era a de vocês -Porque ajudou Eurynomus? -Aquele meu primo insuportável teve o que merecia,sempre se achando o rei da cocada preta,é uma pena seu amigo Bill estar envolvido nisso tudo,normalmente odeio envolver mortais nesse tipo de coisa faz parte da minha ética,sabe? Normalmente a presença imortal pode vaporizá-los. -Falando em presença imortal, Alastair disse que esteve com você a um tempo atrás e vocês fizeram um trato de não se intrometerem em nossas profecias,porque? -O trato era até vocês voltarem a terra firme, na verdade a idéia foi dele,ele queria que vocês levassem meu irmão com segurança ate o fim -Seu...irmão? -“O filho perdido renascido” – Lembrou Jullie – Você acha que estava fazendo referencia a o que? Meu nome é Jullie Greenom -Greenom... Dylan! – Exclamei – -Exato, vou lhe contar exatamente como aconteceu para não lhe restar duvidas. A mil e quinhentos anos atrás,quando eu tinha trezentos anos,ou seja,quando

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eu era apenas um criança,minha mãe se apaixonou pelo tal Sebastian Worgnoster e eles se casaram e tiveram um filho,na época que o deus dos mares atacou Atlântida,mamãe,por proteção,trancou o pequeno Dylan no sarcófago temporal,ele ficou em “animação suspensa”durante aproximadamente mil e setecentos anos.Minha mãe Fontaine lutou na guerra e deu seu poder para proteger a cidade de seu amado,mas após isso faleceu.Sebastian ficou irado por não achar seu filho e pois a culpa disso em mim,por isso me mandou embora,a catorze anos atrás eu achei o sarcófago e levei para Atlântida em sigilo e fui embora,ele o abriu e encontrou Dylan ainda bebe,ele me proibiu de ir vê-lo e escondeu tudo dele,fazendo-o crescer como um Atlantis comum: -Minha...Nossa -Pois é,eu fui a vitima por todo esse tempo e agora quero vingaca e preciso da chave para isso! -Onde está Lilith? -Desculpe – Disse Jullie em tom sádico – Jullie levantou uma das mãos para mim e antes que pudesse executar algum movimento de defesa,ou qualquer tipo de esquiva,senti algo me comprimindo contra o chão,minha cabeça estava a ponto de explodir,tudo não passava de um borrão,meus olhos pareciam querer saltar das orbitas,eu estava deitado no chão a beira da morte,mas antes vi uma movimentação e o feitiço de Jullie começou a perder o efeito,meus sentidos começaram a voltar,e a dor de cabeça para,quando retomei a consciência por completo me levantei e me dei conta do que estava acontecendo.De alguma forma Lilith se livrou da prisão de Jullie e a atacou com uma esfera de energia negra nas costas,ela mal conseguia ficar de pé,sua mão direita estava sangrando por algum motivo,seus cabelos acinzentados caiam sobre seu rosto,mas podia ver seu olhar de caçadora sanguinária bem emergente: -Lilith... – Disse Boquiaberto – -Você se lembra do...que te prometi alguns meses...atrás quando nos conhecemos? – Respondeu falando com dificuldade – Me lembrei que quando nos conhecemos ele disse que o direito da minha morte era restritamente dela.Jullie se levantou surpresa, nos ollhou e clamou: -Que lindo casalzinho,querem morrer juntos,é isso? Porque não disseram logo? Desejo concedido! Ela levantou o espelho e recitou três palavras,e dois monstros apareceram,um era uma espécie de humanóide verde de uns cinco metros de altura,com caninos bem a mostra,bem musculoso,provavelmente me arrancaria a cabeça com um golpe e ainda por cima segurava um porrete do meu tamanho.O outro era um pouco menor e menos musculoso,devia ter uns três metros,ele portava um arco com flechas de quase setenta centímetros,perfuraria ate um carro

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blindado muito facilmente.Essa conjuração de Jullie deve te-la danificado muito,sua mão esquerda sangrava em prateado: -Dois contra um e injustiça – Disse Lilith – -E que tal três contra três? – Anunciou uma voz masculina – Saltando do meio do mato uma figura familiar,vestindo uma camisa preta toda rasgada,jenas surrados e um sobretudo vermelho estava parado nos olhando,seus olhos dourados refletiam ate mesmo a luz do luar,Bill estava com sua foice em mãos; -Se importariam se eu participasse? - Disse Bill educadamente – -Ataquem! – Ordenou Jullie – O arqueiro partiu para cima de Lilith com uma saraiva de flechas,ela conseguiu desviar de todas com a agilidade de um gato,tirou a adaga de seu cintou,girou-a e partiu para cima do arqueiro com fúria.O outro veio a minha direita diretamente de confronto com Bill,ele ativou seu modo selvagem,detectou onde o monstro ia acertar o golpe e saltou sobre seu ombro,fincando lhe sua foice.E eu fiquei contra Jullie,desembanhei as espadas e saltei na direção da imortal,o corte X teria sido um golpe certeiro se ela não tivesse sumido,quando olhei para trás ela levantou a mão direita e fui lançado a uns vinte metros,bati as costas com força contra uma arvore,fiquei um tempo sem poder me mover,mas consegui me levantar com dificuldade: -Ataques físicos são ineficazes contra seres mágicos,deveria saber disso Eu fiquei pensando se minhas conjurações seriam uteis,eu ainda não havia treinado direito,se eu errasse provavelmente seria meu fim porque esse tipo de coisa exigia muito da minha energia,e ainda havia outro ponto,será que seria mais rápido que Jullie? Levantei a mão esquerda e pensei em uma cúpula de vidro que contesse ela por alguns minutos,quando abri os olhos,a cúpula que havia imaginado prendendo Jullie por inteira,menos sua cabeça que estava pra fora,peguei as espadas que estavam caídas no chão,para crava-las em seu rosto e dar fim ao seu reinado de terror,quando armei o golpe senti uma dor insuportável na coxa direita,olhei para baixo e havia sido acertado por uma flecha envenenada,sentei no chão e tentei tirar a flecha mas doía muito,e estava fraco por causa da conjuração. Sempre há uma maneira disse Stella em minha mente Falar e fácil respondi Eu não fazia idéia do que fazer,estava fraco demais,precisava de ajuda de alguma coisa,Lilith veio correndo ate mim,agachou e examinou a flecha ,de repente ficou com o rosto colado ao meu,e tocou meus lábios com os dela,esqueci de todas as dores,todos os problemas,e minha energia pareceu

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atingir um novo nível e a flecha simplesmente sumiu,Lilith rasgou um pedaço da minha camiseta para estancar o sangramento da minha perna: -Não sei como você fez isso, mas...Obrigado -Depois conversamos agora meu herói, vá matar Jullie Olhei ao lado e o ogro arqueiro estava nocauteado com os olhos furados, escorrendo icor verde, Jullie estava novamente solta e me olhava com espanto: -Isso e impossível! Como você esta vivo? -Há uma coisa mais poderosa que a magia, uma coisa que você não conhece amor, isso você nunca entendera, Lilith Me virei e conjurei cordas mágicas que se enroscaram no corpo inteiro de Lilith,ela pareceu indignada e Jullie confusa: -Boa tentativa, Jullie, realmente eu quase cai em sua armadilha. Tudo em volta começou a rachar como se uma pedra tivesse acertado um globo inteiro de vidro, de repente milhões de cacos mágicos voaram para longe, me vi de frente a Jullie, que estava toda sangrando, deitada e presa: -Como... Isso não é... Possível – Disse Perplexa – -Não,não é,eu conheço as pessoas com qual me relaciono,sou muito observador e você devia ter se atentado a pequenos detalhes:Bill nunca e educado e nunca pedi para entrar em uma batalha,segundo você não seria presa tão facilmente,mesmo reconhecendo que tenho um poder relativamente forte,o seu e muito mais,poderia ter quebrado aquela cúpula ou simplesmente se esquivado,terceiro Lilith estava com a mão machucada,você não a curaria por pura bondade e por ultimo e o pior de todos,Lilith não possui o dom da cura,não usa adagas como método principal de combate e o beijo dela e doce,o seu é amargo – Olhei-a de cima – Desculpe Jullie,você perdeu Lilith estava jogada no chão do outro lado da fogueira, provavelmente teve uma batalha dura com Jullie enquanto estava sob suas ilusões, ela segurava sua direita,mas não conseguia conter o sangramento,rasguei uma parte da minha camiseta e enfaixei seu machucado,seus globos vermelhos fixaram em mim,eles diziam muita coisa como:Parabéns ou Obrigado ou algo do gênero.Coloquei suas costas sobre meu colo e apoiei sua cabeça em meu peito,de alguma forma eu sabia que ela só precisava descansar um pouco que já estaria melhor,ela fechou se olhos e adormeceu,segundos depois uma silhueta começou a tremeluzir a nossa frente,de alguma forma soube que não precisava me defender,uma mulher de longos cabelos loiros,pele branca como a luz do luar,lábios vermelhos como sangue,e olhos azuis bondosos,seu vestido branco se mexia como se não houvesse gravidade,ele era cortado do lado de forma que

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possibilitava ver uma de suas pernas,ela parou de flutuar e passou a me olhar com certa preocupação como se quisesse ajudar mas não soubesse como: -Dante Van Darsen? – Perguntou a mulher – -Sim sou eu, e a senhora é? -Eu sou a flor do universo, a dama das estrelas, eu sou... -Virgem... -Como sabe? – Respondeu como se tivesse tirado um espelho de sua frente – -Ah... Não sei só adivinhei -Enfim, já tive contato com uma de suas amigas a uns dias atrás -Stella me contou... – Acrescentei – -Isso! Esse era o nome, muito boa a garota -Ela é sim – Abaixei o rosto e olhei novamente para Lilith – -Acalme-se rapaz, ela esta bem, só precisa recuperar as forças -Sei disso... Só estava pensando que era bom tê-la de volta -É sempre bom salvar a vida do seu amor – Comentou Virgem – E ainda uma das minhas protegidas -Lilith é sua... Protegida? -Sim, minha favorita, não é fútil como algumas, consegue manter a beleza e a cabeça no lugar, uma flor completa -Sim... Você tem razão -Mas porque exatamente você veio aqui? – Perguntei – -Hein? – Respondeu como se tivesse despertado – Ah meu deus quase me esqueci, tenho um recado do Conselho Zodíaco, eles querem que vocês compareçam por lá quando estiverem recuperados e também vim pessoalmente propor a vocês uma carona! -Carona? Ela sorriu e quase imediatamente descendo dos céus uma borboleta de uns dez metros de asa a asa, azul e rosa, ela era muito bonito, se não fosse tão assustadora pelo tamanho, ela abaixou uma asa para podermos subir, Virgem levantou o vestido e saiu correndo como uma criança atrás do sorveteiro: -Vocês não vêm? -Eu não me sinto seguro voando nisso – Respondi – -“Isso” é minha companheira,e ela é muito sensível -Ah desculpe...Como é o nome dela? -Poderosa -Ah... Mas e Jullie? – Conti o riso – -Ela já está aqui, vou levá-la para o Zodíaco julgá-la -Ok – Vi que Jullie já estava abordo – Levantei-me levando Lilith nos braços,e subi sobre a borboleta Poderosa,sentei-me e coloquei-a a minha frente para poder apoiá-la,Poderosa levantou o vôo e rapidamente estávamos sobre voando Ilhabela,vi os carros buzinando lá

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embaixo,o centro iluminado e as estatuas de ferro passando a direita,logo já estávamos sobrevoando a casa da minha avó: -Você pode usar algum tipo de magia para no levar para dentro da casa? Porque acho que as pessoas não estão acostumadas com uma borboleta de sete metros carregando pessoas. -Sete não, oito. E posso sim Virgem estalou os dedos e me vi na sala de televisão da casa, Cassandra estava no sofá mais afastado lendo uma dessas revistas de fofoca, e eu estava segurando Lilith ao lado de Stella que mudava freneticamente de canais: -Stella – Disse – -Oi... – Quando caiu a ficha, ela que quase caiu do sofá – Dante! Meu deus! O que houve? Lilith está bem? -Sim estou bem, e ela também esta, só precisa descansar e de uma faixa na mão direita -Stella, antes de começar bombardeá-lo com perguntas, eu acho que ele vai querer dormir um pouco Eu não tinha notado mas estava realmente cansado,fui a cozinha e vi que minha mãe estava-la bebendo um copo de água,ela arregalou os olhos e deixou o copo escorregar entre seus dedos e espatifar no chão,minha mãe me levou para o meu quarta e sussurrou “Amanha” coloquei Lilith na cama de solteiro do lado esquerdo e eu deitei na outra,logo apaguei,a tempos não tinha uma boa noite de sono e sem pesadelos.

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Capitulo 24: Somos julgados por nossos protetores

Acordei no dia seguinte com alguma coisa em cima de mim, ou melhor, alguém, duas esferas vermelhas me olhavam com admiração, os cabelos de Lilith escorriam sobre meus ombros e sua mão enfaixada dava leves toques em meu rosto: -E então bela adormecida, dormiu bem? -A melhor noite a dias – Respondi – Ela se levantou e saiu do quarto,me espreguicei,tomei banho e fui até a sala de jantar que provavelmente seria metralhado com trezentas perguntas. Quando me sentei a mesa com todos os outros menos Dylan que por algum motivo não estava presente,fiquei intrigado e perguntei: -Onde esta o Dylan? -Teve que partir,acertar as coisas com o pai na Inglaterra – Respondeu minha mãe – -É Dan, Inglaterra, esqueceu? – Stella piscou pra mim – Mas o que houve lá? Depois de quase cinco minutos pra cair a ficha que Stella havia mentido contei toda a historia que Jullie havia me contado sobre Dylan, da batalha e do seu poder de ilusão, depois que terminei mostrei que a chave ainda estava sob meu comando: -Espera! Para tudo! Se Dylan é irmão de Jullie e os dos são filhos de Fontaine Greenom,Alastair é o filho perdido de Byron,certo? Então ele vai ter que ficar com a Jullie!? – Propôs Cassandra – -Não só ficar, mas ainda ter um filho com ele, isso é, se a lenda se concretizar – Completei – No começo pensei que ela estivesse mentindo, mas se encaixa perfeitamente na profecia. -Você tem razão – Comentou Stella – Mas ainda devemos ter certeza. Ah Dante ponha Lilith atualizada dos acontecimentos Terminei meu café da manhã e fui até a sala de televisão, onde Lilith estava sentada no sofá lendo um jornal,mas nunca tinha visto um jornal daquele,era uma única folha preta e branca com uma jornalista narrando os acontecimentos: -“...Foi confirmada a apreensão de Jullie Greenom ontem a noite,pelo filho do Rei Vlad,Dante Van Darsen,que o fez por amor,será que teremos um príncipe tão poderoso quanto o pai? Mais detalhes na edição das quinze horas.” -O que é isso?

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-Estandarte News,insuportável normalmente mas é o único que pega nessa terra – Respondeu Lilith em tom de desinteresse – Contei a Lilith de tudo, até mesmo sobre Atlântida, uma hora ou outra ela ia acabar descobrindo, sobre Darts Doom e Demettria sem omitir um único detalhe, no geral, ela era uma boa ouvinte: -Então você pode conjurar coisas? -É o que parece... -Interessante, mas o que mais interessa é que nunca mais quero sair de perto de você – Disse Lilith e ficou com a orelha encostada no meu peito como se quisesse ouvir meu coração – Era bom tê-la de volta, mas sabia que Bill ainda estava em perigo, fora que antes de ir para Lusterpurge devíamos visitar os Zodíacos. Chamei Stella e Cassandra e expliquei toda a situação, contei a minha mãe que íamos partir: -Mas como vocês vão? – Perguntou – -Eu... Não havia pensado nisso – Respondi – Sem perceber uma nevoa nos envolveu, não conseguia ver minhas mãos a frente do rosto, depois de alguns segundos a nevoa se dissipou e nos vimos de frente a uma sala cheia de gigantes zodíacos super poderosos, da direita pra esquerda pude reconhecer pelos símbolos no topo de seus tronos e pelas aparências peculiares, que vou apresentar a medida que formos nos relacionando com eles: Gêmeos, Libra, Aquário, Virgem, Touro, Capricórnio, Sagitário, Escorpião, Leão, Câncer,Peixes e Áries. Foi interessante saber que metade deles era mulher:Áries, Capricórnio, Libra, Câncer, Virgem e Escorpião,e a outra metade era homem e mesmo assim nenhum deles estava “Concentrado”,Gêmeos discutia consigo mesmo,Virgem arrumava seu cabelo em frente a um espelho,Leão seguia algo com os olhos e Peixes passava o tempo brincando de malabarismo com três raias de um metro e meio cada.Eu percebi que alem de Sagitário,Virgem e Leão,havia outro Zodíaco que já havia esbarrado comigo um tempo atrás,enquanto voava de cavalo alado até o portal de Lusterpurge,Libra havia passado por mim,uma mulher de cabelos metade pretos,metade brancos,ela me olhava com tédio,como se eu fosse o lixo a ser tirado do Templo: -Atenção – Ordenou Sagitário – Quase instantaneamente não se ouvia um único zumbido, esse Zodíaco devia ser o líder,seu trono estava no centro do U,e ele tinha um jeito um tanto quanto autoritário:

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-Acho que todos sabem o que viemos fazer aqui, não é mesmo? – Perguntou Capricórnio – -Eu não – Respondi e Stella me deu um baita pisão no pé – Ai! Quer dizer...Lady Capricórnio. -Nós vamos votar se deixamos ou não vocês com seus poderes -Eu entendi direito? Vocês vão votar se vão tirar uma coisa que nasceu conosco? Isso não é justo! – Argumentou Cassandra – -Argumentar contra nós não vai adiantar feiticeira, você acha que sua magia nasceu com você por acaso? Vá saber, mas sobre seu passado depois venha argumentar – Contradisse Touro – -E estamos votando porque vocês vêem destruindo monstros de alto nível com muita facilidade – Disse Capricórnio – -Muita facilidade? Nós quase morremos em todas as vezes,foi sorte estarmos vivos – Comentou Stella – E alem do mais,quem é você para decidir esse tipo de coisa? -Olha como fala comigo mortal imunda – Trovejou Capricórnio – -Particularmente, Capricórnio você que sempre começa as brigas por aqui,por isso cala a boca – Piscou Leão para nós – -Eu acho ridículo o que está sendo proposto aqui! Não é assunto nosso esse tipo de coisa – Opinou Virgem se levantando do trono – -Sente-se irmã – Ordenou Escorpião – De certo modo tenho que concordar com Capricórnio, não que esteja dando razão a ela, você viu a previsão de gêmeos não é? O Clima fumegava no Zodíaco, conversas paralelas ocorriam a todo instante, não tinha notado, mas atrás do trono de Sagitário uma bolha azul de uns dois metros,guardava um corpo de uma menina,era Jullie presa e acorrentada,ela me olhava com ódio,mas não era a única,Aquários pareceu se lembrar de nós,mas provavelmente ele não ia abrir a boca porque se não ia se queimar: -Previsões? É só por isso que estão preocupados? Não há como evitá-las... – Explicou Câncer – -Exatamente! – Interrompeu Peixes – -Você não é o cérebro por aqui, então me deixe continuar – Câncer limpou a garganta e continuou – Vai acontecer, é inevitável, mas se tentarmos evitar coisas piores vão acontecer vocês se lembram da ultima vez não é mesmo? -Aqueles regentes de Lusterpurge, me pagam – Sussurrou Áries – -Regentes de Lusterpurge? O que houve? – Perguntei – -Assunto Particular, mortal – Respondeu Aquário – Aquele traidor de meia tigela ainda ia me pagar muito caro por aquilo, Sagitário pareceu estudar toda a situação com os olhos, olhava de um lado para o outro como se procurasse uma solução: -Só há uma maneira de resolver isso, vai Libra – Ordenou Sagitário –

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O que aconteceu a seguir foi pior do que a Stella de TPM [ E acreditem,vocês não iam querer ver] Libra ficou no centro do salão e uma luz forte emanou dela,todos nós tapamos os olhos para não ficarmos cegos,quando a luz diminuiu a intensidade e voltamos a olha-la,ela estava completamente desfigurada e dividida ao meio,do lado direito,uma anja de longos cabelos loiros,sorriso mando e amigável,vestia um véu branco que ia ate seu pé,seus olhos azuis nos olhava de modo “Vai dar tudo certo” e sua asa branca era extremamente linda,ela estava com a mão direita na altura do peito.Agora o lado esquerdo,uma Súcubo de cabelos negros olhos inteiramente brancos,cor de pele arroxeada,uma bota trançada preta,seus trajes eram uma proteção na área genial e um tipo de proteção que cobria dois terços do seu peito,sua asa negra balançava de vez em quando e quase nos jogava longe,sua garra estava na altura do umbigo,fazendo um quase circulo com a mão angelical. No centro, uma balança de dois metros e meio toda feita em ouro e bronze,com detalhes em baixo relevo surgiu,seus pratos começaram a se mover sem peso nenhum, ela começou a ranger fazendo barulhos constantes e rítmicos,até que foi diminuindo a velocidade e ficou inclinada de modo que o lado esquerdo fosse mais leve,imaginei estar tudo perdido,meu coração disparava,todos na sala se entreolharam e depois de um tempo num estrondo a balança inverteu-se de posição,a Súcubo se desfez no ar,fazendo a anja ficar por completa a nossa frente: -Vocês não merecem punição alguma e sim bonificação, fizeram excelente trabalho – Sugeriu a anja – A anja olhou pra cima e se desfez em fumaça branca, as partículas se reagruparam no trono vazio e Libra apareceu sentada, respirando pesadamente como se aquilo tivesse tomado muito de sua energia: -O julgamento de Libra é sempre solene e justo, mas... Que tipo de bonificação? – Refletiu Sagitário – -Se me permite irmão, eu acho que devemos conceder uma benção a cada um – Opinou Virgem – -Excelente idéia mana – Concordou Leão – -Benção? O que é isso? – Perguntou Lilith – -Dificilmente são concedidas, nos do Zodíaco damos ao abençoado um dom especial e quando for ativado o símbolo do zodíaco correspondente brilhara em alguma parte do corpo podendo variar entre: Testa, palma da mão, ombro e centro do peito – Explicou Gêmeos com voz duplicada – -OK,vamos começar – Disse Escorpião – Anglezarke Stella,venha até aqui por favor Stella andou com cautela até o centro do salão,de repente Escorpião se transformou em um raio que ribombou bem a frente de Stella,lá estava a Zodíaca, em seu tamanho humano,os cabelos ruivos de escorpião pareciam

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dançar no ar,seus olhos julgadores estavam fixos em Stella,sua longa túnica branca era exatamente igual a de todas as outras Zodíacas,ela parecia uma líder guerreira desarmada,Escorpião colocou seu dedo indicador direito na testa de Stella e as duas fecharam os olhos: -“Stella, filha dos ventos e da pureza, a benção que vou lhe dar pode te matar ou salvar sua vida e a de seus amigos, ao ativar essa habilidade sua energia será reduzida pela metade e seus sentidos enfraqueceram, mas vai ter plena visibilidade dos pontos fracos de seus adversários, Benção de Escorpião!” – Recitou Escorpião – Depois disso uma luz azul saiu da ponta do dedo de Escorpião e acertou Stella na testa certeiramente, ela cambaleou e caiu no chão, suas asas prateadas se revelaram sozinhas e a trouxeram para perto de nós: -O que houve? – Perguntei – O que fez com ela? -Ela não sabe da habilidade que ganhou,é poderosa por isso desmaiou,ate vocês saírem daqui não poderão dizer uma palavra sobre isso – Respondeu Capricórnio – -Clown Cassandra, venha até aqui por gentileza – Pediu Câncer – Câncer era uma senhora de uns cinqüenta anos,de pele morena,cabelo curto e negro,baixinha e gordinha,essas palavras a resumiam,ela tinha nos fazia sentir como seus filhos,ela era a única que não alcançava os pés no chão,seu trono era grande demais para ela,Câncer respirou fundo e encolheu ainda mais ficando do tamanho humano,só que ela se esqueceu que o trono tinha uns nove metros de altura do chão: -Alguém me da uma mãozinha? Leao se levantou pegou-a, colocou-a no chão e voltou a seu trono com um sorriso maroto no rosto,Câncer limpou as roupas no tamanho humano ela devia ter um metro e cinqüenta mais ou menos,Cassandra já estava posicionada a sua frente,ela esticou o braço e colocou seu dedo indicador direito na testa da menina de cabelos castanhos e as duas fecharam os olhos: -“Nobre feiticeira,união da magia branca e da magia negra,minhas palavra serão claras ,por isso, preste atenção a benção que vou lhe conceder deve ser usada com cautela,você sempre precisou de mais tempo para sua vida e seus estudos não é mesmo? A partir de agora você terá o dom de desacelerar o tempo a sua volta,afetando que você quiser,portanto cuidado,a cada pessoa que será afetada por isso o custo de mana multiplicara vezes o numero de pessoas,Benção de Câncer!” – Recitou Câncer – Do mesmo jeito que houve com Stella, um raio verde saiu do dedo de Câncer acertando Cassandra em cheio, ela cambaleou e desabou no chão, de modo que

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pareceu impossível, Câncer pegou Cassandra nos braços subiu as escadas e deixou-a ao lado de Stella que acordou no mesmo instante, a senhora de pele morena cresceu a seu tamanho real, saltou e sentou-se no seu trono novamente: -O que houve? – Disse Stella meio tonta – -Você... – Capricórnio me olhou – Depois conversamos... -Lancaster Lilith, sua vez! – Chamou Virgem – -Boa sorte pra mim! – Cochichou Lilith em meu ouvido – Ela abriu suas asas negras e sobrevoou a pequena escadaria que lá havia,pra vocês terem uma idéia,ela estava voando na altura das canelas dos Zodíacos,ela chegou até o centro da sala e guardou as asas e pousou.Virgem se desfez em uma tonelada de corações e uma tulipa de dois metros surgiu a frente de Lilith,ela se abriu e Virgem surgiu de lá de dentro: -Sempre com entradas triunfais em maninha – Elogiou Touro – -Obrigado, eu sou a beleza daqui – -Então... – Disse Lilith – Vamos? -Ah,certo,me desculpe – Limpou a garganta e as duas fecharam os olhos– “Doce invocadora por trás de um grande guerreiro sempre há uma inteligente dama,o futuro não será bom para você e a seu amado,você terá o dever de permanecer firme e esperançosa ,até lá,alem de contar com sua beleza,terá o auxilio da magia para executar persuasões, fazer seres renderem a sua vontade,é claro que nem sempre funciona,seres muito complexos como imortais são imunes,voce já presenciou esse tipo de magia quando encontrou a deusa das serpentes,Lilavati.Benção de Virgem!” Lilith ia espatifar suas costas no chão se suas asas não tivessem se aberto e feito-a flutuar,elas trouxeram Lilith até nós,e logo acordou,junto com Cassandra: -Não podemos conversar sobre nada, vocês desmaiaram e provavelmente é minha vez agora – Expliquei – -Van Darsen Dante! – Chamou Sagitário – Sai do lado das garotas que ainda estavam deitadas no chão, desci degrau por degrau como se fossem feitos de gelo, e fui apreensivo até o centro da sala, os dez metros de Sagitário de desfizeram, e uma versão “chaveiro” dele apareceu a minha frente com um metro e noventa ele me olhava com um sorriso bondoso e me fazia esquecer a preocupação, seu poder era tão intenso que foi difícil ficar perto dele sem ser torrado, ele me examinava como se quisesse me dar um castigo, por fim ele encostou seu indicador direito na minha testa e desmaiei logo em seguida, mas era diferente, eu sentia que estava de pé e podia ouvir suas palavras também, como se estivessem sendo ditas dentro da minha mente:

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-“Corajoso guerreiro,sua longa jornada está apenas no inicio,os oponentes tendem a ficar mais poderosos do que nunca,e você ira acompanhá-los,seus poderes também cresceram com o tempo,mas nunca deixa de se lembrar do que realmente lhe importa,isso lhe manterá vivo por tempo suficiente,sempre confie nos seus amigos,e cuidado onde pisa,a terra pode ser escorregadia...” – E apaguei –

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Capitulo 25: Liberdade!

Acordei um tempo depois estava deitado no assoalho frio do templo, me levantei e olhei em volta, Sagitário estava com um sorriso irradiante, e estava esperando eu acordar para dizer alguma coisa: -Acho que devemos comemorar! – Disse Sagitário batendo palmas – As portas do templo se abriram com um estrondo,todos os Zodíacos de repente desapareceram,olhei colina abaixo, uma festa com varias pessoas, balões coloridos, mesas decoradas com doces e salgados diversos: -E eu acho que isso tudo é para nós, então o que estamos esperando? – Opinou Lilith pegando na minha mão e me fazendo descer aqueles mil e não sei quantos degraus colina abaixo – Eu quase tropecei umas três vezes, mas se tropeçasse provavelmente seria arrastado, Stella e Cassandra estavam em meu encalce,quando chegamos a festa varias pessoas que não conhecíamos, mas os Zodíacos estavam lá também no tamanho humano se não provavelmente se fossem dançar a conga pisoteariam os convidados, Cassandra saiu correndo e foi brincar no “até onde você consegue descer”,aquele jogo onde tem que abaixar pra passar em baixo de uma vareta,estava lá ela e Leão disputando,Stella tratou logo de ir pra pista de dança dançar um estilo de musica que nunca havia visto,e eu fui bater um papo com Capricórnio enquanto Lilith conhecia as pessoas da festa,ela estava num banco sozinha: -Porque está sozinha? – Perguntei – -Meus irmãos me largaram -Talvez você tenha largado eles, você não precisa ser a maligna do grupo, já pensou em ser mais atenciosa -É o único jeito de me respeitarem -Isso não é verdade, tenta ser só você mesmo que aposto que terá uma vida muito mais feliz, confia em mim De repente comecei a ouvir um som um tanto quanto familiar, Lilith veio correndo pegou na minha mão e disse: -Vem dançar comigo, minha musica favorita! De fato estava tocando Firework da Katy Perry, era uma musica bonita, mas sei lá nunca dancei isso, ela me puxou para a pista de dança que já estava lotada, todos da festa estavam lá inclusive Cassandra que era anti-social para caramba,

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na hora do refrão todos levantaram a mão varias vezes, Capricórnio fez aparecer fogos de artifício de verdade, Lilith estava dançando maravilhosamente bem, a mais linda da festa, quando me deparei havíamos feito um círculo a nossa volta todos nos olhavam e repetiam: -Beija! Beija! Beija! Peguei Lilith nos braços derrubei-a e a segurei, aproximei meu rosto, seus olhos vermelhos me olhavam com puro amor, eu sentia isso, aproximei meu rosto do dela e toquei meus lábios nos dela, sua boca não ofereceu resistência, ela colocou as mãos na minha nuca e ficamos nos beijando por um tempo, ate que a musica acabou e a levantei. Olhei atrás e um grande coração astral havia se formado,Virgem,só podia ser,ficamos na festa por mais algum tempo e logo Sagitário bateu palmas e tudo sumiu ,inclusive nós,que fomos para dentro do meu quarto em Lusterpurge,eu por sorte cai em cima da cama,em compensação alguns não tiveram tanta sorte,Stella e Cassandra saíram do quarto e Lilith foi pra varanda olhar a cidade,fui até ela e abracei por trás,ficamos olhando o fluxo do rio,os pássaros voarem,devia ser tão bom voar,era um de meus sonhos,a porta do quarto se abriu com força: -Dante...Lilith ,não querendo atrapalhar mas,Bill está ai! – Anunciou Stela já descendo as escadas – Eu e Lilith apostamos corrida até o Hall,eu ia ganhar se ela não tivesse roubado cortando caminho pela cozinha,quando chegamos demos de cara com meu pai,atrás dele minha mae fazia sinais esquisitos com a mão e ainda mais afastado,Cassandra nos braços de seu namorado que havia desaparecido,antes de ir cumprimentar Bill,provavelmente teria que acertar as contas com meu pai: -Oi... – Cumprimentei sem graça – -Você,você e você – Disse apontando respectivamente para mim,minha mãe e Stella que descia as escadas – Venham comigo Fomos até o fim do Hall,e entramos em uma porta dupla de madeira,o espaço era uma sala de reuniões com capacidade para umas vinte pessoas por causa da mesa,ao invés disso,do lado direito da mesa,um velho com cumprida barba branca,túnica púrpura e aparência amarga,nos olhava friamente,se papai Noel emagrecesse e fosse dos dias das bruxas,era esse cara sem duvida,nos sentamos a esquerda e meu pai na ponta: -Sacerdote Gica, meu filho e sua amiga Stella Anglezarke – Disse meu pai ao velho – -Então esse é o fedelho ladrão?

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-Deixo isso comigo, Gica – Bronqueou – Dante Van Darsen, porque você pegou acessórios do meu arsenal? Porque roubou pesquisas do laboratório? Porque se arriscou a resolver uma coisa dessa magnitude? -Eu não roubei nada, Eu posso devolver tudo, eu peguei só para nos ajudar a fazer um trabalho seu, de nada. -Eu não pedi sua ajuda pelo o que eu me lembre – Respondeu nervoso – -Desculpe por ter iniciativa minha MAE, me educou bem, viu? M-A-E, mãe – Já estava perdendo a paciência – -Chega vocês dois! – Interveio minha mãe – Escute, Dante foi errado você pegar o que não e seu sem pedir permissão mesmo que fosse por uma boa causa e ainda se arriscar desse jeito. Vlad, ele quer ajudar e pegou essas coisas justamente para ter êxito, você já teve essa idade e sabe como funciona -Tudo bem... Me desculpe,filho,eu não vi pelo seu lado – Desculpou-se – -Me desculpe também, eu levantei a voz com o senhor e peguei pesado – Falei – -Pode ficar com aquelas coisas, é um presente. Agradeci com a cabeça, peguei Stella pela mão e a puxei para vir comigo para fora da sala,enquanto passávamos por trás da cadeira do meu pai,virei pro tal Gica e pensei numa tachinha perfurando seu traseiro esquelético,e de repente o velhote gritou de dor,sai voando da sala,deixando a gargalhada da minha mãe ao fundo. Lilith conversava com Bill e Cassandra,quando estendi minha mão para cumprimentá-lo,ele veio e me deu um abraço de urso, quase quebrou minhas costelas, eu fui pego de surpresa e provavelmente fiz uma cara engraçada porque Lilith e Cassandra gargalhavam ao fundo e depois deu um beijo na bochecha de Stella que ficou vermelha: -Eai dupla, como estão? – Perguntou – -Estamos bem, e você? – Respondi – -Estou melhor agora, foi difícil escapar daquele monte de monstros, mas dei meu jeito, Cassandra me contou sobre tudo já,inclusive sobre o paradeiro de Eurynomus e Jullie – -É, pois é temos que analisar isso mais a fundo... Stella – Me virei pra ele e disse – O que o Sagitário disse depois que eu desmaiei? -Acho que era alguma coisa assim “...Esse tipo de benção que não possui custo é muito rara por isso aproveite,você nasceu para os céus,seu desejo está realizado” -Eu...Posso voar? – Perguntei maravilhado – -Acho que sim Sai correndo pela porta principal do castelo com todos meus amigos em meu encalce,no pátio um raio de luz de forma cônica de cor prata se formou do céu e me envolveu,comecei a flutuar, fiquei lá por um tempo de repente a raio sumiu

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e não despenquei,fui pelos céus até um lago que havia lá perto e fiquei sem ações quando vi meu reflexo, era eu mesmo normal com minhas roupas e tudo mais,mas quatro asas brancas cresceram das minhas costas,elas se movimentavam sozinhas e lentamente, imaginei que deveriam ser rápidas porque na velocidade que batiam estavam usando nada da força delas,tinha uns três metros de asa a asa,Lilith já veio com suas asas abertas,dei a mão para ela e fomos sobrevoar a capital de Lusterpurge,estava mais livre do que nunca.