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SALA DE RESPOSTA RÁPIDA PARA O SURTO DE Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. No entanto, alguns coronavírus podem causar formas graves, como a síndrome respiratória aguda grave, que ficou primariamente conhecida pela sigla SARS “Severe Acute Respiratory Syndrome” (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002 e desde 2004, não haviam relatos de casos de SARS mundialmente. Já em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, disnto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua idenficação, inicialmente na Arabia Saúdita. Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo coronavírus foi nomeado associado à MERS (MERS-CoV). Em 2019 cienstas chineses isolaram um novo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2. A doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi idenficada pela primeira vez em Wuhan, Hubei, China, em 1 dezembro de 2019 a parr de um grupo emergente de pessoas com pneumonia de causa desconhecida. Essas pessoas nham em comum a relação com vendedores ambulantes que trabalhavam no Mercado de Frutos do Mar de Huanan, que também vendiam animais vivos. O vírus foi isolado uma semana depois em 7 de janeiro de 2020 a parr de amostras e da noficação 41 pacientes com sintomas na província de Wuhan. O novo Coronavírus apresentou 70% de semelhança com a sequência genéca idenficado no SARS-CoV, a qual foi posteriormente disponibilizada para o meio cienfico. As primeiras discussões sobre a COVID-19 em relação a possível Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi em 22 de janeiro de 2020 por um comitê de emergência. No entanto, somente em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou o surto uma PHEIC, pedindo que "uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos". A parr de então em 03 de fevereiro o Brasil Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo COVID-19. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara a PANDEMIA por COVID-19. Atendendo as recomendações do Ministério da Saúde, o Governo do Estado do Amazonas por Meio da Secretaria de Estado da Saúde SUSAM e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas FVS-AM, vem desenvolvendo medidas e ações voltadas à Vigilância, Prevenção e Controle da possível introdução do COVID-A19 no estado. Dentre as estratégias de vigilância e controle, foi instuído o Comitê Interinstucional de Prevenção ao COVID-19 no âmbito do Estado do Amazonas, coordenado pela FVS-AM e composto por: Fundação de Vigilância em Saúde, Fundação de Medicina Tropical, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Saúde da Capital, Secretaria de Saúde do Interior, Fundação Oswaldo Cruz, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Secretaria de Saúde de Manaus, Ministério da Saúde, Forças armadas Marinha e Aeronáuca, Secretaria de Estado da Educação, Secretaria Municipal de Educação, Gabinete da Casa Militar do Estado, Defesa Civil Estadual, Ministério Público do Estado, Agência de Turismo do Amazonas dentre outros. Como ação, foi constuído o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), que tem como objevo promover a resposta rápida e coordenada por meio da arculação e da integração dos atores envolvidos. A sua estruturação permite a análise dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o enfrentamento de emergências em saúde pública, incluindo a arculação da informação entre as três esferas de gestão do SUS. Outra importante ação relacionada a resposta frente a Pandemia pelo COVID-19 foi a elaboração por meio do esforço colevo da elaboração do Plano de Conngência Estadual para Infecção Humana pelo SARS-CoV-2 (COVID-A9). I. INTRODUÇÃO CORONAVÍRUS FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS ANO 1 | Nº 01 27 de Março de 2020 Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do Amazonas, 2020

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Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. No entanto, alguns coronavírus podem causar formas graves, como a síndrome respiratória aguda grave, que ficou primariamente conhecida pela sigla SARS “Severe Acute Respiratory Syndrome” (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002 e desde 2004, não haviam relatos de casos de SARS mundialmente. Já em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, dis�nto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua iden�ficação, inicialmente na Arabia Saúdita. Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo coronavírus foi nomeado associado à MERS (MERS-CoV).

Em 2019 cien�stas chineses isolaram um novo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2. A doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi iden�ficada pela primeira vez em Wuhan, Hubei, China, em 1 dezembro de 2019 a par�r de um grupo emergente de pessoas com pneumonia de causa desconhecida. Essas pessoas �nham em comum a relação com vendedores ambulantes que trabalhavam no Mercado de Frutos do Mar de Huanan, que também vendiam animais vivos. O vírus foi isolado uma semana depois em 7 de janeiro de 2020 a par�r de amostras e da no�ficação 41 pacientes com sintomas na província de Wuhan. O novo Coronavírus apresentou 70% de semelhança com a sequência gené�ca iden�ficado no SARS-CoV, a qual foi posteriormente disponibilizada para o meio cien�fico.

As primeiras discussões sobre a COVID-19 em relação a possível Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi em 22 de janeiro de 2020 por um comitê de emergência. No entanto, somente em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou o surto uma PHEIC, pedindo que "uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos". A par�r de então em 03 de fevereiro o Brasil Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo COVID-19. Em 11 de março a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara a PANDEMIA por COVID-19.

Atendendo as recomendações do Ministério da Saúde, o Governo do Estado do Amazonas por Meio da Secretaria de Estado da Saúde SUSAM e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas FVS-AM, vem desenvolvendo medidas e ações voltadas à Vigilância, Prevenção e Controle da possível introdução do COVID-A19 no estado. Dentre as estratégias de vigilância e controle, foi ins�tuído o Comitê Interins�tucional de Prevenção ao COVID-19 no âmbito do Estado do Amazonas, coordenado pela FVS-AM e composto por: Fundação de Vigilância em Saúde, Fundação de Medicina Tropical, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Saúde da Capital, Secretaria de Saúde do Interior, Fundação Oswaldo Cruz, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Secretaria de Saúde de Manaus, Ministério da Saúde, Forças armadas Marinha e Aeronáu�ca, Secretaria de Estado da Educação, Secretaria Municipal de Educação, Gabinete da Casa Militar do Estado, Defesa Civil Estadual, Ministério Público do Estado, Agência de Turismo do Amazonas dentre outros. Como ação, foi cons�tuído o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), que tem como obje�vo promover a resposta rápida e coordenada por meio da ar�culação e da integração dos atores envolvidos. A sua estruturação permite a análise dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o enfrentamento de emergências em saúde pública, incluindo a ar�culação da informação entre as três esferas de gestão do SUS. Outra importante ação relacionada a resposta frente a Pandemia pelo COVID-19 foi a elaboração por meio do esforço cole�vo da elaboração do Plano de Con�ngência Estadual para Infecção Humana pelo SARS-CoV-2 (COVID-A9).

I. INTRODUÇÃO

CORONAVÍRUSFUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

ANO 1 | Nº 01 27 de Março de 2020

Situação Epidemiológica de COVID-19 e da Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado do Amazonas, 2020

Page 2: FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS … › media › publicacao › Boletim_Situação... · 2020-05-28 · Figura 2. Distribuição dos casos e óbitos por COVID-19

02

No dia 13/03/2020, foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 no estado do Amazonas. Até o dia 27/03/2020, foram confirmados 80 casos de COVID-19 no estado, sendo 74 casos (92,5%) casos de residentes da capital Manaus. No interior, os municípios de Manacapuru e Parin�ns apresentam 2 (2,5%) casos, respec�vamente, seguido de 1 caso (1,3%) em Boca do Acre e 1 caso (1,3%) em Santo Antônio do Içá (Figura 1). Foram descartados 78 casos para COVID-19, sendo 15 casos confirmados para outros vírus respiratórios, 1 caso por outro agente e�ológico e 62 casos por outras causas respiratórias (Tabela 1).

Figura 1. Distribuição espacial dos casos confirmados de COVID-19 segundo município de residência. Amazonas, 2020, até SE 13

Perfil Epidemiológico dos Casos e Óbitos de COVID-19

FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Diante desse cenário, este bole�m tem o obje�vo de descrever a situação epidemiológica da COVID-19 no estado do Amazonas, caracterizando o padrão da doença no ano de 2020.

Foi realizado um estudo descri�vo dos casos de COVID-19 com início de sintomas na semana epidemiológica (SE) até a SE 13/2020, registrados nas Regionais de Saúde e municípios do Estado do Amazonas. U�lizou-se como fonte de dados a base nominal, previamente tratada em relação a duplicidades e inconsistências, proveniente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Amazonas (CIEVS-AM).

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

Os 80 casos confirmados de COVID-19 �veram início dos primeiros sintomas nas úl�mas 3 semanas (SE 11 a 13/2020), com maior número de registros na SE 13, com 69 casos (Figura 2). Destes, 26,3% (21/80) retornaram de viagens internacionais ou provenientes de outros estados com casos confirmados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.

Fonte: CIEVS/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizados em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

Tabela 1. Distribuição de casos confirmados e descartados de COVID-19, por classificação final, agente e�ológico e município de residência. Amazonas, 2020, até SE 13

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Influenza A (H1N1)pdm09

MUNICÍPIO DE

RESIDÊNCIAConfirmado

para Covid-19 VSR Parainfluenza

Descartado para Covid-19

Manacapuru 2 0

Parin�ns 2 0 0 0

Santo Antônio do Içá 1 0 0 0

AMAZONAS 80 2 3 4

0 0

0 0

1 1

Metapneumovírus

0

0

2

Rinovírus

62

SRAG não especificado

Outro agentee�ológico

1

0

Boca do Acre 1 0

1

1

0

0

Outros vírusrespiratórios

Manaus 74 2 3 2 1 6213

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Adenovírus

0

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Figura 2. Distribuição dos casos e óbitos por COVID-19 segundo semana epidemiológica da data da no�ficação. Amazonas, 2020, até SE 13

Fonte: CIEVS/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizados em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

03

Considerando a distribuição dos 80 casos confirmados de COVID-19 por faixa etária, destaca-se a maior ocorrência em adultos. Destes, 43,8% (35/80) dos casos ocorreram respec�vamente em adultos jovens (faixa etária de 20 a 39 anos) e na faixa etária de 40 a 59 anos (Figura 3). Outra importante consideração é a ocorrência de 6 casos (7,5%) em idosos (igual ou acima de 60 anos), faixa etária com maior risco de agravamento pelo COVID-19.

Figura 3. Distribuição dos casos de COVID-19 segundo gênero e faixa etária. Amazonas, 2020, até SE 13

Fonte: CIEVS/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizados em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

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10

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201

3/3

SE 11 SE 12 SE 13

me

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N = 80

Confirmados Óbitos

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Faixa etária

0510152025

Pop. masculina

0 5 10 15 20 25

Pop. feminina

≥ 60 anos

40 a 59

20 a 39

10 a 19

1 a 4

5 a 9

< 1

Com relação à presença de sinais e sintomas, dos 80 casos confirmados de COVID-19, 91,3% (73/80) apresentaram sintomatologia clínica, sendo os mais frequentes: tosse (61,6%), febre (60,3%), dor de garganta (28,8%) e desconforto respiratório (23,3%) (Figura 4).

Figura 4. Sinais e sintomas mais frequentes dos casos de COVID-19. Amazonas, 2020, até SE 13

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

4,1%

4,1%

5,5%

5,5%

9,6%

15,1%

23,3%

28,8%

60,3%

61,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Coriza

Vômito

Diarreia

Saturação O2 < 95%

Cefaleia

Dispneia

Desconforto Respiratório

Dor de garganta

Febre

Tosse

%

Sinais e Sintomas N = 73

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FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Dos 80 casos confirmados de COVID-19, 8,7% (7/80) dos pacientes encontram-se internados, 90% (72/80) encontram-se em isolamento social e 1,2% (1/80) evoluiu ao óbito. Foi observado que 16,3% (13/80) possuíam pelo menos um fator de risco, com destaque para 46,2% em idosos (adultos acima de 60 anos), 38,5% em hipertensos, e 23,1% para diabetes mellitus (Tabela 2).

04

No dia 24/03/2020, foi registrado o primeiro óbito por COVID-19 no estado do Amazonas. O caso era residente do município de Parin�ns, gênero masculino, com 49 anos e apresentava fatores de risco, como hipertensão e obesidade. O paciente foi internado no Hospital Delphina Abdel Aziz, referência para os casos graves de COVID-19, após 9 dias do início de sintomas.

Em Manaus foram confirmados casos de COVID-19 em 27 bairros. Os casos registrados encontram-se distribuídos, principalmente, nas zonas Oeste e Centro-Sul. O bairro de Adrianópolis, com 10 casos, apresenta o maior número de no�ficações, seguido dos bairros, Ponta Negra, Parque 10 de Novembro e São Jorge (Figura 5).

Casos de Covid-19 (N=80) n %Com fatores de risco 13 16,3

Adultos > 60 anos 6 46,2Hipertensão 5 38,5

Obesidade3 23,1Diabetes mellitus2 15,4

Pneumopa�as2 15,4Doença cardiovascular1 7,7

Criança de 1 a 4 anos 1 7,7

Tabela 2. Distribuição dos casos de COVID-19 segundo fator de risco. Amazonas, 2020, até SE 13

Fonte: CIEVS/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizados em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

Figura 5. Distribuição espacial dos casos de COVID-19 por bairro de Manaus, 2020

Fonte: CIEVS/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizados em 27/03/2020, sujeitos a alteração.

III. SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma doença respiratória infecciosa que pode levar a complicações clínicas e internações hospitalares. A maioria das infecções por SRAG é de e�ologia viral, dentre eles, Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Adenovírus, Parainfluenza, Coronavírus e Metapneumovírus. Estas infecções geralmente estão associadas aos períodos sazonais que variam de acordo as regiões, em temperatura e umidade. No Amazonas, a sazonalidade ocorre no período chuvoso, correspondendo aos meses de novembro a abril.

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FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

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Anamã 2 0 0 0 0 0Autazes 2 0 0 0 1 0Benjamin Constant 2 0 0 0 0 0Boca do Acre 1 0 0 0 0 0Borba 1 0 0 0 0 0Careiro da Várzea 1 0 0 1 0 0Coari 1 0 0 0 0 0Codajás 1 0 0 0 0 0Iranduba 3 0 0 0 0 0Itacoa�ara 3 0 0 0 0 0Jutaí 1 0 0 0 0 0Manacapuru 5 0 0 0 0 0Manaus 337 4 1 15 23 12Manicoré 1 0 0 0 0 0Maués 4 0 0 0 0 0Nova Olinda do Norte 1 0 0 0 0 0Presidente Figueiredo 1 0 0 0 0 0Rio Preto da Eva 3 0 0 0 0 0São Gabriel da Cachoeira 2 0 0 0 0 0Tefé 1 0 0 0 0 0Uarini 1 0 0 0 0 0

0 0 00 1 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 07 3 10 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 0

Tabela 3. Monitoramento de casos de SRAG confirmados por laboratório segundo município de residência. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Entre as SE 44/2019 a SE 12/2020, foram no�ficados 374 casos que atendem a definição de SRAG, provenientes de residentes de 21 municípios no estado do Amazonas, e destes, 67 casos (17,9%) confirmados por vírus respiratórios, 1 caso por outros agentes e�ológicos, 241 registros classificados como SRAG não especificado e 65 casos estão em inves�gação (Tabela 3). Dos 67 casos confirmados, foram iden�ficados 69 vírus respiratórios, sendo 5,8% (4/69) para Influenza A(H1N1)pdm09, 1,4% (1/69) para Influenza A (não sub�pado), 23,2% (16/69) para Influenza B, 34,8% (24/69) para Adenovírus, 17,4% (12/69) para VSR, 10,1% (7/69) para Metapneumovírus, 5,8% (4/69) de Parainfluenza e 1,4% (1/69) de outros vírus respiratórios.

Perfil Epidemiológico dos Casos

Influenza A(H1N1)pdm09 Influenza B

AMAZONAS 374 4 1

MUNICÍPIO DE

RESIDÊNCIANOTIFICADOS

SRAG por Influenza

Adenovírus VSR Metapneumovírus Parainfluenza

16 24 12 4 1

SRAG por outro vírus respiratórioOutros Agentes

E�ológicosOutros VírusRespiratórios

7

Influenza A(não sub�pado)

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

0 20 00 20 10 10 00 10 10 20 30 00 31 2130 10 30 10 10 30 20 00 1

SRAG não especificado

2411

Nas úl�mas 3 semanas (SE 10 a 12/2020), foram no�ficados 90 casos de SRAG, com maior número de registros na SE 11, com 37 casos. Foram confirmados 11 casos por vírus respiratórios, sendo 1 caso por Influenza A (não sub�pado) (SE 11), 1 caso por Influenza B (SE 11), 2 casos por Adenovírus (SE 10 e 11), 2 casos por VSR (SE 10 e 11), 4 casos por Metapneumovírus (SE 10 e 11), e 1 caso por Parainfluenza (SE 11) (Figura 6).

A Influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, capaz de provocar epidemias e pandemias. As apresentações clínicas da infecção por Influenza variam muito, desde um quadro gripal mais simples até complicações respiratórias severas que levam a hospitalização e ao óbito.

O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias em crianças e o principal agente viral envolvido em casos graves. Além disso, a carga da doença vem crescendo globalmente, causando surtos com infecções severas em indivíduos de todas as idades, principalmente em idosos e imunocomprome�dos. Entre as crianças, os principais fatores de risco: prematuridade, doenças crônicas pulmonares e cardíacas.

Outros vírus respiratórios, como Adenovírus, Metapneumovírus e Parainfluenza, têm contribuído para a morbidade e mortalidade em todo o mundo. No entanto, cada vírus apresenta caracterís�cas diferentes, como adenovírus, que não apresenta relação com sazonalidade. Estas diferentes caracterís�cas fazem com que monitoramento de vírus respiratórios seja de grande importância para minimizar o impacto destas infecções nas populações.

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FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Figura 7. Distribuição dos casos confirmados de SRAG segundo agente e�ológico, gênero e faixa etária. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Considerando a distribuição dos 374 casos no�ficados de SRAG por faixa etária, destaca-se a maior ocorrência em crianças. Destes, 27,5% (103/374) dos casos ocorrem em crianças de 1 a 4 anos e 25,4% (95/374) em menores de 1 ano, seguido de 12,6% (47/374) em idosos (Figura 7). Outra importante consideração é a ocorrência de 38 casos (10,2%) em adultos de 20 a 39 anos, faixa etária fora do grupo alvo das campanhas de vacinação. Dos 67 casos confirmados de SRAG provocados por vírus respiratórios, 32,8% (22/67) foram em crianças menores de 1 ano e 19,4% (13/67) em crianças de 1 a 4 anos.

Influenza A(H1N1)pdm09

Adenovírus

Em inves�gação

SRAG não especificado

Parainfluenza

Metapneumovírus

Influenza B

Outros agentes e�ológicos

VSR

Influenza A(não sub�pado)

Faixa etária

0102030405060

Pop. masculina

0 10 20 30 40 50 60

Pop. feminina

> 60

40 a 59

20 a 39

10 a 19

5 a 9

1 a 4

< 1

Casos confirmados

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

Além dos sinais e sintomas observados na definição de caso de SRAG, como febre (99,5%), tosse (98,4%) e desconforto respiratório (96,0%), seguiu-se de dispneia (94,7%), saturação de O2 < 95% (67,4%) e dor de garganta (36,6%) como os mais frequentes. Foi observado comprome�mento respiratório evidenciado pelo raio X em 76,5% (286/374) dos pacientes. Destaca-se que 79,4% (297/374) fizeram uso do an�viral Tamiflu em algum momento da internação, com mediana de 3 dias entre os primeiros sintomas e o início do tratamento. No entanto, é importante destacar que apenas em 43,8% (130/297) destes pacientes iniciaram o tratamento nas primeiras 48 horas de início de sintomas, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

0

10

20

30

40

44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

2019 2020

N = 374

Influenza A (H1N1)pdm09 Influenza A (não sub�pado) Influenza B Adenovírus

Metapneumovírus VSR Parainfluenza Outros Vírus Respiratórios

Outros Agentes E�ológicos SRAG Não Especificado Em inves�gação

Figura 6. Distribuição dos casos de SRAG segundo agente e�ológico e semana epidemiológica do início dos sintomas. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

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sos

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07

FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Perfil Epidemiológico dos Óbitos

No período analisado (SE 44/2019 a 12/2020), foram registrados 43 óbitos por SRAG, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 11,5% (43/374). Destes, 10 óbitos foram confirmados por vírus respiratórios, todos de residentes da capital Manaus, sendo 3 óbitos por Influenza B, 5 óbitos por Adenovírus, 1 óbito por Metapneumovírus e 1 óbito por VSR (Tabela 4 e Figura 8). Nas úl�mas 3 semanas, houve 1 óbito confirmado por Adenovírus na SE 12.

Tabela 4. Distribuição dos óbitos por SRAG segundo agente e�ológico e local de residência, Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

Dos 67 casos confirmados de SRAG para vírus respiratórios, 86,6% (58/67) possuíam pelo menos um fator de risco, com destaque para 37,3% em crianças menores de 1 ano, 22,0% em crianças de 1 a 4 anos, 18,6% em portadores de doença neurológica e 15,3% de tuberculose. Destes, 10 evoluíram para óbito e 8 estão em inves�gação.

0

1

2

3

4

5

6

44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

2019 2020Semana epidemiológica

N=43

Influenza B Adenovírus Metapneumovírus VSR Outras causas respiratórias

Figura 8. Distribuição dos óbitos confirmados por SRAG segundo agente e�ológico e semana epidemiológica da data do óbito. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

mer

o d

e ó

bit

os

Dos 43 óbitos no�ficados por SRAG, 51,2% (22/43) ocorreram em idosos, 16,3% (7/43) em adultos jovens (faixa etária de 20 a 39 anos), 11,6% (5/43) respec�vamente em menores de 1 ano e em adultos na faixa etária de 40 a 59 anos, 7,0% (3/43) em crianças de 1 a 4 anos, e 2,3% (1/43) em jovens na faixa etária de 10 a 19 anos. Dos 10 óbitos confirmados por vírus respiratórios, idosos e os adultos jovens também foram os mais frequentes, apresentando 50,0% (5/10) e 30,0% (3/10), nas respec�vas faixas etárias (Figura 9).

SRAG por influenza

Influenza B Adenovírus Metapneumovírus VSR

Anamã 1 0 0 0 1

Manaus 38 3 5 1 28Maués 1 0 0 0 1Rio Preto da Eva 1 0 0 0 1

AMAZONAS 43 3 5 1 33

Município de

residência

Total de

óbitos

SRAG por outro vírus respiratório

Boca do Acre 1 0 0 0 1

Outras causasrespiratórias

0

100

1

0Manacapuru 1 0 0 0 1 1

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FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Dos 10 óbitos confirmados por vírus respiratórios, foi observado comprome�mento respiratório evidenciado pelo raio X em 80,0% (8/10) e u�lização de an�viral em 50,0% (5/10) dos óbitos, com mediana de 7 dias entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, variando de 4 a 10 dias. Em nenhum paciente o tratamento com an�viral foi oportuno (realizado nas primeiras 48 horas de início de sintomas). Em 70,0% (7/10) dos óbitos ocorreu internação em UTI, com mediana de 3 dias de internação e 8 dias entre a data dos primeiros sintomas e a data do óbito. Em 80,0% (8/10) dos óbitos apresentaram pelo menos um fator de risco para agravamento, com destaque para idosos, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e pneumopa�as (Tabela 5).

Figura 9. Distribuição dos óbitos confirmados de SRAG segundo agente e�ológico, gênero e faixa etária. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

Faixa etária

051015

Pop. masculina

0 5 10 15

Pop. feminina

> 60

40 a 59

20 a 39

10 a 19

5 a 9

1 a 4

< 1

VSR Metapneumovírus Influenza B AdenovírusÓbitos confirmados

SRAG não especificado

Tabela 5. Distribuição dos óbitos confirmados de SRAG segundo fator de risco e u�lização de an�viral. Amazonas, semana epidemiológica 44/2019 a 12/2020

Óbitos confirmados por vírus respiratórios (N = 10) n %Com fatores de risco 8 80,0

Que u�lizaram an�viral 4 40,0

Adultos > 60 anos 5 62,5

Diabetes mellitus 4 50,0Pneumopatas 3 37,5Doença cardiovascular 3 37,5Criança de 1 a 4 anos 2 25,0

Tuberculose 2 25,0Doença renal crônica 1 12,5Doença neurológica 1 12,5Hipertensão 1 12,5

Fonte: SIVEP-Gripe/DVE/ASTEC-SASS/FVS-AM. Dados atualizadas em 25/03/2020, sujeitos a alteração.

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III. AÇÕES DESENVOLVIDAS

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Ordem Cronológica de Ações de Vigilância, Prevenção, Controle e Combate ao Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

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FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS

Bole�m Epidemiológico Assessoria de Análise de Situação de SaúdeFundação de Vigilância em Saúde do Amazonas

Equipe Editorial: Diretora Presidente da FVS-AM Rosemary Costa Pinto

Diretor Técnico da FVS-AMCris�ano Fernandes da Costa

Sala de Análise de Situação de Saúde (Astec/SASS)Daniel Barros de Castro, Leíse Gomes Fernandes,

Megumi Sadahiro, Vanderson Sampaio, Wagner C. Morhy Terrazas e Erian de Almeida Santos

Núcleo de Sistemas de Informações/FVSAna Alzira Cabrinha e Alexandre Coelho de Araújo

Departamento de Vigilância Epidemiológica/FVSLeila Cris�na Ferreira da Silva, Alexsandro Melo e Andréia Pires

Projeto Gráfico e Distribuição EletrônicaAssessoria de ComunicaçãoMaíra Pessoa Fragoso e Eduardo Prado

VI. EXPEDIENTE

IV. RECOMENDAÇÕES PARA TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

Disseminar entre os profissionais Protocolo de Tratamento de Influenza - 2017, com ênfase no Ÿ

tratamento oportuno dos casos de SRAG e de SG com condições e fatores de risco;

Divulgar amplamente à população as medidas preven�vas contra a transmissão do vírus influenza Ÿ

(e�queta respiratória e lavagem das mãos) e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas compa�veis;

Integrar as a�vidades de vigilância e assistência para influenza;Ÿ

Envolver os profissionais de saúde para par�cipação nos cursos de Ensino a Distância para Ÿ

capacitação de profissionais de saúde na modalidade online sobre Atualização do Manejo Clínico da Influenza e Capacitação sobre Influenza para Profissionais de Vigilância em Saúde.

1. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2017 [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da

Saúde, 2018.

2. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças

Transmissíveis. Plano de Con�ngência para Resposta às Emergências de Saúde Pública: Influenza –

Preparação para a Sazonalidade e Epidemias. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

3. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de influenza no Brasil,

SE 1 a 32 de 2019. Bole�m Epidemiológico, v. 50, set. 2019.

4. Freitas, A. R.R. Impactos dos vírus Influenza e Sincicial Respiratórios na mortalidade e internações e suas

implicações para as polí�cas públicas no Brasil. Universidade Estadual de Campinas, 2014.

V. BIBLIOGRAFIA