fundamentos sócio-filosóficos da educação - aula 01 - 691

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Ceclia Queiroz Filomena MoitaFundamentos Scio-flosfcos da Educao I $ 6 I F L I h kEducao? Educaes? AutorasauIa01kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoCopyright2007Todososdireitosreservados.Nenhumapartedestematerialpodeserutilizadaoureproduzidasemaautorizaoexpressada UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraba.ovarno FadaraIFrasIdanIa da apbIIraLuiz Incio Lula da SilvaMInIsIro da LduraoFernando Haddad$arraIrIo da Ldurao a IsInrIa $LLCarlos Eduardo BielschowskynIvarsIdada FadaraI do Io randa do horIaaIIorJos Ivonildo do RgoVIraaIIorangela Maria Paiva Cruz$arraIrIa da Ldurao a IsInrIaVera Lcia do AmaralnIvarsIdada LsIaduaI da FarabaaIIoraMarlene Alves Sousa LunaVIraaIIorAldo Bezerra Maciel6oordanadora InsIIIurIonaI da Frogramas LsparIaIs 6IFLEliane de Moura SilvaQ3f Fundamentos scio-flosfcos da educao/ Ceclia Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonalves da Silva Cordeiro Moita. Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.15 fasc.Curso de Licenciatura em Geografa EaD. Contedo:Fasc.1-Educao?Educaes?;Fasc.2-Narotadaflosofa...embuscaderespostas;Fasc.3-Umanova rota...sociologia;Fasc.4 - Nos mares da histria da educao e da legislao educacional;Fasc. 5 - A companhia de Jesus e aeducaonoBrasil;Fasc.6ReformaPombalinadaeducaorefexosnaeducaobrasileira;Fasc.7-Novosventos... manifestodospioneirosdaescolanova;Fasc.8Ditaduramilitar,sociedadeeeducaonoBrasil;Fasc.9-Tendncias pedaggicaseseuspressupostos;Fasc.10Novosparadigmas,aeducaoeoeducador;Fasc.11Outrasrotas...um novo educador;Fasc. 12 O reencantar: o novo fazer pedaggico;Fasc. 13 Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geogrfco;Fasc. 14 A formao e a prtica refexiva;Fasc. 15 Educao e as TICs: uma aprendizagem colaborativaISBN: 978-85-87108-57-91. Educao2. Fundamentos scio-flosfcos3. Prtica Refexiva4. EADI. Ttulo.22 ed. CDD 370Ficha catalogrfca elaborada pela Biblioteca Central - UEPB6oordanador da LdIoAry Sergio Braga OliniskyFrojaIo rHroIvana Lima (UFRN)avIsora TIpogrHraNouraide Queiroz (UFRN)Thasa Maria Simplcio Lemos (UFRN)IIusIradoraCarolina Costa (UFRN)LdIIorao da ImagansAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)IagramadorasBruno de Souza Melo (UFRN)Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN)Ivana Lima (UFRN)Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)avIsoras da LsIruIura a LInguagamRossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)avIsoras da Lngua ForIuguasaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |Copyright2007Todososdireitosreservados.Nenhumapartedestematerialpodeserutilizadaoureproduzidasemaautorizaoexpressada UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraba.Apresentao$eja bem-vindo/a disciplina Fundamentos Scio-flosfcos da Educao. Assim, tal comonanatureza,agua,ofogo,aterraeoarconvivemdeformaintegradae so energia essencial vida. A nossa disciplina Integra a Base Terica do 6urso da LIranrIaIura am aograHa a IsInrIa.A disciplina compreender uma srie de refexes em torno de questionamentos acerca da Educao, abordar contedos relevantes formao profssional e, ao mesmo tempo, far articulao com o estudo de outras disciplinas do currculo. Iremos identifcar e analisar os fundamentos tericos e prticos que subsidiam a formao do/a profssional de educao, emespecial,nocursodeGeografa,fazendoumaarticulao,tambm,entreeducaoe sociedade ao longo da histria.NestadisciplinausaremosumamaIIora,poisacompararemosaumaviagem martima,razoporque,recorremosapalavrasligadasaessetema,asaber:tarpando, porIo, marguIhando, marguIho maIs proIundo, IImonaIro, Iama, roIas, porIo aIr. Faremos,duranteas15aulas,odIrIodabordoummemorialrefexivo,crticoe descritivo de todo o percurso da disciplina. O memorial dever ser construdo ao longo de cada aula e servir como avaliao de seu processo formativo.Alguns de vocs j so professores, e outros esto se preparando para isso. Todos juntos vo construir e reconstruir conceitos, atitudes, habilidades e valores imprescindveis atuao como profssionais de educao, conscientes de seu papel pedaggico, poltico e social.Ficou claro? Venha para iniciar uma viagem tranqila e produtiva. Conduza seu barco de forma autnoma,crtica e criativa; aprofunde os estudos, partindo de nossas sugestes e/ou outras fontes encontradas por iniciativa pessoal, no esquea das atividades solicitadas.Agoraquejexplicamoscomovaidecorrernossaviagem,acreditoquedeveestar ansioso/a por iniciar o prImaIro Irarho. Durante esse percurso, atravessaremos rios e mares que nos levaro a entender melhor o ronraIIo da adurao e assim perceber que h vrias opinies diferentes sobre a temtica. Est curioso/a? Voc vai conhecer alguns pensadores e suas idias, que lhe indicaro as rotas a seguir.Metfora uma Hgura da asIIIo (ou Iropo lingstico, em que a signifcao natural de uma palavra substituda por outra), que consiste em uma comparao entre dois elementos por meio de seus signifcados imagsticos, causando o efeito de atribuio inesperada ou improvvel de signifcados de um termo a outro. IsponvaI am. http://pt.wikipedia.org/wiki/Met%C3%A1fora krasso am. 10 de jun/2007.Segure o leme com fora e garra. Voc o/a timoneiro/a.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao Z kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao|Z8ObjetivosAofnaldestaaula,doprimeirotrechodeviagem,esperamosque voc chegue ao porIo rom rondIo da.Entender que a educao no neutra, ao contrrio, possui uma intencionalidade;Identifcar que existem diferentes conceitos de educao;Compreender que a educao no uma prerrogativa apenas da escola, que ela ocorre em diferentes espaos sociais.Zarpando...Ningumescapadaeducao.Emcasa,narua,naigrejaounaescola,todosns envolvemos pedaos da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprandar a ansInar. Para saber, para fazer ou para conviver com uma ou com vrias: Educao? Lduraas? Presenteemtodososespaos,dediferentesformas,nosdiferentescontextos,a educaoinvadenossasvidas.Nessaperspectiva,sempreachamosquetemosalguma coisa a dizer sobre educao. Assim, iniciamos nossa refexo com o que alguns ndios, certa vez, escreveram:H muitos anos, nos Estados Unidos, os estados da Virgnia e Maryland assinaram um tratado de paz com os ndios das Seis Naes. Sabendo que as promessas e os smbolos da educao sempre foram muito adequados em momentos solenes como aquele, logo depois dos termos do tratado serem assinados, os governantes americanos mandaram cartas aos ndios convidando-os para que enviassem alguns dos seus jovens s escolas dos brancos. Os chefes indgenas responderam agradecendo e recusando. Veja, abaixo, alguns trechos da justifcativa.... Ns estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para ns e agradecemos de todo o corao.Masdaquelesquesosbiosreconhecemquediferentesnaestmconcepes diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores no fcaro ofendidos ao saber que a vossa idia de educao no a mesma que a nossa.Aprender e ensinarNingum ignora tudo. Ningum sabe tudo. Todos ns sabemos alguma coisa. Todos ns ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre(PAULO FREIRE,1998).EducaesSegundo Ghiraldelli Jr. (2003, p. 1), a palavra educao foi derivada, de duas palavras do latim: educere, que signifca conduzir de fora, dirigir exteriormente, e educare que signifca sustentar, alimentar, criar.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 8...MuitosdosnossosbravosguerreirosforamformandosnasescolasdoNortee aprenderam toda a vossa cincia. Mas, quando eles voltaram para ns, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da foresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. No sabiam como caar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa lngua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inteis. No serviam como guerreiros, como caadores ou como conselheiros.Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora no possamos aceit-la,paramostraranossagratido,oferecemosaosnobressenhoresquenosenviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens. (BRANDO, 1998, p.18-19)BenjaminFranklin(1706-1790)Franklintornou-seoprimeiroPostmaster General(ministrodoscorreios)dosEstadosUnidosdaAmrica.Foium jornalista, editor, autor, flantropo, abolicionista, funcionrio pblico, cientista, diplomataeinventorestadunidense,quefoitambmumdoslderesda Revoluo Americana, e muito conhecido pelas suas muitas citaes e pelas experincias com a eletricidade. Um homem religioso, calvinista, ao mesmo tempo uma fgura representativa do Iluminismo.Disponvel em: http://br.geocities.com/saladefsica9/biografas/franklin.htmkrasso am. 23 maio 2007.Ser que h uma forma nica, um nico modelo de educao? Acreditamosqueno.Aprende-seeensina-seemtodososlugares.Nessesentido, a escola no o nico espao educacional; o ensino escolar no a sua nica prtica e o professor no o nico praticante.Parafraseando (MCLUHAN, 1964), estamos vendo que chegar o dia e talvez estejsejaumarealidadeemquenossascrianasaprenderomuitomais e com maior rapidez em contato com o mundo exterior do que no recinto da escola. Isso ns j podemos observar no cotidiano. Uma vez que j assistimos ajovenseadultosquenosperguntam:Porqueretornarescolaedeter minhaeducao?Estequestionamentofeitoporjovensqueinterrompem prematuramente seus estudos. Parece uma pergunta arrogante, mas como nos diz o autor acerta no alvo: o meio urbano poderoso explode de energia e de uma massa de informaes diversas, insistentes, irreversveis.Essacartaacabouconhecidaporque,algunsanosmaistarde,BenjamimFranklin adotouocostumededivulg-la.Acartadosndiosquevocsacabaramdelerapresenta algumas das questes importantes que vm sendo objeto de estudo, refexo e discusso de pesquisadores/as e educadores/as.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 4 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoAtividade 1|ZAEducao,entendidacomoconstruocoletivadeproduodoconhecimento,da ao social, busca intencional de sentidos e signifcados, dilogo e interao, perpassa todas as prticas sociais. Em casa, na rua, na igreja, no sindicato, no clube, de um modo ou de muitos, todos nsenvolvemospedaosdavidacomela:parafazer,parasaber,paraensinar,paraser ouconviver.Masaeducao(oprocessoeducativo)carecededefniesquantossuas fnalidadesecaminhosusadosnasuaconcretizao,conformeasopesquesefaam quanto ao tipo de homem/mulher ser que se quer formar, que tipo de sociedade se deseja e se quer construir.Nessesentido,aeducao,conceitualmenteenaprtica,passaasofrerasdiversas infuncias das diferentes foras sociais e polticas que a percebem como objeto de poder e instrumento fundamental no campo das disputas polticas e IdaoIgIras. IdeolgicasIdeologia, de acordo com os escritos de Karl Marx, aquele sistema ordenado de normas e de regras (com base no qual as leis jurdicas so feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo as vontades do sistema, mas como se estivessem se comportando segundo a sua prpria vontade.Disponvel em: http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/ideolog/index.htmlAcesso em: 12 maio 2007.E por que essa disputa ideolgica e scio-poltica acontece?Porque, quando homens e mulheres tm acesso educao, a um tipo de educao eaoconhecimentopodemdesvendarosmotivosdasdesigualdades.Beminformados, podemosreivindicar/exigirnossosdireitosemtodososespaossociais:nafamlia,na escola, no mercado, no nibus, nos servios de sade. Podemosainda,qualifcarmosmelhornossaparticipaonosespaossociaisde deciso: conselhos escolares, associao de moradores, sindicatos, partidos polticos, igreja etc.Esseconhecimentonointeressaatodos,afnal,quandonosabemos,podemosser manipulados. esse entendimento que vamos aprofundar ao longo da leitura dos diferentes conceitos e do contexto histrico em que foram elaborados.ApsaleituradapropostadeBenjamimFranklinparaosndiose desuaresposta,quaisostiposdeEducao,Educaesquevoc identifca? Justifque:Assim,comonarespostadosndiosaoex-presidenteBenjamim Franklin,refita:Aeducaoquevocrecebeuemsuaformao escolar, o (a) preparou para contribuir com sua comunidade?kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 6sua resposta|.Z.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 6 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoMergulhando mais profundo...As diferentes concepes e teorias, ao longo da histria, tm focado a Educao com nfase, ora no conhecimento, ora nos mtodos de ensino, ora no aluno, ora no educador, ora em ambos. Essas diferentes formas de pensar trouxeram e trazem conseqncias diversas emcadamomentohistrico,paraosgruposhegemnicosdecadasociedadeetodasse revestem de uma intencionalidade, de objetivos, que exercem forte infuncia sobre nosso jeito de fazer Educao e no modo como nos organizamos socialmente.Vocperceberqueo6onraIIodaLduraonoconsenso,aocontrrio,abrange umadiversidadesignifcativadeconcepesecorrentesdepensamento,queesto relacionadasdiretamenteaoperodohistrico,aomovimentosocial,econmico,cultural, poltico nacional e internacional. Quer conhecer o que alguns pensadores e educadores dizem sobre o que educao e qual o seu papel social, poltico e cultural?Ento preste ateno s idias, que lhe apresentaremos logo a seguir, que foram ou so fundamentosparaasprticaspedaggicas,queveremosmaisprofundamenteemoutros trechos do nosso percurso.VamoscomearcommIIaurkhaIm,paraquemEducaoessencialmenteo processopeloqualaprendemosasermembrosdasociedade.Educaosocializao! uma iluso acreditar que podemos educar nossos flhos como queremos. E, afrma que existem certos costumes, regras que precisam e devem ser obrigatoriamente transmitidos no processo educacional, gostemos ou no deles.mile Durkheim (1858-1917), socilogo francs, positivista, viveu em um rico e conturbado momento histrico: de um lado, a Revoluo Francesa, e de outro, aRevoluoIndustrial.BebeunafontedopensamentodeAugusteComte (1798- 1857), pai do Positivismo e flho do Iluminismo que enfatizava a razo e a cincia como formas de explicar o universo. ParaDurkheim,atarefadaeducaoerabuscarsoluesparaacriseda burguesia do fnal de sculo XIX, que lutava para continuar como detentora do poder poltico e econmico.Disponvel em: http://cienciadaeducacao.vilabol.uol.com.br/Pensadores.htmkrasso am. abr. 2007. Seu pensamento refetia diferentes educaes. Cada rasIa, classes ou grupo social deveria ter sua prpria educao para adequar cada um a seus meios especfcos de vida, ou seja, aqueles que nascessem pobres deveriam adaptar-se sua realidade, e aqueles que nascessem ricos deveriam adaptar-se sua condio e, assim, cada um desempenharia o seu papel social de forma harmoniosa.Suas idias infuenciaram grandemente as correntes pedaggicas at os dias atuais. CastaCamada social hereditria e endgama, cujos membros pertencem mesma etnia, profsso ou religio.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 7Outro importante pensador, karI Marx, dizia que a educao diretamente relacionada aos interesses de rIassa. Conforme o contedo de classe ao qual estiver exposta, ela pode ser uma educao para a aIIanao ou para a amanrIpao.classeGrupo ou camada social que se organiza em sociedades estratifcadas, e para cuja formao contribuem a diviso do trabalho, as diferenas de propriedade e de rendas ou a distribuio de riquezas. Para Marx, s existem duas classes: burguesa e operria/trabalhadora.psP ou ps no plural uma unidade de medida de comprimento. Corresponde a 12 polegadas e equivale a 30.5 centmetros. KarlHeinrichMarx(1818-1883),intelectualalemo,consideradoumdos fundadores da Sociologia, mas, que contribuiu com vrias outras reas: flosofa, economia,histria.Elaborou,emparceriacomFriedrichEngels(1820-1895) tambm flsofo alemo, a Doutrina dos tericos do Socialismo Cientfco ou Marxismo e escrevem juntos o Manifesto Comunista, historicamente um dos tratados polticos de maior infuncia mundial, publicado pela primeira vez em 21/02/1848, em que os autores partem de uma anlise histrica, distinguindo asvriasformasdeopressosocialduranteossculosesituanaburguesia moderna como nova classe opressora, que super-valoriza a liberdade econmica emdetrimentodasrelaespessoaisesociais,assimtratandoooperrio como uma simples pea de trabalho que o deixa completamente desmotivado e contribuindo para a sua miserabilidade e coisifcao.Disponvel em: http://www.comunismo.com.br/biomarx. htmlkrasso am. abr. 2007.O professor Tosi Rodrigues (2002) coloca que Marx, a partir de seus estudos sobre as conseqnciasdaRevoluoIndustrial,navidadostrabalhadoresingleses,concluiuque o tipo de educao dado s crianas operrias era to precrio que s poderia servir para perpetuar as relaes de opresso s quais as crianas e seus pais estavam sujeitos. SegundorelatocitadoporMarx,emseulivrosobrearealidadedeumadasescolas que visitou, a sala de aula tinha 15 ps de comprimento por 10 ps de largura e continha 75 crianas que grunhiam algo ininteligvel (...) Alm disso, o mobilirio escolar era pobre, faltavam livros e material de ensino e uma atmosfera viciada e ftida exercia efeito deprimente sobre as infelizes crianas. Estive em muitas dessas escolas e nelas vi flas inteiras de crianas quenofaziamabsolutamentenada,eaissosedoatestadodefreqnciaescolar;ea esses meninos fguram na categoria de instrudos de nossas estatsticas ofciais (O Capital, 1968, Vol. 1, Livro 1).OsestudosdeMarxtiverametmumaforteinfuncianasidiaspedaggicasno mundo e aqui no Brasil. Dessa corrente de pensamento sociolgico, decorre as chamadas pedagogias crticas, que estudaremos mais adiante.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 8 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoAtividade 2|ZAconcepodeeducaoapresentadaporDurkheimpossvel deserpercebidaemsuavivnciatantodeprofessor,quantode aluno?Justifque:A descrio da escola apresentada por Marx, h mais de 100 anos, lheremeteualembranasdealgumaescolaquevocconheceu ou conhece?sua resposta|.Z.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao 9Vamosseguir,estamosbemnoinciodenossaviagem,muitacoisaboanos espera ainda.Noinciodopercursodessetrecho,aportamosnaFrana,conhecemosDurkheim, depois,naAlemanhaondeencontramosMarx.Agora,seguindonossaviagem,vamos conhecer outro importante pensador na Sua e, logo em seguida, vamos ao Brasil.1aan1aquas oussaau afrmava que nascemos fracos, precisamos de fora; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistncia; nascemos estpidos, precisamos de juzo. Tudo que no temos ao nascer e de que precisamos, quando adultos, nos transmitido pela educao. Seria, para ele, a educao responsvel pela formao do cidado em todos os sentidos. Pois acreditava que o homem nasce bom, mas a sociedade operverte. 1aan1aquasoussaau(1712-1978),flsofoeescritorsuo,foiumadas principaisinspiraesideolgicasdasegundafasedaRevoluoFrancesa: inspirou fortemente os revolucionrios, que defendiam o princpio da soberania popular e da igualdade de direitos. Apontava a desigualdade e a injustia como frutos da competio e da hierarquia mal constituda. Segundo suas idias, o grande objetivo do governo deveria ser assegurar liberdade, igualdade e justia para todos, independentemente da vontade da maioria. Estudioso da flosofa da educao, enalteceu a educao natural, defendendo um acordo livre entre o mestre e o aluno. Seu trabalho se tornou a diretriz das correntes pedaggicas nos sculos seguintes. Lanou sua flosofa, no somente atravs de escritos flosfcos formais, mas tambm de romances, cartas e de sua autobiografa.Disponvel em: http://www.culturabrasil.org/roussaau. htm krasso am. 20 abr. 2007.Chegando ao BrasilVamosconhecerosliberaisesuasidiassobreaeducao,queeramdefendidas comumgrandeotimismopedaggico:elesqueriamreconstruirasociedadepormeioda educao (GADOTTI, 1993). Vocsjouviramfalardosliberais?Seno,prestemateno.Eraumgrupode intelectuais profundamente enraizados na classe burguesa, que defendiam e justifcavam o modelo econmico da poca, que privilegiava alguns, em detrimento da maioria. Defendiam, apenas, alteraes no como ensinar, e no, no modelo de educao excludente. kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |0 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao|ZAtividade 3ParaosLiberais,ohomemprodutodomeio;eleesuaconscinciaseformam emsuasrelaesacidentais,quepodemedevemsercontroladaspelaeducao,aqual devetrabalharparaamanutenodaordemvigente,atuandodiretamentecomosistema produtivo.Oobjetivoprimeirodaeducaoproduzirindivduoscompetentesparao mercado de trabalho, transmitindo efcientemente informaes precisas, objetivas e rpidas (LBANEO, 1989). Nesse trecho da viagem, pudemos conhecer atravs de texto escrito algumas das idias que infuenciaram os flsofos, os socilogos, os educadores e os intelectuais brasileiros. Agora temos outro texto: uma fgura.Observe e faa a leitura da fgura junto com seus colegas e tutores.Agoraquejleram,discutiram,refetiram,cadaum/uma escreva um texto sobre a educao ou educaes das pessoas representadas na fgurasua respostakuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao ||Voltando nossa viagem, segure o leme. Vamos pelo Brasil e nessa rota vamos conhecer uma pequena parte do relatrio da UNESCO de 1996, sobre educao, e seguir, conhecendo Educao/Educaes.Parafraseando Freire, a educao o fator mais importante para se alcanar a felicidade. O autor destacava ainda em seus escritos a educao como ao de conhecimento, como ato poltico, como direito de cidadania e, nesse sentido, o conhecimento, como construo social.AindasegundooautorNingumeducaningum,ningumeducaasimesmo,as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo (2002 p.68). FauIo FraIra: 8IograHa rasumIda ramInho da um Ldurador. Nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. considerado um dos grandes educadores daatualidadeerespeitadomundialmente.Publicouvriasobrasqueforam traduzidasecomentadasemvriospases.Suasprimeirasexperincias educacionais foram realizadas em 1962 em Angicos, no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias.Participou ativamente do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife. Suas atividades so interrompidas com o golpe militar de 1964, que determinou sua priso. Exila-se por 14 anos no Chile e posteriormente vive como cidado do mundo. Com sua participao, o Chile, recebe uma distino da UNESCO, por ser um dos pases que mais contriburam poca, para a superao do analfabetismo. Em 1970, junto a outros brasileiros exilados, em Genebra, Sua, cria o IDAC (Instituto de Ao Cultural), que assessora diversos movimentos populares, em vrios locais do mundo. Retornando do exlio, Paulo Freire continua com suas atividades de escritor e debatedor, assume cargos em universidades e ocupa, ainda, o cargo de Secretrio Municipal de Educao da Prefeitura de So Paulo, na gesto da Prefeita Luisa Erundina, do PT.Algumasdesuasprincipaisobras:EducaocomoPrticadeLiberdade, PedagogiadoOprimido,CartasGuinBissau,VivendoeAprendendo,A importncia do ato de ler, Pedagogia da Autonomia.Disponvel em: http://www.centrorefeducacional.com.br/paulo.htmlkrasso am. abr. 2007.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |Z kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoFreire (1997), tambm nos ensina que a educao no neutra, ao contrrio, um dos instrumentos capazes de: garantir aos cidados o atendimento s necessidades que permitem o seu dasanvoIvImanIo InIagraI, que possibilita a integrao entre o pensar e agir, porque quando o pensar privado de realidade e o agir, de sentido, ambos fcam sem signifcado. Caso contrrio, podemos reproduzir uma educao que se coloca como mara IransmIssora da InIormaas descontextualizadas historicamente, sem autor, sem intencionalidade clara e privada de sentido, a que o autor denominou de educao bancria. Minha presena no mundo no a de quem nele se adapta, mas de quem nele se insere. a posio de quem luta para no ser apenas objeto, mas sujeito tambm da histria (FREIRE, 1983, p. 57).Sendoassim,educarconstruir,libertarohomemdodeterminismo,passando areconheceroseupapelnaHistriaeondeaquestodaidentidadecultural,tantoem suadimensoindividual,comoemrelaoclassedoseducandosessencialprtica pedaggica libertadora.Semrespeitaressaidentidade,semautonomia,semlevaremcontaasexperincias vividas pelos educandos antes de chegarem escola, o processo ser inoperante, somente meras palavras despidas de signifcao real. Temos que lutar por uma educao dIaIgIra, pois s assim se pode estabelecer a verdadeira comunicao da aprendizagem entre seres constitudos de alma, prazer, sentimentos. Em seus escritos, Freire destaca o ser humano como um ser autnomo, livre, criativo, ativo, capaz de signifcar e ressignifcar suas aes. Essa autonomia est presente na defnio de vocao onIoIgIra de ser mais que est associada capacidade de transformar o mundo. exatamente a que o homem se diferencia do animal. Afnal, animal no tem histria.Educao? Educaes? Educar?Segundo Moran, (2000, p. 3), educar: colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizaes transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. ajudar os alunos na construo de sua identidade, do seu caminho pessoal e profssional do seu projeto de vida, no desenvolvimentodashabilidadesdecompreenso,emoo,comunicaoquelhes permitam encontrar seus espaos pessoais, sociais e profssionais e tornarem-se cidado realizados e produtivos. No relatrio da hL$6, organizado e escrito pelo francs 1arquas aIors, intitulado: Educaoumtesouroadescobrir,de1996,aEducaoprecisadeumaconcepomais ampla, ou seja:Uma concepo ampliada de educao deveria fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo revelar o tesouro escondido em cada um de ns. Isso supe que se ultrapasse a viso puramente instrumental da educao considerada aviaobrigatriaparaobtercertosresultados(saber-fazer,aquisiodecapacidades diversas, fns de ordem econmica), e se passe a consider-la em toda a sua plenitude: realizao da pessoa que, na sua totalidade, aprende a ser (DELORS, 2003, p. 90).OntolgicaVocao ontolgica do homem. O chamado que sentem os homens e as mulheres desde dentro de si mesmos para que se convertam em pessoas capazes de pensar e transformar sua sociedade e de transformar-se em seres para si mesmos. A vocao histrica do homem ser sujeito (CTPL, 37).MoranMORAN, J. M. professor de novas tecnologias da Universidade de So Paulo USP.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |8Atividade 4|ZUNESCOOrganizaodasNaesUnidasparaaEducao,aCinciaea Cultura.AUNESCOfuncionacomoumlaboratriodeidiasecomouma agncia de padronizao para formar acordos universais nos assuntos ticos emergentes.AUNESCOpromoveacooperaointernacionalentreseus192 Estados Membros e seis Membros Associados nas reas de educao, cincias, cultura e comunicao. Asdiferentesconcepesdeeducaotmrefexosprofundosemnossocotidiano. Comovocdeveterpercebido,todosnstemosmemria,unsmais,outrosmenos,da infnidade de informaes que recebemos ao longo de nossas vidas como estudantes. Muitos de ns estudamos em escolas que reproduziam informaes e conhecimentos, e ns no sabamos para que serviriam, nem imaginvamos quem produziu esse conhecimento, nem em que contexto histrico. No vamos sentido para os contedos, que eram apenas para ser decorados e para que respondssemos questes dos questionrios, das provas, que depois esquecamos a educao bancria. No queremos dizer com isso que informao/conhecimento no importante, ao contrrio, tm importncia e signifcam podar.Aesserespeito,ocientistapoltico,americanoEmirSader,indagouemsuapalestra proferida no Frum Mundial da Educao (2003): se o conhecimento no serve para inserir oshomensdeformaconscientenasociedade,paraqueserveento?(...)oexcessode informaoexistentehojedisseminada,pormdescontextualizadaesemhistria,semo conhecimento de quem a produziu, vem banalizando o processo educacional e fragmentando o saber, colaborando para a produo de um novo tipo de analfabetismo.Considerandonossaleituraataqui,nossasobservaes,suas refexes ao longo desse nosso trecho de viagem, mergulhe no flme queabordaaquestodasdiferenteseducaesdeformamuito contundente; Em seguida, preencha o seu dirio de bordo.Disponvel em: http://www.unesco.org.br/unesco/sobreaUNESCO/index_html/mostra_documentokrasso am. 12 abr. 2007.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |4 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaosua respostaTreino para Vida $Inopsa. A histria real e inspiradora de um treinador que decide mostrar os diversos aspectos dos valores de uma vida ao suspender seu time campeo por causa do desempenho acadmicodosatletas.Dessaforma,KenCarterrecebe elogios e crticas, alm de muita presso para levar o time de volta s quadras. a que ele deve superar os obstculos deseuambienteemostraraosjovensumfuturoquevai alm de gangues, priso e at mesmo do basquete.kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |6|Resumo L TXLM$ L$$L TL6h L h$$k VIkLMNestaaulavocestudouqueaeducaononeutra,aocontrrio,possui uma intencionalidade, alm de identifcar que existem diferentes conceitos de educaoecompreenderqueaeducaonoumaprerrogativaapenasda escola, que ela ocorre em diferentes espaos sociais. Vimos, em sntese, que a educao para Durkheim essencialmente o processo pelo qual aprendemos asermembrosdasociedade.JparaKarlMarx,aeducaodiretamente relacionada aos interesses de classe. Para Rousseau a educao responsvel pela formao do cidado em todos os sentidos, pois acreditava que o homem nasce bom, mas a sociedade o perverte. Nas palavras de Paulo Freire, educar construir, libertar o homem do determinismo. Estudamos tambm Delors que assevera que uma verso ampliada de educao deveria fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo e fnalmente Moran defende a educao como algo que deve colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizaes transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. Auto-avaliaoVoc fez a viagem, leu os textos, respondeu s atividades, visitou os sites, assistiu aos flmes, aos vdeos, mas, com certeza, foi mais alm. Para saber se voc atingiu os objetivos propostos para a aula, responda s questes abaixo.Setiverdvidas,procuretir-lasrelendootextooumesmobuscandoaajudado tutor, atravs dos meios possveis.Respondendo voc est neste momento construindo seu IkI L 8. Observe o quadro a seguir e estabelea as diferenas entre as teorias dos autores apresentados:kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |6 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducaoZurkhaIm karI Marx oussaau FauIo FraIra aIors MoranQuais as crticas, observaes que voc faz a estes autores e as teorias por eles defendidas? kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |7VdeosLeituras complementaresAqui apresentamos ouIras IInguagans, que podem enriquecer o seu aprendizado. Indicaremos flmes, mini-vdeos, telas, poemas, msicas e textos que tem relao com a nossa viagem pelarotadosfundamentosscio-flosfcosdaeducao.Buscaremosmergulharmais profundamente nessa viagem com dicas ricas e prazerosas de saberes.1. Ttulo: Uma viagem no tempo ...Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=umwj6v9UwkYAcesso em 23 jun. 2007. O vdeo revela a evoluo do mundo tendo por fundo a msica WhaI a WondarIuI WorId (Que mundo Maravilhoso) da LouIs krmIsIrongua mundo MaravIIhoso Louis Armistrong Eu vejo o verde das rvores ...rosas vermelhas tambm Eu vejo forescer para ns doisE eu penso comigo ...que mundo maravilhosoEu vejo a azul dos cus eo branco das nuvensO brilho do dia abenoado ...a sagrada noite escuraE eu penso comigo ...que mundo maravilhosoAs cores do arco-ris ...to bonitas nos cusE esto tambm nos rostosdas pessoas que passamEu vejo amigos apertando asmos, dizendo: Como voc vai ? Eles realmente dizem: Eu te amo ! Eu ouo bebs chorando,eu os vejo crescerEles aprendero muito maisque eu jamais sabereiE eu penso comigo ...que mundo maravilhosoSim, eu penso comigo ...que mundo maravilhosokuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao |8 kuIa 0| FundamentosScio-flosfcosdaEducao2. Ttulo: Combate ao analfabetismoDisponvel em : http://www.youtube.com/watch?v=kzRnrYVKbHQ. Acesso em 23 jun. 2007. O vdeo Combate ao Analfabetismo Rotary, isso que a gente faz! apresenta o dilogo entre uma criana de rua que quer um lpis para desenhar com um grupo de jovens da classe mdia que o rejeita, empurra. RefernciasBRANDO, C. R. O que educao. In: PILLETTI, N. LsIruIura a FunrIonamanIo do LnsIno FundamanIaI. So Paulo: Ed. tica,1998.FERNANDES,Florestan.MarxLngaIs.hIsIrIa(textosselecionados)SoPaulo: tica, 1989.FREIRE, Paulo. FadagogIa do oprImIdo. 12a edio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.____________. Ldurao a mudana. 15a edio. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1989. ____________. FadagogIa do prImIdo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. ____________. FoIIIra a adurao. So Paulo: Cortez, 1997.GADOTTI, Moacir. FauIo FraIra, uma bIbIIogrHra. So Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire; Braslia, DF: UNESCO,1996. HARNECKER, Marta. Fara rompraandar a sorIadada. Traduzido por Emir Sader. 1. ed. 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